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Bruna Felippetti Abondanza


No dia 12 de abril de 2012, a aluna Bruna Felippetti Abondanza (bolsista CAPES/PNADB) do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente defendeu sua dissertação de mestrado intitulada “Estudos populacionais do complexo Aechmea coelestis (k.Koch) E. Morren (Bromeliaceae)”.

echmea organensis Wawra A banca examinadora foi composta pela orientadora, Dra. Maria das Graças Lapa Wanderley (Núcleo de Pesquisa Curadoria do Herbário SP, IBt), pelo Dr. Fábio Pinheiro (Núcleo de Pesquisa – Orquidário do Estado, IBt)  e Dra. Tania Wendt (Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ)

Aechmea organensis Wawra
A banca examinadora foi composta pela orientadora, Dra. Maria das Graças Lapa Wanderley (Núcleo de Pesquisa Curadoria do Herbário SP, IBt), pelo Dr. Fábio Pinheiro (Núcleo de Pesquisa – Orquidário do Estado, IBt)
e Dra. Tania Wendt (Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ)


Estudos populacionais do complexo Aechmea coelestis (k.Koch) E. Morren (Bromeliaceae).


RESUMO

Bromeliaceae é a maior família exclusivamente neotropical de angiospermas com mais de 3000 espécies. Aechmea, um dos maiores gêneros da família, possui cerca de 250 espécies distribuídas desde o México até o sul da Argentina. No Brasil, ocorre a maior diversidade de espécies deste gênero. Aechmea coelestis (K. Koch) E. Morren é encontrada na Floresta Atlântica da região Sul e Sudeste do Brasil, juntamente com A. gracilis Lindm.e A. organensis Wawra. Estes táxons se apresentam como um complexo de espécies de difícil delimitação morfológica. A grande variação morfológica, tanto inter quanto intrapopulacional observada nestes táxons e a sobreposição de caracteres entre eles, levantaram a hipótese que poderia se tratar de um único táxon com grande polimorfismo. Dessa forma, os objetivos deste estudo são: 1) descrever a variação morfológica existente entre populações das espécies do complexo, por meio do estudo de caracteres morfológicos; e 2) descrever a estrutura genética das populações do complexo Aechmea coelestis, por meio de marcadores moleculares do tipo microssatélites nucleares. As duas abordagens se complementam, visando o melhor embasamento na delimitação desses táxons. Foram examinadas as exsicatas, incluindo observação mais detalhadas de algumas características, como tricomas, múcron apical de sépalas e brácteas e morfologia das flores. Foram realizadas medições e comparações com a diagnose e o material tipo, quando disponível. A análise genética foi feita com sete marcadores moleculares microssatélites (SSR) multilócus aplicados ao nível populacional. Os resultados dessas análises revelaram alta diversidade genética em todas as populações analisadas (média He = 0,703) e estrutura populacional moderada/alta (FST = 0,168) em Aechmea coelestis. Os altos índices de coeficiente de endocruzamento (FIS= 295) indicam que a espécie possui altos índices de endogamia e/ou subdivisão entre as populações. Não existem evidências genéticas para a consideração de espécies distintas, já que foi observada baixa diferenciação dos grupos (5%).Aechmea coelestis apresenta amplo polimorfismo de caracteres florais e vegetativos, o que levou os especialistas a considerarem três espécies distintas. Entretanto, com a revisão taxonômica deste grupo, verificou-se que se trata de uma única espécie, sendo aqui propostos dois novos sinônimos em A. coelestis (A. gracilis e A. organensis). Os dados morfológicos e genéticos corroboram o novo conceito para Aechmea coelestis.

Palavras-chave: Bromeliaceae, Mata Atlântica, genética de populações, taxonomia, microssatélites.


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Estudos populacionais do complexo Aechmea coelestis (k.Koch) E. Morren (Bromeliaceae).


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