28.02.2013 Views

BOLETIM ANNUAL - Biblioteca Digital de Botânica - Universidade ...

BOLETIM ANNUAL - Biblioteca Digital de Botânica - Universidade ...

BOLETIM ANNUAL - Biblioteca Digital de Botânica - Universidade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SOCIEDADE BROTERIANA<br />

<strong>BOLETIM</strong> <strong>ANNUAL</strong><br />

II<br />

1 8 8 3<br />

COIMBRA<br />

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE<br />

1884


' Faz a Socieda<strong>de</strong> Broteriana a quarta distribuição <strong>de</strong> plantas, completando<br />

o numero do quinhentas c oitenta ò nove espécies.<br />

No presente Boletim, em que é dado o catalogo das plantas agora distribuídas,<br />

começa-se a publicação d'alguns trabalhos botânicos sobre floras<br />

locaes, bem como <strong>de</strong> estudos geraes sobre a flora portugueza, fundados<br />

no material existente no herbario da Universida<strong>de</strong>.<br />

A importância d'estes trabalhos não <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ser reconhecida, porque<br />

elles <strong>de</strong> certo concorrerão para o conhecimento da flora portugueza, por<br />

emquanto não muito estudada.<br />

Dou principio também à publicação do catalogo das plantas que vivem<br />

em Macau. Uma collecçâo <strong>de</strong> trezentas e sessenta espécies, colhidas, preparadas<br />

e <strong>de</strong>terminadas pelo sr. J. Gomes da Silva foi-me offerecida por<br />

este distincto medico. O trabalho dó sr. Gomes da Silva prova mais uma<br />

vez a gran<strong>de</strong> aptidão <strong>de</strong> que é dotado para esta or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serviços, sendo<br />

bem para sentir que tal aptidão não seja <strong>de</strong>vidamente aproveitada.<br />

A Hollanda, a França e a Inglaterra tem sempre encarregado homens<br />

competentes do estudo das producções vegetaes dos paizes em que dominam,<br />

e tem feito a publicação <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> subido mérito scientifico, conseguindo<br />

por esse meio conhecer as riquezas <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m dispor e aquellas que<br />

po<strong>de</strong>m adquirir.<br />

Se este exemplo fosse seguido em Portugal, <strong>de</strong> certo os conhecimentos<br />

e especial aptidão do sr. Gomes da Silva <strong>de</strong>veriam ser aproveitados e não<br />

postos <strong>de</strong> parte, se não censurados.<br />

Para que a Socieda<strong>de</strong> continue trabalhando efficaz e regularmente é<br />

indispensável a boa vonta<strong>de</strong> e zelo dos que me têm acompanhado n'estes<br />

trabalhos, porque assim tanto a distribuição das plantas, como a publicação<br />

do Boletim serão feitas no tempo proprio.<br />

É para <strong>de</strong>sejar que o numero dos sócios augmente, porque d'essa forma<br />

maior será o numero das regiões exploradas e mais <strong>de</strong>pressa attingido o<br />

fim da Socieda<strong>de</strong>.<br />

Aos sócios actuaes se po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ver a alliciação <strong>de</strong> novos sócios, no que<br />

prestarão não pequeno serviço.<br />

Conto, para bem continuar, com o auxilio <strong>de</strong> todos os que até hoje têm<br />

trabalhado e com a protecção d'aquelles que reconhecem a importância<br />

dos serviços que a Socieda<strong>de</strong> Broteriana po<strong>de</strong>rá vir a prestar.<br />

Jardim Botânico da Universida<strong>de</strong>, janeiro <strong>de</strong> 1884.<br />

Julio A. Henriques,


Ex. mos<br />

Srs.<br />

RELAÇÃO .DOS SÓCIOS<br />

Classe A<br />

Adolpho F. Moller, inspector do Jardim Botânico <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Alvaro Rebello Valente.<br />

Alexandre <strong>de</strong> Sousa Figueiredo, agrónomo em Faro.<br />

B. el<br />

Antonio <strong>de</strong> Castro Freire, medico, Caparica.<br />

Antonio Joaquim <strong>de</strong> Sousa Doria, Loanda.<br />

B.°' Antonio Manuel da Costa Lercno, Cabo Ver<strong>de</strong> (Ilha Brava).<br />

B. !l<br />

Antonio Seabra Couceiro, Juiz <strong>de</strong> direito na Povoa <strong>de</strong> Lanhozo. (S. C.) 1<br />

B. el<br />

Augusto Barjona <strong>de</strong> Freitas, medico, Montemór-o-Novo.<br />

Augusto Luso da Silva, professor no Lyceu do Porto.<br />

B. el<br />

Balthazar Aprígio Ferreira <strong>de</strong> Mello, Povoa <strong>de</strong> Lanhozo.<br />

B. el<br />

Bernardino Barros Gomes, engenheiro florestal, Lisboa.<br />

Dr. Bernardino L. Machado Guimarães, professor <strong>de</strong> agricultura há Universida<strong>de</strong>.<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ficalho, professor <strong>de</strong> <strong>Botânica</strong> na Eschola Polytechnica <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Eduardo Sequeira, Porto.<br />

Dr. Francisco <strong>de</strong> Salles Gomes Cardoso, professor <strong>de</strong> <strong>Botânica</strong> na Eschola<br />

Polytechnica do Porto.<br />

Francisco Ferreira <strong>de</strong> Loureiro, empregado florestal; Bussaco.<br />

Henrique <strong>de</strong> Mendia, engenheiro florestal, Lisboa.<br />

Isaac Newton, empregado <strong>de</strong> commercio, Porto.<br />

Jayme Batalha Reis, professor do Instituto Agrícola.<br />

B. el<br />

Joaquim da S. Cortezão, medico. (J. Cort.)<br />

Joaquim Pedro <strong>de</strong> Freitas Castello Branco, agrónomo na Guarda.<br />

J. Gomes da Silva, medico, Macau e Timor.<br />

Manuel dAlbuquerque, Porto.<br />

Manuel J. Felgueiras, Porto.<br />

Manuel Rodrigues <strong>de</strong> Moraes, agrónomo, Porto.<br />

Pedro Gastão Mesnier, Lisboa.<br />

Ramiro Larcher Marçal, agrónomo em Portalegre.<br />

Sebastião Ph. Martins Estácio da Veiga, socio correspon<strong>de</strong>nte da Aca<strong>de</strong>mia<br />

Real das Sciencias do Lisboa, Algarve.<br />

Conselheiro Sylvestre Bernardo Lima, professor no instilulo agrícola e<br />

director geral dos negócios do commercio e agricultura.<br />

Abreviatura empregada no catalogo das plantas.


s<br />

Tancredo do Casal Ribeiro, agrónomo em Timor.<br />

Dr. Wenceslau Pereira Lima, professor na Eschola Polytechnica


ESPÉCIES DISTRIBUÍDAS<br />

1 8 8 3<br />

Algas<br />

433 Batrachospermum moniliforme Roth.—Trofa, agua corrente (P.)<br />

434 Enteromorpha ramulosa Hook, β. spinosa Kg. — Povoa <strong>de</strong> Varzim,<br />

praia (P.)<br />

435 Gigartina pistillata Lamour. — Buarcos, rochedos da praia (Gltz.)<br />

436 Hypoglossum Woodwardii Kg. — Praia da Nazareth (P.)<br />

437 Laurencia pinnatifida Lamour. — Praia da Nazareth (P.)<br />

438 Stypocaulon scoparium Kg. — Buarcos, rochedos da praia (Gltz.)<br />

. Cogumelos<br />

439 Cladosporium gramineum Lk.—Bougado (P. )<br />

440 Puccinia Maydis Carr. comEpicocum negletum Desm. — Bougado (P.)<br />

441 Ramularia Tulasnei Sac. — Bougado (P.)<br />

442 Schizophyllum commune Fries, f. pedicellate Roumg.—Bemfica (J. D.)<br />

443 Septoria effusa Lb. — Bougado (P.)<br />

444 Sphaerella brassicaecola De Not. — Bougado (P.)<br />

Musgos<br />

443 Grimmia pulvinata Smith. — Serra <strong>de</strong> Monsanto, rochas (J. D.)<br />

446 Homalothecium sericeum Br. Sch. — Queluz (J. M.)<br />

Fetos<br />

447 Gymnogramma leptophylla Desv. — Lisboa (P. C), Rio Tinto (C. J.)<br />

448 Cheilanthes hispânica Mett. — Coimbra, Dianteiro (M. F.)<br />

449 Adianthum Capillus Veneris L. — Chellas pr. <strong>de</strong> Lisboa (S.)<br />

450 Asplenium palmatum Lam. —­ Serra <strong>de</strong> Cintra (P. C.)


7<br />

]VLonocotyled.ort©as<br />

Gramíneas<br />

451 Piptatherum miliaceum Coss. — Lisboa: cast, <strong>de</strong> S. Jorge (0. S.)<br />

452 Holcus lanatus L.—Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

453 Aegilops ovata L. — Coimbra: Balea (B. C.)<br />

Cyperaceas<br />

454 Carex maxima Scop. — Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

455 Scirpus maritimus L. a. genuinus Godr.—Faro (A. G.)<br />

Iri<strong>de</strong>as<br />

456 Trichonema Bulbocodium Ker. — Buarcos: Quinta dos Poços (Gltz.)<br />

Amary Ili<strong>de</strong> as<br />

457 Narcissus reflexus Brot. — Povoa <strong>de</strong> Lanhoso (S. C.)<br />

Or chi<strong>de</strong> as<br />

458 Ophrys tentheredinifera W. — Cascaes, outeiros seccos (P. C.)<br />

Smilaoeas<br />

459 Smilax mauritanica Desf. — Buarcos, vallados (Gltz.)<br />

Liliaceas<br />

460 Simethis bicolor Kth. — Buarcos (Gltz.)<br />

T) i o o t y 1 o doi ι oa s<br />

­ Urticeas<br />

461 Urtica dioica L.—Idanha a Nova (R. da C.)<br />

462 Parietaria lusitanica L. var. — Amadora : estrada'<strong>de</strong> Cintra (J. D.)<br />

Chenopodiaceas<br />

463 Atriplex Halimus L.—Porto Brandão (J. M.), Faro (A. G.)<br />

Polygoneas<br />

464 Rumex Acetosella L. — Coimbra : Villa Franca (B. C.)<br />

Santalaceas<br />

465 Osyris lanceolata Höchst.—Loulé, Algarve (A. G.)<br />

466 Thesium divaricatum A. DC. a. divaricatum. —Alpedrinha (R. daC.)


8<br />

Dipsaceas<br />

467 Pterochepalus Broussonetii Coult. — Alcochete (P. C.)<br />

Compostas<br />

468 Eupatorium cannabinum L. — Buarcos (Gltz.)<br />

469 Inula crithmoi<strong>de</strong>s L. — Faro (J, G.)<br />

470 I. viscosa Ait.—Lisboa: arcos das aguas livres (O. S.)<br />

471 Filago germanica L. a. eanescens..— Coimbra: Balea (B. C.)<br />

472 Phagnalon saxatile Cass. — Amora pr. <strong>de</strong> Lisboa (S.)<br />

473 Achillea Ageratum L. — Serra <strong>de</strong> Monsanto (O. S.), S. Julião da<br />

Barra (S.)<br />

474 A. Millefolium L. — S. Cruz do Bispo pr. do Porto (E. J.)<br />

475 Ormenis mixta D. C.—Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

476 Tanacetum annuum L. — Carnaxi<strong>de</strong> pr. <strong>de</strong> Lisboa (S.), Monchique<br />

(A. G.)<br />

477 Centaurea nigra L. γ. pallida. Lge. — S. Pedro da Cova (Sch.)<br />

478 C. ornata W. ß. microcephala. Wk.—Villa Velha <strong>de</strong> Ródão (R.<br />

da C.)<br />

479 C. uliginosa Brot. — Coimbra: Penedo da Meditação (B. C.)<br />

480 Picridium Gaditanum Wk. — Praia da torre <strong>de</strong> Belém (J. M.)<br />

481 Andryala Ragusina L. γ. ramosissima. Bss.—Villa Velha do Ródão<br />

Rubiaceas<br />

482 Galium Aparine L. — Serra do Pilar pr. do Porto (C. B.)<br />

483 G. Broterianum Bss. Reut. — Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

484 G. <strong>de</strong>bile Desv. —Valladares (E. J.)<br />

485 Vaillantia muralis L.—Belém (J. M.)<br />

Eric ao e as<br />

486 Arbutus Unedo L. — Bussaco (O. S.)<br />

Plantagineas<br />

487 Plantago lanceolata L.—Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

Plumb agine as<br />

488 Armeria Berlengcnsis J. Dav. — Ilha Berlenga (J. D.)<br />

Labiadas<br />

489 Lavandula multifida L. — Serra d'Arrábida (J. D.)<br />

490 Thymus carnosus Bss. —Cabo <strong>de</strong> S. Maria, Algarve (A. G.)<br />

491 TL cephalotus L.—Faro: Monte Negro (A. G.)


492 Th. tomentosus Willd. — Faro : Monte Negro (A. G.)<br />

493 Prasium majus L. — Loulé, Algarve (J. D.)<br />

494 Teucrium Scorodonia L.—Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

9<br />

Borragineas<br />

495 Borrago officinalis L. — Tapada d'Ajuda pr. <strong>de</strong> Lisboa (S.)<br />

496 Cynogiossum clan<strong>de</strong>stinum Desf.— Bemfica pr. <strong>de</strong> Lisboa (V. D.)<br />

497 Heliotropium europaeum L.—Rabicha (J. M.)<br />

498 H. supinum Clus. — Faro (A. G.)<br />

Convolvulaceas<br />

499 Convolvulus lineatus L. — Cabo Mon<strong>de</strong>go (Gltz.)<br />

Solanaceas<br />

500 Solanum Dulcamara L.—Idanha a Nova (R. da C.)<br />

501 S. miniatum Willd.—Lisboa, cast, <strong>de</strong> S. Jorge (0. S.)<br />

502 Lycium europaeum L. — Buarcos (Gltz.)<br />

S cr opb.u.1 arine as<br />

503 Gratiola officinalis L. ß. angustifolia. — Idanha a Nova (R. da C.)<br />

504 Linaria <strong>de</strong>lphinoi<strong>de</strong>s J. GaY. — Serra da Estrella : S. Romão<br />

(F.F.)<br />

505 L. hirta Moench. — Arredores <strong>de</strong> Serpa (J. D.)<br />

506 L. lanígera Desf.—Faro: Atalaia (A. G.)<br />

507 L. triornithophora W. — S. Pedro da Cova (Sch.)<br />

508 Eufragia latifolia Griseb. — Arredores d'Evora (J. D.)<br />

Lentibulareas<br />

509 Pinguicula Lusitanica L. — S. Gens pr. do Porto (E. J.)<br />

Primulaceas<br />

510 Lysimachia vulgaris L.—Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

511 Samolus Valerandi L.—Arredores do Porto: Senhor d'Areia (C. J.)<br />

Gencianaceas<br />

512 Erythraea spicata P.—Faro, Atalaia (J. P.)<br />

TJmbelliferas<br />

513 Eryngium corniculatum Lam. — Arredores do Porto, Senhor da<br />

Pedra (C. Β.) ; Paid <strong>de</strong> Foja (J. P.)<br />

514 E. tenue Lam.—Idanha a Nova (R. da C.)<br />

515 E. viviparum J. Gay. — Arredores do Porto, Senhor da Pedra (G. Β.)


10<br />

516 Turgenia latifolia Hoffm. β. purpurea Wk. — Lagarteira pr. d'Ancião<br />

(D. F.)<br />

517 Angelica silvestris L. — Arredores do Porto, Villar, Lor<strong>de</strong>llo (Sch.)<br />

518 Oenanthe fistulosa L.—Paranhos (C. B.)<br />

519 Bupleurum protractum Hflgg. Lk. — Buarcos (Sch.)<br />

520 Ammi majus L.—Porto (Sch.)<br />

521 A. Viznaga Lam. — Bemfica pr. <strong>de</strong> Lisboa (S.)<br />

522 Carum verticillatum Roh.—Recarei pr. do Porto (Sch.)<br />

523 Ridolíia segetum Mer. — Adorigo (Sch.)<br />

Saxifragaceas<br />

524 Saxifraga stellaris L. a. latifolia. — Serra da Estrella (M. F.)<br />

Ficoi<strong>de</strong>as<br />

525 Mesembryanthemum nodiflorum L. — Alcochete (P. C.)<br />

Crassulaceas<br />

526 Umbilicus horizontalis D. C. — Alcochete (P. C.)<br />

527 Sedum anglicum Huds. a. Raji Lge. — Coimbra, Portclla (C. L.)<br />

Paronycniaceas'<br />

528 Loeflingia micrantha Bss. Rent. — Alcochete (P. C.)<br />

Onagrareas<br />

529 Epilobium hirsutum L. ß. vilosissimum Koch.—Faro (A. G.)<br />

530 E. parviflorum Schreb. — Faro, Atalaia (J. P.)<br />

531 E. tetragonum L. — Faro, Atalaia (J. P.)<br />

Myrtaoeas<br />

532 Myrtus communis L. a. latifolia. — Buarcos (Gltz.)<br />

Sanguisorbeas<br />

533 Alchemilla alpina L. — Serra da Estrella: Cântaro magro (M. F.)<br />

534 A. cornucopioi<strong>de</strong>s R. Sch. — Bragança, S. Sebastião (P. C.)<br />

Papilionaceas<br />

535 Ornithopus compressus L. — Coimbra, Cidral (C. L.)<br />

536 Vicia hirsuta Koch. — Cruz do Bispo pr. do Porto (E. J.)<br />

537 V. lutea L. — Boa Nova pr. do Porto (E. J.)<br />

538 V. tetrasperma Much. — S. Paio, margem do Douro (G. B.)<br />

539 Lathyrus pratensis L. — Rebordãos pr. <strong>de</strong> Bragança (M. F.)<br />

540 L. sphaericus Retz. —Villa Nova <strong>de</strong> Gaya (C. B.)


11<br />

541 Physanthyllis tetraphylla Bss. — Montargil (J. Cort.)<br />

542 Authyllis Vulneraria L. γ. rubriílora. — Coimbra, Balea (C. L.)<br />

543 Lotus parviflorus Desf. — Coimbra, Cidral (C. L.)<br />

544 Trifolium fragiferum L. Mattosinhos (C. B.)<br />

545 T. glomeratum L. — Bemfica (V. D.)<br />

546 T. incarnatum L. — Coimbra : Portella (C. L.)<br />

547 T. procumbens L. — Arredores <strong>de</strong> Coimbra (B. C.)<br />

548 T. resupinatum L. — Bemfica (V. D.)<br />

549 T. scabrum L. — Coimbra, Sete Fontes (C. L.) e (B. C.)<br />

550 T. subterraneum L. — Arredores <strong>de</strong> Coimbra, Valle <strong>de</strong> Canas (C. L.)<br />

551 T. tomentosum L. — Coimbra, Sete Fontes (C. L.)<br />

552 Melilotus alba Desr.—Valbom, margem do Douro (C. B.)<br />

553 M. Neapolitana Ten. — Arredores do Porto, Areinho <strong>de</strong> Quebrantões<br />

(C. B.)<br />

554 Ulex <strong>de</strong>nsus Wehv. — Arredores <strong>de</strong> Lisboa, Montelavar (R. da C),<br />

Charneca <strong>de</strong> Cintra (P. C.)<br />

555 TJ. europaeus L. — Bemfica (J. D.)<br />

556 Cytisus albus Lk.—Arredores do Porto, Cruz do Bispo (E. J.) ;<br />

Coimbra, Villa Franca (B. C.)<br />

Euphorbiaceas<br />

557 Euphorbia angulata Jacq.— S. Pedro da Cova (Sch.)<br />

558 Mercurialis annua L. ß. ambigua Mull. — Lisboa (V. D.)<br />

Lineas<br />

559 Linum setaceum Brot. — Coimbra: Balea (B. C.)<br />

560 L. strictum L. γ. axillare Gr. Godr. — Serra <strong>de</strong> Monsanto (J. D.)<br />

Hypericineas<br />

561 Hypericum quadrangulum L. — Marinha Gran<strong>de</strong> (S. P.)<br />

562 H. undulatum Schousb. — Faro, rib. <strong>de</strong> S. Christovão (J. P.)<br />

563 Elo<strong>de</strong>s palustris Spach. — Arredores do Porto (E. J.)<br />

Alsinaceas<br />

564 Alsine tenuifolia Crtz. «. genuína. — Arredores do Porto, Areinho<br />

<strong>de</strong> Quebrantões ((". B.)<br />

565 Stellaria Holostea L. —S. da Estrella (V. D.); Coimbra (C. L.);<br />

Leça do Balio (E. J.)<br />

566 Arenaria montana L. — S. Pedro da Cova (Sch.)<br />

Sil ene as<br />

567 Silene fuscata Lk. —Bemfica (V. D.)


12<br />

568 S. melandrioi<strong>de</strong>s Lge. var. acutifolia (Lk.) — Serra da Estrella (F.)<br />

569 Sapoiiaria officinalis L.—Villa Velha do Ródão (R. da C.)<br />

570 Dianthus attenuatus Srn. —Villa Velha do Ródão (R. da C.)<br />

571 D. Lusrtanicus Brot. — Serra da Estrella, Cântaro magro (J. II.)<br />

Cisteneas<br />

572 Cistus Bourgaeanus Coss.—Entre Faro e S. João da Venda (J. D.)<br />

Crueiferas<br />

573 Rapistrum rugosum AU. — Arredores <strong>de</strong> Lisboa, Chellas (S.)<br />

574 Bisculella auriculata L. — Serra <strong>de</strong> Monsanto (J. M.)<br />

575 Iberis Welwitschii Bss. Reut. — Moita (J. M.), Vendas Novas (O. S.)<br />

576 Senebiera Coronopus Poir. — Buarcos (Sch.)<br />

577 S. didyma Pers.—Arredores do Porto, Foz (C. B.)<br />

578 Sisymbrium Irio L. — Arredores <strong>de</strong> Lisboa, praia da Torre (J. M.)<br />

579 Nasturtium Boissieri Coss. — Cascaes (J. C.)<br />

580 N. officinale R. Br. — Arredores <strong>de</strong> Lisboa, rib. d'Algés (S.)<br />

581 Alyssum campestre L. — Serra <strong>de</strong> Monsanto (J. M.)<br />

582 Draba muralis L. — Coimbra, Penedo da Meditação (B. C.)<br />

Fumariaoeas<br />

583 Fumaria capreolata L. ß. albillora Hamm.-—Bemfica (V. D.)<br />

Resedaceas<br />

584 Reseda lutea L. — Porto Brandão (J. M.)<br />

Ranunculaceãs<br />

585 Ranunculus adscen<strong>de</strong>ns Brot. — Coimbra, Balea (B. C.)<br />

586 R. bullatus L. a. ovatus Freyn. — Arredores <strong>de</strong> Lisboa (0. S.);<br />

Mertolla (J. P.)<br />

587 R. flabellatus Desf. gregarius D. C —Coimbra (C. L.); Serra <strong>de</strong><br />

Monsanto (0. S.)<br />

588 Ranunculus muricatus L.—Tapada da Ajuda (J. M.)<br />

589 R. suborbiculatus Freyn. — Serra <strong>de</strong> Cintra (P. C.)<br />

Emendas d'alguns numéros anteriores<br />

84 Linaria linogrisea Hffgg. Lk. — Portalegre (L.)<br />

110 Ononis ramosissima Desf. a. vulgaris Gr. Godr. — Serra <strong>de</strong> Monsanto<br />

(J. M.)<br />

396 TJlcx sparlioidcs Wbb. —Pinhal <strong>de</strong> Leiria (B. G.)<br />

397 U. Vaillantii Webb. — Arredores <strong>de</strong> Faro (Algarve) (A. G.)<br />

398 U. janthocladus Webb. »


CONTRIBUIÇÕES PARA A FLORA DE PORTUGAL<br />

ι<br />

Excursion /botanique aux îles Berlengas<br />

et FariUiõos par* J. Davoau<br />

Le petit groupe <strong>de</strong>s Berlengas et celui <strong>de</strong>s Farilhões, se trouvent situés<br />

au Ν. O du Cap Carvoero, par 22'34" <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong> du méridien <strong>de</strong> Lisbonne<br />

et 39°,2o2"4 <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> N., à environ 12 ou 15 milles <strong>de</strong> reniche<br />

(Estremadure).<br />

Nous ne présentons ici que l'élu<strong>de</strong> botanique <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ux plus grands îlots<br />

<strong>de</strong> cet archipel : Bcrlenga le plus important <strong>de</strong> tous, et le Farilhao gran<strong>de</strong>.<br />

Les autres sont <strong>de</strong>s rochers sans autre végétation que le Crithmum mari*<br />

iimum et le Suaeda frulicosa.<br />

Aspect <strong>de</strong> la végétation<br />

BERLENGA. — La végétation <strong>de</strong> l'île Berlenga, est en gran<strong>de</strong> partie<br />

représentée par ces mômes plantes saxicoles qui habitent les falaises du<br />

littoral <strong>de</strong> l'Estremadure portugaise ; cependant vers le centre <strong>de</strong> l'île, là<br />

ou l'épaisseur <strong>de</strong> la couche <strong>de</strong> terre, formée par la désagrégation <strong>de</strong> la<br />

roche granitique, est un peu plus considérable, les fourragères dominent et<br />

s'y trouvent même représentées par une vingtaine d'espèces.<br />

Eu égard à la petite superficie <strong>de</strong> l'île et au nombre limité <strong>de</strong>s plantes<br />

qu'on y observe, il est permis <strong>de</strong> supposer que la plupart <strong>de</strong> ces plantes<br />

fourragères, sinon la totalité, y ont été introduites avec les bestiaux qu'à<br />

une certaine époque on élevait dans l'île Berlenga. On y a cultivé aussi du<br />

maïs en assez gran<strong>de</strong> quantité et j'y trouvai encore quelques champs d'orge.<br />

Les roches directement soumises aux influences maritimes et situées au<br />

S. <strong>de</strong> l'île, sont en partie couvertes <strong>de</strong> Spergularia marina et le Crithmum<br />

marilimum s'établit comme partout, clans les fentes <strong>de</strong>s rochers. Les parois


li<br />

sombres et humi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> la roche, particulièrement les parties suintantes<br />

avoisinant les <strong>de</strong>ux sources, sont richement revêtues <strong>de</strong> magnifiques touffes<br />

<strong>de</strong> YAsplenium marinum appelé «Avencão» par les gens <strong>de</strong> Péniche. Une<br />

forme du Thrincia hispida Roth, à souche vivace et à feuilles épaissies,<br />

accompagne presque toujours cette fougère et se répand sur toute la partie<br />

sud dans les fentes <strong>de</strong> la roche.<br />

Au N. les falaises les plus escarpées sont couronnées par YArmeria<br />

berlengensis et sa variété villosa. Ces <strong>de</strong>ux plantes s'avancent aussi vers le<br />

centre <strong>de</strong> l'île, principalement le type, qu'on retrouve jusque sur le versant<br />

S. mais localisé il est vrai sur l'isthme qui sépare Γ «Ilha Velha» <strong>de</strong> «Ber­<br />

lenga» 1<br />

. A cette même localité se trouve le Scrophularia sublyrala Brot,<br />

également très circonscrit dans son habitat.<br />

Le Thapsia villosa et la variété latifolia se retrouvent à sa fois, au N.<br />

sur le «Promontório do Penedo» à 1Έ. dans Γ «Ilha Velha», et à ΓΟ. sur<br />

les rochers qui dominent la «Cova do Somno». Une autre ombellifère très<br />

remarquable du N. 0. <strong>de</strong> l'Espagne, {'Angelica pachycarpa, croît vigoureusement<br />

dans les parties sombres et abritées <strong>de</strong> l'île ; elle est particulièrement<br />

abondante au N. dans le «Carreiro dos Cações» et se retrouve au<br />

S. 0. près du «Furado Supérieur». C'est Berlenga le seul point du territoire<br />

portugais où cette plante ait été observée jusqu'à ce jour.<br />

Quelques herbes annuelles ou bisannuelles me paraissent également<br />

<strong>de</strong>voir être mentionnées. Dans les pierres qui forment l'assise du poste<br />

sémaphorique, on trouve YAnchusa granalensis, plante <strong>de</strong> la Beira, <strong>de</strong><br />

l'Alemtejo, <strong>de</strong> l'Algarve que je ne connais pas dans l'Estremadure portugaise<br />

et qui à par conséquent son extrême limite 0. à l'île Berlenga.<br />

Un Echium nouveau (E. Davei Rouy. Naturaliste. Décembre 1883) est<br />

localisé dans les ébouiis à ΓΕ. du phare, en société <strong>de</strong> Calendula algarbiensis,<br />

dont les racines nourrissent l'Orobanche barbata. A la même localité<br />

citons : Crépis gaditana, plante également nouvelle pour la flore portugaise,<br />

et plus bas le Cryplostemma calendulaceum.<br />

Sur le versant S. E., qui est assez escarpé, croît assez abondamment le<br />

Cochlearia danica, dont l'extrême limite géographique S., jusqu'ici Porto,<br />

se trouve ainsi reculée d'un <strong>de</strong>gré et <strong>de</strong>mi. Citons encore le Silène hirsuta<br />

comme une <strong>de</strong>s plantes les plus abondantes <strong>de</strong> l'île, elle se trouve répandue<br />

à peu près partout et ses fleurs rouges tranchent <strong>de</strong> loin sur le teinte générale<br />

(pourtant analogue) <strong>de</strong> la roche.<br />

Lorsqu'en Août 1879, je visitai l'île Berlenga pour la première fois, la<br />

1<br />

L'ile Berlenga est divisée du N. au S. par une coupure interrompue par un isthme<br />

la partie E. qui est la plus considérable est appellee Berlenga, l'autre s'appelle llha<br />

Velha.


18<br />

végétation n'était guère représentée que par quelques plantes à floraison<br />

tardive. Une espèce récemment décrite la Pulicaria microcephala (Lge. Bull.<br />

Soc. Brot. 1883) couvrait littéralement le sol à <strong>de</strong> certains endroits, principalement<br />

dans Γ «Ilha Velha». J'y récoltai également YEchium Davei et<br />

une autre plante également nouvelle, ÏAndryala Ficalheana (Dav. Bull.<br />

Soc. Brot. 1883) assez fréquent aux environs du phare.<br />

La végétation ligneuse n'est représentée que par un Figuier (Ficus<br />

Carica) qui croît sur le versant S. à l'E. du fort <strong>de</strong> S. Jean Baptiste, on<br />

il a été probablement planté.<br />

Quant aux pâturages dont j'ai parlé plus haut et dont la spontanéité<br />

est au moins suspecte, ils sont en gran<strong>de</strong> partie formés par <strong>de</strong>s Iéguminenses<br />

dont les espèces dominantes sont :<br />

Ornithopus ebraclealus<br />

» isthmocarpus<br />

Biserrula Pelecinus<br />

Medkago kispida (plur. var.)<br />

» litlorea<br />

Lotus hispidus<br />

Trifolium patens<br />

Trifolium resupinatum<br />

» ' ' » var. major<br />

» tomentosum<br />

» glomeralum<br />

Vicia cordata<br />

Melilotus parvißora<br />

Lalhyrus angulalus.<br />

Les autres plantes qui se trouvent assez bien représentées dans ces pâturages<br />

sont les suivantes :<br />

Erodium moschatum<br />

Ormenis mixta<br />

Vulpia ciliala<br />

Lagurus ovatus<br />

IIolcus lanalus<br />

Polypogon m arilimum<br />

Dactylis hispânica.<br />

La présence parmi ces fourrages <strong>de</strong> Γ Ornithopus isthmocarpus, semblerait<br />

indiquer qu'ils proviennent du sud du pays où cette plante est fort commune<br />

; la localité la plus septentrionale où cette plante ait été signalée en<br />

Portugal est le «Pinhal <strong>de</strong> Leiria».<br />

FARILHÀO GRANDE.—La seule partie accessible du «Farilhào gran<strong>de</strong>»,<br />

le versant S. nourrit une végétation assez luxuriante. La Lavatera arbórea<br />

assez rare à Berlenga croît abondamment à Farilhào ; on y retrouve le<br />

Cochlearia danica et le Calendula algarbiensis et <strong>de</strong> même qu'à l'île Berlenga,<br />

ce <strong>de</strong>rnier nourrit une espèce d'orobanche, l'O. minor.<br />

Une <strong>de</strong>s plantes les plus communes <strong>de</strong> ce rocher est certainement le<br />

Melandrium silvestre \ar. crassifolium; cette caryophyllée n'existe pas à<br />

Berlenga, pas plus qu'en Portugal ; elle est indiquée en Espagne par Mr.<br />

Lange dans le nord <strong>de</strong> la province <strong>de</strong> Gallice. On trouve aussi dans les


J()<br />

fentes <strong>de</strong>s roches /' Umbilicus pendulums, le Desmazeria loliacea et le Polypogon<br />

subspatliaceum, qui se disputent les parcelles <strong>de</strong> terrain dans les<br />

éboulis, mais la plante dominante <strong>de</strong> l'Ile Farilhào est le «Capim» variété<br />

à feuilles larges et glauques du Dactylis hispânica qui croît vigoureusement<br />

dans l'humus entremêlé <strong>de</strong> mica qui compose le sol <strong>de</strong> l'île.<br />

Les Farilhões sont également dépourvus d'arbres ou d'arbustes ; on y<br />

retrouve les mômes Armeria qu'à Berlenga, mais localisés sur les falaises<br />

inaccessibles du flanc N. Enfin toutes les roches maritimes y sont ornées<br />

par le Crithmum maritimum la Suaeda frulicosa.<br />

En résumant les observations qui précè<strong>de</strong>nt, nous trouvons que, parmi<br />

les 112 espèces <strong>de</strong> plantes vasculaires indiquées dans l'archipel, 10 espèces<br />

ou variétés sont nouvelles où indiquées pour la première fois en Portugal ;<br />

ce sont :<br />

1 Pulicaria microcephala (sp. nov.)<br />

2 Armeria berlengensis (sp. nov.)<br />

3 » » var. villosa<br />

(n. var.)<br />

4 ~Echium Davei (n. sp.)<br />

5 Andryala Ficalheana (n. sp.)<br />

6 Crépis gaditana<br />

7 Angelica pachycarpa<br />

8 Melandryum silvestre var. crassifolium<br />

9 Sedum an<strong>de</strong>gavense.<br />

Parmi ces plantes, les S premières sont spéciales à l'île Berlenga, les<br />

autres appartiennent à la flore <strong>de</strong> l'Espagne ou <strong>de</strong> la France.<br />

Si nous examinons la flore <strong>de</strong> l'archipel au point <strong>de</strong> vue <strong>de</strong> l'aire géographique<br />

<strong>de</strong>s végétaux qui y croissent, nous trouvons que 4 <strong>de</strong> ces plantes<br />

n'ont été trouvées jusqu'ici qu'au N. <strong>de</strong> ces îles; elles y ont donc par<br />

conséquent leur limite géographique S. Ce sont :<br />

Cochlearia danica.<br />

Angelica pachycarpa.<br />

Sedum an<strong>de</strong>gavense.<br />

Melandryum silvestre v. crassifoUum.<br />

3 autres plantes ont aux Berlengas leur limite géographique N. au moins<br />

dans l'océan. Ce sont:<br />

1 Crépis gaditana<br />

2 Papaver seligerum,<br />

3 Cryploslemma calendulaceum.


17<br />

Lu première appartient au S. <strong>de</strong> l'Espagne. Le P. setigerum, plante <strong>de</strong><br />

la région méditerranéenne, remonte dans l'Océan Atlantique le long du littoral<br />

portugais, (Tróia, Praia das maçãs). Le Cryptoslemma calcndulaceum,<br />

plante du Cap. <strong>de</strong> B. Espérance, mais déjà signalée à Setúbal par Brotero<br />

dans sa «Flora lusitanica» n'a jamais, croyons nous, été signalé au N. du<br />

Tage. Il se trouve abondamment sur la rive gauche <strong>de</strong> l'estuaire <strong>de</strong> ce<br />

fleuve, principalement à Barreiro, Seixal, Arrentella, etc., dans les sables<br />

d'alluvion.<br />

Enfin parmi les quelques, algues rapportées <strong>de</strong> File Berlenga, <strong>de</strong>ux<br />

espèces, la Valonia macrophysa et l'Amphiroa rígida sont nouvelles pour<br />

, la flore marine <strong>de</strong>s côtes portugaises.<br />

En terminant cette note, j'adresse mes plus vifs remerciments à Mr. le<br />

Dr. Julio A. Henriques ainsi qu'à son digne et consciencieux ai<strong>de</strong>-naturaliste<br />

Mr. le Dr. Joaquim <strong>de</strong> Mariz, qui m'ont fourni avec une inépuisable<br />

obligeance <strong>de</strong> précieux renseignements.<br />

Catalogue <strong>de</strong>s plantes qui croissent<br />

aux îles Berlenga et Farilnão Gran<strong>de</strong> 1<br />

PHANEROGAMAE<br />

I3ïcotylecloxioa,o<br />

I Ranunculaoeae 2<br />

1 Ranunculus muricatus L. (Willk. Prod. il. hisp. vol. III, pag. 94-1.)<br />

Hab : Berlenga : sentiers près du phare et du poste sémaphorique.<br />

(Exsicc. n.° 1.)<br />

1<br />

Quoiqu'une première excursion ait eu lieu en Août 1879, la presque totalité <strong>de</strong><br />

ces plantes ont été récoltées en Mai 1883.<br />

2<br />

Liste <strong>de</strong>s ouvrages consultés, cités dans ce catalogue<br />

Boissier (Ed.) —Voyage botanique dans le midi <strong>de</strong> l'Espagne, 2 vol. Paris, 1839-184S.<br />

» »<br />

2<br />

—Diagnoses plantarum orientalium novarum, Series II Leipsick et Paris,<br />

18Ö4-18S9.


18<br />

II Papaveraceae<br />

1 Papaver setigerum DC. (Wk. I. c. III p. 873.)<br />

Hab : Berlenga : ruines du monastère (Carreiro do Mosteiro).<br />

(Exsicc. n.° 2.)<br />

OBSEEV. Notre plante est à peu près complètement dépourvue <strong>de</strong> soies, mais les<br />

incisions <strong>de</strong>s feuilles et surtout le nombre <strong>de</strong>s stigmates (8) ne me laissent ancun doute.<br />

J'ai trouvé du reste à la «Praia das Maçãs» et croissant en société, la forme hirsute et<br />

la forme glabre avec <strong>de</strong>s intermédiaires plus ou moins sétigères, mais toujours à 7-8<br />

stigmates.<br />

III Cmciferae<br />

1 Alvssum maritimum Lank. (Lobularia maritima Desv. (W r<br />

k. 1. c. III,<br />

p. 836.)<br />

Hab : Berlenga : Roches du versant S. (Exs. n. u<br />

» Farilhào : id. (Exs. n.° 4.)<br />

2 Cochlearia danica L. (Wk. I. c. Ill, p. 843.)<br />

Hab : Berlenga : dans l'humus entre les roches (Exsicc. n.° 6.)<br />

» Farilhào : versant S. (Exsicc. n. os<br />

5 et 1032.)<br />

IV Frankeniaceae<br />

1 Frankenia hirsuta L. var. laevis Boiss (W r<br />

k. 1. c. Ill, p. 692.)<br />

Hab : Berlenga : granites désagrégés, versant S. (Exsicc. n.° 7.)<br />

» Farilhào: sur les roches granitiques (Exsicc. n.° 8.)<br />

Boletim da Socieda<strong>de</strong> Broteriana, 1880-1882. Coimbra, 1883.<br />

BroUro (Felix <strong>de</strong> Avellar) —Flora lusitanica, 2 vol. Olyssipone, 1804.<br />

» • —Phytographia lusitanica selectior, 2 vol. Olyssipone,<br />

1816-1827.<br />

Cotion (E.) — Notes sur quelques plantes nouvelles critiques ou rares du midi <strong>de</strong><br />

l'Espagne, 3 fascicules. Paris, 1849-1852.<br />

De Candolle — Prodromus systematis regni vegetabilis, 17 vol. 1824-1873.<br />

Desfontaines — Flora Atlântica, 2 vol. Paris, 1790-1800.<br />

Grenier & Godron,— Flore <strong>de</strong> France, 3 vol. Paris, 1848-1855.<br />

Hackel— Catalogue raisoné <strong>de</strong>s graminées du Portugal. Coimbra, 1880.<br />

Iloff'mansegg et Link — Flore Portugaise, 3 vol. 1809-1840.<br />

Janka (Victor <strong>de</strong>) — Plumbagineae curopeae (Extrait du ïhermesetsajzi Fuselek,<br />

vol. VI, part. I-II, 1882).<br />

Flitzing — Phycologia generalis etc. Leipsick, 1843.<br />

Lange (J.) — Descriptio iconibus illustralam plantarum novarum vel minus cognitarum<br />

praecipue e 11. Hispanicac etc. Copenhague, 1864.<br />

Rouy — Diagnoses d'espèces nouvelles pour la flore <strong>de</strong> la Péninsule ibérique (Naturaliste<br />

n.° 47. Décembre 1863 — Paris).<br />

Willkomm & Lange — Prodromus florae'hispanicac etc. 3 vol. 1861-1880.<br />

3.)


19<br />

V Caryophylleae<br />

1 Silène hirsuta Lag. (Wk. 1. c. III, p. 648.)<br />

» var. (lor. albis.<br />

Hab : Berlenga : excessivement abondant sur les roches à toute orientation<br />

(Exsicc. n. 05<br />

9 et 1031); la variété albiflore au S. 0. près<br />

du Furado supérieur.<br />

2 Silène maritima With. (Wk.Vl. c. Ill, p. 669.)<br />

Hab: Berlenga: roches du versant maritime (Exsicc. n.° 10.)<br />

3 Mclandrium pratense Rahl.<br />

p. 642.)<br />

var. crassifolium Lge (Wk. 1. c. III,<br />

Hab: Farilhào: très abondant sur le versant S. (Exsicc. n. os<br />

11<br />

et 1030.)<br />

4 Spergularia marina Lehel (Wk. 1. c. Ill, p. 165.)<br />

Hab : Berlenga : versant N. (Exsicc. n.° 12.)<br />

5 S. media Pers. (Wk. 1. c. Ill, p. 166.)<br />

Hab: Berlengajn ,<br />

e » Farilhào l s<br />

, 1 a -n? '· «<br />

v e r s a n<br />

t S. (Exsicc. n. 14.)<br />

6 S. media Pers. var. flor. plcnissimis.<br />

Hab : Berlenga : roches près du «Furado» supérieur et da «Lagosteira».<br />

(Exsicc. n.° 13.)<br />

7 Cerastium pumilum Curt. (Wk. 1. c. Ill, p. 633.)<br />

Hab: Berlenga: parties "ari<strong>de</strong>s et incultes. (Exsicc. n.° 14 bis.)<br />

•VI Malvaceae<br />

1 Lavatera cretica L. (Wk. 1. c. Ill, p. 581.)<br />

Hab: Berlenga: commun dans les décombres. (Exsicc. n.° 15.)<br />

2 Lavatera arbórea L. (Wk. 1. c. Ill, p. 580.)<br />

Hab : Berlenga : auprès du poste sémaphorique. (Exsicc. n.° 1034.)<br />

» Farilhào : très abondant sur le versant S. 0. (Exsicc. n.° 16.)<br />

VII Geraniaceae<br />

1 Erodium cicutarium Herit. (Wk. 1. c. Ill, p. 536.)<br />

Hab : Berlenga : dans les pâturages (Exsicc. n.° 17.)<br />

2 E. moschatum llerit. (Wk. 1. c. Iii, p. 538.)<br />

Hab : Berlenga : commun dans les pâturages.<br />

3 Geranium molle L. (Wk. 1. c. Ill, p. 528.)<br />

Hab : Berlenga : dans les décombres et les éboulis. (Exsicc. n.° 19.)<br />

VIII Papiliortaceae<br />

1 Ornithopus isthmocarpus Coss. (Notes sur quelques Plant. Crit. du midi<br />

<strong>de</strong> l'Espagne, p. 36.)<br />

Hab : Berlenga : abondant parmi les pâturages. (Exsicc. n.° 20.)


20<br />

2 O. ebracteatus Brot. (Flor. lusit. II, p. 159.)<br />

Hab: Berlenga: très abondant parmi les pâturages. (Exsicc. n.°21.)<br />

3 Biserrula Pelecinus L. (Wk. I. c. Ill, p. 287.)<br />

Hab : Berlenga : abondant parmi les pâturages. (Exsicc. n.° 22<br />

et 1029.)<br />

OBSERV. Outre le type, on trouve à l'île Berlenga <strong>de</strong>ux formes assez distinctes du<br />

B. Pelecinus. L'une a les folioles plus larges, le légume plus court, obscurément <strong>de</strong>nté<br />

et moins toruleux (Exsicc. n.° 23); elle se rencontre dans les pâturages, mélangée<br />

avec le type. L'autre a les légumes à peu près <strong>de</strong> même forme et <strong>de</strong> même longueur,<br />

mais presque complètement dépourvus <strong>de</strong> <strong>de</strong>nts; les folioles sont extrêmement ténues.<br />

(Exsicc. n °24). Cette <strong>de</strong>rnière forme se trouve dans les parties sèches <strong>de</strong> l'Ilha Velha<br />

à ΓΟ. <strong>de</strong> Berlenga.<br />

4 Ononis reclinata L. (Wk. 1. c. Ill, p. 404.) var. a. genuina. Gren. Sf<br />

Goar. (Fl. franc. I, p. 372.)<br />

Hab : Berlenga : chemin qui conduit du phare au fort S. Jean<br />

Baptiste. (Exsicc. n.° 25 et 964.)<br />

5 Medicago hispida Gaerln. (Wk. 1. c. III, 386.)<br />

Hah : Berlenga : pâturages <strong>de</strong> l'Ile (Exs. n.° 28.)<br />

6 M. hispida Gaerln. a a microcarpa Urb.<br />

Hab : Berlenga : pâturages (Exsicc. n.° 27.)<br />

7 M. littoralis Roh<strong>de</strong>. (Wk. 1. c. III, 384.)<br />

var. breviseta DC.<br />

Hab: Berlenga: roches du versant Sud. (Exsicc. n. 09<br />

29 et 1018.)<br />

8 M. littoralis Roh<strong>de</strong> var. a. inermis Mor.<br />

subvar. a. tricycla Urb.<br />

Hab: Berlenga, avec le précé<strong>de</strong>nt. (Exsicc. n. os<br />

30 et 1017.)<br />

9 M. littoralis Roh<strong>de</strong> var. longiseta DC.<br />

Hab : Berlenga : pâturages <strong>de</strong> l'île et avec les précé<strong>de</strong>nts. (Exsicc.<br />

n.° 31.)<br />

10 Melilotus parvillora Desf. (Fl. AU. II, p. 192.)<br />

Hab : Berlenga : très abondant parmi les pâturages (Exsicc. n.°33.)<br />

11 Trifolium resupinatum L. (Wk. I. c. Ill, p. 360) var. major.<br />

Hab: Berlenga, assez commun dans les pâturages. (Exsicc. n.°34.)<br />

12 T. patens L. (Willk. 1. c. Ill, p. 351.)<br />

Hab : Berlenga, pâturages et lieux incultes : répandu (Exsicc.<br />

n." 35.)<br />

13 T. glomeratum.L (Wk. 1. c. Ill, p. 357.)<br />

Hab : Berlenga : commun dans le pâturages. (Exsicc. n.° 36.)<br />

H T. suffocatum L. (Willk. 1. c. Ill, p. 357.)<br />

Hab : Berlenga : dans les sentiers auprès du phare (Exsicc.<br />

n. 03<br />

37 a 1035.)


21<br />

15 T. tomentosum L. (Wk. 1. c. Ill, p. 360.)<br />

Hab : Berlenga : assez commun au bord <strong>de</strong>s sentiers. (Exsic. n.° 38.)<br />

16 T. scabrum L. (Wk. 1. Ill, p. 37î.)<br />

Hab : Berlenga : dans les granits désagrégés et les parties sèches<br />

<strong>de</strong> l'île, (Exsicc. n.° 39.)<br />

17 Lotus hispidus Desf. (Willk. 1. c. Ill, p. 346.)<br />

Hab : Berlenga : très répandu dans le éboulis et mélangée aux<br />

pâturages (Exsicc. n. 03<br />

26 et 1028.)<br />

18 Vicia cordata Wulf. (Wk. 1. c. III, 295).<br />

Hab: Berlenga: dans les pâturages. (Exsicc. n.° 40.)<br />

19 Lathyrus angulatus L. (Wk. 1. c. Ill, p. 318.)<br />

Hab: Berlenga: pâturages. (Exsicc. n.° 41.).<br />

IX Lythrarieae<br />

1 Lythrum Graefferii ten. (Wk. I. c. Ill, p. 172.)<br />

Hab : Berlenga : Fonte do Carreiro, rare (Exsicc. n.° 42.)<br />

X Paronychieae<br />

1 Corrigiola littoralis L. (Wk. 1. c. III, 149.)<br />

Hab : Berlenga : esplana<strong>de</strong> du phare (Exsicc. n.° 43.)<br />

2 Polycarpon tetraphyllum L. (Wk. 1. c. Ill, p. 160).<br />

Hab : Berlenga, au bord <strong>de</strong>s sentiers. (Exsicc. n.° 44.)<br />

3 Herniaria cinerea DC. (Willk 1. c. Ill, p. 153.)<br />

Hab : Berlenga, roches <strong>de</strong> l'Ilha Velha, assez rare (Exsicc. n.° 45.)<br />

XI Crassulaceae<br />

1 Umbilicus pendulinus DC. (Prodr. Ill, p. 400.)<br />

Hab : Farilhào gran<strong>de</strong>, dans les fentes <strong>de</strong>s rochers du versant<br />

­meridional. (Exsicc. n.° 46.)<br />

2 Sedum an<strong>de</strong>gavense DC. (Prodrom. ΠΙ, p. 406) var. florib. tetrameris.<br />

Hab : Berlenga : Fort. S. João Baptista. Rare. (Exsicc. n. os<br />

47<br />

et 1036.)<br />

XII Umbelliferae<br />

1 Crithmum maritimum L. (Willk. 1. c. Ill, p. 49.)<br />

Hab : abondant sur toutes les roches <strong>de</strong> l'archipel.<br />

2 Angelica pachycarpa Lge. (Descript. icon, plant, novar. tab. 9; Willk.<br />

1. c. Ill, p. 47).<br />

Hab : Berlenga : très abondant au N. et au S.O. <strong>de</strong> l'île; Carreiro<br />

dos Cações, Furado, Lagostcira, etc. (Exsicc. n. os<br />

49 et 1037.)


22<br />

3 Thapsia villosa L. (Wk. 1. c. Ill, p. 27.)<br />

var. latifolia et clissecta.<br />

Hab : Berlenga : au Ν. O. <strong>de</strong> l'île, Promontório do Penedo etc<br />

Exsicc. n.° 48.)<br />

. XIII Synanthereae<br />

1 Conyza ambigua DC. (Wk. 1. c. II, p. 34.)<br />

Hab: Berlenga: parties ari<strong>de</strong>s, peu commun. (Exsicc. n.° 50.)<br />

2 Filago gallica I. (Wk. 1. c. II, p. 156.)<br />

Hab : Berlenga : dans les granits désagrégés, rare. (Exsicc.<br />

n.° 51.) ,<br />

3 Pulicaria microcephala Lge. (n. sp.) In. Bull. Socied. Broter. 1880­1882<br />

p. 50, nota Ε. Conimb. 1883.)<br />

Hab : Berlenga : abondant à Filha Velha. (Exsicc. n. os<br />

52 et 1038.)<br />

Août. 1879. Dav! —Août. 1882. Zuqte Simões!<br />

4 Ormenis mixta DC. (Prodom. IV, p. 18.)<br />

Hab : Berlenga : parmi les pâturages. (Exsicc. n.° 53.)<br />

5 Senecio gallicus Chaix. (Wk. 1. c. II, p. 621.)<br />

Hab: Berlenga, <strong>de</strong>vant le phare. (Exsicc. n.° 53 bis.)<br />

6 Calendula algarbiensis Boiss. (Diag. pl. orient, ser. II, n.° 6, p. 106.)<br />

Hab : Berlenga : <strong>de</strong>vant le phare. (Exsicc. 55 et 1025.)<br />

» Farilhào : répandu sur le versant S. (Hxsicc. n.° 54.)<br />

7 Cryptostemma calendulaceuni R. Broivn. (DC. Prodr. VI, p. 495.)<br />

Arctotis tristis Brot. (Fl. lusit. I, p. 401.)<br />

Hab: Berlenga, ruines du «Mosteiro». (Exsicc. n.° 56.)<br />

8 Carlina hispânica Lamk. (Wk. I.e. II, p. 133.)<br />

Hab: Berlenga: N. <strong>de</strong> l'île «Promontório du Penedo». (Exsicc.<br />

n.° 57.)<br />

9 Crépis virens L. (Wk. 1. c. II, p. 248.)<br />

var. α. <strong>de</strong>ntata Bisch. (C. diffusa DC.)<br />

Hab : Berlenga : Parties incultes <strong>de</strong> l'IIha Velha. (Exsicc. n.° 59.)<br />

10 C. gaditana Boiss. (Voy. en Esp. p. 743.) ­<br />

Hab : Berlenga : abondant parmi les éboulis <strong>de</strong>vant le phare.<br />

(Exsicc. n. os<br />

58 et 1019.)<br />

11 Aetheorhiza bulbosa Cass. (Wk. 1. c. II, p. 244.)<br />

Hab : Berlenga, éboulis du « Carreiro do Mosteiro». (Exsicc. n.° 60.)<br />

12 Hypochaeris glabra L. (Wk. 1. c. II, p. 228.)<br />

var. «. genuina. Godr.)<br />

Hab: Berlenga: dans les éboulis, peu commun. (Exsicc. n.° 61.)<br />

13 Andryala Ficalheana Dav. (sp. n.) (In Bull. Soc. Broter; 1880­1882,<br />

p. 51, nota G, Coimbra 1883.)<br />

Hab : <strong>de</strong>vant le phare et dans Filha Velha. (Exsicc. n. 09<br />

62 et 927.)


23<br />

14 Thrincîa hispida Roth (?) (Wk. 1. c. II, p. 213.)<br />

Hab: Berlenga: Roches maritimes. (Exsicc. n. 09<br />

63, 64 et 1020.)<br />

OBSEHV. Cette plante diffère du Th. hispida Roth, par les feuilles épaisses et par la<br />

racine ligneuse. Plante certainement vivace, qui présente une variation à feuilles entières<br />

(Exsicc. n.° 63) et h feuilles sinuées <strong>de</strong>ntées (Exsicc. 64 et 1020).<br />

16 Picridium gaditanum ( Willk. 1. c. II, p. 232.)<br />

Hab : Berlenga : Carreiro do Mosteiro. (Exsicc. n.° 6S.)<br />

16 Sonchus oleraceus L. (Wk. 1. c. II, p. 242.)<br />

ß. lacerus Wallr.<br />

Hab: Farilhào: entre les roches, dans l'humus. (Exsicc. n." 66.)<br />

XIV Primulaceae<br />

1 Anagallis linifolia L. (Wk. 1. c. II, 648.)<br />

Hab: Berlenga:.abondant sur les pentes pierreuses. (Exsicc.n.° 67.)<br />

XV Convolvulaceae<br />

1 Cuscuta Epithymum L. (Wk. 1. c. II, p. 520.)<br />

Hab : Berlenga: au N.'«Promontório do Penedo.» (Exsicc. n.° 68.)<br />

Parasite sur le Thapsia villosa, Alyssum maritimum, etc.<br />

XVI Scrophularineae.<br />

1 Linaria Broussònetti Chav. (Wk. 1. c. II, p. 567.)<br />

Hab : Berlenga: sur le versant N. «Carreiro dos Cações». Exsicc.<br />

n. 09<br />

70 et 1026.)<br />

2 L. spartea Hoffm & Link. (Flore portugaise, p. 233, tab. 36.)<br />

β. praecox. Lye. (Wk. 1. c. II, p'. 564.)<br />

3 <strong>Digital</strong>is purpurea L. (Willk. 1. c. p. 589.)<br />

ß. tomentosa Webb.<br />

Hab : Berlenga: Sud. O. <strong>de</strong> l'île au «Furado Supérieur» au sommet<br />

<strong>de</strong> la «Cova do Somno» (Exsicc. n.° 71.)<br />

OBSERV. La plante <strong>de</strong> Berlenga est certainement vivace.<br />

4 Scrophularia sublyrata Brot. (Phil, lusit. II, tab. 147.)<br />

Hab: Berlenga: au N. du «Carreiro do Mosteiro» sur le versant<br />

Sud. <strong>de</strong> l'île. (Exsicc. n. 03<br />

72 et 1027.)<br />

XVII Borragineae<br />

1 Echium Davaei Rouy. (sp. nov.) (Diagnoses d'espèces nouv. pr. la 11. <strong>de</strong><br />

la péninsule — Naturaliste n." 47, 1.° décembre, 1882.)<br />

Hab: Berlenga: dans les éboulis <strong>de</strong>vant le phare. (Exsicc. n. os<br />

73<br />

; et 1016.)


24<br />

2 Anchusa granatensis Boiss. (Voy. bot. en Espagne, pag. 430, tab. 123.)<br />

Hab : Berlenga : sur les assises du sémaphore, rare. (Exsicc. n.° 74.N<br />

XVIII Solanaceae<br />

1 Solanum nigrum L. (Willk. 1. c, p. 526.)<br />

Hab : Berlenga : dans les décombres. (Exsicc. n.° 75.)<br />

XIX Orobaneheae<br />

1 Orobanche barbata Poir. (Wk. 1. c. II, p. 624.)<br />

Hab : Berlenga : <strong>de</strong>vant le phare. (Exsicc. n.° 76 bis.)<br />

OBSEBV. Cette espèce ainsi que la suivante croissent toutes <strong>de</strong>ux sur les racines du<br />

Calendula algarbiensis. L'O. barbata que l'on observe à Berlenga a les épis beaucoup<br />

plus laxiflores que ceux <strong>de</strong> l'O. barbata que l'on rencontre communément dans les<br />

terrains siliceux <strong>de</strong>s environs <strong>de</strong> Lisbonne, sur les racines du Convolvulus tricolor.<br />

2 0. minor Suit. (Wk. 1. c. II, p. 625.)<br />

Hab : Farilhào : versant méridional. (Exsicc. n.° 76.)<br />

XX Labiateae<br />

1 Stachys arvensis L. (Wk. 1. c. II, p. 442.)<br />

Hab : Berlenga : décombres et lieux incultes. (Exsicc. n." 77.)<br />

XXI Plumb agineae<br />

1 Armeria berlengensis Dav. (Sp. nov.)<br />

Souche ligneuse, très cœspiteuse, atteignant jusqu'à 50 et 60 cent,<br />

<strong>de</strong> diamètre.—Feuilles en rosette très <strong>de</strong>nse, les anciennes marcescentes<br />

sur la tige, les nouvelles planes, d'un vert clair, glabres, coriacées,<br />

oblongues .lancéolées acurninées, obscurément 5 nerviées, atténuées et<br />

violacées à la base. — Scapes nombreux assez longs, glabres, supportant<br />

<strong>de</strong>s capitules sub­globuleux, munis <strong>de</strong> gaines <strong>de</strong> 25 mm. <strong>de</strong> longueur.<br />

— Squames <strong>de</strong> l'involucre, très glabres, coriacées, bordées d'une membrane<br />

scarieuse : les extérieures lancéolées acurninées cuspidées, les<br />

intérieures largement ovales mucronées. — Bractéoles ovales, celles du<br />

centre dépassant le calice, les extérieures l'égalant. — Calice à tube<br />

entièrement velu ainsi que les nervures, prolongé en éperon à la base.<br />

Pédicelle glabre, égalant le tube du calice. — Limbe à lobes légèrement<br />

aristés, les lobes sont décurrents sur presque tout la longueur <strong>de</strong> l'arête<br />

et égalent le tube du calice. — Corolle gran<strong>de</strong>, rose.<br />

7?1 ·, , . • • c ,τ Λ ι lAoût 18791^<br />

rleurit <strong>de</strong> mai en J îuin, lruclme en août. .» .<br />

' (Mai 1883<br />

Λααnΐ-ϋαν.<br />

i<br />

Hab: Berlenga: crête <strong>de</strong> l'Ile entre le «Carreiro do Mosteiro» et<br />

le «Carreiro dos Cações». (Exsicc. n. os<br />

78 et 937.)


25<br />

2 A. berlengeiisis Dav. var. villosa Dav. (n. var.)<br />

Diffère du type par la pubescence <strong>de</strong> toutes ces parties et par sa<br />

corolle blanche ou rose très pâle.<br />

Hab: Berlenga: abondant sur le versant N. «Promontório do Penedo»,<br />

Carreiro dos Cações en société avec le type. (Exsicc.<br />

n. os<br />

79 et 1039. Mai. 1883.)<br />

OBSERV. L'éperon qui termine le calice chez cette espèce la classe dans la section<br />

«Macrocentron Boiss.» Par l'ensemble <strong>de</strong> ses caractères, cette plante nous parait<br />

<strong>de</strong>voir prendre place entre l'A. gaditana Boiss et l'A­ cinerea Boiss et Welw. Elle se<br />

rapproche en effet <strong>de</strong> l'A. gaditana, par la structure <strong>de</strong> son calice et surtout par<br />

ses feuilles; mais elle s'en éloigne par ses proportions bien moindres, son port et plusieurs<br />

autres caractères. Notre plante est plus proche <strong>de</strong> l'A­ cinerea, dont elle diffère<br />

cependant (le type) par sa glabriété, sa souche plus robuste, plus fournie, ses feuilles<br />

lancéolées plus rai<strong>de</strong>s plus étalées, planes, <strong>de</strong> 3 a 5 fois plus larges ; — ses gaines plus<br />

courtes, (25 ,nm<br />

au lieu <strong>de</strong> 34""") glabres ; enfin par les squames <strong>de</strong> l'involucre plus brusquement<br />

et plus longuement acurninées etc. etc.<br />

La variété villosa <strong>de</strong> t'A. berlegensis, qui s'en rapprocherait par sa pubescence, s'en<br />

distingue 1.° par les caractères différentiels du type, 2.° par ses fleurs pâles (L'A cinerea<br />

B. à. W. abondant au cap Carvoeiro près Peniche, a les fleurs d'un rose foncé.)<br />

XXII Plantagineae<br />

1 Plantago Coronopus L. (Wk. 1. c. II, p. 359.)<br />

Hab : Berlenga : éboulis ça et là dans l'île, assez répandu. (Exsicc.<br />

n.° 80.)<br />

2 P. Coronopus L. γ. maritima Gren. Sf Goar. (Fl. <strong>de</strong> France II, p. 272.)<br />

Hab : Berlenga : sentiers <strong>de</strong> l'île. (Exsicc. n.° 80 bis.)<br />

XXIII Polygoneae<br />

1 Rumex palustris Smith. (W r<br />

k. I. c. I, p. 283.)<br />

Hab: Berlenga: Fonte do Carreiro, Rare. (Exsicc. n.° 81.)<br />

2 R. Bucephalophorus L. (Wk. 1. c. I, p. 284.)<br />

Hab : Berlenga : pâturages et éboulis, commun. (Exsicc. n.° 82.)<br />

XXIV Chenopo<strong>de</strong>ae<br />

1 Beta maritima L. (Wk. 1. c. I, p. 274.)<br />

Hab: Berlenga: roches maritimes, éboulis, pâturages, assez répandu.<br />

(Exsicc. n. os<br />

83 et 84.)<br />

2 Suaeda fruticosa Forsk. (Wk. 1. c. p. 271.)<br />

Hab: Roches maritimes <strong>de</strong> tout l'archipel. (Berlenga! Farilhào!)<br />

(Exsicc. n.° 85.)


26<br />

3 Chenopodium album L. (Wk. 1. c. I, p. 271.)<br />

Hab : Berlenga : éboulis. (Exsicc. n.° 86.)<br />

4 C. murale L. (Wk. 1. c. I, p. 273.)<br />

Hab : Berlenga : éboulis. (Exsicc. n.° 87.)<br />

5 Atriplex hastata L. (Wk. 1. c. I, p. 268.)<br />

ß. opposifolia Moq. Tand.<br />

Hab : Berlenga : versant Nord. (Exsicc. n.° 88.)<br />

XXV Euphorbiaceae<br />

1 Mercurialis annua L. (Wk. 1. c. Ill, p. 509.)<br />

var. ambigua J. Muell.<br />

Hab : Berlenga : décombres. (Exsicc. n.° 89.)<br />

2 Euphorbia segetalis L. (Wk. 1. c. Ill, p. 499.)<br />

var. littoralis. (E. Portlandica L.)<br />

Hab: Berlenga: très abondant parmi les éboulis (Exsicc. n.° 91.)<br />

Uha Berlenga pr. Peniche. Zuqte Simões !<br />

3 E. Characias?<br />

Hab : Berlenga : Promontório do Penedo. Rare. (Exsicc. n.° 90.)<br />

XXVI TJrticeae<br />

1 Urtica membranacea Poir. (Wk. 1. c. I, p. 251.)<br />

Hab : Farilhào : abondant. (Exsicc. n.° 92.)<br />

Monocotyledoneae<br />

XXVII Liliaceae<br />

1 Allium Ampeloprasum L. (Wk. 1. c. I, p. 209.)<br />

Hab : Berlenga : ao N. do phare. (Exsicc. n.° 95.)<br />

XXVIII Smilaceae<br />

1 Asparagus marinus Clus. (Wk. 1. c. I, p. 198.)<br />

Hab: Berlenga: «Promontório do Penedo». (Exsicc. n.° 96.)<br />

XXIX Iricleae<br />

1 Trichonema Columnœ Rchb. (Wk. 1. c. I, p. 145.)<br />

Hab : Berlenga : Ilha Velha. (Exsicc. n.° 93.)


27<br />

XXX Amarylli<strong>de</strong>ae<br />

1 Narcissus obesus Salisb. (Wk. 1. c. I, p. 151.)<br />

Hab : Berlenga : «Promontório do Penedo», dans l'humus entre les<br />

roches. (Exsicc. n.° 94.)<br />

XXXI Gr amine ae<br />

1 Polypogon subspathaceus Req. (Wk. 1. c. I, p. 57.)<br />

Hab : Berlenga : Encosta do forte.<br />

» Farilhào: dans les éboulis. (Exsicc. n.° 100.)<br />

2 P. maritimus Willd. (Wk. c. I, p. 57.)<br />

Hab: Berlenga: granits désagrégés. (Exsicc. n.° 101.)<br />

3 Lagurus ovatus L. (Wk. 1. c. I, p. 58.)<br />

Hab : Berlenga : parmi les pâturages. (Exsicc. n.° 99.)<br />

4 Avena barbata Broth. (Flora lusit. I, p. 108.)<br />

Hab : Berlenga : dans les céréales auprès do fort S. Jean Baptiste.<br />

(Exsicc. n.° 110.)<br />

5 Holcus lanatus L. (Wk. 1. c. I, p. 74.)<br />

Hab: Berlenga: dans les pâturages. (Exsicc. n. os<br />

102 et 103.)<br />

6 Dactylis hispânica Both. (Hackel, Catalogue raisonné <strong>de</strong> graminées du<br />

Portugal, page 23.)<br />

Hab : Berlenga : éboulis granitiques. (Exsicc. n.° 104.)<br />

» Farilhào : dans les interstices <strong>de</strong>s rochers. (Exsicc. n. os<br />

105<br />

et 106.)<br />

OBSERV. Le n.° t(M a les feuilles enroulées, la panicule lobée plus développée que<br />

celles <strong>de</strong>s n. os<br />

105 et 106. Ceux-ci, ont le feuilles glauques, planes, larges, <strong>de</strong> 3 a 4<br />

millim , à bords calleux. Les chaumes sont feuilles jusqu'à la panicule qui a 55 millim.<br />

<strong>de</strong> long sur 15 mill <strong>de</strong> large.<br />

7 Vulpia ciliata link, (Wk. 1. c. I, p. 91.)<br />

Hab : Berlenga : pâturages. (Exsicc. n.° 97.)<br />

8 Bromus maximus Desf. (Fl. Atlant. I, p. 95, tab. 26.)<br />

Hab : Berlenga : parties incultes. (Exsicc. n.° 109.)<br />

9 Desmazeria loliacea Nym. (Wk. 1. c. I, p. 112.)<br />

Hab : Berlenga : sentier conduisant au fort. (Exsicc. n. 03<br />

et 1015.)<br />

Hab : Farilhào : interstices <strong>de</strong>s roches. (Exsicc. n.° 108.)<br />

10 Lolium temulentum L. (Wk. 1. c. I, p. 114.)<br />

Hab ; Berlenga : parmi les céréales. (Exsicc. n." 98.)<br />

107


28<br />

Y< JO t y 1 eclo M oao vasculares<br />

XXXII Filices<br />

1 Asplenium raarinum L. (Wk. 1. c. I, p. 6.)<br />

Hab : Berlenga : fentes <strong>de</strong>s roches humi<strong>de</strong>s au S. <strong>de</strong>s Berlengas.<br />

(Exsicc. n. os<br />

112 et 1014.)<br />

2 Pteris Aquilina L. (Wk. 1. c. I, p. 4.)<br />

Hab: Berlenga: Promontório do Penedo, rare. (Exsicc. n.° 111.)<br />

Acotylecloneae cellular es 1<br />

Hepaticae<br />

Frullania dilatata N. ab E. (mélangée avec le Parmelia perlata).<br />

Algae<br />

I Conferveae<br />

1 Cladophora pellucida Kg.<br />

Creux <strong>de</strong>s roches au S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 10.)<br />

2 C.IIutchinsiae Dillw.<br />

S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 15.)<br />

3 Stypocaulon scoparium Kg.<br />

S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 50.)<br />

II Spnacelarieae<br />

III TJlvaceae<br />

4 Uiva latíssima Kg.<br />

Derrière le fort S. J. Baptiste. (N.° 16.)<br />

5 Enteromorpha compressa Grev.<br />

Derrière le fort. (N.° 23.)<br />

1<br />

IV Enter omorp ne ae<br />

Ces algues proviennent toutes <strong>de</strong>s roches <strong>de</strong> l'île Berlenga.


29<br />

V Vaucheriae<br />

6 Bryopsis plumosa Huds. (?)<br />

Au Sud. <strong>de</strong> l'île. (N.° 33.)<br />

7 Valonia macrophysa Kg.<br />

Assez abondant au S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 20.)<br />

VI Codieae<br />

8 Codium tomentosum Ag.<br />

Cova do Somno, ao S. 0. <strong>de</strong> l'île. (N.° 17.)<br />

9 ITalyseris polypodioi<strong>de</strong>s Ag.<br />

Cova do Somno. (N.'° 38.)<br />

VII Dictyoteae<br />

VIII Laminarieae<br />

10 Hafgygia digitata Kng.<br />

Sud. E. <strong>de</strong> l'île. (N." 24 et 25.)<br />

IX Fuceae<br />

11 Himanthalia lorea Lyngb.<br />

Au Sud. <strong>de</strong> l'île. (N.° 51.)<br />

12 Fucus caniculatus L.<br />

Très abondant au pieds <strong>de</strong>s ruines du «Mosteiro» sur les roches<br />

découvertes à marée basse. (N.° 22.)<br />

X Cystoseireae<br />

13 Cystoseira ericoi<strong>de</strong>s Ag.<br />

Très abondant au Sud. <strong>de</strong> l'île et a la «Cova do Somno.»<br />

(N.° 1.)<br />

XI Ceramieae<br />

14 Echinoceras ciliatum Kg.<br />

Sud­Ε. <strong>de</strong> l'île. (N.° 12.)<br />

XII Spongiteae<br />

15 Melobesia amplexifrons Dan.?<br />

Cova do Somno. — Carreiro do Mosteiro. (N.° 27.)<br />

16 Spongites agariciformis Kg.<br />

Sud­Est <strong>de</strong> l'île. (N.° 52.)


30<br />

XIII Corallineae<br />

17 Amphiroa rígida Lamrx.<br />

Roches découvertes à marée basse, abondante au Furado. (N.° 56.)<br />

18 Corallina squamata EU. el Sol.<br />

Abondant, creux <strong>de</strong> rochers. (N. os<br />

1θ Jania rubens Lamrx.<br />

Sud­Est <strong>de</strong> l'île. (N.° 54.)<br />

20 Jania longifurca Zanard.<br />

S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 55.)<br />

21 Euhymenia reniformis Kg.<br />

Cova do Somno. (N.° 42.)<br />

22 Callophyllis laciniata Kg.<br />

S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 34.)<br />

23 Calliblepharis ciliata Kg.<br />

S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 26.)<br />

XIV Gigartineae<br />

XV Rhynahococceae<br />

XVI Gelidieae<br />

18 et 14.)<br />

24 *Gelidium corneum Lamrx.<br />

Cova do Somno, S. E. <strong>de</strong> l'île, excessivement abondant. (N. os<br />

3,<br />

4, 5, 6, 8, 9, 27.)<br />

25 Sphaerococcus confervoi<strong>de</strong>s Ag.<br />

S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 7.)<br />

XVII Sphaerococoeae<br />

XVIII Polysiphonieae<br />

26 Polysiphonia fruticulosa Knzg.<br />

Est. du Carreiro do Mosteiro. (N. os<br />

14, 40.)<br />

27 P. variegata Kg.<br />

Derrière le fort S. J. Baptiste. (N.° 11.)<br />

XIX Chondrieae<br />

28 Laurentia hybrida Lenorm. (in Duby.)<br />

Creux <strong>de</strong>s rochers S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 13.)<br />

29 L. paniculata Kg.<br />

Creux <strong>de</strong>s rochers S. E. <strong>de</strong> l'île. (N.° 43.)


31<br />

XX Plocamieae<br />

30 Plocamium coccineum Kng.<br />

Creux <strong>de</strong>s rochers. (N.° 21.)<br />

Lichenes<br />

Rocella tiiicloria DC.<br />

R. fuciformis Ach.<br />

Ramalina scopulorum Ach.<br />

R. polymorpha Ach.<br />

Cladonia furcata Hjfm.<br />

Parmelia perlata Ach. var. ciliata Scher.<br />

Endocarpon miniatum L.<br />

Lichinia pygmaea Ag.<br />

Novembre, 1883.<br />

J. Daveau.


II<br />

Oon.tr*ifou.itloiies a cl floram mycologicam<br />

lizsitaiiioam<br />

SERIES V»<br />

Auct. Dr. Georg. Winter<br />

Antes <strong>de</strong> apresentar aos especialistas, no seguinte opúsculo, a V serie<br />

das Contribuitiones ad Floram Mycologicam lusitanicam, seja-me permittido<br />

dizer algumas palavras da historia da sciencia mycologica em Portugal<br />

para o que me servirei d'alguns apontamentos que <strong>de</strong>vo á bonda<strong>de</strong> do<br />

sr. Adolpho Fre<strong>de</strong>rico Moller, muito digno inspector do Jardim Botânico<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Muito pouco conhecimento havia dos cogumelos <strong>de</strong> Portugal antes<br />

da publicação d'estas Contribuitiones. O dr. Brotero foi o primeiro que, na<br />

sua Flora Lusit., II, (Olisipone, 1804), apresentou alguns cogumelos portuguezes.<br />

Menciona este auctor 54 espécies distribuídas em 16 géneros<br />

(Agaricus 16 esp., Boletus 6 esp , Phallus 1 esp., Telephora 3 esp.,<br />

Hydnum 2 esp., Helvella 1 esp., Clathrus 1 esp., Peziza 5 esp., Cyathella<br />

3 esp., Clavaria 3 esp. (uma das quaes, Clavaria hauri, é o nosso Exobasidum<br />

hauri), Lycoperdon 6 esp., Tuber 1 esp., Sphaeria 1 esp., Reticulata<br />

1 esp., Mucor 3 esp., Tremella, (indicada como Alga), 1 esp.).<br />

Quasi durante meio século nada se escreveu, que nos conste, a respeito<br />

da Flora Mycologica Portugueza. Só em 1853 publicou Berkeley (Rev. M.<br />

J.) um folheto intitulado An enumeration of the Fungi collected in Portugal,<br />

1842-1850, by Fried. Welwitsch, with brief notes and <strong>de</strong>scriptions of<br />

the new species. Este trabalho contém 74 espécies <strong>de</strong> cogumelos, entre<br />

os quaes se apresentam como novos os seguintes : Dothi<strong>de</strong>a duríssima,<br />

Gymnosporium inquinam, Phylloslicla Ceratoniae, Perisporium nilidiãum,<br />

1<br />

Ser. I. conf. in Journal <strong>de</strong> Sciencias Malhematicas, Physicas e Naturaes, n.°XXlV.<br />

Lisboa, 1878. — Sers. II-III-1V. in O Instituto, <strong>de</strong> Coimbra, vol. XXVJI, 187!) et<br />

1880, vol. XXXIII, 1880-1881, vol. XXXI 1883-1884.)<br />

\


33<br />

Phoma Erylhrynae, Valsa Welwitschii, Septoria Pisi, Phoma Cacti. A estes<br />

reunem-se ainda os seguintes : Phylloslicla hematocycla e Ph. Draconis,<br />

Sphaeropsis crassipes, Septoria brumeola e Depazia crepidophora.<br />

O impulso mais importante para o conhecimento dos cogumelos <strong>de</strong><br />

Portuga] data <strong>de</strong> tempos mo<strong>de</strong>rnos sendo digno <strong>de</strong> menção muito honrosa<br />

o trabajho incansável do sr. Adolpho Fre<strong>de</strong>rico Moller, <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Primeiro citaremos as Contribuitiones ad Floram Cryptogamicam Lusitanicam<br />

: — Enumerado melhodica Algarum, Lichenum et Fungorum —<br />

Conimbricae, 1881; folheto on<strong>de</strong> são indicados 132 cogumelos pertencentes<br />

a maior parte á classe dos Hymenomycetos. Todos estes cogumelos<br />

foram <strong>de</strong>senhados pelo prof. J. Henriques, sendo os <strong>de</strong>senhos<br />

enviados ao dr. Hooker, director do Jardim Botânico <strong>de</strong> Kew e classificados<br />

pelo Rev. Berkeley e M. C. Cooke.<br />

A maior parte d'estes cogumelos são dos arredores <strong>de</strong> Coimbra on<strong>de</strong> o<br />

dr. J. Henriques, Moller e Ferreira os colligiram ; cerca <strong>de</strong> oito espécies<br />

foram colhidas nas visinhanças do Porto por W. Tait, uma em Aveiro e<br />

cinco em Cabeceiras <strong>de</strong> Basto pelo dr. J. Henriques.<br />

Um segundo trabalho mo<strong>de</strong>rno, que infelizmente ficou incompleto, foi<br />

publicado em 1877 por Mesnier (Pedro). Intitula-se Apontamentos para a<br />

Flora Portugueza — Plantas cellulares (Microfungi), centúria l, publicado<br />

no Jornal d'Horticultura pratica, vol. VIII, Porto, 1877. Apresenta 79<br />

espécies uma das quaes é nova a que chamou Brachycladium insigne<br />

Mesnier.<br />

Chegamos finalmente á obra <strong>de</strong> mais vulto sobre cogumelos portuguezes :<br />

as Contribuitiones ad Floram Mycologicam Lusitanicam, das quaes as très<br />

primeiras series foram organisadas pelo Barão <strong>de</strong> Thuemen, a quarta serie<br />

pelo prof. dr. G. von Niessl, ficando as restantes sob a minha responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Nas quatro series até hoje publicadas mencionam-se 688 espécies,<br />

sendo novas não menos <strong>de</strong> 153. A gran<strong>de</strong> maioria d'estas espécies é<br />

<strong>de</strong>vida ao sr. Moller, explorador a quem a Mycologia <strong>de</strong>ve hoje relevantes<br />

serviços. As espécies restantes foram colligidas pelos srs. dr. J. Henriques,<br />

P. G. Mesnier, E. da Veiga, bacharel A. D. Moreira Padrão e M.<br />

Ferreira.<br />

A quinta serie, que vai seguir-se, augmenta com 130 espécies o numero<br />

dos cogumelos conhecidos em Portugal enriquecendo-se a sciencia<br />

mycologica com 29 espécies novas. .<br />

Desta vez ainda o principal explorador foi o sr. Moller a quem damos<br />

os nossos sinceros agra<strong>de</strong>cimentos pelo seu trabalho incansável. Apenas<br />

um pequeno numero <strong>de</strong> indivíduos, a maior parte Hymenomycetos foi colligido<br />

pelo sr. José da Silva e Castro, très espécies apanhadas pelos srs.<br />

dr. J. A. Henriques, bacharel J. Mariz e bacharel J. M. Rosa <strong>de</strong> Carvalho.<br />

3


34<br />

É para notar que d'esta vez se não limitaram as hérborisaeões só ás visinhanças<br />

<strong>de</strong> Coimbra, pois que o sr. Moller trouxe uma collecção <strong>de</strong> cogumelos<br />

do norte <strong>de</strong> Portugal (serra do Gerez) e d'outros pontos do paiz,<br />

entre os quaes se acham algumas espécies até aqui <strong>de</strong>sconhecidas.<br />

Esperamos que em outras partes <strong>de</strong> Portugal e particularmente nas<br />

possessões ultramarinas, appareçam novos amadores da sciencia mycologica<br />

para a flora respectiva d'esse paiz ficar completamente conhecida.<br />

Lipzig (Saxonia), janeiro <strong>de</strong> 1884.<br />

Zygomicetes<br />

Dr. Georg Winter.<br />

689. Mucor Aspergillus Scop., Flora carniol. II, p. 494. — Syzygites megolocarpus<br />

Ehrb. Sylv. berol. p. 25. — Mucor Syzygites <strong>de</strong> Bary,<br />

Beitrage II, p. 33.<br />

.Ad Agaricos vetustos. Praia da Granja. 12.83. N.° 2293. Leg. J.<br />

<strong>de</strong> Castro.<br />

180. 6<br />

Peronosporei<br />

Pliythoplithora infcstans <strong>de</strong> By. in Journ. Roy. Agricult. Soc. II, vol. XII.<br />

1876. I, n.° 23.—­Peronospora infestans <strong>de</strong> By. in Ann. sc.<br />

nat. 1863. XX. Tab. 5.<br />

In Solani luberosi L. foliis vivis. Zombaria pr. Coimbra. 6.83.<br />

N.° 1537. Leg. Moller.<br />

Uredinei<br />

690. Uromyces Genistae tinctoriae (Pers.) Winter, Die Pilze Deutschl. I. p.<br />

146. — Uredo appendiculata γ. Genistae tinctoriae Pers., Synops.<br />

p. 222.<br />

In Coluleae arborescentis L. foliis vivis. Coimbra in horto botânico.<br />

9.83. N.° 1786. Leg. Moller.<br />

691. Pucciuia Asteris Duby, Botan. Gallic. II. p. 888.<br />

In Galaclilidis lomentosae Moench, foliis vivis. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr.<br />

Coimbra. 4.83. N.° 1507. Leg. Moller.


35<br />

50.* Pueciiiia Alla (DC.) Winter, Die Pilze Deutschl. I. p. 184. —Xiloraa<br />

Allii DC. Flore franc. VI. p. 82. p. p.<br />

In Allii sativi Lin. foliis vivis. Coimbra in horto botânico. 4.83.<br />

N.° 1485. — Ad Allii spec, prope Ponte dos Asnos circa Coimbra.<br />

6.83. N.° 1506. Leg. Moller.<br />

692. Puccinia Tanaccti DC, Flore franc. II. p. 222.— Puccinia Absinthii<br />

DC, Encyclop. VIII. p. 245. — Caeoma Artemisiae Lin. in<br />

Linné, Spec, plant. VI. 2. p. 19.<br />

In Artemisiae spec, folia viva. Coimbra in horto botânico. 11.83.<br />

N.° 1875. Leg. Moller.<br />

693. Puccinia Pimpiaellae (Strauss) Winter, Die Pilze I. p. 212. — Puccinia<br />

Heraclei Grev., Scott. Crypt. Flora taf. 42.<br />

Ad Heraclei Sphondylii Lin. folia viva. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr.<br />

Coimbra. 4.83. N.° 1476. Leg. Moller.<br />

694. Gyuinosporangium juniperinum (L.)<br />

I. Accidium: Ceralitium cornutum Roth, in Botan. Zeitg. 1851.<br />

p. 452.<br />

Ad Aroniae rotundifoliae Pers. folia viva prope Borrageiro (Serra<br />

do Gerez); altid. 1380 m<br />

. 8.83. N.° 1712. — Ad Sorbi Aucuparia<br />

L. folia viva : Preza (Serra do Gerez) ; altid. 1200 m<br />

. 8.83.<br />

N.° 1709. Leg. Moller.<br />

40. c<br />

Cronartium asclcpiailcum (Willd.) Fries, Observ. mycol. I. p. 220.<br />

In Vinceloxici oßcinalis Moench foliis vivis prope Caldas do Gerez ;<br />

altid. 350 m<br />

. 8.83. N.° 1716. Leg. Moller.<br />

249. c<br />

Mclampsora populina (Jacq.) Tub in Ann. sc. natur. 1854. I. p. 93.<br />

In Popule albae Lin. foliis vivis. Coimbra ad vias publicas. 8.83.<br />

N.° 1769. Leg. Moller.<br />

Tremellinei<br />

»<br />

695. Calocera cornea (Batsch) Fries, Syst. I. p. 486. p. p.<br />

Ad Populi tremulae L. lignum putridum. Choupal pr. Coimbra.<br />

10.82. N.° 1798. Leg. Moller.<br />

Glavariei<br />

696. Clavaria cristata (Holmskiold) Pers., Synops. p. 591.<br />

Ad terram prope Praia da Granja. 11.83. N.° 1927. Leg. José<br />

da Silva e Castro.<br />

Thelephorei<br />

697. Exobasidium Lauri Geyler in Botan. Zeitg. 1874. p. 321. — Clavaria<br />

Laury Bory.<br />

Ad Lauri nobilis L. ramos. Quinta do Espinheiro prope Coimbra.


36<br />

1.83. N.° 1513. et Quinta <strong>de</strong> Santa Cruz circa Coimbra. 7.83.<br />

N.° 1646. Leg. Moller.<br />

491.* Cypbella villosa (Pers.) — Peziza villosa Pers., Synops. p. 655.<br />

Ad Heraclei Sphondylii L. caules pútridos. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr.<br />

Coimbra. 4.83. N.° 1319. Leg. Moller.<br />

698. Corticium quercinum (Pers.) Fries, Epicris. p. 563.<br />

Ad Quercus ludlanicae Lam. ramos áridos. Pousada pr. Sernache<br />

dos Alhos. 12.82. N.° 2027. Leg. Moller.<br />

699. Sterenm sanguinolenlum (Alb. et Schew.) Fries, Epicris. p. 549.<br />

Ad corticem Pini prope Praia da Granja. 11.83. N.° 1878. Leg.<br />

J. <strong>de</strong> Castro.<br />

700. Craterellus pusillus Fries, Epicris. p. 533.<br />

Ad terram. Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Canas prope Coimbra. 11.83.<br />

N.° 1850. Leg. Moller.<br />

Hydnei<br />

701. Hydnum graveolens (Pers.) Fries, Epicris. p. 509.<br />

Ad terram. Praia da Granja. 11.83. N.° 1880. Leg. J. <strong>de</strong> Castro.<br />

702. Hydnum scrobiculalum Fries. Observ. I. p. 148.<br />

Ad terram prope Praia da Granja. 11.83. N.° 1851. Leg. J. <strong>de</strong><br />

CaStrO. ( ihr.iHV! • (\\<br />

703. Hydnum repandum L., Flora suec. N.° 1258.<br />

Ad terram: Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Cannas pr. Coimbra. 11.83. N.°<br />

1909. Leg. Moller.<br />

Polyp orei<br />

97. Ä<br />

Polyporus hirsutus (Schrad.) Fries, Syst. I. p. 367.<br />

Ad arbores pr. Coimbra. 4.77. Leg. Moller.<br />

704. Polyporus fraxineus (Bull.) Fries, Syst. I. p. 374.<br />

Quinta <strong>de</strong> Santa Cruz pr. Coimbra. 2.77. Leg. Moller.<br />

259.* Polyporus igniarius Fries, Syst. I. p. 375. var. pomaceus Pers., Observ.<br />

II. p. 5.<br />

Ad Pruni avium L. truncum: Quinta das Maias pr. Coimbra, et<br />

ad Prunum domesticam L. : cerca <strong>de</strong> S. Bento pr. Coimbra.<br />

11.83. N.° 1914 et 15. Leg. Moller.<br />

705. Polyporus applanatus (Pers.) Wallr. Flora crypt. German. II. p. 591.<br />

Ad arbores prope Coimbra. 4.76. Leg. Moller.<br />

481.* Polyporus adustus (Willd.) Fries. Syst. I. p. 363.<br />

Ad Populi tremulae L. truncos. Choupal pr. Coimbra. 10.83.<br />

Ν." 1852. Leg. Moller.


37<br />

706. Polyporus Schweinizii Fries, Syst. Ii p. 331.<br />

Ad Pini marilimae Brot, (non Lamk.) truncos vetustos. Zombaria<br />

prope Coimbra. 12.83. N.° 2283. Leg. Moller.<br />

261. b<br />

Fistulina hepática (Huds.) Fries, Syst. I. p. 396.<br />

Ad Quercus pendiculatae Ehrh. truncos prope Boa Vista circa<br />

Coimbra. 10.83. N.° 1806. Leg. Moller.<br />

707. Boletus granulatus Lin. Flora suec. N.° 1249.<br />

Ad terram. Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Canas pr. Coimbra. 11.83. Leg.<br />

Moller.<br />

.i'HUi *M ΜΛ ; Agaricini<br />

708. Cantharellus aurantiacus (Wulf.) Fries, Syst. I. p. 318.<br />

Ad terram pr. Praia da Granja. 11.83. N.° 1881. Leg. J. <strong>de</strong><br />

Castro.<br />

709. Agaricus (Psalliota) campestris Lin., Flora suec. N.° 1205.<br />

Ad terram prope Coimbra frequens. Autumno. Leg. Moller.<br />

82. 6<br />

Agaricus (Psalliota) arvensis Schaeffer, ícones, taf. 310.311.<br />

Ad terram. Coimbra in horto botânico frequens. 10.83. Leg.<br />

Moller.<br />

710. Agaricus (Clilocybe) laccatus Scop., Flora earn. II. p. 444.<br />

Ad terram in pinetis. Zombaria pr. Coimbra et Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong><br />

Canas pr. Coimbra. 11.83. Leg. Moller.<br />

711. Agaricus (Armillaria) mellcus Flora dan. taf. 103.<br />

Ad terram. Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Canas pr. Coimbra. 11.83. Leg.<br />

Moller.<br />

712. Agaricus (Amanita) asper Fries, Syst. I. p. 18.<br />

Ad terram. Praia da Granja. 12.83. N.° 1882. Leg. J. <strong>de</strong> Castro.<br />

713. Agaricus (Amanita) muscarius Lin., Flora suecica. N.° 1235.<br />

Ad terram in pinetis: Zombaria et Penedo da Melancholia prope<br />

Coimbra. 11.83. Leg. Moller. — Prope Praia da Granja. 12.83.<br />

N.° 1883. Leg. J. <strong>de</strong> Castro.<br />

74. 6<br />

Agaricus (Amanita) phalloï<strong>de</strong>s Fries, Syst. I. p. 13.<br />

Ad terram: Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Cannas prope Coimbra. 11.83.<br />

Leg. Moller.<br />

714. Agaricus (Amanita) cacsarcus Scop., Flora earn. II. p. 419.<br />

Ad terram. Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Canas prope Coimbra. 11.83. Leg.<br />

Moller.<br />

Phalloi<strong>de</strong>i<br />

715. Phallus impudicus Linn., Flora suec. N.° 1261.<br />

Ad terram inter arbores. Cerca <strong>de</strong> S. Bento et Quinta <strong>de</strong> Sauta<br />

Cruz pr. Coimbra. Autumno hiemeque. Leg. Moller.


38<br />

716. Clatliriis cancellatus Lin., Syst. vcget. p. 1017.<br />

Ad terram inter arbores. Prope Cidra! et S. Antonio dos Olivaes<br />

circa Coimbra etiamque in horto botânico. Aestate et autumno.<br />

Leg. Moller.<br />

Hymenogastrei<br />

717. Hydnangium carneum Wallr. in Dietrich, Flora boruss. VII. Taf. 465.<br />

Ad terram. Baleia pr. Coimbra. 12.83. N.° 1983. Leg. Moller.<br />

718. Rhizopogon luteolus Fries, Symb. Gast. p. 5.<br />

Ad terram in pinetis. Zombaria pr. Coimbra. 11.83. N.° 1985.<br />

645. b<br />

Leg. Moller. _ . „ r<br />

Rhizopogon rubescens Tul. in Giorn. bot. Ital. II. p. 58.<br />

In pinetis. Zombaria et Baleia prope Coimbra. 12.83. N. os<br />

1984<br />

et 2264. Leg. Moller. V­'q'T · i.a­<br />

Sclero<strong>de</strong>rmei<br />

719. Sclero<strong>de</strong>rma Geaster Fries, Syst. III. p. 46.<br />

Ad terram pr. Quinta das Monicas et prope Baleia circa Coimbra.<br />

12.83. Ν. 03<br />

1985 et 1986. Leg. Moller.<br />

720. Polysaccum Pisocarpium Fries. Syst. III. p. 54.<br />

Ad terram pr. Bussaco. 8.83. N.° 1623. Leg. Mariz.<br />

721. Polysaccum crassipes DC, Rapport s. une voyage dans l'ouest <strong>de</strong> la<br />

France. I. p. 8.<br />

Ad terram prope Coimbra. 1.83. N.° 2098. Leg. Moller.<br />

Tulostomei<br />

722. Tulostoma mammosum (Micheli) Fries, Syst. III. p. 42.<br />

Ad terram prope Coimbra. 1.83. N.° 2066. Leg. Moller.<br />

Lycoperdinei<br />

723. Lycopcrdon gemmatum Batsch, Elenchus p. 147.<br />

var. echinatum Pers., Dispos, p. 53.<br />

In pinetis prope Coimbra. 2.83. N.° 2177. Leg. Moller.<br />

724. Lycoperdou gemmatum Batsch, Elenchus p. 147.<br />

var. papillalum Schaeff., Icônes taf. 184.<br />

Ad terram prope Praia da Granja. 11.83. Ν." 1853. Leg. J. <strong>de</strong><br />

Castro.<br />

725. Lycoperdoii constellatnm Fries, Symb. Gasterom. p. 7.<br />

Ad terram. Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Canas prope Coimbra. 11.83.<br />

N.° 1809. Leg. Moller.


500. 6<br />

125. 6<br />

39<br />

Nidulariei<br />

Crucibulum vulgare Tui. in Ann. sc. nat. III. Série. I. Bd. p. 89.<br />

Ad Eucalypti globuli Labill. corticum putridum. Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong><br />

Canas pr. Coimbra. 11.83. N.° 1916. Leg. Moller.<br />

Cyathus vernicosus (Bull.) DC, Flore franc. II. p. 270. —Cyathus<br />

Olla Pers., Synops. p. 237.<br />

Ad terram prope Coimbra. 4.78. Leg. Moller.<br />

Erysiphei<br />

726. Spliaerolheca pannosa (Wallr.) Lév. in Ann. sc. nat. III. Sér. XV.<br />

p. 138.<br />

Ad Rosarum cultarum folia petiolosque. Coimbra in horto botânico.<br />

6.83. N.° 1487. Leg. Moller.<br />

Perisporlei<br />

727. Sleliola Penzigii Sacc, Sylloge I. p. 70.<br />

Ad Citri medicae Risso folia viva. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr. Coimbra.<br />

1.83. N.° 2043. Leg. Moller.<br />

Microtliyriei<br />

309. b<br />

Myiocopron Srailacis (<strong>de</strong> Not.) Sacc, Sylloge Π. p. 660.—Microthyrium<br />

Smilacis <strong>de</strong> Not., Microm. ital. Dec. IV. p. 22. fig. IV.<br />

Ad Smilacis maurilanicae Lin. sarmenta árida. Matta d'Alcarraques<br />

pr. Coimbra. 4.83. N.° 1498. Leg. Moller.<br />

728. Microtliyriura microscopicum Desm. in Ann. sc. nat. II. Sér. tome XV.<br />

p. 138.<br />

Ad folia arida Buoci sempervirentis L. Coimbra in horto botânico.<br />

1.83. N.° 2152. Leg. Moller.<br />

Hypocreacei<br />

729. Gibbcrella Saubinetii (Mont.) Sacc, Michelia I. p. 513. — Gibbera<br />

Saiibinctii Mont., Sylloge p. 252.<br />

Ad Piplathcri multiflori Beauv. culmos aridos, prope Cellas circa<br />

Coimbra. 3.83. N.° 1324. — Ad Donacis arundinaccae Beauv.<br />

culmos aridos. Matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Canas pr. Coimbra. 11.83.<br />

N.° 1917. Leg. Mollor.<br />

666.' Cordyceps militaris Link, Handbuch. III. p. 347.<br />

In pinetis prope Coimbra. 2 83. N.° 2177. Leg. Moller.


179. b<br />

40<br />

Claviceps purpurea (Fries) Kuhn, Krankh. D. Kult. p. 115.<br />

forma sclerotioi<strong>de</strong>a : Sclerotium Clavus DC, Flore franc. VI.<br />

p. 115.<br />

In germinibus vivis Secalis cerealis L. prope Penedo da Meditação<br />

circa Coimbra. 6.83. N.° 1579. Leg. Moller.<br />

Sphaeriei<br />

730. Sphaerulina intermixta (B. et Br.) Sacc, Fungi, ital. taf. 347.—<br />

Sphaeria intermixta B. et Br. in Ann. and Magaz, of Nat.<br />

Hist. N.° 639. taf. XI. fig. 24.<br />

Ad Rubi frutkosi L. sarmenta árida. Zombaria prope Coimbra.<br />

1.83. N.° 2118. Leg. Moller.<br />

731. Spliaerella Clymenia Sacc. Michelia I. p. 35.<br />

In Lonicerae Periclymenum DC. foliis vivis. Prope Coimbra.<br />

1.83. N.° 2134. — Prope Manga da Maceira (Serra do Gerez.)<br />

770. altid. 8.83. N.° 1719. Leg. Moller.<br />

732. Sphaerclla Mygindae Winter, nova species.<br />

Perithecia <strong>de</strong>nse gregária, macula cinerea rotundato­difformia, 1­10<br />

mill, lata, interdum effusa et folii magnam partem occupanti,<br />

insi<strong>de</strong>ntia, primo immersa, <strong>de</strong>mum subsuperficialia, punctiformia,<br />

globosa, poro pertusa, atra, 80­90 p. diam. Asei elongato^<br />

obclavati, in stipitem brevem producti, 36­48 p. longi, infra mediam<br />

7 (A lati, sursum usque 5 p. attenuati. Sporae fusiformes,<br />

saepe parum inaequilaterales, bicellulares, cellula superiori parum<br />

latiori, hyalinae, inordinate distichae, 10­12 p. longae, 2, 5<br />

p. latae.<br />

Ad Mygindae pallentis Sm. folia árida. Coimbra, in horto botânico.<br />

1.83. N.° 20^2. Leg. Moller.<br />

733. Spliaerella Sophorae Winter, nova species.<br />

Perithecia in macula pallida, cxarida, fusco­atrocincta, 2­5 mill,<br />

lata, rotundata amphigena, immersa, ostiolo punctiformi perforata,<br />

globosa, fusca, 90­110 μ diam. Asei elongato­oblongi,<br />

sessiles, sursum vix attenuati, rotundati, 8­spori, 56­68 p.<br />

lg., 15­16 γ­ lati. Sporae subdistichae, oblongae, didymae,<br />

hyalinae, medio profun<strong>de</strong> constrictae, inaequilaterales, cellula<br />

superiori latiori, guttulatae, 15­17 p. longae, 7­8 p. latae.<br />

In Sophorae spc. foliis vivis. Coimbra, in horto botânico. 8.83.<br />

N.° 1775. Leg. Moller.<br />

734. Spliaerella sparsa (Wallr). Auersw, in Gonncrm. et Rabh., Mycolog.<br />

europ. V. p. 4. — Sphaeria sparsa Wallr., Flora, crypt. Germ,<br />

p. 772.


41<br />

In Quercus pedunculated Ehrh. foliis aridis. Matta <strong>de</strong> Alcarraques<br />

pr. Coimbra. 2.83. N.° 2165. Leg. Moller.<br />

Ceratostoinei<br />

735. Gnomonia setacea (Pers.) Ces. et <strong>de</strong> Not., Schema p. 232. — Sphaeria<br />

setacea Pers., Synops. p. 62.<br />

In maculis exaridis foliorum vivorum Quercus cocciferae Lin. Baleia<br />

prope Coimbra. 2.83. N.° 2152^. Leg. Moller.<br />

736. Gnomonia anstralis Winter, nova spec.<br />

Perithecia <strong>de</strong>nse sparsa, hypophylla, immersa, <strong>de</strong>mum errumpentia,<br />

globosa, membranacea, fusco­atra, 120­200 p. diam.<br />

metientia, rostro crasso, cylindrico, apice saepe parum compresso<br />

et incrassato, usque 180 ψ longo, 20 p. crasso instructa.<br />

Asei fusoi<strong>de</strong>o­elongati, 8­spori, 56r60 p. longi, 8­9 p. crassi.<br />

Sporae oblongae, utrinque parum attenuatae et rotundatae,<br />

inaequilaterales, bicellulares, 4­guttulatae, hyalinae, ad septum<br />

constrictae, 14­16 p. longae, 4­4,3 p. crassae.<br />

Ad Apolonias canariensis Nees folia árida. Coimbra, in horto bo 1<br />

­<br />

tanico. 1.83. N.° 2062. Leg. Moller.<br />

737. Gnomonia australis Winter.<br />

var. Lauri Winter.<br />

Perithecia gregária, in macula in<strong>de</strong>terminata, obscuriore hypophylla<br />

; asci <strong>de</strong>orsum in pedicellum brevem attenuati, usque 78<br />

p. longi ; sporae interdum usque 18 p. elongatae.<br />

Ad Lauri nobilis L. folia árida. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr. Coimbra.<br />

2.83. N.° 2160. Leg. Moller.<br />

Pleosporei<br />

738. Didymosphaeria Hakeae Winter, nova spec.<br />

Perithecia gregária, sine macula, immersa, <strong>de</strong>presso­globosa, ostiolo<br />

punctiformi prominulo instructa, membranacea, fusco­atra,<br />

0,25 mill. diam. Asci oblongo­cylindracei, utrique attenuati,<br />

in stipitem brevem producti, 8­spori, 55­75 α longi, 9­11 p.<br />

lati. Sporae distichae, oblongae, supra mediam uniseptatae et<br />

profun<strong>de</strong> constrictae, inaequilaterales, utrinque acuminatae, binucleatae,<br />

fuligineae 15­17 p. longae, 4,5­5 p. crassae. Paraphyses<br />

filiformes.<br />

Ad Hakeae salignae R. Br. folia árida rarissime. Matta <strong>de</strong> Valle<br />

<strong>de</strong> Canas pr. Coimbra. 11.83. N.° 1918. Leg. Moller.<br />

739. Leptospliaeria niyraiis (Rob.) Ces. et <strong>de</strong> Not, Schema p. 235.—<br />

Sphaeria nigrans Roberge in Desm. XIII. Notice in Ann. sc.<br />

nat. III, Sér. tome VI. p. 79.


42<br />

Ad Daclylidis hispanicae Roth, culmos aridos. Santa Clara pr.<br />

Coimbra. 4.83. N. p<br />

1559. Leg. Moller.<br />

740. Leptosphaeria Fuckelii Niessl in Osterr. botan. Zeitscht. 1882. N.° 11.<br />

Ad Piptalheri multißori Beauv. culmos aridos prope Cellas circa<br />

Coimbra. 3.83. N.° 1324 Leg. Moller.<br />

741. Leptosphaeria culmifraga (Frics) Ces. et <strong>de</strong> Not., Schema.' p. 235.—<br />

Sphaeria culmifraga Fries, Syst. II. p. 510. — Pleospora culmifraga<br />

Fuckel, Symb. p. 137.<br />

Ad Piptalheri multißori Beauv. culmos aridos prope Cellas circa<br />

Coimbra. 3.83. N.° 1324. Leg. Moller.<br />

742. Leptosphaeria Graminis (Fuckel) Sacc., Sylloge II. p. 76. — Pleospora<br />

Graminis Fuckel, Symbolae p. 139.<br />

Ad Arundinis Donacis Beauv. culmos pútridos. Cellas prope Coimbra.<br />

3.83. N.° 1342. Leg. Moller.<br />

743. Leptosphaeria arundinacea (Sow.) Sacc, Fungi Veneti. Sér. II. p. 320.<br />

— Sphaeria arundinacea Sow., Engl. Fungi taf. 336.<br />

Ad Arundinis Donacis Beauv. culmos aridos. Cellas pr. Coimbra.<br />

3.83. N,° 1342. Leg. Moller.<br />

744. Leptosphaeria nervisequa Winter, nova spec.<br />

Perithecia secus nervos primários sparsa, immersa, <strong>de</strong>mum parum<br />

prominentia, globosa, ostiolo punctiformi prominulo instructa,<br />

membranacea, atra, 250­260 μ, diam. Asei e basi ventricosa<br />

sursum attenuati, sessiles, 8­spori, 60­70 p. longi, usque 23 p.<br />

(in parte inferiori) lati, paraphysibus numerosis, filiformibus<br />

obvallati. Sporae inordinate distichae, oblongae, inaequaliter<br />

didymae, 4­septatae, medio profun<strong>de</strong>, ad alia septa parum<br />

constrictae, parte superiore 12­14 p. longa, 6­7 p. lata, biseptata,<br />

parte inferiore 8­9 p. longa, 4­5,25 p. lata, uniseptata,<br />

hyalina.<br />

Ad Smilacis Pseudo­chinae Lin. folia arida rarissime. Coimbra in<br />

horto botânico. 2.83. N.° 2158. Leg. Moller.<br />

745. Leptosphaeria Iransiucens W T<br />

inter, nova spec<br />

Perithecia subsparsa, tecta, translucentia, sub­globosa, ostiolo punctiformi<br />

epi<strong>de</strong>rmi<strong>de</strong>m perforantia, fere coriacea, atra, 0,2­0,24<br />

mill. diam. Asci cylindracei, <strong>de</strong>orsum parum attenuati, sessiles,<br />

75­95 p. longi, 10­11 p. crassi, 8­spori. Sporae distichae, cylindraceae,<br />

utrinque rotundatae, interdum parum curvatae,<br />

6­cellulares, cellula quarta (ab asci apice numerata) perparum<br />

incrassata, mellcae, <strong>de</strong>mum fuscae, 21­24 p. longae, 5­6 p.<br />

crassae. Paraphyses fdiformes, ascos supcrantes.<br />

Ad folia arida Furcroyae. Coimbra, in horto botânico. 2.83.<br />

N.° 2146. Leg. Mollcr,


43<br />

746. Pleospora Dianthl <strong>de</strong> Not., Sferiacei ital. N.° 80.<br />

Ad caules aridos Dianlhi Coryophylli L. Zombaria pr. Coimbra.<br />

1.83. N.° 2100. Leg. Moller.<br />

747. Pleospora vaijans Niessl, Notiz, ub. Pyrenom. p. 14 in Verh. d. naturf.<br />

Ver. in Brunn. XIV. Band.<br />

varietas c. Airae Niessl, 1. c. p. 15.<br />

Ad culmos aridos Piptatheri multißori Beauv. pr. Cellas circa<br />

Coimbra. 3.83. N.° 1324. Leg. Moller.<br />

30l. c<br />

Pleospora herbarum (Rabh.) Niessl, Notizen p. 29.<br />

Ad caules aridos Campanulae Rapunculi L. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr.<br />

Coimbra. 12.82. N.° 2029.—­Ad folia Kennedyae ovatae Sims.<br />

Coimbra in horto botânico. 2.83. N.° 2217. Leg. Moller.<br />

748. Pyrenopliora trichosloma (Fries) Fuckel, Symbolae p. 215. — Sphaeria<br />

trichostoma Fries. Syst. IL p. 504.<br />

Ad Dactylidis hispanicac Roth, culmos aridos. Santa Clara prope<br />

Coimbra. 4.83. N.° 1559. Leg. Moller.<br />

Clypeosphaeriei<br />

409/ Trabutia qucrcina (Fries et Rud.) Sacc. et Roumeg. in Revue mycol.<br />

N." 9. p. 27.<br />

Ad Quercus humilis Lam. folia viva. Zombaria pr. Coimbra. 3­83.<br />

N.° 2228. Leg. Moller.<br />

Sordarieae<br />

749. Sordaria fimicola (Rob.) Ces. et <strong>de</strong> Not., Schema p. 226. — Sphaeria<br />

fimicola Rob. in Desmaz., XVII. Not. N.° 40. in Ann. sc. nat.<br />

III. Sér. tom. XL p. 353.<br />

Ad fimum cuniculorum in pinetis pr. Coimbra. 11.83. N.° 1919.<br />

Leg. Moller.<br />

750. Podospora setosa (Winter) Niessl in Hedwigia 1883. p. 156. — Sordaria<br />

setosa Winter. Die <strong>de</strong>utschen Sordarien p. 33 in Abh. d.<br />

Naturf. Ges. zu Halle. XIII.<br />

Ad fimum cuniculorum in pinetis pr. Coimbra. 11.83. N.° 1919.<br />

Leg. Moller.<br />

Lasiosphaeriei<br />

751. Rosselinia aquila (Fries) <strong>de</strong> Not., Sferiac. p. 21. taf. 18. — Sphaeria<br />

aquila Fries, Syst. II. p. 442.<br />

Ad Piri communis L. et Mali L. ramulos val<strong>de</strong> pútridos. Cerca <strong>de</strong><br />

S. Bento pr, Coimbra. 12.83. Ν·° 1987. Leg. Möller-


Lophiostomei<br />

752. Lopliiostoma semiliberura (Desm.) Ces. et <strong>de</strong> Not., Schema p. 220.—<br />

Sphaeria semilibera Desmaz. in Ann. sc. nat. III. Sér. VI. p. 78.<br />

Ad Piptatheri multißori Beauv. culmos aridos prope Cellas circa<br />

Coimbra. 3.83. N.° 1324. Leg. Moller.<br />

753. Lopliiostoma Mollerianum Winter, nova spec.<br />

Perithecia in macula exarida, grisea, anguste fusce­cincta, irregulari<br />

hypophylla, sparsa, immersa, sub­globosa, ostiolo compresso,<br />

integro, prominulo instructa, membranacea, fusco­atra,<br />

200­260 μ diam. Asci cylindracei, <strong>de</strong>orsum attenuati, 78­88<br />

μ longi, 9 μ crassi, 8­spori, paraphysibus filiformibus, aequilongis<br />

obvallati. Sporae distichae, fusoi<strong>de</strong>o­biconicae, uniseptatae, ad<br />

septum profun<strong>de</strong> constrictae, hyalinae, 4­guttulatae, utrinque<br />

appendiculis brevissimis, rotundatis, ca. 1 μ longis praeditae,<br />

14­16 μ longae, 5 μ crassae.<br />

Ad Quercus cocciferae L. folia viva. Baleia pr. Coimbra. 2.83.<br />

N.° 2152. Leg. Moller.<br />

OBSBBV. Macula aliena vi<strong>de</strong>tur. Ostiolum sub microscópio brevissime fimbriatum.<br />

754. Melomastia Friesii Nitschke in Fuckel, Symbolae, Nachtr. I. p. 306.<br />

— Sphaeria mastoi<strong>de</strong>a Fries, Syst. II. p. 463.<br />

Ad Fuchsiae arborescentis Sims, ramulos aridos. Coimbra in horto<br />

botânico. 4.83. N.° 1650. Leg. Moller.<br />

Cucurbitarieae<br />

755. Coelospbaeria suberis Winter, nova spec.<br />

Perithecia sparsa vel gregária, superficialia, absque subiculo, lentiformia,<br />

<strong>de</strong>mum collapso­concava, atra, rugulosa et parcissime<br />

pilis brevissimis fuscis, articulatis, obsita, 0,23­0,26 mill. diam.<br />

Asci cylindracei, utrinque parum attenuati, sessiles, 8­spori,<br />

80­90 μ longi, 10 μ crassi, paraphysibus filiformibus obvallati.<br />

Sporae inordinate distichae, allontoi<strong>de</strong>ae, fere semiorbiculatim<br />

curvatae, hyalinae, continuae, 17­23 μ longae, 3,5 μ crassae.<br />

Ad Quercus Suberis L. corticem. Lomba da Arregaça pr. Coimbra.<br />

4.83. N.° 1657. Leg. Moller.<br />

Valsei<br />

756. Valsa salicina (Pers.) Fries, Summa veget. Scandin. p. 412.—<br />

Sphaeria salicina Pers., Observ. mycol. I. p. 64.<br />

Ad Salicis albae L. ramulos áridos, prope Coimbra. 2.83. N.° 2179.<br />

Leg. Moller. .>


45<br />

757. Eutypa flavovirens (Hoffm.) Tulasne, Carpolog. II. p. 57. — Sphaeria<br />

flavovirens Hoffm., Veget. Crypt. I. p. 10. taf. II. fig. 4.<br />

Ad Lauri nobilis L. ramulus pútridos. Matta d'Alcarraques pr.<br />

Coimbra. 4.83. Ν." 1662. Leg. Moller.<br />

758. Diaporthe (Euporthe) Tulasnei Nitschke, Pyrenom. germ. p. 274.<br />

Forma Gallegae Winter.<br />

Differt a forma typica : ostiolis interdum val<strong>de</strong> elongatis, nodulosis<br />

flexuosisque ; sporidiis parum crassiöribus, semper medio contrictis.<br />

— An species nova ?<br />

In Gallegae officinalis Lin. caulibus pútridos, cum spermogoniis —<br />

Phoma Galegae Thumen, Contribuitiones HL N.° 570. Coimbra<br />

in horto botânico. 2,83. N.° 2140 et 2205. Leg. Moller.<br />

759. Diaporthe (Euporthe) Dulcamarae Nitschke, Pyrenom. Germ. p. 250.<br />

Fungus spermogonium — Phoma Dulcamarae Sacc, Michelia II.<br />

p. 272 (non Thumen !)<br />

Ad Solani Dulcamarae L. ramulos aridos. Coimbra, in horto botânico.<br />

1.83. Ν." 2069. Leg. Moller.<br />

760. Diaporthe (Tetrastaga) Lebiseyi (Desmaz.) Niessl. Beitr. z. Kennt, d.<br />

Pilze, p. 54. — Sphaeria Lebiseyi Desm. in Ann. sc. nat. II. Sér.<br />

tome XV. p. 144.<br />

In ramulis aridis Aceris Negundinis Lin. Coimbra in horto botânico.<br />

1.83. N.° 2123. Leg. Moller.<br />

Melogrammei<br />

761. Valsaria donacina <strong>de</strong> Not., Schema p. 205.<br />

Ad Donacis arundinaceae Beauv. culmos aridos. Zombaria pr.<br />

Coimbra. 4.83. N.° 1666. Leg. Moller.<br />

281. b<br />

Valsaria imitira Ces. et <strong>de</strong> Not., Schema p. 205.<br />

Ad Robiniae Pseudacaciae L. ramulos pútridos. Cerca <strong>de</strong> S. Bento<br />

prope Coimbra. 4.83. Leg. Moller.<br />

514. fc<br />

Diatrypei<br />

Diatrypella quercina (Pers.) Nitschke, Pyrenom. p. 71. — Diatrype<br />

quercina Fries, Summa p. 385. — Sphaeria quercina Pers.,<br />

Synops. p. 24.<br />

Ad Quercus lusilanicae Brot, ramulos pútridos. Pousada pr. Sernache<br />

dos Alhos. 12.82. N.° 2027. Leg. Moller.<br />

Xylariei<br />

762. Hypoxylon rubiginosum (Pers.) Fries, Summa p. 384. — Sphaeria rubiginosa<br />

Pers., Synops. p. 11.


46<br />

Ad lignum putridum. Matta <strong>de</strong> Alcarraques prope Coimbra. 2.83.<br />

N.° 2185. Leg. Moller.<br />

133.6 Xyiaria Hjpoxylon Grev., Flora Edin. p. 355.<br />

Ad Lauri nobilis L. ramos aridos. Matta d'Alcarraques pr. Coimbra.<br />

4.83. N.° 1671. Leg. Moller.<br />

Dothi<strong>de</strong>acei<br />

763. Phyllachora betulina (Fr.) Fuckel, Symb. p. 217. — Xyloma betulinum<br />

Fries, Observ. I. p. 198.<br />

Ad fíelulae pubescentis Ehrh. folia viva prope Borrageiro (Serra do<br />

Gerez) altitud. 1380 m<br />

. 8.83. N.° 1725. Leg. Moller.<br />

Phacidiaeei<br />

764. Propolis alba Fries, Summa veg. Scand. p. 372.<br />

Ad Eucalyptus globuli Labill. corticem putridum. Matta <strong>de</strong> Valle<br />

<strong>de</strong> Canas pr. Coimbra. 1.83. Leg. Moller.<br />

277. 6<br />

Lopho<strong>de</strong>rmium peliolieolum Fuckel, Symbolae p. 255.<br />

Ad Quercus pedunculatae Ehrh. folia arida. Matta <strong>de</strong> Alcarraques<br />

pr. Coimbra. 2.83. N.° 2165. Leg. Moller.<br />

765. Lopho<strong>de</strong>rmium abbrevialum (Rob.) — Hysterium culmigenum abbreviatum<br />

Rob. in Desmaz., Exsicc. II. N.° 171.<br />

Ad Hold lanati L. culmos aridos. Zombaria pr. Coimbra. 4.83.<br />

131. 6<br />

oll. 6<br />

Ν.· 1683. Leg. Moller.<br />

Lopho<strong>de</strong>rmium arundinaceum Chev., Flore, paris. I. p. 435.<br />

Ad folia pútrida Donacis arundinaceae Beauv. pr. Sete Fontes<br />

circa Coimbra. 3.83. N.° 1690. Leg. Moller.<br />

Ailouraphum Donacis Niessl in Thumen, Contribuitiones III. p. 25.<br />

Ad Donacis arundinaceae Beauv. culmos aridos. Cellas pr. Coimbra.<br />

3.83. N.° 1342. Leg. Moller.<br />

OBSEBV. Secundum observationes meas sporae sunt 10 μ. longae, 4 μ crassae!<br />

672. 6<br />

Steyia Ilicis (Chev.) Fries, Summa, p. 370.<br />

Ad Llicis Aquifolii Lin. folia arida. Pr. Leonte, Serra do Gerez,<br />

altitud. 825 m<br />

. 8.83. N.° 1711. Leg. Moller.<br />

Patellariaeei<br />

271.'' Lccanidion atrum Rabh., Deutschl. Krypt. Flora I. p. 342.<br />

Ad Piptatheri multißori Beauv. culmos aridos prope Cellas circa<br />

Coimbra. 3.83. N.° 1324. Leg. Moller.<br />

766. Sphinctrina tiibaeformis Massai., Mem. Lieh. p. 155.<br />

Ad Quercus lusitanicae Brot, ramulos aridos in thallo Perlusarcae<br />

parasitans. Pouzada pr. Sernache. 12.82. N.°2027. Leg. Moller.


122. 6<br />

123. 6<br />

47<br />

Helvellacei<br />

HelveHa lacnnosa Afzel. in Act. Holm. 1783. p. 303.<br />

In pinetis prope Coimbra. 2.83. N.° 2177.'Leg. Moller.<br />

Leotia lúbrica Pers., Synops. p. 613.<br />

In pinetis prope Coimbra. 1.83. N.° 2097. Leg. Moller.<br />

Spori<strong>de</strong>smiacei<br />

8* Melanconium sphaerospermum Lk. in Lim, Spec, plant. VI. 2. p. 91.<br />

In culmis aridis Piptatheri multißori Beauv. Cellas circa Coimbra.<br />

3.83. N.° 1324. Leg. Moller.<br />

Dematiei<br />

211. h<br />

Cercospora beticola Sacc. in Nuovo Giorn. Botan. Ital. VIII. 1876.<br />

p. 189.<br />

Ad Betae vulgaris L. folia viva prope Villa Nova <strong>de</strong> Famalicão.<br />

1883. Leg. J. <strong>de</strong> Castro.<br />

767. Cercospora bicolor Winter, nova spec.<br />

Caespites minutissimi, punctiformes, atri, in macula exarida, in<br />

pagina foliorum superiore fusca, margine concentrice griseo­zonata,<br />

in pagina inferiore cinerea, area viridula, lata circumdata<br />

ctiamque lineis concentricis obscurioribus notata, rotundata vel<br />

irregulari, usque 8 millim. lata hypophylli. Hyphae <strong>de</strong>nsissime<br />

fasciculatae, breves, olivaceae, simplices, erectae, parum favulosae,<br />

22­35 p. longae. Sporae filiformes, sursum parum attenuatae,<br />

olivaceae, remote septatae, usque 80 p. longae, 3,5 p.<br />

crassae.<br />

Ad Coccolobiae sagiltaefoliae Orteg. folia viva. Coimbra, in horto<br />

botânico. 10.83. Ν." 1813. Leg. Moller.<br />

768. Cercospora circumscissa Sacc, Fungi Veneti novi V. p. 189.<br />

Ad Pruni spinbsae L. folia viva pr. Cellas circa Coimbra. 6.83.<br />

N.° 1599.—In Pruni domesticae Lin. foliis vivis. Cerca <strong>de</strong><br />

S. Bento pr. Coimbra. 8.83. N.° 1747. Leg. Moller.<br />

16. 6<br />

Cercospora <strong>de</strong>pozeoi<strong>de</strong>s (Desmaz.) Sacc, Fungi Veneti V. p. 187.—<br />

Exosporium <strong>de</strong>pozeoi<strong>de</strong>s Desm., in Ann. sc nat. XI. 1849.<br />

p. 364.<br />

In foliis vivis Sambuci nigrae Lin. Cidral pr. Coimbra. 6.83.<br />

N.° 1491. Leg. Moller.<br />

769. Cercospora Ecbii Winter, nova spec.<br />

Caespites sparsi,. minutissimi, in macula exarida, fusca, centro<br />

pallidiori, rötundato­angulata vel irregulari, hypo­rarius epiphylli.<br />

Hyphae fasciculatae, erectae, parum torulosae, simplices,


48<br />

palli<strong>de</strong> fuscae, remote septatae, 40-60 p. longae, 5 p. crassae.<br />

Sporidia elongata, sursum paullulum attcnuata, remote 3-8<br />

septata, hyalina, usque 80 p. longa, 3,5 p. crassa.<br />

Ad Echii tubcrculali Lk. folia viva. Villa Franca pr. Coimbra.<br />

7,83. N.° 1726. Leg. Moller.<br />

770. Cercospora Molleriana Winter, nova spec.<br />

Maculae amphigenae, fuscae, rotundatae seu irregulares, saepe<br />

confluentes, non raro marginales et totam marginem occupantes,<br />

exaridae et <strong>de</strong>mum in centro expallescentes, griseae, 4 usque<br />

20 (et ultra) millim. latae. Caespituli amphigeni, <strong>de</strong>nse sparsi,<br />

minuti, errumpentes. Hyphae e stromate pulvinato, minuto,<br />

fusco-atro ortae, brevissimae, simplices vel semel ramosae, torulosae,<br />

fuscae, vix septatae, 26 p. ca. longae, 3-4 p. crassae.<br />

Conidia longissime cylindracea, apicem versus longe attenuata,<br />

multiseptata guttulataque, saepe curvata, usque 95 p. longa,<br />

3,5 p. crassa, subolivacea.<br />

Ad Arbuti longifoliae Lois, folia viva. Coimbra in horto botânico.<br />

2.83. N.° 2166. Leg. Moller. —Ad Arbuti Unedinis Lin. folia<br />

viva languidave prope Caldas do Gerez. 315 m<br />

. altit. 8.83.<br />

\° 1722. Leg. Moller.<br />

771. Cercospora Periclymeni Winter, nova spec.<br />

Maculae amphigenae, fuscae, in pagina foliorum superiore saepe<br />

parum tuberculosae, centro pallescentes, griseae, <strong>de</strong>terminatae,<br />

rotundatae vel angulatae, 2-4 mill, latae. Hyphae fasciculatae,<br />

hvpophyllae, breves, apicem versus parum torulosae, non vel<br />

uni-(rarius bi-) septatae, ílavo-fuscae, 30-35 p. longae, 3-5<br />

p. crassae. Sporidia elongato-cylindrica, initio utrinque rotundata,<br />

<strong>de</strong>mum sursum attenuata, plerumque subcurvata, palli<strong>de</strong> grisea,<br />

1-2 septis transversalibus praedita, 20-40 p. longa, 3-5 p. crassa.<br />

In Lonicerae Periclymeni Lin. foliis vivis prope Vidoeiro, Serra do<br />

Gerez ; 400 m<br />

. altit. 8.83. N.° 1727. Leg. Moller.<br />

208. b<br />

Cercospora Planlaginis Sacc. in Michelia I. p. 267.<br />

In Planlaginis lusitanicae Lin. foliis vivis pr. Sete Fontes circa<br />

Coimbra. 6.83. N.° 1578. Leg. Moller.<br />

772. Cercospora scan<strong>de</strong>ns Sacc. et Winter in Winter, Fungi europaei et<br />

extraeuropaei exsicc. N.°<br />

In Tami communis L. foliis languidie. Cellas circa Coimbra. 6.83.<br />

N.° 1575, et cerca <strong>de</strong> S. Bento pr. Coimbra. 8.83. N.° 1748.<br />

Leg. Moller.<br />

773. Cercospora Violae Sacc, Fungi veneti novi. Ser. V. p. 187.<br />

Ad Violae odoralae Lin. folia viva. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr. Coimbra.<br />

2.83. N.° 2209. Leg. Moller.


4-9<br />

774. Cercospora zonata Winter, nova spec.<br />

Caespites gregarii, in macula magna (usque 12 millim. lata), fuscopurpurea,<br />

concentrice zonata, centro pallidiore, plerumque epiphylli.<br />

Hyphae vulgo breves, simplices, torulosae, fuscae, 26-44<br />

p. longae, 6-8 p. crassae. Sporidia filiformi-clavata, apice parum<br />

attenuate, hyalina, plerunque 4-septata, 40-63 p. longa, 4-6 p.<br />

crassa.<br />

Ad Viceae Fahae Lin. folia viva, pr. Coimbra. 3.83. N.° 2251..<br />

Leg. Moller.<br />

775. Ma emporium concentricum Winter, nova spec.<br />

Caespites <strong>de</strong>nse sparsi, tenuissimi, in macula medio exarida, pallida,<br />

viridi-fusce late marginata et pluribus lineis, concentrice<br />

dispositis, circumdata, amphigeni. Hyphae fasciculatae, erectae,<br />

torulosae, palli<strong>de</strong> fuscae, remote septatae, ad septa constrictae,<br />

simplices, 50-70 p. longae, 5, ad basin 7 p. crassae. Sporae<br />

elongato-clavatae, in apice cylindrica attenuatae, palli<strong>de</strong> fuscae,<br />

muriformi septatae, magnitudine val<strong>de</strong> varia 35-100 p. longae,<br />

15-18 p. crassae.<br />

In Phylolaccae <strong>de</strong>candrae Lin. foliis vivis. Choupal prope Coimbra.<br />

447. b<br />

11.83. N.° 1920. Leg. Moller.<br />

Arthriuium sporophleum Kunze et Schmidt, Mycol. Hefte. II. p. 104.<br />

Ad Junci effusi Lin. culmos aridos. Ribeira <strong>de</strong> Coselhas pr. Coim­<br />

bra. 3.83. N.° 1662. Leg. Moller.<br />

450. 6<br />

Trichotlieciuiu roseum Link, Observ. I. p. 16.<br />

Ad Phormii lenacis Lin. folia pútrida. Villa Nova <strong>de</strong> Famalicão.<br />

1883. N.° 1855. Leg. J. <strong>de</strong> Castro.<br />

776. Mystrosporium aterrinium Berk, et Curt, in Ravenel, Fungi Cor. exs.<br />

IV. 86.<br />

Ad Smilacis mauritanicae Poir. sarmenta pútrida. Casal do Theodore<br />

pr. Coimbra. 4.83. N.° 1705. Leg. Moller.<br />

777. Ramularia calcca (Desmaz.) Cés. in Klotzsch, Herbar., myc. 1681.—<br />

Fusisporium calceum Desm.,' in Ann. sc. nat. II. Sér. tome XVII.<br />

p. 93.<br />

In Glechomae he<strong>de</strong>raceae Lin. foliis languidis. Quinta do Espinheiro<br />

pr. Coimbra. 7.83. N.° 1749. Leg. J. M. Rosa <strong>de</strong> Car-,<br />

29. 6<br />

221. 6<br />

valho.<br />

Raraularia láctea (Desmaz.) Sacc, Michelia II. p. 549. —Fusisporium<br />

lacteum Desm. in Ann. sc. nat. III. Sér. tome XIV. p. 109.<br />

Ad Violae odoratac Lin. folia viva languidave. Cerca <strong>de</strong> S. Bento<br />

pr. Coimbra. 2.83. N.° 1519. Leg. Möller. — Coimbra, in horto<br />

botânico. 6.83. N.° 2209. Leg. Moller.<br />

Raraularia Lampsanae Sacc, Fungi ital. taf. 995.—Cylindrium Cordae<br />

4<br />

v


50<br />

Sacc, Fungi veneti Sér. V. p. 186.—Fusidium cylindricum<br />

Cda., Joon. I. 1. Tab. ΐ. Fig. 52.<br />

Ad Lapsanae communis Lin. folia viva. Boa Vista pr. Coimbra.<br />

6.83. N.° 1550. Leg. Moller.<br />

778. Ramularia purpurascens Winter, nova spec.<br />

Maculae arescendo pallidae, griseae vel albidae, late fusce marginatae<br />

et area latíssima, purpurascente, in<strong>de</strong>terminata circumdatae,<br />

angulato-rotundatae seu irregulares, 5-7 millim. diam.<br />

Caespites amphigeni, minutissimi, atri. Hyphae fasciculatae, e<br />

stromate pulviniformi, minuto, fusco, celluloso ortae, hyalinae,<br />

simplices, brevissimae. Conidia cylindrical utrinque acuminata,<br />

continua vel spurie uniseptata, hyalina, 7-26 p. longa, 3 p.<br />

crassa.<br />

In Nardosmiae fragrantis Reich, foliis vivis. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr.<br />

Coimbra. 1.83. N.° 2110. Leg. Moller.<br />

779. Ramularia pratensis Sacc, Fungi ital. 998. — Ejus<strong>de</strong>m Michelia II.<br />

p. 550.<br />

Ad Rumicis AceioseUae Lin. folia viva pr. Caldas do Gerez; altit.<br />

350. 8.83. N.° 1728. Leg. Möller.<br />

780. Ramularia Primulae Thum, in Osterr. botan. Zeitsch. 1878. p. 147.<br />

In foliis vivis Primulae acaulis Jacq. pr. Caldas do Gerez. 315.<br />

altit. 8.83. N.° 1746. Leg. Moller.<br />

781. Ramularia Tulasnei Sacc, Michelia I. p. 536.<br />

In Fragariae vescae L. cultáe foliis vivis. Quinta do Espinheiro pr.<br />

446. 6<br />

lS. b<br />

Coimbra. 5.83. N.° 1512. Leg. Moller.<br />

Ramularia Urticae Ces. in Fresenius, Beitr. p. 89.<br />

Ad folia viva Urlicae ãioicae Lin. Rangel pr. Coimbra. 6.83.<br />

N.° 1581. Leg. Moller.<br />

Ramularia variabilis Fuckel,* Symb. p. 361.<br />

Ad folia viva Verbasci pulverulenti Vill. Boa Vista et Villa Franca<br />

pr. Coimbra. 7.83. Leg. Moller. — Ad Scrophulariae sambucifoliae<br />

Lin. folia viva. Quinta do Espinheiro pr. Coimbra. 3.83.<br />

N.° 2245. Leg. Moller. — In foliis vivis <strong>Digital</strong>is purpureae Lin.<br />

pr. Caldas do Gerez; altit. 315. 8.83. N.° 1729. Leg. Moller.<br />

216. b<br />

Ovularia obliqua (Cooke) Ou<strong>de</strong>mans in Hedwigia 1883. p. 85.—<br />

Peronospora obliqua Cooke, Microscopic Fungi p. 160. — Ramularia<br />

obovata Fuckel, Symbol, p. 103.<br />

Ad folia viva Rumicis oblusifolii Lin. pr. Lconte (Serra do Gerez)<br />

825. altit. 8.83. N.° 1756. Leg. Moller.<br />

782. Acrostalagmus cinnabarinus Corda, Icon. II. p. 15, Taf. 10. Fig. 66.<br />

Ad Betae vulgaris L. folia pútrida pr. Villa Nova <strong>de</strong> Famalicão.<br />

1883. N.° 1854. Leg. J. <strong>de</strong> Castro.


51<br />

Stilb ei<br />

783. StilLum fimctarium (Pers.) Berk, et Br. in. Ann. and Magaz. Natur.<br />

Hist. N.° 4-94.—Helotium fimetarium Pers., Synops. p. 678.<br />

Ad fimum cuniculorum in pinetis pr. Coimbra. 11.83. N.° 1919.<br />

Leg. Moller. — Ad fimum caninum pr. Zombaria circa Coimbra.<br />

11.83. N.° 1963. Leg. Henriques.<br />

Hymenulacei<br />

784. Leptoslroma discosioi<strong>de</strong>s Winter, nova spec.<br />

Perithecia clypeata, plerumque orbicularia, interdum conlluentia,<br />

niti<strong>de</strong> atra, ca. 120-200 p. lata, in macula palli<strong>de</strong> lutea, in<strong>de</strong>terminata<br />

et irregulari, plerumque secus nervos primários expanse<br />

gregária, hypophylla. Spermatia minutíssima, bacillaria,<br />

hyalina, continua, 3,5 p. longa, 0,8 p. crassae.<br />

Ad Lagerslroemiae indicae Lin. folia arida. Coimbra, in horto botânico.<br />

1.83. N.° 2060. Leg. Moller.<br />

785. Glueosporiura Mygindae Winter, nova spec.<br />

Stromata sparsa, immersa, punctiformia, parum concava, <strong>de</strong>mum<br />

<strong>de</strong>nudata, fusco-atra, 130-150 p. lata, non maculicola. Conidia<br />

oblonga, basin vesus parum attenuate, hyalina, continua, intus<br />

granulosa seu guttulis 2-3 oleosis praedita, 14-21 p. longa,<br />

5,25-7 p. crassa, hyphis simplicibus, sublongis, hyalinis suffulta.<br />

Ad Mygindae pallentis Sm. folia arida. Coimbra, in horto botânico.<br />

1.83. N.° 2072. Leg. Moller.<br />

786. Gloeosporium nobile Sacc, Michelia II. p. 153.<br />

Ad Lauri nobilis Lin. folia viva. Matta d'Alcarraques pr. Coimbra.<br />

2.83. N.° 2211. Leg. Mollerr—Prope Agua do Gallo (Serra do<br />

Gerez), altit. 350. 8.83. N.° 1730. Leg. Moller.<br />

787. Marsonia Castagnei (Desm. et Mont.) Sacc, Michelia II. p. 119.—<br />

Gloeosporium Castagnei Desm. et Mont, in Ann. sc. nat. III.<br />

. Sér. tome XII. p. 295.<br />

Ad Populi albae Lin. folia viva. Prope Coimbra. 8.83. N.° 1769.<br />

Leg. Moller.<br />

236.* Marsonia Juglandis (Lib.) Sacc, Fungi ital. N.° 1065.—Leptothyrium<br />

Juglandis Lib., Cryptog. Ar<strong>de</strong>n. N.° 164.<br />

Ad Juglandis regiae Lin. folia viva. Pousada pr. Coimbra. 6.83.<br />

N.° 1590. Leg. Moller.<br />

788. Vermicularia trichellä Fries, Summa veget. Scand. p. 420.<br />

Ad He<strong>de</strong>rae Helicis Lin. folia viva. Cerca <strong>de</strong> ïhomar pr. Coimbra.<br />

8.83. N.° 2231. Leg. Moller.


52<br />

Phyllostictei<br />

789. Discosia clypeata <strong>de</strong> Not. in Fres., Beitraege p. 68.<br />

Ad Aspho<strong>de</strong>li ramosi Lin. folia arida. Matta da Baleia pr. Coimbra.<br />

10.83. N.° 1820. Leg. Moller.<br />

790. Coniothyrium Informe Winter, nov. spec.<br />

Perithecia nunc immersa, <strong>de</strong>mum erumpentia, usque 300 p. diam.,<br />

nunc superficialia, 130-14-0 ύ diam., subglobosa, nitida, atra,<br />

membranacea, sub microscópio atro-violacea. Spore angulatoglobosae,<br />

fuscae, 5-7 p. diam.<br />

Ad Fourcroyae folia emortua. Coimbra, in horto botânico. 2.83.<br />

N.° 2146. Leg. Moller.<br />

791. Harknessia Moileriana Winter in Hedwigia 1883. N.° 2.<br />

Ad Eucalypti globuli Labill. folia ramulosque arida. Matta <strong>de</strong> Valle<br />

<strong>de</strong> Canas pr. Coimbra. 1.83. N.° 2092. Leg. Moller.<br />

570.* Phoma Galegae Thum, in Contrib. ad Mycolog. lusit. III. p. 40.<br />

In caulibus emortuis Gallegae officinalis Lin. Coimbra in horto botânico.<br />

2.83. N.° 2140 et 2205. Leg. Moller.<br />

OBSEBV. Fungus ascophorus=ZHoporifte Tulasnei Nitschke etiam non raro obvenit.<br />

792. Phoma Lebiseyi Sacc, Michelia I. p. 257.<br />

Ad ramulos emortuos Aceris Negundinis Lin. socio Fungi ascophori=Diaporthe<br />

Lebiseyi (Desmaz.) Coimbra in horto botânico.<br />

1.83. N. ü<br />

2123. Leg. Moller.<br />

793. Pyrenochaeta Stanhopeae Winter, nova spec.<br />

Perithecia amphygena, erumpentia, sine macula, gregária sparsave,<br />

atra, setis fuscis, saepe flexuosis continuis obsita. Spermatia<br />

oblongata vel cylindracea, utrinque rotundata, continua, guttulata,<br />

hyalina, 14-23 p. longa, 4-7 p. crassa.<br />

In Stanhopeae eburncae Lindl, foliis aridis. Coimbra in horto botânico.<br />

12.82. N.° 2005. Leg. Moller.<br />

OnsEBV. A Pyrenochacte nobili <strong>de</strong> Not. praecipue slerigmatibus brevioribus et<br />

simplicibus diversa»<br />

794. Leptothyrium maculicolum Winter, nova spec.<br />

Perithecia in macula magna, exarida, grisea, angustissime fusee<br />

cinda, angulata, 8-20 mill, lata* sparsa, epiphylla, disciformia,<br />

atra, sub-cutanea, ca. 0,25 mill. diam. Sporidia ovata, vel py-


53<br />

riformia, antice Iate rotundata, continua, pallidissime colorata,<br />

15­16 p. longa, 8­9 p. crassa.<br />

Ad Quercus suberis Lin. folia viva. Zombaria pr. Coimbra. 3.83.<br />

N.° 2256. Leg. Moller.<br />

795. Ascocliyta Auculiicola Winter, nova spec.<br />

Perithecia in macula arescendo­albida, fusce cincta, irregulari,<br />

usque 15 mill, lata, epiphylla, sparsa, lenticularia, <strong>de</strong>mum collabescentia,atra,<br />

80­90 p. diam. Sporidia oblonga, uniseptata,<br />

non constricta, hyalina, cumulata, palli<strong>de</strong> fuscescentia, 7­9 p.<br />

longa, 2,5 p. crassa.*<br />

Ad Aucubae japonicae Thumb, folia viva. Coimbra, in horto botânico.<br />

3.83. N.° 2236, Leg. Moller.<br />

796. Ascocliyta Molleriana Winter, nova spec.<br />

Maculae rotundatae seu irregulares, arescendo griseae, late fuscopurpureo<br />

cinctae, usque 12 mill. diam. Perithecia sparsa, epiphylla,<br />

membranacea, hemisphaerica, pertusa, pallida, 120­140<br />

p. diam. Sporidia oblonga, saepe medio parum angustata, utrinque<br />

rotundata, hyalina, <strong>de</strong>mum uniseptata, sed non constricta,<br />

9,5­12 p. longa, 3,5 p. crassa.<br />

Ad Digilalis purpureae Lin. folia viva pr. Leonte (Serra do Gerez),<br />

altit. 800 m<br />

. 8.83. N.° 1733. Leg. Moller.<br />

796. Ascochyta Twccdiana Winter, nova spec.<br />

Perithecia in macula exarida, palli<strong>de</strong> grisea, late fusco­purpureo<br />

cincta, rotundata seu irregulari, 4­20 mill, lata, sparsa, epiphylla,<br />

punctiformia, poro pertusa, membranacea, fusco­atra,<br />

50­60 υ. diam. Sporae oblongae seu bacillares, utrinque late<br />

rotundatae, medio vix vel perparum constrictae, hyalinae, spurie<br />

uniseptatae, 5 p. longae, 1,5 p. crassae.<br />

Ad Bignoniae Tweedianae Lindl, folia viva. Coimbra, in horto bo­<br />

tânico. 3.83. N.° 2242. Leg. Moller.<br />

592. 6<br />

Phyllosíicta Amlirosioidis Thumen in Contribut. ad floram mycol. lusit.<br />

III. p. 45.<br />

Ad Chenopodii Ambrosioidis Lin. folia viva. Villa Franca pr. Coimbra.<br />

6.83. N.° 1548. Leg. Möller.<br />

798. Pliyllosticta Aquilegiae Roumeg. et Pat., Revue Mycol. N.° 17. (Janvier<br />

1883). p. 28.<br />

Ad Aquilegiae vulgaris Lin. folia viva pr. Caldas do Gerez. 8.83.<br />

altit. 330 m<br />

. N.° 1738. Leg. Moller.<br />

164. 6<br />

Pliyllosticta hcdcricola Dur. et Mtg. in Montg., Sylloge. p. 279.<br />

Ad folia viva He<strong>de</strong>rae Helicis Lin. Cerca <strong>de</strong> Thomar pr. Coimbra.<br />

3.83. N.° 2247. Leg. Moller. — Prope Caldas do Gerez. 8.83.<br />

altit. S20 m<br />

. N.° 1755. Leg. Moller.


54<br />

799. Phyllosticta infuscata Winter, nova spec.<br />

Maculae <strong>de</strong>terminatae, irregulares, plerumque angulato-rotundatae,<br />

fuscidulae, margine obscuriose purpureo-fusco cinctae, <strong>de</strong>mum<br />

in centro albidae, usque 6 mill. diam. Perithecia sparsa, punctiformia,<br />

subglobosa, atra, membranacea. Sporae oblongae,<br />

interdum ovatae, hyalinae, continuae, 3,5-4,5 p. longae, 2 p.<br />

crassae.<br />

Ad Teucrii Scordii Brot, folia viva. prope Caldas do Gerez. 8.83.<br />

altit. 315 m<br />

. N.° 1760. Leg. Moller.<br />

800. Phyllosíicta Kennedyae W T<br />

inter, nova spec.<br />

Maculae irregulares, saepe confluentes, plerumque marginales, fuscescente-pallidae,<br />

<strong>de</strong>mum albescentes exaridaeque, fusco-cinctae.<br />

Perithecia hypophylla, sparsa, lenticularia, poro pertusa, fusca,<br />

96-105 p. diam. Sporidia elliptica, continua, hyalina, 7-9 p.<br />

longa, ca. 3,5 p. crassa.<br />

Ad Kennedyae ovatae Sims, folia viva. Coimbra, in horto botânico.<br />

2.83. N.° 2217. Leg. Moller.<br />

801. Phyllosticta Liriodcndri Thumen in Contribuz. alio studio <strong>de</strong>i funghi<br />

<strong>de</strong>l Litorale. I. p. 35.<br />

Ad Lirio<strong>de</strong>ndri lulipiferae Lin. folia viva. Coimbra, in horto botânico.<br />

7.83. N.° 1829. Leg. Moller.<br />

163. c<br />

Phyllosticta rnscicola Dur. et Mont. Flore Alger. I. p. 611.<br />

In Rusci aeuleali Lin. cladodiis vivis. Agua do Gallo. (Serra do<br />

Gerez). 8.83. altit. 350 m<br />

. N.° 1739. Leg. Moller.<br />

802. Phyllosticta Sterculiae Winter, nova spec.<br />

Maculae irregulares, angulatae, palli<strong>de</strong> ochraceae, <strong>de</strong>mum arescendo-candicantes,<br />

Iate et in<strong>de</strong>terminate violacée cinctae. Perithecia<br />

rara, subglobosa, fusca, epiphylla, 60-65 p. diam.<br />

Sporae oblongae vel clavatae, medio interdum preparum constrictae,<br />

spurie uniseptatae, hyalinae, 8-9 p. longae, 3 p.<br />

crassae.<br />

Ad Sterculiae heterophyllae Beauv. folia viva. Coimbra, in horto<br />

botânico. 2.83. N.° 2218. Leg. Möller.<br />

803. Phyllosticta Symphoricarpi Westd., Les Cryptog. d'après 1. stat. nat.<br />

p. 347.<br />

Ad Symphoricarpi racemosi Michx. folia viva. Quinta do Espinheiro<br />

pr. Coimbra. 8.83. N.° 1793. Leg. Moller.<br />

380.* Phyllosticta Syringae Westd. in Bull. Acad. d. se. Bruxelles. 1851.<br />

p. 400.<br />

Ad Syringae mdgaris Lin. folia viva. Quinta do Espinheiro pr.<br />

Coimbra. 8.83. N.° 1835. Leg. Moller.<br />

171. 6<br />

Septoria Acanthi Thum., Contrib. ad flor. mycol. Lusitan. I. p. 25.


SS<br />

Ad Acanthi mollis Lin. folia viva. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr. Coimbra.<br />

1.83. N.° 2105. Leg. Moller.<br />

804. Septoria Aceris Berk, et Br. in Ann. and Magaz. Nat. Hist. ΝΛ432.<br />

Ad Aceris Pseudoplatani Lin. folia viva pr. Cabril (Serra do Gerez).<br />

8.83. altit. 900 m<br />

. Leg. Moller.<br />

805. Septoria Staphysagriae Winter, nova spec.<br />

Perithecia in macula rotundato-angulata, <strong>de</strong>mum irregulari, medio<br />

pallida exaridaque, late fusco cincta, <strong>de</strong>terminata, amphigena,<br />

gregária, punctiformia, atra, 50-70 p. diam. Sporae bacillares,<br />

saepe parum curvatae, utrinque subattenuatae non γβΐ vix visibile<br />

uniseptatae, hyalinae, 10-16 p. longae, ^ p. crassae.<br />

Ad Delphini Staphysagriae Lin. folia viva. Serra d'Arrábida. 4.80.<br />

Leg. Möller.<br />

404. 6<br />

Septoria Dulcamarae Desmaz. in Ann. sc. nat. 1841. XV. p. 135.<br />

Ad Solani Dulcamarae Lin. folia viva. Motas do Mon<strong>de</strong>go. 7.83.<br />

N.° 1964. Leg. Moller.<br />

622.* Septoria Epilobii W r<br />

estd. in Bull. Acad. Brüx. 1852. XIX. 3.<br />

p. 120.<br />

Ad Epilobii ßaccidi Brot, folia viva pr. Leonte (Serra do Gerez).<br />

8.83. 800 m<br />

. altit. N.° 1717. Leg. Moller.<br />

806. Septoria Eupatorii Desmaz. in Ann. sc. nat. 1853. XX. p. 90.<br />

Ad Eupatorii canabinni Lin. folia viva, pr. Caldas do Gerez. 8.83.<br />

altit. 380 m<br />

. N.° 1740. Leg. Moller.<br />

807. Septoria lle<strong>de</strong>rae Desm. in Ann. sc. nat. 1843. XIX. p. 340.<br />

Ad He<strong>de</strong>rae Helicis Lin. folia viva, pr. Leonte (Serra do Gerez).<br />

8.83. altit. 800 m<br />

. N.° 1753. Leg. Moller.<br />

808. Septoria Lycopi Paperini in Rabenhorst. Fungi europ. N.° 2358.<br />

Ad Lycopi europaei Lin. folia viva. Rangel pr. Coimbra. N.° 1583.<br />

Leg. Moller.<br />

615. 6<br />

Septoria Polygonorum Desmaz. in Ann. sc. nat. 1842. XVII. p. 108.<br />

Ad folia viva Polygoni Persicariae Lin. Motas do Mon<strong>de</strong>go et<br />

Choupal pr. Coimbra. 7.83. N.° 1701. Leg. Moller.—In Polygoni<br />

serriäati Lag. foliis vivis. Alcarraques pr. Coimbra. 6.82.<br />

N.° 2084. Leg. Möller.<br />

809. Septoria quercina Desmaz. in Ann. sc. nat. 1847. VIII. p. 25.<br />

Ad Quercus pedunculalae Ehrh. folia viva prope Chão do Carvalho<br />

(Serra do Gerez). 8.83. altit. 1025 m<br />

. N.° 1758. Leg.<br />

Moller.<br />

620 6<br />

Septoria Rosae arvensis Sacc, Michelia I. p. 179. — Septoria rosana<br />

Thum., Contribui, ad flor. mycol. lusit. III. p. 52.<br />

Ad Rosae semperflorentis Desf. folia viva. Quinta do Espinheiro pr.<br />

Coimbra. 2.83. N.° 2149. Leg. Moller.


56<br />

611. 6<br />

Septoria Rubi Westd. Herb, crypt. Belg. N.° 839.<br />

Ad Rubi fruticosi Lin. folia viva pr. Caldas do Gerez. 8.83.<br />

31S m<br />

. altit. N.° 1761. Leg. Moller.<br />

710. Septoria salieicola (Fries). :<br />

—Depazea salicicola Fries, Syst. myc. II.<br />

p. 530.<br />

Ad Salicis alrocinereae Brot, folia viva, pr. Caldas do Gerez; altit.<br />

315 ra<br />

. 8.83. N.° 1713. Leg. Moller.<br />

811. Septoria Vincetoxici (Schub.) Auersvyald in litt, et Niessl, Kryptogamenflore<br />

p. 36.—Depazea Vincetoxici Schubert in Ficinus,<br />

Flora dresd. II. p. 352.<br />

Ad Cynancki Vincetoxici R. Br. folia viva pr. Caldas do Gerez.<br />

350 m<br />

. altit. 8.83. N.° 1716. Leg. Moller.<br />

Sphaeropsi<strong>de</strong>i<br />

812. Pestalozzia Guepini Desmaz. in Ann. sc. nat. 1840. XVI. p. 182.<br />

Taf. 4. Fig. 1­3.<br />

Ad Camelliae japonicae Lin. folia viva. Coimbra, in horto botânico.<br />

3.83. Ν." 2250. Leg. Moller.<br />

813. Diplodia Agaves Rabh., in Fungi europ. 2434.<br />

Ad Fourcroyae folia emortua. Coimbra, in horto botânico. 2.83.<br />

N.° 2146. Leg. Moller.<br />

814. Diplodia melaena Lev. in Ann. sc. not. 1846. V. p. 292.<br />

Ad Lauri nobilis Lin. ramulis aridis. Cerca <strong>de</strong> S. Bento pr.<br />

Coimbra. 12.82. N.° 2030. Leg. Moller.<br />

815. Diplodia Mygiudae Winter, nova spec.<br />

Perithecia sparsa, epiphylla, sine macula, immersa, globosa, ostiolo<br />

punctiformi epi<strong>de</strong>rmi<strong>de</strong>m pustulatim elevatam perforantia, atra,<br />

240 ρ, ca. diam Sporae elliptico­oblongae, initio hyalinae et<br />

continuae, <strong>de</strong>mum uniseptatae, medio non vel vix constrictae,<br />

fuscae, 24­25 p. longae, 12­13 p. crassae.<br />

Ad Mygindae pallenlis Lin. folia arida. Coimbra, in horto botânico.<br />

1.83. N.° 2072. Leg. Moller.<br />

816. Diplodia Rosarum Fries, Summa veg. Scandin. p. 417.<br />

Ad Rosae spec, ramulos emortuos. Coimbra, in horto botânico.<br />

3.83. N. p<br />

2280. Leg. Moller.<br />

817. Diplodia Rubi Fries, Summa p. 417.<br />

Ad Rubi fruticosi Lin. sarmenta arida. Zombaria pr. Coimbra.<br />

148. h<br />

1.83. N.° 2118. Leg. Moller.<br />

Diplodia salicina Lev. in Ann. sc. nat. 1847. V. p. 292.<br />

Ad Salicis albeae Lin. ramulos aridos pr. Coimbra. 2,83. N.° 2179.<br />

Leg. Moller,


57<br />

Myxomycètes<br />

ι<br />

818. Didymium farinaccuni Schrad., Nov. Gener. p. 22.<br />

Ad Acaciae pendulae folia pútrida. Coimbra in horto botânico.<br />

10.83. N.° 1856. Leg. Moller.<br />

417. 6<br />

Lycogala epidcmlron Fries, Systema III. p. 80.<br />

Ad truncos pútridos Pini marüimae Brot, in pinetis. Penedo da<br />

Melancholia pr. Coimbra. 10.83. N.° 1857. Leg. Moller.


III<br />

Subsídios para o estudo da Flora Portugueza<br />

Tendo sido encarregado, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> naturalista adjuncto <strong>de</strong> <strong>Botânica</strong>,<br />

pelo sr. dr. J. Henriques, <strong>de</strong> fazer a revisão, do já importante<br />

herbario <strong>de</strong> plantas phanerogamicas portuguezas que existe no Jardim<br />

Botânico <strong>de</strong> Coimbra, e tendo n'elle encontrado, á medida que vou proseguindo<br />

no estudo, importantes novida<strong>de</strong>s para a nossa flora, pareceu-me<br />

da maior vantagem ir dando publicida<strong>de</strong>, em catálogos parciaes e racionalmente<br />

dispostos por famílias, aos resultados d'esté estudo. Revela-se a sua<br />

importância não só por se tornarem, d'esté modo, mais conhecidas as<br />

riquezas vegetaes portuguezas, mas também porque estes apontamentos,<br />

ainda que mo<strong>de</strong>stos, não <strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> ter cabida juncto dos elementos já<br />

existentes, elaborados por especialistas <strong>de</strong> muita competência a fim <strong>de</strong><br />

concorrerem no seu tanto para a <strong>de</strong>finitiva formação d'uma Flora <strong>de</strong><br />

Portugal.<br />

Principiarei a publicação d'esta serie <strong>de</strong> trabalhos pela família das<br />

Papilionaceas, por ser uma das melhor representadas no herbario do Jardim<br />

Botânico. Seguirei a or<strong>de</strong>m adoptada pelos srs. M. Willkomm e J. Lange<br />

no Prodromus Florae Hispanicae, III, p. 247 e seguintes, tendo o cuidado<br />

<strong>de</strong> ir interpretando a synonymia do nosso illustre botânico dr. Brotero,<br />

na sua Flora e Phytographia Lusitanicas, o mais completamente que me<br />

seja possível.<br />

Coimbra, 15 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1884.<br />

O naturalista adjuncto <strong>de</strong> <strong>Botânica</strong>,<br />

Joaquim <strong>de</strong> Mariz.


89<br />

PAPILIONACEAE L.<br />

Trib. I. Hedysareae DC.<br />

I. Scorpiurus L. Gen. pi. n. 886<br />

1. S. suunllosa L. Cod. n. 5484; Gr. Godr. Fl. Fr. I, p. 492; Wk.<br />

Lge. Prodr. Fl. Hisp. Ill, p. 249 (S. echinata Lam. var. subvillosa Brot.<br />

Fl. Lusit. II. p. 79). Corhilhão.<br />

Campos cultivados, collinas seccas e calcareas da região inferior. Lumiar<br />

pr. <strong>de</strong> Lisboa (D. Sophia), serra <strong>de</strong> Monsanto (Daveau), Cascaes (P.<br />

Coutinho), Gala pr. da Figueira da Foz (Moller), Coimbra (Henriq.),<br />

Miranda do Corvo (Balthazar). — ann. Maio-Jun. (v. v.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea, Ma<strong>de</strong>ira e Canárias.<br />

2. S. sulcata L. Cod. n. 5484; DC. Prodr. II, p. 308; Wk. Lge. 1.<br />

c. p. 250 (S. echinata Lam. var. sulcata Brot. 1. c.)<br />

Terrenos arenosos e calcareos da região inferior. Ourentâ? (A. <strong>de</strong><br />

Carv.), V. N. d'Ourem (Daveau), Campinas pr. <strong>de</strong> Faro (J. Guimarães).<br />

— ann. Març.-Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., ilh. Balear., Grécia, Abyss., Afr. bor., Canárias e<br />

Ma<strong>de</strong>ira.<br />

3. S. muricata L. Cod. n. 5483 ; DC. 1. c. ; Wk. Lge. 1. c. p. 250<br />

(S. echinata Lam. var. muricata Brot. 1. c.)<br />

Terrenos cultivados do Alemt. e Alg. V. Fernando (Larcher), Beja<br />

(R. da Cunha), Faro (J. Guim.). — ann. Abril-Julh. (v. s.)<br />

Hab. na zona mediterrânea.<br />

4. S. verraiculata L. Cód. n. 5482; Brot. 1. c. ; DC. 1. c; Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 493 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Terrenos cultivados e incultos da região inferior. Coimbra (A. <strong>de</strong> Carv.<br />

e Moller), Cast. Branco (R. da Cunha), Lag. d'Albufeira (Moller), Montargil<br />

(Cortezão), Beja (R. da Cunha), Faro (J. Guim.).— ann. Març.-Jun.<br />

(y. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr.-aust., Cors., Sard., Ital., Grécia. Afr. boreal,


60<br />

II. Coronilla L. Gen. pl. n. "883<br />

Secç. I. Eucoronilla Benth. Hook. Gen. pl. I, 2, p. 510<br />

5. C. glauca L. Cod. n. 5466; Brot. I. c. p. 163; Gr. Godr. I. c: p. 494;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 252.<br />

Rochas calcareas e sitios alpestres das regiões inf. e submont. Coimbra<br />

(Α. <strong>de</strong> Carv. e Moller), Grândola (Daveau), Montargil (Cortezão), serra<br />

d'Arrabida e Quinta da Commenda (Moller), Algarve (Bourg.). — perenn.<br />

Març.­Jul. (v. s.). Senna do Reino.<br />

Hab. na Hesp., Baleares, Fr. merid., Ital., Grécia, Afr. boreal.<br />

vi 6. C. juncea L. Cod. n. 5464 ; Gr. Godr. 1. c. p. 496 ; Wk. Lgc. 1. c.<br />

Collinas calcareas das regiões inf. e montanhosa. Montargil (Cortezão),<br />

Algarve: Loulé (Daveau).—bisann. Abril­Jul. (v. v.).<br />

Hab. na Hesp., Baleares, Fr. austr., Ital., Algeria.<br />

Secç. Π. Scorpiolães Benth. Hook. 1. c.<br />

7. C Scorpioi<strong>de</strong>s Koch Deuts. Fl. V, p. 201; Gr. Godr. 1. c. p. 497;<br />

W'k. Lge. 1. c. p. 254 (Ornithopus Scorpioi<strong>de</strong>s L. Cod. n. 5477 ; Brot.<br />

1. c. p. 161).<br />

Terrenos cultivados da região inferior. Coimbra (Ferreira), Mir. do<br />

Corvo (Balth.), Lisboa (P. Coutinho), serra <strong>de</strong> Monsanto, Calhariz, serra<br />

d'Arrabida e Azeitão (Moller), Montargil (Cortezão), Extrem. (Wehv.),<br />

Campinas pr. <strong>de</strong> Faro (J. Guim.). — ann. Fevr.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea.<br />

ΓΠ. Hippocrepis L. Gen. pl. n. 885<br />

8. Π. unisiliipiosa L. Cod. n. 5474; Brot. 1. c. p. 164; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 502 ; Wk. Lge. 1. c. p. 258<br />

Terrenos cult, e incuit, da região inf. e zona maritima. Cascaes (P.<br />

Coutinho), Bellas, serra d'Arrabida (Wehv..). — ann. Abril­Jun. (v. s.).<br />

Ferradurina.<br />

Hab. nas ilh. Balear, e em toda a região mediterrânea.<br />

IT. Securigera DC. Fl. Fr. IV, p. 609<br />

*9. S. Coronilla DC. 1. c; Gr. Godr. 1. c. p. 502; Wk. Lge. 1. c.<br />

1<br />

O n.° d'or<strong>de</strong>m da espécie, precedido d'um ν grego, significa que a espécie é nova<br />

para a Flora Portugueza.


61<br />

Searas e terrenos cultivados. Coimbra cere. do J. Bot. (Moller). —<br />

ann. Maio-Jul. (v. v.)<br />

Hab. na zona mediterrânea.<br />

V. Ornithopus L. Gen. pl. n. 884<br />

Secç. I. Arthrolobium Desv. Jourrf. Hl, p. 121, t. 4, f. 10<br />

10. 0. duras Cav. Ic. I, p. 31, t. 41 ; Wk. Lge. 1. c. p. 259 (O. heteropliyllus<br />

Brot. 1. c. p. 160, Phyt. Lusit. t. 87 ; Arthrolobium durum DC.<br />

Prodr. II, p. 311;.<br />

Colimas áridas das regiões inf. e maritima. Portello pr. <strong>de</strong> Bragança (Ferreira),<br />

Adorigo (Schmitz), Cast. Branco (A. Ricardo), Coimbra: Cabrizes<br />

(Henriq.), Louzã (Moller), Cald. da Rainha (Daveau), Calhariz, Lavradio<br />

(Moller), Arrentella (Daveau), Montargil (Cortezão), Estr. transtag. (Welw.).<br />

— ann. Àbril-Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

11. 0. ekacteatus Brot. Fl. Lusit. II, p. 159, Phyt. Lusit. I, t. 68 ; Gr.<br />

Godr. 1. c. p. 498 ; Wk. Lge. 1. c. (Arthrolobium ebracteatum DC. Prodr.<br />

Terrenos cult, e arenosos, campos <strong>de</strong>pois das colheitas, região inferior.<br />

Bragança (Ferreira), Pedr. Salgadas (D. M. Henriq.), S. Thyrso (Valente),<br />

Cast. Branco (R. da Cindia), Pampilhosa (Moller), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.),<br />

Coimbra (Moller), Miranda do Corvo (Balthazar), Alfeite (Mendonça),<br />

Campoli<strong>de</strong> (Valorado), Cintra (Welw.), Barreiro e serra d'Arrabida (Moller),<br />

Cast, <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> (R. da Cunha), Montargil (Cortezão), Faro (J. Guim.) —<br />

ann. Abril-Agosto (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. occid., zona mediterrânea, Canar., Ma<strong>de</strong>ira e Açores.<br />

Secç. II. Eicornithopus Wk.<br />

12. 0. compressus L. Cod. n. 5476 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 499 ;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 260.<br />

Terrenos incuit, e arenosos e collinas áridas da região inf. Rabal pr.<br />

<strong>de</strong> Bragança (Ferreira), Cab. <strong>de</strong> Basto (D. M. Henriq.), Braga (Sequeira),<br />

Cast. Branco (R. da Cunha), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra, Louzã<br />

(Moller), Mir. do Corvo (Balthazar), Loires e Cintra (Welw.), Barreiro<br />

(Moller), Montargil (Cortezão), Estrem. transtag. (Valorado), V. R. <strong>de</strong><br />

Santo Antonio (J. Guim.).'—ann. Març.-Jun. (v. v.). Serra<strong>de</strong>lla estreita.<br />

Hab. na Hesp., Fr. occid., toda a zona mediterrânea, Canárias e Ma<strong>de</strong>ira.


ν 13. 0. perpusillns L. Cod. n. 5475 ; Gr. Godr. 1. c. p. 498 ; Wk.<br />

Lge. 1. c.<br />

Terrenos arenosos e margem dos caminhos nas regiões inf. e montan.<br />

Vizella (Wenceslau), Alcai<strong>de</strong> (II. da Cunha), Bussaco (F. Loureiro), Coimbra<br />

(Moller), Louzã (Henriq.), serra da Estrella (Ferreira), Montargil<br />

(Cortezão). — ann. Maio­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Europ. media, Ital. sup., Dalmácia e Açores.<br />

14. 0. roseus L. Duf. Ann. sc. nat. I, ser. V ; Wk. Lge. 1. c. (O. perpusillus<br />

ß. intermedius DC. Prodr. II, p. 312; O. sativus Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 499 nec Brot.)<br />

Campos incult. e terrenos arenosos da região inf. Rabal pr. <strong>de</strong> Bragança<br />

(M. Ferreira), Cab. <strong>de</strong> Basto (D. M. Henriq.), S. Thyrso (Valente),<br />

Coimbra (Moller), Lisboa (P. Coutinho), Marvão (B. da Cunha). — ann.<br />

Maio­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp. e Fr. occid.<br />

OBSEBV. OS srs. Willkomm e Lange conjecturaram a existência do O. roseus L.<br />

em Portugal, d'on<strong>de</strong> parece não terem visto exemplares.<br />

18. 0. sativus Brot. Fl. Lusit. II, p. 160 ; Wk. Lge. 1. c. p. 261 (O.<br />

isthmocarpus Coss.)<br />

Terrenos arenosos da região inf. e do littoral. Coimbra (Brot.), pr.<br />

<strong>de</strong> Leiria (Mendia), Barreiro e Alfarim (Mollcr), Faro (J. Guim.).:—ann.<br />

Març.­Maio (v. s.). Serra<strong>de</strong>lla cultivada.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

VT. Onobrychis Gärtn. <strong>de</strong> fruct. II, p. 318, t. 148<br />

* 16. 0. saliva Lam. Fl. Fr. II, p. 652; Brot. 1. c. p. 158; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 505 ; Wk. Lge. 1. c. p. 265 (Hedysarum Onobrychis L. Cod.<br />

n. 5539).<br />

α. culta Gr. Godr. 1. c.<br />

Cultivado em terrenos cretáceos e estéreis das regiões inf. e montan.<br />

Lisboa (Valorado). — peren. Maio­Jul. (v. s.). Samfeno, ou Esparzela.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

17. 0. Caput galli Lam. 1. c. p. 651 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 507;<br />

Wk. Lge. 1. c. (Hedysarum Caput galli L. Cod. n. 5541).<br />

Colunas seccas e calcareas da região inf. Arredores <strong>de</strong> Lisboa? (Brot.).<br />

— ann. bisann. Maio­Jul. (n. v.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Ital., Sicil., Dalm., Turq., Grécia.<br />

OBSEBV. O prof. Link, (Neu Journ. Schrad. II, f. I, p. 98), diz que o O­ Caput<br />

galli citado na Flora dc Brotcro é o Hedysarum confertum Desf. Não julgo ver­


63<br />

da<strong>de</strong>ira esta asserção, porque a espécie <strong>de</strong> Desfontaines, synonymo do H. Fontanesii<br />

Bss., é assim <strong>de</strong>scripta com relação aos fructos : leguminibus articula duo<br />

sub­orbiculata, em quanto que a espécie <strong>de</strong> Brotero tem os fructos em forma <strong>de</strong><br />

crista: leguminibus monospermis, cristaedcntibussubulatis, caracteres que po<strong>de</strong>m<br />

referir­se ao O. Caput galli L. mas nunca ao H. confertum Desf. É provável que<br />

a confusão <strong>de</strong> Link proviesse <strong>de</strong> Desfontaines não <strong>de</strong>finir bem os fructos da sua<br />

espécie e da sua notável semelhança com o O. sativa L. ; mas, tendo Brotero accentuado<br />

a forma dos fructos da espécie que cita não pô<strong>de</strong> estabclecer­se confusão<br />

entre as espécies <strong>de</strong> que se trata. Apresento, porém, a espécie <strong>de</strong> Brotero sob a<br />

sua responsabilida<strong>de</strong>; não vi d'ella specimens <strong>de</strong> Portugal, parecendo­me duvidosa<br />

a sua existência entre nós. A circumstancia <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar o nosso illustre<br />

botânico esta espécie perenne leva­me a crer que foi tomada pelo O. eriophora<br />

Desv., que habita na mesma localida<strong>de</strong>.<br />

18. 0. eriopltora Desv. Jour. bot. III, p. 120 ; DC. Prodr. II, p. 345 ;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 266 (Hedysarum eriophorum Pourr.)<br />

ß.glabrescens nob.<br />

Terrenos incultos, sítios alpestres, penedias e solo calcareo das regiões<br />

inf. e montan. Lisboa: Lumiar, (D. Sophia), Sete rios (Moller), Alcantara,<br />

serra <strong>de</strong> Monsanto (Welw., Mendonça), Cahp <strong>de</strong> S. Vicente (Bourg.);—β.<br />

Beja (R. da Cunha), serra <strong>de</strong> Ficalho (Daveau).—peren. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

OnsEnv. Proponho a formação da var. β. gldbrescens para os exemplares da<br />

serra <strong>de</strong> Ficalho e Beja, por apresentarem os fructos inteiramente glabros com os<br />

aculcos muito flexíveis e lineares, a par das folhas oblongo­lineares quasi sem<br />

pubcsccncia.<br />

Trib. II. Astragaleae Adans., DC. Prodr. II, p. 273<br />

VIL Astragalus L. Gen. pl. n. 892<br />

Subgen. I. Epiglottis Bss. Fl. Orient. II, p. 205<br />

19. A. Epiglottis L. Cod. n. 5595; Brot. Fl. Lusit. II, p. 168 ; Gr. Godr.<br />

FI. Fr. I, p. 436 ; Wk. Lge. Prodr. Fl. Hisp. Ill, p. 269 (A. siliqua triangulari<br />

Grisl. Virid. n. 171).<br />

Campos e outeiros arenoso's, argilosos e calcareos das regiões inf. e<br />

montan. Coimbra (Brot.), Lisboa: Alcantara (Welw.). — ann. Abril­Maio<br />

(v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea.<br />

Subgen. II. Trimeniaeus Bge. Astrag. sp. geront. in Mém. acad.<br />

S. Petersb. t. XI<br />

20. A. cymbaecarpos Brot. 1. c. p. 167, Phyt. Lusit. I, p. 143, t. 59<br />

(sub nom. A. cymbiformis); DC. Prodr. II, p. 289 ; Wk. Lge. 1. c. p. 272.<br />

ß. brevipes Lge.


64<br />

Terrenos húmidos e arenosos das regiões inf. e submontan. Bragança<br />

(P. Coutinho, Ferreira), Coimbra (Brot.);—β. Cast. Branco (R. da<br />

Cunha), serra <strong>de</strong> Ficalho (Daveau), Beja (R. da Cunha). — ann. Abr.­Jun.<br />

(v. s.).<br />

Hab. na Hespanha.<br />

21. A. Pentaglottis L. Cod. n. 5594 ; Gr. Godr. 1. c. p. 435 ; Cav. Ic. II,<br />

p. 70, t. 188 ; Wk. Lge. 1. c. (A. echinatus Lam. 111. t. 622).<br />

Terrenos arenosos, calcareos e estereis das regiões inf. e montan.<br />

Cintra (Welw.), arredores <strong>de</strong> Lisboa: Pedroiços (Brot.). — ann. Abr.­Jul.<br />

(v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Afr. bo^, Fr. austr. Sicil., Grec, Creta.<br />

OBSEBV. É verda<strong>de</strong>ira a opinião <strong>de</strong> Brotero a respeito das affinida<strong>de</strong>s e differences<br />

d'esta espécie com o seu A. Hypoglottis, que <strong>de</strong>screve na Phyt. Lusit. I,<br />

p. 145, sem comtudo constituírem uma e a mesma espécie, como affirma o sr. Willkomm.<br />

Os exemplares do A. Pentaglottis <strong>de</strong> Cintra, que existem no herbario, têem<br />

a sua fiel reproducção em Cavanilles Ic. t. citada e não em Brot. Phyt. I, t. 60.<br />

22. A. bamosus L. Cod. n. 5589 ; Brot. Fl. Lusit. II, p. 167; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 437; Wk. Lge. 1. c. p. 273 (A. monspellianus Clus. Hist. pl. II,<br />

p. 234).<br />

Collinas áridas e pedregosas e terrenos estereis das regiões inf. e submontan.<br />

Eiras pr. <strong>de</strong> Coimbra (Ferreira), Ancião (F. <strong>de</strong> Carv.), Mir. do<br />

Corvo (Balthazar), Alcantara, Cintra (Welw.), Calhariz (Moller), Beja (R.<br />

da Cunha), Faro (J. Guim.). — ann. Abr.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., em toda a zona mediterrânea e Canárias.<br />

23. A. Baeticus L. Cod. n. 5591 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 438 ;<br />

Wk. Lge. 1. c<br />

Prados, terrenos férteis e húmidos da região inf. Do Barreiro ao<br />

Seixal (Daveau), Faro (J. Guim.). — ann. Março­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Marroc, Balear., Ma<strong>de</strong>ira, Cors., Sicil., Egyp., Persia.<br />

OBSEBV. N'esta secção acha­se incluído o A. Algarbiensis Coss. pl. exs. <strong>de</strong><br />

Bourg. Não vi exemplares d'esta espécie.<br />

Subgen. HL Hypoglottis Bge. 1. c. I, p. 46<br />

2i. A. Glaux L. Cod. n. 5599; Brot. 1. c. (nota); Gr. Godr. 1. c. p. 441;<br />

Wk. Lge. 1. c p. 275 (A. Hvpoglottis Desf. Fl. Atl. nec L. ; Bss. Voy.<br />

p. 178).<br />

Collinas pedregosas, penedias áridas das regiões inf., montan, e raro<br />

alpina. Beja : Herda<strong>de</strong> da Calçada (B. da Cunha). — peren. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Marroc. e talvez na Fr. austral.


65<br />

25. A. Cranalcnsis Lge. Pug. p. 372; Wk. Lge. 1. c. (A. Hypoglottis<br />

Brot. Phyt. Lusit. I, p. 145, t. 60 [má]).<br />

Colunas estereis, penedias e sítios alpestres da região montan. Souzellas<br />

(A. <strong>de</strong> Carv.), Cast. Viegas, Pousada pr. <strong>de</strong> Coimbra (Brot., C.<br />

Lobo). — peren. Abr.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

OBSEKV. OS caracteres d'esta espécie são concor<strong>de</strong>s com a diagnose do A. Hypoglottis<br />

Brot., e por isso com razão referiu o sr. Lange a sua espécie á <strong>de</strong> Brolero.<br />

O nosso illustre botânico consi<strong>de</strong>ra a sua espécie annual, o que não concorda<br />

bem com os specimens do nosso herbario, colhidos nas localida<strong>de</strong>s citadas na<br />

Phytographia, que são perenncs ou quasi.<br />

Subgeií. IV. Phaca Bge. 1. c. I, p. 18<br />

v26. A. (flycypliyllus L. Cod. n. 5588; Gr. Godr. 1. c. p. 438; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 277.<br />

Sitios relvosos, arborisados, sebes assombradas, solo fértil das regiões<br />

inf. e montan. Fundão: souto do Mouradouro (R, da Cunha). — peren.<br />

Maio­Jul. (v. s.) ;<br />

.<br />

Hab. na Hesp., Fr., Rai., Turq., toda a Europa med., Ingl., Scandin.,<br />

Asia men. e med.<br />

27. A. Lnsitanicus Lam. Diet. I, p. 312; Wk. Lge. I. c. (Phaca Baetica<br />

L. Cod. n. 5569 ; Brot. Fl. Lusit. II, p. 166 ; Erophaca Baetica Bss.<br />

Voy. bot. Esp. p. 177).<br />

Terrenos férteis das regiões inf. e submontan. Coimbra : S. Jorge,<br />

Portella (Mesnier, C. Lobo), Azeitão (Moller), Portalegre (R. da Cunha),<br />

Selubal (A. <strong>de</strong> Carv.), serra <strong>de</strong> S. Luiz (Daveau), Faro (J. Guim.).—<br />

peren. Abr.­Jun. (v. s.). Alfavaca dos monies.<br />

Hab. na Hesp., Afr. bor., Grec, Chypre, Asia menor.<br />

Subgen. V. Cerciäothrix Bge. 1. c. I, p. 94<br />

28. A. Massiliensis Lam. Diet. I, p. 320; DC. Fl. Fr. IV, p. 594; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 281 (A. Tragacantha L. Cod. n. 5617 (ex p.); Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 446; A. Poterium Brot. 1. c. p. 168).<br />

Terrenos calcareos, estereis e arenosos da região marítima. Perto <strong>de</strong><br />

Sagres, cabo <strong>de</strong> S. Vicente (Brot.). — peren. Abr.­Jun. (n. v.). Alquilira<br />

do. Algarve.<br />

Hab. na Hesp., Fr. merid., Cors., Sicilia.<br />

29. A. Monspcssiilanus L. Cod. n. 3610, γ. chlorocyaneus Costa, Fl. Cat.<br />

p. 65: Wk. Lge. I. c. p. 283 (A. chlorocyaneus Bss. Reut. Pug. 39; A.<br />

montanus Brot. 1. c.)<br />

S


66<br />

Colimas áridas e arenosas, sítios pedregosos, abrigados das regiões<br />

montan, e subalpina. Bragança (Brot., P. Coutinho), Castro pr. <strong>de</strong> Bragança<br />

(Ferreira). — peren. Jim.-Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha e na Algeria.<br />

OBSERV. De Candolle, Prodr. II, p. 38S, fiado em Stcu<strong>de</strong>l, reúne o A monfemwsBrot.<br />

ao^á. macrorrhizus Cav., espécie ainda não encontrada em Bragança.<br />

Ora, visto como não foi também encontrado ainda em Bragança o A. montanus L.,<br />

cuja diagnose Brotero transcreve sem verificar a espécie, parece-me racional <strong>de</strong>ver<br />

referil-a antes ao A. chlorocyaneus Bss. Beut., por lhe ser próxima e por habitar<br />

na citada localida<strong>de</strong>.<br />

VIII. Bissemla L. Gen. pl. n. 893<br />

30. B. Pelecinus L. Cod. n. 5618; Brot. 1. c. p. 170; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 453 ; Wk. Lge. 1. c. p. 286.<br />

Campos arenosos e incuit., terrenos cultivados das regiões inf. e submontan.<br />

Adorigo (Schmitz), Coimbra (Moller), Lisboa, Ajuda (Welw.,<br />

Mendonça, P. Coutinho), Barreiro (Moller), Beja (JA. da Cunha), Cabo <strong>de</strong><br />

Sines (Welw.), Faro (Bourg., J. Guim.). — ann. Març.-Jun. (v. s.)<br />

Hab. na zona mediterrânea, Canárias e Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Trib. IH. Galegeae DC. Prodr. II, p. 243<br />

LX. Psoralea L. Gen. pl. n. 894<br />

31. P. bituminosa L. Cod. n. 5627; Brot. Fl. Lusit. II, p. 100; Gr.<br />

Godr. 1. c. p. 456 ; Wk. Lge. 1. c. p. 288.<br />

Terrenos pedregosos e <strong>de</strong> cascalho, sebes e terras cuit, das regiões inf.<br />

e montan. Régua (Ferreira), Douro, foz do Sousa (Casimiro), Adorigo<br />

(Schmitz), Malpica (R. da Cunha), Lisboa (Daveau), serra <strong>de</strong> Monsanto<br />

(Mendonça), Lavradio, Azeitão, Cezimbra (Moller), Setúbal (C. Machado),<br />

Monchique (J. Guim.). — peren. Abr.-Agost. (v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea e Canárias.<br />

X. Robinia L. Gen. pl. n. 879<br />

* 32. R. Pseudo-Acacia L. Cod. n. 5449 ; Brot. 1. c. p.' 486 ; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 455 ; Wk. Lge. 1. c. p. 289.<br />

Cuit, nos jardins, parques, mattas e estradas <strong>de</strong> quasi todo Portugal.—<br />

arvore. Maio-Jun. (v. v.). Acacia bastarda.<br />

XI. Galega L. Gen. pl. n. 890<br />

33. G. officinalis L. Cod. n. 8559; Gr. Godr. 1. c. p. 455 ; Lam. Encycl.<br />

t. 625 ; Wk. Lge. 1. c. p. 290.


67<br />

Subspoiit., prados, lezírias e motas das regiões inf. e submont. Lumiar<br />

(Wehv.), Lezírias d'Azambuja (R. da Cunha). — peren. Jul.-Agost. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp. Fr., Rai., Europ. med., Russ. med. e austral.<br />

XII. Glycyrrliiza L. Gen. pl. n. 882<br />

34. G. glabra L. Cod. n. S461 ; Brot. I. c. p. 157; Gr. Godr.'l. c.<br />

p. 453 ; Lam. Encycl. t. 625 ; Wk. Lge. 1. c. p. 290.<br />

Terrenos cult., férteis e arenosos das regiões inf. e montan. Torres Vedras,<br />

campos entre Vallada e Castanheira, Beira, Estremad. e Alemt.<br />

(Brot.). — peren. Maio-Jun. (n. v.). Alcaçuz.<br />

Hab. na Hesp., Europ. austr., Creta, Orient., Afr. boreal.<br />

Trib. IV. Vicieae DC. Prodr. II, p. 353<br />

XIH. Cicer L. Gen. pl. n. 1189<br />

*35. C. arietinum L. Cod. n. 5430; Brot. Fl. Lusit. II, p. 165; Gr.<br />

Godr. Fl. Fr. I, p. 477; Wk. Lge. Prodr. Fl. Hisp. III, p. 291.<br />

Cultivado nas regiões inf. e montan, em quasi todo o Portugal. — ann.<br />

Jun.-Jul. (v. v.). Grão <strong>de</strong> bico.<br />

Patria ignorada.<br />

XIV. Vicia L. Gen. pl. n. 873<br />

Secç. I. Euvicia Vis. Fl. Daim. III, p. 347<br />

36. V. sátira L. Cod. n. 5415; Brot. Fl. Lusit. II, p. 150; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 458 ; Wk. Lge. 1. c. p. 294.<br />

Searas das regiões inf. e mont, em todo Portugal. S. Gens pr. do Porto<br />

(Johnston), Bussaco (Loureiro), Coimbra (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar),<br />

serra da Estrella: Valezim e S. Romão (Ferreira), Valle d'Alcantara<br />

(Daveau), Barreiro e serra d'Arrabida (Moller), Campinas pr. Faro<br />

(J. Guim.). — var. obovaía: Quinta da Commenda pr. <strong>de</strong> Setúbal (Moller).<br />

•—var. anguslifolia : Cellas pr. <strong>de</strong> Coimbra (Moller), Guarda (Daveau),<br />

Lavradio (Moller). — ann. Maio-Jun. (v. v.). Ervilhaca ordinária.<br />

Hab. em quasi toda a Europa, Cáucaso, Afr. boreal e Açores.<br />

37. V. cordata Wulf. ap. Sturm. Deuts. FI. fase. 32; Wk. Lge. 1. c.<br />

p. 295.<br />

Sebes e mattas da região montanhosa mas não frequente. Ourentã?<br />

(A. <strong>de</strong> Carv.), matta do Rangel pr. <strong>de</strong> Coimbra (Moller), Cintra (Wehv.).<br />

— ann. Maio-Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Rai., Daim., Austr., Hungria, Grécia, Syria<br />

e Persia boreal.


68<br />

38. V. angustifolia All. Fl. Ped. I, p. 325 ; Gr. Godr. 1. c. p. 459; Bss.<br />

Fl. Orient. II, p. 574 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

α. segetalis Koch Syn. ed. 2, p. 217.<br />

ß. Bobartii Koch 1. c.<br />

γ. amphicarpa Bss. Fl. Orient. II, p. 575. (V. amphicarpa<br />

Dörth.)<br />

Searas, terrenos cult, das regiões inf. e montan. — α. Parada pr. <strong>de</strong> Braga<br />

(Sequeira), Coimbra (Moller), serra da Estrella: S. Romão (Fonseca).—<br />

β. S. Thyrso (Valente), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra (Moller), Celorico<br />

da Beira (Lucio), serra da Louzã (Moller). — γ. Bragança (Ferreira).­—<br />

ann. Abril­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., esp. em quasi toda a Europa, Orient, e Afr. boreal ;<br />

γ em Fr. austr. e Afr. bor.<br />

OBSERV. D'estas très espécies, muito semelhantes, cita Brotero apenas a F.<br />

saliva, consi<strong>de</strong>rando­lhe todavia varieda<strong>de</strong>s susceptíveis <strong>de</strong> separar­se em espécies<br />

novas.—A var. amphicarpa da V. anyustifolia Ali. foi <strong>de</strong>scoberta em Portugal por<br />

Welwitsch e citada pelo sr. Buissier, Fl. Orient. 1. c. O único exemplar que existe<br />

no herbario foi colhido cm Bragança em 1877.<br />

39. V. lutea L. Cod. n. 5417; Brot. 1. c. p. 151; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 462; Bss. 1. c. p. 570; Wk. Lge. 1. c. p. 298.<br />

β. laevigata Bss. Voy. bot. Esp. p. 194. (V. laevigata Sm.)<br />

γ. hirta Bss. Fl. Orient. 1. c. (V. hirta Balb.)<br />

Terrenos cultivados, prados e sítios aridos das regiões inf. e montan.<br />

Bragança (Ferreira), Pedras Salgadas (D. M. Henriq.), Porto, Quebrantões,<br />

Adorigo (Casimiro, Schmitz), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv ), Coimbra (Moller),<br />

Lisboa, Monsanto (P. Coutinho, Daveau), Barreiro (Moller), Beja (R. da<br />

Cunha);—β. Miranda do Corvo (Balthazar); — γ. Cintra (Welw.), serra<br />

d'Arrabida (Moller), Faro (J. Guim.). — ann. Març.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Europa med. e austr., da Inglaterra á Russia austr., Grécia,<br />

Syria, Persia boreal, Egyp., Afr. boreal, Canárias e Ma<strong>de</strong>ira.<br />

40. V. vestita Bss. El. 67 e Voy. bot. Esp. p. 193, t. 57; Wk. Lge. 1. c.<br />

Searas, terrenos cult, e sítios assombrados da região inf. Coimbra: S.<br />

Clara, Alcarraques (A. <strong>de</strong> Carv., Moller), Mir. do Corvo (Balthazar),<br />

Ancião (F. <strong>de</strong> Carv.), Lisboa: Arcos das aguas livres (Valorado), Tavira<br />

(Bourg.), Faro: S. Ant. do Alto (J. Guim.). — ann. Abril­Maio (v. v.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

OBSERV. Brotero, <strong>de</strong>screvendo a F. lutea na Fl. Lusit., faz clara menção dos<br />

principaes caracteres da V. vestita, <strong>de</strong> que, mais tar<strong>de</strong>, o sr. Boissier <strong>de</strong>via formar<br />

uma espécie distincta com exemplares colhidos nos campos <strong>de</strong> Malaga, Mostril, ele.<br />

v41. V. Bitliynica L. Cod. n. 5421 ; Gr. Godr. 1. c. p. 463; All. Fl.


69<br />

Ped. t. 26, f. 2; Wk. Lge. 1. c. p. 299; (Lathyrus Bilhynicus Lam.<br />

Diet.)<br />

Sebes, bordas dos campos e searas da região inf. Miranda do Corvo<br />

(Balthazar). — ann. Abril­Junh. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Fr., Cors., Balear., Ital., Daim., Turq., Grécia,<br />

Lydia, Afr. boreal.<br />

42. V. narbonensis L. Cod. n. 5422; Gr. Godr. 1. c; Wk. Lge. 1. c—<br />

ß. serratifolia Koch, syn. ed. 2, p. 215 (V. serratifolia Jacq. FI. Austr.,<br />

app. t. 8 ; V. narbonensis Brot. 1. c. p. 151).<br />

Solo húmido e fértil, motas, valias e sítios regadios da região inf.—<br />

β. Coimbra (Moller), Cintra e Extrem, transtag. (Wehv.), serra d'Arrabida<br />

(Moller). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Cors., Daim., Ital., Turq., Grécia, Orient.,<br />

Egyp., Afr. boreal.<br />

*43. V. Faba L. Cod. n. 5423 ; Gr. Godr. I. c. p. 462; Wk. Lge. 1.<br />

c. p. 300 (Orobus Faba Brot. 1. c. p. 147.)<br />

Cultivada frequentemente nas regiões inf. e montan, <strong>de</strong> todo o Portugal.<br />

— ann. Maio­Jul.­(v. v.). Fava.<br />

Patria ignorada.<br />

ν 44. V. sepium L. Cod. n. 5420 ; Gr. Godr. 1. c. p. 462 ; Wk. Lge.<br />

1. c.<br />

Prados, sitios assombrados e húmidos das regiões inf. e montan. Serra<br />

<strong>de</strong> Rebordão pr. <strong>de</strong> Bragança (Ferreira). —peren. Abril­Outub. (v. s.)<br />

Hab. da Hesp., Fr., Inglat., e Scand. á Ital., Turq. e Russia.<br />

v45. V. onobryebioi<strong>de</strong>s L. Cod. n. 5411 ; Gr. Godr. 1. c. p. 465; Bot.<br />

Mag. t. 2206 ; Wk. Lge. 1. c. p. 301.<br />

Prados, sitios relvosos e penhascos das regiões montan, e alpina. Bragança<br />

(Ferreira). — peren. Maio­Agost. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Suissa, Rai., Daim., Turq., Grec, Africa boreal.<br />

Sec. II. Cracca Riv. Tetr. irr. 49<br />

v46. V. tcnuifolia Rth. Tent. Fl. Germ. I, p. 309; Bss. Fl. Orient. II,<br />

p. 586 ; Wk. Lge. 1. c. p. 303 ; (Cracca tenuifolia Gr. Godr. 1. c. p. 469).<br />

β. 1 a t i f ο 1 i a Lge. Pug. p. 381.<br />

Mattagaes e campos das regiões inferior e montanhosa.— α. e β. Bragança:<br />

cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomen, Fonte Arcada e serra <strong>de</strong> Rebordão (P. Coutinho,<br />

Ferreira). — peren. Jun.­Jul. (v. s.)


70<br />

Hab. na Hesp., Fr., Europa med., Scandinavia austr., Dahn., Turq.,<br />

Russ. med. e austr., Oriente.<br />

ν 47. V. Cracca L. Cod. n. 5410; Engl. bot. t. 1168; Wk. Lge. 1. c.<br />

(Cracca major Frank.; Gr. Godr. 1. c. p. 468).<br />

Campos, prados e mattos das regiões inf. e montan. Cabeceiras "<strong>de</strong> Basto<br />

(D. M. Henriq.). — peren. Abril­Setemb. (v. s.)<br />

Hab. em toda a Europa e Siberia.<br />

OBSERV. A espécie que Brotero <strong>de</strong>screve com o nome <strong>de</strong> V. Cracca não é a <strong>de</strong><br />

Linneu; a diagnose da Flora Lusit. refere­se á V. varia Host. A V. Cracca L. é<br />

uma espécie perenne e não é tão frequente no paiz como menciona Brotero, emquanto<br />

que a V. varia é annual, é mais frequente e tem todos os caracteres específicos<br />

<strong>de</strong>scriptos na Fl. Lusit. II, p. 149. D'aqui posso concluir que é menos<br />

verda<strong>de</strong>ira n'este ponto a opinião do prof. Link, journ. <strong>de</strong> Schrä<strong>de</strong>r, II, fase. I,<br />

p. 97, quando affirma que a V. Cracca <strong>de</strong> Brotero é a 7. tenuifolia. Esta ultima<br />

espécie também é perenne e apresenta caracteres distinctivos <strong>de</strong> natureza a não<br />

po<strong>de</strong>rem permittir confusão com a Vicia <strong>de</strong> Brotero.<br />

v48. V, Gerardi Vill. Fl. Dauph. I, p. 256 ; Wk. Lge. 1. c. p. 304.<br />

(V. incana Vill. 1. c. Ill, p. 449 ; V. canescens S. S. Syll. 308 ; Cracca<br />

Gerardi Gr. Godr. 1. c. p. 469).<br />

Brenhas e mattos das regiões inf. e montan. Serra do Gerez (Ferreira).<br />

— peren. Jun.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Suissa, Austr., Ital., Dalm.<br />

49. V. varia Host. Fl. Austr. II, p. 332; Bss. Fl. Orient. II, p. 590;<br />

Wk. Lge. 1. c. (V. Cracca Brot. Fl. Lusit. II, p. 149 non L. ; V. polyphylla<br />

Rchb.; V. villosa ß. glabrescens Koch; Cracca varia Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 469.)<br />

Sebes e searas da região inf. Pr. do Porto serra do Pilar (Ferreira),<br />

pr. <strong>de</strong> Coimbra, Cidral, Zombaria, Eiras e S. João do Campo (Moller,<br />

Ferreira, Cortezão), Ourentâ? (A. <strong>de</strong> Carv.), Tavare<strong>de</strong> (Schmitz), Covilhã,<br />

pr. do Zêzere (R. da Cunha), Lisboa (P. Coutinho), Cintra (Welw.), Barreiro<br />

(Moller), Cartaxo (Cardoso), Montargil (Cortezão).— ann. Maio­<br />

Setemb. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Europa med. e austr. da Aliem, merid. até àHungr.<br />

e Turquia, Asia menor, Syria e Afr. bor.<br />

50. V. atro­purpurea Desf. Fl. AU. II, p. 164; Bss. Voy. bot. Esp.<br />

p. 160 ; Bot. Mag. XI, t. 871 ; Wk. Lge. 1. c. p. 305 (V. villosa Brot.<br />

Fl. Lusit. II, p. 150 non Roth.; V. Broteriana Ser. Syll. 308; V. benghalensis<br />

L.? Cracca atro­purpurea Gr. Godr. 1. c. p. 471).<br />

Sitios arenosos, relvosos e campos incultos da região inferior. Coimbra:


71<br />

Balèa, Zombaria, Eiras (Moller, Ferreira), Buarcos (Schmitz), Oliv, do<br />

Hospital, Moita (Ferreira), Cast. Branco (R. da Cunha), Ourentã ? (A. <strong>de</strong><br />

Carv.), Alfeite (Daveau), Alfarim, Valle <strong>de</strong> Zebro (Moller), Villa Fernando<br />

(Larcher), Faro (J. Guim.). — ann. Març.­Maio (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr. merid., Sar<strong>de</strong>n., Cors., Sicil., Ital., Dalm.<br />

51. V. monanthos Desf. Fl. Atl. II, p. 175; Wk. Lge. 1. c. p. 306;<br />

(Ervum monanthos L. Cod. n. 5428 ;. Brot. 1. c. p. 152; Cracca monanthos<br />

Gr. Godr. 1. c. p. 417).<br />

Subspontanea em terrenos cult, da região inf. Traz os Montes (Brot.),<br />

Bragança (Ferreira), serra <strong>de</strong> Monsanto (Daveau). — ann. Abril­Jun. (v. s.)<br />

Ervilhaca parda, ou Parda (em Traz os Montes).<br />

52. V. dispermaDC. Hort. Monsp. p. 154; Wk. Lge. 1. c. p. 301;<br />

(Ervum parviílorum Bertol.; Cracca disperma Gr. Godr. 1. c. p. 472).<br />

Sítios arenosos, terrenos pedregosos e mattagaes das regiões inf. e<br />

montan. Coimbra: Cidral e Sete Fontes (Moller), Alfeite (R. da Cunha),<br />

Barretes pr. <strong>de</strong> Marvão (Schmitz), Portalegre (R. da Cunha), Lusit. merid.<br />

(Bourg.). — ann. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr. austr., Cors., Sard., Ital., Sicilia.<br />

53. V. hirsuta Koch Syn. ed. 1, p. 191 ; Wk. Lge. 1. c. (V. parviílora<br />

Lap. Hist. abr. Pyr. p. 418; Ervum hirsutum L. Cod. n. 5426; Brot. 1.<br />

c. p. 152; Cracca minor Gr. Godr. 1. c. p. 473).<br />

Campos, entre searas das regiões inf. e montan. Bragança (Ferreira),<br />

S. Pedro da Cova (Schmitz), Oliv, do Con<strong>de</strong> (Α. <strong>de</strong> Carv.), Bussaco (Loureiro),<br />

Coimbra (Moller), serra da Louzã (Henriq.).— ann. Abril­Jul.<br />

Hab. em toda a Europa, India bor., Abyssinia, Ma<strong>de</strong>ira e Açores.<br />

Secç. ΠΙ. Ervum (L. ex p.)<br />

54. V. gracilis Lois. Fl. Gall. II, p. 148, t. 12; Bss. Fl. Orient. II,<br />

p. 596 ; Wk. Lge. I. c. p. 307; (V. laxiflora Brot. Phyt. Lusit. I, p. 125,<br />

t. 52; Ervum varium Brot. FI. Lusit. II, p. 152; E. gracile DC. Hort.<br />

Monsp. e Fl. Fr. V, p. 581 ; Gr. Godr. 1. c. p. 475).<br />

Nas searas, bordas dos campos, sebes e mattagaes das regiões inf. e<br />

submontan. Aveiro (Henriq.), Bussaco (Loureiro), S. Clara pr. <strong>de</strong> Coimbra<br />

(Mariz), Mir. do Corvo (Balthazar), Buarcos (Schmitz), Cast. Branco (R.<br />

da Cunha), Lumiar (Daveau), Quinta da Commenda pr. <strong>de</strong> Setúbal (Moller),<br />

Montargil (Cortezão), Faro (J. Guim.). — ann. Març.­Maio (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Ma<strong>de</strong>ira, Fr., Belg., Iiigl., Aliem. occ. e med.,<br />

Ital., Daim., Croac, Grec, Asia men., Syria.


72<br />

ν 55. V. tetrasperma Mnch. Meth. p. 148; Wk. Lge. 1. c. p. 308; (Ervum<br />

tetraspermum L. Cod. n. 5425; Gr. Godr. 1. c. p. 474).<br />

Terrenos cultivados, nas searas das regiões inferior e montanhosa. Margens<br />

do Douro: S. Paio (C. Barbosa). — ann. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp\, Fr., Europa media e austr. : da Ingl. e Suécia á Ital.,<br />

Russ. med., Asia menor e Persia.<br />

OBSERV. O sr. Bourgeau parece ter encontrado em Portugal, na sua excursão<br />

hispano­lusitanica em 1853, a V. púbescens DC. Não vi exemplares do paiz e<br />

ignoro a localida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> foi colhida.<br />

Secç. IV. Ervilia (Link)<br />

56. V. Ervilia Willd. Sp. pl. III, p. 1103; Wk. Lge. 1. c. ;. (Ervum<br />

Ervilia L. Cod. n. 5429; Brot. Fl. Lusit. U, p. 153; Ervilia sativa Lk.<br />

in enum. h. Berol. II, p. 240 ; Gr. Godr. 1. c. p. 475).<br />

Cuit, e subspont. nos campos, vinhas e searas da região inf. Coimbra e<br />

Beira (Brot.), serra <strong>de</strong> Monsanto pr. d'Alcantara (Daveau). — ann. Abril­<br />

Jun. (v. s.). Orobo das Boticas, ou Ervilha <strong>de</strong> ­pombo.<br />

Hab. na Hesp., Fr., Suissa, Belg., Allem, austr., Ital., Daim., Grec,<br />

Oriente.<br />

XV. Lens Toum. Inst. t. 210<br />

57. L. esculenta Mnch. Meth. p. 131; Gr. Godr. Fl. Fr. I, p. 476;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 309 (Ervum Lens L. Cod. n. 5424 ; Brot. Fl. Lusit. II,<br />

p. 152; Cicer Lens Willd.)<br />

Cultivada nas regiões inf. e montan. ; quasi espontânea ao sul <strong>de</strong> Portugal.<br />

Outeiros pr. <strong>de</strong> Lisboa (Brot.). — ann. Maio­Jul. (n. v.). Lentilha.<br />

Hab. cult, em quasi toda a Europa e zona mediterrânea.<br />

ν 58. L. nigricans Godr. Fl. Lorr. I, p. 173 ; Gr. Godr. 1. c; Wk. Lge.<br />

1. c. (Ervum nigricans M. Bieb. Fl. Tour. Cauc. II, p. 164 ; Ervum lentoi<strong>de</strong>s<br />

Ten.)<br />

Collinas relvosas, sitios arenosos da região inferior. S. Martinho pr. <strong>de</strong><br />

Castello Branco (R. da Cunha). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Europa austr., Grec, Asia menor, além do Cáucaso.<br />

XVI. Lathyrus L. Gen. pl. n. 872<br />

Secç. I. Clymenum DC.<br />

59. L. Clymenum L. Cod. n. 5397; Gr. Godr. 1. c. p. 479; Bss. Fl.<br />

Orient, p. 601; Wk. Lge. I. c. p. 311.<br />

α. tenuifolius Godr. (L. tenuifolius Desf. Fl. AU. II, p. 160).


73<br />

β. lati folius Godr. (L. Clymenum Brot. FI. Lusit. II, p. 140;<br />

L. purpureus Desf.)<br />

Mattos, sebes, bordas dos campos, searas e sítios abrigados da região<br />

inferior. — a. Quebrantões pr. do Porto (Casimiro), Alfeite (R. da Cunha);<br />

— β. Coimbra: Cidral e Balêa (Moller), Beira e Extrem. (Brot.), Cintra<br />

(Welw.), Arrentella (Daveau). —ann. Abr.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea e Ma<strong>de</strong>ira.<br />

60. L. articulatus L. Cod. n. 5393 ; Brot. 1. c. p. 139 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 479; Lam. Encycl. t. 632; Wk. Lge. 1. c. p. 312 (Clymenum Hisp.,<br />

11. vario, siliqua articulata Tourn. Inst.)<br />

Terrenos cult, e sebes da região inferior. Mir. do Corvo (Balthazar),<br />

Lisboa: Arcos das aguas livres, Tapada d'Ajuda (P. Coutinho, Moller),<br />

Cabo d'Espichel (Moller). — ann. Abr.­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Cors., Ital., Ma<strong>de</strong>ira.<br />

61. L. Ochrus DC. Fl. Fr. IV, p. 578; Gr. Godr. 1. c. p. 480; Wk.<br />

Lge. 1. c. (L. currentifolius Lam.; Pisum Ochrus L. Cod. n. 5375; Brot.<br />

1. c. p. 144).<br />

Nos campos e sitios incultos da região inferior. Coimbra (Α. <strong>de</strong> Carv.),<br />

Mir. do Corvo (Balthazar), Marvilla pr. <strong>de</strong> Lisboa (D. Sophia), serra <strong>de</strong><br />

Monsanto (Daveau), Cintra (Welw.), Costas <strong>de</strong> Cão (Daveau). — ann.<br />

Abr.­Maio (v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea.<br />

Secç. II. Aphaca Tourn. Inst. 223<br />

62. L. Aphaca L. Cod. n. 5385 ; Gr. Godr. 1. c. p. 480 ; Engl. Bot.<br />

t. 1167; Wk, Lge. 1. c. (Pisum Aphaca Brot. 1. c. p. 145).<br />

Nas searas, sitios arenosos, nas sebes das regiões inf. e montan. Mattosinhos<br />

(C. Barbosa), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.), Mainça pr. <strong>de</strong> Coimbra (Ferreira),<br />

Valle d'Alcantara (Daveau), Cintra (Welw.), Beja (R. da Cunha),<br />

— ann. Abr.­Maio (v. v.)<br />

Hab. na Europa med. e austr. da Ingl. e Dinam. à Russ. austr., Orient,<br />

e Afr. bor.<br />

Secç. III. Nissolia Tourn. Inst. 656<br />

ν 63. L. Nissolia L. Cod. n. 5386; Gr. Godr. 1. c. p. 481 ; Engl. Bot.<br />

t. 112; Wk. Lge. 1. c. p. 313.<br />

Lógares cultivados e relvosos, searas e prados da região montan. Bragança:<br />

Sabor (Ferreira). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Ingl., Fr., Europa med., Ital,, Dalm., Turq., Grécia, Cáucaso,<br />

Asia men. e Afr. boreal.


74<br />

Secç. IV. Cicercida Mnch. Meth. p. 163<br />

64. L. anmius L. Cod. n. 5393 ; Brot. 1. c. p. 141 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 482; Wk. Lge. 1. c. (L. Hispanicus Riv.)<br />

Nas searas, prados, sítios incultos e húmidos, nas sebes da região inferior.<br />

Eiras pr. <strong>de</strong> Coimbra (Ferreira), pr. <strong>de</strong> Lisboa (Brot.), Bemfica (Daveau),<br />

Faro (J. Guim.). — ann. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na zona mediterrânea, Ma<strong>de</strong>ira e Canárias.<br />

63. L. Cicera L. Cod. n. 5388; Brot. 1. c. p. 137; Gr. Godr. 1. c,<br />

p. 481 ; Wk. Lge. 1. c. (L. erythrinus Pr.; L. dubius Ten.)<br />

Nas searas, vinhas, sítios cuit, e incuit, das regiões inf. e submontan.<br />

Coimbra (Moller), Ourentã? (A. <strong>de</strong> Carv.), serra d'Arrabida (Moller), Beja<br />

(R. da Cunha). — ann. Abr.­Jun. (v. v.). Cldcharos miados.<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr., Suiss., Cors., Daim., Turq., Grec, Oriente,<br />

Afr. bor., Canárias.<br />

66. L. sativus L. Cod. n. 5389 ; Brot. 1. c. p. 138 ; Gr. Godr. I. c.<br />

p. 482; Wk. Lge. 1. c. p. 314.<br />

Nas searas e campos da região inf. Coimbra : Balêa e Cellas (Moller,<br />

Ferreira). — ann. Març.­Maio (v. v.). Cliiçharos grossos, ou ordinários.<br />

Hab. espont. na Europa austr., Oriente, Afr. bor., Abyssinia, cult, na<br />

Europa media.<br />

67. L. araphicarpos Brot. Fl. Lusit. II, p. 135, Phyt. Lusit. I, p. 163,<br />

t. 66 non L. (Cicerula silvestris, semine fusco, subterrâneo Grisl. Virid.<br />

n. 353 ; L. sativus L. ß. stipulaceus Wk. Prodr. Fl. Hisp. Ill, p. 315).<br />

Collinas e outeiros argiloso­calcareos das regiões inf. e submontan. Ourentã<br />

(A. <strong>de</strong> Carv.), Baléa, Eiras pr. <strong>de</strong> Coimbra (Moller, Ferreira), Arruda,<br />

collinas d'Alverca (Daveau), Faro e Loulé (J. Guim.). — ann. Març.­Maio<br />

(v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

OBSERV. Concordam os botânicos em que o Lathyrus amphicarpos L. é a mesma<br />

espécie <strong>de</strong> Sibth., Syll. 305, e <strong>de</strong> Moris., Pl. hist, ιιnίν. Π, ρ. 51, secç. Π,<br />

t. 23, f. 1. Admittida esta hypothèse, que também julgo verda<strong>de</strong>ira, a espécie<br />

portugueza, muito bem <strong>de</strong>scripta por Brotero, é différente do L. amphicarpos<br />

L.—O sr. Boissicr, fazendo a diagnose na Fl. Orient. II, p. 607 do L. amphicarpos<br />

(L.) Sibth., sob o nome <strong>de</strong> L. Mepharicarpus, ministra elementos bastantes<br />

para se conhecerem bem as differenças entre estas duas espécies. Os fructos da<br />

espécie <strong>de</strong> Brotero, entre outros caracteres, são glabros c limitados por duas azas<br />

membranaceas cm cada bordo, cm quanto que a espécie <strong>de</strong> Linneu tem as vagens<br />

celheadas e providas <strong>de</strong> duas azas somente no bordo superior, quemadmodum<br />

observare licet in Lathyro sativo, etc. como diz Morison. Propondo o sr. Boissicr


75<br />

o nome <strong>de</strong> L. blepharicarpus ao Lathyrus da Flora Grega, quiz evitar a sua confusão<br />

com as varieda<strong>de</strong>s amphicarpas dos L. sativus, L. setifolius e L. blepharicarpus,<br />

varieda<strong>de</strong>s que se afastam mais ou menos da espécie <strong>de</strong> Brotero, sem que<br />

alguma d'ellas lhe seja egual.—O sr. M.Willkomm no Prodr. Fl. Hisp. III, ρ 314<br />

, formou a varieda<strong>de</strong> β stipulaceus ao L. sativus L. com dois exemplares colhidos<br />

na prov. <strong>de</strong> Cadiz (Gaditana) e na Andaluzia (Baetica). Examinei estas plantas<br />

no herb, do Mediterrâneo, chegando á conclusão <strong>de</strong> que o exemplar da Andaluzia<br />

(Cabrera) é o L. amphicarpos Brot, e o <strong>de</strong> Yejer prov. <strong>de</strong> Cadiz (Wk. pl. exsicc.<br />

n. 568), sem hastes subterrâneas, tem os caracteres específicos do L. quadrimarginatusBorj<br />

etChaub., com que o Lathyrus <strong>de</strong> Brotero tem maxima affinida<strong>de</strong> e<br />

do qual se pô<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar uma varieda<strong>de</strong> amphicarpa.<br />

68. L. hirsutus L. Cod. n. 5398 ; Brot. Fl. Lusit. II, p. 141 ; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 481; Wk. Lge. 1. c.<br />

Terrenos cultivados, entre as searas da região inferior. Balêa pr. <strong>de</strong><br />

Coimbra (Moller), Venda do Pinheiro pr. <strong>de</strong> Torres Vedras, S. Martinho<br />

(Daveau). — bisann. Maio­Jul. (v. s.).<br />

Hab. na Hesp., Fr., Ingl., Europa med. e austr., Oriente e Afr. boreal.<br />

ν 69. I. Tingitanus L. Cod. n. 5396 ; DC. Prodr. II, p. 374 ; Bot. Mag.<br />

t. 100 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Nas sebes e brenhas da região inferior. Valle <strong>de</strong> Cannas pr. <strong>de</strong> Coimbra<br />

(C. Lobo). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Marrocos, Sar<strong>de</strong>nha e Ma<strong>de</strong>ira.<br />

*70. L. odoratus L. Cod. n. 5394; Brot. 1. c. ; Bot. Mag. II, t. 60;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 315.<br />

Cultivado nos jardins, subspontan, no alto da Conchada pr. <strong>de</strong> Coimbra<br />

(Moller). — ann. Maio­Agost. (v. v.). Ervilhas <strong>de</strong> cheiro,<br />

Hab. na Sicil. e Nápoles.<br />

Secç. V. Eulaihyrus Ser. ap. DC. Prodr. II, p. 369 (ex. p.)<br />

ν 71. L. silvestris L. Cod. n. 5401 ; Gr. Godr. 1. c. p. 482; Wk. Lge.<br />

p. 315.<br />

β. lati folius Peterm.<br />

Nos mattagaes e sitios selváticos <strong>de</strong> solo sombrio e fértil da região<br />

montan. Bussaco (Loureiro), Mir. do Corvo (Balthazar); — β. Pedras Salgadas<br />

(D. M. Henriq.), Óbidos (Daveau), Villa Franca (R. da Cunha),<br />

Quinta da Commenda (Moller). — perenn. Jun.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. em toda a Europa.<br />

OBSERV. O sr. Willkomm diz não ter visto da Hespanha a var. latifdius do<br />

L. silvestris. A julgar pelos exemplares existentes no herbario é a varieda<strong>de</strong> tão<br />

frequente em Portugal como apropria espécie typo. Apresenta­se esta planta corn


76<br />

menores dimensões em quasi Iodas as suas partes do que os exemplares congéneres<br />

d'outras regiões da Europa, forma que, no dizer <strong>de</strong> Brotero, também é commum<br />

ao L. latifolius <strong>de</strong> Portugal, o que realmente se verifica.<br />

ν 72. L. hcteropuyllus L. Cod. n. 5403 ; Gr. Godr. 1. c. p. 483 ; Wk.<br />

Lge. 1. c.<br />

Nos montados e searas da região montan. Bragança (P. Coutinho).—<br />

perenn. Jul.­Agost. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Europa med., Ital. superior.<br />

73. L. latifolius L. Cod. n. 5402; Brot. 1. c. p. 142; Gr. Godr. 1. c.;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 316.<br />

Nas sebes, brenhas, mattas das regiões inf. e montan. Bragança (Ferreira),<br />

Ourentã (A. <strong>de</strong> Carv.), Buarcos (Schmitz), serra <strong>de</strong> Monsanto<br />

(Moller), Cascaes (P. Coutinho), Portalegre (R. da Cunha), Estremoz, serra<br />

d'Ossa (Daveau). — peren. Jun.­Agost. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Allem., Ital., Russ. med. e austr.<br />

OBSERV. Esta espécie polymorphe conta em Portugal algumas varieda<strong>de</strong>s.<br />

Secç. VI. Orobastrum Bss. Fl. Orient. II, p. 601<br />

74. L. palustris L. Cod. n. 5404 ; Brot. 1. c. p. 142 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 487; Wk: Lge. I. c. p. 317 (Orobus palustris Rchb.)<br />

v ß. nudicaulis Wk. Sert. p. 45.<br />

Sitios selváticos, húmidos e paludosos. Óbidos, Grândola, Comporta<br />

(Brot.); — β. Montargil (Cortezão). — peren. Maio­Jul. (v. s. var. β.)<br />

Hab. na Hesp., espec. Fr., Ingl., Scandin., Europ. med., Ital. sup.,<br />

Russ. merid. e austr.<br />

75. L. pratensis L. Cod. n. 5400 ; Gr. Godr. 1. c. p. 488 ; Wk. Lge.<br />

1. c. p. 318 (L. segetum flore luteo Grisl. Virid. 833.)<br />

Nos prados, sebes, sitios relvosos e sombrios da região montan. Rebordans<br />

pr. Bragança (Ferreira). — perenn. Maio­Jul. (v. s.)<br />

Hab. em toda a Europa* Oriente, Asia centr. e Abyssinia.<br />

76. L. angulatus L. Cod. n. 5392; Brot. 1. c. p. 139; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 490; Wk. Lge. 1. c. (L. erectus Lag.; L. hexaedrus B. Ch.)<br />

Campos incultos, terrenos arenosos, searas, ribas e fragas sombrias das<br />

regiões inf. e montan. Bragança (Ferreira), Adorigo (Schmitz), Ourentã<br />

(A. <strong>de</strong> Carv.), Cast. Branco (R. da Cunha), Coimbra : Zombaria, Villa<br />

Franca, Mainça (Moller, Ferreira), Mir. do Corvo (Balthazar), Praia da<br />

Vieira (B. Gomes), Extrem, transtag. (Welw.), Barreiro (Moller), Montargil<br />

(Cortezão), Faro (J. Guim.). — ann. Abr.­Jul. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Ital., Grec, Afr. boreal.


77<br />

ν 77. L. sphaericus Retz. Obs. III, p. 39 ; Gr. Godr. 1. c. p. 490 ; DC.<br />

Ic. pl. ràriar. t. 32; Bss. FI. Orient. II, p. 613; Wk. Lge. I. c. (L. angulatus<br />

Sibth. Sm. Fl. Graec. t. 696 non L.; L. coccineus All. Fl. Ped. I,<br />

p. 330.)<br />

Nas vinhas, campos e searas das regiões inf. e submontan. Adorigo<br />

(Schmitz), Bussaco (Loureiro), Cintra (Welw., Mendia), serra d'Arrabida<br />

(Moller), Algarve ? (Bourg.). — ann. Abr.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. nas Canárias, Ma<strong>de</strong>ira, Balear., Hesp., Fr. med. e austr., Cors.,<br />

Ital., Suiss., Turq., Grecia.<br />

OBSERV. Esta planta, não <strong>de</strong>scripta ainda por botânicos portuguezes, foi <strong>de</strong>scoberta<br />

em Cintra por Welw itsch em 1840 antes <strong>de</strong> ser encontrada por Bourgeau<br />

em Portugal. Nos exemplares d'esta espécie, que vi do paiz, notei, com mais frequência,<br />

os pedúnculos tendo maior eomprimento que os peciolos das folhas, como<br />

observou o sr. Willkomm nos exemplares colhidos em Hespanha.<br />

78. L. setifolius L. Cod. n. 5391; Brot. 1. c. p. 138; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 491; Wk. Lge. 1. c. p. 319.<br />

Nas brenhas e sitios aridos das regiões inf. e montan. Douro, Traz os<br />

Montes e Beira boreal (Brot.). — ann. Abr.­Jun. (n. v.)<br />

Hab. na Hesp. Balear., Fr. merid., Cors., Sicil., Ital., Grecia.<br />

XVII. Orobus L. Gen. pl. n. 371<br />

79. 0. tiiberosus L. Cod. n. 5380 ; Brot. Fl. Lusit. II, p. 147 ; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 320 (O. prostratus Host. ; 0. macrorrhizus Wimm. ; Lathyrus<br />

macrorrhizus Gr. Godr. 1. c. p. 487.)<br />

Nas mattas e bosques das regiões inf. e submont. Serra <strong>de</strong> Rebordâo<br />

(Ferreira), Cab. <strong>de</strong> Basto (D. M. Henriq.), Bussaco (Henriq., Loureiro).<br />

— perenn. Abr.­Maio (v. s.).<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Fn, Europa med., Scandin., Ital., Turq., Russ.<br />

merid.<br />

80. 0. niger L. Cod. n. 5383 ; Brot. 1. c. p. 146 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

p. 321 (Lathyrus niger Wimm. Fl. Siles. p. 166 ; Gr. Godr. 1. c. p. 488.)<br />

Nas mattas da região montan. Serra <strong>de</strong> Rebordâo, Castro e cabeço <strong>de</strong><br />

S. Bartholomeu pr. <strong>de</strong> Bragança (Ferreira), entre Manteigas e Valhelhas<br />

(Brot.), Alcai<strong>de</strong> (R. da Cunha). — peren. Maio­Jul. (v. s.)<br />

Häb. em toda a Europa.<br />

XVIII. Pisum L. Gen. pl. n. 870<br />

*81. P. sativum L. Cod. n. 5372; Brot. I. c. p. 144; Gr. Godr. I. c.<br />

p. 477 ; Wk. Lge. 1. c. p. 322.


78<br />

Cultiva­se em todo o Portugal nas regiões inf. e montan. — ann. Maio­Jul.<br />

(v. v.) Ervilha.<br />

Hab. espont. no Oriente e cult, por toda a Europa.<br />

* 82. P. arvense L. Cod. n. 5373 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. ; Wk.<br />

Lge. 1. ci<br />

Cultiva­se como a prece<strong>de</strong>nte, mas mais rara. Coimbra : cerca <strong>de</strong> S. Bento<br />

(Ferreira), Cast. Branco (R. da Cunha). — ann. Maio­Jul. (v. v.). Ervilha<br />

miúda.<br />

Hab. espont. e subespont. no Peloponn. e Syria.<br />

OBSEKV. Segundo refere o sr. Nyman, Consp. Fl. Europ. 2, Welw. encontrou<br />

em 1841 na S. <strong>de</strong> Cintra specimens do Pisum elalius Stev. (n. v.)<br />

Trib. V. Pliasooloae DC. Prodr. Π, p. 381<br />

XIX. Phaseolus L. Gen. pl. n. 866<br />

* 83. Pb. multiflorus Wllld. Spec. pl. III, p. 1030; Brot. 1. c. p. 129;<br />

DC. Prodr. H, p. 392 ; Wk. Lge. 1. c. p. 324.<br />

Cultiva­se com frequência nas hortas. — ann. Jun.­Jul. (v. v.). Feijão<br />

vermelho.<br />

Hab. espont. na America tropical, cultiva­se em quasi toda a Europa.<br />

* 84. Ph. vulgaris L. Cod. n. 5314 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 457 ;<br />

Wk. Lge I. c.<br />

Cultiva­se nas hortas e campos em todo o Portugal. — ann. Jul.­Agost.<br />

(v. v.). Feijão branco.<br />

Cultiva­se em quasi toda a terra.<br />

OBSERV. Entre as muitas formas e varieda<strong>de</strong>s do Ph. vulgaris nota­se o PA.<br />

nanus Brot. Fl. Lusit. II, p. 130. Também, como planta <strong>de</strong> ornamentação, se<br />

cita o Caracoleiro Ph. Caracalla L. originário da India oriental.<br />

XX. Dolicnos L. Gen. pl. n. 867<br />

* 83. D. monachalis Brot. Fl. Lusit. II, p. 125 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Cultiva­se em sítios húmidos, férteis e arenosos das regiões inf. e<br />

montan, em quasi todo o Portugal. — ann. Estio (v. v.). Feijão fra<strong>de</strong>.<br />

Hab. na Hesp., etc.<br />

OBSERV. Outras espécies se cultivam cm différentes pontos dopaiz, como o D.<br />

Láblab L., D. Sinensis L., D. sesquipedalis L., D. UgnosusL., das quaes <strong>de</strong>generam<br />

algumas no D. monachalis.


79<br />

XXI. Erythrina L. Gen. pl. n. 855<br />

*86. Ε. Corallo<strong>de</strong>ndron L. Cod. n. 5175; Brot. 1. c. p. 131; DC. 1. c.<br />

p. 411; Wk. Lge. 1. c. p. 324.<br />

Cultiva­se nos jardins, mais frequente, ao sul <strong>de</strong> Portugal. — peren.<br />

Jun.­Jul. (n. v.) Arvore do Coral.<br />

Hab. nas Antilhas.<br />

OBSERV. Cultiva­se também no paiz a Coralleira cristada E. Crista galli L.<br />

arvore do Brazil (Brot.)<br />

Trib. VI. Loteae Benth. Hook. Gen. pl. I, 2, p. 442<br />

XXII. Cornicina Bss. Voy. bot. Esp. p. 162<br />

ν 87. C. Loeflingii Bss. 1. c. ; Wk. Lge. 1. c. p. 326 (Anthyllis Cornicina<br />

L. Cod. n. 5392 ; Cav. Ic. I, p. 27, t. 39.)<br />

Nos campos incultos da região inferior. Bragança: Sabôr (P. Coutinho,<br />

Ferreira). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

88. C hamosa Bss. 1. c; Wk. Lge. 1. c. p. 327. (Anthyllis hamosa Desf.<br />

Fl. Atl. II, p. 151 ; A. leguminosa, siliqua falcata annua Grisl. Virid. 106 ;<br />

A. cornicina Brot. 1. c. p. 154.)<br />

Terrenos arenosos, incultos e silvestres da região inferior. Barreiro,<br />

areaes do Tejo pr. <strong>de</strong> S. Antonio (Wehv.), Alfarim, Lavradio, Lagoa<br />

d'Albufeira (Moller), Moita (R. da Cunha), Montargil (Cortezão), Faro<br />

(Bourg.). — ann. Abril­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

OBSERV. Apesar <strong>de</strong> Brotero citar o A. cornicina L. na Fl. Lusit., a sua diagnose<br />

refere­se antes ao A. hamosa Bss. espécie frequente na Extrem., Alemt. e Algarve.<br />

Sigo 'neste ponto a opinião do prof. Link, Neu J. Schlad. 11, f. 1, p. 97.<br />

Não vi o A. cornicina L. da localida<strong>de</strong>, citada por Brotero (arredores <strong>de</strong> Lisboa),<br />

mas sim <strong>de</strong> Bragança, <strong>de</strong>vendo intcn<strong>de</strong>r­se que esta planta habita antes a parte<br />

boreal do paiz.<br />

89. C. lotoi<strong>de</strong>s Bss. 1. c. ; Wk. Lge. 1. c. (Anthyllis lotoi<strong>de</strong>s L. Cod.<br />

n. 5294; Brot. 1. c. p. 155 ; Cav. Ic. I, p. 28, t. 40).<br />

Nos campos incultos das regiões inf. e submontan. Entre Bragança e<br />

Rabal (Ferreira), Adorigo (Schmitz), Pinhão (Ferreira), Bussaco (J. Guim.),<br />

Coimbra: Villa Franca, Choupal (Henriq., Moller), Cast. Branco (R. da<br />

Cunha), Arrentella, Seixal (Wehv.), Montargil (Cortezão), Portalegre<br />

(Larcher), Beja (R. da Cunha).— ann. Maio­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hespanha.


80<br />

XXIII. Physanthyllis Bss. Voy. bot. Esp. p. 162<br />

90. Ph. lctraphylla Bss. 1. c, ; Wk. Lge. l. c. ; Rchb. le. XXII, t. 128<br />

(Anthyllis totraphylla L. Cod. n. 5290; Brot. l. c. p. 155.)<br />

Bordas dos campos, sitios cultivados e arenosos da região inf. Alemtejo<br />

(Henriq.), Serpa (Daveau), Montargil (Cortezão), V. R. <strong>de</strong> S. Antonio<br />

(Daveau), Faro (Welw.), Loulé (J. Guim.), entre Faro e Tavira (Brot.).<br />

— ann. Marc.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr. aust., Cors., Sard., Ital., Sicil., Grec, Asia<br />

men., Syria, Afr. boreal.<br />

XXIV. Anthyllis L. Gen. pi. n. 864 (ex p.)<br />

91. I. Vulneraria !.. Cod. n. 5291 ; Brot. 1. c. p. 154; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 380; Bss. FI. Orient. II, p. 458; Wk. Lge. 1. c. p. 332 (Vulneraria<br />

Anthyllis Scop.)<br />

a. vulgaris Wk.<br />

α. alb i flora (A. Vulneraria α. vulgaris Koch Syn.)<br />

γ. rub r i Flora (Vulneraria heterophylla Mnch.)<br />

γ. 1<br />

calicihus concoloribus.<br />

γ. 2<br />

calicibus discoloribus.<br />

b. hispida (A. hispida Bss. Reut. pug. p. 36.)<br />

a. rub r i f I ora.<br />

c. Webbiana Bss. Fl. Orient. 1. c. (A. Webbiana Hook. Bot.<br />

Mag. 3284).<br />

Nas pastagens, sitios relvosos, arenosos e alpestres por todo o Portugal<br />

e em todas as regiões: a α. Pousada ; C. Lobo); — a γ. Mir. do Corvo<br />

(Balthazar), Cintra (Mendia), costa <strong>de</strong> Caparica (Daveau), Portalegre (R.<br />

da Cunha) ; — b α. Coimbra (A. <strong>de</strong> Carv., Moller), Cintra (Welw.); —<br />

c Bragança: cabeço <strong>de</strong> S. Barth., Castro (Ferreira). — peren. Abr.­Jul.<br />

(v. s.) Vulneraria.<br />

Haba. esp. em toda a Europa, Afr. bor. e Abyssinia.<br />

OBSEBV. Cita Tournefort Inst. p. 651 uma espécie <strong>de</strong> Änthyllis com o nome<br />

<strong>de</strong> Barba Jovis minor, Lusitanica, fl. mínimo variegate, que Linnen dá como synonyme<br />

do teu A. helemphylia. Pela diagnose dt'Linnen Cod. n. 5299 parece<br />

set esta espécie bem caracterísada, mas o sr. Cosson, Not. p. 159, diz ter visto<br />

exemplares do Barba )Ȓi no proprio herbario <strong>de</strong> Tournefort, verificando serem<br />

estas duas especies synonymo do A. Gerardi L. Esta verificarão do sr. Cosson<br />

está <strong>de</strong> accordo conn a ausência em Portugal da espécie <strong>de</strong> Linneii, não tendo<br />

sido encontrada pelos botanicos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Tournefort ou Lírineu, sendo pelo contrarie<br />

muito commun) o A­ Geradi.<br />

XXV­ Dorycnopsis Bss. Voy, Exp. p. 165<br />

92. D­ Gerardi Bss, l, c. ; Gr. Godr. 1, c. p. 425 ; Wk, Lge. I. c.


81<br />

p. 333 (Anthyllis Gerardi L. Mant. Cod. n. 5293; Brot. 1. c. p. 155;<br />

A. heterophylla L. Cod. n. 5299 ; Dorycnium procumbens Lap.)<br />

Collinas seccas e vinhas da região inf. Mir. do Corvo (Leal), Cab. <strong>de</strong><br />

Basto (Ilenriq.), Bussaco (Loureiro), Coimbra: Balea, rib. <strong>de</strong> Coselhas<br />

(Moller, Ferreira), Cast. Branco (R. da Cunha), Torres Vedras: Vendas<br />

do Pinheiro (Daveau), Lumiar, Cascaes (Welw.), Montargil (Cortezão), Beja<br />

(R. da Cunha). — peren. Jun.-Jul. (v. v.)<br />

XXVI. Dorycnium Tourn. Inst. 391<br />

93. D. suflïuticosum Vill. Fl. Delph. Ill, p. 416; Gr. Godr. Fl. Fr. I,<br />

p. 426 ; Rchb. Ic. Fl. Germ. XXII, t. 137 ; Wk. Lge. 1. c. p. 335 (D.<br />

Monspeliensium Tourn.; Lotus Dorycnium L. Cod. n. 5701; Brot. Fl.<br />

Lusit. II, p. 123.)<br />

Collinas áridas e calcareas, sitios incultos e alpestres das regiões inf. e<br />

submontan. Bragança: Alfaião, Martinho Cançado (Ferreira), Montargil<br />

(Cortezão), entre Olhão e Tavira (Welw.). — peren. Abr.-Maio (v. s.)<br />

Hab. em Hesp., Balear., Fr. austr., Cors., Sar<strong>de</strong>n., Rai. superior.<br />

XXVII. Bonjeania Rchb. Fl. exe. p. 507<br />

94. D. recta Rchb. 1. c. ; Wk. Lge. 1. c. p. 336 (Dorycnium rectum<br />

DC. Prodr. II, p. 208 ; Bss. Voy. p. 172; Lotus rectus L. Cod. n. 5698 ;<br />

Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 429.)<br />

Logares húmidos, bordas dos ribeiros e das valias na região inf. Coimbra:<br />

rib. <strong>de</strong> Coselhas (Moller, C. Freire), Buarcos (Schmitz, Moller),<br />

Cintra (Valorado), pr. <strong>de</strong> Cascaes: rib. <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong> (P. Coutinho), Faro<br />

(J. Guim.).—-peren. Maio-Agosl. (v. v.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea.<br />

95. B. hirsuta Rchb. 1. c. ; Wk. Lge. I. c. p. 337 (Dorycnium hirsutum<br />

DC. I. c. ; Lotus hirsutus L. Cod. n. 5696 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr.<br />

1. c.<br />

Collinas seccas e calcareas da região inf. c terrenos arenosos do littoral.<br />

Pr. <strong>de</strong> Monchique (C. <strong>de</strong> Hoffmansegg). — peren. Maio-Jul. (n. v.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Europa méditer, e todo o Oriente.<br />

XXVIII. Tetragonolobus Scop. Fl. Cam. II, p. 87<br />

96. i. purpurei» Mnch. Meth. 164; Gr. Godr. 1. cl p. 428; Hchb.<br />

Ic. XXII, t. 136 ; Wk. Lge. 1. c. (Lotus Tetragonolobus L. Cod. n. 568«;<br />

L. siliquosn riibello lloro Clus. Grisl. Virid. n. 906.)<br />

Sitios cultivados, relvosos e vinlias da região inf. Bragança (M. Paulino).<br />

— ann. Febr.-Maio (v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterranen.<br />

0


82<br />

XXIX. Lotus L. Gen. pl. n. 879<br />

Secç. I. Krokeria Mnch. Meth. p. 143<br />

ν 97. 1. edulis L. Cod. n. 5689; Gr. Godr. 1. c. p. 434; Wk. Lge.<br />

1. c. p. 340 (Krokeria edulis Mnch. 1. c.)<br />

Terrenos arenosos <strong>de</strong> cascalho e pedras, outeiros calcareos da região<br />

inf. e littoral. Entre N. Senhora da Luz e Tavira (Wehv.). — ann. Abr.­<br />

Maio (v. s.)<br />

Ilab. na Hesp., Balear., Fr. merid., Cors., Sard., Ital. med. e inf.,<br />

Sicil., Grec, Syria e Afr. boreal.<br />

Secç. II. Lotea Med.<br />

ν 98. L. omitliopodioi<strong>de</strong>s L. Cod. n. 5693 ; Gr. Godr. 1. c. ; Wk. Lge.<br />

1. c.<br />

Sitios relvosos, arenosos, pedregosos e incultos da região inf. como o<br />

prece<strong>de</strong>nte, com que muitas vezes se encontra associado. Pr. <strong>de</strong> Tavira<br />

(Welw.). — ann. Âbr.­Maio (n. v.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea.<br />

99. L. Creticus L. Cod. n. 5695; Brot. 1. c. p. 120; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 433 ; Cav. Ic. II, p. 44, t. 156 ; Wk. Lge. Prodr. Fl. Hisp. Ill, p. 341.<br />

Nos areaes do littoral. Buarcos, Figueira da Foz (Henriq., Schmitz,<br />

Mariz), Gala (Moller), Cabo Mon<strong>de</strong>go (A. <strong>de</strong> Carv.). — peren. Març.­Maio<br />

(X.Y.). . .<br />

Hab. na Hesp., Balear., Cors., Sar<strong>de</strong>n., Sicil., Grec, Syria, Egypto.<br />

100. L. Salzmanni Bss. Reut. Pug. p. 37; Wk. Lge. 1. c. p. 342 (L.<br />

creticus Webb; L. commutatus Guss.)<br />

Nos areaes do littoral. Praia <strong>de</strong> S. Pedro (B. Gomes), praia das Maçãs<br />

(Valorado), Cabo <strong>de</strong> Sines (Daveau), Lagos do Algarve (Welw.), V. B. <strong>de</strong><br />

S. Antonio (J. Guim.). — peren, Março­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Tanger e Sicilia.<br />

Secç. III. Eulotus Ser. ap. DC. Prodr. II, p. 210<br />

ν 101. L. (jlareosus Bss. Reut. Pug. p. 36; Wk. Lge. 1. c; Relat. da<br />

exp. bot. á s. da Estrella n. 562,<br />

γ. g 1 a c i a 1 i s Bss. Reut.<br />

Terrenos <strong>de</strong> cascalho e seixo das regiões montan, e alpina. — γ. Serra<br />

da Estrella: S. Romão e Lagoa comprida (Ferreira). — peren. Jul.­Agosto<br />

(v.s.) • '<br />

Hab. na Hespanha.


83<br />

102. L. corniculalus L. Cod. n. 5699; Brot. 1. c. p. 121; Gr. Godr­<br />

1. c. p. 452; Wk. Lge. 1. c. p. 343.<br />

a. vulgaris Wk.<br />

a. genuinus.<br />

β. pedunculatus (L. pedunculatus Cav. Ic.)<br />

b. gracilis (L. Delorti Timb.)<br />

c. pilosus.<br />

«. c i 1 i a t u s (L. ciliatus Ten.)<br />

β. vi lios us (L. corniculatus γ. hirsutus Koch; L. villosus<br />

Thuill.)<br />

γ. alpinus Bss. Fl. Orient. II, p. 166.<br />

Sitios relvosos, cultivados, alpestres e arenosos <strong>de</strong> todo o Portugal, principalmente<br />

nas regiões inf. e montan. — α α. Bussaco (Loureiro), Montargil<br />

(Cortezão); — α β. Tibães pr. <strong>de</strong> Braga (A. Sequeira), Goes: Ponte do<br />

Sotam (Henriq.), Portalegre (R. da Cunha) ; — b. Bragança (Ferreira), Cab.<br />

<strong>de</strong> Basto (D. M. Henriq.), Cantanhe<strong>de</strong> (Moller) ; — ca. Povoa <strong>de</strong> Lenhoso<br />

(Couceiro), Adorigo (Schmitz), Coimbra (Moller), serra da Estrella: soutos<br />

<strong>de</strong> Valezim, S. Romão, Ponte da Murcella (Ferreira), Mir. do Corvo<br />

(Balthazar), Louzã (Henriq.), Marvão (R. da Cunha); — cß. Bragança<br />

(M. Paulino, Ferreira), Coimbra (Moller), Cintra (Mendia), serra d'Arrabida,<br />

Azeitão (Moller) ; — cy. serra da Estrella: Covão do Boi, penha do<br />

Gato (Henriq., Daveau). — peren. Abr.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. esp. em toda a Europa, Oriente, Asia boreal, Japão, Abyss., Nova<br />

Hollanda.<br />

103. L. uliginosus Schk. Handb. II, p. 412, t. 211; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 432; Wk. Lge. I. c. p. 345 (L. siliquosa palustris Grisl. Virid. n. 903;<br />

L. corniculatus silvaticus Brot. 1. c. ; L. pedunculatus Cav. Syll. 298 ; L.<br />

major Sm. Engl. bot. t. 2091.)<br />

Sitios pantanosos e húmidos, valias e poços. Villa Nova pr. <strong>de</strong> Bragança<br />

(Ferreira), Cab. <strong>de</strong> Basto (Henriq.), Gerez: Caldas, Ponte Feia, Leonte<br />

(D. M. Henriq., Moller), monte do Crasto pr. <strong>de</strong> Braga (A. Sequeira),<br />

Porto (Johnston), Ourentã (A. <strong>de</strong> Carv.), Pampilhosa, Paul <strong>de</strong> Foja,<br />

Coimbra : Zombaria, Balea, Quinta das Maias, Villa Franca (Moller), Mir.<br />

do Corvo (Balthazar), Louzã (Henriq.), serra da Estrella: Valezim, S. Romão<br />

(Henriq., Fonseca), Guarda (Daveau), Castello Branco (R. da Cunha),<br />

Cintra (Mendia), Cascaes (P. Coutinho), Corroios (Daveau), Montargil<br />

(Cortezão), Monchique (J. Guim.). — peren. Maio­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na iíesp., Balear., Fr., Ingl., Europa med. e austr., Ma<strong>de</strong>ira.<br />

104. Ι. arenarius Brot. Fl. Lusit. II, p. 120 ; Wk. Lge. 1. c. (L. aurantiacus<br />

Bss. El. 62 e Voy. bot. p. 174, t. 53).


84­<br />

Nos areaes do littoral e terrenos arenosos da região inferior. Costa da<br />

Trafaria (Brot.). — ann. Março­Jun. (n. v.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

105. L. Conimuricensis Brot. 1. c. p. 118 e Phyt. Lusit. I, t. 53; Gr.<br />

Godr. 1. c. p. 431 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Terrenos arenosos, relvosos e húmidos da' região inferior. Coimbra :<br />

Sete Fontes (Brot., Ferreira), Montargil (Cortezão). — ann. Abr.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Alger., Fr., Cors., Sar<strong>de</strong>n., Sicil., Ital. inf. e med.,<br />

Grec., Syria.<br />

106. L. augustissimus L. Cod. n. 5691; Bss. Voy. bot. Esp. p. 173;<br />

Gr. Godr. 1. c. p. 430; Wk. Lge. 1. c. p. 346 (L. diffusus Sol. ap. Sm.<br />

Engl. bot. t. 925 ; L. gracilis Wdst. Kit. pl. rar. Ung. t. 229 ; L. oligoceratos<br />

Brot. Fl. Lusit. I. c.)<br />

Sítios arenosos do littoral, arenosos e húmidos da região inf. Coimbra:<br />

Valle Damião (Brot.). — ann. Maio­Jul. (n. v.).<br />

Hab. na Hesp., Açores, Ma<strong>de</strong>ira, Canar., zona mediterrânea, Oriente.<br />

OBSERV. A comparação das diagnoses do L. oligoceratos Brot, e do L. angustissimus<br />

L.co exame a que procedi em exemplares d'esta ultima espécie, dc varias<br />

regiões da Europa, contraprovados com a opinião do prof. Link, Neu. J. Schrad. II,<br />

f. I, p. 96, levam­me a concluir que estas são uma e a mesma espécie.<br />

107. L. liispidus Desf. Cat. hort. Par. 190; Gr. Godr. 1. c, p. 431;<br />

Rchb. Ic. 1. c. t. 132 ; Wk. Lge. 1. c. (L. angustissimus β. major Mor.<br />

Fl. Sard.)<br />

Sítios arenosos, relvosos e húmidos, prados e campos das regiões inf. e<br />

mont. Cab. <strong>de</strong> Basto (D. M. Henriq,), Vizella (W'enceslau), Coimbra:<br />

Choupal (Henriq.), Buarcos (Schmitz, Moller), Paul <strong>de</strong> Fôja (Moller), Alfeite<br />

(Daveau), Cascaes: rib. <strong>de</strong> Capari<strong>de</strong>(P. Coutinho), Talheirão? (Welw.),<br />

Montargil (Cortezão), Monchique (Bourg.). — ann. Maio­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr. austr. e occid., Cors., Sar<strong>de</strong>n., Sicil., Rai.,<br />

Afr. boreal, Ma<strong>de</strong>ira.<br />

108. L. parviflorus Desf. FI. Atl. II, p. 206, t. 211 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 430 ; Wk. Lge. 1. c. p. 347 (L. microcarpos Brot. Fl. Lusit. II,<br />

p. 119; L. hispidus DC. Fl. Fr. nec Desf.; Dorycnium parviflorum DC.<br />

Prodr. II, p. 208.)<br />

Terrenos seecos e arenosos da região inferior. Ourentã (Α. <strong>de</strong> Carv.),<br />

Bussaco (Loureiro), Coimbra: Quinta das Maias, Mainça, Cidral, Coselhas<br />

(Moller, Ferreira), Louzã (Henriq.), Mir. do Corvo (Balthazar), Loires<br />

(Welw.) — ann. Abr.­Maio (v. v.)


85<br />

Hab. na Hesp., Açores, Ma<strong>de</strong>ira, Afr. boreal­occid., Fr. austr., Cors.,<br />

Sicilia, Ital. inf. e Archipelago.<br />

109. L. Castellanus Bss. Reut. Diagn. pl. Orient, n. 9, p. 34 e Pug.<br />

p. 38 ; Wk. Lge. I. c. (L. angustissimus var. hispidus pi. exs. 1845; L.<br />

angustissimus Brot. 1. c.)<br />

Campos incultos,sitios abrigados, arenosos, relvosos e alpestres das regiões<br />

inf. e montan. Coimbra: Coselhas (Ferreira), serra da Estrella (Fonseca),<br />

Torres Vedras : Vendas do Pinheiro (Daveau), Beja (R. da Cunha), Evoramonte<br />

pr. <strong>de</strong> Estremoz (Daveau). —ann. Jul.­Out. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

Trib. VIL Trifolieae Benth. et Hook. Gen. pl. I, p. 442<br />

XXX. Trifolium L. Gen. pl. 896<br />

l.° Trifolia bracteata<br />

Secç. I. Chronosemium Ser. ap. DC. Prodr. II, p. 204<br />

ν 110. T. Miforme L. Cod. n. 5680; Gr. Godr. Fl. Fr. I, p. 422; Wk.<br />

Lge. Prodr. Fl. Hisp. III, p. 350 (T. micranthum Viv. Syll. 296 ; Koch<br />

Syn. p. 195.)<br />

Prados, terrenos pedregosos e <strong>de</strong> cascalho das regiões inf. montan, e<br />

alpina. Fôja (Bruno), <strong>de</strong> Arrentella ao Seixal (Daveau). — ann. Maio­Jun.<br />

(V­ .8.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Fr., Ital., Turq., Caucas., Afr. boreal.<br />

OBSERV. Brotero na Fl. Lusit. cita o T. filiforme que, pela diagnose, se refere<br />

á espécie seguinte. É a confirmação do que observa o sr. Willkomm a respeito da<br />

frequência com que o T. filiforme L. tem sido confundido com o T. minus Sm.<br />

111. T. minus Sm. Brit. 1403; Wk. Lge. I. c (T. filiforme Brot. FI.<br />

Lusit. II, p. Ill ; DC. Fl. Fr. IV, p. 537 e outros ; T. procumbens L. Sp.<br />

pi. (nec Fl. Suec), Gr. Godr. 1. c. p. 423; Bss. Fl. Orient. II, p. 154.)<br />

Nos prados, caminhos e bordas dos campos da região inferior. Braga :<br />

monte do Crasto (Sequeira), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.), Bussaco (Loureiro),<br />

Coimbra: Coselhas (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar), Cast. Branco (R.<br />

da Cunha). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. em quasi toda a Europa e Açores.<br />

112. T. [uocuinbeus L. Fl. Suec. et herb, (non Sp. pl.), Sm. 1. c. 792;<br />

Brot. 1. c. p. 110; Wk. Lge. 1. c. (T. agrarium L. Sp. pi. ; Gr. Godr. 1.<br />

c; Bss. 1. c.)<br />

Sitios estereis, pastagens, margens dos rios e campos das regiões infe­


86<br />

rior e montanhosa <strong>de</strong> quasi todo o Portugal. Bragança : cab. <strong>de</strong> S. Bartholomen<br />

(Ferreira), Cab. <strong>de</strong> Basto (D. M. Henriq.), Braga (Sequeira),<br />

Ourentã (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra: Sete Fontes, Cumiada (Moller), Mir. do<br />

Corvo (Leal), Castello Branco (B. da Cunha), Cartaxo (Cardoso), Alter do<br />

Chão (Calado), Cintra (Mendia), Alfarim e entre Azóia e a Lagoa d'Albufeira<br />

(Moller), Villa Fernando (Larcher), Faro e pr. <strong>de</strong> Loulé (J. Guim.).<br />

— ann. Abr.-Jun. (v. v.)<br />

Hab. em toda a Europa, Afr. bor., Açores e Abyssinia.<br />

Secç. II. Trifoliastrum Ser. ap. DC. Prodr. II, p. 198<br />

113. T. repens L. Cod. n. 5649; Brot. 1. c. p. 103; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 419; Wk. Lge. 1. c. p. 354.<br />

Nos prados, terrenos cult, e húmidos das regiões inf. e montan. Cab.<br />

<strong>de</strong> Basto e Pedras Salgadas (D. M. Henriq.), Braga (Sequeira), Vizella<br />

(Wenceslau), Bussaco (Loureiro), Coimbra : Quinta das Maias, Villa Franca,<br />

Boa Vista, Coselhas, Zombaria (A. <strong>de</strong> Carv., Moller, Cortezão), serra da<br />

Estrella: Lapa dos Dinheiros (Henriq.), Leiria (C. Lobo), Cartaxo (Cardoso),<br />

Cintra (D. Sophia), Montargil (Cortezão), Portalegre (R. da Cunha),<br />

Faro: Atalaia (J. Guim.). — peren. Maio-Out. (v. v.)<br />

Hab. em toda a Europa, Siberia, Amer, boreal.<br />

114. T. isthmocarpum Brot. Phyt. Lusit. I, p. 148, t. 61 ; Wk. Lge. 1.<br />

c. p. 355.<br />

Terrenos húmidos das regiões inf. e montan. Cast. Branco : rib. da Lyra,<br />

Malpica: tapada da Sr. a<br />

do Carmo (R. da Cunha), Lisboa (P. Coutinho),<br />

Cintra e Mafra (Brot.), Cartaxo (Cardoso), entre Barreiro, Lavradio e<br />

Seixal (Moller, Daveau), pr. <strong>de</strong> Lagos (Bourg.). — ann. e bisann. Abr.-<br />

Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

115. T. nigrescens Viv. Fragm. p. 12, t. 15; Gr. Godr. 1. c. p. 419;<br />

Wk. Lge 1. c. p. 356 (T. hybridum Savi ; Brot. Fl. Lusit. II, p. 103 nec<br />

L. ; T. pallescens DC. Fl. Fr.)<br />

Campos, terrenos húmidos e arenosos da região inferior. Cartaxo (Cardoso),<br />

Queluz e Cintra (Brot.), Alfeite: praia (R. da Cunha), entre Barreiro<br />

e Lavradio (Moller). — ann. Março-Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Açores, Fr. merid., liai., Turq., Grec, Creta.<br />

116. T. cernuum Brot. Phyt. Lusit. I, p. 150, t. 62 ; Lge. Pug. p. 365 ;<br />

Wk. Lge. 1. c. (T. Perreymondi Coss. ap. Bourg, pl. exs. 1863, non Gr.<br />

Godr.; T. serrulatum Lag. Syll. 294.)<br />

Prados, sítios relvosos e arenosos da região montanhosa. Cab. <strong>de</strong> Basto


87<br />

(D. M. Henriq.), Torre das Vargens, Portalegre (R. da Cunha). — ann.<br />

Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

117. T. glomeralura L. Cod. n. 5668; Brot. Fl. Lusit. II, p. 108; Gr.<br />

Godr. 1. c. p. 416; Wk. Lge. 1. c. p. 357.<br />

Terrenos aridos, arenosos e cultivados, bordas dos campos e estradas <strong>de</strong><br />

solo calcareo da região inferior. Coimbra : Zombaria, Choupal, Cidral,<br />

Quinta das Maias (Moller), Cintra (Welw.), Alcochete (P. Coutinho).—<br />

ann. Março­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. occid., zona mediterrânea, Canárias e Açores.<br />

118. T. suffocatum L. Cod. n. 5682; Brot. Phyt. Lusit. I, p. 158, t. 64;<br />

Gr. Godr. 1. c. p. 416; Welw. cont. 104; Wk. Lge. 1. c.<br />

Sitios cult, e incult., arenosos e pedregosos da região inf. Pr. <strong>de</strong><br />

Coimbra? (Brot.), pr. <strong>de</strong> Lisboa : Lumiar, Algarve (Welw). — ann. Abr.­<br />

Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Fr. occid., e toda a zona mediterrânea.<br />

Secç. III. Mystilus Presl. Symb. I, p. 49<br />

119. T. spumosum L. Cod. n. 5672; Brot. Fl. Lusit. II, p. 109; Gr.<br />

Godr. I.e. p. 415; Moris. Fl. Sard. t. 63; Wk. Lge. 1. c. p. 358.<br />

Campos e outeiros arenosos e incultos da região inferior. Pr. <strong>de</strong> Lisboa<br />

(Brot.), Tapada d'Ajuda (Daveau, R. da Cunha), Faro (Bourg.), Olhão<br />

(Welw.), V. R. <strong>de</strong> S. Antonio (Daveau). — ann. Abr.­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Cors., Sard., Sicil., Ital., Grec, Turq.,<br />

Oriente, Afr. boreal.<br />

Secç. IV. Involucraria Hook. ap. Torr.<br />

ν 120. T. strictum L. Cod. n. 5647 ; Waldst. Kit. Ic pl. Hungar. t. 37 ;<br />

Wk. Lge. 1. c p. 359 (T. laevigatum Desf. Fl. Atl. II, p. 195, t. 208;<br />

Gr. Godr. 1. c. p. 416.)<br />

Prados da região montan. Castro pr. <strong>de</strong> Bragança (Ferreira), Malpica,<br />

Fundão: souto do Mouradouro (R. da Cunha). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. pccid. e austr., Cors., Sard., Ital., Hungr., Afr.<br />

boreal.<br />

Secç. V. Golearia Presl. 1. c. p. 49<br />

121. T. rcsiipinatum L. Cod. n. 5673; Brot. I. c. p. 109; Gr. Godr. 1.


88<br />

c. p. 414; Bss. Fl. Orient. II, p. 137; Wk. Lge. 1. c. p. 360 (T. bicorne<br />

Forsk.)<br />

a. majus Bss. 1. c. (T. suaveolens Willd. hb. Berol. t. 108.)<br />

β. minus Bss. 1. c. (T. Clusii Gr. Godr. 1. c.)<br />

Terrenos arenosos, relvosos, campos húmidos da região inferior. —<br />

α. Ourentã (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra : Bemcanta (Mariz), pr. <strong>de</strong> Santarém<br />

(Β. Gomes), Montargil (Cortezão); — β. Bussaco (Loureiro), Coimbra:<br />

cab. do Fidalgo (Moller), Buarcos (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar),<br />

Cast. Branco (R. da Cunha), Cintra (Valorado), Almada (Moller), entre<br />

Almada e Trafaria : costas <strong>de</strong> Cão (Daveau), Villa Fernando (Larcher),<br />

Évora (Daveau). — ann. Abr.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., toda a zona mediterrânea, Açores, Ma<strong>de</strong>ira e Canárias.<br />

122. T. tomentosum L. Cod. n. 5674; Brot. 1. c. p. 110; Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 414; Wk. Lge. 1. c.<br />

Terrenos arenosos, estereis e cultivados da região inferior. Vacariça (Α.<br />

<strong>de</strong> Carv.), Coimbra: Sete Fontes (Moller), Buarcos (Schmitz), Malpica<br />

(R. da Cunha), Cintra (Valorado), Almada (Moller), Faro (J. Guim.).—<br />

ann. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., zona mediterrânea e Canárias.<br />

123. T. fragiferum L. Cod. n. 5675 ; Brot. 1. c. p. 109 ; Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 413; Wk. Lge. 1. c. p. 361.<br />

Pastagens, prados, terrenos arenosos e húmidos das regiões inf. e submontan.<br />

Paul <strong>de</strong> Fója (Moller), Buarcos: fonte das Pombas, etc. (A. <strong>de</strong><br />

Carv., Henriq., Moller), Azambuja (R. da Cunha), Faro (J. Guim.).—<br />

peren. Maio­Setemb. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Scand., Europa med., zona mediterrânea. Oriente,<br />

Abyssinia, Canar. e Ma<strong>de</strong>ira.<br />

ν 124. T. Cupani Tin. Pug. Sic. p. 16 (T. physo<strong>de</strong>s Stev. in MB. Taur.<br />

Cauc. II, p. 217 ; Bss. Fl. Orient. II, p. 136 ; Nyman Consp. Fl. Europ. 2,<br />

p. 177; T. alatum Biv.; T. ovatifolium Bor. et Chaub. Fl. Pelop. p. 51,<br />

t. 28, fig. 1.)<br />

Bosques, mattas e sitios sombrios das regiões submontan, e montan.<br />

Eiras pr. <strong>de</strong> Coimbra (Ferreira), Cintra (Win<strong>de</strong>r), Cezimbra : Sanl'Anna<br />

(Moller). — peren. Jun.­Setemb. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Sicil., Grec, Oriente.<br />

OBSERV. Esta espécie, não citada até agora na peninsula, tem muitos pontos<br />

<strong>de</strong> semelhança com o Ύ. fragiferum l., do qual diffère por 1er a corolla o terço<br />

mais comprida, o estandarte mais alongado, o capitulo Moral maior e as lacinias<br />

do calice mais longas e menos <strong>de</strong>seguacs. As outras partes da planta são também<br />

proporcionalmente maiores, notando-se as estipulas longamente setaccas.


89<br />

2.° Trifolia ebracteata<br />

•Secç. VI. Stenosemiiim Celak. diss, in Oester, bot. Zeist. 1874, n. 2, 3<br />

125. T. striatum L. Cod. n. 5669; Brot. 1. c. p. 107; Gr. Godr. I. c.<br />

p. 412; Wk. Lge. 1. c. p. 362.<br />

α. genuinum Lge. Pug. p. 363.<br />

ß. brevi<strong>de</strong>ns Lge. 1. c.<br />

γ. pinescens Lge. 1. c.<br />

Pastagens, campos arenosos e terrenos calcareos das regiões inf. e submontan.<br />

— a. Mir. do Corvo (Balthazar), Portalegre (R. da Cunha), entre<br />

Faro e Loulé: S. João da Venda (Daveau); — β. Portalegre (R. da Cunha);—<br />

γ. Cast. Branco: monte Fidalgo (R. da Cunha). — ann. Maio­Jul.<br />

(v. s.)<br />

Hab. na Hesp., esp. em Ingl., Fr., Europ. med. e austr., Cáucaso.<br />

Secç. VII. Lagopus Koch Syn. p. 184<br />

126. T. pratcnse L. Cod. n. 5657; Brot. 1. c. p. 105 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 407 ; Wk. Lge. I. c. p. 364.<br />

ß. Pyrenaicum (T. pratense var. nivale? Costa hb.)<br />

γ. hirsutum Bss. Voy. bot. Esp. p. 170.<br />

Prados e sítios relvosos das regiões inf., montan, e subalpina.­—α. Bragança<br />

: cab. <strong>de</strong> S. Barth. (Ferreira), Cab. <strong>de</strong> Basto (D. M. Henriq.), Pedras<br />

Salgadas (Wenceslau), Bussaco (Loureiro, Ferreira), Coimbra: Quinta<br />

das Maias, matta do Rangel, margem do Mon<strong>de</strong>go (A. <strong>de</strong> Carv., Moller),<br />

Buarcos (Moller), Mir. do Corvo (Leal), Torres Vedras (Daveau), Cintra<br />

(Mendia), Collares (D. Sophia), Montargil (Cortezão), Portalegre (R. da<br />

Cunha); — 3. Monchique (J. Guim.);—γ. Guarda (Daveau), serra da<br />

Estrella (Fonseca), serra da Louzã (MoJler). — peren. Maio­Out. (v. s.)<br />

Trevo dos prados.<br />

Hab. esp. em toda a Europa.<br />

ν 127. T. medium L. Fl. Suec. ed. II, p. 558 ; Gr. Godr. 1. c. p. 406 ;<br />

Wk. Lge. 1. c. (T. Ilexuosum Jcq. Fl. Austr. t. 38).<br />

Sítios relvosos, sombrios e arborisados das regiões inf. e montan. Bragança:<br />

cab. <strong>de</strong> S. Barth. (Ferreira). — peren. Maio­Dezemb. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Scandin., Europa med. e austr., Siberia.<br />

128. T. ochrolcucum L. Cod. n. 5662; Brot. I.e. p. 106; Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 407 ; Jcq. I. c. t. 40 ; Wk. Lge. 1. c. p. 365.<br />

Prados, sitios relvosos, rochas sombrias das regiões inf. e montan. Cast.<br />

Branco : monte Brito, Cast. Novo : pr. do Cast, dos Mouros, Fundão :


90<br />

cab. <strong>de</strong> S. Braz (R. da Cunha), entre Fundão e Covilhã (Hffgg.). — peren.<br />

Jun.­Jul. (v. s.).<br />

Hab. na Hesp., Ingl , Escoe, Fr., Europa med. e austr., Cáucaso.<br />

* 129. T. incarnatum L. Cod. n. 5661 ; Gr. Godr. 1. c. p. 404; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 366 (T. Alopecurum latifolium, spica longa Barr.)<br />

Cultivado e subspontaneo nos prados e collinas férteis da região inf.<br />

Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra : Boa Vista e campo (Moller), Louzã<br />

(Henriq.), Cintra (Mendia), Faro (J. Guim.). — ann. Abr.­Maio (v. v.).<br />

Trevo.<br />

Hab. na Hesp., Fr., Ital., reg. do Danub., Turquia.<br />

130. T. angustifolium L. Cod. n. 5663 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 404 ; Wk. Lge. 1. c. (T. Alopecurum angustifolium elatius Barr.)<br />

Terrenos arenosos, relvosos, collinas incultas, bordas dos campos e dos<br />

caminhos da região inf. Bragança (Ferreira), Bussaco (Loureiro), Coimbra:<br />

Choupal, matta do Jardim, Conchada, Villa Franca (A. <strong>de</strong> Carv., Moller,<br />

Bruno), Cartaxo (Cardoso), serra <strong>de</strong> Monsanto (Mendonça), Cast. Branco:<br />

tapada da Mina, monte Fidalgo (R. da Cunha), Montargil (Cortezão), Villa<br />

Fernando (Larcher), Faro: Atalaia (J. Guim.) — ann. Abr.Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., zona mediterrânea, Açores, Canar., Ma<strong>de</strong>ira.<br />

131. T. stellatum L. Cod. n. 5665; Brot. 1. c. p. 107; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 403 ; Wk. Lge. 1. c. p. 367 (Lagopus minor erectus capite globoso<br />

stellato Barr. Ic. 830.)<br />

Sitios relvosos e arenosos, outeiros seccos, bordas dos caminhos e dos<br />

campos da região inferior. Ourentâ (A. dé Carv.), Bussaco (Loureiro),<br />

Coimbra : S. Antonio dos Oliv., Sete Fontes (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar),<br />

Louzã (Henriq.), Cast. Branco (B. da Cunha), pr. <strong>de</strong> Lisboa (D.<br />

Sophia), Cascaes (P. Coutinho), serra <strong>de</strong> Monsanto (Mendonça), Montargil<br />

(Cortezão). — ann. Març.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., toda a zona mediterrânea, Ma<strong>de</strong>ira e Canárias.<br />

132. T. lappaceum L. Cod. n. 5655 ; Brot. 1. c. p. 104 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 409 ; Moris. Fl. Sard. I, p. 482, t. 62, f. 1 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Campos, terrenos arenosos, outeiros seccos da região inf. Ourentâ (Α.<br />

<strong>de</strong> Carv.), Coimbra : Eiras, Zombaria, cab. do Fidalgo (Henriq., Moller,<br />

Ferreira), Figueira da Foz: Gala (Moller), Calhariz (Moller), Montargil<br />

(Cortezão), Beja: rib. dos Fra<strong>de</strong>s (R. da Cunha). — ann. Maio­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., toda a zona mediterrânea, Canar., Ma<strong>de</strong>ira, Açores.<br />

133. T. Cherlcri L. Cod. n. 5654; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 406;


91<br />

Moris. 1. c. t. 61; Wk. Lge. 1. c. p. %<br />

368 (T. sphaerocephalum Desf.<br />

FI. AU. II, t. 209, 2.)<br />

Collinas abrigadas e relvosas, campos incultos da região inferior. Coimbra :<br />

Cellas, Mainça (Moller, Ferreira), Cast. Branco : rib. da Farripinha (R.<br />

da Cunha), Cintra (Valorado), Montargil (Cortezão), Serpa (Daveau), pr.<br />

<strong>de</strong> Portalegre (C. Machado), Beja : Coitos (R. da Cunha), Faro (J. Guim.).<br />

— ann. Abr.­Maio (v. s.)<br />

Hab. como a prece<strong>de</strong>nte.<br />

ν 134. T. hirlum Ali. Auct. p. 20; Gr. Godr. 1. c. p. 405; Wk. Lge.<br />

1. c. (T. hispidum Desf. FI. Atl. II, p. 200, f. 1.)<br />

Collinas abrigadas, sitios arborisados e cultivados da região inf. Bragança<br />

(Ferreira). — ann. Abr.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea.<br />

135. T. diffusum Ehrh. Beitr. VII, p. 165; Gr. Godr. 1. c. p. 406;<br />

Wk. Lge. 1. c. (T. purpurascens Both. Cat. Bot. fase. I, p. 91 ; Brot.<br />

1. c. p. 105.)<br />

Prados, sitios sombrios e húmidos. Vizeu, Lamego (Brot.), Cast. Branco:<br />

monte Fidalgo (R. da Cunha). — ann. Jun.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. merid., Cors., Sard., Turq., Russ. austr., prov.<br />

Caucasiana.<br />

136. T. sparrosiim (L.?) DC. Prodr. II, p. 194; Brot. 1. c. p. 106<br />

(T. Panormitanum Presl. Fl. Sic. I, p. 20; Gr. Godr. 1. c. p. 409; Bss.<br />

Fl. Orient. II, p. 128 ; Wk. Lge. 1. c.)<br />

Valles húmidos e prados da região inferior. Coimbra : Balea (Moller),<br />

Buarcos (Schmitz), Lisboa : Lumiar, Campoli<strong>de</strong> (Welw., P. Coutinho),<br />

Villa Fernando (Larcher). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Canárias e toda a zona mediterrânea.<br />

OBSERV. O Trifolium citado, cujos exemplares examinei com cuidado, é a<br />

espécie <strong>de</strong> De Candolle. O nosso Brotero, fazendo na Flora referencia á espécie<br />

<strong>de</strong> Linneu, accentua um caracter (fa<strong>de</strong>s T. pratensis) que não quadra bem com<br />

esta espécie. O T. squarrosum L. c espécie duvidosa, e julgo acertado referir a<br />

synonymia <strong>de</strong> Brotero a De Candolle.<br />

ν 137. T. maritimum Huds. Fl. Angl. p. 284; Gr. Godr. 1. c. p. 408 ;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 369 (T. irreguläre Pourr. nec Presl. ; T. rigidum Savi<br />

Fl. Pis. t. I, f. 1.)<br />

Sitios arenosos e húmidos da região inf. Santarém (Β. Gomes), S. Martinho<br />

do Porto (Daveau), entre Barreiro e Lavradio (Moller), Lagos,<br />

(Bourg.). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Ma<strong>de</strong>ira, Fr. oçcid., zona mediterrânea,


92<br />

138. T. ligusticum Balb. Att. acad. ital. I, p. 192; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 409; Wk. Lge. 1. c. (T. arrectisetum Brot. Phyt. Lusit. I, p. 152,<br />

t. 63.)<br />

Terrenos argilosos e arenosos da região inf. Coimbra : Zombaria (Moller),<br />

Mir. do Corvo (Balthazar), serra da Louzã (Moller), Malpica: tapada<br />

da Senhora do Carmo (R. da Cunha), Monchique (Bourg.). — ann. Maio-<br />

Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., zona mediterrânea, Canárias, Ma<strong>de</strong>ira e Açores.<br />

139. T. arvense L. Cod. n. 5664; Brot. Fl. Lusit. II, p. 106; Gr.<br />

Godr. 1. c. p. 410 ; Wk. Lge. 1. c. p. 370.<br />

Campos arenosos, outeiros seccos e bordas dos caminhos das regiões<br />

inf. e montan. Cab. <strong>de</strong> Basto (Henriq.), Braga : monte do Crasto (Sequeira),<br />

Moledo (Wenceslau), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra : Balea,<br />

Cidral, Coselhas, Choupal, Zombaria, Villa Franca (Moller, Bruno), serra<br />

da Estrella : Manteigas (Daveau), serra da Louzã (Henriq.), Cast. Branco :<br />

serra da Cardosa (R. da Cunha), Caldas da Rainha (Daveau), Cartaxo<br />

(Cardoso), Arrentella (Daveau), Montargil (Cortezão), Alter do Chão (Calado),<br />

Villa Fernando (Larcher), serra dOssa (Daveau), Beja: Senhora das<br />

Neves (B. da Cunha), Faro: S. Ant. do alto (J. Guim.). — ann. Maio-Jul.<br />

(v. v.) Pé <strong>de</strong> lebre.<br />

Hab. em toda a Europa e zona mediterrânea, Açores, Canárias, Abyssinia.<br />

140. T. Bocconi Savi Att. Acad. ital. I, p. 91, f. 1 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 411; Wk. Lge. 1. c. p. 371 (T. semiglabrum Brot. Phyt. Lusit. I,<br />

p. 155, t. 63 ; T. biceps aestivum, Lusitanum Grisl. Vir. Lusit. n. 1433.)<br />

Terrenos arenosos, alpestres, arborisados, outeiros aridos e margem dos<br />

campos. Vacariça (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra : Cidral, Quinta das Maias,<br />

Balea (Moller, Bruno), Cast, <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>: Prado (R. da Cunha). — ann.<br />

Jun.-Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Ital., Turq., Afr. bor. e occid., Canárias.<br />

141. T. scahrum L. Cod. n. 5667; Brot. Fl. Lusit. II, p. 107; Gr.<br />

Godr. 1. c. p. 412; Wk. Lge. 1. c. p/371.<br />

Terrenos arenosos e cultivados, campos incultos, muros, outeiros seccos<br />

das regiões inf. e montan. Vacariça (A. <strong>de</strong> Carv.), Bussaco (Loureiro),<br />

Coimbra ; S. Ant. dos Oliv., Sete Fontes (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar),<br />

Figueira da Foz : Gala (Moller), Montargil (Cortezão), Serpa (Daveau),<br />

Cabo d'Espichel. (Moller), Beja: S. Pedro (R. da Cunha). — ann.<br />

Maio-Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Europa med. e austr., prov. Caucas., Syria, Palest.,<br />

Pers., Afr. bor., Açores.


93<br />

Secç. VIII. Calycomorphum Presl. Symb. p. 50<br />

142. T. subterraneum L. Cod. n. 3652; Brot. 1. c. p. 103; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 413; Wk. Lge. I. c. p. 374.<br />

Prados, terrenos relvosos incultos, outeiros seccos, bordas dos campos e<br />

dos caminhos das regiões inf. e submontan. Coimbra : Balea, Cellas, S.<br />

Ant. dos Oliv., Sete Fontes (A. <strong>de</strong> Carv., Moller), Mir. do Corvo (Balthazar),<br />

Montargil (Cortezão), serra <strong>de</strong> Monsanto (P. Coutinho), Serpa<br />

(Daveau), Beja: Senhora das Neves (R. da. Cunha), Faro (J. Guim.).—<br />

ann. Março­Out. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Fr. occid., zona mediterrânea, Ma<strong>de</strong>ira, Canárias.<br />

XXXI. Melilotus Tourn. Inst. 406<br />

Secç. I. Coelorytis Ser. ap. DC. Prodr. II, p. 186<br />

ν 143. M. alba Desr. ap. Lam. Diet. IV, p. 63; Gr. Godr. 1. c. p. 402;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 373 (Trifolium Melilotus officinalis var. ß. fl. albo L.;<br />

M. vulgaris Willd. En. hort. Berol. p. 790 ; M. leucantha Koch ap. DC.<br />

Fl. Fr. V, p. 564; M. vulgaris altíssima fl. albo Tourn. Inst.)<br />

Terrenos férteis e relvosos das regiões inf. e montan. Valbom : margem<br />

do Douro (Casimiro).—bisan. Maio­Setemb. (v. s.)<br />

Hab. em toda a Europa, Siberia e China.<br />

ν 144. M. Ncapolitana Ten. Fl. Nap. prodr. Suppl. I, p. 56 et FI. Napol.<br />

t. 176, f. 1 ; Gr. Godr. 1. c. p. 401 ; Wk. Lge. 1. c. (M. gracilis DC.<br />

Fl. Fr. V, p. 565.)<br />

Terrenos seccos e arenosos das regiões inf. e montan Caldas <strong>de</strong> Moledo<br />

(Wenceslau), Porto : Areinho <strong>de</strong> Quebrantões (Casimiro), Malpica : margem<br />

do Tejo (R. da Cunha). — ann. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Ital. austr., Balear., Cors., Grec, Asia men., Afr.<br />

bor., Abyssinia.<br />

145. M. parviílora Desf. Fl. Atl. H, p. 192; Gr. Godr. 1. c p. 401;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 374 (Trifol. Melilotus Indica var. I L. Cod. n. 5638;<br />

Brot. Fl. Lusit. II, p. 102; M. indica All. Fl. Pe<strong>de</strong>m. I, p. 308.)<br />

Pastagens, sitios arenosos e terrenos húmidos das regiões inf. e montan.<br />

Ourentã (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra: Zombaria, Sant'Anna (Moller), Figueira<br />

da Foz (Moller), Buarcos (Schmitz), Lisboa, Cascaes, Alcochete (P. Coutinho),<br />

Cintra (Welw.), Almada, Calhariz (Moller), Beja: valle d'Aguilhoes<br />

(R. da Cunha), Faro (J. Guim.). — ann. Maio­Jun. (v. v.). Ânaphe.<br />

Hab. na Hesp., toda a zona mediterrânea, índia, America e Afr. austral,


94<br />

* 146. M. Itálica Lam. Diet. IV, p. 65 ; Gr. Godr. 1. c. p. 400 ; Wk.<br />

Lge. 1. c. (Trifol. Melilotus Itálica L. Cod. n. 5641 ; "Brot. 1. c.)<br />

Cult, e subspont. em terrenos férteis e arenosos da região inf. Coimbra:<br />

cerca do Jardim (Bruno), Alemtejo e Estremadura (Brot.). — ann. Abr.­<br />

Maio (v. V.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr. austr., Ital. austr., Sicil, Grec, Asia men.,<br />

Afr. boreal.<br />

Secç. H. Plagiorytis Ser. 1. c.<br />

147. M. officinalis Desr. ap. Lam. Diet. IV, p. 63 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 402; Wk. Lge. 1. c (M. arvensis Wallr. Sched.; Trifol. Melilotus officinalis<br />

L. ex p.; Brot. 1. c. p. 101.)<br />

Nas searas, sitios arenosos, cult, e incuit, da região inf. Douro e Traz<br />

os Montes (Brot.). — bisan. Maio­Setemb. (n. v.)<br />

Hab. na Hesp., toda a Europa med., Fr., Ital. sup. e med., Turq., Grec,<br />

Russ. austral.<br />

ν 148. M. elegans Salzm. ap. DC. Prodr. 1. c. p. 188 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 40 ; Wk. Lge. 1. c. p. 375 (M. collina Guss.)<br />

Terrenos cultivados. Beja: rib. dos Fra<strong>de</strong>s (R. da Cunha). — ann.<br />

Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. e Ital. austr., Cors., Asia men., Palestina, Abyssinia,<br />

Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Secç. III. Qirorytis Koch Syn.<br />

149. M. segetalis Ser. ap. DC. Prodr. II, p. 187; Wk. Lge. 1. c. (Trifol.<br />

Melilotus segetalis Brot. 1. c. p. 484.)<br />

Searas, caminhos, cômoros e terrenos arenosos da região inf. Campos<br />

<strong>de</strong> Tavare<strong>de</strong> pr. da Fagueira da Foz (Schmitz), Lisboa (Brot.), Bemfica<br />

(Daveau), Cintra (Welw.), Villa Fernando (Larcher), Faro (J. Guim.).—<br />

ann. Abr.­Jun. (v. s.). Anaphe ordinário.<br />

Hab. provavelm. na Hespanha.<br />

OBSERV. Esta cspccic, que o sr. Willkomm consi<strong>de</strong>ra duvidosa, é bem caraeterisada.<br />

Tem muita affinida<strong>de</strong> com. o M. intermedia Bss., dê que diffère pela<br />

planta toda glabra, pelo caule por vezes erecto: inter segetes et in locis subumbrosis<br />

semper erectus (Brot.), pelos foliolos das folhas serrilhadas até á base e<br />

maiores, e pela inílorescencia menos pedunculada e um pouco menos <strong>de</strong>nsa. O sr.<br />

Nyman, Consp. Fl. Europ. 2, p. 171, suppõe ser o M. segetalis synonymo do M.<br />

sulcata Desf., <strong>de</strong> que o M. intermedia representa uma varieda<strong>de</strong> peninsular. Sendo,<br />

como é, polymorphe a espécie <strong>de</strong> Desfonlaines, po<strong>de</strong> admiltir­se que o M. segetalis<br />

seja d'ella uma forma ou varieda<strong>de</strong> occi<strong>de</strong>ntal.


95<br />

150. M. infesta Guss. Prodr. II, p. 486; Gr. Godr. I. c. p. 400; Rodrig.<br />

Suppl. al catal. pl. Bal. p. 17; Wk. Lge. 1. c. p. 376.<br />

Terrenos arenosos e húmidos das regiões inf. e submontan. Bussaco<br />

(Loureiro), Lisboa (P. Coutinho), Faro (J. Guim.). — ann. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Balear., Ital. austr., Syria, Palestina.<br />

ν 151. M. Hessanensis Desf. Fl. Atl. II, p. 192; Gr. Godr. 1. c. p. 399;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 376 (Trifoi. Messanense L. Cod. n. 5644.)<br />

Campos incultos da região inf. Campinas, pr. <strong>de</strong> Faro (J. Guim.).—<br />

ann. Març.­Maio (V. s.)<br />

Hab. na zona mediterrânea.<br />

XXXII. Medicago L. Gen. pl. n. 899<br />

Secç. I. Lupidaria Ser. ap. DC. Prodr. II, p. 172<br />

152. M. Lupulina L. Cod. n 5718; Brot. Fl. Lusit. II, p. 112; Gr.<br />

Godr. Fl. Fr. I, p. 383 ; Wk. Lge. 1. c. p. 377.<br />

Sitios relvosos, cultivados, bordas dos caminhos, entulhos, região inf. e .<br />

montan. Vizella (Wenceslau), Ourentã (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra : Cellas, rib.<br />

<strong>de</strong> Coselhas (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar), Pinhal <strong>de</strong> Fôja (Ferreira),<br />

Buarcos (Moller), Caldas da Rainha (Daveau), serra <strong>de</strong> Cintra (D. Sophia,<br />

Valorado). — ann. e bisan. Maio­Outub. (v. v.)<br />

Hab. em toda a Europa, zona mediterrânea e Açores.<br />

Secç. II. Falcago Rchb. Fl. exs. p. 504<br />

* 153. M. arbórea L. Cod. n. 5712; Bss. Fl. Orient. II, p. 93; Moris.<br />

Fl. Sard. t. 35 ; Wk. Lge. 1. c. p. 377.<br />

Subspont. e cult, nos jardins e mattas. — arbusto. Març.­Abr. (v. s.)<br />

Hab. cult, e subspont. na Hesp., espont. em Napol., Grec, Asia menor.<br />

154. M. faleata L. Cod. n. 3717; Brot. 1. c. p. 485; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 383 : Wk. Lge. 1. c. p. 378 (M. sativa, A. macrocarpa, a. faleata Urb.<br />

monogr. gen. Medicag. p. 56.)<br />

Terrenos arenosos, pedregosos e cultivados das regiões inf. e montan.<br />

Bragança : Sabor (Ferreira), Coimbra : Camarzão (Ferreira), serra <strong>de</strong><br />

Monsanto, Bemfica (Daveau, Mendonça). — peren. Abr.­Agost. (v. s.).<br />

Luzerna <strong>de</strong> sequeiro.<br />

Hab. na Europa med. e austral.<br />

* 155. M. sativa L. Cod n. 5716; Brot. 1. c. p. 112; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 384; Wk. Lge. 1. c. (M. sativa A. d. vulgaris Urb. 1. c.)<br />

Cult, nos prados, cômoros, sitios húmidos das regiões inf. e montan.


96<br />

Pedras Salgadas (D. M. Henriq.), Paul <strong>de</strong> Fôja (Moller), Lisboa : Bellas,<br />

etc. ÍValorado, R. da Cunha). — peren. Maio­Outub. (v. s.). Luzerna.<br />

Hab. cult, na Hesp., espont. na Russ. austr., Asia occid. e centr , índia<br />

oriental.<br />

156. M. marina L. Cod. n. 5719; Brot. 1. c. p. 113 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 392; Urb. 1. c. p. 59 ; Wk. Lge. 1. c. p. 379.<br />

Frequente nas areias das costas do Atlântico e Mediterrâneo. Mattosinhos<br />

(Casimiro), Espinho, Figueira da Foz: Gala (Moller), Buarcos (Α.<br />

<strong>de</strong> Carv.), praia da Vieira (Β. Gomes), Barreiro, Trafaria (P. Coutinho,<br />

Daveau), V. R. <strong>de</strong> S. Antonio (J. Guim.).—peren. Abr.­Jun. (v. v.)<br />

Secç. Hl. Spirocarpos Ser. 1. c.<br />

Subsecç. I. Orbiciãares Urb. 1. c. p. 60<br />

157. M. orbicularis All. Fl. Pe<strong>de</strong>m. I, p. 314; Brot. 1. c. p. 385; Urb.<br />

1. c. ; Wk. Lge. 1. c. p. 381 (M. polvmorpha a. orbicularis L. Cod.<br />

. n. 5720.)<br />

ß. marginata Benth. Cat. Pyr. p. 100 (M. marginata W.)<br />

Sitios arenosos e cuit, da região inf. Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra:<br />

Quinta das Maias, Cellas, Eiras (Moller), Lisboa (P. Coutinho), Alcantara<br />

(Valorado), serra <strong>de</strong> Monsanto (Daveau), Cintra (Valorado), Calhariz<br />

(Moller) ; — β. Bragança (P. Coutinho).—­ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea, Canar., Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Subsecç. II. Scutellatae Urb. 1. c. p. 63<br />

158. SI. scutellata All. 1. c. p. 315 ; Brot. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 384;<br />

Urb. 1. c. ; W r<br />

k. Lge. 1. c. (M. polymorpha β. scutellata L. Cod. 1. c.)<br />

Campos, searas, outeiros cult, da região inf. Lisboa e Extremadura<br />

(Brot.). — ann. Maio­Jun. (n. v.)<br />

Hab. na zona mediterrânea.<br />

Subsecç. III. Intertextae Urb. 1. c. p. ­61<br />

159. M. intertexta Gartn. <strong>de</strong> fruct. et sem. II, p. 350; Brot. 1. c. p. 114;<br />

Willd. Sp. pl. III, p. 1411 ; Urb. 1. c; Wk. Lge. 1. c. p. 382 (M. polymorpha<br />

ε. intertexta L. Cod. 1. c.)<br />

Outeiros calcareos, campos cultivados. Arredores <strong>de</strong> Lisboa, Caparica<br />

(Brot.). — ann. Abr.­Maio (n. v.)<br />

Hab. na Hesp., e parte da zona mediterrânea occi<strong>de</strong>ntal, Canárias.<br />

ν 160. M. ciliaris W. 1. c; Urb. 1. c; Wk. Lge. 1. c. (M. polymorpha,<br />

χ. ciliaris L. Cod. 1. c.)


97<br />

Campos cult, c inciilt. da região inf. Lumiar: pr. <strong>de</strong> Lisboa (Κ. da<br />

Cunha). — arm. Abr.­Maio (v. s.) ­<br />

Hab. na Hesp., zona mediterrar.oa, Ma<strong>de</strong>ira, Canárias.<br />

Observ. Brotero, Fl. l.usit. II, p. Iii, cila uma espécie que não correspon<strong>de</strong><br />

ao M. ciliaris Willd. O nosso illustre botânico contundiu a var. ciliaris do M.<br />

polymorpha L. com o Μ. hispida Gartn., espécies perfeitamente distinetas ; esta<br />

ultima é muito frequente em.Portugal e a outra tão pouco, que a apresento como<br />

novida<strong>de</strong> para a nossa flora.<br />

Subsecç. IV. Pachyspirae Urb. 1. c. ri 65<br />

161. 31. obscura Retz. Obs. bot. I, p. 24, emend. Urb.; Wk. Lge. 1. c.<br />

p. 383.<br />

b. Helix (M. Helix Willd. 1. c. p. 1409.)<br />

α. i n er m i s Urb.<br />

β. aculeata Guss. (M. spinulosa DC. Fl. Fr. et Prodr. II,<br />

p. 176.)<br />

c. tornata Urb. (M. tornata Willd. 1. c. ; M. polymorpha γ. tornata<br />

L. 1. c.)<br />

a. in er m is Urb. (M. tornata Brot. 1. c.)<br />

ß. m uri cat a Urb. (M. miiricata Willd. 1. c. ; Brot. 1. c.<br />

p. 116; M. polymorpha ξ. muricata L. Cod. 1. c.)<br />

Campos e terrenos incultos da região inferior. — b a. Queluz pr. <strong>de</strong><br />

Lisboa (1). Sophia) ; — & β. Coimbra : Cumiada (C. Lobo), Lisboa e entre<br />

Almada e Caparica (P. Coutinho); — cα. Arredores <strong>de</strong> Lisboa e Extremadura<br />

(Brot.) ;—cß. Figueira da Foz: Gala ; entre o Barreiro e Lavradio<br />

(Moller), Faro: Monte Negro, S. Ant. do Alto (J. Guim.). — ann. Abr.­<br />

Maio' (vü'SL).<br />

Hab. na Hesp. e esp. na zona mediterrânea austr.­occid., Ma<strong>de</strong>ira,<br />

Gaúááriasi;<br />

ν 162. M. truncatula Gärtn. 1. c. ; Urb. 1. c. p. 67; Wk. Lge. 1. c.<br />

b. Iongeaculeata Urb. (M. tribuloi<strong>de</strong>s Desr. ap. Lam. Dich III,<br />

p. 635.)<br />

Sítios arenosos e incultos da região inf. Coimbra : cab. do Fidalgo<br />

(Henriq.), Zambujal pr. <strong>de</strong> Cezimbra (Moller), casal d'Azoia entre. Espichel<br />

e Cezimbra (Daveau). — ann. Març.­Maio (v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea, Ma<strong>de</strong>ira e Canárias.<br />

ν 163. M. riyidula Desr. ap. Lam. 1. c. p. 634; Urb. 1. c. p. 68; Wk.<br />

Lge. 1. c. (M. polymorpha i. rigidula L. Cod. 1. c. ; M. Gerardi Kit. ap.<br />

Willd. Sp. pi. ΠΙ, p. 1415; M. villosa DC. Fl. Fr. IV, p. 545.)<br />

Sítios arenosos, pedregosos e incultos, relvosos e cult, das regiões inf.<br />

7


98<br />

e montan. Coimbra: valle <strong>de</strong> Coselhas, Cumiada (C. Lobo). — ann. Abr.­<br />

Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Europa méditer., Fr. merid., Hungr., Oriente, Egypto.<br />

164. M. littoralis Rhod. ap. Lois. Not. p. 118 ; Moris. Fl. Sard. p. 430,<br />

t. 40 ; Urb. 1. c. p. 69 ; Wk. Lge. 1. c. p. 384.<br />

b. breviseta DC. Fl. Fr. V, p. 568.<br />

c. longiseta DC. 1. c; forma sinistrorsa (M. littoralis Gr. Godr.<br />

1. c. p. 393.)<br />

Nos areaes do littoral das regiões mediterrânea e atlântica e no interior<br />

em terrenos arenosos e seixosos das regiões inf. e submontan. — b. Buarcos:<br />

praia (Henriq., Moller); — c. Villa B. <strong>de</strong> S. Antonio (J. Guim.).—<br />

ann. Març.­Maio (v. s.)<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea e Canárias.<br />

165. M. luibinata W. 1. c. p. 1409 ; Moris. Fl. Sard. p. 445, t. 45 ;<br />

Urb. 1. c. p. 70 (M. polymorphe turbinata L. Cod. 1. c.)<br />

a. inermis Aschers. Cat. h. Berol. app. 1871.<br />

β. sinistrorsa Asch. (M. turbinata Gr. Godr. 1. c. p. 395.)<br />

b. aculeata Gärtn. <strong>de</strong> fr. et sem. II, p. 349 (M. villosa Brot. 1. c.)<br />

a. <strong>de</strong>xtrorsa Asch.; Wk. Pug. p. 98 (M. sphaerocarpa<br />

Csta. Fl. Catai. p. 60.)<br />

β. sinistrorsa Asch. (M. muricala Benth. Cat. Pyr. p. 102.)<br />

Campos e terrenos incuit., arenosos e relvosos das regiões inf. e submontan.—<br />

α β. Serra d'Arrabida, Gezimbra : Sant'Anna (Moller) ; —<br />

b α. Coimbra : Eiras (Ferreira), Zombaria, Conchada (Moller, Bruno), Mir.<br />

do Corvo (Balthazar), entre o Barreiro e Lavradio, Calhariz (Moller) ; —<br />

δ β. Cast. Branco: läge do Boneco (II. da Cunha), Ourentâ (A. <strong>de</strong> Carv.),<br />

Coimbra : cab. do Fidalgo (Henriq.), casaes d'Azoia pr. do Cabo d'Espichel<br />

(Moller), Faro»: Senhora da Sau<strong>de</strong> (J. Guim.). — ann. Març.­Maio<br />

(v. s.)<br />

Il­ab. na Hesp. e zona mediterrânea.<br />

ν 166. M. tuberculala W. 1. c. p. 1410; Urb. 1. c. p. 71; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 395 ; Wk. Lge. 1. c. p. 385 (M. pubescens DC. Cat. h. Monsp.;<br />

M. Catalonica Schrank.)<br />

Campo e terrenos cult, das regiões inf. e montan. Serra <strong>de</strong> Monsanto<br />

(B. da Cunha). — ann. Abr.­Maio (v. s.)<br />

llab. na Catalunha e zona mediterrânea.


99<br />

Subsecç. V. Euspirocarpae Urb. 1. c. p. 73<br />

167. M. Aramea All. Fl. Pe<strong>de</strong>m. T, p. 315; Brot. 1. c. p. 115; Urb.<br />

1. c. p. 73 ; Wk. Lge. 1. c. p. 389 (M. polymorpha vj. Arabica L. Cod.<br />

1. c; M. maeulata W. 1. c. p. 1412; Gr. Godr. 1. c. p. 391.)<br />

Terrenos relvosos e húmidos, cômoros dos caminhos da região inf. Bussaco<br />

(Loureiro), Coimbra : Cellas, Quinta das Maias, Cidral (Moller), Loires<br />

pr. <strong>de</strong> Lisboa (Valorado), Cintra (Daveau). — ann. Abr.­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Fr., Belg., toda a Europa austr., Persia e Algeria.<br />

168. M. hispida Gärtn. 1. c. p. 349 emend. Urb. 1. c. p. 74; Wk. Lge!<br />

1. c. (M. ciliaris Brot. 1. c. p. ,114; M. <strong>de</strong>nticulata Bss. Fl. Orient. II,<br />

p. 102 non W.)<br />

aa. microcarpa Urb.<br />

a. oligogyra Urb.<br />

β. apiculata Urb. (M. apiculata W. 1. c. p. 1414.)<br />

γ. <strong>de</strong>nticulata Urb. (M. <strong>de</strong>nticulata W. 1. c.)<br />

66. macrocarpa Urb. (M. lappacea Desr. ap. Lam.)<br />

a. tricycla Urb. (M. lappacea a. tricycla Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 390.)<br />

β. longispina Urb.<br />

6. pentacycla Urb. (M. lappacea ß. pentacycla Gr. Godr. 1. c.)<br />

ß. breviaculeata Urb. (M. Terebellum W. 1. c.)<br />

γ. longeaeuleata Urb. (M. pentacycla DC. Cat. h<br />

Monsp.)<br />

Terrenos arenosos, incuit, e relvosos, campos e searas da região inf.—<br />

var. microcarpa : α β. Coimbra : Zombaria (Moller), Cezimbra : entre Valle<br />

Negro e Sant'Anna, Cabo d'Espichel (Moller); —ο γ. Bussaco (Loureiro),<br />

Coimbra : Cidral, Quinta das Maias (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar) ;<br />

— var. macrocarpa: α β. Buarcos, entre Barreiro e Lavradio (Moller);<br />

— 6 β. Coimbra: Cidral, Sete Fontes (Moller), Cartaxo (Cardoso), Valle<br />

d'Alcantara (Daveau); — δγ. Faro: Atalaia (J. Guim.). — ann. Abr.­Jun.<br />

< ν<br />

· ν<br />

·) ;<br />

Hab. na Hesp., esp. Europa med. e austr., zona méditer., Canar., Ma<strong>de</strong>ira,<br />

Açores, Asia cenlr., Abyssinia.<br />

Subsecç. VI. Leptospirae Urb. 1. c. p. 76<br />

169. M. minima Lam. Diet. III, p. 636; Brot. 1. c. p. 115; Urb. 1. c.<br />

p. 78; Gr. Godr. 1. c. p. 391 ; Wk. Lge. 1. c. p. 387 (M. polymorpha<br />

p. minima L. Cod. I. c; M. recta Desf. Fl. AU.)<br />

a. pubescens Wbb. Hist. nat. Ganar.


100<br />

α. vulgaris Urb.<br />

ß. longiseta DC. Prodr. II, p. 178.<br />

b. moHissima Koch Syn. p. 161 (M. mollissima Roth. Cat. bot.)<br />

Terrenos cult., relvosos e pedregosos, rochas abrigadas das regiões inf. e<br />

subinontaii. — α α. Ourentã (A. <strong>de</strong> Carv.), Mib do. Corvo '(Balthazar) ; —<br />

α β. Coimbra : cab. do Fidalgo (Henriq.), Serpa (Daveau) ; — b. Coimbra :<br />

Sete Fontes, S. Ant. dos Oliv. (.Moller). — arm. Març.­Maio (v. s.)<br />

Hab, na Furopa quasi toda, zona mediterrânea, Asia occid., Canárias.<br />

XXXIII. Trigonella L. Gen. pl. n. 898<br />

Secç. I. Buceras Mnch. Meth.<br />

170. T. Monspeliaca L. Cod. n. 5708; Brot. 1. c. p. 117; Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 397; Wk. Lge. 1. c. p. 389.<br />

Sítios arenosos, outeiros áridos da região inf. Bragança (Ferreira), tapada<br />

d'Ajuda pr. <strong>de</strong> Lisboa (Daveau). — ann. Març.­Jun. (v, s.)<br />

Hab..na Hesp., toda a zona mediterrânea, Suissa austr., Tyrol, Austr.,<br />

Persia.''.<br />

171. T. ornilhopodioi<strong>de</strong>s DC. Fl. Fr. IV, p. 550; Gr. Godr. 1. c. p. 398;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 390 (Trifoi. Melilotus ornithopodioi<strong>de</strong>s L. Cod. n. 5643 ;<br />

F'alcatula falso trifolium Brot. Phyt. Lusit. I, p. 160, t. 65.)<br />

Sítios incultos das regiões inf. e submontan. Fòja (Bruno), arred. <strong>de</strong><br />

Lisboa (Welw.). — ann. Maio­Jun. (v. s).<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr. e occid., Ingl.., Ital., Baleares, Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Secç. II. Foenum Graecum DC. Prodr. II, p. 182<br />

172. T. Foenum graecum L. Cod. n. 5710; Brot. Fl. Lusit. II, p. 117;<br />

Gr. Godr. 1. c; Wk. Lge. 1. c. p. 391.<br />

Terrenos cult, e incuí., searas da região inf. Extremadura e Alemtejo<br />

(Brot.).— ann. Abr.­Jun. (n. v.). Feno Grego, Alforvas.<br />

1 lab. na zona mediterrânea, Mesopotam., Persia, Abyssinia.<br />

XXXIV. Ononis L. Gen. pl. n. 863<br />

Secç. I. Acanthononis Wk. Prodr. Fl. Iiisp. Ill, p. 392<br />

v 173. 0. campestris Koch et Ziz Cal. Pal. 22; Gr. Godr. I. c. p. 373 ;<br />

Wk. Lge. 1. c. (O spinoa α L. Sp. pl. 1006; Wallr. Sched. p. 378.)<br />

Sítios arenosos e calcareos, pastagens, margens dos rios e bordas dos<br />

campos da região inf. Coimbra: Mont'arroio, Estação (Α. <strong>de</strong> Carv., Moller),<br />

Buarcos: fonte das Pombas (Moller). — peren. Jun.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. em quasi toda a Europa.


101<br />

im. 0. procurrens Wallr. 1. c. pi 381; Gr. Godr. 1. c. p. 374· ; Lge.<br />

Pug. p. 352 ; Wk. Lge. 1. c. p. 393 (O. Miniana Plan. Fl. Galleg. p. 166.)<br />

α. ν u I g a r i s Lge. Bidr. til synonym, p. 41 (0 spinosa ß. L. 1. c.;<br />

Brot. I. c. p. 96 ; 0. arvensis Lam.)<br />

3. s pi nos is s ima Lge. 1. c. (0. antiquorum Wk. Sert. p. 41<br />

non L.)<br />

Sitios arenosos, calcareos, outeiros seccos, caminhos, vallados e campos<br />

das regiões inf. e montan. — α. Coimbra : Santa Clara (Ferreira), Celorico<br />

da Beira (Lucio), serra <strong>de</strong> Monsanto (Daveau), Alter do Chão (Calado) ;<br />

— Ï. Caldas <strong>de</strong> Moledo (Wenceslau); Santarém (Cardoso), serra <strong>de</strong> Monsanto<br />

(Daveau), Montargil (Cortezão).—perenn. Maio­Jul. (v. s.) Resta<br />

boi, Unha gata.<br />

Hab. em toda a Europa.<br />

ν 175. 0. antipornm L. Cod. n. 5264; Gr. Godr. 1. c. p. 374; Wk.<br />

Lge. 1. c. (0. spinosa Cav. Prael. n. 1135; Anonis legitima antiquorum<br />

­Tourn. Cor.)<br />

Terrenos incultos, calcareos, cult., campos aridos nas regiões inf. e submontan.<br />

Caldas <strong>de</strong> Moledo (Henriq., Wenceslau).—peren. Jun.­Setemb.<br />

(v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Daim., Grec, Archip., Asia men., Persia.<br />

Secç. H. Bugrana DC. Prodr. Π, p.. 162<br />

Subsecç.. L Eiibugrana Wk.<br />

176. 0. pinnata Brot. Fl. Lusit. II, p. 99; Wk. Lge. 1. c. p. 395.<br />

Terrenos arenosos das regiões inf. e submontan. Castello Branco : rio<br />

Ponsul (R. da Cunha), Montalvão, entre Abrantes e Casa Nova (Hffgg.).<br />

­•—annj Maio­Jun..[(va s.)<br />

Hab. na Andaluzia.<br />

177. 0. Picardi Bss. El. n. 55 et Vov. bot. Esp. p. 154, t. 45; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 396. .<br />

β. grandi flora Coss.<br />

Terrenos arenosos da região inferior e do littoral. Ourentâ, Ponte <strong>de</strong><br />

Vagos (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra : Villa Franca (Moller), Cast. Branco: rio<br />

Ponsul (R. da Cunha), Azambuja (Daveau), entre Azóia e a lagoa οΓAlbufeira,<br />

Cezimbra, Cabo.d'Espichcl (31oller), Arrentella (Daveau), Grândola?<br />

(Welw.), Villa R. <strong>de</strong> S. Antonio (Daveau) ; — β. Lagos, Algarve (Bourg.).<br />

— ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

líabj.na Hespanha,.!


102<br />

178. 0. Bourgaei Bss. Reut. Pug. p. 31; Wk. Lge. 1. c. (0. Picardi<br />

var. Coss. ap. Bourg, pl. exs. n. 1822.)<br />

Terrenos arenosos da região inf. Arredores <strong>de</strong> Faro (J. Guim., Bourg.).<br />

— ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

179. 0. diffusa Ten. Prodr. p. 14 Fl. Neapol. I, t. 169; DC. Prodr. II,<br />

p. 163; Bss. Pug. p. 34; Wk. Lge. 1. c. p. 398 (0. serrata Gr. Godr.<br />

Fl. Fr. I, p. 375.)<br />

Nos areaes do littoral. Entre Barreiro e Lavradio (Moller). — ann.<br />

Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Cors., Sard., Sicil., Ital. inf. e med., Afr.<br />

boreal.<br />

ν 180. 0. serrata Forsk. Fl. Aeg. arab. p. 130 ; Lge. Pug. p. 350 ;<br />

Wk. Lge. 1. c.<br />

ß. intermedia (0. serrata Coss.)<br />

Sitios arenosos do littoral. Alcochete : entre as marinhas (P. Coutinho).<br />

— ann. Maio­Agosto (v. s.)<br />

Hab. na Galliza e Algeria.<br />

181. 0. mitissima L. Cod. n. 5269; Brot. 1. c. p. 97; Bss. Voy. bot.<br />

p. 154; Gr. Godr. 1. c. p. 377; Wk. Lge. 1. c. p. 399.<br />

Outeiros calcareos, sitios arenosos, argilosos e húmidos, margem dos<br />

campos da região inf. Coimbra: Camarzão, Balêa (Bruno, Ferreira),<br />

Buarcos: pinhaes (Henriq.), Leiria (C. Lobo), Tapada d'Ajuda (Welw.),<br />

Lisboa: Arcos das aguas livres (P. Coutinho). — ann. Maio­Jul. (v. v.)<br />

Hab. na zona mediterrânea, Ma<strong>de</strong>ira, Canárias.<br />

182. 0. alopecuroi<strong>de</strong>s L. Cod. n. 5270; Brot. 1. c. p. 98; Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 378 ; Wk. Lge. I. c. p. 400.<br />

Campos e terrenos cultivados da região inf. Arredores <strong>de</strong> Lisboa e Extremadura<br />

(Brot.). —ann. Maio­Jun. (n. v.)<br />

Hab. na zona mediterrânea austral.<br />

Subsecç. II. Bugranoi<strong>de</strong>s DC. 1. c.<br />

183. 0. Columnae All. Fl. Pe<strong>de</strong>m. I, p. 518, t. 20 ; Brot. Phyt. Lusit. I,<br />

p. 135, t. 56; Gr. Godr. 1. c. p. 376; Wk. Lge. 1. c. p.401 (O. parviflora<br />

Lam. Diet.; Desf. Fl. Atl.; Brot. Fl. Lusit. II, p. 96 e Phyt­ Lusit.<br />

fase. I, n. 27.)<br />

Outeiros calcareos e seecos, campos incultos, terrenos <strong>de</strong> pousio das


103<br />

regiões inf. e montan. Torre <strong>de</strong> Villela pr. <strong>de</strong> Souzellas (Ferreira),<br />

Eiras pr. <strong>de</strong> Coimbra (Moller), Mir. do Corvo (Balthazar), serra d'Arrabida<br />

(Wehv., Moller). — peren. Maio­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Europa med. e austr., Asia men., Syria, Pers. bor. e<br />

occid., Afr. boreal.<br />

184. 0. Cintrana Brot. Phyt. Lusit. I, p. 138, t. 57; Wk. Lge. 1. c.<br />

p. 417.<br />

Terrenos incultos das regiões inf. e montan. Cintra (Brot., Valorado),<br />

Lumiar pr. <strong>de</strong> Lisboa (Welw.), Portalegre: Senhora da Penha, Beja:<br />

Charneca do Queroal (B. da Cunha), serra d'Ossa (Daveau). — ann. Jun.­<br />

Jul. (v. s.)<br />

Secç. III. Natrix Mnch. Meth. p. 157 (ex p.)<br />

Subsecç. I. Natricoi<strong>de</strong>s Wk.<br />

185. 0. Broteriana DC. Prodr. II, p. 162; Wk. Lge. 1. c. p. 417 (O.<br />

racemosa Brot. Fl. Lusit. II, p. 97.)<br />

Terrenos arenosos pr. d'Obidos e do logar <strong>de</strong> S. Martinho na Estremadura<br />

(Brot.). — ann. primavera (n. v.)<br />

OBSERV. Colloco esta espécie na presente secção, levado pela auctorida<strong>de</strong> dos<br />

srs. De Candolle e Willkomm, parecendo­me antes <strong>de</strong>ver ser colíocada na secção<br />

Bugrana por ter as folhas íloraes superiores reduzidas a simples bracteas (Brotero<br />

1. c), caracter que Moench exclue da sua secç. Natrix.<br />

186. 0. reclinata L. Cod. n. 5278; Brot. 1. c. p. 97; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 372; Bss. Voy. bot. p. 153 (0. laxiflora Viv. Fl. Cors, nec Desf.)<br />

a. genuin a Gr. Godr. 1. c.<br />

Outeiros áridos, sitios arenosos, mattagaes da região inf. — α. Coimbra:<br />

Balêa, S. Jorge (Moller, Ferreira), Buarcos (Schmitz), serra d'Arrabida :<br />

valle do Solitário (Moller), Cast, <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> : Prado (R. da Cunha), Campinas<br />

pr. <strong>de</strong> Faro (J. Guim.). — ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na zona mediterrânea, Abyssin., Canárias.<br />

OBSERV. O prof. Link, J. <strong>de</strong> Schrad. II, f. I, p 96, consi<strong>de</strong>ra o O. reclinata<br />

da Flora Lusitanica <strong>de</strong> Brot, synonymo do O. pendula Desf. Não é verda<strong>de</strong>ira a<br />

opinião do illustre botânico prussiano, não só porque a espécie <strong>de</strong>scripta por<br />

Brotero contém os principaes caracteres que a distinguem do O pendula, como<br />

são: a cór purpurina clara do estandarte, o maior comprimento da vagem com<br />

relação ao calice e a disposição do caule, umas vezes erecto outras ramificado e<br />

diffuso ; mas também porque estes caracteres quadram em todos os exemplares<br />

do O. reclinata L., colhidos nas localida<strong>de</strong>s acima citadas, não se tendo, poremquanto,<br />

encontrado no paiz a espécie <strong>de</strong> Dcsfontaines.<br />

187. 0. puhcsceus L­ Cod. ft. 5272; ßss. Voy. bot. p. 151 ; Gr. Godr.


104<br />

l. c. p. 371; Wk. Lge. 1. c. p. 405 (0. arthropodiu Brot. Fl. Lusit. il,<br />

p. 94; Phyt. Lusit. I, p. 141, t. 58 ; 0 calycina Lain.)<br />

Outeiros áridos, sítios abrigados, terrenos ealcareos e em pousio da<br />

região inferior. Mir. do Corvo (Balthazar), serra d'Arrabida (Welw.,<br />

Moller), Montargil (Cortezão), Cast, <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> : Prado (K. da Cunha). —<br />

ann. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp. e em toda a zona mediterrânea.<br />

188. 0. Hackelii Lge. Diagn. pl. penins. Iber. nov. p. 20.<br />

Terrenos arenosos da região inf. e areaes marítimos. Arredores <strong>de</strong> Meli<strong>de</strong>s<br />

e S. André (Welw.), Sines (Hackel, Winkler). — ann. Maio (v. s.)<br />

OBSERV. Esta bella espécie, <strong>de</strong>scoberta por Welwitsch muito antes das explorações<br />

botânicas dos srs. Hackel e Winckler pelo nosso paiz, serve <strong>de</strong> complemento,<br />

na subsecç. Natricuiães Wk. da peninsula, ao grupo das espécies <strong>de</strong> pedúnculos<br />

<strong>de</strong>saristados, por serem ­bifluraes os pedúnculos.<br />

ν 189. 0. viscosa L. Cod. n. 5281 ; Gr. Godr. 1. c. p. 370 ; Wk. Lge.<br />

l. c. p. 407.<br />

α. genuina<br />

Outeiros e campos seccos, terrenos <strong>de</strong> cascalho das regiões inf. e submontan.—<br />

α. Pinhão: margem do Douro (Ferreira). — anu. Maio­Jun.<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr. austr., Sicil., Ilal., Algeria.<br />

190. 0. breviflorà DC. Prodr.TI, p. 160 ; Gr. Godr. 1. c. p. 371 ; Bss. Fl.<br />

Orient. II, p. 60; Wk. Lge. 1. c. p. 408 (O. viscosa β. L. ; O. viscosa<br />

Brot. Fl. Lusit. II, p. 93.)<br />

Pochas, mattagaes e sítios arborisados, pastagens das regiões inf. e submontan.<br />

Coimbra: Almegue, Baléa ((Α. <strong>de</strong> Carv., Moller), Mir. do Corvo<br />

(Ballhazar), Cascacs (P. Coutinho), serra d'Arrabida: va 11 e do Solitário<br />

(Möller), Setúbal: Quinta da Commenda (Mollcr), Faro: Campinas (J.<br />

Guim.), Silves (Coss.). — arm. Maio­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., e em toda a zona mediterrânea.<br />

Subsecç. II. Eúnatrix Wk.<br />

ν 191. 0. Hispânica L. fil. Supp). 324; DC. Prodr. II, p. 159; Wk.<br />

Lge. 1. c. (O. Natrix γ. microphylla Bss. Voy. bot. Esp. p. 149 ex p.;<br />

O. Natrix 5· microphylla Bss. Fl. Orient. Π, p. 59; O. micropli)IIa Presl.<br />

non L.)<br />

Terrenos arenosos da zona littoral. Arredores <strong>de</strong> Cezimbra (Möller).—<br />

lenhosa. Jun.­Agost. (v. s.)<br />

Hab. na ffesn., Sicil., Creta, e Asia menor,


c. ex p.)<br />

105<br />

192. 0. Crispa L. Cod. n. 5286; Wk. Lge. 1. c. p. 409.<br />

Sitios arenosos, alpestres das regiões inf. e submontan. Sul <strong>de</strong> Portugal?<br />

(Wk.). — lenhosa. Marc.­Ahr. (n. v.)<br />

Hab. na Hesp. e Baleares.<br />

193. 0. ramosissimaDesf. Fl. Atl.II, p. 142,1.186; Gr. Godr. 1. c. p. 370;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 409 (O. Natris. γ. microphylla Bss. Voy. p. 149 ex p.;<br />

O. Hispânica Brot. Fl. Lusit. II, p. 93 ex p.)<br />

α. vulgaris.Gr. Godr. 1. c. (O. Hispânica Kze. non L.)<br />

Nas areias principalmente das cosias marítimas, mais rara em terrenos<br />

afastados do mar nas faldas dos montes. Odivellas (D. Sophia), serra <strong>de</strong><br />

Monsanto (Mendonça), Cezimbra (Moller). — lenhosa. Abr.­Outubr. (v. s.).<br />

Joina dos maUos.<br />

Hab. na Hesp., Fr., Balear., Sicil., Grec, Afr. bor., Canárias.<br />

194. 0. Natrii L. Cod. n. 5284; Gr. Godr. 1. c. p. 369; Wk. Lge. 1.<br />

c. p. 410.<br />

α. major Bss. Voy. bot. Esp. p. 149 (O. Natrix a. genuina Gr.<br />

Godr. 1. c. ; O. pinguis Brot. I.e. e O. Hispânica Brot. 1.<br />

Terreno arenoso, fértil, cult, e incult. das regiões inf. e montan. Valbom<br />

(Casimiro), Torres Vedras : Vendas do Pinheiro (Daveau), sul do Tejo :<br />

Quinta dos Buxos, Alto da Vela (A. <strong>de</strong> Carv.), serra d'Arrabida .(Moller).<br />

— lenhosa. Març.­Agost. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Canar., zona mediterrânea, toda a Europa media.<br />

OBSEUV. A secç. Psciuhcytisus Wk. não tem, <strong>de</strong> meu conhecimento, por çmquanto<br />

em Portugal espécies que a representem. São quasi Iodas espécies montanhosas<br />

e alpinas.<br />

Trib. VIII. Genisteae R. Br. Benth. Hook. Gen. Pl. I, p. 439<br />

XXXV. Retaraa Bss. Voy. bot. Esp. p. 143<br />

195. R. monosperma Bss. 1. c. ; Wbb. Olia Hisp. p. 25, t. 17; Wk.<br />

Lge. Prodr. Fl. Hisp. Ill, p. 418 (Spartium monosperrnum L. Cod. n. 5190 ;<br />

Brot. Fl. Lusit. IL p. 85.)<br />

Nos areaes do littoral. Arredores <strong>de</strong> Setúbal: Tróia (Daveau, Moller),<br />

lenhosa. Fever.­Ahr. (v. s.). Piorno branco.<br />

Hab, na Hesp. e Marrocos.<br />

196. lt. sphaerocarpa Bss. 1. c. ; Wk. Lge. 1. c. p. 419 (Spartium sphaerocarpum<br />

L. Cod. n. 5191 ; Brot. 1. c. p. 84; Boelia sphaerocarpa Wbb.<br />

Ot. Hisp. p. 21, t. 15, 16.)


106<br />

Campos arenosos e incultos, sitios áridos e estereis, outeiros seccos,<br />

pinhaes e mattas das regiões inf. e montan. Traz os Montes : Alfan<strong>de</strong>gada<br />

Fé (P. Coutinho), Tapada d'Ajuda (Moller, Mendonça), Montargil (Cortezão).—<br />

lenhosa. Maio-Jun. (v. s.). Piorno amarello.<br />

Hab. na Hesp. e Afr. boreal.<br />

XXXVI. Spartrum L. Gen. pl. n. 858 (excl. sp.)<br />

197. S. juuceiím L. Cod. n. 5189; Brot. 1. c; Wk. Lge. 1. c. (Sparthianthus<br />

junceus Lk. Enum. h. Berol. II, p. 223 ; Genista Hispânica Tourn.;<br />

G. hortensis maior odorata Grisl. Virid. Lusit. n. 538.)<br />

Sebes, cômoros, mattas das regiões inf. e montan. Coimbra : Quinta da<br />

Geria, Antuze<strong>de</strong>, cerca <strong>de</strong> S. Bento (A. <strong>de</strong> Carv., Mariz, Moller), Cascaes<br />

(P. Coutinho). — lenhosa. Maio-Jul. (v. v.). Giesta ordinária ou Giesteira dos<br />

jardins.<br />

Hab. em toda a zona mediterrânea e Canárias.<br />

XXXVII. Genista DC. Mem. Legum. VI (excl. sp.)<br />

Secç. I. Echinosparthum Spach rev. gen. Genist. An. sc. nat. 1844 p. 251<br />

198. G. Lusilanica L. Cod. n. 5213 ; Sp. 1. c. p. 254; Brot. 1. c. p. 88;<br />

Bss. Voy. bot. p. 725, n. 406 ad not. ; Wk. Lge. 1. c. p. 422 (Genista<br />

altera Lusitanica Tourn.)<br />

' Região montanhosa. Bragança : serra <strong>de</strong> Rebordão, Montesinho (Ferreira),<br />

Gerez (Brot.), serra da Estrella: cântaro gordo, lagoa do Peixão,<br />

Candieira, pr. do Zêzere, caminho da Covilhã (Wehv., C. Machado, Henriq.,<br />

Ferreira). — lenhosa. Jun.-Agost. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

199. G. Barna<strong>de</strong>sii Grlls. Ind. p. 5, et Ramal. pl. Esp. 3, t. 1 ; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 423.<br />

Terrenos schistosos da região subalpina. Portugal medio : serra da Estrella?<br />

(Pourr.).— lenhosa. Jun.-Jul. (n. v.)<br />

Secç. II. Voglera FL Wett. (ut gen. propr.) Spach 1. c. p. 257<br />

200. G. scorpioiilcs Sp. 1. c. p. 276 ; Wk. Lge. 1. c. p. 424 (G. triacanthos<br />

Bss. Voy. bot. p. 143 ex p. non Brot.)<br />

Regiões inferior e montanhosa. Alemtejo e Algarve (Pourr.).—lenhosa.<br />

Març.-Abr. (n. v.)<br />

Hab. na Hespanha,


107<br />

201. G. triacanthos Brot. Fl. Lusit. II, p. 89 e Phyt. Lusit. I, p. 130,<br />

t. 54; Spach 1. c. p. 277; Wk. Lge. 1. c. p. 425.<br />

a. Tourne fortiana Sp. 1. c.<br />

ß. g a Li o i d e s Sp. 1. c.<br />

Outeiros incultos, mattagaes, bosques das regiões inf. e montan. —<br />

α. Braga : monte do Crasto (Sequeira), entre Valongo e S. Pedro da Cova<br />

(Schmitz), Bussaco (Loureiro), Coimbra: malta do Rangel, Rol (Moller,<br />

Cortezão), serra da Louzã (Henriq.), Cast. Branco : Carvalhinho (B. da<br />

Cunha), pinhal <strong>de</strong> Leiria (Mendia), Cintra (Valorado), Barreiro (C. Machado),<br />

Montargil (Cortezão), Portalegre: Casa Alta (R. da Cunha), Faro:<br />

Monte Negro (J. Guim.); — β. entre Barreiro e Lavradio (Moller).—<br />

lenhosa. Març.­Agost. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp. e Marrocos.<br />

202. G. hirsuta Vahl. Symb. I, p. 81; Bss. Voy. bot. p. 143; Spach<br />

1. c. p. 263 ; Wk. Lge. 1. c. p. 426 (G. tricuspidata var. villosa Desf.)<br />

ß. algarbiensis (G. Algarbiensis Brot. 1. c. p. 89.)<br />

Campos incultos e arenosos, bosques e mattagaes das regiões inf. e<br />

montan. Arredores d'Evora, <strong>de</strong> Serpa äs faldas da serra <strong>de</strong> Ficalho (Daveau),<br />

Beja: Lavradoras, charneca da Rata (R. da Cunha);—β. Faro<br />

(Wehv.), arredores <strong>de</strong> Faro: Monte Negro (J. Guim.).—lenhosa. Març.­<br />

Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

203. G. Hispânica L. Cod. n. 5212; Spach 1. c. p. 271 ; Gr. Godr. 1.<br />

c. p. 356 ; Wk. Lge. 1. c. p. 427 (G. Hispânica montis Ventosi Tourn.<br />

Inst. ; Scorpius hispanicus et juniperiformis Pourr.)<br />

Outeiros abrigados, mattos e penedias, solo calcareo das regiões inf. e<br />

montan. Portugal? (Link, Webb). — lenhosa. Maio­Jul. (n. v.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. occid. e austr., Córsega.<br />

204. G. Tournefortii Spach 1. c. p. 269 ; Wk. Lge. 1. c. (Genista­Spartium<br />

minus Lusitanicum spicatum Tourn, ex Sp.)<br />

Regiões inf. e montan. Torres Vedras : Vendas do Pinheiro, serra <strong>de</strong><br />

Cintra (Daveau), Cascaes: Capari<strong>de</strong> (P. Coutinho), Azeitão (Moller).—<br />

lenhosa. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

205. G. <strong>de</strong>cipicns Spach 1. c. p. 270 ; Wk. Lge. 1. c. p. 428 (G. Germanica<br />

Brot. 1. c. p. 90.)<br />

Regiões inf. e montan. Pinhal <strong>de</strong> Calhariz, serra d'Arrabida (Moller,<br />

Brot., Webb), serra da Rasca (Daveau).­^­lenhosa. Març.­Maio (v. s,)<br />

Hab. na Hespanha,


108<br />

OBSÈHV. O sr. Spach suppõe esta espécie synonyrno da G•Germanica Brut, ao<br />

mesmo tempo que, na sua diagnose, assignala os ramos terminates inermes ou<br />

quasi sem espinhos. Os exemplares existentes em o nosso herbario corroboram<br />

este parecer. Da serra d'Arrábida viu Brotero specimens da sua espécie com as<br />

hastes floraes inermes, emquanto que o sr. Wébb encontrou­os na mesma localida<strong>de</strong><br />

com as hastes tenninaes ora inermes, ora revestidas <strong>de</strong> espinhos, conforme<br />

se <strong>de</strong>prehen<strong>de</strong> da <strong>de</strong>scripção <strong>de</strong> Spach. Não vi exemplares da serra d'Airabida<br />

com as hastes floraes inermes mas sim espinhosas, porém, mais ao sul, na<br />

serra.da Basca foram colhidos alguns pelo sr. Daveau que se referem inteiramente<br />

á G. Germanica Brot., a qual, cm ultima analyse, se pô<strong>de</strong> reputar uma<br />

forma da G. <strong>de</strong>cipiens Spach.<br />

206. G. AYcIwitschii Spach 1. c. p. 262 (G. hirsuta var, Steud. et Höchst. ;<br />

Wehv. pl. exs. n. 53.)­ ­ -:A:\t. .uwi\n'Á<br />

Collinas relvosas da região montan. Serra <strong>de</strong> Cintra (Wehv., Valorado,<br />

Daveau), serra <strong>de</strong> Monsanto (R. da Cunha). — lenhosa. Març.­Abril (v. s.)<br />

Seçç. III. Phyllospartum Wk.<br />

ν 207. G. Anglica L. Cod. n. 5110 ; Spach 1. c. 1845, p. 104; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 355 ; Wk. Lge. 1. c; Relat. da exp. bot. á s. da Estrella, n. 580<br />

(G. minor Lam. Fl. Fr. ; Scorpius Anglicus Pourr.)<br />

Outeiros arborisados, mattagaes, bosques das regiões inf. e montan.<br />

Bragança, Montesinho (Ferreira), S. Gens pr. do Porto (Johnston), Ourentã<br />

(A. <strong>de</strong> Carv.), serra da Estrella : covão do Alba, cova do Fidalgo,<br />

Lagoa escura (R. da Cunha, Ferreira), pr. da Lagoa d'Albufeira (Welw.).<br />

— lenhosa. Maio­Jul. (v, s.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Scoc, Dinam., Fr., Allem, bor. e med., Nápoles.<br />

208. G. faleata Brot. Fl. Lusit. Π, p. 89 e Phyt. Lusit. I, p. 133, t. 55;<br />

Spach 1. c. p. 103 ; Wk. Lge. I. c. p. 429 (Genista­Spartium Lusitanicum<br />

siliqua faleata Tourn. Inst.<br />

Nos silvados e terrenos assombrados das regiões inf. e montan. Bragança<br />

(Ferreira), pr. do Porto (Johnston), Bussaco (Loureiro), Coimbra: matta<br />

da Balêa (Möller), Ponte da Murcella (Ferreira), Goes: ponte do Sotam<br />

(Henriq.), serra da Estrella: S. Bomão (Fonseca), Guarda (Daveau), Cast.<br />

Branco: monte Fidalgo (R. da Cunha). — lenhosa. Març.­Jul. (v. v.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

ν 209. («. berberi<strong>de</strong>à Lge. Descr. et ic. nov. p. 1, t. I; Wk. Lge. I. c.<br />

Prados e terrenos húmidos das regiões inf. e submonlan. Arredores do<br />

Porto: Alfena, serra <strong>de</strong> Valongo 'Johnston). — lenhosa. Març.­Jul. (t/'A!)<br />

Hab. na Galliza. ' · i' ^ !<br />

• ,;<br />

­dull


109<br />

210. G. ancistrocarpa Spacli Rev. Gen. II, p. 103 ; Wk. Lge. 1. c. p. 469.<br />

Nos maltos. Alemlejo (Webb).— lenhosa, (n. v.)<br />

Secç. IV. Scorpioi<strong>de</strong>s Spach 1. c. p. 106<br />

211. G. Scorpius DC. Fl, Fr. IV, p. 498 ; Spach 1. c. p. 108 ; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 354 (G. spinifera Lam.; Spartium Scorpius L. Cod. n. 5193.)<br />

Outeiros e ­sitios abrigados principalmente <strong>de</strong> solo calcareo das regiões<br />

inf. e montan. Portugal? (Vand., Wk.).—lenhosa. Fever.­Jul. (n. v.)<br />

Secç. V. Erinacoi<strong>de</strong>s Spach 1. c. p. 109<br />

212. G. Loheiii DC. Fl. Fr. IV, p. 499 ; Spach 1. c. p. 111; Wk. Lge.<br />

1. c. p. 431 (G. aspalathoi<strong>de</strong>s ß. confertior Mor. Fl. Sard. I, p. 405, t. 30;<br />

ßss. Voy. bot. p. 141.)<br />

Terrenos calcareos das regiões subalpina e alpina. Portugal (Hffgg. Lk.),<br />

serra <strong>de</strong> Monchique (Wk.). — lenhosa. Jun.­Jul. (n. v.)<br />

Hab. na Hespanha, Cors., Sard., Sicilia.<br />

ν 213. G, Histrix Lge. Descr. icon. pl. novar. p. 2, t. 2 e Pug. p. 357;<br />

Wk. Lge. 1. c; Relat. da exp. bot. à s. da Estrella n. 582.<br />

a. glabra Lge. 1. c.<br />

β. villosa Lge. 1. c.<br />

Sitios alpestres da região montan. — et. Bragança (Ferreira), serra da<br />

Estrella (Fonseca); — β. Bragança: estrada da Fonte Arcada (Ferreira).<br />

— lenhosa. Jun.­Jul. (v. s.)<br />

Ilab. na Hespanha.<br />

214. G. polyanthus Β. <strong>de</strong> Römer ap. Wk. Enum. p. 20; Wk. Lge. 1. c.<br />

p. 432.<br />

Nos silvados da região montan. Malpica : margem do Tejo (R. da Cunha),<br />

entre Silves e Monchique (Wk.). — lenhosa. Fever.­Alarç. (v. s.)<br />

Ilab. na Hespanha.<br />

ν 215. G. Bourgaei Spach Bourg, pl. d'Esp. et Portugal, 1853; Wk.<br />

herb, do Mediterrâneo.<br />

Região inf. Entre Mértola e Serpa : Pulo do Lobo na margem do Guadiana<br />

(Daveau), Silves e Loulé (Bourg.). — lenhosa. Jun. (v. s.)<br />

Secç. VI. Spartioi<strong>de</strong>s Spach 1. c. p. 113<br />

ν 216. G. ciucrasecns Lge. Pug. p. 358; Wk. Lge. 1. c. p. 434; Relat.<br />

da exp. bol. à s. da Estrella n, 584.


110<br />

Sitios arborisados e abrigados da região montan. Serra da Estrella :<br />

covão da Meta<strong>de</strong>, Cântaro magro, Sabugueiro (Daveau, Ferreira). —<br />

lenhosa. Jun.­Agost. (v. s.)<br />

Hab. no Escoriai.<br />

217. G. polygalaefolia DC. Prodr. II, p. 151 ; Spach 1. c. p. 121; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 435 (G. polygalaephylla Brot. Fl. Lusit. II, p. 56 ; G. exaltata<br />

Lk. ; G. tinctoria Lusitanica maxima Tourn. Inst )<br />

Sitios incultos da região montan. Serra do Gerez (Brot.), serra do Marão:<br />

fraga da Ermida (Henriq.), serra da Estrella: Sabugueiro, Candieiras,<br />

caldas <strong>de</strong> Manteigas (C. Machado, R. da Cunha, Ferreira), Coimbra: Villa<br />

Franca na margem do Mon<strong>de</strong>go (Moller), serra d'Arrabida (Daveau, Moller).<br />

— lenhosa. Maio­Jul. (v. v.). Piorno dos Tinlureiros.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

ν 218. G. leptoclada Gay in Dur. pl. Astur, exs.; Spach 1. c. p. 122;<br />

Wk. Lge. 1. c. (Genislella flagelliformis Pourr. ex Colm.)<br />

Silvados da região montan. Bragança : França, Sabor (Ferreira). —<br />

lenhosa Maio­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

OBSEBV. Van<strong>de</strong>lli (seg. Colm.) dá em Portugal a G. florida L. Não vi esta espécie<br />

do paiz, a qual tem muita allinidadc com as duas prece<strong>de</strong>ntes.<br />

Secç. VII. Oenistoi<strong>de</strong>s Mnch., Spach 1. c. p. 124<br />

ν 219. G. micrantha G. Ort. Dec. VI, t. 10, f. 1 ; Wk. Lge. 1. c. p. 437<br />

(G. odoratissima Pourr. ex Colm.; G. tenella Wk. Bot. Zeit. 1847,<br />

p. 426.)<br />

Sitios silvestres e mattagaes da região montan. Bragança : Sabor (Ferreira),<br />

serra do Gerez: Borrageiro (Moller). — lenhosa. Jun.­Agost. (v. s.)<br />

Ilab. na Hespanha.<br />

220. G. Broteri Poir. Suppl. II, p. 720; DC. Prodr. II, p. 152; Wk.<br />

Lge. 1. c. (G. parviflora Brot. 1. c. p. 87; G. Lusitanica, parvoflore luteo<br />

Tourn. Inst.)<br />

Sitios silvestres da região montan. Serra do Marão, serra da Estrella :<br />

Sabugueiro (Brot.). — lenhosa. Jun.­Jul. (n. v.)<br />

Hab. na Galliza.<br />

XXXVIII. Pterospartum Spach 1. c. p. 156; Genistellae Tourn.<br />

221. P. lasiantlmm Spach (sub. Genista) 1. c. p. 147; Wk. Lge. 1. c.<br />

(Genista tri<strong>de</strong>ntata Wbb. It. Hisp. p. 50 ex p. non L.) ·


Hl<br />

Penedias e mattagaes das regiões inf. e submontan. Bragança (Ferreira),<br />

serra do Gerez : Leonte (Moller), serra da Gralheira pr. <strong>de</strong> S. Pedro do<br />

Sul (Welw.), Cast. Branco : Carvalhinho (R. da Cunha). — lenhosa. Març.­<br />

Jul. (v. s.). Carqueja.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

222. P. scolopendrinm Spach (sub Genista) 1. c. p. 148 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

p. 469 (G. tri<strong>de</strong>ntata Wbb. 1. c. ex p. non L.)<br />

Regiões inf. e submontan. Pr. da Marinha Gran<strong>de</strong> (B. Gomes).— lenhosa.<br />

Jul. (v. s.). Carqueja.<br />

223. P. sleiiopterum Spach (sub Genista) 1. c. ; Wk. Lge. 1. c. p. 441<br />

(G. tri<strong>de</strong>ntata β. L. Spec, (ex syn. Tourn.); Genistella frulicosa angustifolia<br />

Lusitanica Tourn. Inst. ; G. tri<strong>de</strong>ntata Brot. 1. c. p. 86 ex p.).<br />

Regiões inf. e montan. Cantanhe<strong>de</strong> (Ferreira), Coimbra : Zombaria (Moller),<br />

Fôja (Ferreira), Buarcos (A. <strong>de</strong> Carv.), serra da Louzã (Henriq.),<br />

Lisboa (Welw.), Alfeite (Daveau, R. da Cunha), serra d'Arrabida, pinhaes<br />

<strong>de</strong> Calhariz (Moller), entre Alfarim e a Lagoa d'Albufeira (Moller).—<br />

lenhosa. Maio­Jul. (v. v.). Carqueja.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

224. P. Canlabricnm Spach (sub Genista) 1. c. p. 149 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

(G. tri<strong>de</strong>ntata Dur. pl. Ast. exs. n. 348.)<br />

Sítios áridos das regiões mont, e subalpina. Braga : monte <strong>de</strong> S. Gens<br />

(Sequeira), S. Pedro da Cova (Schmitz), Bussaco (Loureiro), serra da<br />

Louzã (Henriq.), serra <strong>de</strong> Cintra (Daveau). — Abr.­Jul. (v. s.). Carqueja.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

225. P. triilentatum Spach (sub Genista) 1. c. p. 150; Wk. Lge. 1. c.<br />

(Genista tri<strong>de</strong>ntata L. Cod. n. 5204 (excl. var. ß.); Brot. 1. c. ex p.;<br />

Genistella fruticosa, Lusitanica, latifolia Tourn. Inst.)<br />

Regiões montan, e submontan. Serra do Gerez : Borrageiro (Moller),<br />

Coimbra : valle <strong>de</strong> Cannas (Moller), serra da Estrella : S. Romão (Fonseca),<br />

Portalegre: Casa Alta (R. da Cunha).— lenhosa. Maio­Jul. (v. v.). Carqueja.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

OBSERV. Concordo com a opinião dos srs. Willkomm e Nyman cm consi<strong>de</strong>rarem<br />

um lanlo artificial a scisão da G. tri<strong>de</strong>ntata L. em varias espécies. Em Portugal<br />

não julgo confirmada a existência <strong>de</strong> areas geographicas distinctas para cada uma<br />

d'estas espécies <strong>de</strong> Spach, porque nas mesmas região e localida<strong>de</strong> se encontram<br />

specimens <strong>de</strong> mais d'uina d'ellas.


112<br />

XXXIX. Ulex L. Gen. pl. n. 881<br />

Sece. I. Stauraccmthas Lk. ap. Sclirad. Neu. Journ. II, p. 52, f. 2,<br />

et Wbb, Ot. Hisp. p. 26<br />

' 226. Ü. aphylius Lk. insc. ; Wk. Lge. 1. c. p. 443 (U. genistoi<strong>de</strong>s Brot.<br />

Fl. Lusit. II, p. 78 ex p. ; S.tauracanthus aphylius Lk. 1. c. ; DC. Prodr. II,<br />

p. 144; Wbb. 1. c. p. 18; Genista­Spartiuin Lusitanicum, minus, spicato<br />

flore Tourn. Inst.) . ,<br />

Sítios áridos e mattagaes da região inf. Alemtejo (Welw.), praia do<br />

Alfeite (R. da Cunha), Azeitão pr. <strong>de</strong> Coina (Moller), pinhal <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong><br />

Zebro (Moller), Al<strong>de</strong>ã Gallega, Moita (Lk.), entre Azóia e a Lagoa d'AIbufeira<br />

(Moller), <strong>de</strong> Caparica a Setúbal (Brot.).—lenhosa. Fever.­Abr. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

227. U. spartioi<strong>de</strong>s Wbb. (sub Stauracantho) 1. c. p. 26, t. 19; Wk.<br />

Lge. 1. c. (U. genistoi<strong>de</strong>s Clem. Ene. <strong>de</strong> la Vid. p. 291 ; Brot. 1. c. ex<br />

p. ; Genista­Spartium Lusitanicum^ <strong>de</strong>nsissimis aculeis horridum Tourn.<br />

Inst.) .uymytt.V .;·.,'.'/' , ',{ ... ,,,Η,,ΜΙ<br />

β. W ill komm ii Wbb. 1. c.<br />

Mattos e pinhaes da região inf. Pinhal <strong>de</strong> Leiria (B. Gomes, Mendia,<br />

S. Pimentel), Faro (Bourg.);—­β. pr. <strong>de</strong> Faro^Wk.). — lenhosa. Març.­<br />

Abr. (v. s.)<br />

.: Hab. na Hespanha.<br />

OBSERV Tendo feito um exame <strong>de</strong>tido do Stauracanthus do Pinhal <strong>de</strong> Leiria, •<br />

cheguei a verificar que esta planta é o Si. sparlinidcs Webb. Xo seu excellente<br />

trabalho sobre os Ulcx da peninsula, o sr. Webb diz que o St. aphillus do<br />

sul do Tejo fora transportado para o norte, apparecendo no Pinhal <strong>de</strong> Leiria. Esta<br />

sua opinião <strong>de</strong> certo foi soggerida por indicação <strong>de</strong> Brotero que, fazendo uma<br />

diagnose incompleta na Flora'Lusilanica do seu II. genistoi<strong>de</strong>s, cita­o já no Pinhal<br />

<strong>de</strong> Leiria, já nas localida<strong>de</strong>s ao sul do Tejo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Caparica até Setúbal. Estou<br />

pois auctorisado a julgar que o dr. Brotero fez a sua breve <strong>de</strong>scripção, comprehen<strong>de</strong>ndo<br />

sob o nome <strong>de</strong> U. genistoi<strong>de</strong>s dois grupos dislinclus <strong>de</strong> plantas que<br />

haviam <strong>de</strong> constituir duas espécies différentes, emquantq que o prof. Link <strong>de</strong>screveu<br />

o seu St. aphyllus, tendo só cm vista specimens das localida<strong>de</strong>s ao sul do<br />

Tejo, on<strong>de</strong> esta espécie realmente habita.<br />

228. Ü. spectabiíis Wbb. (sub Stauracantho) 1. c. p. 27, t. 20 ; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 469.<br />

Sitios incultos e mattagaes da região inf. S. Thiago <strong>de</strong> Cacem (Daveau),<br />

Cabo <strong>de</strong> Sines (Welw.). — lenhosa. Març.­Abr. (v. s.)<br />

Secç. II. Nepa Wbb Ot. Hisp. p. 28 (pro génère)<br />

229. U. Iuridiis Wbb. (sub Nepa) 1. c. p. 28, t. 21 ; Wk. Lge. 1. c.


113<br />

Mattagaes da região inf. Entre Villa Nova <strong>de</strong> Milfontes e a serra <strong>de</strong><br />

S. Domingos (Welw.). — lenhosa. Abr. (n. v.)<br />

230. U. Webbíanus Coss. Not. crit. p. 32 ; Wk. Lge. 1. c. p. 443 ; Wbb.<br />

(sub Nepa) Ot. Hisp. p. 29, t. 22.<br />

Outeiros aridos, pinhaes em terrenos arenosos da região inf. Entre Faro<br />

e Albufeira (Wk.).—lenhosa. Març.­Jun. (n. v.)<br />

Ilab. na Hespanha.<br />

231. U. Vaillantii Wbb. (sub Nepa) 1. c. p. 31, t. 27; Wk. Lge. 1. c.<br />

p. 469 (Genista­Spartium reticulatum Vaill. Herb, in Mus. Par.)<br />

Mattagaes da região inf. Villa Nova <strong>de</strong> Milfontes (Welw., Escayr.),<br />

arredores <strong>de</strong> Faro: Monte Negro (J. Guim.). — lenhosa. Abr.­Jul. (v. s.)<br />

232. U. Escayracii Wbb. (sub Nepa) 1. c. p. 32, t. 28; Wk. Lge. 1. c.<br />

(U. Boivini W r<br />

elw., in sched. n. 343.)<br />

No littoral e terrenos incult. da região inf. Arredores <strong>de</strong> Faro e no<br />

promontório Sacro (Welw., Escayr.). — lenhosa. Maio­Jul. (v. s.)<br />

Secç. III. Euulex Wk.<br />

233. U. europacus L. Cod. n. 5243 ; Brot. Fl. Lusit. II, p. 78 ; Wbb.<br />

Ot. Hisp. p. 33 ; Gr. Godr. Fl. Fr. I, p. 344; Wk. Lge. 1. c. p. 445 (U.<br />

grandiflorus Pourr. ex Colm.)<br />

ß. strictus W 7<br />

bb. 1. c.<br />

γ. latebracteatus nob.<br />

Sitios selváticos, mattagaes, bosques, pastagens das regiões inf. e montan.<br />

Povoa <strong>de</strong> Lenhoso (Couceiro), entre Vallongo e S. Pedro da Cova (Henriq.),<br />

Buarcos, cabo Mon<strong>de</strong>go : fonte das Pombas (Moller), Caldas da Rainha<br />

(R. da Cunha), arred. <strong>de</strong> Lisboa: Bemfica (R. da Cunha); — ß. arred. <strong>de</strong><br />

Aveiro (Henriq.) ; — γ. Pinhal <strong>de</strong> Leiria (Mendia, S. Pimentel), Caldas da<br />

Rainha (Daveau). — lenhosa. Jan.­Jun. (v. v.). Tojo.<br />

Hab. na Hesp., Fr. occid. e bor., Ingl., Dinam., Allem., Belg., Suissa,<br />

Ital., Córsega.<br />

OBSEKV. Proponho a, formação da var. late bracteatus aos exemplares do U.<br />

europaeus L. do Pinhal <strong>de</strong> Leiria e das Caldas da Rainha (Daveau), pelas gran<strong>de</strong>s<br />

dimensões das bracteas, tendo um terço do comprimento do calice, abraçando­o<br />

pela base, cordiformes, submembranoso­escariosas, enrugadas e pouco tomentosas,<br />

como quasi toda a planta.<br />

ν 234. U. scalier Kze. in Flora 1846, p. 696 ; Wbb. 1. c. p. 39, t. 32 ;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 446; — β. glabrescens Wbb. 1. c. p. 40.<br />

8


114<br />

Nas sebes das regiões inf. e montan. — β. Bussaco (Loureiro), Coimbra:<br />

Valle <strong>de</strong> Cannas (Moller). — lenhosa. Março (v. v.)<br />

Hab. ao sul da Hespanha e em Marrocos.<br />

233. U. nanus Forst, in Symond. syn. ; DC. Fl. Fr. p, 492; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 343 ; Wbb. I. c. p. 36 ; Wk. Lge. I. c. (U. europacus ß. L. Sp.<br />

pl. ; U. autumnalis Thore.)<br />

ß. L us it an i cus Wbb. 1. c.<br />

Charnecas, mattagaes, pinhaes das regiões inf. e montan. Serra do<br />

Gerez : Chão do Carvalho, Tojeiro (Moller), Vizelin (W'enceslau), Porto,<br />

serra da Estrella : S. Romão, Coimbra : malta do Seminário (Ferreira),<br />

Buarcos (Henriq.), serra <strong>de</strong> Cintra (Daveau), arred. <strong>de</strong> V. R. <strong>de</strong> S. Antonio<br />

(J. Guim.); — serra <strong>de</strong> Cintra (Mendia), Cast, <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong> (R. da<br />

Cunha), serra <strong>de</strong> Monchique: Foia (J. Guim.).—lenhosa. Abr.­Novemb.(v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Ingl., Fr., Bélgica.<br />

236. U. <strong>de</strong>nsus Welw. in Sched. n. 71 ; Wbb. 1. c. p. 43, t. 37; Wk.<br />

Lge. 1. c. p. 469 (Genista­Spartium Lusitanicum, lanuginosum, aculeis<br />

tri<strong>de</strong>ntatis, longioribus munitum Tourn. Inst.)<br />

Planícies arenosas e mattagaes das regiões inf. e montan. Relias pr. <strong>de</strong><br />

Lisboa (Daveau), serra <strong>de</strong> Cinira (Welw.), S. Martinho do Porto : pyrami<strong>de</strong><br />

geodésica (Daveau), serra d'Arrabida, Zambujal pr. <strong>de</strong> Cezimbra<br />

(Moller). —lenhosa. Abr.­Jun. (v. s.). 'fojo <strong>de</strong> Charneca.<br />

237. U. opistholepis Wbb. 1. c. p. 43, t. 36 A; Wk. Lge. 1. c. p. 447.<br />

Bosques das regiões inf. e montan. Arred. <strong>de</strong> Coimbra : pinhal <strong>de</strong> Valle<br />

<strong>de</strong> Cannas, matta do Escarbote, lomba da Arregaça, Tovim <strong>de</strong> Raixo<br />

(Moller, Ferreira), matta <strong>de</strong> Foja (Ferreira), Ruarcos (Möller). — lenhosa.<br />

Març.­Setemb. (v. v.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

238. U. Jussiaeí Wbb. 1. c. p. 42, t. 36; Wk. Lge. 1. c. p. 448 (Genista­Spartium<br />

Lusitanicum, majus cl spinosius, spicato flore Tourn. Inst.)<br />

Mattagaes arborisados das regiões inf. e montan. Arred. <strong>de</strong> Coimbra :<br />

matta <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Cannas, Quinta das Monicas, Tovim, Cioga do Campo,<br />

Zombaria, Povoa do Pinheiro (Moller), serra <strong>de</strong> Cintra (Wbb.). — lenhosa.<br />

Fever.­Abr. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

239. U. australis Clem. Ens. <strong>de</strong> la Vid., p. 291 ; W r<br />

bb. PI. Hisp. p. 48;<br />

Rss. Voy. bot. p. 131 ; Wk. Lge. 1. c. (U. parvillorus Pourr. ; Wbb. Ot.<br />

Hisp. p. 37, t. 29 C.)


118<br />

Outeiros e sitios alpestres, mattos das regiões inf. e montan. Montargil<br />

(Cortezão), Beja: charneca da Rata (R. da Cunha).—lenhosa. Març.­Jun.<br />

(v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Marrocos, Fr. merid.<br />

ν 240. U. Willkommii Wbb. Ot. p. 42, t. 35 A ; Wk. Lge. 1. c. p. 449.<br />

Outeiros abrigados da região inf. Arred. <strong>de</strong> Setúbal : Tróia, Pinheiro<br />

(Daveau). — lenhosa. Març.­Novemb. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

241. U. Wclwilschianus Planch, in Ann. sc. nat. ser. III, 11, p. 216;<br />

Wbb. Ot. p. 41, t. 34; Wk. Lge. 1. c. (U. australis Welw. in sched.<br />

nec Clem.; Genista­Spartium Lusitanicum, brevissimis etc. aculeis munitum<br />

Tourn. Inst. 646.)<br />

Nos mattos e pinhaes das areias da região inf. Pr. <strong>de</strong> Azeitão (Moller),<br />

entre Coina e Palmeira (Welw.), Santarém (Wbb.).— lenhosa. Març.­Abr.<br />

(v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

242. U. micranlhus Lge. Diagn. pl. penins. Iber, novar. p. 16.<br />

Nos mattagaes das regiões inf. e montan. Serra do Bussaco (Winkler),<br />

arred. <strong>de</strong> Coimbra: Tovim <strong>de</strong> Cima, pinhal <strong>de</strong> Valle <strong>de</strong> Cannas (Mollef),<br />

S. Paulo <strong>de</strong> Fra<strong>de</strong>s, Ponte da Murcella (Ferreira), serra da Estrella 1<br />

: S.<br />

Romão (Fonseca). — lenhosa. Abr.­Maio (v. v.)<br />

243. U. Lusitanicus nob. (n. sp.) — Caulis robustus, <strong>de</strong>nse ramosus;<br />

ramis sulcato­angulatis pubescentibus falcato­recurvatis ; ramulis rigidis,<br />

arcuatis, spinescentibus, striatis ; phyllodiis triangulari­acuminatis, pungentibus<br />

; íloribus minutis e basi ramulorum pro<strong>de</strong>untibus, suboppositis,<br />

racemum <strong>de</strong>nsiusculum terminalem formantibus; pedicellis puberulis calyce<br />

Vs brevioribus ; bracteolis carinalis, ovatis, obtusis, pedicello parum<br />

latioribus ; calyce adpresse piloso vexillo breviore, lábio superiore leviter<br />

bífido, inferiore tri<strong>de</strong>nticulato, <strong>de</strong>nticulis patulis ; vexillo obovato<br />

oblongo emarginato intense luteo, extus supra unguem albo­hirsuto ; alis<br />

rectis paulo brevioribus luteis; carina pallida vexillo aequilonga, ad suturam<br />

sericea ; ovário recto, longe piloso, ovato, 3­4 ovulato ; stigmate<br />

retrorsum <strong>de</strong>clivi ; legumine compresso, late obovato, hirsuto, oblique mucronato<br />

calyce paulo longiore.<br />

1<br />

No Relalorio, secção <strong>Botânica</strong>, da Expedição scientifica á serra da Estrella em<br />

1881 acha­se esta espécie (n. 589) sob a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> U. australis Clem.


116<br />

U. mkranthus Lge. multis eharacteribus huic similis differt ramis magis<br />

minusve rectis patulis vel divaricatis ; ramulis, phyllodiis pedicellisque<br />

brevioribus, floribus minoribus, vexillo late-obovato palli<strong>de</strong> luteo. — U.<br />

Wehvitschianus Planch, differt a nostra ramis <strong>de</strong>mum glaberrimis, bracteolis<br />

acutis, stigmate antrorsum <strong>de</strong>clivi, legumine glabrescente (Lange).<br />

— U. recurvatus Wk. differt ramis etiam <strong>de</strong>mum glaberrimis, pedicellis<br />

multo minoribus, bracteolis minutissimis, calycibus mox glabrescentibus<br />

nitidis.<br />

Regiões inf. e montan. Entre Vallongo e S. Pedro da Cova (Henriq.),<br />

entre Oliveira <strong>de</strong> Bairro e Aveiro (Ferreira). — lenhosa. Abril (v. s.)<br />

OBSERV. É gran<strong>de</strong> a aífinida<strong>de</strong> d'esta espécie com o U. mkranthus Lge., mas,<br />

por lhe ter notado caracteres differenciaes bastantes para a consi<strong>de</strong>rar nova, fiz a<br />

prece<strong>de</strong>nte diagnose. O illustre prof, o sr. Lange, a quem consultei, confirmou<br />

que realmente tem caracteres différentes do seu U. mkranthus, reservando, todavia,<br />

o seu juizo por não ter á mão, n'esse'momento, elementos que o comprovassem;<br />

entretanto, suppondo-a nova, fez a sua diagnose, que transcrevo por confirmar<br />

os caracteres citados: — Ulex... Caule pubescente, ramis <strong>de</strong>nsis, breviusculis,<br />

falcato-recurvatis, florigeris elongatis arcuatis; ramulis subulato-spinescentibus<br />

magis minusve arcuatis, sulcatis, glabriusculis ; phyllodiis subulato pungenlibus,<br />

brevibus; ßoribus minutis, in apieibus ramorum superiorum racemoso<br />

congestis ad ramulorum basin longiuscule pedicellatis ; bracteolis late-ovatis obtusis,<br />

pedicello puberulo parum latioribus ; calyce ad basin usque bipartite, corolla<br />

parum breviore, labia superiore obsolete bifido, inferiore breviter trilobo; vexillo et<br />

carina subaequilongis, vexillo saturate carina palli<strong>de</strong> luteis, alis paulo brevioribus,<br />

fuscis ; legumine brevi, lato, oblique elliptico vel obovato, villosissimo,<br />

c. 2-3 spermo, abrupte in stylum retorsum <strong>de</strong>clivem excurrente.<br />

.Aproveito esta occasião para agra<strong>de</strong>cer ao distincto botânico <strong>de</strong> Copenhague os<br />

seus valiosos esclarecimentos sobre a <strong>de</strong>terminação d'algumas espécies <strong>de</strong> Ulex<br />

das vizinhanças <strong>de</strong> Coimbra, localida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> abundam espécies d'esté difíicil<br />

género.<br />

244. U. janthocladus Wbb. I. c. p. 40, t. 33 ; Wk. Lge. 1. c. p. 450<br />

(U. Welwitschianus Coss. in sched. Bourg, n. 116.)<br />

Pastagens e pinhaes em terrenos arenosos, sitios alpestres e aridos da<br />

região inf. Arredores <strong>de</strong> Faro, Villa B. <strong>de</strong> S. Antonio, arred. <strong>de</strong> Loulé<br />

(J. Guim.). — lenhosa. Març.-Jul. e Set.-Out. (v. s.)<br />

2Í5. U. aruenteus W r<br />

ehv. in Sched. n. 1082 ; Wbb. Ot. p. 44, t. 38 A ;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 469.<br />

Terrenos incultos das regiões inf. e submontan. Serra d'Arrabida : alto<br />

do Formosinho (Mollor), Algarve (Welw,). — lenhosa. Abr.-Maio (v. s.)<br />

246. U. erinaceus Welw. in Sched., Pb lus. 1851 (Genista-Spartium<br />

Lusitanicum aculeis brevissimis caesis munitum Tourn. Inst.)<br />

Mattagaes da região inf. Arredores <strong>de</strong> Faro : Monte Negro (.1. Guim.),<br />

cabo <strong>de</strong> S. Vicente (Welw.). — lenhosa. Abr.-Jun. (v. s.)


117<br />

XL. Calycotome Lk. ap. Sclirad. neu. Journ. II, p. 50<br />

247. C. villosa Lk. 1. c. ; Gr. Godr. 1. c. p. 547; Wk. Lge. 1. c. p. 451<br />

(Spartium spinosum Brot. Fl. Lusit. II, p. 85 non L.; S. lanigerum Desf.<br />

Fl. Atl. II, p. 135 ; Cytisus lanigerus DC. Fl. Fr. 1. c.)<br />

Outeiros e encostas abrigadas, bosques, sebes, mattos da região inf.<br />

Arred. <strong>de</strong> Setúbal: Tróia; Alvito, arred. d'Evora, Casa Branca (Brot., Daveau).­—<br />

lenhosa. Març.­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Cors., Turq., Asia men., Syria, Afr. boreal.<br />

XLI. Cytisus L. Gen. pl. n. 877<br />

Secç. I. Teline Wbb. Pliyt. Canar. H, p. 34<br />

248. C. candicans DC. FI. Fr. IV, p. 504; Wk. Lge. 1. c. p. 453<br />

(Genista candicans L. Cod. n. 5201 ; Gr. Godr. 1. c. p. 358; Teline candicans<br />

Wbb. 1. c. t. 151, f. 1.)<br />

Mattagaes, bosques das regiões inf. e montan Luso e matta do Bussaco,<br />

Cintra (Daveau); Portugal (Tourn, ex Bss.).—lenhosa. Abr.­Jun. (n.v.)<br />

Hab. em quasi toda a zona mediterrânea e Canárias.<br />

249. C. linifolius Lam. Diet.; Wk. Lge. 1. c. (Genista linifolia L. Cod.<br />

n. 5202; DC. Prodr. II, p. 146; Gr. Godr. 1. c. p. 357; Teline linifolia<br />

Wbb. 1. c. p. 41.)<br />

Mattagaes sombrios, penedias, bosques das regiões inf. e montan. Portugal<br />

(Lk., Wk.). — lenhosa. Març.­Jun. (n. v.)<br />

Hab. na Hesp., Canar., Afr. bor., Fr. austral.<br />

. Secç. II. Eucytisus Bss. Fl. Orient. Π, p. 49<br />

ν 250. C. triflorus L'Herit. Stirp. 184; OC. Fl. Fr. IV, p. 505; Gr.<br />

Godr. I. c. p. 361 ; Wk. Lge. 1. c. p. 455 (C. villosus Pourr.)<br />

Mattos e bosques das regiões inf. e submontan. Serra d'Ossa : valle do<br />

Infante (Daveau).—lenhosa. Març.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austr., Ital., Grec, Marrocos.<br />

Secç. HI. Spartocytisus Wbb. Plryt. Canar. p. 49<br />

251. 0. albus Lk. Enum. pi. h. Berol. II, p. 241; DC. Prodr. II,<br />

p. 153 ; Wk. Lge. 1. c. p. 456 (Spartium album Ilesf. Fl. Atl. II, p. 132;<br />

Brot. 1. c. p. 83; Genista alba Lam. Diet.; Cytisus Lusitanicus, foliis<br />

minimis argenteis, parvo llore albo Tourn. Inst.)<br />

Campos arenosos e incultos, mattos da região inf. Bragança : serra <strong>de</strong><br />

Rebordão (Ferreira), serra do Gerez : Lage (Moller), Povoa <strong>de</strong> Lenhoso<br />

(Couceiro), Cab. <strong>de</strong> Basto (Henriq.), Braga : monte <strong>de</strong> S. Sebastião (Se­


118<br />

queira), Adorigo (Schmitz), serra da Estrella : S. Romão, encosta <strong>de</strong> Valezim,<br />

Sabugueiro (Daveau, Ferreira, Fonseca), margem do Dão (A. <strong>de</strong><br />

Carv.), Coimbra : Villa Franca, Santa Clara, pinhal <strong>de</strong> Marrocos (Moller),<br />

Ponte da Murcella (Ferreira), Cast. Branco: S. Martinho (R. da Cunha).<br />

— lenhosa. Abr.­Jun. (v. s.). Giesteira branca.<br />

Hab. na Hesp. e Marrocos.<br />

v 252. C. purijans Wk. Prodr. Fl. Hisp. 1. c. ; Relat. da exp. bot. á s. da<br />

Estrella, n. 591 (Spartium purgans L. Cod. n. 5192 ; Genista purgans DC.<br />

Fl. Fr. IV, p. 494 ; Sarothamnus purgans Gr. Godr.)<br />

Nos valleiros <strong>de</strong> penedias das regiões montan, e subalpina. Serra da<br />

Estrella : covão do Urso, covão das Vaccas, Lagoa comprida, covão do Boi<br />

(Henriq., R. da Cunha, Daveau, Ferreira). — lenhosa. Jun.­Agosto (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Pyreneus franc, e montes <strong>de</strong> Fr. central.<br />

Espécies <strong>de</strong> secção incerta<br />

253. C. viilosissiiüiis Lk. Reise ; Colm. Genist. <strong>de</strong> Esp. y Portug. p. 48.<br />

Portugal: entre Douro e Minho (Lk.). — lenhosa, (n. v.)<br />

254. C. procerus Lk. 1. c. ; Colm. 1. c. p. 49 (Spartium procerum Willd.)<br />

Portugal: entre Douro e Minho (Lk.). — lenhosa, (n. v.)<br />

XLII. Sarothamnus Wimm. Fl. Sil. ed. 2, p. 148<br />

255. S. scoparius Koch Syn. ed. I, p. .152; Bss. Voy. bot. p. 134;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 458 (Spartium scoparium L. Cod. n. 5197; Cytisus<br />

scoparius Lk. Enum. h. Berol. ; Sarothamnus vulgaris Wimm. I. c.)<br />

ß. leiostylos (Bourg, pl. Hisp. exs. n. 2412, excl. n. 1812.)<br />

Sítios arenosos, encostas <strong>de</strong> matto, bosques das regiões inf. e montan.<br />

Bragança: cabeço <strong>de</strong> S. Barth. (Ferreira), serra do Gerez: Lage (Henriq.,<br />

Moller), arred. <strong>de</strong> Braga : monte <strong>de</strong> S. Gens, Tibâes (Sequeira), Monchique<br />

(Bourg.); — β. Evoramonte pr. <strong>de</strong> Extremoz, arred. <strong>de</strong> Serpa: margens<br />

dos alimentes do Guadiana (Daveau). — lenhosa. Abr.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. em toda a Hesp., Fr., Ital., Europa med., Dinam., Suécia merid.,<br />

Açores.<br />

256. S. Dourgaei Bss. Diagn. pl. orient. III, 2, p. 6; subspec. Nym,<br />

(S. scoparius Bourg, pl. d'Esp. et Portug. n. 1813.)<br />

Regiões inf. e montan. Arredores <strong>de</strong> Monchique (Bourg.). — lenhosa.<br />

Jun. (v. s. hb. Wk.)<br />

257. S. oxyphyllus ßss. 1. c. p. 7 (S. scoparius var. Bourg, pl. d'Esp. et<br />

Portug. n. 1812.)


119<br />

Região montan. Serra <strong>de</strong> Cintra? (Daveau), serra <strong>de</strong> Monchique (Bourg.).<br />

— lenhosa. Jun. (v. s.)<br />

258. S. grandiflorus Wbb. Ot. Hisp. p. 43, t. 39; Wk. Lge 1. c.<br />

p. 458 (Spartium grandiiïorum Brot. 1. c.p, 80: Sarothamnus affinis Bss.<br />

Voy. p. 134, t. 40 ; Cytisus grandiflorus DC. Prodr. II, p. Í54 ; Cytiso­<br />

Genista Lusitanica, magno flore Tourn. Inst. ; Genista sylvestris repens,<br />

amplo flore, Lusitana Grisl. Virid. n. 541.)<br />

Mattagaes, penedias das regiões inf. e montan. Guarda (Daveau), serra<br />

da Estrella: S. Romão (F. Fonseca), Cantanhe<strong>de</strong> (Ferreira), Bussaco (Loureiro),<br />

Coimbra : S. Jorge, Sete Fontes, Penedo da Meditação (A. <strong>de</strong><br />

Carv., Moller), Fôja (Ferreira), Mir. do Corvo (Balthazar), Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> (Mendia), Ótta (Daveau), arred. <strong>de</strong> Faro: Atalaia (J. Guim.).—<br />

lenhosa. Maio­Jun. (v. v.). Giesteira das sebes.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

259. S. AVehvitschii Bss. Reut. Pug. p. 28 ; Wk. Lge. 1. c. p. 459<br />

(S. patens Wehv. pl. Lusit. exs. n. 54 non Wbb.; Spartium patens Brot.<br />

1. c. p. 83 ex p.)<br />

Terrenos arenosos e selváticos das regiões inf. e montan. Serra da Estrella:<br />

pr. <strong>de</strong> S. Romão (Boissier, F. Fonseca), Coimbra: Villa Franca,<br />

Choupal, (Moller, Ferreira), Ponte da Murcella (Ferreira), Alfeite: Cova<br />

da Pieda<strong>de</strong> (Daveau). — lenhosa. Maio­Jul. (v. v.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

260. S. eriocarpus Bss. Reut. Diagn. pl. nov. p. 10 ; Bourg, pl. Hisp.<br />

exs. n. 2202 e 2414; Wk. Lge. 1. c. (S. Cantabricus Cors. ap. Bourg.)<br />

Bosques e mattos da região montan. Bragança (G. Braga, Ferreira),<br />

serra do Gerez : Lage (Henriq., Moller), Moledo (Henriq.), serra da Estrella:<br />

Nave do Arco, Sabugueiro, Valezim (Daveau, Ferreira). — lenhosa.<br />

Jun.­Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

261. S. patens Wbb. It. Hisp. p. 51 ; Bss. Voy. bot. p. 135, t. 40, Β.;<br />

Wk. Lge. 1. c. p. 460 (Spartium patens L. Cod. n. 5195; Brot. 1. c.<br />

ex p.; Cytisus pendulinus L. fil.)<br />

Bosques e mattagaes das regiões inf. e montan. S. da Estrella? (Fonseca),<br />

serra <strong>de</strong> Cintra e Monserrate (Wehv., Daveau).—lenhosa. Maio­<br />

Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

v262. S. Baeticus Wbb. It. Hisp. p. 52, et Ot. Hisp. p. 45, t. 40;


120<br />

Bss. Voy. bot. p. 136, t. 40, a, B. ; Wk. Lge. I. c. (S. arborais Bss. 1.<br />

c. non Wbb.)<br />

Sebes, mattos das regiões inf. e subniontan. Évora, Montemor o Novo,<br />

Alcácer do Sal (Daveau).— lenhosa. Fever.­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

XLHI. Laburnum Griseb. Spie. I, p. 7<br />

* 263. L. vulgare Griseb. 1. c; Wk. Lge. 1. c. p. 461 (Cytisus Laburnum<br />

L. Cod. n. 5437 ; Laburnum majus Grisl. Virid. n. 807.)<br />

Cuit, nos jardins d'on<strong>de</strong> sae subspont. Portugal (Grisl., Vand.). — lenhosa.<br />

Abr.­Maio (v. c). Co<strong>de</strong>co bastardo, Laburno dos Alpes.<br />

XLIV. A<strong>de</strong>nocarpus DC. Fl. Fr. suppl. p. 549<br />

264. A. Hispanicus DC. 1. c. ; Prodr. II, p. 158; Bröt. Fl. Lusit. II,<br />

p. 91 ; Wk. Lge. 1. c. p. 462 (Cytisus Hispanicus Lam. Diet. II, ρ· 248.)<br />

Mattagaes, sitios assombrados e húmidos das regiões inf. e montan.<br />

Arredores <strong>de</strong> Coimbra : margem do Mon<strong>de</strong>go ; margem do Douro, Beira<br />

e norte <strong>de</strong> Portugal (Brot., C. Machado). — lenhosa. Jun.­Jul. (v. s.).<br />

Co<strong>de</strong>co alto.<br />

Hab. na Hespanha.<br />

v265. A. grandiflorus Bss. Bibi. un. <strong>de</strong> Gen. 1836; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 363 ; Wk. Lge. 1. c. p. 463 (A: Telonensis Bss. Voy. bot. p. 146,<br />

t. 42 non DC. ; Cytisus Telonensis Lois.)<br />

Terrenos <strong>de</strong> matto das regiões inf. e submontan. Evoramonte pr. <strong>de</strong><br />

Extremoz (Daveau). — lenhosa. Abr.­Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr. austral.<br />

266. A. complicatus J. Gay in Dur. pl. Aslur. exs. n. 350 ; Gr. Gôdr.<br />

1. c. p. 364; Wk. Lge. 1. c. (A. parvifolius DC. Fl. Fr. V, p. 550; Cytisus<br />

II, Clus. Hisp. p. 192; Grisl. Virid. n. 434.)<br />

Mattagaes das regiões inf. e montan. Portugal (Grisl.). — lenhosa. Maio­<br />

Jul. (n. v.). Co<strong>de</strong>ço.<br />

Hab. na Hesp. e Fr. austr.­occi<strong>de</strong>ntal.<br />

OBSERV. Com a auetorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Grislcy aponto esta espécie em Portugal. É permittido,<br />

comtudo, admitlir a hypothèse <strong>de</strong> que este auctor confundisse o A. complicatus<br />

Gay. com o A. intermédias DC, espécie muito abundante em Portugal.<br />

ν 267. A. commutatus Guss. Prodr. Fl. Sic. II, p. 375 ; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 364; Wk. Lge. 1. c. (A. Telonensis DC. Fl. Fr. V, p. 55.)<br />

Mattos da região montan Bragança ; Sabor (Ferreira), Murça (Ferreira),


121<br />

Covilhã : pr. do Zêzere, Cast. Branco (R. da Cunha), Montargil (Cortezão),<br />

Évora (Daveau).—lenhosa. Maio-Jul. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Fr., Sicil., Oriente.<br />

268. A. intermedins DC. Fl. Fr. V, p. 54-9 e Prodr. II, p. 158 (Cytisus<br />

complicatus Brot. I. c. p. 92 non DC; Cytisus I Clus. Hisp. p. 191).<br />

Mattos das regiões inf. e submontan. Serra do Gerez : Penedo (Moller),<br />

Cab. <strong>de</strong> Basto, Pedras Salgadas (D. M. Henriq.), arred. <strong>de</strong> Braga : monte<br />

do Crasto (Sequeira), Vizella (Henriq.), Mattosinhos pr. do Porto (Johnston),<br />

serra da Estrella : S. Romão (Henriq., Fonseca), Coimbra : Villa Franca,<br />

Choupal (Moller), Cast. Branco: monte Fidalgo (B. da Cunha), Cintra<br />

(Wehv., Mendia). — lenhosa. Maio-Jul. (v. s.). Co<strong>de</strong>co rasteiro.<br />

Hab. na Hesp., Nápoles e Sicilia.<br />

269. A. anisochilus Bss. Diagn. pi. or. HI, 2, p. 5 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Algarve, Monchique (Bourg.). — lenhosa, (n. v.)<br />

XLV. Argyrolobium Eckl. Zh. Enum. p. 184<br />

270. A. argenteum Wk. Prodr. Fl. Hisp. Ill, p. 464 (Cytisus argenteus<br />

L. Cod. n. 5447 ; DC. Fl. Fr. IV, p. 506 ; Brot. Phyt. Lusit. I, p. 170,<br />

t. 69; Lotus argenteus Brot. Fl. Lusit. II, p. 118; Argyrolobium Linnaeanum<br />

Walp. in Linn. XIII, p. 508.)<br />

Terrenos arenosos, calcareos, argilosos das regiões inf. e montan. Villa<br />

Franca : Monte das Torres (R. da Cunha), entre Murtal e Pare<strong>de</strong> (P. Coutinho),<br />

serra d'Arrabida : valle do Solitário, etc. (Welw., Moller), pinhal<br />

<strong>de</strong> Calhariz, Cezimbra, cabo <strong>de</strong> Espichel, arred. <strong>de</strong> Setúbal : Quinta da<br />

Commenda (Moller), Monte Junto (Daveau). — lenhosa. Abr.-Jun. (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr., Cors., Sar<strong>de</strong>n., Ital., Sicil., Dalm.<br />

XL VI. LupimiS L. Gen. pl. n. 865<br />

271. L. albus L. Cod. n. 5307; Brot. Fl. Lusit. II, p. 132; DC.<br />

Prodr. II, p. 407; Wk. Lge. 1. c. p. 466 (L. sativus Guter. ; L. sativus<br />

vulgaris Grisl. Virid. n. 907.)<br />

Cult, e subspont., campos e sitios arenosos da região inf. Portugal<br />

principalmente austral.—bisan. (n. v.). Tremoço.<br />

Cult, na Hesp., etc. ; espont. no Oriente.<br />

272. L. hirsulus L. Cod. n. 5309 ; Brot. I. c. p. 133 ; Gr. Godr. 1. c,<br />

p. 365 ; Wk. Lge. 1. c. (L. digitatus Forsk.)


122<br />

Sitios relvosos da região in Γ. Coimbra : valle <strong>de</strong> Coscllias, S. Romão,<br />

etc. (A. <strong>de</strong> Carv., Ferreira), Buarcos, cabo Mon<strong>de</strong>go: fonle das Pombas<br />

(Moller), Beja: Coitos (R. da Cunha). — ann. Abr.­Maio (v. s.)<br />

Hab. na Hesp., Balear., Fr. austr., Cors., Ital., Grec, Afr. boreal.<br />

273. L. varius L. Cod. n. 3308; DC. Prodr. II, p. 407 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Terrenos cultivados e arenosos da região inf. Coimbra : campos (Ferreira).—<br />

ann. Abr. Jun. (v. v.). Tremoço.<br />

Ilab. na Hesp. e Baleares.<br />

274. L. Termis Forsk. Fl. Aeg. ; Gr. Godr. 1. c. p. 365 (L. prolifer<br />

Lam. Diet. ; Brot. 1. c.)<br />

Cult., espont. no Algarve. Faro : S. Antonio do Alto (J. Guim.). — ann.<br />

Març.­Abr. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

275. L. Cosentini Guss. Fl. Sic.<br />

Terrenos argilosos da região inf. Entre Barreiro e Lavradio (Moller),<br />

Faro: S. Antonio do Alto (J. Guim.).—ann. Març.­Abr. (v. s.)<br />

Hab. na Hespanha.<br />

276. I. angustifoüus L. Cod. n. 5311; Brot. 1. c p. 132; Gr. Godr.<br />

1. c. p. 367; Wk. Lge. 1. c.<br />

Campos, terrenos arenosos e cultivados, entre as searas das regiões inf.<br />

e submontan. Bragança: entre França e Rabal (Ferreira), Adorigo (Schmitz),<br />

Cantanhe<strong>de</strong> (Ferreira), serra da Estrella (Fonseca), Coimbra : Villa Franca,<br />

Choupal (Moller), Cintra (Welw.), Barreiro (C. Machado), Montargil (Cortezão),<br />

Beja: herda<strong>de</strong> da Calçada (R. dá Cunha), arred. <strong>de</strong> Faro: caminho<br />

<strong>de</strong> ferro (.1. Guim.). — ann. Març.­Maio (v. v.)<br />

Hab. na Hesp. e toda a zona mediterrânea.<br />

277. L. Hispanicus Bss. Reut. Diagn. p. 10 ; Bourg, pl. Hisp. exs.<br />

n. 2201 e 2417 ; Wk. Lge. 1. c p. 267 (L. silvestris flore rubro obsoleto<br />

Grisl. Virid. n. 910.)<br />

Campos incultos e arenosos, outeiros <strong>de</strong> matto das regiões inf. e submontan.<br />

Bragança: entre França e Rabal (Ferreira), estação <strong>de</strong> Sette :<br />

linha férrea do Douro (Ferreira), serra da Estrella : S. Romão (F. Fonseca),<br />

Celorico da Beira (Lucio), Coimbra : Choupal, Villa Franca (Moller),<br />

Cast. Branco: rib. <strong>de</strong> Lyra (R. da Cunha. — ann. Abr.­Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp. e Algeria.<br />

278. I. luleus L. Cod. n. 5312; Brot. 1. c. p. 134 (L­ odoratu? Hort.;<br />

L. silvestris flore luteo Grisl. Virid. n. 909.)


123<br />

Terrenos incultos, pastagens da região inf. Serra da Estrella : S. Romão<br />

(F. Fonseca), arred. da Mealhada (A. <strong>de</strong> Carv.), Coimbra: encostas<br />

do valle <strong>de</strong> Coselhas e campo (Moller), Fôja (Bruno), Mir. do Corvo<br />

(Balthazar), Cintra (Welw.), entre Barreiro e Lavradio (Moller), Montargil<br />

(Cortezão), arred. <strong>de</strong> Faro : S. Antonio do Alto (J. Guim.). — ann. Març.-<br />

Jun. (v. v.)<br />

Hab. na Hesp., Sar<strong>de</strong>n., Sicil., Ital. inf. e media.<br />

Trib. IX. Podalyrieae Bth. Hook. Gen. pl. I, p. 437<br />

XLVII. Anagyris L. Gen. pi. n. 509<br />

279. A. foetidaL. Cod. n. 2944; Brot. 1. c. p. 69; Gr. Godr. 1. c.<br />

p. 343 ; Wk. Lge. 1. c. p. 470.<br />

Outeiros abrigados e mattos das regiões inf. e submont. Serpa : horta<br />

<strong>de</strong> S. Anna (Daveau), Loulé e Tavira (Brot.). — lenhosa. Fever.-Março<br />

(v. s.). Anagyris fe<strong>de</strong>gosa.<br />

Hab. na Hesp. e quasi toda a zona mediterrânea.<br />

Trib. X. Sophoreae DC. Mem. Leg.<br />

XLVIII. Sophora L. Gen. pl. n. 508<br />

* 280. S. japonica L. Cod. n. 2936 ; Wk. Lge. 1. c.<br />

Cuit, nos jardins. Coimbra : Jardim Bot. — lenhosa. Jul.-Agost. (v. c.)<br />

Indígena da China e Japão. ,<br />

OBSEBV. FINAL. Das 280 espécies da Família das Papilionaceas, que estão estudadas<br />

na flora <strong>de</strong> Portugal, 239 existem no herbario do Jardim Botânico, previamente<br />

<strong>de</strong>terminadas e revistas para a organisação d'esté trabalho, sendo 52 espécies<br />

novas para a nossa flora e 1 espécie nova para a sciencia com 2 varieda<strong>de</strong>s<br />

também novas.<br />

Com resultados auspiciosos como este, po<strong>de</strong>mos contar que <strong>de</strong>ntro em pouco a<br />

flora Portugucza po<strong>de</strong>rá ser dignamente representada a par das <strong>de</strong> outros paizes<br />

on<strong>de</strong> a <strong>Botânica</strong> <strong>de</strong>scriptive tem feito progressos.<br />

Joaquim <strong>de</strong> Mariz.


IV<br />

PapiUonacias das visinhanças <strong>de</strong> Coimbra,<br />

colhidas por* F. M. da Costa Lobo.<br />

alumno <strong>de</strong> <strong>Botânica</strong> em 1S83<br />

I. Soorpiurus L.<br />

1. S. muricata L.— Choupal—-maio. (rar.)<br />

2. S. subvillosa L. — Mont'Arroio — maio (rar.)<br />

3. S. sulcata L.—Penedo da Sauda<strong>de</strong> — maio. (fr.)<br />

4. S. vermiculata L. — Santa Clara, Penedo da Sauda<strong>de</strong> — maio. (fr.)<br />

II. Coronilla L.<br />

5. C. glauca L.— Balea, Rib. <strong>de</strong> Coselhas — abr., maio. (fr.)<br />

6. C. scorpioi<strong>de</strong>s Koch — Santa Clara, Balea, Mont'Arroio — maio.<br />

(muito fr.)<br />

III. Securigera DC.<br />

7. S. coronilla DC. — Cerca <strong>de</strong> S. Bento — abril.<br />

IV. Ornithopus L.<br />

8. O. compressus L. — Santo Antonio dos Olivaes, Choupal—maio,<br />

jun. (muito fr.)<br />

9. O. ebracteatus Brot. — Balea, Choupal — abr., maio.<br />

10. O. roseus L. —Valle <strong>de</strong> Cannas — maio..<br />

V. Astragalus L.<br />

11. A. Granatensis Lge.—Pousada — maio (rar.)<br />

12. A. hamosus L. — Balea — maio.<br />

13. A. Lusitanicus Lam. — Portella — maio. (rar.)


125<br />

VI. Biserrula L.<br />

14·. B. Pelecinus L. Tentúgal — maio. (rar.)<br />

VII. Vicia L.<br />

15. V. angustifolia Roth. — Arregaça, Cidral — maio.<br />

«. segetalis Koch — Choupal — julho.<br />

16. V. atro­purpurea Desf. — Cidral, Rib. <strong>de</strong> Coselhas—julho.<br />

17. V. cordata Wulff. — Cidral — maio.<br />

18. V. gracilis Lois — Penedo da Sauda<strong>de</strong> — maio (fr.)<br />

19. V. hirsuta Koch — S.Sebastião — maio.<br />

20. V. lutea L.—Santo Antonio dos Olivaes — maio.<br />

21. V. sativa L. — Balea — maio (muito fr.)<br />

var. obovata Ser.—Villa Franca — maio.<br />

22. V. varia L. — Cidral (muito fr.), Tentúgal — maio, julho.<br />

23. V. vestita Bss. — Arregaça—jun.<br />

VIII. Lathyrus L.<br />

24. L. amphicarpos Brot. — Balea, Rib. <strong>de</strong> Coselhas — maio, junho.<br />

25. L. angulatus L.—Arregaça, Sete Fontes — maio (muito fr.)<br />

26. L. annuus L. — Choupal, Penedo da Sauda<strong>de</strong> — abril, maio.<br />

27. L. articulatus L. — Choupal, Cidral —junho.<br />

28. L. Clymenum L. ß. latifolius Godr. — Balea, Cidral—junho.<br />

29. L. hirsutus L. —Rib. <strong>de</strong> Coselhas—julho.<br />

30. L. latifolius L. — Arregaça—julho.<br />

31. L. Ochrus DC. — Sete­Fontes — maio.<br />

32. L. sativus L. — Pousada — maio.<br />

33. L. Tingitanus L. — Valle <strong>de</strong> Cannas —jun. (muito rar.)<br />

IX. Anthyllis L.<br />

34. A. lotoi<strong>de</strong>s L. — Choupal, Portella — abril, maio.<br />

35. A. Vulneraria L., a. albiflora — Santa Clara — maio (muito rar.)<br />

γ. rubrillora DC. — Mont'Arroio, Santa Clara (muito fr.)<br />

X. Bonjeanea<br />

36. B. recta Rchb. — S. Romão, Paúes do Mon<strong>de</strong>go—jun., julh. (rar.)<br />

XI. Lotus L.<br />

37. L. Conimbricensis Brot.—Balea — maio (rar.).


38. L. corniculatus L. α. genuinus—Penedo da Sauda<strong>de</strong>—maio (muito fr.)<br />

β. pedunculatus — Mont'Arroio —julho.<br />

γ. villosus Th.—Choupal, Penedo da Sauda<strong>de</strong>—maio.<br />

39. L. hispidus Desf.—Valle <strong>de</strong> Cannas, S. Romão—junho (rar.)<br />

40. L. parvillorus Desf'. — Santa Clara — maio.<br />

41. L. uliginosus Schk. — Choupal, S. Romão, Cidral—junho, julho<br />

(muito fr.)<br />

XII. Trifolium L.<br />

42. T. angustifolium L. — Cidral, Portella, Balea — maio (muito fr.)<br />

43. T. arvense L. — Cidral, Cumiada, Portella—junho, julho.<br />

44. T. Bocconei DC. — Cidral, Choupal, Mont'Arroio — maio, junho.<br />

43. T. cernuum Brot. — Calçada do Gato, Casa do sal, Valle <strong>de</strong> Çannas<br />

junho (fr.)<br />

46. T. Cherleri L. — Cidral, S. Romão — maio, junho.<br />

47. T. Cupani Tin.:—Balea — maio (muito raro).<br />

48. T. glomeratum L. — Choupal, Rib. <strong>de</strong> Coselhas — abr,, maio (rar.)<br />

49. T. incarnatum L. — Portella — maio (muito fr.)<br />

50. T. lappaceum L. —Sete Fontes — maio (rar.)<br />

51. Τ, minus Sm. — S. Romão — maio.<br />

52. T. pratense L. — S. Romão, Paúes do Mon<strong>de</strong>go, Cidral—jun., jul.<br />

53. T. procumbens L. ß. majus Koch. — Choupal — jun. (fr.)<br />

54. T. repens L. — Choupal, Mont'Arroio, Paúes do Mon<strong>de</strong>go — abril,<br />

maio, junho (muito ff.)<br />

55. T. résupinatum li. •—Tentúgal — abril (rar.)<br />

56. T. scabrum L. — Sete Fontes, Mont'Arroio — maio (muito fr.)<br />

57. T. stellatum L. — Arregaça, Portella — maio.<br />

58. T. subterraneum L. — Portclla, Sete Fontes, Valle <strong>de</strong> Cannas — maio.<br />

59. T. tomentosum L. — Sete Fontes­—maio (rar.)<br />

XIII. Melilotus Tourn.<br />

60. M. infesta Guss. — Arregaça — maio.<br />

61. M. parvillora Desf. — Tentúgal — março.<br />

XIV. Medioago L.<br />

62. M. hispida Gãrtn. aa. microcarpa, γ. <strong>de</strong>nticulata Urb. — Mont'Arroio,<br />

caminho <strong>de</strong> ferro — maio.<br />

α a. ß. apiculata Urb. — Mont'Arroio — maio.<br />

b b. macrocarpa. a) tricyla, Urb. — Penedo da Sauda<strong>de</strong> — maio.<br />

2» 6. b) pentacycla, γ. longeaculeata—Mont'Arroio—junho.


127<br />

63. M. lupulina L. — Portella — maio (rar.)<br />

64. M. maculata Willd. — Penedo da Sauda<strong>de</strong>, Arregaça — abril, maio<br />

(muito fr.)<br />

65. M. minima Lam., a) pubescens Wbb. β. longiseta DC.—Portella,<br />

Tovim — maio.<br />

ò) mollissima Koch — Portella, Santa Clara — maio.<br />

66. M. obcura Retz. b) Helix Urb. β. aculeata Guss. —Portella, Mont'Arroio<br />

— maio (rar.)<br />

67. M. orbicularis All. — Penedo da Sauda<strong>de</strong> —maio.<br />

68. M. rigidula Desr. — Cumeada, Rib. <strong>de</strong> Coselhas — maio (rar.)<br />

69. M. turbinata W. b) aculeata G. β. sinistrorsa Asch.—Valle <strong>de</strong><br />

Cannas, Sete Fontes — maio.<br />

XV. Ononis L.<br />

70. O. brevillora DC. — Balea — maio.<br />

71. O. Columnae Ali.—­Pousada — abril (rar.)<br />

72. O. mitissima L. — Balea, Pousada — maio, junho.<br />

73. O. Picardi Bss.—Villa Franca — maio.<br />

74. O. reclinata L. — Balea — maio (rar.)<br />

XVI. Spartium L.<br />

75. S. junceum L. — Caminho <strong>de</strong> ferro—junho.<br />

Genista DC.<br />

76. G. falcata Brot. — Calçada do Gato —abril<br />

77. G. triacanthos Brot. — Balea, Rib. <strong>de</strong> Coselhas — abril, maio.<br />

XVII. Pterospartum Spach<br />

78. P. stenopterum Spach — Portella — maio.<br />

79. P. tri<strong>de</strong>ntatum Spach — Pousada — maio.<br />

XVin. Ulex L.<br />

80. U. Jussiaei Wbb. —Valle <strong>de</strong> Coselhas — abril.<br />

XIX. Cytisus L.<br />

81. C. albus Lk.—Villa Franca — junho.


128<br />

XX. Sarothamnus Wimm.<br />

82. S. grandiflorus Wbb. — Balea — abril.<br />

83. S. Welwitschii Bss. — Portella, Choupal — maio.<br />

XXI. A<strong>de</strong>nooarpus DC.<br />

84. A. intermedins DC. — Choupal, Paúes do Mon<strong>de</strong>go—julho.<br />

XXII. Lupinus L.<br />

8o. L. angustifolius L. — Santo Antonio dos Olivaes — maio.<br />

86. L. hirsutus L. — Rib. <strong>de</strong> Coselhas — maio (rar.)<br />

87. L. Hispanicus Bss. — Choupal — abril.<br />

88. L. luteus L. —Rib. <strong>de</strong> Coselhas — abril.<br />

89. L. varius L. — Choupal — abril.


ν<br />

Apontamentos para o estudo<br />

da flora transmontana<br />

A província <strong>de</strong> Traz­os­Montes é <strong>de</strong>certo, <strong>de</strong>baixo do ponto <strong>de</strong> vista<br />

botânico, uma das mais curiosas <strong>de</strong> Portugal. As gran<strong>de</strong>s altitu<strong>de</strong>s das<br />

suas montanhas, as fortes acci<strong>de</strong>ntações do seu terreno, originam climas<br />

locaes diversíssimos ; encontram­se alli gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong>sconhecidas<br />

no resto do paiz, e a flora local variadíssima, como as condições<br />

orographicas e climatéricas, reúne, a pequenas distancias, as plantas das<br />

zonas frias e das zonas mais temperadas <strong>de</strong> Portugal.<br />

É assim que a larangeira se encontra no sul da província, o azinheiro<br />

e o sobreiro em toda ella, como o vidoeiro, e ao norte o Nardus stricta L.<br />

e a Spiraea ulmaria L. ; é assim que apparecem em Traz­os­Montes o<br />

Cynoglossum cheirifoliiim L., a Eujúorbia serrata L. e outras espécies,<br />

que têem sido também encontradas no Algarve, sem apparecerem na zona<br />

intermedia a dois pontos tão oppostos.<br />

Apesar da tamanha varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> climas locaes, pô<strong>de</strong> toda esta região<br />

consi<strong>de</strong>rar­se dividida em duas zonas — terra fria e terra quente — caracterisadas<br />

perfeitamente pelas differenças na cultura, e a que <strong>de</strong>vem correspon<strong>de</strong>r<br />

differenças, accentuadas pela mesma forma, na vegetação expontânea.<br />

Na terra fria téem gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento as pastagens naturaes, a cultura<br />

do centeio, da batata e do castanheiro. As nevadas são ahi frequentes<br />

e copiosas <strong>de</strong> inverno ; as geadas são fortíssimas e prolongam­se pela primavera<br />

até tar<strong>de</strong>; o thermometro chega ordinariamente a accusar no inverno<br />

<strong>de</strong>scidas <strong>de</strong> sete e mais graus abaixo <strong>de</strong> zero, subindo no estio até 35°<br />

e 36°; tem esta região nevoeiros abundantes, e trovoadas <strong>de</strong> primavera<br />

frequentes e fortes.<br />

Na terra quente o azeite e o vinho representam o primeiro papel ; cultivam­se<br />

todos os cereaes panificaveis ; apparecem a larangeira e a amen­<br />

9


130<br />

doeira, esta ultima em gran<strong>de</strong> escala. As <strong>de</strong>scidas do thermometro são<br />

menores ; as neves muito menos frequentes e menos intensas, persistindo<br />

pouco tempo no chão sem se <strong>de</strong>rreterem; são mais fracas as geadas, é mais<br />

forte o calor do estio.<br />

Apesar da riqueza da flora transmontana, as herborisações alli feitas têem<br />

sido poucas, relativamente ; a aspereza do terreno, a falta <strong>de</strong> estradas e<br />

conducções — falta que se verificava ainda ha bem pouco tempo — explicam<br />

talvez esse facto.<br />

Tournefort e mais tar<strong>de</strong>, nos princípios do século XVIII -, A. <strong>de</strong> Jussieu<br />

herborisaram n'esta província. O con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Hoffmansegg percorreu-a por duas<br />

vezes no anno <strong>de</strong> 1800, fazendo ampla colheita <strong>de</strong> plantas ; na serra <strong>de</strong> Rebordãos<br />

encontram-se ainda vestígios da sua passagem, e a memoria do con<strong>de</strong><br />

allemão é conservada n'uma pequena família <strong>de</strong> lavradores, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />

d'aquelles que lhe <strong>de</strong>ram guarida por uma noite. O professor Link, que<br />

fora companheiro do con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Hoffmansegg nos primeiros tempos da sua<br />

viagem, retirou-se do Portugal em 1799 e nunca esteve em Traz-os-Montes.<br />

Brotero também alli não foi, e as espécies transmontanas citadas na sua<br />

Flora foram colhidas, umas pelo con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Hoffmansegg como o proprio<br />

Brotero <strong>de</strong>clara, outras <strong>de</strong>certo por alguns seus correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

Para os mo<strong>de</strong>rnos exploradores botânicos do nosso paiz tem ficado em<br />

esquecimento esta província. Depois do con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Hoffmansegg creio que<br />

o sr. dr. Manuel Paulino <strong>de</strong> Oliveira foi o primeiro que herborisou alguma<br />

cousa (muito pouco), nos arredores <strong>de</strong> Bragança.<br />

Algum tempo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> eu ter sido <strong>de</strong>spachado para o logar <strong>de</strong> agrónomo<br />

do districto <strong>de</strong> Bragança (Outubro <strong>de</strong> 1875) entrei em correspondência<br />

com o sr. dr. Julio Henriques ; esta correspondência <strong>de</strong>spertou em<br />

mim o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> me <strong>de</strong>dicar um pouco a estes trabalhos, e <strong>de</strong> herborisar<br />

n'aquelle riquíssimo paiz. As minhas herborisações foram especialmente<br />

feitas em 1877 e 1878, e limitaram quasi o seu campo aos arredores <strong>de</strong><br />

Bragança (terra fria); em 1879 colhi algumas espécies (muito poucas) na<br />

Regoa.<br />

Em maio <strong>de</strong> 1877 o Jardim Botânico <strong>de</strong> Coimbra enviou a Traz-os-<br />

Montes um dos seus mais habeis collectores <strong>de</strong> plantas, que fez gran<strong>de</strong><br />

colheita, sobretudo na terra fria; e a esta primeira campanha, coroada<br />

<strong>de</strong> bons resultados, outra se seguiu, realisada pelo mesmo agente cm junho<br />

<strong>de</strong> 1879.<br />

A isto se resume, creio eu, tudo quanto ha, acerca dos trabalhos botânicos,<br />

que dizem respeito a nossa província transmontana.<br />

Yoyage en Portugal par M. le Comte <strong>de</strong> Hoffmansegg, redige par M. Link, pag. 1.


131<br />

Pouco tenho a dizer quanto ao modo porque foram executadas as minhas<br />

herborisações. Percorri todo o districto <strong>de</strong> Bragança mas no inverno, em<br />

epocha muito pouco azada a trabalhos d'esta natureza ; os <strong>de</strong>veres do meu<br />

cargo prendiam-me na capital do districto e tomavam-me quasi todo o<br />

tempo. Despachado para aquelle logar em seguida logo á minha sahida<br />

das aulas lutava com um sem numero <strong>de</strong> difficulda<strong>de</strong>s ; em trabalhos <strong>de</strong><br />

botânica era também principiante — não sabia ver, nem escolher — e sem<br />

os auxílios, que me dispensou sempre, com a melhor boa vonta<strong>de</strong>, o director<br />

do Jardim Botânico <strong>de</strong> Coimbra, eu nada teria feito.<br />

Consegui, ainda assim, encontrar bastantes das espécies já enumeradas<br />

como proprias á província, entre outras :<br />

—Alyssum serpyllifolium Desf.<br />

(A. alpestre Brot.), Holosleum umbellatum L., Dorycnium suffruticosum Vill.,<br />

Vicia narbonensis L. var., Vicia monanthos L., Spyraea ulmaria L., Spyraea<br />

flabellata Berthol., Rhinanthus major Ehrh., Lycopsis arvensisL., Veronica<br />

chamaedrys L., Veronica triphyllos L., etc. ; e consegui encontrar algumas<br />

espécies inteiramente novas na nossa flora, taes como Alyssum granatense<br />

Bss. e Reut., Genista Hyslrix Lge., Astragalus chlorocyaneus Bss. e Reut.,<br />

Vicia onobrychioi<strong>de</strong>s L , Prunus mahaleb L., Rubus collinus DC, Daucus<br />

Duriena Lge., Verbascum Boerhaevii L., Calamintha alpina Bth., Salvia<br />

aelhiopis L., Alchemilla cornucopioidcs R. Sch., Hermodactylus tuberosus<br />

Salisb., Carex hirta L., Poa su<strong>de</strong>tica Moench., e outras.<br />

Os exemplares recolhidos foram por mim classificados, com os pequenos<br />

materiaes <strong>de</strong> que disponho — pequenos, em sciencia, livros, e exemplares<br />

comparativos ; mas foram <strong>de</strong>pois revistos em Coimbra, e tiradas alli as<br />

duvidas que encontrei na <strong>de</strong>terminação. Em Coimbra, no Jardim Botânico,<br />

existe hoje o herbario do professor Willkomm, elemento <strong>de</strong> primeira importância<br />

para comparação, e para tirar duvidas.<br />

No catalogo das plantas, que segue, incluo aquellas que por mim foram<br />

colhidas em Traz-os-Montes, ou sob minha indicação ; os exemplares ficam<br />

no meu herbario e po<strong>de</strong>m ser examinados por quem os quizer ver. Os que<br />

não levam indicação precisa <strong>de</strong> localida<strong>de</strong> são todos das proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Bragança. As espécies provenientes da Alfan<strong>de</strong>ga da Fé, foram colhidas<br />

pelo sr. J. A. Ochoa, alumno do Instituto agrícola.<br />

Possuo ainda no meu herbario, afora estas, mais algumas espécies transmontanas<br />

: umas provenientes dos duplicados do herbario do sr. dr. Paulino<br />

d'Oliveira, e que este senhor fez o obsequio <strong>de</strong> me ce<strong>de</strong>r (Eryihronium<br />

<strong>de</strong>ns-canis L., Pulmonaria angustifolia L., etc.), outras que me foram<br />

dadas pelo sr. dr. Julio A. Henriques.<br />

Não quiz citar nomes <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> que não possuo exemplares, embora<br />

alguns d'esses nomes appareçam nas notas que conservo (Fumana<br />

laevipes (L.) Spach., Santolina rosmarinifolia L., etc.), porque po<strong>de</strong>ria ter<br />

havido inexactidão na <strong>de</strong>terminação.


132<br />

Termino prestando os meus sinceros agra<strong>de</strong>cimentos ao sr. dr. J. Henriques,<br />

por todos os auxílios que me tem prestado n'este género <strong>de</strong> trabalho.<br />

Lisboa, Dezembro <strong>de</strong> 1883.<br />

Antonio Xavier Pereira Coutinho.<br />

Sporophytae'<br />

Filie es<br />

1. Gymnogramma leptophylla Desv.—muros, sebes — Regoa — primavera.<br />

2. Ceterach officinarum W. — muros — fevereiro 1877.<br />

3. Polypodium vulgare L. — muros, arvores, rochedos—­outomno.<br />

' 4. Cheilanthes odora Sw. — muros velhos — Regoa—Jan. e fev.<br />

5. Pteris aquilina L. — vulgarissima — março.<br />

6. Blechnum Spicant Roth — serra do Marão — março.<br />

7. Asplenium trichomanes L. — muros, sitios húmidos — agosto.<br />

1<br />

Desejando contribuir para tornar mais completo o catalogo feito pelo sr. Pereira<br />

Coutinho, inclui n'elle todas as espécies da região citada <strong>de</strong> que ha exemplares no<br />

herbario do Jardim Botânico <strong>de</strong> Coimbra. São cilas productos das herborisações dos<br />

srs. dr. Paulino d'Oliveira, dr. W. Lima, Schmitz, Β. <strong>de</strong> Moraes, e do empregado do<br />

Jardim Botânico M. Ferreira.<br />

No catalogo são essas espécies acompanhadas da indicação das localida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong><br />

foram colhidas, e do nome dos eolleetores, distinguindo­se d'esta forma o trabalho do<br />

sr. Pereira Coutinho do dos outros exploradores.<br />

O quadro seguinte mostra as altitu<strong>de</strong>s dos logarcs indicados com a approximação<br />

sufficiente, para melhor comprehensão do habitat das plantas enumeradas.<br />

Régua 71"'<br />

Pinhão (foz do rio) 75'"<br />

Moledo 80 m<br />

Oliveira 350 ra<br />

Villa Real 461 m<br />

Sediellos 480 m<br />

Sá 535 m<br />

Serra dó RaUço .............. 582 ra<br />

Murça (vizinhanças) S92 m<br />

­666 m<br />

Alfan<strong>de</strong>ga da Fé*. 607 ra<br />

Pedras Salgadas 634 m<br />

Ermida 760 m<br />

Serra <strong>de</strong> Rebordãos 1327 m<br />

Alto da Fraga da Ermida 1400 m<br />

Alto do Marão 1415 ra<br />

J. A. Henriques.


133<br />

8. A. Adianthum-nigrum L.— muros, rochedos — agosto.<br />

9. Cystopteris fragilis Brhd. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

10. Polystichum filix-mas Rth. — Bragança (M. Ferreira).<br />

11. Aspidium aculeatum Koch — á beira dos ribeiros, sitios húmidos —<br />

Regoa — primavera.<br />

Equisetaoeae<br />

12. Equisetum arvense L. — sitios húmidos, beira dos rios — fevereiro e<br />

março.<br />

13. E. ramosum Sehl.—muros — Pinhão (J. Henriques).<br />

Sp ermatopliytae<br />

Gymnospermeae<br />

Coniferae<br />

14. Juniperus oxycedrus L. — Mogadouro (Barros Gomes).<br />

1-6. J. communis L. —montes incultos.<br />

16. Taxus baccata L.—cult, abril; Teixe<strong>de</strong>llo, pr. <strong>de</strong> Montesinho<br />

(M. Fer.).<br />

Monocotyledoneae<br />

Aroi<strong>de</strong>ae Juss.<br />

17. Arum Dracumculus L. — subspontaneo ?—junho.<br />

Typhaceae Enal.<br />

18. Sparganium ramosum Huds. — á beira dos rios e da agua estagnada<br />

— junho e julho.<br />

Gramineae Juss.<br />

19. Anthoxanthum odoratum L. a. genuinum. — lameiros — maio.<br />

20. Mibora verna P. B. — Bragança (M. Fer.).<br />

21. Phleum pratense L. ,3. nodosum Gaud. — lameiros, searas, campos<br />

— maio.


134<br />

22. Alopecurus brachystachys Μ. Β. — lameiros — maio ; Sabor, entre<br />

Rabal e França (M. Fer.).<br />

23. Setaria viridis — terras cultivadas—julho.<br />

24. S. itálica P. B. var. germanica — ensaio <strong>de</strong> cultura na Quinta districtal—julho.<br />

28. Panicum repens L. — Bragança (M. Ferreira).<br />

26. P. miliaceum L. — ensaio <strong>de</strong> cultura — julho.<br />

27. Echinochloa crus­galli P. B. (formas mutica e aristata) — terras cult.<br />

julho.<br />

28. Digitaria sanguinalis Scop. — terras cult. —julho e agosto.<br />

29. Cynodon Dactylon P. — terras cult.—junho­agosto.<br />

30. Agrostis truncatula Pari. — Bragança (M. Ferreira).<br />

31. Gastridium lendigerum Gaud.—beira dos caminhos — julho.<br />

32. Molineria laevis Hkl.—beira dos caminhos, sitios áridos — maiojunho.<br />

33. Periballia involucrata Janka — Bragança (M. Ferreira).<br />

34. Corynephorus canescens P. B. — Bragança (M. Ferreira).<br />

38. C. fasciculatus Boiss. et Reut. — Bragança (M. Ferreira).<br />

36. Aira multiculmis Dum. — Bragança (M. Ferreira).<br />

37. Deschampsia media R. S. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Ferreira).<br />

38. Avena strigosa Schrb. ß. sesquialtera — muito abundante nos lameiros<br />

—junho.<br />

39. A. barbata Brot.—lameiros, campos — maio­junho.<br />

40. A. elatior L. var. bulbosa Gaud. — lameiros, campos—junho.<br />

41. Trisetum ílavescens P. B. — Sabor, pr. <strong>de</strong> Bragança (M. Ferreira).<br />

42. T. ovatum P. — Bragança (M. Ferreira!.<br />

43. Holcus lanatus L.—lameiros — abril­maio.<br />

44. Koeleria phleoi<strong>de</strong>s P. — Bragança (M. Fer.) ; Alfan<strong>de</strong>ga da Fé.<br />

48. K. caudata Lk. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu, Sabôr (M. Fer.).<br />

46. Glyceria spicata Guss. — nas aguas estagnadas — maio.<br />

47. Poa annua L.—primavera.<br />

48. P. bulbosa L. ß. vivipara Rchb. — lameiros — abril­junho.<br />

49. P. pratensis L. var. latifolia Rchb. — lameiros — abril­junho.<br />

50. P. trivialis L. — Bragança (M. Fer.).<br />

Λ 51. P. su<strong>de</strong>tica Hkl. — nos lameiros — maio.<br />

82. Eragrostis megastachia Lk. — terra cultivada—julho.<br />

S3. Brisa minor L. — lameiros e campos —maio­junho:'<br />

84. B. media L. — Bragança (M. Fer.).<br />

55. Β. » var. lutescens Furn. — Bragança (M. Fer.).<br />

86. Β. maxima L. — lameiros, campos — maio­junho; Alfan<strong>de</strong>ga da Fé.<br />

87. Dactylis hispânica Both. — lameiros—junho; Alfan<strong>de</strong>ga da Fé.<br />

88. Cynosurus cristatus L. — lameiros — junho.


138<br />

89. C. echinatus L. —lameiros, beira dos caminhos —junho ; Alfan<strong>de</strong>ga<br />

da Fé.<br />

60. C. elegans Desf. — Bragança (M. Fer.).<br />

61. Vulpia <strong>de</strong>licatula Lk. — Bragança (M. Fer.). ,<br />

62. V. ciliata Lk. — lameiros — abril.<br />

63. Festuca rubra L. —Begoa (M. Fer.)<br />

64. F. arundinacea Schreb. — lameiros — maio­junho.<br />

65. F. spadicea L. var. livida Hkl. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Fer).<br />

66. Bromus tectorum L. — lameiros — maio­junho.<br />

67. B. sterilis L.—Bragança (M. Fer.).<br />

68. Β. maximus Desf.— lameiros — maio­junho.<br />

69. B. madritensis L. — borda dos campos—junho.<br />

.^70. Serrafalcus racemosus Schltz. — Bragança (M. Fer.).<br />

71. S. mollis Pari. — lameiros, campos — maio­junho.<br />

χ72. S. scoparius Pari.—lameiros, beira dos caminhos — maio­junho.<br />

73. Hor<strong>de</strong>um secalinum Schreb. — beira dos caminhos — maio­junho.<br />

74. Elymus Caput­Medusae L. — beira dos caminhos — maio­junho.<br />

75. Aegylops ovata L. — lameiros, beira dos caminhos—junho.<br />

76. A. triuncialis L. — Brangança (M. Fer.).<br />

77. Agropyrum campestre Gren. et Godr. — Bragança (M. Fer.).<br />

78. Brachypodium silvaticum Roem. et Schtz. — Bragança (M. Fer.).<br />

79. B. pinnatum P. Β.—Bragança (M. Fer.).<br />

80. B. distachium P. B. — Alfan<strong>de</strong>ga da Fé.<br />

81. Lolium perenne L. — lameiros— maio­junho.<br />

82. L. rigidum Gaud. — Bragança (M. Fer.).<br />

83. L. temulentum L. var. macrochaetum A. Br. — lameiras, noras—jun.<br />

84. Nardurus tenellus L. var. aristatus—­Bragança (M. Fer.).<br />

85. N. patens Hkl. — Bragança (M. Fer.). .<br />

86. Psilurus nardoi<strong>de</strong>s Trin. — Bragança (M. Fer.).<br />

87. Nardus stricta L. — Serra <strong>de</strong> Montesinho, Sabôr (M. Fer.).<br />

Cyperaceae Juss.<br />

88. Carex setifolia Godr. — Pinhão (M. Fer.).<br />

89. C. vulpina L. — Bragança (M. Fer.).<br />

90. C. muricata L. —sitios húmidos •—maio; Montesinho, Murça (M.<br />

' Fer.).<br />

91. C. paniculata L. —sitios húmidos — abril.<br />

92. C. glauca Scop.—lameiros — abril; Montesinho (M. Fer.).<br />

93. C. maxima Scop. — Regoa, nos ribeiros e fossos — maio.<br />

94­ C. distans L.—Bragança (M. Fer.).


136<br />

95. C. hirta L.—­lameiros, sítios húmidos — abril­maio.<br />

96. Scirpus Holoschoenus L. ß. romanus Koch — lameiros, pântanos —<br />

junho.<br />

97. S. Michelianus — Regoa (M. Fer.).<br />

98. Cyperus ílavescens L.—Regoa (R. <strong>de</strong> Moraes).<br />

99. C. fuscus L.—Regoa (R. <strong>de</strong> Moraes).<br />

100. C. badius Desf. — lameiros, pântanos—junho.<br />

Iri<strong>de</strong>ae Juss.<br />

101. íris xiphium L. — Bragança (M. Fer.).<br />

102. I. Pseudacorus L. — lameiros pantanosos —junho.<br />

103. I. germanica L. — sebes, campos — março.<br />

104. I. Suziana — Bragança (A. d'Oliveira).<br />

105. Hermodactylus tuberosa L.—sebes — março.<br />

106. Trichonema bulbocodium Ker. — caminhos e lameiros seccos —<br />

fevereiro­março.<br />

Amarylli<strong>de</strong>ae E. Br.<br />

X 107. Narcissus Graellesii Grils. — lameiros — março.<br />

OBSERV. Esta planta apresenta os estâmes excertos e a coroa com a margem<br />

crenada, —caracteres do N. Graellesii. A côr porém não é albido­sulfurea, mas<br />

sim amarella, como no N. Bulbucodium.<br />

108. N. obesus Salisb. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

yC 109. N. minor L. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (dr. P. d'Oliveira).<br />

110. Ν. rupicola Duf. — Serra <strong>de</strong> Montesinho (M. Fer.).<br />

111. Ν. reflexus Brot. — montes, proximo ao Sabor — março­abril; Montesinho<br />

(M. Fer.).<br />

Orcbi<strong>de</strong>ae Juss.<br />

112. Serapias cordigera L. — Bragança (M. Fer.).<br />

113. S. lingua L. — Bragança (M. Fer.).<br />

114. Orchis Morio L. — Bragança (dr. P. d'Oliv.) ; Rebordão (M. Fer.).<br />

115. O. coriophora L. var. Carpetana. — lameiros seccos e altos — maio.<br />

116. O. máscula L. — montes, mattos.— abril.<br />

117. O. laxiflora Lamk. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu (M. Fer.).


137<br />

118. O. pseudo-sambucina Ten. — Regoa, nos montes por entre os rochedos;—<br />

março-abril; Rebordãos (M. Fer.).<br />

119. O. incarnata L. «. sublatifolia brevicalcarata Rchb. — lameiros húmidos<br />

—junho-julho.<br />

120. O. maculata L. — Bragança (M. Fer.).<br />

121. Cephalanthera ensifolia Rchb. — sitios sombrios, mattos — abr.-maio;<br />

cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu (M. Fer.).<br />

122. Epipactis Helleborine Crtz.— montes, sitios seccos—junho.<br />

Juncaceae Bartling.<br />

123. Juncus squarrosus L. — Murça, Bragança, Montezinho (M. Fer.).<br />

124. J. effususX. — lameiros húmidos, pântanos—junho, julho.<br />

125. J. comgloraeratus L. — Pinhão (M. Fer.).<br />

126. J. silvaticus Rchb. — Serra do Ratiço, pr. <strong>de</strong> Murça (M. Fer.).<br />

127. J. capitatus Weig. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

^128. J. lagenarius Gay. — Serra do Ratiço (M. Fer.).<br />

129. Luzula velutina Lge. — Serra do Ratiço (M. Fer.).<br />

130. L. multiílora Lejeun. — Bragança (M. Fer.).<br />

131. L. campestris DC.—lameiros—abril; Serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Fer.).<br />

Colchicaceae DC.<br />

132. Colchicum autumnale L. — cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu — outomno ;<br />

Serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Fer.). ,<br />

Dioscoreae B. Br.<br />

133. Tamus communis L. — mattos, sebes — primavera.<br />

Smilaceae Endi.<br />

134. Ruscus aculeatus L. — montes, sebes — primavera.<br />

135. Asparagus acutifolius L. — Pinhão (M. Fer.)<br />

Liliaceae Juss.<br />

136. Endymion campanulatus Wk,— montes sebes — maio.


138<br />

Χ 137. Hyacinthus orientalis L. — cultivado — abril.<br />

138. Uropetalum serotiniim Ker. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

139. Muscari comosum Mill. — vinhas, campos — abril­maio.<br />

140. M. racemosum DC. — Regoa, vinhas sebes — março.<br />

141. Allium sphaerocephalum L. — sitios seccos, aridos — agosto ; Serra<br />

do Ratiço (M. Fer.).<br />

χΊ42. A. <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ns L. —Regoa (M. Fer.).<br />

143. Scilla autumnalis L. — sitios seccos e aridos — agosto-setembro.<br />

144. Ornithogalum unifolium Gawl.— Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu (M. Fer.)<br />

145. O. umbellatum L. — Serra <strong>de</strong> Rebordaos (M. Fer.).<br />

146. Gagea saxatilis Roem. et Sch.—Bragança (dr. P. d'Oliveira).<br />

147. Erythronium <strong>de</strong>ns-canis L. — Serra <strong>de</strong> Rebordaos (dr. P. d'Oliveira).<br />

148. Tulipa australis Lk. — Castro pr. <strong>de</strong> Bragança (M. Fer.).<br />

Dleotyledoneae<br />

Salicineae<br />

149. Salix purpurea L. (S. monandra Brot.) — Pinhão (M. Fer.).<br />

X 150. S. phylicaepholia L. (S. atrocinerea Brot.) — beira dos rios — fevereiro-março.<br />

151. S. salvifolia Brot. — sitios húmidos — abril-maio.<br />

Betulaceae Enal.<br />

152. Alnus glutinosa Gaertn. — á beira dos rios-—fevereiro.<br />

Cnpuliferae Rich.<br />

153. Quercus pedunculata Ehrh. — Bragança (M. Fer.).<br />

154. Q. sessiliflora Salisb. β. glomerata Lam.<br />

155. Q. Tozza Bosc.<br />

156. Q. lusitanica Lam.— agosto.<br />

157. Q. lus. β. baetica Webb — agosto-setembro.<br />

158. Q. suber L. — agosto-setembro.<br />

159. Q. Ilex L. — agosto-setembro.<br />

160. Castanea vulgaris Lam. (silvestris) — montes, campos—jun.-julho.<br />

(sativa) — cultivada—junho-julho.


139<br />

C elu<strong>de</strong> ae Endi.<br />

161. Ceitis australis L. — sebes, á beira das vinhas — Regoa.<br />

Moreae Endi.<br />

162. Morus alba L. — cult, em pequena quantida<strong>de</strong>-—junho.<br />

163. M. alba L. var. multicaulis —cult, muito pouco—junho.<br />

164. M. nigra L. — cult, em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>—junho.<br />

Urticeae Juss.<br />

163. Urtica urens L. — á beira dos muros — maio-junho.<br />

166. U. dioica L. -—sitios assombreados—junho.<br />

167. Parietaria lusitanica h. — Adorigo (E. Schmitz); Bragança, Villa<br />

Real, Murça (M. Fer.).<br />

Cannabineae Endi.<br />

168. Humulus lupulus L. — á beira dos rios—julho-agosto.<br />

Chenopodiaceae Lindl.<br />

169. Chenopodium Botrys L. — Regoa (E. Schmitz).<br />

170. C. album L. — Bragança (M, Fer.).<br />

171. C. opulifolium Schrad. — campos cult. —estio e outomno.<br />

172. Beta vulgaris L.— Bragança (M. Fer.).<br />

Polygoneae Juss.<br />

173. Rumex crispus L. — lameiros, bordas dos caminhos — junho-julho.<br />

174. R. Friesii Gren. et Godr. — beira dos caminhos, hortas — maio-junho.<br />

175. R. bucephalophorus L. — sitios seccos — maio-junho.<br />

176. R. acetosella L.—sitios áridos — maio-junho.<br />

177. R. Acetosa L. — lameiros e terras cultivadas — primavera.<br />

178. R. scutatus L. — muros, etc. — março; Adorigo (E. Schmitz).<br />

179. Polygonum aviculare L. — caminhos, campos — estio,<br />

180. P. Hydropiper L. — Regoa (R- <strong>de</strong> Moraes).


14­0<br />

181. P. lapathifolium L. — Regoa (R. <strong>de</strong> Moraes).<br />

182. P. amphibium L. — Regoa (R. <strong>de</strong> Moraes).<br />

183. P. Convolvulus L. — terras cultivadas—junho­julho.<br />

184. P. orientale L. — subspontanea nas hortas frescas — agosto.<br />

Santalaceae Ε. Br.<br />

185. Osyris alba L. — sebes e mattos — maio­julho.<br />

186. Thesium pratense Ehrh. — sitios seccos—junho.<br />

187. T. divaricatum A. DC. — Bragança (M. Fer.).<br />

Daphnoi<strong>de</strong>ae Vent.<br />

188. Daphne Gnidium L.—julho; Alfan<strong>de</strong>ga da Fé.<br />

Aristolocliieae Endi.<br />

189. Aristolochia longa Clus. — á beira das pare<strong>de</strong>s, sebes — primavera;<br />

Adorigo (E. Schmitz).<br />

Valerianeae DC.<br />

190. Centranthus ruber DC. — subspontaneo nos jardins — primavera e<br />

estio.<br />

191. C. calcitrapa DC.—lameiros, caminhos — maio­junho.<br />

192. Valerianella carinata Lois. — campos cultivados — abril.<br />

193. V. coronata DC. — campos e lameiros — abril­maio.<br />

Dipsaceae Vaill.<br />

194. Pterocephalus papposus Coult. — Adorigo (E. Schmitz.)<br />

Oompositae L.<br />

195. Bellis silvestris Cyr. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

196. Β. perennis L. — lameiros, bordas dos caminhos — abril­junho.<br />

197. Erigeron cana<strong>de</strong>nsis L. — campos cultivados, vinhas — estio.<br />

198. Jasonia tuberosa DC. — Bragança (M. Fer.).<br />

199. Inula graveolens Desf. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

200. Asteriscus spinosus Gren. et Godr. — Bragança (dr. P. d'Oliveira).<br />

201. Bi<strong>de</strong>ns tripartita L. —Vinhaes (C. Lobo); Cabriz (J. Henriques).


141<br />

202. Filago germanica L. — caminhos, sitios seccos — maio­junho.<br />

203. Phagnalon­saxatile Gass. — sitios seccos, muros — maio­junho.<br />

204. Helichryson Stoechas DC. — sitios aridos—junho­julho ; Adorigo<br />

(E. Schmitz) ; Alfan<strong>de</strong>ga da Fé (Ochoa).<br />

205. Gnaphalium luteo­album L. — Pinhão (M. Fer.)<br />

206. Evax pygmaea P. — sitios seccos — maio­junho.<br />

207. Artemisia camprestris L. — Pinhão, perto do rio (J. Henriques).<br />

208. Achillea millefolium L. — lameiros, beira dos caminhos — maio;<br />

serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Fer.); Pedras Salgadas (D. M. Henriques).<br />

209. Santolina rosmarinifolia L.<br />

A 3. heterophylla Wk. —Bragança (M. Fer.).<br />

210. Anthémis montana L.<br />

Λ γ. discoi<strong>de</strong>a J. Gay. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Fer.).<br />

211. Ormenis nobilis Gay — searas, campos.<br />

212. Phalacrocarpum sericeum (Hffg. et Link) — Serra <strong>de</strong> Rebordãos<br />

(M. Fer,).<br />

OBSERV. O distincto prof. Lange consi<strong>de</strong>ra o Chrysanthemum sericeum Hffg.<br />

et Link como sendo synonymo do Chr. oppositifolium Brot. — Apesar d'esta auctorisada<br />

opinião conservo esta espécie como distincta, levado a isso pelos caracteres<br />

seguintes : as folhas do Ph. oppositifolium são todas bipinatisectis, segmentis<br />

liniaribus remotis — as do Ph. sericeum são estreitas, agudas com a margem<br />

inteira até ao meio e serrilhada no resto ; as flores do primeiro têm em diâmetro<br />

3­4 cent., as do segundo 2­3 cent.; as ligulas no primeiro têm 13­15 mil.<br />

<strong>de</strong> comprimento e 4­5 mil. <strong>de</strong> largura, as do segundo têm <strong>de</strong> comprido 9­11 mil.<br />

e em largura 4­6 mil.; o fructo do segundo é menor um terço, pelo menos, e apresenta<br />

9­10 linhas salientes (costae).<br />

O Ph. sericeum vive nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Bragança, o Ph. oppositifolium na<br />

serra da Estrella.<br />

Convém notar que as estampas da Fl. <strong>de</strong> Port, <strong>de</strong> Hoffmansegg et Link estão<br />

trocadas. A est. 101 representa o Chrysantheum Herminii (Ph. oppositifolium)<br />

sendo os <strong>de</strong>senhos das ligulas, etc. da outra espécie; a est. 102 representa o Chr.<br />

sericeum e os <strong>de</strong>senhos das ligulas, etc., pertencem ao Chr. Herminii. (J. H.)<br />

213. Pyrethrum hispanicum Wk.<br />

a. pulverulentum (P. pectinatum Hffg. et Link)—vinhas, muito<br />

frequente — primavera — Serra <strong>de</strong> Murça (M. Fer.),<br />

γ. sulphureum. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Fer.).<br />

214. P. corymbosum W. — Bragança (M. Fer.).<br />

215. P. Parthenium Sm.—julho.<br />

216. Chrysanthemum segetum Clus. — searas, campos — maio.<br />

217. Doronicum plantagineum L.—Adorigo (E. Schmitz); Serra <strong>de</strong> Rebordãos<br />

(M. Fer.).<br />

218. Senecio gallicus Chaix — Adorigo (E. Schmitz); Regoa, Murça, Bragança<br />

(M. Fer.).<br />

X S. gal. γ. exsquameus DC. — terras cultivadas — março­abril,


142<br />

219. S. lividus C. — campos — primavera.<br />

220. S. vulgaris L. —terras cultivadas — março­abril.<br />

221. S. silvaticus L.—Villa Real (M. Fer.).<br />

222. Calendula arvensis L. — campos — primavera.<br />

223. Cnicus benedictus L.—Bragança (M. Fer.).<br />

224. Centaurea áspera L. — Regoa (M. Fer.).<br />

223. C. ornata W. β. microcephala Wk. — Bragança, Pinhão (M. Fer.).<br />

226. C. limbata llfïg. et Link.<br />

227. C. micrantha Hffg. et Lk. — sitios aridos — julho ; Adorigo (E.<br />

Schmilz) ; Pedras Salgadas (D. M. Henriques) ; Murça (M. Fer.).<br />

228. C. Seusana Chaix ß. lingulata — Serra <strong>de</strong> Rebordaos (M. Fer.).<br />

229. C. Melitensis L. —Bragança (M. Fer.).<br />

230. Crupina vulgaris Cass. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu (M. Fer.).<br />

231. Onopordon Acanthium L. — Bragança (M. Fer.).<br />

232. Picnomon Acarna Cass. — Bragança (M. Fer.).<br />

233. Cirsium arvense Scop. — terras cultivadas—junho­julho.<br />

234. Carduus tenuiflorus Curt. — beira dos caminhos, campos — maiojunho.<br />

233. Silybum Marianum Gärtn.—beira dos caminhos, campos—maiojunho.<br />

236. Tolpis barbata L. — sitios seccos, beira dos caminhos — maio­junho.<br />

237. Hedypnois polymorpha DC.<br />

8­ rhagadioloi<strong>de</strong>s — Bragança (M. Fer.).<br />

238. Hispi<strong>de</strong>lla Hispânica Lam. — beira dos caminhos, sitios seccos—•<br />

junho; Adorigo, Regoa (E. Schmitz); Favaes (M. Fer.).<br />

239. Lapsana communis L.—terras cultivadas — maio­junho.<br />

240. Arnoseris pusilla Gärtn. — montes, sitios aridos —maio; Parada,<br />

Montesinho (M. Fer.).<br />

241. Thrincia hispida Roth. — á beira dos caminhos, muros — abril­maio.<br />

242. Podospermum laciniatum DC. — Bragança (M. Fer.).<br />

243. Scorzonera graminifolia L.—montes, sitios seccos — maio­junho;<br />

Adorigo (E. Schmitz); Pinhão, Favaios (M. Fer.).<br />

244. Tragopogon pratensis L. — Bragança (M. Fer.).<br />

245. T. dubius Will. — vinhas—junho.<br />

246. T. crocifolius L. — Bragança (M. Fer.).<br />

247. Hypochaeris radicata L.—Montesinho (M. Fer.).<br />

248. H. glabra L. α. genuína Godr. — á beira dos caminhos — abril­maio.<br />

249. Taraxacum officinale Wigg.—lameiros, hortas, caminhos—fevereiromarço.<br />

T. of. var. laciniatum Berb. — caminhos — março­abril.<br />

250. Lactuca viminea Lk. — Bragança (M. Fer.).<br />

251. Sonchus oleraceus L.—terras cultivadas — estio.


143<br />

232. Crépis taraxifolia Thuill. γ. laciniata — campos, caminhos — marçoabril.<br />

253. C. virens L. agrestis Bisch. — campos incultos e cultivados — :<br />

junho­julho.<br />

254. C. lampsanoi<strong>de</strong>s Froel. — Bragança (M. Fer.).<br />

255. Hieracium pilosellaL. a. pulchrum Scheele — sitios seccos — junhojulho.<br />

256. H. arnicoi<strong>de</strong>s Gren. et Godr. ß. longepetiolatum Wk. — Bragança<br />

(M. Fer.).<br />

257. H. murorum L. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu (M. Fer.).<br />

258. Andryala coronopifolia Hffg. etLk. — sitios cultivados — maio­junho.<br />

259. Xanthium macrocarpum DC.—nas areias do Douro pr. d'Arnellas<br />

(Ε. Schmitz).<br />

260. Χ. spinosum L. — Regoa (R. <strong>de</strong> Moraes).<br />

Oucurbitaceae Juss.<br />

261. Bryonia dioica Jq. — sebes—junho.<br />

262. Cucumis citrullus Ser. β. Jacé — cultivado—junho.<br />

263. C.Melo L. — cultivado — estio.<br />

Campanulaceae Juss.<br />

264. Jasione montana L. — sitios áridos—junho­julho.<br />

265. J. perennis Lam. — sitios áridos — maio­junho.<br />

266. Campanula Erinus L. — Bragança (M. Fer.).<br />

267. C. Rapunculus L. — á beira dos caminhos, sebes — junho.<br />

268. C. Loeflingii Brot. — campos, searas — estio; Adorigo (E. Schmitz).<br />

Rubiaceae Juss.<br />

269. Sherardia arvensis L. — à beira dos caminhos, searas — primavera.<br />

270. Asperula arvensis L. — searas — maio­junho.<br />

271. A. aristata L. β. macrosiphon Lge. — montes, sitios áridos—julho.<br />

272. A. galioi<strong>de</strong>s M. Rieb. — sebes—julho.<br />

273. Crucianella angustifolia L. — sitios seccos—junho; Alfan<strong>de</strong>ga da<br />

Fé (J. Ochoa).<br />

274. Rúbia peregrina L. a. genuina. — sebes — maio.<br />

275. Galium cruciatum Scop. — sebes, beira dos rios — março­abril.<br />

276. G. Mollugo L. — elatum — margens dos rios, vallados—julho.<br />

277. G. verum L. — sebes—junho­julho.


144<br />

278. G. palustre L. — Bragança (M. Fer.).<br />

279. G. <strong>de</strong>bile Desv. — Bragança (M. Fer.).<br />

280. G. Aparine L. ß. tenerum Koch — Bragança (M. Fer.)<br />

281. G. tricorne With. — searas — maio.<br />

Lonicereae Juss.<br />

282. Sambucus nigra L. — sebes—junho.<br />

283. Lonicera etrusca Santi. — sebes—junho.<br />

284. L. Periclymenum L. — sebes—julho.<br />

Ericaceae Lindl.<br />

285. Arbutus Unedo L. — entre Vimioso e Miranda do Douro — <strong>de</strong>zembro;<br />

Alfan<strong>de</strong>ga da Fé (J. Ochoa).<br />

286. Daboecia polifolia Don.—Bragança (M. Fer.).<br />

287. Erica Tetralix L. — Pedras Salgadas (D. M. Henriques).<br />

288. E. cinerea L. — Serra do Marão—julho­agosto ; Pedras Salgadas<br />

(D. M. Henriques).<br />

289. E. aragonensis Wk. — maio.<br />

OBSERV. Entre os exemplares d'esta espécie alguns assimelham­se consi<strong>de</strong>ravelmente<br />

á E. australls, pelo que me parece muito justa a supposição, que apresenta<br />

o sábio prof. Willkomm no Prod. F. Hisp. t. 2, p. 345, <strong>de</strong> que as duas<br />

espécies E. australis e E. aragonensis não são mais que duas formas d'uma mesma<br />

espécie.<br />

290. E. arbórea L. — primavera.<br />

291. E. umbellata L. — primavera; Pedras Salgadas (D. M. Henriq.).<br />

292. Calluna vulgaris Salisb.—primavcra­estio.<br />

Plantagineae Juss.<br />

293. Plantago Psyllium L. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

294. P. lanceolata L. — lameiros, bordas dos caminhos — maio­junho.<br />

P. lane. γ. capitata Desm.—Begoa (M. Fer.).<br />

295. P. acanthrophylla Desm. ß. bracteosa — montes, sitios seccos—maio.<br />

296. P. coronopus L. — caminhos — maio­julho.<br />

297. P. major L. — caminhos, margens dos campos — julho­agosto.<br />

Plumb agineae Endi.<br />

298. Armeria allioi<strong>de</strong>s Bss. — Pinhão (M. Fer.).


14Ö<br />

299. A. Duriaei Bss. — sitios seccos, montes pedregosos — maio-junho.<br />

OBSERV. OS exemplares que possuo d'esta espécie apresentam o calice muito<br />

mais longamente aristado, do que se <strong>de</strong>prehen<strong>de</strong> da <strong>de</strong>scripção e do que se observa<br />

nos exemplares distribuídos pela Socieda<strong>de</strong> Broteriana.<br />

A. eriophylla (n. sp.)<br />

Gaespitosa, foliis exterioribus planis liniari-Ianceolatis basin versus<br />

longe attenuatis, 3-nerviis, ceteris angustissime fdiformibus patule<br />

pubescentibus 1-nerviis; scapis gracilibus 5-8'' 1. fdifor­<br />

mibus glabris, capitulis parvis, spatha l 7<br />

1. laciniata, bracteis<br />

omnibus conformibus suborbiculatis late scariosis longeque mucronatis,<br />

cum spatha ferrugineis ; tubo calycino adpresse piloso,<br />

1 inibi tubum subequantis lobis brevibus truncatis, abrupte longeque<br />

aristatis, corollis roseis.<br />

Similis A. filícauli Boiss., qui foliis latioribus glabris, lobis<br />

calycinis triangularibus arrectis, etc. differt. Dr. M. Willkomm.<br />

Verbenaceae Juss.<br />

300. Verbena officinalis L. — á beira dos campos e caminhos — estio;<br />

Murça (M. Fer.).<br />

V. offi. ß. prostrata Gr. et Godr. — caminhos, sebes, campos —<br />

estio.<br />

301. V. supina L. — Bragança, Murça (M. Fer.).<br />

Labiatae Jitss.<br />

302. Lavandula pedunculata Cav.—-montes — maio-junho; Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

303. Preslia cervina Fresen. — Regoa (E. Schmitz); Pinhão (M. Fer.).<br />

304. Mentha rotundifolia L. — sitios húmidos e frescos—junho.<br />

305. M. Pulegium L. — sitios húmidos —julho.<br />

306. Lycopus europaeusL.—junto á agua—julho-agosto ; Regoa (R. <strong>de</strong><br />

Moraes).<br />

307. Origanum virens Hoffgg. et Lk. — logares seccos—julho.<br />

308. Thymus Mastichina L. — sitios seccos—junho; Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

309. T. Zygis L. — campos, beira dos caminhos—junho.<br />

OBSERV. Distingue-se perfeitamente do T. silvestris pela forma dos verticillos<br />

floraes.<br />

10


146<br />

310. T. vulgaris L. α. verticillata — Murça (M. Fer.).<br />

311. T. caespiticius Hffgg. et Lk. —Serra do Ratiço pr. <strong>de</strong> Murça (M.<br />

Fer.).<br />

X 312. T. Chamaedrys Fries, α. glabrata Lge. — Bragança, Rabal (M. Fer.).<br />

313. Calamintha Nepeta Hffgg. et Lk. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

314. C. baetica Bss. Reut. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

315. C. alpina Benth. β. erecta Lge. — logares seccos—junho.<br />

316. C. Clinopodium Benth. — maio­junho; Adorigo (E. Schmitz).<br />

317. Rosmarinus officinalis L. — cultivado — setembro.<br />

318. Salvia officinalis L. — cultivado—junho­julho.<br />

319. S. Sclarea L. — campos áridos—junho­julho.<br />

320. S. aethiopis L. (non Brot.) — campos —junho.<br />

321. S. Verbenaca L. y. precox Lge. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

322. S. controversa Ten. — campos, outeiros — primavera e outomno.<br />

323. Glechoma he<strong>de</strong>racea L. — sitios seccos — maio; Montezinho (M.<br />

Fer.).<br />

324. Lamium amplexicaule L. — terras cultivadas — fevereiro­setembro.<br />

325. L. purpureum L. — muros, sebes, beira dos rios — março­maio.<br />

326. L. maculatum L. — sebes — junho­julho.<br />

327. Stachys silvatica L. — Bragança, Martinho cançado (M. Fer.).<br />

328. S. arvensis L. — campos — primavera.<br />

329. Ballota nigra L. a. foetida Koch. — caminhos, sebes — maio­junho.<br />

330. Marrubium vulgare L. — caminhos, campos — abril­maio.<br />

331. Melittis melissophyllum L.—­Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomen — maio.<br />

332. Scutellaria minor L.—­Pedras Salgadas (D. M. Henriq.).<br />

333. Brunella grandiílora Mnch.—Serra <strong>de</strong> Rebordãos (M. Fer.).<br />

334. Β. vulgaris Mnch.—prados — julho.<br />

335. B. alba Pali. β. pinnatifida Koch.—montes, bosques — junho.<br />

336. Ajuga reptans L. — lameiros pantanosos—maio.<br />

337. Teucrium Scorodonia L. — sebes — julho.<br />

Asperifoliae<br />

338. Echium vulgare L. — â beira dos caminhos, campos — estio.<br />

ÖBSERV. Â forma do indumcnto e o tamanho da corolla mostram que pertencem<br />

a esta espécie c não ao E. pustulatum os exemplares, que colhi.<br />

339. E. plantagineum L. — a beira dos caminhos — maio­junho; Pedras<br />

Salgadas (D. M. Henriq.).<br />

340. Borrago officinalis L. — campos, hortas — estio.<br />

341. Caryolopha sempervirens Fisch. — a beira dos rios, sebes — primavera.


147<br />

342. Anchusa iindulata L. — campos, caminhos — primavera.<br />

343. A. itálica L. —terras incultas, beira dos caminhos — maio-junho.<br />

344. Lycopsis arvensis L. — campos cultivados, caminhos — fevereirojulho.<br />

345. Pulmunaria longifolia Bast. (P. angustifolia Hffgg. et Lk.) — Serra<br />

<strong>de</strong> Rebordaos (dr. P. d'Oliveira).<br />

346. Lithospermum prostratum Lois. — Marão — janeiro; Pedras Salgadas<br />

(D. M. Henriq.).<br />

347. L. officinale L. — Bragança, entre França e Babai (M. Fer.).<br />

348. L. apulum Vahl. — sitios aridos — maio.<br />

349. L. arvense L. — terras cultivadas — abril-maio.<br />

350. Myosotis palustris With. — Pedras salgadas (D. M. Henriq.).<br />

351. M. hispida Schtdl. — campos, muros — março, abril; Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

352. M. versicolor Pers. — á beira dos caminhos — maio.<br />

353. M. lutea Pers. —sitios seccos — primavera.<br />

354. M. intermedia Lk. — nos lameiros, á beira dos ribeiros — maio.<br />

X 355. M. silvatica Hoffm.—a beira dos ribeiros — maio.<br />

356. M. Welwitschi Bss. Reut. — Bragança (dr. P. d'Oliveira).<br />

357. Cynoglossum cheirifolium L.— campos, caminhos — abril-maio.<br />

358. C. pictum Ait.—sitios seccos—maio-junho; Pedras Salgadas (D.<br />

M. Henriq.).<br />

359. Heliotropium europaeum L. — caminhos, pateos, campos—junhoagosto<br />

; Pinhão (J. Henriq.).<br />

360. H. supinum Clus.—Pinhão (j. Henriq.).<br />

Convolvulaceae<br />

361. Convolvulus arvensis L. — lameiros, searas—junho; Pedras Salgadas<br />

(M. L. Henriques).<br />

Ouscuteae<br />

362. Cuscüta epithymum L.—Parasita sobre um Thymus—julho.<br />

Solanaceae<br />

363. Solanum tuberosum L. — cultivado — junho.<br />

364. S. Dulcamera L.—sebes, beira dos campos—junho-julho.<br />

365. S. nigrum L. — sitios cultivados — junho-agosto.<br />

366. S. villosum Lam. — Regoa, campos e vinhas—primavera e estio.


148<br />

367. Datura Stramonium L. — a beira dos campos e dos caminhos —<br />

primavera ao outomno.<br />

368. Hyosciamus niger L. — a beira dos campos e dos caminhos — primaveira<br />

ao outomno.<br />

Verbasceae<br />

369. Verbascum virgatum With.—junho­julho.<br />

' 370. V. Boerhaavii L.—junho­julho.<br />

371. V. sinuatum L. — do Pinhão a Moledo — agosto; (J. Henriq.).<br />

Scrophulariaceae<br />

372. Scrophularia Scorodonia L. — Murça (M. Fer.).<br />

373. S. auriculata L. (forma minor)—sitios húmidos— junho­julho.<br />

374. S. canina L. ß, pinnatifida Boiss.—ã beira dos caminhos — maiojunho;<br />

entre Bragança e Rabal, Pinhão (M. Fer.).<br />

373. Gratiola linifolia Vahl. — Pinhão (M. Fer.).<br />

376. Anarrhinuin. duriminiuin Bröl. — Adorigo (Ε. Schmitz); Bragança,<br />

Murça (M. Fer.); Pedras Salgadas (M. L Henriques).<br />

377. A. Bellidifolium Desf. — campos seccos, caminhos—junho; Villa<br />

Real, Regoa (M. Fer.).<br />

378. Linaria linogrisea Hoffgg. et Lk. — Bragança (dr. P. d'Oliveira);<br />

Montesinho (M. Fer.).<br />

379. L. spartea Lk. et Hoffg. γ. ramosissima Bth. — searas — maio­jun.;<br />

Pedras Salgadas (M. L. Henriques).<br />

380. L. filifolia Lag. —Pinhão (M. Fer.).<br />

381. L. amethystea Lk. et Hoffg. — montes e sitios áridos — primavera.<br />

382. L. Tournefortii Lge. var. glabrescens — muros velhos, rochedos —<br />

junho ; Murça (M. Fer.).<br />

383. L. melanantha Boiss. et Reut.—montes e vinhas — abril­junho ;<br />

Adorigo, Regoa (E. Schmitz).<br />

384. Chaenorrhinum minus Lge. —Regoa (M. Fer.).<br />

385. Antirrhinum Orontium L. ß. calycinum —campos — estio.<br />

γ. parviílorum Lg. — entre Rabal e Bragança<br />

(M. Fer.).<br />

388. A. hispanicum Chav. — muros velhos—junho­julho ; Regoa, Pinhão<br />

(J. Henriq.).<br />

389. A. molle L. —Bragança (M. Fer.).<br />

390. <strong>Digital</strong>is purpurea L. β. tomentosa Webb. — campos seccos—junho;<br />

Adorigo (IÎ. Schmilz).


149<br />

391. Veronica he<strong>de</strong>raefolia L. — terras cultivadas — primavera.<br />

392. V. polita Fries. — terras cultivadas — primavera.<br />

393. V. triphyllos L.—hortas, searas — fevereiro­março ; Adorigo (Ε.<br />

Schmitz).<br />

394. V. arvensis L. — campos — abril­maio.<br />

395. V. serpillifolia L. — lameiros, sitios húmidos — abril­maio ; Montesinho<br />

(M. Fer.).<br />

396. V. Chamaedris L. — lameiros — maio.<br />

397. V. micrantha Hoffg. et Link. — Bragança (M. Fer.).<br />

OBSERV. O sr. Bentham consi<strong>de</strong>ra a V. micrantha como simples varieda<strong>de</strong> da<br />

V. chamaedris L. A forma e caracteres geraes das duas espécies são realmente<br />

bastante semelhantes. Ha porém as differenças seguintes:<br />

V. chamaedris L. V. micrantha H. et L.<br />

Caulibus bifariam pilosis vel pilosio­ Caulibus undique pilosis et fere laribus.<br />

nuginosis.<br />

Pedicellis (5 mil. 1.) calyce, bractea­ Ped. (1 mil. 1.) calyce, bracteaque<br />

que longioribus. multo minoribus.<br />

Corolla vulgo satis magna (8­10 mil. Corol. (6 mil. d.) semper calyce mid.)<br />

calyce longiore, coerulea. nore, alba, venus roseis adfaucemterminantíbus<br />

et annulum colore intersibre<br />

formantibus.<br />

Capsula val<strong>de</strong> compressa, leviter Caps, vix compressa, profun<strong>de</strong> et<br />

emarginata, pislillo (4­5 mil. 1.) aequi­ acute emarginata, pistillo (2 mil. 1.) selongo<br />

vel longiore lerminata. pto breviorc terminata.<br />

A V. micrantha cultivada no Jardim Botânico <strong>de</strong> Coimbra conserva todos os<br />

caracteres distinctivos. (J. II.)<br />

398. V. Anagallis L. — á beira dos lameiros — maio­setembro ; Vinhaes<br />

(C. Lobo).<br />

399. V. anagalloi<strong>de</strong>s Guss. — Fonte Arcada; Regoa (M. Fer.).<br />

400. V. Beccabunga L. — fossos, ribeiros — maio.<br />

401. Melampyrum pratense L. — Rebordàos, Regoa (31. Fcr.).<br />

402. Pedicularis sylvatica L. — lameiros —maio; Montesinho (M. Fer.).<br />

' 403. Rhinanthus major Ehrh. — lameiros — maio.<br />

404. R. minor Ehrh.—Montesinho (M. Fer.).<br />

405. Eufragia viscosa Benth.—Villa Real (M. Fer.); Pedras Salgadas<br />

(M. L. Henriques).<br />

406. E. latifolia Griseb. — sitios seccos, aridos — abril; Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

407. Odontites tenuifolia G. Hon. — Adorigo (Ε. Schmitz).<br />

Orobanchaceae<br />

408. Orobanche Raptim Thuil. — margens do Sabor —maio.


150<br />

409. 0. He<strong>de</strong>rae Duby — Bragança (dr. P. d'Oliveira).<br />

410. O. minor Sutt. S. flavescens Reut. — montes, sebes, mattos — abriljunho.<br />

* 411. Phelipaea caesia Reut.—margens do Sabor—junho.<br />

Primulaceae<br />

412. Primula vulgaris Huds. — prados húmidos, beira dos rios—-primavera.<br />

413. Anagallis tenella L. — Pedras Salgadas (M. L. Henriques).<br />

414. A. arvensis L. v. phoenicea Lam.— campos cultivados — maio-agosto.<br />

415. A. linifolia L. — vinhas, campos—maio-junho.<br />

416. Lysimachia vulgaris L. — sitios húmidos, beira dos rios—jun.-jul.<br />

Gentianaceae<br />

417. Erythraea Centaurium P. — campos, vinhas—junho-julho.<br />

Apocynaceae<br />

418. Vinca minor L. — á beira dos rios, sebes — março-junho.<br />

419. V. media Lk. et Hffg.—sebes — março-julho.<br />

Asclepia<strong>de</strong>ae<br />

420. Vincetoxicum nigrum Mnch. — montes, mattos — maio-junho; Pinhão<br />

(M. Fer.),<br />

Oleaceae<br />

421. Ligustrum vulgare L. — sebes — maio-junho.<br />

422. Phyllirea angustifolia L. — sebes — á beira dos rios — Regoa—janeiro.<br />

J-4 Ja^mineae<br />

423. Jasminum fruticans L. — sebes, muros — maio-junho; Regoa (J.<br />

Henriques).<br />

424. J. officinale L. — cultivada — estio.


TJmbelliferae<br />

425. Sanicula europaea L.—Rebordaos (M. Fer.).<br />

426. Eryngium tenue Lam. — Alfan<strong>de</strong>ga da Fé (Ochoa); Adorigo (Ε.<br />

Schmitz); Pedras Salgadas (M. L. Henriques); Bragança (dr. P.<br />

d'Oliveira).<br />

427. E. campestre L.—Begoa (M. Fer.).<br />

428. Daucus Carota L. — campos, borda dos lameiros—julho.<br />

429. D. Duriaena Lge. — searas, campos—junho.<br />

430. Margotia gummifera Lge. — Begoa (M. Fer.).<br />

431. Thapsia villosa L. a. dissecta Boiss. — sitios aridos—junho.<br />

432. Tordylium maximum L.—Pinhão (M. Fer.); Alfan<strong>de</strong>ga da Fé<br />

(Ochoa) ; Bragança (E. Schmitz).<br />

433. Pencedanum parisiense DC. — Bragança, no Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomen<br />

(M. Fer.).<br />

434. Oenanthe crocata L. var. oligactis Lge. — lameiros, aguas correntes<br />

e estagnadas —maio.<br />

435. Foeniculum officinale All.—Vinhaes (C. Lobo).<br />

436. Conium maculatum L.—Pinhão (M. Fer.); Vinhaes (C. Lobo).<br />

437. Scandix Pecten­Veneris L.— searas, sebes — estio ; Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

438. Anthriscus vulgaris Pers.—beira dos caminhos — primavera.<br />

439. Chaerophyllum nodosum Lam. — sebes, caminhos e campos — junho.<br />

440. Ch. temulum L. — prados, terras çultidas—junho; Pedras Salgadas<br />

(M. L. Henriques); Pinhão (M. Fer.).<br />

441. Conopodium <strong>de</strong>nudatum Koch.—sitios seccos e aridos—junho ;<br />

Adorigo (E. Schmitz); Murça (M. Fer.).<br />

442. Ammi majus L. β. intermedium Gr. et God.—­campos, lameiros<br />

agosto.<br />

443. Carum verticillatum Koch.—Pedras Salgadas (M. L. Henriques).<br />

444. Apium nodiílorum Bchb.—• regatos, tanques, lapas—'maio.<br />

445. Pimpinella villosa Schousb. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

Araliaceae<br />

446. He<strong>de</strong>ra helix L. — muros, rochedos, arvores—• setembro.<br />

Corneae<br />

447. Cornus sanguínea L. — á beira dos rios — maio.


152<br />

Saxifragaceae<br />

448. Chrysoplenium oppositifolium L. — sitios húmidos e sombrios do<br />

Marão — março.<br />

449. Saxifraga hypnoi<strong>de</strong>s L. var. lusitanica Lge. — muros, rochedos —<br />

abril; Adorigo (Ε. Schmitz).<br />

450. S. granulata L. — sebes, muros — março.<br />

Ribesiaceae<br />

451. Ribes grossularia L. β. sativum DC. — cultivada nos jardins — março.<br />

Orassulaceae<br />

452. Sedum amplexicaule DC. — Adorigo (E. Schmitz); Favaes (M. Fer.).<br />

453. S. altissimum Poir. — Adorigo (E. Schmitz); Favaes (M. Fer.).<br />

454. S. pruinatum Brot. — muros, rochedos—junho; Alfan<strong>de</strong>ga da Fé<br />

(Ochoa).<br />

455. S. acre L. —Begoa (M. Fer.).<br />

456. S. dasyphyllum L. — muros velhos, rochedos—junho.<br />

457. S. anglieum Huds. a. Baji Lge. — sitios seccos —julho ; Regoa (W.<br />

<strong>de</strong> Lima); Montesinho (M. Fer.).<br />

458. S. album L. —Regoa (M. Fer.).<br />

459. S. hirsutum Ail. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu—junho; Fervença<br />

(M. Fer.).<br />

460. S. villosum L. — Bragança (M. Fer.).<br />

Paroniycliiaceae<br />

461. Scleranthus annuus L. — caminhos — primavera; Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

462. Corregiola littoralis L. —Bragança (M. Fer.); Pedras Salgadas (D.<br />

M. Henriques).<br />

463. C. telephiifolia Pourr.— Caminhos — Agosto; <strong>de</strong> Bragança a Fonte<br />

Arcada (M. Fer.).<br />

• 464. C. cinerea DC. — Bragança (M. Fer.); Adorigo (E. Schmitz).<br />

465. Chaetonychia cymosa Wk. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

466. Paronychia argêntea Lam. — sitios seccos — maio.<br />

467. Ortegia hispânica L.—Adorigo (F. Schmitz); Murça, Pinhão (M. Fer.).


153<br />

468. Spergula pentandra L. — searas e campos — março.<br />

469. Spergularia segetalis Fzl.— Bragança (Fer.); Pinhão (M. Fer.).<br />

• 470. S. rubra Pers. γ. longipes Lge. — sitios áridos e terras seccas —<br />

junho­julho.<br />

Portulacaceae<br />

471. Montia rivularis Gmel.—sitios húmidos—maio.<br />

Lythrariaceae<br />

472. Lythrum salicaria L. (forma mediostyla Wllk.)—margens dos rios<br />

—julho.<br />

Onagrarieae<br />

473. Epilobium roseum Schreb.— sitios seccos nos montes—junho.<br />

474. E. hirsutum L. — margens dos rios—junho.<br />

Myrtaceae<br />

475. Myrtus communis L. — cultivado nos jardins—julho.<br />

Pomaceae<br />

476. Pyrus communis L. — Bragança (Fer.).<br />

477. Sorbus aucuparia L.—Teixe<strong>de</strong>llo pr. <strong>de</strong> Montesinho ; Bragança (Fer.).<br />

478. S. torminalis Crtz.— Serra <strong>de</strong> Rebordãos (Fer.).<br />

479. Ámelanchier vulgaris Moench. — Sabor, pr. <strong>de</strong> Bragança (Fer.).<br />

480. Crataegus monogina Jcqu. — sebes — maio; <strong>de</strong> Bragança a Montesinho<br />

(Fer.).<br />

Sanguis orb eae<br />

481. Alchemilla cornucopioi<strong>de</strong>s R. Sch. — Bragança (Fer.).<br />

482. Poterium verrucosum Ehrb.? — Bragança (Fer.).<br />

OBSEHV. A imperfeição dos fructos não permittc fazer <strong>de</strong>terminação exacta.<br />

483. Agrimonia Eupatoria L. — sebes, beira dos rios — junho; Pedras<br />

Salgadas (D. M. L. Henriques).


154<br />

Rosaoeae<br />

484. Rosa canina L. — sebes — maio.<br />

485. Rubus collinus DC. — sebes—junho; Adorigo (Schmitz).<br />

486. R. caesius L. — lameiros, vinhas—junho.<br />

487. Potentilla reptans L. — lameiros — primavera,<br />

488. P. Tormentilla Sibth.— Murça (Fer.).<br />

489. Geum urbanum L. — margens dos rios—junho.<br />

490. G. sylvaticum Pourr. — montes pr. <strong>de</strong> Sabor — maio.<br />

491. Spiraea Filipendula L. — lameiros, sitios húmidos—junho.<br />

492. S. ulmaria L. — lameiros, margens dos riqs—junho.<br />

493. S. flabellata Bert. (S. crenata Brot.) — montes — maio.<br />

Amygdalaceae<br />

494. Prunus spinosa L. — sebes — março.<br />

495. P. fruticans Weihe. :<br />

—sebes — margens dos regatos — março.<br />

496. P. Mahaleb L.—sebes — abril.<br />

497. P. Laurocerasus L. — cultivados — abril.<br />

Papilionaceae<br />

498. Coronilla Emerus L. — cultivada nos jardins — abril.<br />

499. C. glauca L.—cultivada nos jardins — abril.<br />

500. Ornithopus compressus L. — lameiros — junho; Pedras Salgadas<br />

(D. M. Henriques).<br />

501. O. durus Cav. — sitios aridos—junho; Portello pr. <strong>de</strong> Montesinho<br />

(Fer.); Adorigo (E. Schmitz).<br />

502. O. ebracteatus Brot.—Bragança (Fer); Pedras Salgadas (D. M.<br />

Henriques).<br />

503. O. perpusillus L. — sitios arientos nas margens do Sabor—junho.<br />

504. O. roseus Duf.—entre Bragança e Rabal (Fer.)<br />

505. Onobrychis sativa Lam. a. culta Gr. et Godr. (Ensaio <strong>de</strong> cultura na<br />

Quinta districtal)—julho.<br />

506. Astragalus cymbaecarpos Brot. β.brevipesWk.—sitios seccos—maio.<br />

507. A. chlorocyaneus Bss. Reut. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu — abril.<br />

508. Biserrula Pelecinus L. — caminhos e campos — maio; Adorigo (Ε.<br />

Schmitz).<br />

509. Psoralea bituminosa L. — Adorigo (E. Schmitz); Regoa (Fer.).<br />

510. Vicia sativa L. — prados, campos, vinhas — primavera.


811. V. angustifolia All.— searas — maio.<br />

812. V. lutea L. — lameiros, searas —maio; Pedras Salgadas (D. M.<br />

Henriq.); Adorigo (E. Schmitz).<br />

813. V. narbonensis L. — searas, vinhas — maio.<br />

514. V. sepium L. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (Fer.)<br />

518. V. onobrychioi<strong>de</strong>s L. — searas — maio.<br />

516. V. tenuifolia Rth. — vinhas, lameiros, caminhos—junho,<br />

817. V. monanthos Desf. — searas—junho.<br />

818. V. hirsuta Koch. — vinhas e sitios áridos—junho.<br />

519. V. gracilis Lois. — searas — junho.<br />

820. Lens nigricans Godr. — sitios áridos — junho.<br />

821. Lathyrus Aphaca L. — searas — maio.<br />

822. L. Ciecra L.—estio.<br />

823. L. sylvestris L. ß. latifolius Peterm. — Pedras Salgadas (D. M.<br />

Henriques).<br />

824. L. heterophyllus L. — vinhas, searas — estio.<br />

828. L. latifolius L.—Martinho Cançado, pr. <strong>de</strong> Bragança (Fer.).<br />

826. L. pratensis L. — Serra <strong>de</strong> Bebordãos (Fer.).<br />

827. L. angulatus L.—lameiros — maio.<br />

828. L. sphaericus Retz.—Adorigo (E. Schmitz).<br />

529. Orobus tuberosus L. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (Fer.).<br />

530. O. niger L. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu — maio ; Serra <strong>de</strong> Rebordãos<br />

(Fer.).<br />

531. Cornicina Loeílingii Bss.—sitios seccos — maio.<br />

532. C. lotoi<strong>de</strong>s Bss. — sitios seccos —maio; Pinhão (Fer.); Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

833. Anthyllis Vulneraria L. a. vulgaris (flaviflora e rubridora) — sitios<br />

áridos — maio­junho.<br />

c. Webbiana Bss. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu,<br />

Castro (Fer.).<br />

834. Dorycnium suíFruticosum Vill. — montes, sitios áridos — julho.<br />

835. Tetragonolobus purpureus Mench.—Bragança (D. Oliv.).<br />

836. Lotus corniculatus L. b. gracilis. — Bragança (Fer.).<br />

d. pilosus α ciliatus. Adorigo (E. Schmitz),<br />

β. villosus — Bragança — maio.<br />

537. L. uliginosus Schk. — lameiros, borda dos caminhos—julho.<br />

838. Trifolium minus Sm. — lameiros—junho ; Pedras Salgadas (D. M.<br />

Henriques).<br />

839. T. procumbens L. ß. majus Koch. — lameiros—junho.<br />

540. T. repens L. —lameiros, beira dos caminhos—junho; Pedras Salgadas<br />

(D. M. Henriques).<br />

841. T. strictum L. — Castro p. Bragança (Fer.),


m<br />

542. T. pratense L. — lameiros, caminhos—junho; Pedras Salgadas<br />

(D. M. Henriques).<br />

543. T. medium L. — Cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu, p. Bragança (Fer.).<br />

544. T. angustifolium All. ;— lameiros, caminhos —junho ; Alfan<strong>de</strong>ga da<br />

Fé (Ochoa).<br />

545. T. hirtum Ali. — lameiros, sitios incultos—junho.<br />

546. T. arvense L.— lameiros, caminhos — maio; Begoa (dr. W. Lima).<br />

547. Medicago lupulina L. — lameiro—julho.<br />

548. M. falcata L. — Bragança (Fer.).<br />

549. M. sativa L. — (cult, na quinta districtal); Pedras Salgadas (D. M.<br />

Henriques).<br />

550. M. orbicularis All. β. marginata Benth.— prados, campos — primavera<br />

551. M. rigidula Desr. — terras cultivadas— :<br />

primavera.<br />

552. M. arabica Ali. — campos, prados — primavera.<br />

553. Trigonella Monspeliaca L. — Bragança (Fer.).<br />

554. Ononis campestris Koch. — vinhas, searas, campos—junho.<br />

555. O. viscosa L. a. genuína — Pinhão (Fer.).<br />

556. Rétama Sphaerocarpa Bss. — Alfan<strong>de</strong>ga da Fe (Ochoa).<br />

557. Genista lusitanica L.—serras <strong>de</strong> Rebordaos e Montesinho (Fer.).<br />

558. G. anglica L. — Montesinho (Fer.).<br />

559. G. falcata L. — montes, matos — março.<br />

560. G. Histrix Lge. — montes, mattos — junho.<br />

561. G. polygalaefolia DC.— mattos—junho.<br />

562. G. leptoclada Gay.—Bragança (França e p. Sabor) (Fer.).<br />

563. G. micrantha G. Ort. — Bragança p. Sabor (Fer.).<br />

564. Pterospartum lasianthum DC. — terras incultas — primavera.<br />

565. Cytisus albus Lk. — montes — primavera; Adorigo (E. Schmitz).<br />

566. Sarothamnus scoparius Koch.—caminhos — maio.<br />

567. S. eriocarpus Bss. et Reut. — Bragança, beira dos caminhos (Fer.).<br />

568. A<strong>de</strong>nocarpus commutatus Guss.—Murça (Fer.).<br />

569. A. intermedius DC.—Pedras Salgadas (D. M. Henriques).<br />

570. Lupinus varius L, — junho.<br />

571. L. angustifolius L. —searas, campos — maio ; Adorigo (E. Schmitz).<br />

572. L. Hispanicus Bss. et Reut. — Entre França e Rabal, p. Bragança<br />

(Fer.).<br />

573. L. luteus L. — terras seccas — maio.<br />

Terebinthaceae<br />

574. Rhus Coriaria L. — sebes—julho; Adorigo (E. Schmitz).<br />

575. Pistacia Terebinthus L. — Margens dos rios — primavera.


157<br />

Ilicineae<br />

576. Ilex Aquifolium L. — Vinhaes.<br />

Rhamnaceae<br />

577. Rhamnus oleoi<strong>de</strong>s L.—Pinhão (Fer.).<br />

Euphorbiaoeae<br />

578. Euphorbia hyberna L. — serra <strong>de</strong> Rebordãos (Fer.).<br />

579. E. angulata Jacq — Castro p. Bragança (Fer.).<br />

580. E. Helioscopica L. — terras cultivadas e incultas — maio­junho.<br />

581. E. faleata L. S rubra — caminhos — junho.<br />

582. E. segetalis L. — vinhas, campos — maio­junho.<br />

583. Ε. serrata L. — campos, caminhos — maio.<br />

584. E. Baetica Bss. — Begoa, margens do Douro (Fer.).<br />

585. Ε. Nicaeensis All. — montes — maio.<br />

586. Ε. Esula L. γ. acutifolia Wllk. — Moledo (dr. W. Lima).<br />

587. E. amygdaloi<strong>de</strong>s L. — Bragança, margens do Sabôr (Fer.).<br />

588. Mercurialis tomentosa L. — Pinhão, margens do Douro (Fer.).<br />

589. Buxus sempervirens L. — cult.<br />

Buxaceae<br />

Rutaceae<br />

590. Ruta montana Clus. — Julho­Agostp; Adorigo (E. Schmitz).<br />

Zygophylleae<br />

591. Tribulus lerrestris L.—terras arientas e sitios aridos — estio.<br />

Geraniaceae<br />

592. Geranium sanguineum L. —cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomen­—maio­junho.<br />

593. G. molle L. — sebes e beira dos caminhos — março­junho.


158<br />

594. G. columbinum L. — ã beira dos caminhos — mrrço­junho.<br />

595. G. dissectum L. — sebes, beira dos caminhos — maio­junho.<br />

596. G. rotundifoiium L. — beira dos caminhos — abril­maio.<br />

697. G. lucidum L. — beira dos caminhos, muros — abril­julho; Adorigo<br />

(E. Schmitz).<br />

598. G. Robertianum L. — sebes, muros velhos — maio e julho.<br />

599. Erodium primulaceum (Welw) Lge. — á beira dos caminhos — Primavera.<br />

600. E. moschatum Herit. — terras soltas, sebes — março­junho.<br />

601. E. malacoi<strong>de</strong>s Willd. — campos, sebes = maio­junho.<br />

Lineae<br />

602. Radiola linoi<strong>de</strong>s Gmel. — Serra <strong>de</strong> Serapicos (C. Lobo).<br />

603. Linum catharticum L. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (Fer.).<br />

604. L. angustifolium Huds. — searas, campos — maio­junho.<br />

Polygalaceae<br />

605. Brachytropis microphylla Wk. — Montesinho, Villa Real, Murça<br />

(Fer.); Pedras Salgadas (D. M.Henriques).<br />

606. Polygala <strong>de</strong>pressa Wend,— serra <strong>de</strong> Montesinho (Fer.).<br />

607. P. vulgaris. L. — maio.<br />

β. vestita Gr. Godr. — Castro p. Bragança<br />

(Fer.).<br />

Acerineae<br />

608. Acer Monspessulanum — L. <strong>de</strong> Bragança a Montesinho (Fer.) ; Alfan<strong>de</strong>ga<br />

da Fé (Ochoa).<br />

Fraxineae<br />

609. Fraxinus angustifolia Vahl. — março.<br />

Malvaceae<br />

610. Malva moschata L. α laciniata Gr. Godr. —­ vinhas, bordas dos caminhos—<br />

junho; Adorigo (E. Schmitz).


159<br />

611. M. silvestris L.—campos, borda dos caminhos—julho.<br />

612. M. vulgaris Fr. — beira dos caminhos — julho.<br />

613. Althaea officinalis L. Adorigo (Ε. Schmitz).<br />

Hypericineae<br />

614·. Hypericum perforatum L.—Pedras salgadas (D. M. Henriques).<br />

613. H. undulatum Schousb.—campos lameiros—julho.<br />

616. H. montanum L. — cabeço <strong>de</strong> S. Bartholomeu—junho­julho.<br />

617. H. linearifolium Vahl.—Pedras Salgadas (D. M. Henriques).<br />

618. H. humifusum L. — montes aridos—junho; Pedras Salgadas (D. M.<br />

Henriques).<br />

Tamariseineae<br />

619. Tamarix gallica L.—Pinhão, margens do Douro (J. Henriques).<br />

Alsinaeeae<br />

620. Sagina procumbens L. — Serra <strong>de</strong> Sarapicos (C. Lobo).<br />

621. S. sabuletorum Lge. — Bragança (Fer.).<br />

622. Stellaria media Vill.—serras cultivadas—feverciro­março.<br />

623. St. Holostea L. sebes—­março a maio; serra <strong>de</strong> Montesinho (Fer.).<br />

624. St. gramínea L. — Serra <strong>de</strong> Robardâos (Fer.).<br />

625: St. uliginosa Murr.—Murça (Fer.).<br />

626. Holosteum umbellatum L. —muros, campos, caminhos — fev.­março.<br />

627. Arenaria montana L. — sebes, caminhos — maio; Adorigo (E.<br />

Schmitz); Montesinho (Fer.).<br />

628. A. capitata Lam. —montes, sitios aridos — maio­julho.<br />

629. Cerastium viscosum L.—hortas, terras frescas — março.<br />

630. C. vulgatum L. — a beira dos caminhos — primavera.<br />

Silène ae<br />

631. Agrosteinma Githago L. — searas — maio a junho; Adorigo (E.<br />

Schmitz).<br />

632. Melandrium pratense Rokl. — sebes — abril—junho.<br />

633. Silene gallica L. — sitios seccos — abril­maio.<br />

634. S. psammitis Lk. — vinhas — março­abril.<br />

635. S. colorata Poir. S. lasiocalx S. Will, et Godr.— sitios seccos — maio<br />

junho.


160<br />

636. S. Portensis L. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

637. S. inaperta L. —Pinhão (J. Henriques).<br />

638. S. longicilia Otth. — sebes—junho.<br />

639. S. melandroi<strong>de</strong>s Lge. ver. acutifolia Lk. — Granja, p. Villa Real<br />

(Fer.).<br />

640. S. inílata Sm. — muros, sebes, vallados — maio­junho.<br />

641. Cucubalus baccifer L.—sebes, prox. dos muros—julho; Pedras<br />

Salgadas (D. M. Henriques).<br />

642. Saponaria officinalis L.— caminhos, margens dos rios—julho­agosto.<br />

643. Vaccaria vulgaris Host. — searas — maio­junho.<br />

644. Tunica saxifraga Scop — Regoa (Fer.); Pinhão (J. Henriques).<br />

643. Kohlrauschia velutina Rchb. — Bragança (Fer.).<br />

646. Dianthus lusitanicus Brot. — Adorigo (E. Schmitz); Murça (Fer.);<br />

Pedras Salgadas (D. M. Henriques),<br />

Violaceae<br />

647. Viola odorata L. — montes, campos — primavera.<br />

648. V. silvatica Frias ß. macrantha. — montes — maio.<br />

649. V. canina L. — sebes. — primavera.<br />

630. V. tricolor L. t arvensis DC. —montes — março a junho.<br />

Drozeraceae<br />

651. Drozera rotundifolia L. — Serra <strong>de</strong> Montesinho (Fer.).<br />

Cistineae<br />

652. Cistus albidus L. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

653. C. hirsutus Lam. — Pedras Salgadas (D. M. Henriques).<br />

654. C. salviaefolius L. — sebes — primavera.<br />

655. C. populifolius L. — Alfan<strong>de</strong>ga da Fé (Ochoa).<br />

656. C. laurifolius L. — entre Rabal e Bragança (Fer.).<br />

657. C. ladaniferus L. β maculatus Demi — montes e mattos — abril a<br />

maio; Adorigo (E. Schmitz). — Alfan<strong>de</strong>ga da Fé (Ochoa).<br />

658. Halimium umbellatum Spach. γ. verticillatum Wk. — primavera.<br />

659. H. occi<strong>de</strong>ntale Wk. b. incanum. Wk. — Montesinho (Fer.); Pedras<br />

Salgadas (D. M. Henriques).<br />

660. Tuberaria variabilis Wk. ß. Linnaei — sitios áridos — maio­junho.<br />

b. plantaginea Wk. — entre Rabal e França<br />

(Fer.).


161<br />

661. T. globulariaefolia Wk.—Pedras Salgadas (D. M. Henriques).<br />

662. Helianthemum ledifolium Wk. — campos — abril­maio.<br />

663. H. Aegyptiacum Mill.— campos, montes — abril maio; Adorigo (E.<br />

Schmitz). o "IIb. .<br />

664. H. pulverulentum D. C. — primavera.<br />

665. H. hispidum Dun. — terra secca — maio.<br />

Cappari<strong>de</strong>ae<br />

666. Oleome violácea L. — Alfan<strong>de</strong>ga da Fé (Ochoa). ^<br />

Cruoiferae<br />

667. Raphanus sativus L. — Sub­espontaneo ?<br />

668. R. microcarpus Lge. — campos—julho.<br />

669. Crambe hispânica L. γ. glabrata (DC.)—margens do Tedo, S.<br />

Adrião e pr. <strong>de</strong> Adorigo (E. Schmitz).<br />

670. Runias Erucago L. — Rragança (Fer.).<br />

671. Calepina Corvini Desv.—lameiros, hortas, campos — abril­maio.<br />

672. Neslia paniculata Desv. — campos—junho.<br />

673. Riscutella laevigata L. γ ambígua Wk. —Regoa, entre os rochedos<br />

do Douro — Abril; Adorigo (E. Schmitz).<br />

674. Iberis contracta Pers. — vinhas, campos—julho.<br />

OBSERV. A falta <strong>de</strong> fructos difficulta a exacta <strong>de</strong>terminação d'esta espécie.<br />

675. Teesdalia lepidium DC.— terras áridas, caminhos — fevereiro­março.<br />

676. Thlaspi perfoliatum L. — Rragança (Fer.).<br />

677. Capsella Rursa­pastoris Moench. — campos, caminhos — primavera.<br />

678. Lepidium sativum L. — Rragança (Fer.).<br />

679. L. heterophyllum Rth. — montes, campos — maio.<br />

680. Senebiera didyma Pers. — Regoa, á beira dos caminhos— primavera.<br />

681. Malcolmia patula DC. — Adorigo (E. Schmilz) ; Regoa (Fer.).<br />

682. Sisymbrium Columnae Jacq. — muros, campos — março­junho.<br />

683. S. Irio L. — maio.<br />

684. S. multisiliquosum Hoffm.—muros, caminhos — abril­maio.<br />

685. S. Sophia L. — caminhos — maio.<br />

686. Alliaria officinalis Andr. — sebes, margens dos rios — primavera.<br />

687. Stenophragma Thalianum Cel.— vinhas, muros, sitios seccos — fevereiro­março.<br />

11


162<br />

688. Erysimum linifolium J. Gay.— sitios seccos, áridos—maio-junho.<br />

« 689. Mathiola tristis R. Br.—sitios áridos—julho.<br />

690. Barbarea vulgaris B. Br. — lameiros, campos — maio.<br />

691. Nasturtium officinale R. Br. — rios, fontes — abril-junho.<br />

692. Arabis sagittata DC. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

693. Turritis glabra L. — Serra <strong>de</strong> Rebordãos (Fer.).<br />

694. Arabis muralis Bertol. — muros, rochedos — maio.<br />

693. Cardamine pratensis L.—Villa Real (Fer.).<br />

696. C. hirsuta L. — Sitios húmidos — fevereiro-março.<br />

697. Alyssum serpyllifolium Desf. — sitios áridos, incultos—julho.<br />

OBSERV. O Prof. Willkomm diz no Prodromus Florae Hispanicae ser provavelmente<br />

esta a espécie brigantina <strong>de</strong>scripta por Brotero sob o nome <strong>de</strong> A. alpestre;<br />

assim έ — a forma da semente alada em toda a margem, sendo a aza fosca e crassa,<br />

não <strong>de</strong>ixa duvida.<br />

698. A. Granatense Bss. Reut. — sitios áridos — fevereiro e junho.<br />

699. Draba muralis L. — sebes, campos cult.—março-abril ; Adorigo<br />

(E. Schmitz).<br />

700. Erophila verna Wk.—campos, hortas, caminhos—fevereiro-março;<br />

Adorigo (E. Schmitz).<br />

701. Sinapis alba L. — Adorigo (E. Schmitz).<br />

702. Brassica oxyrrhina Coss. — montes, sitios áridos — primavera.<br />

703. B. sabularia Brot. — Adorigo — abril (E. Schmitz).<br />

704. Β. Pseudo­erucastrum Brot. — sitios seccos — maio­junho; Montesinho<br />

(Fer.).<br />

Papaveraceae<br />

705. Papaver hybridum L. —Bragança (Fer.).<br />

706. P. Rhoeas L.—searas, campos, lameiros—junho.<br />

707. P. somniferum L. — Sub­expontanea nas hortas — junho.<br />

708. Chelidonium majus L.—muros—junho­julho.<br />

Fumariaceae<br />

709. Fumaria media Lois. — muros, campos — primavera.<br />

710. F. officinalis L. — Bragança­(Fer.).<br />

711. F. <strong>de</strong>nsiflora DC. —campos, caminhos — primavera.<br />

712. Corydalis cava Schweigg.— Serra <strong>de</strong> Rebordãos — abril.<br />

713. C. claviculata DC. — Montesinho (Fer.).


163<br />

Resedaeeae<br />

714. Reseda Phyteuma L. γ fragans Texid.—Pinhão (Fer.); Pedras<br />

Salgadas (D. M. Henriques).<br />

8. integrifolia Texid.—Regoa (Fer.).<br />

715. R. media Lag. — Amarante nas sebes —estio.<br />

716. R. luteola L. 3. Gussonei J. Mull.— borda dos caminhos, campos —<br />

junho.<br />

717. Astrocarpus Clusii. J. Gay. — montes, campos áridos —maio­julho.<br />

Berberi<strong>de</strong>ae<br />

718. Berberis vulgaris L. —Nos jardins (Vinhaes) — primavera. ·<br />

Ranunciilaeeae<br />

719. Ranunculus he<strong>de</strong>raceus L.—Pântanos — maio.<br />

720. R. peltatus Schrank var. pseudo­íluitans Hiern — Agueiros dos lameiros,<br />

ribeiros, aguas correntes — primavera.<br />

721. R. nigrescens Freyn — Serra <strong>de</strong> Montesinho (Fer.).<br />

722. R. carpetanus Bss. Reut. — montes, campos — abril­Maio.<br />

OBSERV. A falta <strong>de</strong> fructos não permitte a exacta <strong>de</strong>terminação d'esta espécie.<br />

A comparação porem com os exemplares do herbario Willkomm dá quasi a certeza.<br />

723. R. flabellatus Desf, • . flavescens Freyn. — lameiros — abril­maio.<br />

724. R. repens L. — sitios húmidos — primavera.<br />

725. R. parviflorus L. — hortas, searas.—março.<br />

726. R. muricatus. L. var. grandiflorus. — sitios húmidos—abril­máio.<br />

727. R. arvensis L. — searas — abril­maio.<br />

728. Ficaria ranunculoi<strong>de</strong>s Mnch. — prados húmidos—fevereiro­março.<br />

729. Thalictrum glaucum Desf.—margens dos rios—junho.<br />

730. Anemone palmata L. — Regoa — primavera.<br />

731. Helleborus foetidus L. — sitios sombrios, margens das ribeiras —<br />

fevereiro­março.<br />

732. Nigella Damascena L. — primavera.<br />

733. Delphinium peregrinum L. — campos cultivados — estio.<br />

734. Paeonia Broterii Bss. et Beut. — montes — maio.<br />

735. Aconitum Napellus L. — S. Martinho d'Anguieira (Έ. Schmitz).<br />

OBSERV. O sr. G. Rouy (Le Naturaliste, n." 51) consi<strong>de</strong>ra a planta a que se<br />

refere esta <strong>de</strong>terminação como varieda<strong>de</strong> similhante pelas folhas ao A. Napellus<br />

Lobelianum Reh e pela panicula ao A. paniculatum Lam.


VI<br />

Flautas <strong>de</strong> Macau pox* J. Gomes da Silva<br />

A província <strong>de</strong> Macau, situada no extremo sub­oriental do vasto império<br />

da China, faz parte da ilha <strong>de</strong> líiang­Chan, pertencente á província <strong>de</strong><br />

Cantão, na entrada do gran<strong>de</strong> rio d'esté nome. A superfície da peninsula<br />

é <strong>de</strong> 37S hectares.<br />

A O. <strong>de</strong> Macau fica a montanhosa ilha da Lapa, da qual é separada por<br />

um braço do rio <strong>de</strong> Cantão, com 600 a 800 metros <strong>de</strong> largura. Entre as<br />

ilhas que ficam ao S. da península notaremos a pequena ilha da Taipa e<br />

as ilhas Macarira o Kai­Kong, alinhada no rumo <strong>de</strong> OSO.<br />

A peninsula é acci<strong>de</strong>ntada por alguns montes granitic.os que se levantam<br />

sobre a costa <strong>de</strong> Ε. O mais elevado é o da Guia a NE. da cida<strong>de</strong> ; tem<br />

106 metros d'altitu<strong>de</strong>. A ilha da Taipa tem uma montanha <strong>de</strong> 102 metros<br />

<strong>de</strong> altura e a ilha <strong>de</strong> Kai­Kong eleva­se a 170 metros (G. Pery­Geogr. e<br />

Est. geral <strong>de</strong> Port, e colónias).<br />

Foi n'esta terra que o sr. J. Gomes da Silva, medico do Ultramar colheu<br />

as plantas cujo catalogo se segue.<br />

J. H.<br />

Lycopodiaoeae<br />

1. Licopodium cernuum L. — visinhança <strong>de</strong> Macau (Taipa, Calovane).<br />

2. L. caudatum Desv. — visinhanças <strong>de</strong> Macau, logares húmidos e sombrios<br />

(Lapa).<br />

Miisocarpeae<br />

3. Marsilia quadrifolia L.—visinhança <strong>de</strong> Macau, nas várzeas.


165<br />

Filie es<br />

4. Gleichenia dichotoma Willd. — montes, logares seccos.<br />

5. Davallia tenuifolia Sw. —montes da Guia, Penha, Taipa.<br />

6. Lindsaea ílabellulata Dryand. — Cacilhas.<br />

7. L. heterophylla Dryand. — margens dos ribeiros — D. João.<br />

8. Adiantum flabellulatum. L.— Penha, Lapa, nas fendas dos rochedos.<br />

9. Cheilanthes tenuifolia Sw.—estrada da Guia, Cacilhas, nas sebes.<br />

10. Pteris longifolia L.—logares seccos e calcareos.<br />

11. P. crenata Sw. — Nos muros húmidos e sombrios.<br />

12. P. semipinnata L.—Estrada da Guia, nas sebes.<br />

13. Ceratopteris thalictroi<strong>de</strong>s Brongn.— margens dos ribeiros — D. João,<br />

Lapa.<br />

.14. Blechnum orientale L. — sitios seccos e montanhosos.<br />

15. Aplenium cuneatum Lamk. — Lapa, D. João nas margens dos ribeiros.<br />

16. Nephrodium setigerum Baker.—D. João, Lapa, nas margens dos<br />

ribeiros.<br />

17. N. molle Desv. — Calovane, Lapa, D. João, nos sitios húmidos.<br />

18. Nephrolepis exaltata Schott. — Penha, Guia, — nos montes e sitios<br />

seccos.<br />

19. Polypodium adnascens Sw. — D. João, Mong-kà, nos troncos annosos.<br />

20. P. phymato<strong>de</strong>s L.<br />

21. Notoclaena hirsuta Desv. — terrenos calcareos — cemitério dos Parsis.<br />

22. Lygodium japonicum Sw. — visinhança <strong>de</strong> Macau — nas margens dos<br />

ribeiros.<br />

Gramineae<br />

23. Coix Lachrima L. — várzeas; Onze-mezas.<br />

24. Paspalum scrobiculatum L. — estradas e quintaes.<br />

25. Panicum Crus-galli L. — Taipa, Calovane—logares seccos.<br />

26. P. repens L. — Littoral, D. João, Cacilhas, Taipa.<br />

27. P. colonum L. — logares sombrios. Calovanae.<br />

28. P. pseudo-colonum Rth?<br />

29. P. glaucum L. — estradas (frag.).<br />

30. P. sanguinale L. — littoral — Cacilhas.<br />

31. Panicum montanum Roxb.—terrenos seccos, montes; Guia.<br />

32. P. distachyum L. — Logares sombrios — Kon-ha, Lapa.<br />

33. Arundinella setosa Trin.—montes da Guia, Hospital.<br />

34. Perotis latifolia Ait. — terrenos seccos, calcareos.<br />

35. Imperata arundinacea Cyr.—·cemitério parsi, montes.


166<br />

36. Eulalia japonica Trin. — Ilha ver<strong>de</strong>, Taipa, Lapa, montes.<br />

37. Pogonatherum saccharoi<strong>de</strong>um Beauv — estradas e ribeiros freq.<br />

38. Apluda mutica L. — logares sombrios, Mong-ha.<br />

39. Andropogon Martini Borb. — terrenos seccos — Hospital.<br />

4-0. A. Vachelii Nees — montes do Hospital, Guia, D. Maria.<br />

41. -Heteropogon hirtus Pers. — terrenos seccos, montes, freq.<br />

42. Crysopogon aciculatus Trin—terrenos seccos freq.<br />

43. Ischaemum ophiuroi<strong>de</strong>s Munro. — montes do Hospital.<br />

44. I. Jersioi<strong>de</strong>s Munro. — terrenos arenosos — Cacilhas, Lapa.<br />

45. I. barbatum Btz. — montes—freq.<br />

46. Spodiopogon obliquivalvis Nees — terrenos seccos — Guia, Hospital.<br />

47. Sporobulus indicus Br.— quintaes e estradas — freq.<br />

48. Arundo Madagascariensis Kunth — margens dos ribeiros — Lapa,<br />

Calovane.<br />

49. Phragmites Boxburgii Kunth — Lapa, Ilha Ver<strong>de</strong>, Taipa; montes.<br />

50. Dactyloctenium aegyptiacum Willd. — montes e logares seccos.<br />

51. Eleusine indica Gaertn. — estradas e quintaes.<br />

52. Clóris barbata Sw. — littoral — Cacilhas, barra.<br />

53. Leptgchloa chinensis Nees.<br />

54. Avena fátua L. — logares seccos — Hospital, Guia.<br />

55. Eragrostis geniculata Nees. — montes da Guia, Calovane, Taipa.<br />

56. E. unioloi<strong>de</strong>s Nees — logares seccos e montanhosos.<br />

57. E. orientalis Trin. — logares seccos; Guia.<br />

58. E. pilosissima Link — logares seccos.<br />

59. E. plumosa Link^—logares seccos, borda da estrada.<br />

Cyperaceae<br />

60. Cyperus Iria L. — Várzeas; D. João.<br />

61. C. Haspan L. — Arrozaes; Lapa; Calovane.<br />

62. C. radians Nees. — monte da barra.<br />

63. C. Eragrostis Vakl. — Várzea; Lapa, Calovane.<br />

64. C. polystachius Rottb. — montes ; estrada da Guia.<br />

65. C. umbellatus Benth. — Littoral; cemitério dos parsis.<br />

66. C. rotundus L. — terrenos incultos, freq.<br />

67. C. compressus L. — nos quintaes; freq.<br />

68. C. distans L. — Ilha <strong>de</strong> D. João; logares húmidos.<br />

69. C. pinnatus Lam.^—Littoral; Cacilhas.<br />

70. Killingia monocephala L. — Littoral <strong>de</strong> Cacilhas.<br />

71. Abildgaardia monostachya Vahl. — logares seccos, freq.<br />

72. Fimbristyles diphylla Vahl. — estrada ; monte da Guia.


167<br />

73. F. acuminata Vahl. — Lapa; arrozaes; margens dos ribeiros.<br />

74. F. miliacea Vahl.—Várzeas; Mong-ha, Calovane.<br />

75. F. complanata Link.<br />

76. F. rigida Vahl.<br />

77. F. <strong>de</strong>cora Nees — Littoral; Cacilhas.<br />

78. F. subbispicata Nees—Ilha e D. João; margens dos ribeiros.<br />

79. Isolepis barbata Br. — logares húmidos; freq.<br />

80. Scirpus juncoi<strong>de</strong>s Roxb. — Várzeas; Lapa, Taipa.<br />

81. Fuirena glomerata Lam.— Lapa, arrozaes e margens dos ribeiros.<br />

82. Rhynchospora Wallichiana Kunth—Ilha <strong>de</strong> I). João.<br />

83. Scleria lithosperma Willd. — sebes; ribeiros —D. João, Mung-ha.<br />

Restiaceae<br />

84. Eriocaulon Wallichianum Mart.—Taipa; Calovane, D. João; logares<br />

pantanosos.<br />

85. E. australe Br.—ribeiros e terrenos paludosos.<br />

86. E. setaceum L. — Calovane, Lapa; nos pântanos <strong>de</strong> arroz.<br />

Commelynaceae<br />

87. Commelyna Benghalensis L.—logares sombrios: freq.<br />

88. Cyanotis axillaris Roem. — Lapa.<br />

Ponte<strong>de</strong>raceae<br />

89. Monochoria plantaginea Kunth—Taipa, Lapa, nos arrozaes.<br />

Liliaceae<br />

90. Ophiopogon gracilis Kunth — margens do Tigre.<br />

91. Dianella ensifolia Red. — nos montes da Lapa e Calovane.<br />

Amarylli<strong>de</strong>ae<br />

92. Crinum asiaticum L. — Littoral <strong>de</strong> Calovane ; Penha, juncto á Ermida.<br />

93. Pancratium biílorum Roxb. — estrada da Flora ; Lapa, muito cultivado.


168<br />

Iri<strong>de</strong>ae<br />

94. Pardanthus chinensis Ker — Lapa, Taipa, nas margens dos ribeiros.<br />

Orehi<strong>de</strong>ae<br />

95. Arundina chinensis Blume — Munt-chan, D. João.<br />

Scitamineae<br />

96. Canna indica L. — Lapa, na ribeira e terrenos cultivados.<br />

Aroi<strong>de</strong>ae<br />

97. Arum divaricatum L. — logares sombrios, freq.<br />

Pandanaceae<br />

98. Pandanus odoratissimus L. —D, João; estradas; littoral, freq.<br />

Palmae<br />

99. Phoenix pusilla Lour. — Lapa, nos montes.<br />

100. P. acaulis Roxb. — montes <strong>de</strong> D. João, Calovane e Lapa.<br />

(Continua).


REGULAMENTO DA SOCIEDADE BROTERJANA<br />

Artigo 1.° A Socieda<strong>de</strong> Broteriana, cujo fim é o estudo da flora portugueza,<br />

promovendo a formação <strong>de</strong> herbarios locaes e dando elementos para<br />

o herbario, cuja conservação está a cargo do pessoal do Jardim Botânico<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, é constituída por sócios resi<strong>de</strong>ntes nas diversas<br />

províncias <strong>de</strong> Portugal e colónias.<br />

São duas as classes <strong>de</strong> sócios:<br />

a) Sócios que concorrem unicamente para o herbario central com<br />

qualquer numero <strong>de</strong> plantas e em qualquer epocha do anno; ou<br />

que <strong>de</strong> qualquer outra forma promovem e auxiliam o estudo da<br />

flora portugueza.<br />

b) Sócios que concorrem para Ό herbario central e que permutam<br />

entre si as plantas colhidas na região por elles habitada.<br />

O numero dos primeiros é illimitado.<br />

O numero dos segundos não exce<strong>de</strong>rá a 30.<br />

Art. 2.° Cada socio da segunda classe tem por obrigação remetter até<br />

ao mez <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> cada anno um numero <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> plantas não<br />

inferior a 6 e em tantos exemplares, quantos forem os sócios mais quatro.<br />

Art. 3.° Os sócios não <strong>de</strong>vem offerecer para troca plantas que já tenham<br />

sido distribuídas, e è conveniente que cada um annualmente, antes <strong>de</strong> fazer<br />

a remessa, diga quaes são as espécies que pô<strong>de</strong> mandar.<br />

Art. 4.° Os sócios auxiliarão o estudo geographico das plantas portuguezas,<br />

indicando quaes das espécies já distribuídas vivem nas localida<strong>de</strong>s<br />

por elles exploradas.<br />

Art. 5.° Os exemplares offerecidos serão completos, bem preparados, e os<br />

<strong>de</strong> cada espécie acompanhados d'uma etiqueta, que indique: a) o nome da<br />

espécie ; b) o nome do socio que a colheu ; c) a epocha do anno em que foi<br />

colhida ; d) a localida<strong>de</strong> ; e) qualquer indicação util, tal como a altitu<strong>de</strong>,<br />

natureza do terreno, usos locaes da planta, etc.<br />

Art. 6.° Examinadas as plantas e convenientemente <strong>de</strong>terminadas no<br />

Jardim <strong>de</strong> Coimbra, serão distribuídas por todos os sócios, <strong>de</strong> modo que<br />

12


170<br />

cada um receberá uma collecção completa das plantas que foram colligidas<br />

por todos, ficando no mesmo Jardim os exemplares que cada um mandar<br />

a mais.<br />

Art. 7.° As adhesões <strong>de</strong>verão ser communicadas ao director do Jardim<br />

Botânico da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra até ao fim <strong>de</strong> março, para que se<br />

possa indicar a tempo aos sócios qual <strong>de</strong>va ser o numero, <strong>de</strong> espécies e <strong>de</strong><br />

exemplares <strong>de</strong> cada espécie que cada um <strong>de</strong>ve apresentar.<br />

Art. 8.° A direcção do Jardim Botânico fornecerá todos os esclarecimentos<br />

necessários, quer para a preparação, quer para a <strong>de</strong>terminação das<br />

espécies, e proce<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> modo que no mez <strong>de</strong> janeiro se faça a distribuição<br />

das plantas com etiquetas impressas, e publicará regularmente os resultados<br />

dos trabalhos da Socieda<strong>de</strong>.<br />

Receberam­se em troca do Boletim e muito se agra<strong>de</strong>cem as seguintes<br />

publicações :<br />

Jornal ãa Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sciencias medicas <strong>de</strong> Lisboa, i882.<br />

Acta Horti Petropolitani. Tom. vm, fase. ι, π.


EXPLICAÇÃO DAS ESTAMPAS<br />

Lithographia<br />

A. Desenho do Ulex Lusitanicus Mar. com os <strong>de</strong>talhes da flor e fructo.<br />

B. Desenho do U. europaeus L. γ. latebracteatus Mar. com os <strong>de</strong>talhes das bracteas e<br />

calice.<br />

C. Linaria linogrisea Hffgg. Lk.<br />

D. L. bipartitaW.<br />

Estes <strong>de</strong>talhes C. e D. (muito amplificados) completam o que a respeito d'estas<br />

espécies foi publicado no Boletim da Soe. Brot, ι pag. 48.<br />

Phototypia<br />

A. Armeria eriophylla Wllk.<br />

1 Flor com bractea, 2 pistillo, 3 escama mais exterior do invólucro (em alguns<br />

exemplares), 4 forma ordinária das escamas do invólucro, 5 folha exterior,<br />

6 folha interior, 6' secção d'esta.<br />

Β. Armeria Berlengensis Dav.<br />

1 Spicula com bractea e bracteola, 1 a. pétala, 2 e 3 escamas do invólucro,<br />

4 folha.


Erratas mais importantes<br />

Erros Emendas<br />

Pag. 8 —lin. 2 Pterochepaliis Pterocephalus<br />

» 18 — » 11 Lank Lam.<br />

» 32 etc. — » 2,7 etc. Contribuitiones Contributiones<br />

» 3i — » 8 Lipzig , Leipzig<br />

» 35 — » 7 Lin. Link<br />

» » — » 20 Aucuparia Aucupariae<br />

» » — » 26 Popule Populi<br />

» 36 — » 10 ' Pini Pini maritimae Brot.<br />

» 37 — » 5 pendiculatae pedunculatae<br />

» 40 — » 13 Periclymenum Pcriclymeni<br />

» » — » 39 Germ. Germ. II.<br />

» 41 — » 17 Àpolonias Apolloniadis<br />

» » •— » 30 utrique utrinque<br />

» 43 — » 34 Rosselinia Rosellinia<br />

» 44 — » 30 allontoi<strong>de</strong>ae allantoi<strong>de</strong>ae<br />

» 45 etc. — » 6, 10 etc. Gallegae Galegae<br />

» 46 — » 13 Eucalyptus Eucalypti<br />

» 47 — » 21 favulosae torulosae<br />

» » — » 31 e 32 <strong>de</strong>pozeoi<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pazeoi<strong>de</strong>s<br />

» 48 — » 36 exsicc. N.° exsicc. N.° 2881<br />

» 49 — » 16 in apice cylindrica in apicem cylindricam<br />

» 54 — » 29 preparum perparum<br />

» 63 — » 5 O. Caput galli L. O. Caput galli Lam.<br />

» » — » 7 O. sativa L. 0. saliva Lam.<br />

» 66 — » 11 Bisserula Biserrula<br />

» 69 etc. — » 23, 35 etc. serra <strong>de</strong> Reberdão serra <strong>de</strong> Rebordãos.<br />

» 109 — » 19 α. Bragança (Ferreira), α. Bragança (P. Coutinho,<br />

Ferreira.)<br />

» 144 —· » 28 ­y. capitata Desm. γ. capitata Dcsne.<br />

» » — » 29 P. acanthrophylla Desm. P. acanthophylla Dcsne.<br />

Additamento<br />

Pag. 60 — lin. 13. OBSERV. 0 sr. Webb (It. Hisp. p. 56) cita nos arredores<br />

<strong>de</strong> Lisboa a Coronilla cretica L. Não vi esta espécie <strong>de</strong><br />

Portugal nem da Hespanha.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!