Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
http://rodriguesia.jbrj.gov.br
Guatteria (Annonaceae) da Floresta Atlântica brasileira1
Guatteria (Annonaceae) of the Brazilian Atlantic Forest
Adriana Quintella Lobão2,5, Renato de Mello-Silva3 & Rafaela Campostrini Forzza4
Resumo
Guatteria Ruiz et Pav. é o maior gênero de Annonaceae, com 307 espécies de distribuição neotropical.
Caracteres reprodutivos constantes e vegetativos variáveis dificultam a caracterização das espécies. Como
resultado do presente estudo são reconhecidas 15 espécies do gênero na Floresta Atlântica, Guatteria australis,
G. campestris, G. candolleana, G. emarginata, G. ferruginea, G. latifolia, G. macropus, G. oligocarpa, G.
pogonopus, G. pohliana, G. sellowiana, G. schomburgkiana, G. stenocarpa, G. tomentosa e G. villosissima.
Oito nomes são sinonimizados e dois lectótipos são indicados. Chave, descrições, comentários taxonômicos,
informações sobre fenologia, distribuição geográfica, hábitats de ocorrência, status de conservação e ilustrações
são apresentados.
Palavras-chave: Magnoliídeas, conservação, florística, taxonomia.
Abstract
Guatteria Ruiz et Pav. is the largest genus of Annonaceae, with 307 species of neotropical distribution. Its
uniform reproductive and variable vegetative features make species characterization difficult. As a result from
the present study, 15 species of Guatteria from the Atlantic Forest are recognized, G. australis, G. campestris,
G. candolleana, G. emarginata, G. ferruginea, G. latifolia, G. macropus, G. oligocarpa, G. pogonopus, G.
pohliana, G. sellowiana, G. schomburgkiana, G. stenocarpa, G. tomentosa and G. villosissima. Eigth names
are synonymized and two lectotypes are designated. Key, descriptions, taxonomic comments, phenological
information, geographical distribution, habitats of occurrence, conservation status and illustrations are provided.
Keywords: Magnoliids, conservation, floristics, taxonomy.
Introdução
Annonaceae é a principal família de
magnoliídeas, com 2.440 espécies e 130 gêneros
(Couvreur et al. 2011; Koek-Noorman et al.
1997). No Brasil são encontradas 385 espécies,
das quais 158 são endêmicas, com a maioria, ca.
259, ocorrendo no domínio amazônico (Maas et al.
2010). Dentre os gêneros, Guatteria Ruiz et Pav.
é o maior, com 307 espécies (Erkens et al. 2008),
encontradas desde o sudeste do México até a Bolívia
e sul do Brasil, com maior diversidade na Amazônia
(Barringer 1984). No Brasil são registradas 88
espécies, sendo 47 endêmicas (Maas et al. 2010).
1
O gênero Guatteria é monofilético (Erkens et
al. 2007a) e facilmente reconhecido pela nervura
primária impressa na face adaxial, pedicelo com
articulação suprabasal, sépalas valvares, pétalas
imbricadas e carpelos numerosos, com um óvulo
basal. Entretanto, suas espécies são de difícil
delimitação porque o gênero possui caracteres
vegetativos variáveis intraespecificamente e
reprodutivos constantes interespecificamente
(Lobão & Mello-Silva 2007; Van Heusden 1992)
e diversas espécies fazem parte de complexos
taxonômicos (Lobão et al. 2011; Erkens et al.
2007b). Essa dificuldade de delimitação é refletida
Este trabalho é parte da tese da primeira autora apresentada ao Programa de Pós-Graduaçao em Botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Universidade Federal Fluminense, Depto. Biologia Geral/Instituto de Biologia, R. Outeiro de S. João Batista s/n, Campus do Valonguinho, 24020-150, Niterói,
RJ, Brasil.
3
Universidade de São Paulo, Depto. Botânica, R. do Matão 277, 05508-090, São Paulo, SP, Brasil.
4
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, R. Pacheco Leão 915, 22460-030, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
5
Autor para correspondência: alobao@hotmail.com
2
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
1040
no grande número de espécies de Guatteria
não identificadas nos levantamentos vegetais e
herbários. Outros gêneros arbóreos neotropicais,
tais como Copaifera L., Machaerium Pers., Inga
Mill. (Fabaceae) e Ocotea Aubl. (Lauraceae)
(e.g. Brotto et al. 2009; Mendonça Filho et al.
2007; Martins-da-Silva et al. 2007) compartilham
problemas taxonômicos semelhantes, o que aponta
para a necessidade de maior investimento no
estudo da taxonomia desses grupos.
Dentre os gêneros de Annonaceae encontrados
na Floresta Atlântica, segundo bioma mais diverso
do Brasil, bastante ameaçado e um dos 25 hotspots
mundiais (Myers et al. 2000), Guatteria é um dos
mais representativos. Em listas de espécies da
Floresta Atlântica e do Brasil (Maas et al. 2010;
Lobão et al. 2009a) são registradas 15 espécies
de Guatteria na Floresta Atlântica, das quais 14
endêmicas do país e oito do bioma (Maas et. al.
2010; Lobão et al. 2009a).
Visando o reconhecimento das espécies de
Guatteria apresentadas nas atuais listagens, este
trabalho apresenta o tratamento taxonômico das
espécies ocorrentes na Floresta Atlântica, incluindo
chave de identificação, descrições morfológicas,
comentários taxonômicos, distribuição, dados
fenológicos, status de conservação e ilustrações
de cada espécie.
Material e Métodos
O tratamento inclui as espécies de Guatteria
encontradas na Floresta Atlântica. Entende-se
por Floresta Atlântica o Domínio definido
pelo Atlas da Evolução dos Remanescentes
Florestais e Ecossistemas Associados (Fundação
SOS Mata Atlântica/INPE 2001) e o mapa da
Reserva da Biosfera (Corrêa 1996), que abrange
17 estados e 3.418 municípios e uma área de
2.062.075 km² do território brasileiro. Os
ecossistemas associados ao Domínio da Floresta
Atlântica são: Floresta Ombrófila Densa,
Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Ombrófila
Mista, Floresta Estacional Decidual, Floresta
Estacional Semidecidual, Formações Pioneiras
(restinga, manguezal, campo sulino, vegetação
com influência fluvial e lacustre) e Campo de
Altitude (enclaves de cerrado, zonas de tensão
ecológica) (Corrêa 1996).
O levantamento baseou-se nas coleções dos
herbários ALCB, B, BHCB, BM, BR, CEPEC,
ESA, F, FCAB, FLOR, G, GUA, GFJP, HAMAB,
HB, HRB, HRCB, HUEFS, IAN, K, LZ, M,
MBM, MBML, MG, MO, NY, OUPR, P, R,
RB, RBR, RFA, RUSU, S, SP, SPF, SPSF, U,
UB, UEC, UPCB, VIC, W e WU (acrônimos
segundo Holmgren et al. 1990). Excursões de
coleta foram efetuadas na Bahia, Espírito Santo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná
e Santa Catarina, e o material foi depositado nos
herbários RB e SPF. A descrição das espécies
apresenta apenas as caracterísitcas diagnósticas
e é baseada somente nos materiais da Floresta
Atlântica. As espécies estão em ordem alfabética
e os sinônimos em ordem cronológica. O material
examinado mostra apenas um exemplar por
estado, organizados no sentido Norte-Sul. Os typi
examinados estão assinalados com “!”. Os demais
espécimes são listados no final do trabalho.
Informações sobre floração e frutificação
foram obtidas das exsicatas. A terminologia
morfológica está baseada em Font Quer (1965),
Radford et al. (1974) e Weberling (1989). Os
status de conservação seguiram os critérios da
IUCN (2001) e os mapas foram confeccionados
no programa DIVA-GIS versão 7.1 (Hijmans et
al. 2004). Somente a ocorrência brasileira de
Guatteria tomentosa é representada no mapa.
Resultados e Discussão
Quinze espécies de Guatteria, G. australis,
G. campestris, G. candolleana, G. emarginata,
G. ferruginea, G. latifolia, G. macropus, G.
oligocarpa, G. pogonopus, G. pohliana, G.
sellowiana, G. schomburgkiana, G. stenocarpa, G.
tomentosa e G. villosissima, são reconhecidas na
Floresta Atlântica. Sete táxons são sinonimizados
e três lectótipos são apresentados.
Sete espécies, Guatteria australis, G.
campestris, G. pogonopus, G. schomburgkiana,
G. sellowiana, G. tomentosa e G. villosissima,
não são endêmicas da Floresta Atlântica e
somente G. schomburgkiana não ocorre na
costa leste brasileira, nos Estados da Bahia,
Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Tais estados são o centro de diversidade das
espécies de Guatteria da Floresta Atlântica,
assim como de outros grupos vegetais como,
por exemplo, Bromeliaceae (Monteiro & Forzza
2008, Martinelli et al. 2008).
Oito espécies possuem baixo grau de ameaça,
Guatteria candolleana, G. macropus, G. pohliana
e G. tomentosa são vulneráveis, G. latifolia e G.
stenocarpa encontram-se em perigo de extinção, e
G. emarginata possui dados deficientes.
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
1041
Chave para identiicação das espécies de Guatteria da Floresta Atlântica
1. Lâmina foliar verrucosa, ápice emarginado, tricomas cinéreos ................................. 4. G. emarginata
1'. Lâmina foliar lisa, ápice obtuso, agudo ou acuminado, tricomas áureo-ferrugíneos ou ferrugíneos.
2. Carpídios sésseis ...................................................................................... 11. G. schomburgkiana
2'. Carpídios com estipes 2–30 mm compr.
3. Carpídios cilíndrico-elipsoides ................................................................. 13. G. stenocarpa
3'. Carpídios globosos ou elipsoides.
4. Carpídios globosos, sementes in sicco não aderidas aos carpídios ..... 8. G. oligocarpa
4'. Carpídios elipsoides, sementes, in sicco, aderidas aos carpídios.
5. Lâmina foliar com base frequentemente cordada, raramente obtusa e então sépalas
livres, ou lâmina foliar 5–10 × 2–4 cm ..................................... 3. G. candolleana
5'. Lâmina foliar com base aguda, decurrente, atenuada ou, se obtusa, o botão loral
com sépalas conatas em toda a extensão ou até a metade proximal, ou lâmina foliar
17–37,5 × 6,5–15,5 cm.
6. Botão loral com sépalas conatas em toda a extensão ou até a metade proximal
7. Botão floral com sépalas conatas até a metade proximal, nervuras
secundárias formando ângulo de 40–55º com a nervura primária ........
...................................................................................... 2. G. campestris
7'. Botão loral com sépalas conatas em toda a extensão, nervuras secundárias
formando ângulo de 60–90º com a nervura primária.
8. Botão floral com linha de conação nas sépalas; lâmina foliar
densamente coberta por tricomas na face abaxial; margem in sicco
frequentemente revoluta.
9. Pedicelo 1,5–2 cm compr. ....................... 15. G. villosissima
9'. Pedicelo 3–7 cm compr. .............................. 14. G. tomentosa
8'. Botão loral sem linha de conação nas sépalas; lâmina foliar glabra a
esparsamente coberta por tricomas na face abaxial; margem in sicco
às vezes levemente ondulada ou ondulada.
10. Botões lorais ca. 10 × 12 mm; frutos com receptáculo 8–10 ×
15–17 mm; lâmina foliar com 4–7 cm de largura ...................
........................................................................... 6. G. latifolia
10'. Botões lorais 5–7 × 5–7 mm; frutos com receptáculo ca. 5–6 ×
6–7 mm; lâmina foliar 1,5–2,5 (–3,5) cm de largura ..............
....................................................................... 10. G. pohliana
6'. Botão loral com sépalas livres.
11. Lâmina foliar com base obtusa ou atenuada.
12. Lâmina foliar glabra, e então inlorescência caulinar, ou densamente
coberta por tricomas eretos, retos na face abaxial, e inlorescência
axilar .................................................................... 5. G. ferruginea
12'. Lâmina foliar glabra em ambas as faces, inlorescência axilar ......
.............................................................................. 9. G. pogonopus
11'. Lâmina foliar com base aguda ou decurrente.
13. Ramos adultos lexuosos; pedicelo 6,1–8,5 cm compr. ..................
................................................................................ 7. G. macropus
13'. Ramos adultos não lexuosos; pedicelo 0,5-6 cm compr.
14. Sépalas 5,1–10 × 5–7 mm, estipes 10,1–30 mm comp. ..........
......................................................................... 1. G. australis
14'. Sépalas 2–5 × 3–4 mm, estipes 5–10 mm compr. ...................
.................................................................... 12. G. sellowiana
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1042
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
1. Guatteria australis A.St.-Hil., Fl. Bras. merid.
1: 37. 1825. Tipo: BRASIL. SÃO PAULO. Itararé
(“Bords du Tareré”), I.1817, A.F.C.P. Saint-Hilaire
1452 (holótipo P!, isótipo P!). Guatteria acutiflora
Mart. in Mart. & Eichl., Fl. bras. 13(1): 29. 1841.
Tipo: BRASIL, ESPÍRITO SANTO: Nova Almeida
(“Vila de Nova de Almeida”), III.1816. M.A.P.
Wied-Neuwied (lectótipo BR 659272!, designado
por Fries (1939), syn. nov.
Para outros sinônimos e ilustrações de
Guatteria australis vide Lobão et al. (2011).
Árvores ou arbustos 1–26 m alt., diâmetro a
altura do peito (DAP) 6–20 cm. Pecíolo 2–8 mm
compr. Lâmina foliar in sicco marrom a levemente
atrofusca ou azulada, 5–20 × 1,5–7(–8,5) cm,
estreitamente elíptica a elíptica, glabra a densamente
coberta por tricomas na face abaxial; base aguda
ou decurrente; ápice agudo a acuminado. Flor 1,
axilar. Pedicelo 1,5–6 cm compr. Botões florais
4–8 × 5–10 mm, com sépalas raramente conatas
quando bastante jovens. Sépalas 5,1–10 × 5–7 mm,
às vezes conatas na base. Pétalas estreitamente
elípticas, ápice frequentemente agudo, raramente
obtuso, 10–38 × 5–20 mm, esparsamente cobertas
por tricomas na face abaxial. Fruto com receptáculo
4–7 × 5–11 mm; carpídios 15–45, 6–15 × 5–7 mm,
elipsoides, glabros; estipes 10,1–30 mm compr.,
glabros.
variam muito. A face abaxial das folhas, os ramos e
os pedicelos florais podem ser glabros a densamente
cobertos por tricomas. Em uma mesma área podem
ser encontrados indivíduos com ramos e folhas
com ambas as faces glabras (e.g. Dusén 13746,
Guaratuba, PR) e outros com ramos e face abaxial
das folhas densamente cobertas por tricomas
(e.g. Barbosa 556, Guaratuba, PR). Em Minas
Gerais, onde é comum, as folhas apresentam-se
normalmente glabras.
Guatteria acutiflora é aqui proposta como
mais um sinônimo de G. australis (vide Lobão et al.
2011). Guatteria acutiflora difereria de G. australis
pela base da folha arredondada (Martius 1841)
mas esta característica é encontrada entre diversos
exemplares de G. australis, não justificando o
reconhecimento de G. acutiflora. O nome G.
acutiflora DC. (De Candolle 1817), anterior ao de
Martius (1841), é um erro ortográfico (art. 60.1
ICBN) grafado em referência a Guatteria acutifolia
Dunal (1817).
Guatteria australis ocorre da Bahia ao Rio
Grande do Sul, em todos os tipos de florestas
(Lobão et al. 2011).
Guatteria australis foi coletada com flores
e frutos durante o ano todo (Lobão et al. 2011).
O status de conservação é Baixo Risco
(Lobão et al. 2011).
Guatteria australis apresenta grande variação
morfológica, sendo caracterizada pelas folhas de
dimensões medianas (5,5–15 × 2–5 cm) com ápice
agudo a acuminado, pedicelo floral frequentemente
longo, atingindo em geral cerca de 5 cm de
comprimento e pétalas com ápice acuminado. As
dimensões das folhas e presença de indumento
2. Guatteria campestris R.E.Fr., Acta Horti
Berg. 12(3): 402. 1939. Tipo: BRASIL. MINAS
GERAIS: Araçuaí (“Arassuahy”), 14.V.1884,
A.F.M. Glaziou 14466 (holótipo B!; isótipos BR!,
C, K!, P!). Guatteria reticulata R.E.Fr., Acta Horti
Berg. 12(3): 324. 1939. Tipo: BRASIL. MINAS
GERAIS: Ouro Preto, 7.II.1893, C.A.W. Schwacke
9155 (holótipo B!), syn. nov. Guatteria xylopioides
R.E.Fr., Acta Horti Berg. 12(3): 459. 1939. Tipo:
BRASIL. RIO DE JANEIRO. Cabo Frio, II.1882,
A.F.M. Glaziou 13401 (holótipo B!; isótipos K!,
P!), syn. nov.
Fig. 1 a-d, 2
Árvores 3–18(–22) m alt., DAP 13–22
cm. Pecíolo 5–10 mm compr. Lâmina foliar
7,5–16,5 (–19) × 2,5–6(–8) cm, estreitamente
elíptica a elíptica, glabra a densamente coberta
por tricomas na face abaxial; base frequentemente
obtusa, raramente aguda; ápice agudo; nervuras
secundárias formando ângulo de 40°–55º com a
nervura primária, frequentemente profundamente
impressa na face adaxial. Flores 1–2, axilares.
Pedicelo 5–25 mm compr. Botões florais 5–13 ×
5–8 mm, triangular-ovoides, com sépalas conatas
Material selecionado: BAHIA: Camacã, RPPN
Serra Bonita, 15°23’30”S 39°33’55”W, 9.VII.2005,
A.Q. Lobão et al. 714 (CEPEC, RB). GOIÁS: São
Simão, Córrego Bálsamo, 27.VII.1993, H. Santos et
al. 145 (SPF). MINAS GERAIS: Aiuruoca, 22°03’S
44°38’W, 23.II.1999, R. Mello-Silva et al. 1630 (K,
RB, SP, SPF). ESPÍRITO SANTO: Nova Lombardia,
Reserva Biológica Augusto Ruschi, 3.IV.2002, R.R.
Vervloet et al. 72 (MBML, RB). RIO DE JANEIRO.
Teresópolis, Serra dos Órgãos, 17.V.2005, A.Q. Lobão
et al. 702 (RB). SÃO PAULO: Cananéia, Parque
Estadual da Ilha do Cardoso, 10.III.1982, F. Barros 691
(SP, SPF). PARANÁ: Bocaiuva do Sul, estrada para o
Parque das Lauráceas, ponte rio Capivari, 24.I.1990,
G. Hatschbach & J.M. Silva 53736 (ESA, MBM).
SANTA CATARINA: São Francisco, Porto das Canoas,
8.VIII.1951, H. Veloso 65C (RB). RIO GRANDE DO
SUL: Três Cachoeiras, na localidade de LageadinhoRapoza, 9.I.1992, R. Záchia 722 (B, ICN, K, U).
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
2 cm
1 cm
1043
1 cm
c
b
5 mm
2 cm
d
a
g
2 cm
5 mm
e
1 cm
h
1 cm
f
2 cm
5 cm
k
i
j
l
Figura 1 – a-d. Guatteria campestris – a. ramo com flor; b. folha; c. flor; d. fruto. e-h. Guatteria candolleana – e. ramo
com flor; f. base da folha obtusa; g. flor, h. fruto imaturo. i-l. Guatteria ferruginea – i. ramo com flor; j. flores caulinares;
k. flor; l. fruto (a. Kullmann 4276; b. Sucre 7775; c. Ramalho 1594; d. Demuner 142; e, h. Mori 10901; f, g. Farias 263;
i. Lobão 1314; j, k. Duarte s.n. RB 65280; l. Garcia 1009).
Figure 1 – a-d. Guatteria campestris – a. branch with flowers; b. leaf; c. flower; d. fruit. e-h. Guatteria candolleana – e. branch with flowers; f. leaf
base obtuse; g. flower; h. immature fruit. i-l. Guatteria ferruginea – i. branch with flowers; j. flowers on stem; k. flower; l. fruit (a. Kullmann 4276;
b. Sucre 7775; c. Ramalho 1594; d. Demuner 142; e, h. Mori 10901; f, g. Farias 263; i. Lobão 1314; j, k. Duarte s.n. RB 65280; l. Garcia 1009).
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1044
Figura 2 – Distribuição de Guatteria campestris (๐),
G. candolleana (•) e G. emarginata (■).
Figure 2 – Distribution of Guatteria campestris (๐), G. candolleana (•) e G. emarginata (■).
até a metade proximal. Sépalas ca. 6 × 6 mm.
Pétalas ovadas, ápice obtuso, 10–23 × 6–10 mm.
Fruto com receptáculo ca. 5 × 8 mm, largamente
depresso-obovoide; carpídios ca. 15, 12–14 × 8 mm,
elipsoides; estipes 2–5 mm compr.
Material selecionado: BAHIA: Santa Cruz de Cabrália,
km 5 da estrada antiga que liga a Estação Ecológica
do Pau Brasil/Santa Cruz de Cabrália, 11.XII.1991,
S.C. Sant’Ana et al. 53 (CEPEC). MINAS GERAIS:
Caratinga, Estação Biológica de Caratinga, 3.XII.2001,
J.V. Gomes 928 (BHCB, SPF). ESPÍRITO SANTO:
Santa Teresa, Santo Antônio, 8.XII.1988, L. Kollmann
et al. 1247 (MBML). RIO DE JANEIRO: Silva Jardim,
Reserva Biológica de Poço das Antas, 22º30’–22º33’S
42º15’–42º19’W, 28.XI.1992, H.C. Lima 4540 (RB).
Guatteria campestris é bem delimitada
morfologicamente, podendo ser reconhecida pelas
folhas, em geral, estreitamente elípticas, base
frequentemente obtusa e nervuras secundárias bem
marcadas na face abaxial formando ângulo de 40 a
55º com a nervura primária. Além disso, apresenta
normalmente duas flores em cada axila das folhas e
pedicelos florais curtos (5–25 mm). Assemelha-se
a G. australis pelas folhas de dimensões medianas
e estreitamente elípticas a elípticas. No entanto, G.
australis possui folhas com nervuras secundárias
formando ângulo de 70 a 90º com nervura primária
e flores solitárias.
Os tipos de Guatteria reticulata, G. xylopioides
e G. campestris são caracterizados pela folha com
nervuras secundárias fortemente impressas na face
adaxial, com ângulos com a nervura primária de
40–55º e geralmente com duas flores por axila.
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
Assim, G. reticulata e G. xylopioides são propostas
como sinônimos de G. campestris.
Guatteria campestris ocorre na porção
centro-oeste de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio
de Janeiro (Mello-Silva & Pirani 2003) e Bahia. Na
Floresta Atlântica ocorre em floresta de planície,
submontanas, montanas e semidecidual. Também
é encontrada em campos e florestas de galeria do
cerrado e em áreas antropizadas.
Coletada em flor durante todos os meses do ano
e em fruto em janeiro, abril, maio, outubro e novembro.
Seu status de conservação é Baixo Risco. Com
distribuição em três estados brasileiros, a espécie
apresenta baixo grau de ameaça. Apesar de ocorrer
em diversas localidades de Minas Gerais, suas
populações nesse estado são reduzidas. Por outro
lado, no Espírito Santo e Rio de Janeiro, apesar da
ocorrência pontual, forma grandes populações.
3. Guatteria candolleana Schltdl., Linnaea 9: 325.
1834. Cananga candolleana (Schltdl.) Warm.,
Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist. Foren. Kjobenhavn
1873: 145. 1874. Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO:
Sumidouro, F. Sellow 5442 (lectótipo B!; designado por
Fries (1939); prováveis isolectótipos HAL, G, K!, UC).
Guatteria hilariana var. pallescens R.E.Fr., Kongl.
Sv. Vet. Akademiens Handlingar. 34(5): 15. 1900.
Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO: Jacarepaguá,
29.IX.1869, A.F.M. Glaziou 3855 (lectótipo, aqui
designado, B!; isolectótipos C!, K!, P!).
Fig. 1 e-h; 2
Arbustos 2–4 m alt. Pecíolo 2–4 mm compr.
Lâmina foliar 5–10 × 2–4 cm, elíptica, glabra a
densamente coberta por tricomas na face abaxial;
base frequentemente cordada, raramente obtusa;
margem plana a levemente revoluta; ápice agudo
a acuminado. Flor 1, axilar. Pedicelo 1,2–4 cm
compr. Botões florais ca. 5 × 6 mm, com sépalas
livres ou às vezes conatas na base. Sépalas 2–6
× 2–5 mm, às vezes conatas na base. Pétalas
estreitamente elípticas, ápice agudo a obtuso, 10–20
× 8–11 mm. Fruto com receptáculo ca. 3 × 5 mm,
largamente depresso-obovoide; carpídios ca. 10,
ca. 10 × 5 mm, elipsoides; estipes ca. 5 mm compr.
Material selecionado: BAHIA: Santa Cruz de
Cabrália, km 4 estrada que liga Santa Cruz de Cabrália
à Estação Ecológica do Pau-Brasil, 19.VI.1980, L.A.
Mattos Silva et al. 928 (CEPEC, U). MINAS GERAIS:
Marliéria, Parque Estadual do Rio Doce, 19°45’15,4”S
42°28’58,7”W, 26.X.2006, A.Q. Lobão et al. 1316 (RB).
ESPÍRITO SANTO: Linhares, Reserva Biológica de
Comboios, 22.VIII.1991, V.C. Souza 166 (SPF, U).
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
Guatteria candolleana é caracterizada pelas
folhas de base frequentemente cordada (embora
seja obtusa no material-tipo) e densamente cobertas
por tricomas adpressos e eretos na face abaxial.
Esta espécie foi considerada de grande variação
morfológica por Lobão & Mello-Silva (2007), pois
os autores consideraram exemplares de base aguda
a decurrente, agora incluídos em G. australis, como
pertencentes a esta espécie.
Ao descrever G. candolleana, Schlechtendal
(1834) cita a existência de mais de uma coleção de
Sellow desta espécie. Fries (1939) designou Sellow
5442, depositado no herbário B, como o tipo. Desta
maneira ele efetuou a lectotipificação, embora não
a tenha feito explicitamente.
Fries (1900) descreveu Guatteria hilariana
var. pallescens baseado em Glaziou 3855 com
duplicatas depositadas nos herbários B e C, sem
indicação do holótipo. O material depositado em
B, mais bem preservado e fiel à descrição original,
foi escolhido como lectótipo.
Guatteria candolleana pertence à seção
Trichoclonia (Fries 1939), juntamente com G.
tomentosa e G. villosissima. A seção é composta
por outros táxons de delimitação complexa e que
ocorrem fora dos domínios da Floresta Atlântica.
Um estudo mais aprofundado para melhor
entendimento do grupo se faz necessário.
Guatteria candolleana ocorre na Bahia,
Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro
em floresta de restinga, de tabuleiro ou áreas
antropizadas.
Coletada em flor em janeiro, março, junho e
agosto; e em fruto em agosto e outubro.
Seu status de conservação é Vulnerável
(D2). Ocorrendo em quatro estados brasileiros, G.
candolleana é considerada vulnerável porque suas
populações são extremamente reduzidas.
4. Guatteria emarginata Lobão, Maas & Mello-Silva,
Blumea 55: 120. 2009. Tipo: BRASIL. ESPÍRITO
SANTO: Nova Lombardia, Reserva Biológica Augusto
Ruschi, Goipabo-açu, Boeirão, linha de divisa, marco
53 e 52, 29.IV.2003, R.R. Vervloet 2316 (holótipo
SPF!; isótipos MBML!, RB!).
Fig. 2; 3 a-f
Árvore ca. 17 m alt. Tricomas cinéreos.
Pecíolo 3–4 mm compr. Lâmina foliar 5–9,5 ×
1,5–3 cm, subcoriácea, oblanceolada, esparsa a
densamente coberta por tricomas na face abaxial,
verrucosa em ambas as faces; base curtamente
atenuada; margem ligeiramente revoluta; ápice
emarginado. Flor 1, axilar. Pedicelo 1,5–3 cm
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1045
compr. Botões florais 4–6 × 6–7 mm. Sépalas ca.
4 × 3 mm. Pétalas estreitamente elípticas, ápice
obtuso, 5–9 × 6–7 mm. Frutos não vistos.
Guatteria emarginata caracteriza-se pelos
tricomas cinéreos, folhas oblanceoladas, verrucosas
e ápice emarginado. Este último é estado de caráter
único entre as Guatteria, daí o epíteto específico
(Lobão et al. 2009b).
Endêmica do Espírito Santo, sendo conhecida
somente pelo tipo. Ocorre em floresta submontana.
Coletada em flor em abril.
Seu status de conservação é Dados Deficientes
(DD). Até o momento, somente o material-tipo é
conhecido, sendo os dados sobre população e
ocorrência insuficientes para indicação de seu
status de conservação.
5. Guatteria ferruginea A.St.-Hil., Fl. Bras. merid.
1: 38. 1825. Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO:
Nova Iguaçu (“Capueiras près Aguassu”), XII.1816,
A.F.C.P. Saint-Hilaire 2 (holótipo P!; isótipo S!).
Annona cauliflora Mart. in Mart. & Eichl., Fl. bras.
13(1): 16. 1841. Tipo: BRASIL. BAHIA: Ilhéus.
Almada. Distrito da Ilha de São Jorge, I.1818, C.F.P.
Martius Obs. 2076 p.p. (holótipo M!). Guatteria
glazioviana R.E.Fr., Kongl. Sv. Vet. Akademiens
Handlingar. 34(5): 19. 1900. Tipo: BRASIL. RIO DE
JANEIRO: Nova Friburgo (“Alto da Boa Vista de Nova
Friburgo”), 23.I.1874, A.F.M. Glaziou 6856 (lectótipo,
aqui designado, B!, isolectótipos BR!, C, K!, P!, S!).
Guatteria burchellii R.E.Fr., Acta Horti Berg. 12(3):
398. 1939. Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO: Magé
(“Frechal to Magé”), 25.II.1826, W.J. Burchell 2698
(holótipo K!; isótipo P!). syn. nov.
Fig. 1 i-l, 4
Árvores ou arbustos (1–)3–10 m alt., DAP
(1–)6–18 cm. Tricomas ferrugíneos. Pecíolo 6–12
mm compr. Lâmina foliar 17–37,5 × 6,5–15,5 cm,
cartácea ou coriácea, estreitamente elíptica a
estreitamente obovada, glabras a densamente
coberta por tricomas na face abaxial; base obtusa
ou atenuada; ápice acuminado, acúmen 1–2 cm
compr. Flores 1–25, axilares ou caulinares.
Pedicelo 1,5–6 cm compr. Botões florais 5–8 ×
6–10 mm, com sépalas às vezes conatas na base.
Sépalas 5–10 × 7 mm, às vezes conatas na base.
Pétalas elípticas a ovadas, ápice obtuso, 13–20 ×
6–12 mm. Fruto com receptáculo 5–7 × 5–10 mm,
largamente depresso-obovoide; carpídios 26–55, 8–12
× 5–7 mm, elipsoides; estipes 10–25 mm compr.
Material selecionado: BAHIA: Arataca, Serra das
Lontras, 15°12’10”S 39°24’29”W, 9.XII.2004, A. Amorim
4460 (CEPEC). MINAS GERAIS: Marliéria, Parque
Estadual do Rio Doce, 19°39’16,7”S 42°35’10,8”W,
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
2 mm
1046
1 mm
5 mm
1 cm
e
f
d
2 mm
b
2 cm
c
h
2 cm
1 cm
5 mm
a
i
g
Figura 3 – a-f. Guatteria emarginata – a. ramo com flor; b. folha; c. base da folha; d. folha verrucosa; e. ápice da folha
emarginado; f. flor. g-i – Guatteria stenocarpa – g. ramo com fruto; h. botões florais, esquerda, vista adaxial e direita, abaxial;
i. carpídio (a-f. Vervloet 2316I; g, i. Jardim 3096; h. Thomas 1109).
Figure 3 – a-f. Guatteria emarginata – a. branch with flower; b. leaf; c. base leaf; d. leaf verruculose; e. leaf apex emarginate; f. flower. g-i. Guatteria
stenocarpa – g. branch with fruit; h. flowers bud, left, adaxial view and right, abaxial; i. monocarp (a-f. Vervloet 2316I; g, i. Jardim 3096; h. Thomas 1109).
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
1047
25.V.2006, A.Q. Lobão et al. 1314 (RB). ESPÍRITO
SANTO: Linhares, Reserva Florestal da Companhia
Vale do Rio Doce, estrada Jequitibá Rosa, 4.VI.1986,
D. S. Farias 132 (CVRD). RIO DE JANEIRO: Duque
de Caxias, Reserva da Petrobrás, 22º23’, 22º31’S
43º16’,43º14’W, 6.V.1997, J.M.A. Braga 4034 (RB).
Material adicional: BRASIL. AMAPÁ: Serra do Navio,
Rio Amapari, Slopes of Curuca, 9.XI.1954, R. S. Cowan
38187 (RB). AMAZONAS: Manaus, matas de terra firme
do lago Massavary, 6.VI.1927, A. Ducke (RB 19611).
MATO GROSSO: Chapada dos Guimarães, Gorge of Veu
(Véo) da Noiva, 17.X.1973, G. T. Prance 19121 (NY, U).
Guatteria ferruginea caracteriza-se pelas
folhas de grandes dimensões (17–37,5 × 6,5–15,5
cm), geralmente densamente cobertas por tricomas
ferrugíneos na face abaxial, ápice acuminado,
sépalas e pétalas cobertas por tricomas ferrugíneos
na face abaxial e pétalas com ápice obtuso.
Guatteria ferruginea assemelha-se a G. pogonopus
por possuir folhas com até 30 cm de comprimento,
flores com sépalas livres no botão floral e pedicelo
floral curto. Entretanto, G. ferruginea possui
geralmente folhas densamente cobertas por tricomas
ferrugíneos na face abaxial e, quando glabras, os
espécimes são caulifloros. Em Una, Bahia, a espécie
apresenta folhas coriáceas e glabras dificultando
a identificação quando estéril. Entretanto, quando
férteis, são facilmente identificáveis pois é a única
Guatteria cauliflora da Floresta Atlântica.
Guatteria burchellii diferenciava-se de G.
ferruginea somente pela caulifloria (Fries 1939).
Entretanto, G. ferruginea possui às vezes flores
axilares e caulinares e, assim, G. burchelli é aqui
sinonimizada em G. ferruginea.
Fries (1900) descreveu Guatteria glazioviana
baseado em Glaziou 6856 com duplicatas
depositadas nos herbários B, C e S, sem indicação
do holótipo. O material depositado no herbário B,
mais bem preservado e análogo ao protólogo, foi
escolhido como lectótipo.
Guatteria ferruginea possui distribuição
disjunta, sendo encontrada na costa brasileira,
da Bahia (Ilhéus) ao Rio de Janeiro, no Mato
Grosso e na região amazônica, onde ocorre em
floresta de terra firme (Fries 1939). No domínio da
Floresta Atlântica, vegeta em floresta de restinga,
de tabuleiro, higrófila, submontana e montana,
chegando até 1000 m de altitude em Santa Maria
Madalena, RJ.
Coletada em flor e fruto durante todo o ano.
A presença de flor e fruto em um mesmo indivíduo
é comum. Quando cauliflora, a inflorescência é
bastante vistosa.
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
Figura 4 – Distribuição de Guatteria ferruginea (■).
Figure 4 – Distribution of Guatteria ferruginea (■).
Seu status de conservação é Baixo Risco
por ser de ampla distribuição. Entretanto, na
Amazônia, encontra-se em populações escassas e
fora de unidades de conservação, podendo tornar-se
localmente mais ameaçada. Na Floresta Atlântica
ocorre em diversas unidades de conservação e não
está ameaçada.
6. Guatteria latifolia (Mart.) R.E.Fr., Acta Horti
Berg. 12(3): 326, fig. 4a. 1939. Guatteria nigrescens
var. latifolia Mart. in Mart. & Eichl., Fl. bras. 13(1):
28. 1841. Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO. Serra
do Tinguá, H.W. Schott s.n. (holótipo BR!).
Fig. 5a-d, 6
Árvores ou arbustos 4–10 m alt., DAP 6–20
cm. Pecíolo 5–8 mm compr. Lâmina foliar 10–17
(–19) × 4–7 cm, estreitamente elíptica a elíptica,
glabra a esparsamente coberta por tricomas na face
abaxial; base aguda a cuneada; margem às vezes
ondulada; ápice agudo a acuminado, acúmen ca. 1
cm compr. Flor 1, axilar. Pedicelo 2,5–4,5 (–6) cm
compr. Botões florais ca. 10 × 12 mm, triangularobovoides, com sépalas conatas em toda extensão,
sem linha de conação. Sépalas 10–20 × 10 mm,
às vezes conatas na base. Pétalas estreitamente
elípticas, ápice acuminado, 15–35 × 6–20 mm.
Fruto com receptáculo 8–10 × 15–17 mm; cálice
às vezes persistente; carpídios 15–45, 6–15 × 5–7
mm, elipsoides; estipes 20–30 mm compr.
Material selecionado: MINAS GERAIS: Ouro Preto,
São Bartolomeu, 12.X.2007, A. Lobão 1362 (BHCB,
RB). RIO DE JANEIRO: Itatiaia, Parque Nacional
do Itatiaia, 22.I.1987, R. Mello-Silva et al. 1 (NY,
RB, SPF).
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
1 cm
1 cm
2 cm
1048
g
f
5 mm
2 cm
e
2 cm
a
d
c
b
Figura 5 – a-d. Guatteria latifolia – a. ramo com fruto; b. botões florais, a esquerda, botão jovem e a direita, botão
maduro; c. flor, vista abaxial; d. flor em vista adaxial. e-g. Guatteria macropus – e. ramos com flor; f. flor; g. fruto
(a, b. Maas 3222; c, d. Marquete 3416; e, g. Lobão 728; f. Pirani 2725).
Figure 5 – a-d. Guatteria latifolia – a. branch with fruit; b. flower buds, left, young bud and right, mature bud; c. flower, abaxial view;
d. flower, adaxial view. e-g. Guatteria macropus – e. branch with flowers; f. flower; g. fruit (a, b. Maas 3222; c, d. Marquete 3416; e,
g. Lobão 728; f. Pirani 2725).
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
Guatteria latifolia caracteriza-se pelos
botões florais grandes (10 × 12 mm), com sépalas
conatas em toda a extensão e receptáculo do fruto
com 8 a 10 mm de comprimento e 15 a 17 mm
de diâmetro.
Guatteria latifolia foi descrita como uma
variedade de G. nigrescens (Martius 1841).
Segundo Fries (1939), o material-tipo de G. latifolia
lembraria alguns exemplares de G. nigrescens,
principalmente os coletados por Martius na Serra
do Mar do Rio de Janeiro, porém se distinguiria
desta pelos frutos que, em G. latifolia, possuiriam
maiores dimensões. Baseado nisso, o autor a
eleva à categoria de espécie. Lobão & MelloSilva (2007) caracterizam G. latifolia pelas
grandes dimensões do receptáculo e sépalas
conatas no botão floral. G. nigrescens foi
sinonimizada em G. australis (Lobão et al. 2011)
que, embora varie bastante, não apresenta estes
atributos de G. latifolia.
Guatteria latifolia ocorre em Minas Gerais,
onde foi registrada somente em Ouro Preto, e no
Rio de Janeiro. É frequente no Parque Nacional de
Itatiaia, onde ocorre em orla de floresta submontana
e ao longo de rios. Foi encontrada também em
floresta montana e altomontana, chegando a 1800
m de altitude.
Coletada em flor de agosto a março, e em
fruto de janeiro a março, junho, e de setembro a
novembro.
Seu status de conservação é Em Perigo
(B.2.a.b.). Guatteria latifolia é conhecida somente
em duas localidades, no Parque Nacional de Itatiaia,
onde é comum, embora escassa nos arredores, e em
Ouro Preto, onde só um exemplar foi encontrado.
7. Guatteria macropus Mart., in Mart. & Eichl.,
Fl. bras. 13(1): 28, tab. 8. 1841. Tipo: BRASIL.
BAHIA: Ilhés (“Almada“), XII.1818, C.F.P. Martius
Herb. Fl. bras. 712 (holótipo M!; isótipos B!, BM!,
BR!, F!, HAL, K!, L, LE, MO, NY!, P!, W!).
Fig. 5 e-g; 6
Árvores ou arbustos 1,8–12 m alt., DAP
5–15 cm. Pecíolo 2–10 mm compr. Lâmina foliar
5–18 × 2–5 cm, estreitamente elíptica a elíptica,
glabra a densamente coberta por tricomas na face
abaxial; base aguda; ápice acuminado, acúmen ca.
1–1,5 cm compr. Flor 1, axilar. Pedicelo 6,1–8,5
cm compr. Botões florais 5–6 × 6–8 mm, com
sépalas livres. Sépalas 5–8 × 3–6 mm. Pétalas
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1049
Figura 6 – Distribuição de Guatteria latifolia (๐), G.
macropus (■) e G. pohliana ().
Figure 6 – Distribution of Guatteria latifolia (๐), G. macropus
(■) e G. pohliana ().
estreitamente elípticas, ápice agudo a obtuso,
10–25 × 5–10 mm. Fruto com receptáculo 3–5 ×
5–8 mm, largamente depresso-obovoide; carpídios
14–23, ca. 10 × 5 mm, elipsoides; estipes ca. 10
mm compr.
Material selecionado: BAHIA: Itacaré, Loteamento
Marambaia, 16.VII.2005, A.Q. Lobão 728 (CEPEC,
RB). MINAS GERAIS: Catas Altas, 23.I.2004,
J.R. Stehmann et al. 3519 (BHCB). ESPÍRITO
SANTO: Afonso Cláudio, Serra Pelada, 20°04’36”S
41°02’21”W, elev. 1050 m, 16.VI.2007, P. Labiak et
al. 4143 (RB, UPCB).
Guatteria macropus caracteriza-se pelos
ramos geralmente flexuosos, folhas medianas,
com ápice longo-cuspidado e pedicelos florais
longos (6–8,5 cm), que faz com que as flores
fiquem pendentes nos ramos. A espécie
assemelha-se a G. australis pelas folhas
medianas, estreitamente elípticas e pétalas com
ápice geralmente agudo. Entretanto G. macropus
pode ser diferenciada por possuir ramos
frequentemente flexuosos, pedicelos florais mais
longos e flores de maiores dimensões.
Guatteria macropus ocorre na Bahia, Minas
Gerais e Espírito Santo, em floresta de planície,
higrófila e submontana.
Coletada em flor de novembro a julho, e em
fruto de maio a setembro.
Seu status de conservação é Vulnerável (D2).
Apesar de ocorrer em três estados brasileiros, suas
populações são reduzidas e a espécie não se encontra
protegida por nenhuma unidade de conservação.
1050
8. Guatteria oligocarpa Mart., in Mart. & Eichl.,
Fl. bras. 13(1): 33. 1841. Tipo: BRASIL. BAHIA:
Ilhéus, XII.1818, C.F.P. Martius Herb. Fl. bras.
714 (holótipo M!; isótipos BM!, BR!, F!, G!,
HAL, K!, L, LE, MO!, NY!, OXF!, P!, S!, W!).
Guatteria cauliflora Mart., in Mart. & Eichl., Fl.
bras. 13(1): 35. 1841. Guatteria bahiensis R.E.Fr.,
Acta Horti Berg. 12(3): 408. 1939. Nom. Superf.
Tipo: BRASIL. BAHIA: Ilhéus, J.S. Blanchet s.n.
(lectótipo B! designado por Fries (1939), prováveis
isolectótipos BR!, G!).
Fig. 7 a-c; 8
Árvores ou arbustos 1,5–15 m alt. Pecíolo
5–12 mm compr. Lâmina foliar verde escuro, 11–25
× 5–11,5 cm, coriácea a subcoriácea, estreitamente
obovada a obovada, glabra a esparsamente coberta
por tricomas na face abaxial; base obtusa; ápice
agudo a acuminado, acúmen ca. 10 mm compr.
Flor 1, axilar. Pedicelo 0,5–2 cm compr. Botões
florais 4–8 × 5–10 mm, triangular-ovoides. Sépalas
5–7 × 5–8 mm, às vezes conatas na base. Pétalas
elípticas, ápice obtuso, 12–20 × 6–11 mm. Fruto com
receptáculo 7–8 × 10–12 mm, largamente depressoobovoide; cálice persistente ou não; carpídios 10–37,
12–20 × 10–13 mm, globosos; estipes 5–30 mm
compr. Semente in sicco não aderida aos carpídios.
Material selecionado: ALAGOAS: Murici, Poço d’Anta,
14.V.2005, W.W. Thomas et al. 12406 (CEPEC, NY, RB).
BAHIA: Itacaré, Loteamento Marambaia, 14°19’41”S
39°1’46”W, 16.VII.2005, A. Q. Lobão 729 (CEPEC, RB).
Guatteria oligocarpa caracteriza-se pelas
folhas medianas a grandes, subcoriáceas, e fruto
globoso com sementes, in sicco, não aderidas
ao carpídio. Vegetativamente, os exemplares de
G. oligocarpa que possuem folhas de maiores
dimensões assemelham-se a G. pogonopus.
Entretanto esta última não possui carpídios
globosos e as sementes permanecem aderidas aos
carpídios quando desidratados.
Martius (1841) descreveu G. cauliflora com
base em Blanchet s.n. e Martius s.n. Este último foi
posteriormente identificado por Fries (1939) como
Anaxagorea dolichocarpa Spreng. e o primeiro foi
designado lectótipo de G. cauliflora. Este mesmo
material, Blanchet s.n., foi designado tipo de G.
bahiensis (Fries 1939), o que o torna um nome
supérfluo (art. 52.2 ICBN), embora Fries (1939)
tenha tratado G. cauliflora como seu sinônimo. As
características deste material-tipo, folhas coriáceas
e carpídios oblongos com sementes não aderidas
aos carpídios, são raras em Guatteria e encaixam-se
na variação morfológica de G. oligocarpa. Por essa
razão, G. cauliflora é aqui tratada como sinônimo
de G. oligocarpa.
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
Espécie conhecida apenas de Alagoas e
Bahia, onde ocorre em florestas higrófilas e de
restinga. Apesar da distribuição restrita, é bastante
comum principalmente na Bahia, onde forma
grandes populações em diversos municípios
litorâneos.
Coletada em flor e fruto durante quase todo
o ano.
Seu status de conservação é Baixo Risco.
Embora em Alagoas ocorra pontualmente em
floresta sob grande pressão antrópica e fora de
unidades de conservação, é frequente em toda
a Bahia, onde se encontra em algumas unidades
de conservação.
9. Guatteria pogonopus Mart. in Mart. & Eichl.,
Fl. bras. 13(1): 34. 1841. Tipo: BRASIL. BAHIA:
Nazaré das Farinhas (“Nazareth”), 1817, F. Sellow
s.n. (lectótipo B! designado por Fries, 1939; provável
isolectótipo K!). Guatteria schlechtendaliana Mart.,
in Mart. & Eichl., Fl. bras. 13(1): 34. 1841. Tipo:
BRASIL. BAHIA. Almada, C.F.P. Martius s.n.
(holótipo BR!). syn. nov.
Fig. 7 d-f; 9
Árvores ou arbustos 2–15 m alt. DAP 5–15
cm. Pecíolo 4–12 mm compr. Lâmina foliar 13–35
× 4,5–13 cm, cartácea ou subcoriácea, estreitamente
elíptica a elíptica, glabra em ambas as faces; base
obtusa; ápice agudo. Flor 1–2, axilares. Pedicelo
0,5–1,5 cm compr. Botões florais 3–10 × 6–13
mm, com sépalas livres. Sépalas 4–6 (–12) × 4–7
(–12) mm, triangulares. Pétalas estreitamente
elípticas, ápice obtuso, raramente agudo, 7–25
× 4–12 mm. Fruto com receptáculo 5–7 × 5–12
mm, largamente depresso-obovoide; cálice não
persistente; carpídios 15–40, 10–12 × 5–7 mm,
elipsoides; estipes 10–17 mm compr.
Material selecionado: CEARÁ: Baturité, Serra de
Baturité, IX.1910, E.H.G. Ule 9033 (K). PARAÍBA: Areia,
Mata do Pau Ferro, 6°58’12”S 35°42’15”W, 23.XI.1980,
V.P.B. Fevereiro M-95 (EAN, K). PERNAMBUCO:
Recife, mata Dois Irmãos, 2.II.1982, J.E. Paula 1509
(IBGE, U). ALAGOAS: Ibateguara, Coimbra, 25.IX.2002,
M. Oliveira & A.A. Grilo 1102 (SPF). BAHIA: Camacã,
RPPN Serra Bonita, 15°23’30”S 39°33’55”W, 9.VII.2005,
A.Q. Lobão 716 (CEPEC, RB, SPF). MINAS GERAIS:
Marliéria, Parque Estadual do Rio Doce, 17.X.1982, E.P.
Heringer 18517 (IBGE, U). ESPÍRITO SANTO: Santa
Teresa, Estação Biológica de Santa Teresa, trilha Indaiá
Açu, 23.IV.2005, A.Q. Lobão 680 (RB).
Material adicional: BRASIL. MATO GROSSO:
Claudia: estrada da fazenda Inês Maria, ao rio Renato,
11°55’41”S 55°09’30”W, 15.VII.1997, A.G. Nave et al.
1621 (CNEC, SPF).
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
1051
1 cm
b
2 cm
c
1 cm
e
2 cm
a
2 cm
f
d
Figura 7 – a-c. Guatteria oligocarpa – a. ramo com fruto; b. flor, vista adaxial; c. flor, vista abaxial. d-f. Guatteria
pogonopus – d. ramo com fruto; e. flor; f. fruto (a-c Jardim 3098; d, f. Rossini 410; e. Amorim 4368).
Figure 7 – a-c. Guatteria oligocarpa – a. branch with fruit; b. flower, adaxial view; c. flower, abaxial view. d-f. Guatteria pogonopus
– d. branch with fruit; e. flower; f. fruit (a-c Jardim 3098; d, f. Rossini 410; f. Amorim 4368).
Guatteria pogonopus é de fácil
reconhecimento pelas folhas de grandes dimensões,
glabras, e pelo curto pedicelo da flor e do fruto. É
semelhante a G. oligocarpa e a G. ferruginea (vide
comentários nas respectivas espécies).
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
Martius (1841) descreveu G. pogonopus
baseado nos materiais Blanchet s.n. e Sellow s.n.
Fries (1939) elegeu como lectótipo o exemplar
Sellow s.n., depositado em B. As características
de Sellow s.n. (B) se encaixam na variação
1052
Figura 8 – Distribuição de Guatteria oligocarpa (),
G. schomburgkiana (■) e G. sellowiana (๐).
Figure 8 – Distribution of Guatteria oligocarpa ( ), G.
schomburgkiana (■) e G. sellowiana (๐).
Figura 9– Distribuição de Guatteria pogonopus (•).
Figure 9 – Distribution of Guatteria pogonopus (•).
morfológica de G. pogonopus, destacando-se as
grandes dimensões das folhas. Por essa razão G.
schlechtendaliana é aqui sinonimizada em G.
pogonopus.
Ocorre nas florestas das planícies litorâneas
e submontanas dos estados do Ceará, Paraíba,
Pernambuco, Bahia e Alagoas. Em Minas Gerais e
no Espírito Santo ocorre em floresta submontana e
montana. Também ocorre no Mato Grosso.
Coletada em flor e fruto durante todo o ano.
Seu status de conservação é Baixo Risco.
Espécie de ampla distribuição geográfica e
com grandes populações, inclusive em diversas
unidades de conservação, e por isso não se encontra
ameaçada.
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
10. Guatteria pohliana Schltdl., Linnaea 9: 321.
1834. Tipo: BRASIL. MINAS GERAIS: F. Sellow
s.n. (holótipo B!; prováveis isótipos K!, P!).
Fig. 6; 10 a-c
Árvores ou arbustos 1,5–10 m alt., DAP
6–20 cm. Pecíolo 2–5 mm compr. Lâmina foliar
4,5–10(–12) × 1,5–2,5(–3,5) cm, estreitamente elíptica
a elíptica, glabra a esparsamente coberta por tricomas
na face abaxial; base aguda; margem às vezes ondulada;
ápice agudo. Flor 1, axilar. Pedicelo 1-2,5(–3) cm
compr. Botões florais 5–7 × 5–7 mm, triangularovoides, com sépalas conatas em toda a extensão,
sem linha de deiscência. Sépalas 6–7 × 4–6 mm,
triangulares. Pétalas ovadas, ápice obtuso, 6–17(–20)
× 4–7 mm. Fruto com receptáculo 5–6 × 6–7 mm,
largamente depresso-obovoide; carpídios 2–30, 8–10
× 5–7 mm, elipsoides; estipes 5–9 mm compr.
Material selecionado: BAHIA: Cairu, Rodovia Nilo
Peçanha, 9.XII.1980, A.M.V. Carvalho et al. 389 (CEPEC,
U). MINAS GERAIS: Lima Duarte, Serra do Ibitipoca,
11.III.2004, R.C. Forzza 3234 (BHCB, RB). RIO DE
JANEIRO: São José do Vale do Rio Preto, 22°19’48”S
42°52’32”W, 13.IX.2000, F.M.B. Pereira 45/32 (RFA).
Guatteria pohliana caracteriza-se pelas
folhas pequenas, frequentemente com cerca de
5 a 8 cm de comprimento, glabras em ambas as
faces, e pelo botão floral com sépalas negras,
glabras, conatas em toda a extensão e sem linha de
conação (Lobão & Mello-Silva 2007). Fries (1939)
acrescenta a estas características pétalas pequenas
e esparsamente pilosas, pedicelo significantemente
variável e carpídios grandes. Os exemplares
analisados não apresentam grande variação nessas
características.
Guatteria pohliana é similar a alguns
exemplares de G. australis com folhas pequenas
e glabras. Entretanto em G. australis as sépalas
não são conatas no botão floral e os pedicelos são
geralmente mais longos. G. pohliana também se
assemelha a G. sellowiana pela dimensão reduzida
das folhas e flores, no entanto G. sellowiana possui
ramos, folhas e pedicelos densamente cobertas por
tricomas e sépalas livres no botão floral.
Ocorre na Bahia, Minas Gerais e Rio de
Janeiro, esporadicamente em serras e, no domínio
da Floresta Atlântica, em floresta submontana,
montana e semidecidual. Além disso, foi encontrada
em floresta de galeria e campo rupestre no domínio
do Cerrado.
Coletada com flores de novembro a abril,
junho, agosto e setembro, e em fruto de junho a
fevereiro.
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
1 cm
1053
2 cm
e
5 mm
2 mm
2 cm
d
b
a
c
Figura 10 – a-c. Guatteria pohliana – a. ramo com flores; b. botão floral com cálice conato; c. flor passada com
cálice persistente já caído. d-e. Guatteria schomburgkiana – d. ramos com flores; e. fruto evidenciando carpídios
sésseis (a-c. Peron 508; d. Ribeiro 1026; e. Cid Ferreira 9648).
Figure 10 – a-c. Guatteria pohliana – a. branch with flowers; b. flower bud with connate calyx; c. flower with persistent calyx fallen. d-e.
Guatteria schomburgkiana – d. branch with flowers; e. fruit with sessile monocarps (a-c. Peron 508; d. Ribeiro 1026; e. Cid Ferreira 9648).
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1054
Seu status de conservação é Vulnerável
(D2). As populações são sempre reduzidas, sendo
frequente somente no Parque Estadual de Ibitipoca,
Lima Duarte, MG. É rara no Rio de Janeiro e na
Bahia, onde não se encontra protegida por unidade
de conservação e por isso pode ser considerada
em risco.
11. Guatteria schomburgkiana Mart. in Mart.
& Eichl., Fl. bras. 13(1): 38. 1841. Cananga
schomburgkiana (Mart.) Baill. Hist. Pl. 1: 204. 1868.
Tipo: GUIANA INGLESA. M.R. Schomburgk 993
(Lectótipo B!; Designado por Scharf in Maas et al.
2011; isolectótipo NY!, P!). Annona hostmannii
Steud. Flora 26 (2): 754. 1843. Tipo: SURINAME.
Paramarimbo: Hostmann & A. Kappler 1221
(holótipo B; isótipos BM, F!, G, JE, K!, MO!, P, S,
U, US, W). Guatteria vestita Klotzsch in Schomb.,
Reis. Br. Guiana 3: 979. 1849, nom. nud. Guatteria
vestita var. angustifolia Klotzsch in Schomb., Reis.
Br. Guiana 3: 979. 1849, nom. nud. Guatteria
vestita var. latifolia Klotzsch in Schomb., Reis. Br.
Guiana 3: 979. 1849, nom. nud. Guatteria guianensis
Klotzsch in Schomb., Reis. Br. Guiana 3: 1163.
1849. nom. nud. Guatteria schomburgkiana var.
angustifolia Klotzsch ex R.E.Fr. Kongl. Svenska
Vetensk. Acad. Handl. 34(5): 17. 1900. Tipo:
GUIANA INGLESA. DEMERARA. III.1848,
M. R. Schomburgk 1716 (holótipo B!). Guatteria
schomburgkiana var. latifolia Klotzsch ex R.E.Fr.
Kongl. Svenska Vetensk. Acad. Handl. 34(5):
17. 1900. GUIANA INGLESA: VIII.1813, M.R.
Schomburgk 1334 (holótipo B!). Guatteria sessilis
R.E.Fr. Kongl. Svenska Vetenskapsakad. Handl.
n.s. 34(5): 17. 1900. Tipo: BRASIL. AMAZONAS:
Próximo a Panuré e Rio Uaupés. R. Spruce 2661
(holótipo C!, isótipos BR!, K!, NY!). Guatteria
schomburgkiana var. holosericea R.E.Fr. Publ.
Field Mus. Nat. Hist., Bot. Ser. 13(2): 709. 1938.
Tipo: PERU. LORETO: Florida, Rio Putomayo,
na boca do Rio Zubineta, G. Klug 2259 (holótipo
S; isótipo K!). Guatteria sandwithii R.E.Fr. Acta
Horti Berg. 12(3): 466. 1939. Tipo: GUIANA
INGLESA: Estação Mazaroni. N.Y. Sandwith 1578
(holótipo K!). Guatteria spruceana R.E.Fr. Acta
Horti Berg. 12(3): 469. 1939. Tipo: VENEZUELA.
AMAZONAS: São Carlos. Próximo ao rio Negro.
R. Spruce 3698 (holótipo K!, isótipo BR!).Guatteria
duckeana var. subcordata R.E.Fr. Kongl. Svenska
Vetensk. Acad. Handl. ser. 3. 24(10): 10. pl. 4a. 1948.
Tipo: VENEZUELA. AMAZONAS: Capiguara,
Alto Casiquiare. 3.VI.1942, L. Williams 15777
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
(holótipo US!). Guatteria flavovirens R.E.Fr. Kongl.
Svenska Vetensk. Acad. Handl. 24(10): 10-11. 1948.
VENEZUELA. BOLIVAR. Gran Sabana; Rio Uari.
III.1946, F. Tamayo 3151 (holótipo US!).Guatteria
bernardii R.E.Fr. Mem. New York Bot. Gard. 10: 23.
1960. Tipo: VENZUELA. Calzeta de La Botella. L.
Bernardi 6534 (holótipo NY!, isótipo NY!).
Fig. 8; 10d, e
Árvores 10–18 m alt. Pecíolo 2–4 mm compr.
Lâmina foliar verde, 7–14 × 2–4 cm, cartácea
a subcoriácea, estreitamente elíptica, esparsa a
densamente coberta por tricomas na face abaxial;
base aguda a obtusa; ápice agudo a acuminado. Flor
1, axilar. Pedicelo 0,3–0,8 cm compr. Botões florais
5–6 × 7 mm, triangular-ovoides, sépalas livres.
Sépalas 4–5 × 4–5 mm, largamente triangulares.
Pétalas ovadas a elípticas, ápice agudo, 10–20
× 5 mm. Fruto com receptáculo 3–4 × 4–7
mm, depresso-obovoide; cálice não persistente;
carpídios subsésseis a sésseis, 7–20, ca. 8 × 6 mm,
elipsoides.
Material selecionado: PARAÍBA: João Pessoa, Jardim
Botânico de João Pessoa, 11.VIII.2008, R.D. Ribeiro et
al. 1026 (RB). PERNAMBUCO: Goiana, entre Usina
Santa Isabel e Goiana, 20.V.1962, Gomes 1236 (RB).
Material adicional: BRASIL. AMAZONAS: São
Gabriel da Cachoeira, rio Negro, Baía da Aparecida, 4
km NW da Ilha do Açaí, 26.X.2005, G. Martinelli 14503
(RB). MATO GROSSO: Juruena, 5.VII.1977, M.G. Silva
& J. Maria 3280 (INPA, RB). MARANHÃO: Tiriaçu,
s.d. N.A. Rosa 2825 (RB). PARÁ: Martins Pinheiro,
Campina do Mangaba, 27.II.1975, L. Coradin 76 (RB).
Guatteria schomburgkiana caracteriza-se
pelas folhas estreitamente elípticas e com ápice
agudo a acuminado, geralmente cobertas por
tricomas ferrugíneos na face abaxial, pétalas
de ápice agudo e carpídios sésseis. A espécie
pertence à seção Cephalocarpus (Fries 1939) e faz
parte de um complexo morfológico que inclui G.
citriodora Ducke e G. paraensis R.E.Fr., ambas de
distribuição amazônica.
Guatteria schomburgkiana é característica
da floresta amazônica, ocorrendo nas Guianas,
Suriname, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador,
Peru e Brasil (Maas et al. 2010). No Brasil ocorre
nos Estados de Roraima, Amapá, Amazonas, Pará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rondônia e Mato
Grosso. É encontrada preferencialmente em floresta
de terra firme, floresta de igapó, campinas, além
de áreas antropizadas e beira de rios. Na Floresta
Atlântica foi coletada em floresta decidual.
Coletada em flor de novembro a agosto, e em
fruto o ano todo.
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
Seu status de conservação é Baixo Risco.
Guatteria schomburgkiana é frequente na Amazônia
e ocorre pontualmente na Floresta Atlântica, estando
ameaçada localmente na Paraíba e Pernambuco.
12. Guatteria sellowiana Schltdl., Linnaea 9:
323. 1834. Cananga sellowiana (Schltdl.) Warm.
Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist. Foren.
Kjobenhavn 1873: 144. 1874. Tipo: BRASIL.
MINAS GERAIS: Serra de Santo Antônio,
17.X.1818, F. Sellow 1967 c 1479 (Lectótipo
B!, designado por Fries (1939); isolectótipo K!).
Cananga sellowiana (Schltdl.) Warm. var. montana
Warm., Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist. Foren.
Kjøbenhavn 1873: 145. 1873. Guatteria sellowiana
Schltdl. var. montana (Warm.) R.E.Fr., Kongl.
Svenska Vetenskapakad. Handl. n.s. 34(5): 14.
1900. Tipo: BRASIL. II, J.E.Warming s.n. (C).
Guatteria australis var. pubens Mart. in Mart. &
Eichl. Fl. bras. 13(1): 26. 1841. Guatteria pubens
(Mart.) R.E.Fr. Acta Horti Berg. 12(3): 455. 1939.
Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO: Petrópolis
(“prope praedium Mandiocca”), VII.1817, C.
F. P. Martius obs. 47 (holótipo M!). Guatteria
mexiae R.E.Fr. Acta Horti Berg. 12(3): 344. 1939.
Tipo: BRASIL. MINAS GERAIS: Carangola
(“Fazenda da Gramma, about 0,5 km North on
trail”), 27.I.1930, Y. Mexia 4249 (holótipo S!;
isótipos B!, BM!, F!, K!, NY!, U!, US). syn. nov.
Guatteria umbrosa R.E.Fr. Acta Horti Berg. 12(3):
455. 1939. Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO:
Petrópolis (“Mandioca”), X.1823, L. Riedel s.n.
(holótipo: S!; isótipos: LE!, U!). syn. nov. Guatteria
peckoltiana R.E.Fr. Acta Horti Berg. 12(3): 457.
1939. Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO: Cantagalo
(“Canta Gallo”), 1859, T. Peckolt 362 (holótipo BR!).
syn. nov.
Fig. 8; 11a, b
Árvores 2–25 m alt., DAP 10–25 cm. Pecíolo
2–8 mm compr. Lâmina foliar 5,5–14 × 1,5–4 cm,
estreitamente elíptica a elíptica, glabra a densamente
coberta por tricomas na face adaxial, densamente
coberta por tricomas na abaxial; base aguda; ápice
agudo. Flor 1, axilar. Pedicelo 0,5–2,5 cm compr.,
frequentemente densamente coberto por tricomas.
Botões florais 4–8 × 5–10 mm, triangular-ovoides.
Sépalas 2–5 × 3–4 mm. Pétalas estreitamente
elípticas a elípticas, ápice obtuso, 6–20 × 4–10 mm.
Fruto com receptáculo 4–7 × 5–11 mm, largamente
depresso-obovoide; carpídios 16–42, 5–8 × 4–5 mm,
elipsoides; estipes 5–10 mm compr.
Material selecionado: BAHIA: 19.III.1978, S.A. Mori
et al. 9722 (CEPEC, K, NY, RB). MINAS GERAIS:
Caeté, Serra da Piedade 19°49’S 43°40,8’W, 16.V.1987,
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1055
J. A. Paula et al. s.n. (BHCB 8979). ESPÍRITO SANTO:
Nova Lombardia, Reserva Biológica Augusto Ruschi,
23.X.2001, L. Kollmann et al. 4899 (MBML, RB). RIO
DE JANEIRO: Itatiaia, Parque Nacional do Itatiaia,
3.XII.1997, J.M.A. Braga 4500 (RB).
Material adicional: BRASIL. MATO GROSSO: Vila Bela
da Santíssima Trindade, 13°22’S 59°56’W, 2.IX.1985, W.W.
Thomas et al. 4757 (NY, SPF, U). GOIÁS: Alto Paraíso, Vale
da Lua, 36 km de Alto Paraíso, 5.IX.1994, F.C.A. Oliveira et
al. 43 (IBGE, U). DISTRITO FEDERAL. Brasília, Reserva
Ecológica do IBGE, 15°57’8”S 47°53’25”W, 2.IV.2003,
A.F. Pontes 597 (CEN, SPF, U).
Guatteria sellowiana caracteriza-se pelas folhas
estreitamente elípticas, densamente cobertas por
tricomas eretos, retos na face abaxial, ápice agudo e
pedicelos geralmente curtos. Dentre as espécies de
Guatteria da Floresta Atlântica, é bem característica
pelo denso indumento. É semelhante aos indivíduos
com ramos e folhas cobertos por tricomas de G.
australis, entretanto diferencia-se pelo pedicelo curto.
Os materiais-tipo de Guatteria mexiae e
Guatteria peckoltiana são bastante similares ao
material-tipo de G. sellowiana. Todos possuem
folhas medianas, densamente cobertas por tricomas
na face abaxial e pedicelos curtos. Por essa razão
são aqui sinonimizados em G. sellowiana. O tipo de
Guatteria pubens possui as mesmas características de
G. sellowiana, embora com folhas menores. Sendo
esse um caráter variável em G. sellowiana, G. pubens
é tratada como sinônimo de G. sellowiana, juntamente
com G. umbrosa, já anteriormente sinonimizada em
G. pubens (Lobão & Mello-Silva 2007).
Ocorre no Mato Grosso, Distrito Federal,
Goiás, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio
de Janeiro. É comum nas florestas de galeria no
domínio do Cerrado. Na Floresta Atlântica ocorre
em floresta de terras baixas, submontana, montana
e semidecidual.
Floresce e frutifica durante quase todo o ano.
Seu status de conservação é Baixo Risco.
Espécie bastante frequente, inclusive em diversas
unidades de conservação.
13. Guatteria stenocarpa Lobão, Maas & MelloSilva, Blumea 55: 122. 2009. Tipo: BRASIL.
BAHIA. Itacaré: Loteamento Marambaia,
vicinal que leva à fazenda, ca. 1 km da rodovia
BA 001, 14°19’41”S 39°1’46”W, 29.X.2000, J.
G. Jardim et al. 3096 (holótipo RB!; isótipos
CEPEC!, SPF!, U!).
Fig. 2g-i; 12
Árvores ou arbustos 5–8 m alt. Pecíolo
6–12 mm compr. Lâmina foliar 11–22 × 4–8 cm,
subcoriácea, estreitamente obovada, glabra em
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
5 mm
1056
2 cm
2 cm
d
e
5 mm
c
1 cm
2 cm
f
a
b
Figura 11 – a, b. Guatteria sellowiana – a. ramos com flores; b. fruto. c, d. Guatteria tomentosa – c. ramos com
flores; d. base da folha levemente cordada. e, f. Guatteria villosissima – e. ramos com flores; f. fruto (a. Kullmann
5935; b. Kullmann s.n. RB 16526; c, d. Fiaschi 2534; e, f. Pereira 2383).
Figure 11 – a, b. Guatteria sellowiana – a. branch with flowers; b. fruit. c, d. Guatteria tomentosa – c. branch with flowers; d. leaf
base slightly cordate. e, f. Guatteria villosissima – e. branch with flowers; f. fruit (a. Kullmann 5935; b. Kullmann s.n. RB 16526; c, D.
Fiaschi 2534; e, f. Pereira 2383).
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
1057
Coletada em flor em maio, julho e dezembro,
e em fruto em outubro, novembro e maio.
Seu status de conservação é Em Perigo
(B.1.a.c.) (Lobão et al. 2009B).
Figura 12 – Distribuição de Guatteria stenocarpa (),
G. tomentosa (๐) e G. villosissima (•).
Figure 12 – Distribution of Guatteria stenocarpa ( ), G.
tomentosa (๐) e G. villosissima (•).
ambas as faces; base atenuada; ápice agudo. Flor
1, axilar. Pedicelo 2–3,5 cm compr. Brácteas 4–5
por flor. Botões florais ca. 8 × 8 mm, triangularovóides, sépalas livres. Sépalas 2–6 × 3–6 mm,
largamente triangulares. Pétalas largamente ovadas a
elípticas, ápice obtuso, 6–24 × 6–15 mm. Fruto com
receptáculo ca. 3 × 7–10 mm, largamente depressoobovoide; carpídios 8–19, 22–25 × 6–8 mm,
elipsoides a cilíndricos; estipes 5–10 mm compr.
Material selecionado: BAHIA: Maraú, 14°06’21”S
39°00’25”W, 2.II.2000, J.G. Jardim et al. 2641 (CEPEC,
NY, U); Uruçuca, 7,3 km N of Serra Grande on road
to Itacaré, 14°25’24”S 39°3’38”W, 12.VII.1991, W.W.
Thomas et al. 6933 (CEPEC, NY, U); Taperoá, rodovia
Taperoá-Valença, km 13, 10 XII 1980, J.L. Hage et al.
416 (CEPEC, NY, U).
Guatteria stenocarpa é de fácil
reconhecimento quando em frutificação pelos
grandes carpídios cilíndrico-elipsoides de 22 a 25
mm de comprimento, únicos entre as espécies da
Floresta Atlântica. As folhas medianas a grandes,
glabras e subcoriáceas também são características
da espécie.
Guatteria stenocarpa é similar a G. pogonopus
e G. oligocarpa pelas folhas glabras e subcoriáceas.
Entretanto G. pogonopus e G. oligocarpa possuem
carpídios elipsoides e menores com, no máximo,
12 mm de comprimento.
Endêmica da Bahia, ocorrendo em populações
esparsas nas florestas higrófilas dos municípios de
Taperoá, Itacaré, Uruçuca e Maraú.
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
14. Guatteria tomentosa Rusby, Bull. New York
Bot. Gard. 6(22): 504. 1910. Tipo: BOLÍVIA.
LA PAZ. Iturralde, Tumupasa, 11.XII.1901, R.S.
Williams 453 (holótipo NY!). Guatteria rigidipes
R.E.Fr., Acta Horti Berg. 12(3): 358. 1939. Tipo:
COSTA RICA. San José, El General, II.1936, A.F.
Skutch 2553 (holótipo S). Guatteria setosa Rusby,
Phytologia 1: 55. 1934. Tipo: BOLÍVIA. LA PAZ.
Chuquini, II-III.1926, G.H.H. Tate 1138 (holótipo
NY). Guatteria trichoclonia Diels, Notizbl. Bot.
Gart. Berlin-Dahlem 11: 77. 1931. Tipo: BOLÍVIA.
SANTA CRUZ. San Carlos, 24.XI.1926, Buchtien
698 (holótipo B).
Fig. 11c, d; 12
Árvores ou arbustos 5–22 m alt. DAP ca.
7 cm. Tricomas ferrugíneos. Pecíolo 3–5 mm
compr. Lâmina foliar in sicco ferrugíneas na face
abaxial, 7–17 × 2–5,5 cm, cartácea a sub-coriácea,
estreitamente elíptica a elíptica, densamente coberta
por tricomas na face abaxial; base frequentemente
obtusa ou cordada; margem revoluta; ápice agudo
a acuminado, acúmen até 1 cm compr. Flor 1,
axilar. Pedicelo 3–7 cm compr. Botões florais
7–11 × 7–14 mm, triangular-ovoides, com sépalas
conatas, com linha de deiscência. Sépalas 10–15
× 7–10 mm, às vezes conatas na base. Pétalas
elípticas, ápice frequentemente agudo; 15–30
× 7–10 mm. Fruto com receptáculo 2–6 × 5–10
mm, largamente depresso-obovoide; cálice às
vezes persistente; carpídios ca. 10, 8–10 × 5 mm,
elipsoides; estipes ca. 10 mm compr.
Material selecionado: BAHIA: Ilhéus, RPPN Salto
Apepique, 14°35’10”S 39°7’25”W, 16.VII.2005,
A.Q. Lobão et al. 725 (CEPEC, RB). ESPÍRITO
SANTO: Linhares, Reserva Natural da CRVD,
8.VIII.2006, A.Q. Lobão et al. 1279 (CVRD, RB).
MINAS GERAIS: Carangola, Morro da Torre, 20°44’S
42°04’W, 23.VI.1990, L. Leoni 1143 (GFJP, SPF).
Guatteria tomentosa caracteriza-se pelas
lâminas foliares e longos pedicelos florais
densamente cobertos por tricomas e margem da
folha revoluta que, geralmente, esconde as flores
axilares. Assemelha-se a G. villosissima pelas folhas
medianas, geralmente glabras na face adaxial e
densamente cobertas por tricomas na abaxial, e
margem revoluta. Entretanto, G. villosissima possui
base da folha sempre obtusa, nervuras secundárias
formando ângulo de 60° com a nervura primária e
pedicelo com no máximo 2 cm de comprimento,
1058
enquanto G. tomentosa apresenta base da folha
frequentemente cordada, nervuras secundárias
formando ângulo de 70°–80° com a nervura primária
e longo pedicelo atingindo até 7 cm de comprimento.
Guatteria tomentosa ocorre na Bolívia e
Costa Rica. No Brasil, Guatteria tomentosa é
restrita à Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais,
ocorrendo na floresta de planície, higrófila,
restinga, submontana e montana.
Coletada em flor de janeiro a março, julho,
agosto e outubro, e em fruto de setembro a
novembro.
Seu status de conservação é Vulnerável (D2).
Ocorre em unidades de conservação, mas em
populações muito reduzidas.
15. Guatteria villosissima A.St.-Hil., Fl. Bras.
merid. 1: 38. 1825. Cananga villosissima (A.St.Hil.) Warm. Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist.
Foren. Kjobenhavn 1873: 144. 1874. Tipo:
BRASIL. MINAS GERAIS: Rio Piracicaba,
Serra dos Pilões (“près Itajuru de São Miguel de
Mato Dentro”), I.1817, A.F.C.P. Saint-Hilaire 606
(holótipo P!, isótipo P!). Guatteria villosissima var.
longepedunculata R.E.Fr. Acta Horti Berg. 12(3):
351. 1939. Tipo: BRASIL. RIO DE JANEIRO:
Nova Friburgo, 22.II.1903, P.K.H. Dusén 1910
(holótipo S; isótipo U!).
Fig. 11e, f; 12
Árvores ou arbustos 3–8 m alt. Tricomas
ferrugíneos. Pecíolo 1–3 mm compr. Lâmina foliar
6,5–15(–18) × 1,5–3(–4,5) cm, cartácea a coriácea,
estreitamente elíptica a elíptica, densamente coberta
por tricomas na face abaxial; base obtusa; margem
frequentemente revoluta; ápice agudo; nervuras
secundárias profundamente impressas na face
adaxial. Flor 1, axilar. Pedicelo 1,5–2 cm compr.
Botões florais 4–8 × 5–10 mm, triangular-ovoides,
com sépalas conatas, com linha de conação. Sépalas
8–10 × 7 mm, largamente triangulares. Pétalas
ovadas a elípticas, ápice agudo, 10–25 × 5–12 mm.
Fruto com receptáculo 4–7 × 5–11 mm, largamente
depresso-obovoide; carpídios 15–45, ca. 8 × 6 mm,
elipsoides; estipes 3 mm compr.
Material selecionado: MINAS GERAIS: Ouro Preto,
estrada Chapada-Santa Rita, 19.III.1998, M.L. Kawasaki
et al. 1063 (SP, SPF). ESPÍRITO SANTO: Linhares,
estrada de Vitória para Linhares, 12.II.1965, A.P. Duarte
8835 (RB, SPF). RIO DE JANEIRO: Santa Maria
Madalena, subida para a Pedra do Desengano, 21º52,31’S
41º55,58’W, 2.III.2004, R.C. Forzza et al. 2830 (RB, SPF).
Guatteria villosissima caracteriza-se pelas
folhas quase sésseis, densamente cobertas por tricomas
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
na face abaxial, nervuras profundamente impressas na
face adaxial, margem in sicco revoluta, pedicelo curto
(1,5 a 2 cm compr.), densamente coberto por tricomas,
botões florais jovens com sépalas conatas em toda a
extensão e com linha de conação.
A espécie pertence à seção Trichoclonia
(Fries 1939) e é semelhante a G. tomentosa (vide
comentários em G. candolleana e G. tomentosa).
Algumas vezes, assemelha-se a G. sellowiana
principalmente devido à densa pilosidade na face
abaxial da folha e ao tamanho do pedicelo (Lobão
& Mello-Silva 2007).
É encontrada em Minas Gerais, Espírito
Santo e Rio de Janeiro. Ocorre preferencialmente
em floresta submontana, mas também pode ser
encontrada em áreas antropizadas.
Coletada em flor e fruto durante todo o ano.
Seu status de conservação é Baixo Risco.
A espécie ocorre em três estados brasileiros com
populações grandes e dentro de unidades de
conservação.
Espécies excluídas
1. Guatteria apodocarpa Mart., in Mart. & Eichl.,
Fl. bras. 13(1): 30. 1841. Tipo: BRASIL. RIO
DE JANEIRO: Teresópolis, Serra dos Órgãos,
VIII, C.F.P. Martius s.n. (holótipo: M!) Annona
parviflora (A. St.-Hil.) H. Rainer, Ann. Naturhist.
Mus. Wien, B 108: 197. 2007.
2. Guatteria elliptica R.E.Fr., Acta Horti Berg.
12(3): 445. 1939. Tipo: BRASIL. RIO DE
JANEIRO: São Fidelis, 18.II.1875, A.F.M. Glaziou
9605 (holótipo C!; isótipos K!, P!). O tipo é
provavelmente de Santarém, Pará (vide Lobão &
Mello-Silva 2007).
Agradecimentos
Adriana Q. Lobão agradece ao IAPT, a Gia
Zilstra, Roy Erkens, Cassia Sakuragui, David
Johnson, André Amorim, João Renato Stehmann e
Marcus Nadruz, a todos os curadores dos herbários
visitados e os curadores dos herbários de München
(M), Copenhagen (C), Geneve (G) e Paris (P) as
imagens enviadas. Adriana Q. Lobão foi bolsista
de doutorado da FAPERJ e teve bolsa sanduíche
concedida pela CAPES. Renato de Mello-Silva
agradece a Margaret Mee Amazonian Trust as
estadias no RBG-Kew e visitas aos herbários BM,
OXF, P e U, para estudos de Annonaceae. Rafaela
Campostrini Forzza e Renato de Mello-Silva são
bolsistas de produtividade do CNPq.
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
Referências
Barringer, K. 1984. A new species of Guatteria
(Annonaceae) from Panama. Annals of the Missouri
Botanical Garden 71: 1186-1187.
Brotto, M.L.; Santos, E.P. & Baitello, J.B. 2009.
Lauraceae no Morro dos Perdidos (Floresta
Atlântica), Paraná, Brasil. Rodriguésia 60: 445-449.
Corrêa, F. 1996. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Roteiro para o entendimento de seus objetivos e
seu sistema de gestão. Série Cadernos da Reserva
da Biosfera da Mata Atlântica 2. Consórcio
Mata Atlântica e Conselho Nacional da Reserva
da Biosfera da Mata Atlântica. São Paulo. 49p.
Disponível em <http://www.rbma.org.br/rbma/pdf/
Caderno_02.pdf>. Acesso em Jan 2012.
Couvreur, T.L.P.; Pirie, M.D.; Chatrou, L.W.; Saunders,
R.M.K. & Erkens, R. 2011. Early evolutionary
history of the lowering plant family Annonaceae:
steady diversiication and boreotropical geodispersal.
Journal of Biogeography 38: 664-680.
Erkens R.H. J.; Chatrou, L.W.; Maas, J.W.; Van Der Niet,
T. & Savolainen, V. 2007a. A rapid diversiication of
rainforest trees (Guatteria; Annonaceae) following
dispersal from Central into South America. Molecular
Phylogenetics and Evolution 44: 399-411.
Erkens, R.H.J.; Chatrou, L.W.; Maas, J.W.; Ginkel,
M.V. & Maas, P.J.M. 2007b. Taxonomic problems
in the Central American Guatteria amplifolia
complex (Annonaceae) cannot be elucidated
by AFLP analyses and sequence markers. In:
Erkens, R.H.J. From morphological nightmare to
molecular conundrum. Phylogenetic, evolutionary
and taxonomic studies on Guatteria (Annonaceae).
Ph.D. thesis. Pp. 101-115.
Erkens, R.H.J.; Westra, L.Y.T. & Maas, P.J.M. 2008.
Increasing diversity in the species-rich genus
Guatteria (Annonaceae). Blumea 53: 467-514.
Font Quer, P. 1965. Diccionario de botánica. Ed. Labor,
Barcelona. 1244p.
Fries, R.E. 1900. Beiträge zur kenntnis der SüdAmerikanischen Anonaceen. Kungliga Svenska
Vetenskapsakademiens Handlingar 34: 9-19.
Fries, R.E. 1939. Revision der Arten einiger AnonaceenGattungen V. Acta Horti Bergiani 12: 289-540.
Fundação SOS Mata Atlântica/INPE. 2001. Atlas
dos remanescentes lorestais da Mata Atlântica e
ecossistemas associados no período de 1995–2000.
São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica/INPE.
Disponível em <http://www.sosmatatlantica.org.
br/>. Acesso em Jan 2012.
Hijmans, R.J.; Guarino, L.; Bussink, C.; Mathur, P.; Cruz,
M.; Barrentes, I. & Rojas, E. 2004. DIVA-GIS.
Versão 5.1. A geographic information system for the
analysis of species distribution data. Disponível em
<http://www.diva-gis.org>. Acesso em Jan 2012.
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1059
Holmgren, P.K.; Holmgren, N.H. & Barnett, L.C. 1990.
Index herbariorum: Part I. The herbaria of the
world. 8th ed. The New York Botanical Garden,
New York. 693p.
IUCN. 2001. IUCN Red List Categories and Criteria:
Version 3.1. IUCN Species Survival Commission.
IUCN, Gland and Cambridge.
Koek-Noorman, J.; Setten, A.K. & Zuilen, C.M. 1997.
Studies in Annonaceae. XXVI. Flowers and fruit
morphology in Annonaceae. Their contribution to
patterns in cluster analysis. Botanische Jahrbücher
für Systematik 119: 213-230.
Lobão, A.Q. & Mello-Silva R. 2007. Guatteria
(Annonaceae) do estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Rodriguésia 58: 859-884.
Lobão, A.Q.; Maas, P.J.M. & Mello-Silva, R. 2009a.
Annonaceae. In: Plantas da Floresta Atlântica. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Pp. 127-129.
Lobão, A.Q.; Maas, P.J.M. & Mello-Silva, R. 2009b.
Two new species of Guatteria (Annonaceae) from
Atlantic Forest of Brazil. Blumea 55: 120-122.
Lobão, A.Q.; Mello-Silva, R.; Maas, P.J.M. & Forzza,
R.C. 2011. Taxonomic and nomenclatural notes on
Guatteria australis Saint-Hilaire (Annonaceae).
Phytotaxa 20: 33-46
Maas, P.J.M.; Rainer, H. & Lobão, A.Q. 2010. Annonaceae.
In: Forzza, R.C. et al. (eds.). Lista de espécies da
lora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Disponível em <http://loradobrasil.jbrj.gov.br/2010/
FB110219>. Acesso em 20 Mar 2011.
Maas, P.J.M.; Westra, L.Y.T.; Rainer, H.; Lobão, A.Q. &
Erkens, R.H.J. 2011. An updated index to genera,
species, and infraspeciic taxa of Neotropical
Annonaceae. Nordic Journal of Botany 29: 257-356.
Martinelli, G.; Vieira, C.M.; Gonzáles, M.; Leitman, P.;
Piratininga, A.; Costa, A.F. & Forzza, R.C. 2008.
Bromeliaceae da Mata Atlântica Brasileira: lista de
espécies, distribuição e conservação. Rodriguésia
59: 209-258.
Martins-da-Silva, R.C.V.; Pereira, J.F. & Lima,
H.C. 2007. O gênero Copaifera (Leguminosae
– Caesalpinoideae) na Amazônia Brasileira.
Rodriguésia 59: 455-476.
Martius, C.F.P. 1841. Annonaceae. In: Martius, C.F.P.
& Eichler, A.G. (eds.). Flora brasiliensis. Frid.
Fleischer, Leipzig, 13. Pp. 1-63.
Mello-Silva, R. & Pirani, J.R. 2003. Flora de Grão-Mogol,
Minas Gerais: Annonaceae. Boletim de Botânica da
Universidade de São Paulo 21: 67-72.
Mendonça Filho, C.V.; Tozzi, A.M.G.A. & Martins,
E.R.F. 2007. Revisão taxonômica de Machaerium
sect. oblonga (Benth.) Taub. (Leguminosae,
Papilionoideae, Dalbergieae). Rodriguésia 58:
283-312.
Monteiro, R.F. & Forzza, R.C. 2008. A família
Bromeliaceae no Parque Estadual de Ibitipoca,
1060
Minas Gerais, Brasil. Boletim de Botânica da
Universidade de São Paulo 26: 7-33.
Myers, N.; Mittermeier, R.A.; Mittermeier, C.G.; Fonseca
G.A.B. & Kent, J. 2000. Biodiversity hotspot for
conservation priorities. Nature 403: 853-858.
Radford, A.E.; Dickison, W.C.; Massey, J.R. & Bell,
C.R. 1974. Vascular plant systematics. Harper &
Row Publ., New York. 891p.
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
Schlechtendal, D.F.L. 1834. De Anonaceis brasiliensibus
herbarii regii berolinensis. Linnaea 9: 315-331.
Van Heusden, E.C.H. 1992. Flowers of Annonaceae:
Morphology, classiication, and evolution. Blumea
Supplement 7: 1-218.
Weberling, F. 1989. Morphology of flowers and
inlorescences. Cambridge, Cambridge University
Press. 496p.
Lista de exsicatas
Abreu N.L. 132 (1); Ackermann s/n (BR s/n) (15); Adriano G.S. s/n (PERD 655) (2); Aguiar O.T. 433 (1); Albertone s.n. (7);
Albuquerque J.E. 1835 (1), 1860 (1); Albuquerque S.Z. 5 (2); Almeida A.L. 30 (1); Almeida E.F. 193 (15); Almeida H. 15 (9);
Almeida V.C. s/n (R180084) (12); Alvarenga D. 398 (12), 314 (12); Alves L.J. 321 (1); Alves M. 2019 (9); Alves T.M.A. 108 (15);
Amaral I.L. 1035 (11); Amorim A. M. 376 (8), 382 (8), 672 (8), 687 (7), 737 (5), 781 (8), 818 (5), 866 (8), 1074 (8), 1220 (8), 1418
(5), 2415 (8), 2534 (8), 3428 (8), 3541 (5), 3614 (5), 4368 (9), 4460 (5), 4516 (1), 4550 (5), 4936 (8), 5399 (9), 5572 (5), 6887 (1);
Anderson W.R. 35158 (14), 35703 (1), 35704 (16), 35909 (1), 36014 (14), 36033 (14), 36315 (16); Andrade 69 (11); Andrade A.P.M.
59 (15), 407 (9), 656 (2), 775 (1), 832 (10), 899 (10), 874 (10), 902 (10), 1085 (10) 1345 (15), 1346 (15); Andrade-Lima 69-5638 (11),
70-6041 (9); Anunciação E.A. 11 (1), 12 (1); Aona L.Y.S. 912 (10); Aparicio A. 56 (1); Aragaki S. 53 (1), 466 (1), 467 (1); Arantes
A.A. s/n (BHCB 21156) (12); Araujo A.C. s/n (OUPR 5888) (15); Araujo D.S.D. 1365 (1), 3398 (5), 4762 (1), 6490 (1), 6549 (1),
6580 (1), 7156 (10), 7293 (1), 10407 (1), 10496 (1); Araújo F.P.L. s/n (R60865); Araújo F.S. 122 (1); Araujo s/n (OUPR 225) (1),
s/n (OUPR 252) (1); Arbo M.M. 4959 (15), 5541 (9), 7146 (9), 7714 (1), 7811 (1); Árbocz G. F. 2338 (1), 3051 (9), 3109 (9), 3126
(9), 4205 (1), 4267 (9), 32705 (1), 32706 (1); Arzolla F.A.R.D.P. 525 (1); Assis L.C.S., 441 (1), 606 (1), 883 (1), 887 (1), 939 (1), 944
(1), 1001 (1), 1014 (1), 1020 (12); Assis M.A. 33 (1), 66 (12), 400 (1), 977 (9); Assis M.C. 459 (9); Atkins S. CFCR14719 (12) ;
Augusto J. s/n (R 175854); Auler L. 1 (1) ; Ávila N.S. 5 (1), 466 (1); Azevedo M.L.M. 947 (12); Bacariça E.M. 123 (15); Badini J.
s/n (OUPR 222) (1), s/n (OUPR 23341) (1), s/n (OUPR 23342) (1), s/n (OUPR 25229) (10), s/n (OUPR 3658) (12), s/n (OUPR 21441)
(12), s/n (OUPR 22628) (12), s/n (OUPR 241) (15), s/n (OUPR 242) (15), s/n (OUPR 21500) (15), s/n (OUPR 23061) (15), s/n (OUPR
23062) (15); Baitello J.B. s/n (SP 258840) (1); Barbiellini A.A. s/n (SP 40584) (1); Barbosa E. 37 (1), 265 (1), 556 (1), 631 (1);
Barbosa M.R. 399 (6), 424 (6), 975 (5), s/n (U 0009356) (5), s/n (RBR s/n) (12); Barreto H.L.M. 402 (15), 405 (15), 406 (15), 433
(15), 692 (12), 697 (15), 925 (1), 1271 (15), 1272 (15), 1330 (15), 3206 (1), 3215 (15), 3216 (15), 3334 (15); Barreto K.D. 814 (1),
1100 (1), 1469 (1), 3152 (1); Barros A.M.M. 2423 (1); Barros F. 691 (1), 709 (1), 1571 (1), 1928 (1), 2037 (1), 2375 (1), 2965 (1);
Barros W.D. 31 (6), 1191 (1); Bastos M.N. 2392 (11); Batista E.R. 16 (1), 64 (1); Bausen E. 132 (9); Bautista H.P. 1838 (9); Belém
R.P. 583 (1), 1819 (8), 3062 (1), 3328 (1); Benko-Iseppon A.M. 16 (1); Bernacci L.C. 931 (1), 1008 (1); Bezerra L.M. 36 (10), 140
(10); Bianchini R.S. 1444 (1); Blanchet J. S. 2114 (1); Bondar G. 2386 (9); Boone W. 40 (9), 484 (1), 1074 (9); Borba E.L. 110 (10);
Borges C.M.O. s/n (VIC 14981) (1); Borges R.A.X. 585 (5), 789 (1); Boschwezen 1797 (11); Bovini M.G. 507 (1), 552 (1), 639 (1),
650 (1), 1085 (1), 1123 (1), 1428 (5), 1941 (1), 1945 (5), 2139 (6), 2581 (9); Brade A.C. 7238 (1), 7239 (1), 11307 (1), 12079 (5),
14815 (15), 14880 (15), 16780 (1), 18733 (1), 18826 (6), 20949 (1); Braga J. M. A. 937 (1), 1669 (6), 1697 (5), 1974 (12), 2673 (5),
2730 (1), 2805 (6), 2908 (6), 4034 (5), 4326 (5), 4500 (14), 4505 (10), 4706 (1); Braga P I.S. 1888 (12), 1903 (10), s/n (BHCB 19295)
(2); Braga S. s/n (BHCB 14195) (12); Braidotti J.C. 134 (1); Brina A. E. s/n (BHCB 39314) (1), s/n (BHCB 60081) (9), s/n (BHCB
60035) (12); Britez R.M. 398 (1), 1455 (1), 24790 (1); Brito H.S. 58 (3); Brügger M.C. 24632 (12); Brunet M. s/n (R 60955); Bueno
E.A. 92 (12); Bueno E.A. 92 (12); Burchell W. J. 1839 (1), 2014 (1), 2354 (9), 3429 (1) 3054 pp (1), 3054 pp (1), 3134-2 (1), 3737-2
(1), 4078 (1), 4612 ou 4613 (1); Busquetti 96 (1); Buzato S. 22500 (1); C. T. 16 (10); Callejas R. 1714 (8); Campos D.P. 4 (1); Campos
Porto P. 2087 (6), 2662 (6), 2667 (6); Carneiro J. 1186 (9), 1299 (1), 1481 (1); Carvalho A.M.V. 196 (8), 389 (10), 661 (5), 866 (8),
1131 (5), 3255 (8), 3606 (8), 3642 (8), 4123 (1), 5148 (1), 6133 (8); Carvalho E.O. 10 (6); Carvalho J.P.M. s/n (SPSF 8716) (1);
Carvalho S.M. 84 (5), 104 (5); Carvalho-Sobrinho J.G. 80 (1), 104 (1), 118 (5); Castro A.G. 3 (6), 195 (1); Castro R.M. 465 (1),
501 (12), 515 (1), 562 (12); Catharino E.L.M. 475 (1), 542 (1), 665 (1), 768 (1), 1240 (1), 1979 (12); Cavalcanti D.C. 294 (1);
Ceccantini G.T.C. 129 (1), 438 (14); Cervi A.C. 2636 (1); Chagas F. s/n (FUEL 2021) (1); Chatrou, L.W. 318 (11); Chiea S.C. 414
(1), 700 (1); Cid Ferreira C.A. 5461 (11), 6337 (9), 9648 (11), 9737 (11); Clausen P. s/n (BR s/n) (15); Coelho J.C.R. 700 (1); Colares
J.E.R. 85 (1); Coradin L. 76 (11); Cordeiro I. 1264 (1), 1649 (1), 1935 (1), 1979 (1), 2383 (1), 2798 (1), 2906, (1), CFSC7077 (10),
s/n (SPF 43643) (1); Correia C.M.B. s.n. (RB 295531) (1); Costa F. N. 836 (15); Costa I. V. s/n (BHCB 27537) (2), s/n (SPF 111039)
(2); Costa J.A.F. s/n (175536); Costa L.V. T6 296 (2), 345 (1), 871 (2), s/n (BHCB 52468) (1), s/n (BHCB 22504) (1), s/n (BHCB
11936) (1), s/n (BHCB 17666) (1), 371 (2), s/n (BHCB 22436) (2), s/n (BHCB 27212) (2), s/n (BHCB 27537) (2), s/n (BHCB 28548)
(2), s/n (BHCB 52452) (9), s/n (BHCB 26332) (12), s/n (BHCB 13367) (15), s/n (BHCB 22386) (15); Couto F.R. 126 (2); Cowan R.S.
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
1061
38187 (5); Cruz A.M.R. s/n (247061) (1), s/n (SP 247069) (1), s/n (SP 247081) (1); Cruz J.D. 6398 (10); Cruz J.M. 18 (1); Cunha
L. 5854 (12); Custodio Filho A. 612 (1), 1470 (1), 1470 (1), 1505 (1), 1571 (1), 1624 (1), 1628 (1), 1749 (1), 1873 (1), 1928 (1), 2029
(1), 2144 (1), 2144 (1), 2241 (1), 2524 (1), 4584 (1); Damasceno Junior G. A. 29298 (1); Damazio L. 919 (15), s/n (OUPR 219) (1),
s/n (OUPR 220) (1), s/n (112167) (12); Davis P.H.D. 60645 (1), D 60774 (1); Dedeca D. s/n (SP 69618) (1); Demuner V. 34, (1), 142
(2), 217 (9), 223 (1), 236 (9), 432 (1), 449 (1), 616 (1), 631 (1), 736 (1), 917 (1), 1368 (9), 1433 (9); Destefani A.C.C. 224 (1); Dias
B.J. 141 (12); Dombroushi P.K. 1631 (1), 7122 (1), 24160 (1); Dombrowski L. T. 179 (1), 1072 (1); Duarte A.P. 1510 (5), 1539 (5),
2092 (12), 2297 (1), 2588 (15), 2657 (12), 3204 (1), 3115 (1), 4307 (1), 4975 (1), 6801 (3), 7887 (7), 8071 (15), 8455 (1), 8457 (15),
8469 (5), 8540 (12), 8608 (15), 8768 (15), 8780 (15), 8797 (12), 8835 (12), 8870 (12), 9630 (15), 9634 (15), 10529 (2), 11553 (15),
10823A (15), s/n (RB 4614) (1); Duarte L. 54 (15), 59 (5); Ducke A. s/n (RB 16584) (1), s/n (RB 19611) (5); Dusén P.K.H. 214 (3),
1910 (15), 3340 (1), 3346 (1), 3451 (1), 4144 (1), 13746 (1), 15364 (1), s/n (R 60881) (3); Echternacht L. 215 (1); Edwall G. 4189
(1); Ehrendorfer F. 73905-22 (6), 73825 (1); Elias S. I. 72 (1), 302 (1); Emmecrich M. 6112 (1); Equipe seção Botânica s/n (SP
268361) (1); Esteves G.L. CFCR15457 (1), CFCR15471 (15); Esteves R. 4 (1), 24 (1); Euponino E. 393 (8), 528 (8); Eupunino A.
100 (7), s/n (RB 318892) (8); Fadelli L. 258 (1), 322 (1); Farág P.R. 478 (1); Farah F.T. 2178 (1), 2181 (1), 2312 (1); Faria P.C. L.
s/n (CESJ 34484) (1); Farias D.S. 124 (5), 132 (4), 164 (1), 346 (2); Farias G. L. 132 (9), 221 (8), 237 (8), 263 (3), 541 (7); Farinaccio
M.A. 450 (1), 524 (12), 585 (1), 664 (1), 713 (1); Felfili J. M. 233 (12); Fernandes D. 636 (1), 677 (1); Ferrari J.M. 765 (15); Ferraz
E.M.N. 391 (9), 753 (9), 812 (9), s/n (U 0130818) (9); Ferreira F.A. 63 (12), 74 (15); Ferreira F.M. 463 (1); Ferreira G.M.P. 28 (1);
Ferreira M.C. 724 (9), 742 (9), 750 (9), 995 (9), 1024 (9); Ferreira R.M. 16 (15), 22 (2), 49 (1), 73 (15); Ferreti A.R. 66 (1), 95 (1),
132 (1), 133 (1), 156 (1), 132 (1); Fevereiro V.P.B. M-27 (9), M-95 (9), 653 (9); Fiaschi P. 34 (1) 434 (1), 488 (1), 514 (1), 619 (5),
662 (1), 692 (9), 731 (1), 945 (9), 1177 (9), 1235 (8), 1298 (1), 1095 (1), 1871 (8), 2030 (7), 2099 (5), 2317 (5), 2534 (14), 2552 (8),
2566 (8), 2591 (14), 2710 (7), 2896 (8); Ficher D.C.H. 8 (1); Figueiredo N. 14411 (1), 15607 (1); Filho A.M. s/n (RB 78224) (1);
Finotti R. IBIO1 1466 (12), IBIO1 1967 (10), IBIO1 1561 (12); Flaster B 8 (5); Flor R.V. s/n (BHCB 14273) (12); Folli D.A. 441
(14), 698 (3), 944 (8), 1034 (8), 1307 (1), 1311 (1), 2146 (7), 2258 (1), 2381 (7), 2522 (1), 3436 (1), 3885 (14), 4121 (14), 4313 (7),
6192 (9); Fontana A.P. 475 (9), 939 (2), 984 (1), 1583 (10); Forero E. 8144 (1), 8720 (1); Forzza R.C. 324 (12), 1717 (1), 2030 (1),
2133 (12), 2739 (4), 2862 (12), 2830 (15), 3041 (10), 3234 (10), 3269 (10), 3676 (10), 3740 (12), 4364 (10), 4424 (10), 4427 (10);
Fothergill J.M. 24 (12); Fraga C.N. 1842 (1), 1970 (1); França F. 1709 (10), 2363 (9), 2589 (1), 3018 (8), 3228 (8); França G.S. 144
(1), 330 (2), 338 (2), 388 (2), 405 (2), 438 (9), 505 (1), 620 (7); Francisco E.M. s/n (MBM 257088) (1), s/n (MBM 257089) (1); Franco
B.K.S. 33 (12), 34 (12); Franco G. 2967 (1); Franco G.A.D.C. 438 (1); Freire Alemão F. 19 (15), 24 (11), s/n (R60734); Freire G.Q.
144 (7); Freire-Fierro A. 1636 (10); Fróes R.L. 32469 (11); Furlan A. 681 (1), 912 (1), 1101 (1), CFSC6451 (15), CFSC7516 (15);
Gab. Bot. da E. Politécnica 6759 (3), 6760 (3), 7412 (3); Galetti M. s/n (1), col. Saibidela 1116 (1), col. Saibidela 120 (1), col. Saibidela
146 (1); Gandolfi S. 11924 (1), s/n (ESA 33500) (1), s/n (UEC 79124) (1); Garcia F.C.P. 77 (1), 290 (1), 1009 (5); Garcia R.J.F. 263
(1), 309 (1), 331 (1), 546 (1), 716 (1), 759 (1), 954 (1), 986 (1), 996 (1), 1003 (1), 1963 (1); Gardner G. 4403 (1); Gehrt A. s/n (SP
3703) (1), s/n (SP 35285) (1), s/n (SPF 71929) (1); G entry A.H. 49358 (1), 49813 (1), 49947 (9), 58789 (1); Geraldino H.C.L. 121
(1); Géza Árborez 181 (1), 553 (1), 574 (1); Gianotti E. 14924 (1); Gibram M. 105 (7), 106 (7); Giordano L.C. 1782 (1), 1855 (10),
2024 (1), 2315 (5), 2645 (5), 2684 (6); Giulietti A.M. CFCR13754 (12), CFCR2192 (12), CFCR5660 (12); Glaziou A.F.M. 1028 (12),
1596 (1), 2481 (1), 2677 (1), 2981 (1), 3858 (1), 3878 (1), 5725 (1), 7504 (3), 7505 (1), 7506 (1), 7508 (1), 8253 (1), 8254 (1), 10223
(1), 10224 (1), 10233 (9), 10235 (15), 11783 (12) 13513 (1), 14465 (10), 14466 (2), 15824 (1), 16690 (5), 17462 (1), 17463 (15), 18847
(12), s/n (R 60939) (15), s/n (60969) (15); Godoy J.R.L. 59 (1), 124 (1), 143 (1), 168 (1), 169 (1), 170 (1), 171 (1), 172 (1), 173 (1);
Godoy S.A.P. 599 (1); Godoy s/n (OUPR 240) (15); Goes M. s/n (SPF 105301) (1); Goés O.C. 46 (1), 63 (1), 432 (1), 542 (12), 793
(1), 1050 (12), 1069 (1); Goldenberg R. 439 (9); Gomes 1236 (11); Gomes B.Z. 93 (1), 95 (1); Gomes J. 65 (1), 241 (2); Gomes
J.M.L. 1527 (7); Gomes J.V. 919 (2), 928 (2); Gomes M. 519 (5); Gomes V. 104 (1), 2486 (1); Gonçalves S.B. 257 (1); Gorenstein
M.R. 14 (1), 115 (1); Gorgatti L. 2 (1), 4 (1), 5 (1), 6 (1); Gottsberger G. 11 3468 (1), 11-12268A (1), 11-12268B (1), 11-15168 (1),
11-28969 (1), 11-91179 (1), 12-7774 (12), 12-12468 (1), 12-27168 (1), 12-29969 (1), 13-5774 (12), 13-15471 (6), 13-1268 (1), 13111066 (1), 21-7175 (1), 21-7774 (15), 21-241186 (1), 21-28872 (1), 21-9274B (1), 22-141174 (1), 23-7774 (12), 23-211275 (1), 2651172 (1), 32-71090 (1); Grande D.A. 242 (1); Grandi T.S.M. 1689 (12); Grombone-Guaratini M.T. 11 (1), 12 (1), 307 (1); Guarino
E.S. 247 (12), 900 (12); Guedes L.M. 733 (10), 3119 (1), 5480 (1), 7372 (8), s/n (SPF 137151) (9); Guedes R.R. 68 (5), 178 (5), 242
(1), 940 (12), 2159 (1), 2173 (1), 2210 (5), 2220 (5), 2224 (5), 2280 (2), 2333 (6), 2469 (6), s/n (10); Hage J.L. 30 (1), 416 (1), 448 (1),
1044 (1), 1391 (1), 1446 (1), 1768 (1), 1232 (1), 1280 (1), 1475 (1), 2373 (9); Halfeld s/n (OUPR 234) (1); Handro O. s/n (SP 50441)
(1); Harley R.M. 17360 (3), 17870 (1), 18091 (3), 18351 (7), 18436 (9), 18442 (9), 21888 (1), 22169 (9), 24539 (12), 26194 (12), 27363
(12), 28425 (9), H-50621 (12), H-52082 (10), CFCR13753 (12), s/n (RB 364244) (12); Hatschbach G. 968 (1), 1860 (1), 5300 (1),
5302 (1), 5521 (1), 7505 (1), 13636 (1), 14620 (1), 29943 (12), 30375 (1), 32115 (1), 35777 (1), 37005 (1), 40207 (1), 40693 (1), 41821
(1), 42600 (1), 48583 (5), 52937 (15), 53497 (1), 53736 (1), 54168 (9), 56162 (1), 57916 (1), 58044, (1), 58179 (1), 59745 (9), 59840,
(1), 61190 ou 51190? (12), 61472 (1), 63119 (8), 67422 (2), 68502 (9), 68859 (1), 69291 (1), 71521 (1), 72736 (1); Henrique M.C.
CFSC5561 (15), CFSC5787 (12); Heringer E.P. 472 (1), 1930 (12), 2071 (12), 13840 (12), 14616 (12), 18517 (9), 18566 (1); Hill S.R.
12959 (5); Hoehne F.C. 6723 (15), s/n (SP 1472) (1), s/n (SP 1145) (1), s/n (SP 1518) (1), s/n (SP 1869) (1), s/n (SP 3002) (1), s/n (SP
5066) (1), s/n (SP 5725) (1), s/n (SP 17873) (1), s/n (SP 26558) (1), s/n (SP 28405) (1), s/n (SP 29355) (1), s/n (SP 39251) (1), s/n (SP
73147) (1), s/n (SPF 77748) (1), s/n (SPF 77750) (1), s/n (SP 4868) (15); Hoehne W. s/n (SPF 67487) (1); Honda S. 801 (1), s/n (PMSP
494) (1); Horta M. 5030 (1); Hürlimann H. s/n (U 9578) (9); Irwin H.S. 2085 (15), 2188 (1), 2252 (7), 6239 (12), 14086 (12), 18257
(12), 18309 (12), 19554 (15), 19895 (15), 20165 (15), 20705 (12), 20855 (15), 22031 (1), 22483 (1), 22553 (12), 29661 (15), 30397
(12), 30545 (15); Ivanauskas N.M. 869 (1), 2136 (9), 2142 (12), 2220 (9); J. S. 81/78 (12), 81/78 (12); Jangoux J. 860 (11); JansenJacobs M.J. 1127 (11); Jardim J.G. 16 (8), 157 (5), 272 (9), 491 (1), 643 (8), 980 (9), 1163 (1), 2024 (9), 2606 (14), 2641 (8), 3059
(5), 3096 (13), 3098 (8), 4163 (1), 4372 (5), 4422 (1), 4430 (9), 4474 (1) 4890 (1), 4982 (7); Jesus N.G. 1160 (1); Jost T. 147 (9); Jung
S.L. 434 (1), 450 (1); Jung-Mendaçolli S.L. 570 (1); Junior A.J.G. s/n (VIC 29537) (1); Kallunki J. 499 (1), 531 (8); Kassis A. s/n
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1062
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
(OUPR 4646) (12); Kawall M. 362 (1); Kawasaki M.L. 1063 (16), 1066 (10); Kinoshita L.S. 95-67 (1) ; Kirizawa M. 866 (1), 1148
(1), 1271 (1), 1426 (1), 1454 (1), 1980 (1), 2022 (1), 2405 (1), 2411 (1), 2605 (1), 2620 (1), 2819 (1), 2882 (1), 3061 (1), 3195 (1), 3209
(1), 3410 (1) ; Kitakawa A. Y. s/n (SPF 124837) (1), s/n (SPF 124838) (1); Klein R.M. 178 (1), 4000 (1), 366 (1), 7184 (1); Klein V.
L.G. 923 (1) 962 (1), 1202 (1); Kollmann L. 132 (9), 202 (9), 527 (1), 538 (12), 819 (1), 858 (1), 871 (9), 892 (1), 1004 (9), 1140 (9),
1618 (9), 1247 (2), 1350 (9), 1501 (1), 1765 (1), 1948 (1), 2142 (1), 2246 (9), 2586 (9), 2655 (1), 3774 (1), 3993 (9), 4276 (2), 4388
(9), 4480 (1), 4499 (9), 4529 (9), 4576 (12), 4586 (9), 4899 (12), 4938 (9), 5259 (12), 5866 (9), 5935 (12), 5968 (9), 6187 (9), 6243 (9),
6570 (1), 7531 (9), 7989 (1); Konno T. 111 (1); Koscinsky M. 235 (1); Kozera C. 802 (1); Krieger L. 77-131 (10), 8015 (12), 11145
(1), 11516 (1), 13213 (10), 13351 (1), 14591 (10), 14593 (10), 19308 (1), 21127 (1), 23340 (10), 25039 (1), s/n (SPF 86235) (10);
Kuhlmann J.G. 32 (12), 48 (12), s/n (RB 4483) (1), s/n (RB 19677) (1), s/n (RB 19677) (1), s/n (RB 81370) (1), s/n (RB 136532) (2),
s/n (RB 19664) (5), s/n (RB 136526) (12), s/n (RB 136528) (15), s/n (VIC 2126) (1), s/n (VIC 2128) (15), s/n (VIC 3915) (15), s/n (RB
72885) (15); Kuhlmann M. 219 (1), 531 (1), 575 (1), 1541 (1), 2261 (1), 2483 (10), 2598 (1), 2676 (1), 4580 (1), s/n (SP 36278) (1);
Kummrow R. 1442 (1), 1656 (1), 3211 (1); Kurtz B.C. 117 (1), 122 (5), s/n (RB 290853) (1); L. D. s/n (OUPR 218) (15); Labiak P.
4143 (7), 4172 (7); Lad. Netto 201 (15); Lafetá R.C.A. 253 (12); Landrum L.R. 2215 (1), 4067 (1), 4288 (12); Leitão Filho H.F.
278 (1), 1305 (1), 1351 (1), 2211 (1), 10237 (1), 10392 (1), 10677 (2), 10758 (1), 10774 (1), 10784, (1), 15358 (1), 17265 (12), 22836
(1), 27766 (1), 32663 (1), 34722, (1), 34734 (1), 34761 (1); Leite E.C. 276 (1), 829 (1); Leitman M. 383 (1); Lemos J.P. s/n (BHCB
68545) (15); Leoni L.S. 1143 (14), 1540 (14), 2077 (1), 2098 (1), 2465 (12), 2488 (14), 2710 (12), 2887 (12), 2923 (14), 2945 (12),
3028 (12), 3714 (12), 4081 (1), 4290 (12), 5087 (12), 5169 (9), 5173 (12), 5378 (1), 5546 (1), 6075 (12), 6245 (12), 6260 (1), 7046 (2),
7166 (12); Lima G.P. s/n (RB 429710) (1), s/n (RB 429701) (12), s/n (RB 429702) (12); Lima H.C. 1551 (5), 1681 (15), 2210 (5),
2358 (5), 3405 (1), 3561 (1), 3695 (1), 4310 (5), 4368 (12), 4540 (2), 4623 (2), 5887 (5), 5912 (6), 6406 (12), s/n (RB 290843) (1), s/n
(RB 290852) (1), s/n (RB 354633) (5), s/n (290851) (10); Lima J.C.A. 203 (2); Lima L.R. 388 (1), 419 (1); Lima M.P.M. 160 (6),
169 (1), 302 (6); Lima S. 13245 (1); Limões J.A. 1 (1), 53 (1); Lindeman J. C. 3058 (1), 1977 (1), 2330 (1), 3058 (1), 4069 (1), 4191
(12), 5646 (1), 5764 (1), 5864 (1), 3058A (1), 5299B (1); Lira Neto J.A. 689 (12); Lira O.C. 60-207 (9); Lisboa M.A. s/n (OUPR 223)
(15); Lisboa M.L.G. s/n (VIC 14423) (12); Lobão A.Q. 444 (1), 445 (6), 446 (1), 447 (1), 466 (1), 490 (1), 494 (1), 497 (1), 499 (1),
526 (1), 530 (1), 534 (1), 542 (1), 544 (6), 565 (1), 557 (12), 624 (12), 625 (1), 630 (15), 631 (12), 643 (5), 645 (1), 646 (1), 647 (1),
648 (1), 650 (5), 675 (1), 677 (1), 678 (6), 684 (1), 688 (9), 689 (9), 690 (9), 691 (9), 692 (14), 693 (1), 702 (1), 714 (1), 715 (9), 716
(9), 717 (9), 718 (9), 720 (1), 721 (5), 722 (9), 723 (7), 727 (8), 727A (1), 728 (7), 729 (8), 730 (8), 732 (8), 737 (5), 738 (1), 739 (8),
740 (8), 741 (8), 742 (5), 743 (1), 750 (5), 770 (1), 875 (5), 1280 (12), 1281 (12), 1288 (1), 1289 (1), 1290 (5), 1302 (1), 1303 (1), 1314
(5), 1315 (1), 1316 (3), 1355 (1), 1356 (5), 1357 (5), 1358 (1), 1360 (5); Lofgren J. A. C. 1455 (1), 3339 (1), 4189 (1), 4190 (1), 4577
(1); Lombardi J.A. 212 (15), 448 (12), 529 (1), 1141 (9), 1333 (2), 1309 (2), 1333 (2), 2751 (15), 5150 (15), 5188 (9), 5506 (5), 5538
(1), 5612 (2), 6015 (2), 6092 (10), 6232 (1), s/n (BHCB 7286) (1); Lopes M. A. 59 (15), 161 (2), 775 (1); Lopes M.M.M. 191 (12),
558 (1); Lopes W.P. 156 (2), 183 (2), 219 (2), 396 (9), 431 (2), 518 (1), s/n (VIC 17067) (1), s/n (VIC 16995) (12), s/n (VIC 17068)
(15), s/n (VIC 17069) (15); Los M.M. 101 (1); Loureiro D.M. 222 (1); Luchiari C. 146 (2), 319 (2), 417 (5), 696 (1); Luschnath B.
18 (7); Lutz A. 384 (1); Lutz B. 733 (1), 972 (1); M.G.C. 915 (2); Maas P.J. 3324 (1), 3222 (6), 6969 (1), 7006 (8), 7035 (1), 7086
(1), 7087 (1), 8816 (1), 8837 (1); Macedo A. 3031 (1), 2924 (15); Macedo I.C.C. 60 (1); Machado J.W.B. 41 (12); Magalhães F. s/n
(OUPR 262) (12); Magalhães M. 8 (12), 307 (1); Maguire B. 24781 (11), 41586 (11); Maio F.R. 40 (5); Major Novaes s/n (R 60771)
(1), s/n (R 60774) (1), s/n (R 60777) (1); Maltone L. 804 (15); Mamede M.C.H. 94 (1), 106 (1); Mannu M. s/n (FUEL 3741) (1);
Manu M. s/n (FUEL 3648) (1); Marassi R.D. 24 (1); Marcondes-Ferreira W. 276 (15); Markgraf F. 10121 (1), 13059 (1); Marques
M.C. 304 (1); Marquete N. 474 (1); Marquete R. 162 (1), 177 (1), 272 (1), 413 (1), 829 (1), 1232 (1), 1239 (1), 1759 (1), 1895 (1),
2067 (9), 2826 (12), 3416 (6), 3719 (1); Martinelli G. 550 (1), 3008 (12), 3064 (1), 3181, (1), 4270 (15), 6051 (9), 9329 (12), 9841 (1),
10408 (5), 10539 (1), 10541 (1), 10560 (1), 10739 (6), 10965 (7), 11604 (9), 11713 (1), 11823 (1), 12258 (1), 12986 (1), 14503 (11),
15544 (7); Martini A. 30121 (1); Martins D. 103 (1); Martins F.R. 2131 (1), 2180 (1), 15872 (1); Martins R.P. s/n (BHCB 8467)
(15), s/n (BHCB 8514) (15); Martins S.E. 242 (1); Martius C.F.P. 710 (15), 711 (1), 712 (7), 714 (8), s/n (M s/n) (1), s/n (M s/n) (1),
s/n (M s/n) (12); Martuscelli P. 197 (1); Matthes L.A.F. 669 (1), 7748 (1), 7749 (1), 7750 (1), 7751 (1); Mattos J. 9099 (1), 13180
(1), 13926 (1), 13932 (1) 14271 (1), 15477 (6); Mattos J.M.C. s/n (6); Mattos Silva L.A. 860 (3), 928 (3), 961 (1), 987 (8), 1147 (5),
1284 (5), 1567 (9), 1959 (8), 1468 (8), 2018 (8), 2089 (8), 2463 (8), 4886 (5), 4968 (9); Mayo S. s/n (K s/n) (5); Medeiro A. C. s/n
(OUPR 3874) (15); Medeiros D.A. 14 (1); Meireles L.D. 723 (1), 852 (1), 1051 (1); Mello C. s/n (RB 66468) (6), s/n (RB 66467) (12);
Mello-Barreto 3216 (15), 9085 (15), 10463 (15), 10694 (15); Mello-Filho L.E. 4003 (1); Mello-Silva R. 1 (6), 35 (1), 224 (12), 225
(15), 425 (12), 798 (12), 992 (1), 1239 (1), 1254 (1), 1258 (1), 1334 (15), 1385 (12), 1548 (7), 1551 (14), 1553 (9), 1616 (1), 1630 (1),
1633 (1), 1678 (12), 1728 (1), 1800 (1), 1805 (1), 1813 (10), 2167 (15), 2545 (15), CFCR5752 (1), CFCR11554 (2); Melo E. 1219 (10),
PCD-1696 (12), 2471 (1), 3483 (8); Melo M.M.R.F. 425 (1), 557 (1), 579 (1), 579 (1), 634 (1); Mendes Magalhães G. 4804 (15);
Mendonça 758 (1); Messias M.C.T.B. 295 (10), 327 (15), 436 (12), 694 (2), 715 (10), 869 (1), 866 (15), s/n (OUPR 1395) (1); Mexia
Y. 4620 (15), 5024 (1), 5086 (1), 5131 (1), 5245 (12), 5277 (15), 5289 (1), 4945 (1), 5482 (1), 5485 (1), s/n (VIC 348) (12); Miller Fr.
106 (1); Mizue Kirizawa 2022 (1); Moraes P.L.R. 744 (1); Moraes P. R. L. 851 (1); Moraes Pedro L. R. 744 (1), 767 (1), 787 (1),
788 (1), 789 (1), 823 (1), 1085 (1); Morawetz W. 11-241280 (1), 11-261280 (1), 11-281280 (1), 11-4181 (1), 11-5381 (9), 11-8281
(15), 11-101280 (1), 11-211280 (1), 11-71280 (1), 11-91280 (1), 12-4181 (1), 12-281280 (1), 12-13381 (12), 13-281280 (1), 21-6211
(10), 21-7181 (1), 21-7281 (12), 21-11181 (1), 21-12381 (12), 21-12381 (10), 21-201280 (1), 21-261280 (1), 12-101280 (1), 31-12181
(6), 31-29181 (1), 31-141280 (12); Mori S.A. 9448 (10), 9464 (10), 9722 (12), 10901 (3), 11304 (10), 11358 (8), 11860 (1), 12993 (5),
13858, (14); Mota N.F.O. 327 (15), 513 (1); Mota R.C. 472 (12), 691 (15), 710 (15), 613 (2), 1226 (10), 1592 (15), 1594 (1), 1928
(10), 2146 (10), 3294 (15); Motta R. 83 (6); Moura D. 785 (9); Moura J. 715 (1); Moura L.C. 23 (1), 49 (15); Moura R. 157 (1);
Muller F. 434 (1); Muniz C.F.S. 505 (1), CFSC7870 (15); Nadruz M.C. 463 (1), 499 (1), 506 (1), 572 (1); Nakajima J.N. 782 (12),
570 (12), 602 (12), 1077 (12), 1571 (12), 1626 (12), 2198 (12), 2780 (12), 2889 (12), 2991 (12); Nascimento F.H.F. 6 (12), 207 (12),
235 (12), 389 (12); Nascimento L.M. 170 (7); Nave A.G. 1575 (9), 1621 (9), 1818 (9), 2165 (9); Negrelle R. A 496 (1), A 637 (1), s/n
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012
Guatteria da Floresta Atlântica
1063
(R 169520) (1); Neto A.M. s/n (R 60962) (7); Neto J.A.A.M. 775 (1), 2084 (1), 2085 (12), 21346 (1), 23553 (1); Neto S.J.S. 333 (6),
517 (6), 872 (6), 876 (6), 979 (5), 1460 (1), 1484 (5), 1697 (12); Neves A. s/n (r 60968) (1); Nobrega M.G. 423 (12); Nogueira J.E.
167 (10), 230 (1); Nogueira M.D. s/n (BHCB 13936) (12); Novaes C. s/n (SP 2064) (1); Nunes T.S. 1018 (8); Occhioni P. 113 (1),
4483 (5), 4785 (5), 7137 (10), 7740 (10), 8667 (5); Ogata H. 792 (1), s/n (PMSP 3855) (1); Okano R.M.C. s/n (VIC 13028) (1); Oliveira
A.M. 24 (15), 51 (15), 83 (12); Oliveira C.A.L. 1739 (1); Oliveira F.C.A. 43 (12); Oliveira J. E. s/n (R175780) (12); Oliveira M.
1102 (9); Oliveira P.P. 474 (2), 474A (2), 474B (2), 474N (2); Pabst G.F.J. 5934 (1), 8875 (6); Pabst L.F. s/n (HB 10751) (5); Paes
L.E. 3 (1); Paiva M.R.C. s/n (SPF 139066) (1); Paixão J.L. 481 (7), 545 (14), 698 (1); Pardo C.S. 725 (1); Pastore J.A. s/n (SPF
112645) (1), s/n (SPSF 8362) (1); Paula C.H.R. 675 (16), 724 (1), 780 (1), 787 (15), 853 (12); Paula J.A. s/n (BHCB 8979) (12); Paula
J.E. 1505 (1), 1509 (8); Paula-Souza J. 3732 (1), 5587 (10) ; Paulo M.Q. s/n (U 135192) (9); Pedersoli J. L. 15 (15); Pedra E.F. 8
(1); Pedralli G. CATEC SR 72 (2), PT 88 (15), PT 204 (15); Pedroni F. 223 (1), 235 (1), 30449 (1), 30450 (1); Pedrosa D.S. 1133
(1); Pedroso 26 (1); Peixoto A.L. 426 (9), 1869 (5), 1929 (5), 1942 (5), 3575 (9); Peras M. s/n (OUPR 2217) (1); Pereira B.A.S. 1126
(12), 3347 (1), 3362 (1); Pereira E. 18 (1), 454 (1), 655 (1), 2297 (5), 2383 (15), 2633 (15), 2941 (15), 3831 (1), 3851 (1), 4273 (1),
4868 (1), 5120 (1), 6107 (1); 6898 (1), 10656 (5), 73061 (5); Pereira Neto M. 319 (12); Pereira O.J. 511 (7), 2389 (7), 2476 (7), 2563
(7), 2770 (7), 3318 (7), 3375 (7), 4032 (7), 5008 (7), 5076 (7), 6372 (9), 6530 (13), 6778 (7); Pereira R.P. s/n (BHCB 75993) (2);
Pereira-Silva G. 7787 (12); Peron M. 147 (10), 222 (10), 243 (10), 430 (10), 508 (10), 767 (1), 769 (1), 777 (10), 881 (1); Pessoa
S.V.A. 124 (1), 144 (1), 438 (1), 454 (1), 463 (1), 628 (12), 647 (2), 731 (2), s/n (RB 290840) (1); Pessoal do Horto Florestal 80 (1),
81 (1); Pickel B.J. s/n (SP 53377) (1); Pifano D. S. 196 (1), 207 (1); Pilger R. s/n (B s/n) (6); Pilges 14 (6); Pinder L. 27 P/IIA (2), 27
P/IIB (2), 9 P/II (2); Pinheiro F. 276 (1), 708 (1); Pinheiro R.S. 443 (1), 1173 (8), 1830 (5); Pinto C.G. 19 (1); Pioker F.C. s/n (SPF
139096) (1); Pirani J.R. 224 (9), 322 (15), 552 (1), 1367 (1), 2725 (14), 2941 (8), 3808 (9), 3946 (15), 4141 (15), 4214 (12), 4249 (15),
4418 (1), 4753 (1), 4920 (9), 5102 (1), CRCF 7169 (10), CRCF 7815 (12), CFCR12723 (2); Piratininga A. 14 (2); Pizziolo R.M. 208
(12); Pizziolo W. 281 (9), 342 (1); Pohl J.B.E. s/n (BR s/n) (1); Pontes A. F. 541 (12), 546 (12), 564 (1), 580 (12), 581 (12), 582 (12),
583 (12), 597 (12); Porto C. 2087 (6), 2662 (6), 2667 (6); Prance G. T. 4126 (11), 6950 (1), 19121 (5); Proença C. 673 (12); Pulle
A.A. 365 (10); Puttemans A. s/n (RBR 2057) (1); Queiroz E. P. 1253 (7); Queiroz J.M. 30132 (1); Queiroz L.P. 694 (10), 6472 (8),
6496 (1); Quinet A. 87 (5), 623 (1), 752 (6), 811 (6); Raggi F. 3 (12), 5 (15), 22 (15); Ramalho R. S. 1047 (15), 1594 (3), 1719 (15),
1781 (15); Ramalho S.R. 935 (1), 1594 (2); Ramos J. 6673 (12); Ratter J.A. 2607 (12), 3249 (12), 3656 (12), 6676 (12), 3422 (12),
3795 (12); Reginato M. 201 (9), 223 (1); Regnell A.F. s/n (IAC 16996) (1), s/n (SP 263308) (1), s/n (R 60956) (1), s/n (UEC 65774)
(1); Reis A. 149 (1), 150 (1); Reitz 1408 (1), 1984 (1), 2143 (1), 2490 (1), 2667 (1), 2671 (1), 2819 (1), 3360 (1), 3470 (1), 3597 (1),
4013 (1), 4680 (1), 5523 (1), 5725 (1), 5773 (1), 6720 (1), 7114 (1), 8125 (1), 8148 (1), 8325 (1), 8787 (1), 13417 (1); Resende S.G.
1522 (12); Rezende J.M. 554 (12); Ribas O.S. 253 (1), 302 (1), 777 (1), 809 (1), 854 (1), 961 (1), 2118 (1), 3003 (1), 3028 (1), 3388
(1); Ribeiro J.E.L.S. 202 (1), 532 (1), 629 (1); Ribeiro R. 967 (1), 1015 (1), 1061 (1), 1100 (1), 1108 (1), 1136 (1), 1141 (1), 1171 (1),
1219 (1), 1243 (1), 1773 (1), 2056 (1), 2112 (1); Richard A. s/n (B s/n) (1); Riedel L. 424 (1), 1172 (1), 1178 (1), 2001 (8), 2651 (12),
s/n (4269/94 n56) (5), s/n (BR s/n) (9); Rinoli J. s/n (BHCB 16390) (1); Ribeiro R. D. 1026 (11); Robim M. J. 351 (1), s/n (SPSF
8383) (1); Rochele A.L.C. 71 (10); Rodela L.G. T3QA-2 (1); Rodrigues H.C. s/n (RBR s/n) (6); Rodrigues K. 1252 (6); Rodrigues
R.R. s/n (SPF 47165) (1), 196 (1), 14973 (1); Romaniuc Neto S. 131 (1), 199 (1), 1071 (1); Romero R. 1095 (12), 1386 (12), 4485
(12); Rosa M.M.T. 249 (5); Rosa N.A. 2825 (11), 3710 (1); Rosa P. s/n (RB 81409) (1); Rosas A.E.P. 24 (5); Rosquel M.B. 294 (1),
373 (1), 471 (1), 562 (15), s/n (OUPR 1202) (12), s/n (OUPR 1274) (15), s/n (OUPR 1505) (15); Rossi L. 19 (1), 34 (1), 45 (1), 80 (1),
103 (1), 131 (1), 131-A (1), 557 (1), 39 (1), 818 (1), 2024 (1), 2123 (1), s/n (SPF 71529) (1), s/n (SPF 47164) (1), s/n (PMSP 557) (1),
s/n (SPF s/n) (1), s/n (SPF s/n) (1); Rossini J. 410 (9); Rotta E. 91 (1); Rylands A. 30/1980 (5), 147/1980 (8); Sá C.F.C. 548 (5), 1233
(1), 2591 (1); Sá K.F. 1672 (12), 5825 (12); Saavedra M.M. 518 (1); Saint-Hillaire A.F.C.P. 1452 (1), s/n (P s/n) (1), s/n (P s/n) (1),
s/n (P s/n) (1), s/n (P s/n) (5), s/n (P s/n) (15); Sajo M.G. CFSC7625 (12); Sakuragui C.M. 368 (1); Salimena F.R. s/n (CEJF 31013)
(1), s/n (CESJ 31397) (1); Salino A. 5906 (1), 8112 (15), 10398 (15), 10592 (12), 10621 (12), 10945 (12); Sambuichi R.H.R. 858A
(1), 1335A (1); Sampaio A. 2362 (1), 7029 (15), 7166 (15); Sampaio A.B. 5 (12), 13 (12); Sampaio A.J. 6817 (12), 7028 (15), 7029
(15); Sampaio D. 55 (1), 74 (1); Sampaio P.S.P. 153 (1) ; Sanches C.D. 11 (1), 59 (1); Sanchez M. 2 (1) ; Sano P.T. 962 (12); Santana
S.C. 53 (2), 183 (1), 327 (5), 548 (8), 636 (9), 638 (7), 861 (1), 926 (8), 1025 (8); Santiago S.A. 29 (1); Santo E. 1095 (11); Santos H.
145 (1); Santos M. F. s/n (MBML 3836) (9); Santos N. D. 391 (5); Santos T.S. 1347 (14), 1729 (9), 2224 (1), 2850 (1), 2877 (9), 3402
(1), 3775 (1); Sattler D. 88 (1); Sazima M. 16935 (1); Scaramuzza C.A.M. 379 (1); Scheel-Ybert R. 335 (1); Schenk H. 4079 (1);
Schott H. W. s/n (BR 997337, 997330) (1), s/n (BR s/n) (5), s/n (4269/95 n89) (6); Schwacke C.A.W. 2085 (3), 7461 (10), 7462 (10),
7475 (15), 8726 (12), 8907 (1), 9155 (2), 9206 (10), 11037 (1), 11236 (12), 14078 (15), s/n (R 60934) (3), s/n (R 64008) (15); Seele C.
107 (1), 205 (1); Sellow F. 175 (1), 211 (1), 698 (9), 1132 (10), B-1967 (12), B-1967 (12), B-1967 (12), B 1967 (12), B 1967 (12), B
1967 (12), 4510 (1), 5442 p.p. (3), 5442 p.p. (12), s/n (B 10 0243239) (9), s/n (B 10 0243240) (9), s/n (B 10 0243241) (9), s/n (B 10
0243242) (9), s/n (B 10 0243244) (9), s/n (B 10 0243245) (9), s/n (B 10 0243235) (10), s/n (B 10 0243236) (10), s/n (B 10 0243238)
(10); Semir J. 2368 (15), 4341 (12), 4423 (12), 4774 (12), 4814 (12); Sevilha A.C. 1710 (12); Shepherd G.J. 8201 (1), 10972 (1);
Shirasuna R.T. 73 (1); Silva A.A.L. 1689 (12); Silva A.F. 126 (1), 1940 (9), 1296 (1), 1353 (1), 1362, (1), 1468 (1), 1479 (1), 1496
(1), 1514 (1), 1542 (1), 1549 (1), 1565 (1), 2573 (1), 2574 (12); Silva A.G. s/n (OUPR 3547) (1); Silva B.M. 30 (10); Silva E.H. 304
(12); Silva F. 185 (12); Silva F.C. 268 (12), 704 (1); Silva Filho C.A. 64 (1); Silva G.P. 6082 (1); Silva G. s/n (SPSF 13305) (1); Silva
I.M. 485 (5); Silva J.D. 28 (15); Silva J.M. 73 (1), 277 (1), 366 (12), 413 (5), 433 (5), 437 (12), 1288 (1), 2858 (1), 3320 (1), 3927 (1),
s/n (RBR 2105) (5); Silva J.S. 2 (1); Silva L.N. 77 (9); Silva M.G. 3280 (11); Silva M.M. 382 (14); Silva P.N.E. 16 (12); Silva S.M.
1324 (1), 24562, (1), s/n (SPF 49419) (1); Silva S.P.C. 654 (1); Silva-Conde M.M. 476 (5); Silveira A. s/n (R 102187) (15); Silveira
A.L. 101 (1); Simão-Bianchini R. 15 (1), 493 (1) 517 (1), 851 (1), 924 (1) 932 (1); Simonelli M. 74 (7); Simonis J.E. 22 (12); Siqueira
D.R. 38 (9); Siqueira G.S. 230 (14), 248 (7), 442 (7); Siqueira M.F. 22026 (1); Siqueira P.C. s/n (OUPR 19370) (10), s/n (OUPR
19371) (15); Skvortzov B. s/n (SP 106042) (1); Smith L.B. 14889 (1); Soares A. 109 (1); Soares L.H.-Silva 609 (1); Sobral M. 5491
(1), 5781 (8), 5740 (1), 6603 (1), 9701 (9), 10043 (9); Solórzano A. 32 (1); Somner G.V. 1022 (6); Sousa A.D. s/n (SPF 83625) (10);
Rodriguésia 63(4): xxx-xxx. 2012
1064
Lobão, A.Q.L., Mello-Silva, R. & Forzza, R.C.
Sousa V.C. 166 (3), 4156 (1), 4465 (1), 4760 (1), 4760, (1), 8419 (10), 8796 (1), 9018 (1), 9289 (1), 9292 (1), 10559 (1), 17270 (9),
17658 (9), 17741 (9), 17903 (9), 18187 (9), 18302 (9), 21617 (1), 21674, (1), 21694 (1), 23211 (1), s/n (SPF 202277) (1); Souza D.S.
341 (5); Souza F.M. 187 (1); Souza H.C. 102 (1); Souza H.M. s/n (SP 268302) (1), s/n (UEC 66944) (1); Souza L.C. 175 (1); Souza
P.B. s/n (VIC 19602) (2); Souza W.S. 24787 (1), 24788 (1), 24789 (1), 25246 (1), s/n (UEC 51701) (1), s/n (SPF 49420) (1); Sposito
T.C. s/n (SPF 100128) (9); Stehmann J.R. PT 464 (2), SR 154 (2), SR 154 (2), SR 158 (14), SR 72 (2), 2279 (10), 3519 (7), 3567 (15),
4011 (1), 4133 (9), 4178 (9), s/n (BHCB 20303) (1), s/n (BHCB 14446) (2), s/n (BHCB 20806) (9), s/n (BHCB 27690) (15); Stoffers
A.L. 408 (11), 428 (11); Stubblebine W.H. 13193 (1); Sucre D. 2415 (1), 3184 (1), 3476 (1), 5648 (5), 6590 (1), 7385 (1), 7445 (1),
7775 (2), 7812 (1), 7965 (1), 8288 (2), 9516 (1), 10588 (1), 10626 (12), 11433 (14); Sugiyama M. 304 (1), 853 (1), 854 (1), 864 (1),
874 (1), 1043 (1), 1390 (1), 1398 (1) ; Sylvestre L. 840 (2), 842 (2), 1046 (6); Sztutman M. 259 (1); T.S.M.G. 88 (15), 94 (15), 109
(15); Takahasi A. 359 (1); Tales 109 (15); Tamashiro J.Y 649 (1), 1157 (1), 1278, (1), 1642 (1), 10552 (1), 18620 (1), 18711 (1),
176969 (1), 21280 (1); Tameirão Neto E. 63 (15), 88 (15), 400 (15), 749 (15), 758 (1), 1163 (12), 2637 (12), 2667 (2), 2729 (2), 2785
(1), 2810 (6), 2899 (1), 2900 (1), 3445 (15), 3497 (1), 3606 (2), 3721 (1), 4100 (12) 4252 (1), 4253 (1); Tatagiba F. 47 (1); Tatto L.
s/n (RB 45792) (1); Tavares R.A.M. 57 (1); Teixeira R.N.C. 68 (9), 69 (9), 77 (9), 120 (9), 13C (9); Teixeira W.A. s/n (BHCB 90568)
(12), s/n (BHCB 26132) (15), s/n (BHCB 26279) (15); Temponi L.G. 422 (15); Thier O. 208 (1), 225 (12); Thomas W.W. 3920 (1),
4757 (12), 6010 (1), 9054 (9), 9388 (8), 9427 (8), 9506 (8), 9872 (3), 10298 (8), 10301 (8), 10693 (8), 11224 (1), 11240 (1), 11565 (9),
11583 (1), 12006 (1), 12116 (8), 12128 (9), 12406 (8), 12762 (8), 13038 (8), 13090 (9), 13790 (1), 14107 (5); Thomaz L.D. 790 (1),
1291 (1); Toledo F.R.N. s/n (BHCB 22766) (1); Toledo Filho D.V. 10708 (1); Tomagui L. s/n (OUPR 221) (12); Tomasulo P.L.B.
347 (1); Toniato M.T. 29270 (1); Torezan J.M. 512 (1), 721 (1); Tutin T.G. 58 (11); Uhlmann A. 70 (1); Ule E. 969 (1), 2371 (3),
2440 (15), 3963 (3), 4525 (1), 9033 (8), 26X122 (1); Urbano 8885 (1); Valente G.E. 1096 (1), 1097 (1); Valões J. s/n (SPF 105309)
(1); Vasconcelos M.F. 78 (1), 372 (12), s/n (BHCB 40248) (12), s/n (BHCB 40066) (15), s/n (BHCB 40244) (15), s/n (BHCB 41460)
(15); Vaz A.F. 566 (1), 643 (1); Veloso H.P. 65C (1), 587 (1), 741 (7), 841 (8), 975(8), 1082 (8); Versieux L.M. 22 (1); Vervloet R.R.
72 (1), 366 (9), 439 (9), 710 (9), 1045 (12), 1166 (9), 1221 (9), 1327 (9), 1339 (9), 1528 (9), 2189 (1); Viana L.C.S. s/n (BHCB 109118)
(2); Viana P.L. 105 (12), 231 (12), 1710 (10), 2219 (10), 2284 (12); Vidal J. 1717 (1), II-9 (3), II-47, II-697 (5), II-5630 (3), II-5779
(3), s/n (R 41024) (1); Vidal M.M. 28 (1); Vieira C.M. 63 (1), 240 (2), 301 (1), 861 (9), 908 (5), 1097 (1), 1130 (5); Vieira M.C.W.
1010 (1); Vieira M.F. 649 (1), 486 (1); Vimercat J.M. 209 (10), 336 (9); Vinha S. G. 12 (8), 82 (8), 110 (1); Violatti L. G. 4 (12);
Vitta F.A. s/n (SPF 75606) (1), s/n (SPF 143379) (1); Walter B.M.T. 88 (1), 2319 (12), 3304 (12); Webster G.L. 25556 (1); Weiler
JR 71 (7), 85 (7), 125 (7); Weir J. s/n (K s/n) (1); Wendt T. 183 (1); Wesenberg J. 550 (1); Williams L.O. 5543 (15), 7652 (15);
Wilms W. 405 A (1); Záchia R. 722 (1); Zampa P.C. s/n (CESJ 31173) (1); Zappi D.C. CFCR11826 (12); Zarucchi J.L. 2869 (11);
Zborowski M. 6 (1); Zipparro V.B. colecão saibadela 308 (1), colecão saibadela 420 (1).
Artigo recebido em 17/07/2011. Aceito para publicação em 20/06/2012.
Rodriguésia 63(4): 1039-1064. 2012