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Valsa, foxtrote, suor e verdade na 'Dança dos famosos'

Patrícia Kogut

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Maria Joana com o bailarino Reginaldo Sama (Foto: Ramón Vasconcelos/ TV Globo)Maria Joana com o bailarino Reginaldo Sama (Foto: Ramón Vasconcelos/ TV Globo)

 

A atriz Maria Joana e seu parceiro, o bailarino Reginaldo Sama, levaram a plateia do “Domingão do Faustão” ao delírio anteontem. Quando terminou a apresentação da dupla, a voltagem da “Dança dos famosos”, que já estava alta, ainda subiu um pouco. Eles e seus concorrentes já tinham passado pelo foxtrote, pelo paso doble, pelo tango, pela salsa e pelo baladão, entre outros. Era dia de valsa, um ritmo, convenhamos, muito distante para o brasileiro, que vive bem longe das margens do Danúbio. Até Fausto Silva se disse impressionado com a vibração da plateia. Os jurados votaram entusiasmados. O público também. Entre lágrimas e ovações, a campeã agradeceu e o quadro manteve a temperatura até o fim.

A “Dança dos famosos” foi lançada no dominical em 2005. É um formato da TV britânica. No início, tratava-se de uma competição bonita, mas mais simples. Com o tempo — e o grande sucesso de audiência —, foi ganhando investimento. Hoje, é vista como um produto de entretenimento bem-sucedido, mas também como um lugar importante para a divulgação da dança no país. Quando Faustão admite estar admirado com a comoção causada pela valsa, refere-se um pouco a isso.

A “Dança” tem uma estrutura esquemática. A cada domingo, apresenta um ritmo. A escalação do elenco segue uma dramaturgia. É ela que garante a fundamental impressão de “superação de barreiras”. Há sempre um participante acima do peso e outro, mais velho que os demais. Esse, porém, é só o ponto de partida. O quadro deu certo porque é feito de suor. A verdade que emana do resultado final vem do esforço genuíno dos concorrentes. Trata-se, portanto, de emoção sem truques. Vida longa à “Dança dos famosos”.

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