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OUTUBRO DE 2014

DESCRIÇÃO DAS
METODOLOGIAS
DE AVALIAÇÃO E
MONITORAMENTO
DOS PRADAS A SEREM
UTILIZADOS NA SEMA-PA

OUTUBRO
2014

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

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OUTUBRO DE 2014

EXPEDIENTE

Execução
Bioflora Tecnologia da Restauração

Equipe Técnica Responsável


Eng. Agr. Dr. Fabiano Turini Farah
Eng. Agr. Dr. André Gustavo Nave
Biólogo Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues

Supervisão
Ministério do Meio Ambiente
Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará

Expediente de Impressão:
Supervisão Geral: Nazaré Soares. Revisão: Adalberto Eberhard. Doraci Cabanilha de Souza, Elaine
Coelho, Nazaré Soares e Yvens Cordeiro. Fotos: Fabiano Turini Farah. Ilustrações: João Ricardo
Lagazzi Rodrigues. Projeto Gráfico e Diagramação: Juliana de Camargo Cerdeira

Ministério do Meio Ambiente (MMA)


Brasília (DF)
SEPN 505 Bloco B 1º Andar - sala 115 - Asa Norte
CEP 70730-542
Te. (61) 2018-1607
Diretor Nacional: Adalberto Eberhard
Coordenadora Nacional: Nazaré Soares
Gerente Nacional: Doraci Cabanilha de Souza
Equipe: Elaine Coelho

Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (SEMA-PA)


Belém (PA)
Travessa Lomas Valentinas, 2717.
CEP: 66083-390. Belém/Pará
Secretário de Estado de Meio Ambiente: José Alberto da Silva Colares
Diretora de Planejamento Ambiental: Jamile da Silva Lobato
Coordenador de Ordenamento Ambiental: Yvens Cordeiro
Equipe: Maximira Costa da Silva, Maria de Jesus Ribeiro Pantoja, Nilcia Maria Monteiro dos Santos

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................................................6
Restauração florestal - definições...................................................................................................................................6
Os Serviços Ambientais e a Restauração Florestal............................................................................................7
A Restauração Florestal e a Adequação Ambiental e Agrícola na Amazônia........................................8
Modelos de Restauração Florestal Visando o Aproveitamento Econômico nas Propriedades Rurais da
Amazônia..........................................................................................................................................................9

2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO PARÁ..............................................................................................11


2.1 Afloramentos rochosos ou solos pedregosos...........................................................................................................12
2.2 Área Degradada (área abandonada) sem ou com baixa regeneração natural de espécies
arbustivos-áboreas................................................................................................................12
2.3 Área Úmida ou Campo Úmido antrópico originado por assoreamento, oriundo das áreas agrícolas
marginais..................................................................................................................................................................12
2.4 Área Úmida ou Campo Úmido natural (com solos hidromórficos) conservado ou degradado....................13
2.5 Campinarana conservada.........................................................................................................................................13
2.6 Campinarana degradada..........................................................................................................................................14
2.7 Cerrado conservado...................................................................................................................................................14
2.8 Cerrado degradado....................................................................................................................................................14
2.9 Cultura anual ou bianual (feijão, milho, soja, etc)..............................................................................................14
2.10 Cultura perene (pimenta, dendê, laranja, manga, etc).................................................................................15
2.11 Curso dágua (córregos, igarapés e rios perenes ou intermitentes)...........................................................15
2.12 Curso d’água efêmeros............................................................................................................................................15
2.13 Floresta Conservada (estádio avançado)............................................................................................................15
2.14 Floresta Alterada Passível de Restauração (estádio médio).......................................................................17
2.15 Floresta Degradada com Necessidade de Restauração - capoeira ou floresta secundária ou área
abandonada com regeneração natural - juquira (inicial)....................................................................................17
2.16 Infraestrutura (estradas, construções, caixas d’água, etc.)..........................................................................18
2.17 Lagoas e Lagos naturais.......................................................................................................................................18
2.18 Mangue conservado................................................................................................................................................18
2.19 Mangue degradado.................................................................................................................................................19
2.20 Nascentes e olhos d’água (permanentes).......................................................................................................19
2.21 Olhos d’água (intermitentes)................................................................................................................................19
2.22 Pasto Limpo (sem ou com baixa regeneração natural de espécies arbustivo-arbóreas)................20
2.23 Pasto Sujo (com regeneração natural de espécies arbustivo-arbóreas)...............................................20
2.24 Pecuária.......................................................................................................................................................................20
2.25 Reflorestamento com espécies arbóreas nativas com diversidade e densidade adequada................21
2.26 Reflorestamento com espécies arbóreas nativas com baixa diversidade e densidade adequada.........21
2.27 Reflorestamento com espécies arbóreas nativas com baixa diversidade e baixa densidade................21
2.28 Reflorestamento comercial com espécies arbóreas exoticas ou nativas
(monocultura de eucalipto, teca ou paricá etc) com elevada regeneração natural das
espécies.................................................................................................................................................................................21
2.29 Reflorestamento comercial com espécies arbóreas exóticas ou nativas
(monocultura de eucalipto, ou teca, ou paricá etc) sem ou com baixa regeneração
natural das espécies arbustivo-arbóreas no sub-bosque....................................................................................21
2.30 Reservatórios artificiais decorrentes de barramento de cursos d’água........................................................22
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2.31 Reservatório artificiais não decorrentes de barramento de cursos d’água................................................22


2.32 Restinga conservada.................................................................................................................................................22
2.33 Restinga degradada..................................................................................................................................................23
2.34 Sistemas Agroflorestais..............................................................................................................................................23
2.35 Subsolo Exposto ou decapeado (exploração ou eliminação da camada superficial do solo) ou Voçorocas.....23
2.36 Tanque para aquicultura............................................................................................................................................24
2.37 Várzea em atividade de produção agrícola e/ou pecuária...............................................................................24

3. PARÂMETROS TÉCNICOS PARA A ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DE RECOMPOSIÇÃO


DE ÁREAS DEGRADADAS OU ALTERADAS (PRADAS).........................................................25
Procedimentos para propriedades com ou sem passivo ambiental................................................................25
Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADA)........................................................26

4. MÉTODOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL........................................................................................30


4.1 Metodologias de restauração florestal para a conservação da biodiversidade...............................30
4.1.1 Isolamento ou Retirada dos Fatores de Degradação....................................................................................30
4.1.2 Condução da Regeneração Natural (RN)..........................................................................................................32
4.1.3 Substituição de florestas comerciais com plantios homogêneos de
espécies nativas ou exóticas, em áreas que serão objeto de recuperação -
Retirada gradual de baixo impacto.......................................................................................................................32
4.1.4 Plantio de Mudas em Área Total (Plantio Total) - Situações que não apresentam Regeneração
Natural...............................................................................................................................................33
4.1.5 Plantio Escalonado de Sementes ou Mudas em Área Total....................................................................34
4.1.6 Plantio de Adensamento.......................................................................................................................................38
4.1.7 Plantio de Enriquecimento artificial................................................................................................................38

5. MODELOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL DE ÁREAS DE REGENERAÇÃO NATURAL VISANDO O


APROVEITAMENTO ECONÔMICO.............................................................................................................................41
5.1 Modelos para aproveitamento econômico das áreas agrícolas de baixa aptidão agrícola......................42
5.2 Modelo de Plantios de Enriquecimento Visando o Aproveitamento Econômico da Reserva Legal.......46

6. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS ÁREAS EM PROCESSO DE RESTAURAÇÃO


F L O R E S TA L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 8
6.1 Metodologia de avaliação e monitoramento dos PRADAs pelo proprietário rural..................................48
6.1.1 Relatório fotográfico...............................................................................................................................................49
6.1.2 Avaliação simplificada no campo.......................................................................................................................49
6.1.3 Elaboração de relatório de monitoramento periódico................................................................................50
6.2 Metodologia de avaliação e monitoramento dos PRADAs pela SEMA-PA........................................51
6.2.1 Monitoramento periódico da Paisagem.............................................................................................................51
6.2.2 Monitoramento de campo pela SEMA das áreas em processo de restauração.....................................52

7. REFERÊNCIAS CITADAS..........................................................................................................................................55

9. ANEXOS..........................................................................................................................................................................56

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

1. INTRODUÇÃO
No Brasil, a supressão de florestas nativas é uma fortalecimento das capacidades técnicas e
das grandes preocupações atuais, responsável institucionais dos órgãos públicos no município
por grande parte da emissão de gases de efeito que operam para assegurar a eficiência da gestão
estufa, por conflitos fundiários e pela perda de ambiental e territorial local. Foi observado que,
biodiversidade, de recursos hídricos e, enfim, para isso, o estado do Pará deveria unir esforços
de patrimônio a ser deixado às futuras gerações. para aprimorar seu sistema de monitoramento
Sendo assim, a redução desse desmatamento, e licenciamento ambiental, por meio do
especialmente na região da Amazônia Legal, é aprimoramento de seu Sistema Integrado de
uma das principais metas do Governo Federal. Monitoramento e Licenciamento Ambiental
Para isso, ele criou, em 2004, o Plano de Ação (SIMLAM), gerenciado pela SEMA-PA. Diante
para a Prevenção e o Controle do Desmatamento disso, determinou-se a necessidade da definição
na Amazônia Legal (PPCDAm), composto por 13 de parâmetros técnicos para a recuperação de
ministérios e diversos órgãos públicos estaduais e áreas degradadas e construção de marco legal
federais. para a elaboração e análise dos Projetos de
Tendo sido formada essa instituição voltada para Recomposição de Áreas Degradadas ou Alteradas
a redução dos cortes de vegetação na Amazônia (PRADAs).
Legal, foi firmado entre o Brasil e a União Européia O Programa de Regularização Ambiental (PRA),
o Projeto “Pacto Municipal para a Redução do estabelecido pela Lei 12.651 de 25 de maio de 2012
Desmatamento”, com duração de três anos (2011 e pelo Decreto 7.830 de 17 de outubro de 2012,
a 2013). Ele conta com a parceria do Ministério do deve contar com mecanismos para acompanhar
Meio Ambiente (MMA) – responsável nacional sua implementação. O mecanismo para isso
por sua execução, da Secretaria de Estado de Meio aqui apresentado é o monitoramento das áreas
Ambiente do Pará (SEMA-PA), do Município de submetidas a Projetos de Recomposição de Áreas
São Félix do Xingu e da Organização das Nações Degradadas ou Alteradas (PRADA). É importante
Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). ressaltar que para que os técnicos da SEMA possam
Seus esforços foram focados especialmente no atuar adequadamente nessa fiscalização, todo o
município de São Félix do Xingu, que apresentava processo de restauração deve ser compreendido,
elevadas taxas de perda florestal, a fim de reverter desde os pontos de vista ecológico e burocrático.
tal situação.
Dentre os vários objetivos do projeto está o

Restauração florestal – definições


A restauração florestal é uma atividade antiga na ou o paricá. A abordagem utilizando o plantio
história de diferentes povos, épocas e regiões do homogêneo de indivíduos de uma espécie
globo (Rodrigues & Gandolfi, 2004). Os métodos arbórea induziu, por vezes, a confundir o conceito
empregados variam muito de acordo com o de restauração florestal com o de plantio de
objetivo da restauração. Um exemplo extremo florestas comerciais, ou seja, aquelas destinadas
é a necessidade de estabilização e recolonização ao corte e comercialização de madeira. É muito
inicial da área degradada por meio de uma importante entender que a restauração florestal
cobertura vegetal tolerante às condições áridas está muito distante disso, e sim relacionada com
do substrato, p. ex. em área após mineração. a difícil tarefa de reconstruir a floresta buscando
Nessa situação, frequentemente se recorre ao também o restabelecimento da biodiversidade,
plantio de apenas uma espécie vegetal (p. ex. da estrutura e de complexas relações ecológicas
gramínea), em uma técnica conhecida como da comunidade (Rodrigues & Gandolfi, 2004),
Tapete Verde (Griffith et al., 2000), ou ao plantio ou seja, daquelas relações estabelecidas entre os
de árvores de única espécie, como o eucalipto diferentes tipos de organismos (animais, vegetais,
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fungos, bactérias, etc.) e o meio físico circundante grupos complementares, incluindo formas de
(solo, água e o ar). A restauração florestal vidas além de árvores (ervas, arbustos, cipós,
envolve, portanto, a reconstrução gradual da fauna, etc.), bem como o resgate das funções que
floresta, resgatando sua biodiversidade, função cada espécie desempenha, de forma isolada ou
ecológica e sustentabilidade ao longo do tempo, em conjunto (Rodrigues et al., 2007).
determinadas pelo resgate de várias espécies de

Os Serviços Ambientais e a Restauração Florestal


Os benefícios ambientais proporcionados pela de um grande número de espécies que só
restauração florestal são bem estabelecidos pela podem ser encontradas na região (endêmicas),
ciência, mas somente puderam ser entendidos espécies raras e ameaçadas de extinção (Mayers
após anos de pesquisas em áreas que sofreram et al. 2000). Estas características fazem da
com os desmatamentos e a devastação das Amazônia uma área prioritária à conservação da
florestas. biodiversidade, onde muitas espécies poderão
Historicamente, o desflorestamento sob a ser usadas economicamente pelo homem para
justificativa de expansão das fronteiras agrícolas a produção de remédios, cosméticos, madeira,
(agricultura, pecuária, silvicultura, etc.) e a frutos, etc.
expansão de centros urbanos, tem sido baseado
no corte da floresta para a extração da madeira
seguido do uso do fogo como instrumento
de abertura (Figura 1). Dada a proximidade
com as fontes naturais de água (nascentes,
rios e córregos), utilizadas como fonte de água
para a pecuária, muitas dessas aberturas não
respeitaram sequer as áreas protegidas por
lei, principalmente as áreas de preservação
permanente (APPs) – Figura 2. Ainda,
objetivando aproveitar ao máximo o espaço
aberto, o desflorestamento atingiu também as
áreas destinadas a composição da reserva legal,
área esta também protegida por lei. Por não
Figura 1 - Queima dos resíduos de madeira após
haver planejamento, o desmatamento seguido
corte da floresta para abertura de área agrícola
pelo uso do fogo é considerado predatório em
em Paragominas (2012).
função dos severos danos que causam ao meio
ambiente, gerando, inclusive, enormes passivos
ambientais.
Os danos ao meio ambiente causados por esse
modelo predatório de abertura de áreas na
Amazônia podem ser percebidos sobre vários
aspectos. A extração de madeira de forma
predatória põe em risco de extinção muitas
espécies vegetais e animais que dependem da
floresta, muitas das quais sequer foram ainda
conhecidas pela ciência, quanto mais seus
possíveis benefícios de uso para o próprio
homem. Dessa forma, podemos dizer que a
biodiversidade é gravemente afetada. Esse
fato é bastante relevante na região amazônica, Figura 2 - Área de preservação permanente
região mundialmente conhecida pela desmatada e ocupada pela pecuária. Município
megabiodiversidade, ou seja, pela existência de Tomé-Açu, PA.
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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

O desmatamento seguido da implantação de chuva que escorrem pelo solo, o amortecimento


práticas agropecuárias desprovidas do manejo de enchentes, a prevenção da erosão e do
eficiente do solo, geralmente relacionado à assoreamento, a manutenção da pesca e da
sua conservação, como é o caso de condução navegação, a conservação da biodiversidade,
de adubações periódicas, rotação de culturas, entre outros (Rodrigues & Gandolfi, 1998).
sistema pecuário rotacionado, etc., propiciam o
esgotamento rápido da capacidade produtiva do
solo, além de deixá-lo exposto às intempéries. A
combinação do solo desprotegido pela vegetação
com grandes volumes de chuvas, tão comuns no
inverno amazônico, permite que as partículas do
solo (sedimentos) sejam arrastadas para dentro
de rios, córregos e tanques, desencadeando
assim os processos de erosão do solo e do
assoreamento dos corpos hídricos (Figura 3).
Esses dois processos juntos podem levar à
depreciação das propriedades rurais (redução
do preço das terras), contribuir com redução
da fertilidade dos solos, com a redução da
qualidade das águas, ocorrência de enchentes
e morte dos organismos aquáticos. Portanto, Figura 3 - Processo erosivo e assoreamento
pode-se dizer que a presença de florestas, decorrente de solo desprotegido da cobertura
em especial as florestas ciliares - aquelas vegetal. Município de Paragominas, PA.
localizadas às margens dos rios – produzem
serviços ambientais necessários ao homem e ao
meio ambiente, como a filtragem das águas da

A Restauração Florestal e a Adequação Ambiental e Agrícola na


Amazônia
Os benefícios relacionados aos serviços ser vista como um instrumento integrador das
ambientais gerados pela restauração florestal, questões ambientais, econômicas e sociais, com
principalmente em áreas protegidas por lei profundas implicações para a coletividade. Por
(APPs e RL’s) vão além daqueles puramente exemplo, uma propriedade rural cuja atividade
ligados às questões ambientais. A ideia de que principal reside na criação e comercialização
a sociedade como um todo também se beneficia de gado (pecuária) é obrigada a seguir um
nesse processo tem conferido à restauração conjunto de regras determinadas pelo Ministério
florestal uma posição de destaque na adequação da Agricultura Pecuária e Abastecimento
ambiental de propriedades rurais, justamente (MAPA) que orientam sobre os cuidados com
por incorporar também os benefícios sociais e a saúde animal (condições sanitárias, ciclos
econômicos. Esse entendimento deve ocorrer de vacinação, etc.). De forma similar, essa
em função da capacidade que a restauração propriedade rural deve também atender a outro
florestal possui de devolver às áreas restauradas conjunto de regras relativas à conservação das
as condições mínimas que garantam ao mesmo florestas ciliares em APPs e reserva legal, entre
tempo o cumprimento da legislação ambiental outras necessidades impostas pelo Ministério
brasileira, a continuidade de atividades do Meio Ambiente (MMA). Caso não esteja
econômicas e dos serviços ambientais em conformidade com as regras estabelecidas,
responsáveis pela sustentabilidade em longo essa propriedade rural fica sujeita a autuações
prazo. e restrições comerciais, como por exemplo, o
Nesse contexto, a adequação ambiental deve embargo de produtos agropecuários e limitações
severas de crédito. Portanto, percebe-se que a
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adequação ambiental diz respeito a um conjunto propriedades rurais. A restauração florestal em


de ações que têm por interesse a conciliação da áreas degradadas e protegidas por lei (áreas
qualidade do meio ambiente de forma integrada de preservação permanente e reserva legal)
a determinados conjuntos de atividades é de extrema importância não apenas para a
econômicas desenvolvidas na propriedade restauração e conservação da biodiversidade,
rural ou mesmo num município como um todo. mas também como meio de prover fontes
Dentro deste contexto, a adequação ambiental alternativas de uso econômico sustentável dos
na região amazônica permite a sustentabilidade recursos naturais na Amazônia.
ambiental e principalmente econômica das

Modelos de Restauração Florestal Visando o Aproveitamento Econômico


nas Propriedades Rurais da Amazônia
A prática da restauração florestal tem sido as reservas legais são muitas vezes alvo do
tratada até o momento como um instrumento descaso por parte dos proprietários rurais, que
de regularização de passivos ambientais na verdade anseiam pela derrubada dessas
das propriedades rurais gerados no passado, florestas para ampliação das áreas produtivas.
quando áreas para a exploração econômica As reservas legais não se caracterizam como
foram abertas sem algum tipo de planejamento uso inapropriado do solo em decorrência de seu
que visasse à salvaguarda do meio ambiente. papel no cumprimento da legislação ambiental
Pelo contrário, as áreas desmatadas para a brasileira e de sua função na conservação
instalação de pastagens e campos agrícolas se da biodiversidade, mas representam, até o
concentraram estrategicamente às margens dos momento, grandes espaços improdutivos dentro
rios, tendo estes como as fontes de água para o das propriedades rurais na Amazônia.
sustento das atividades. Nesse contexto, muitas No momento atual, onde a busca por espaços
das florestas ciliares sucumbiram mediante os produtivos foi a base de argumentação nos
desmatamentos necessários a essas aberturas, da fervorosos debates entre as bancadas ruralistas
mesma forma que muitas áreas declivosas e de e ambientalistas para a concepção do novo
baixa aptidão agropecuária foram desmatadas código florestal brasileiro, a restauração florestal
e hoje se encontram subutilizadas em termos desponta como um instrumento apaziguador,
de produção. Tais áreas, além de possuírem capaz de fornecer usos alternativos ao solo e gerar
baixa capacidade de geração de renda, ainda perspectivas de aproveitamento econômico de
oneram o proprietário com as manutenções espaços improdutivos na propriedade rural. Ou
necessárias para mantê-las limpas. Essa situação seja, a restauração florestal ganha a conotação
se configura, portanto, um exemplo claro do uso de expor novos horizontes para a diversificação
inapropriado do solo, especialmente naquelas das atividades econômicas da propriedade e a
propriedades que já possuem suas cotas de geração de fontes de renda adicional em médio
reserva legal regularizadas e não necessitam e longo prazo, por meio de modelos de plantios
converter áreas agrícolas de baixa aptidão estrategicamente localizados em espaços
em florestas para reduzir ou zerar o déficit de improdutivos dentro da propriedade, como são
reserva legal. os casos de áreas agrícolas de baixa aptidão
As reservas legais das propriedades rurais são agrícola e de reserva legal. É interessante notar
responsáveis por 50% ou 80% da ocupação do que, como esses locais de plantio já pertencem
solo nas propriedades rurais na Amazônia. à propriedade, o custo de oportunidade do uso
Geralmente, são florestas que já sofreram com do solo é zero - não há a necessidade de adquirir
a extração madeireira no passado e atualmente outras terras para a implantação dessa nova
também representam espaços ociosos em termos atividade econômica. Essa característica é muito
produtivos e de geração de renda. Em função importante nas projeções de ordem econômico-
de seu tamanho em relação à área total da financeiras dessa atividade.
propriedade rural e sua ociosidade produtiva, Nesses plantios são utilizadas espécies

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

estrategicamente designadas para o de florestas à luz do Novo Código Florestal


aproveitamento econômico, como são os casos brasileiro, com ênfase nas áreas especialmente
das espécies madeireiras nativas (mogno, protegidas, como as áreas de preservação
maçaranduba, ipê, taxi, paricá, etc.), espécies permanente (APP) e de reserva legal (RL).
madeireiras exóticas (mogno africano, Num momento posterior, são apresentadas as
eucalipto), espécies frutíferas nativas (cacau, situações ambientais identificadas no Estado
cupuaçu, taperebá, etc.) e espécies de uso misto, do Pará, seguidas da identificação daquelas
como a castanheira. situações consideradas como objeto da
Estes modelos foram concebidos inicialmente restauração florestal. A caracterização das áreas
pela EMBRAPA Amazônia Oriental e testados para restauração florestal tem foco na descrição
nos municípios de Santarém e Belterra, ambos no do aspecto visual de suas coberturas vegetais
estado do Pará (Brienza et al. 2008). Atualmente, (fitofisionomias) e suas respectivas capacidades
os Laboratórios de Ecologia e Restauração de autorregeneração (resiliência). A análise
Florestal (LERF) e o de Silvicultura Tropical conjunta de cada fitofisionomia e sua resiliência
(LASTROP), ambos da Escola Superior de permite a definição do melhor método de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), vêm restauração florestal para cada caso em particular.
testando modelos semelhantes em propriedades Os métodos de restauração florestal também são
rurais inseridas na região de Paragominas. De diferenciados em função da possibilidade de
acordo com análises preliminares, o potencial se obter, ou não, o aproveitamento econômico
de retorno financeiro sobre o investimento tem da floresta. Em seguida, é apresentada uma
perspectiva de serem maiores em relação a lista de espécies com ocorrência regional e
qualquer outra atividade econômica na região. discriminadas por comportamentos ecológico-
Isso sendo confirmando, expõe a possibilidade funcionais determinantes do papel de cada
de expansão do uso desses modelos para todas espécie na restauração florestal.
as propriedades rurais localizadas na Amazônia, As propriedades que declararam no Cadastro
para finalmente, se tornarem modelos Ambiental Rural (CAR) algum passivo ambiental
preconizados nos instrumentos de política podem aderir ao PRA e estabelecer PRADA, por
pública para o desenvolvimento da região norte. meio do qual se comprometerão a tomar medidas
Dentro do contexto geral que rege a situação de recuperação ambiental. O estabelecimento
ambiental e agrícola no Estado do Pará, de tais medidas e a evolução das áreas
esste manual orienta o técnico fiscalizador submetidas à recuperação ambiental devem ser
no acompanhamento de todo o processo acompanhados, tanto pelo proprietário quanto
de restauração. Num primeiro instante, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente
relacionamos os principais aspectos legais do Pará (SEMA-PA). Assim, mostramos neste
que norteiam a conservação e a restauração documento de que formas devem se dar esses

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2. USO E OCUPAÇÃO DO
SOLO NO PARÁ
O desenvolvimento de centros urbanos deve ser absoluta de planejamento nas aberturas das
considerado um dos grandes fatores capazes áreas produtivas, com nítida preferência
de provocar alterações profundas na paisagem, para as áreas com topografias aplainadas e
onde muitas dessas alterações possuem relação situadas às margens de rios. Dada à extensão
diretamente proporcional com as formas e custos de manutenção dessas aberturas, o
preponderante de uso e ocupação do solo. revestimento vegetal nos municípios do Pará é
Desde os primórdios de suas fundações até os bastante heterogêneo, podendo ser estabelecido
dias atuais, os municípios do Pará sofreram um gradiente que abriga diferentes situações
alterações paisagísticas marcantes, expondo ambientais. A identificação e o mapeamento
de forma nítida as alterações, no tempo e no dessas situações ambientais no novo mosaico
espaço, na distribuição das modalidades de uso paisagístico regional se constituem como passo
e ocupação do solo (Figura 4). Como resultado, determinante para a definição futura do melhor
a matriz florestal que dominava a paisagem método de restauração florestal a ser empregado
regional vem sendo gradativamente substituída para cada situação em particular.
por modalidades alternativas, com destaque para A identificação de modalidades de uso e
a expansão da malha urbana e para atividades ocupação do solo numa determinada região se
econômicas relacionadas ao extrativismo e traduz num “retrato” da paisagem. No âmbito
comercialização madeireira e carvão, além da da restauração florestal, esse “retrato” é a base
agropecuária. para o planejamento estratégico das futuras
ações de restauração, pois mediante sua análise
é possível identificar, quantificar e priorizar
áreas-alvo para a restauração florestal.
Dentre as vantagens do uso da análise da
paisagem regional para determinar o método
de restauração florestal podemos citar a
possibilidade de identificação de áreas prioritárias
para a conservação da biodiversidade, como
aquelas relacionadas ao estabelecimento de
corredores ecológicos (e.g. áreas de preservação
permanente – APPs) interligando fragmentos
florestais pré-existentes na paisagem. Outra
vantagem consiste na identificação de locais
que demandam a combinação de métodos
Figura 4 - Alteração do uso do solo em São Félix de restauração distintos, ou ainda, locais
do Xingu, PA. A floresta nativa cede espaço para estratégicos que poderão ser convertidos em
a urbanização. Fonte: http://www.sfxingu. florestas para diminuir o déficit de reserva legal
pa.gov.br/ em propriedades rurais, como áreas agrícolas
de baixa aptidão agrícola. Por outro lado, esses
planejamentos ainda permitem elencar áreas
De forma geral, os municípios situados na com baixo potencial para restauração (com
Amazônia Legal e do Brasil, a dinâmica da aspectos altamente restritivos), onde os retornos
paisagem regional sofre com a ausência quase ambientais almejados são incipientes ao ponto de

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

não justificarem o aporte de esforços e recursos aquelas com alta resolução (SPOT 5), seguida
financeiros que tais projetos demandam. Dessa pelo uso de ferramentas SIG (Sistema de
forma, a análise do uso e ocupação do solo se Informações Geográficas) e checagem de campo
justifica como uma etapa de planejamento para para validação das modalidades previamente
a restauração florestal. identificadas nas imagens de satélite. A seguir
A metodologia empregada para a análise da são apresentadas as principais modalidades
paisagem regional está vinculada à interpretação propostas de uso do solo, já identificadas em
de imagens de satélite, preferencialmente campo no Pará:

2.1 Afloramentos rochosos ou solos pedregosos


São áreas ocupadas com rochas na etensão total
o parcial ou com presença de os blocos de rocha.
Esse tipo de situação impede o uso para culturas
agrícolas mecanizadas e requerem atenção
especial para a restauração ecológica, em função
das restrições do substrato, com baixa retenção
de água e pouca ou nenhuma profundidade
(Figura 5).

Figura 5 - Exemplo de área com afloramento


rochoso. São Félix do Xingu, PA.

2.2 Área Degradada (área abandonada) sem ou com baixa regeneração


natural de espécies arbustivos-áboreas

Trata-se de área já desmatada, previamente


submetida a diversos fatores de degradação
como fogo, pastagens, produção agrícola, intensa
exploração madeireira etc., onde a regeneração
natural não atinge 500 indivíduos lenhosos de
espécies nativas, medindo pelo menos 0,5 m de
altura, por hectare (Figura 6).

Figura 6 - Exemplo de área degradada


(abandonada).

2.3 Área Úmida ou Campo Úmido antrópico originado por


assoreamento, oriundo das áreas agrícolas marginais
Os Campos Úmidos Antrópicos são aqueles e assoreamento dos cursos d’água. Ou seja, sua
formados a partir da remoção da cobertura origem é estreitamente vinculada às atividades
vegetal natural seguido de processos erosivos humanas (antrópicas) sem planejamento. O

12
OUTUBRO DE 2014

solo é do tipo hidromórfico, permanentemente


saturado, ocupado por uma fina lâmina d’água
e coberto por vegetações exóticas típicas como
taboa, lírio-do-brejo, gramíneas e outras espécies
tolerantes ao alagamento permanente do solo
(Figura 7).

Figura 7 - Exemplo de Campo Úmido Antrópico


ocupado por gramínea. São Félix do Xingu, PA.

2.4 Área Úmida ou Campo Úmido natural (com solos hidromórficos)


conservado ou degradado

São definidos como áreas permanentemente


alagadas e de modo natural em função do
afloramento do lençol freático, ou ainda áreas
inundadas em decorrência da elevação do nível
de rios em épocas de chuva. Os solos típicos são
hidromórficos. Tais áreas são obrigatoriamente
ocupadas por espécies vegetais herbáceas e
arbustivas nativas que suportam o alagamento
temporário ou permanente (Figura 8).

Figura 8 - Exemplo de Campo Úmido Natural


formado pela elevação do nível d’água do riacho.
São Félix do Xingu, PA.

2.5 Campinarana conservada


Campinarana Gramíneo-Lenhosa e
Campinarana Arborizada, em estado
conservado. Formações vegetais que ocorrem
sobre solos pobres e quase sempre encharcados,
do tipo Podzois hidromórficos (Espodossolos)
e Areias Quartzosas hidromórficas (Neossolos
Quartzarênicos hidromórficos). Ocorrem no sul
do Pará, nas margens da Serra do Cachimbo e
em pontos ao longo do Rio Tocantins, da Ilha
de Marajó e em contato com outras formações
vegetais. Sua fisionomia pode variar entre
predomínio de gramíneas e ciperáceas,
entremeadas de aglomerados arbustivos
(Campinarana Gramíneo-Lenhosa) (Figura 9),
até predomínio de árvores finas e esbranquiçadas,
medindo cerca de 5 m de altura, entremeadas por Figura 9 - Exemplo de campinarana gramíneo-
alguns indivíduos mais altos, com cerca de 10 m, lenhosa e arborizada no Pará.
sem formar dossel (Campinarana Arborizada).

13
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

2.6 Campinarana degradada


Campinarana Gramíneo-Lenhosa e vegetais. Sua fisionomia pode variar entre
Campinarana Arborizada, em estado predomínio de gramíneas e ciperáceas,
degradado. Formações vegetais que ocorrem entremeadas de aglomerados arbustivos
sobre solos pobres e quase sempre encharcados, (Campinarana Gramíneo-Lenhosa), até
do tipo Podzois hidromórficos (Espodossolos) predomínio de árvores finas e esbranquiçadas,
e Areias Quartzosas hidromórficas (Neossolos medindo cerca de 5 m de altura, entremeadas por
Quartzarênicos hidromórficos). Ocorrem no sul alguns indivíduos mais altos, com cerca de 10 m,
do Pará, nas margens da Serra do Cachimbo e sem formar dossel (Campinarana Arborizada).
em pontos ao longo do Rio Tocantins, da Ilha
de Marajó e em contato com outras formações

2.7 Cerrado conservado


Envolve as formações Savana Arborizada, Savana
Gramíneo-lenhosa e Savana Parque, ou seja,
formações de cerrado de fisionomia não florestal,
quando em estado conservado. Comumente
ocorre em clima estacional, com cerca de cinco
meses secos durante o ano, porém pode ocorrer
também em climas ombrófilos. Forma-se sobre
solos lixiviados e ricos em alumínio. Suas
fisionomias variam de predomínio de gramíneas
(Savana Parque) até predomínio de árvores
baixas (4-6 m), retorcidas, ramificadas e esparsas,
sem formar dossel (Savana Arborizada) (Figura
10).
Figura 10 - Exemplo de área de Cerrado
conservado. Pará.

2.8 Cerrado degradado


Envolve as formações Savana Arborizada, solos lixiviados e ricos em alumínio. Suas
Savana Gramíneo-lenhosa e Savana Parque, fisionomias variam de predomínio de gramíneas
quando em estado degradado. Comumente (Savana Parque) até predomínio de árvores
ocorre em clima estacional, com cerca de cinco baixas (4-6 m), retorcidas, ramificadas e esparsas,
meses secos durante o ano, porém pode ocorrer sem formar dossel (Savana Arborizada).
também em climas ombrófilos. Forma-se sobre

2.9 Cultura anual ou bianual (feijão, milho, soja, etc)


Representam lavouras que são colhidas e
replantadas anualmente (Figura 11). Em geral,
apresentam maior impacto ao ambiente, pelo
constante uso de pesticidas, pela compactação
do solo, pelo favorecimento de erosões etc..
Normalmente, quanto maior for a tecnificação
da cultura, mais dificultado será o processo de
restauração ecológica no local. Figura 11 - Exemplo de Área Agrícola Tecnificada
e destinada ao plantio de soja. Paragominas, PA.
14
OUTUBRO DE 2014

2.10 Cultura perene (pimenta, dendê, laranja, manga, etc)


Lavouras que não são replantadas anualmente
(Figura 12). Assim, contam com menor
degradação do solo que as culturas anuais.
Contudo, podem contar com manutenção
e passagem de máquinas nas entrelinhas,
desfavorecendo ali a regeneração natural.
Normalmente, quanto maior for a tecnificação
da cultura, mais dificultado será o processo de
restauração ecológica no local.

Figura 12 - Exemplo de cultura perene.

2.11 Curso dágua (córregos, igarapés e rios perenes ou intermitentes)


Os cusos d’água são caminhos naturais de água (Figura 14). O volume de suas águas é bastante
fluente com origem nas nascentes e olhos d’água, heterogêneo, desde pequenos igarapés dentro
podendo ser perenes (Figura 13) ou intermitentes de áreas de floresta até rios de grande largura.

2.12 Curso d’água efêmeros


Tratam-se de vias de escoamento efêmero de água pluviais, ou seja, que atuam apenas durante os
epidódios de chuva.

2.13 Floresta Conservada (estádio avançado)


As florestas primárias e conservadas são aqui abertura de áreas para exploração econômica.
definidas como aquelas que nunca sofreram São incluídas também as florestas que sofreram
perturbações antrópicas ou que sofreram perturbações num passado muito distante,
pouquíssimas perturbações, como daquelas havendo tempo hábil para o retorno das
inerentes ao efeito de borda derivado da condições florísticas e estruturais para bem

Figura 13 - Exemplo de curso d’água perene – Figura 14 - Exemplo de curso d’água intermi-
rio Pau-d’arco, Redenção, PA. tente. Redenção, PA.
15
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

próximo da floresta original. (Figura 15). Abrange Cachimbo, ocorrendo também em alguns pontos
as formações Campinarana Florestada, Savana mais isolados ao sul do estado.
Florestada, Contato Floresta Estacional/Foresta A Floresta Estacional Semidecidual Submontana,
Ombrófila (Floresta Estacional Perenifólia), no Pará, encontra-se em áreas com clima marcado
Floresta Estacional Decidual Submontana, por duas estações: verão com abundantes
Floresta Estacional Semidecidual Submontana, chuvas, seguido por período de estiagem. Assim,
Floresta Ombrófila Aberta Submontana, em estação seca, de 20 a 50% das árvores perdem
Floresta Ombrófila Aberta terras Baixas, suas folhas. Ocorre no sul do estado, a altitudes
Floresta Ombrófila Densa Aluvial, Floresta entre 100 e 600 m.
Ombrófila Densa Montana, Floresta Ombrófila
Densa Submontana; Floresta Ombrófila Densa A Floresta Ombrófila Aberta ocorre na transição
Terras Baixas, quando em estado conservado, entre Floresta Estacional Semidecidual e Floresta
ou seja, com dossel contínuo, presença de Ombrófila. Ocupa região com estação seca pouco
indivíduos regenerantes e com rara presença pronunciada, que dura de dois a três meses, e de
de espécies invasoras ou em desequilíbrio. São variados tipos de solo. Nela, ocorrem pontos de
todas fisionomias florestais, ou seja, com alta menor volume e densidade de árvores, e ela pode
densidade de indivíduos, que formam dossel apresentar três diferentes faciações florísticas:
contínuo. Elas diferenciam-se de acordo com apresentando adensamentos de palmeiras
condições do clima e do solo, que determinam intercaladas às outras árvores; aglomerados
formações de distintas comunidades vegetais. de indivíduos de sororoca (Phenakospermum
guyannense (A.Rich.) Endl. ex Miq. - Musaceae);
A Campinarana Florestada se desenvolve sobre ou lianas envolvendo total ou parcialmente a
solos pobres e quase sempre encharcados, do floresta. No Pará, ocorre a Floresta Ombrófila
tipo Podzois hidromórficos (Espodossolos) e Aberta de Terras Baixas (altitude até 100 m) e a
Areias Quartzosas hidromórficas (Neossolos Floresta Ombrófila Aberta Submontana (altitude
Quartzarênicos hidromórficos) (Figura 16). de 100 a 600 m).
Ocorre no sul do Pará, nas margens da Serra
do Cachimbo e em pontos ao longo do Rio Floresta Ombrófila Densa ocorre em clima de
Tocantins, da Ilha de Marajó e em contato com chuvas abundantes, sem estação seca ao longo
outras formações vegetais. Apresenta árvores do ano. Estende-se pela Depressão Amazônica,
finas e esbranquiçadas de folhas sempre verdes, ocupando a maior parte do Pará. A Floresta
medindo cerca de 15 m de altura, entremeadas Ombrófila Densa Aluvial compreende a
por alguns indivíduos um pouco mais altos, com “mata de várzea”, com solos periodicamente
cerca de 20 m. inundáveis e espécies de raízes aéreas ou
tabulares, crescimento rápido e casca lisa, e a
A Savana Florestada comumente ocorre em “mata de igapó”, com solos permanentemente
clima estacional, com cerca de cinco meses secos encharcados e com menor seleção de espécies
durante o ano, porém pode ocorrer também para condições ambientais muito variáveis. A
em climas ombrófilos. Forma-se sobre solos Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas ocupa
lixiviados e ricos em alumínio. Apresenta árvores terrenos não inundáveis de altitude de até
baixas (10-15 m), em densidade variável. 100 m. É uma floresta de árvores de grande
O Contato Floresta Estacional/Foresta Ombrófila porte, muito exuberantes, de troncos retilíneos
é denominado Floresta Estacional Perenifólia. É e comumente abrigando lianas. Apresenta
uma formação vegetal que, apesar de estar sob composição florística muito variável e alta
clima estacional, não sofre o estresse hídrico diversidade de espécies. A Floresta Ombrófila
proporcionado por ele e se mantém perenifólia Densa Submontana está localizada em altitudes
ao longo do ano. entre 100 e 600 m. Apresenta dossel uniforme e
A Floresta Estacional Decidual Submontana dossel de emergentes. Suas árvores raramente
ocupa áreas de clima mais seco e solos rasos, ultrapassam altura de 30 m. Por último, a Floresta
arenosos ou morrarias litólicas. Assim, mais de Ombrófila Densa Montana recobre serras, a
50% das árvores perdem suas folhas na estação altitudes entre 600 e 2.000 m. Suas árvores
de menor umidade. No Pará, é encontrada apresentam altura relativamente uniforme, de
na parte central até a borda norte da Serra do cerca de 20 m, com troncos finos, casca espessa e

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OUTUBRO DE 2014

rugosa e folhas diminutas e coriáceas.

Figura 15 - Exemplo de Floresta Primária. Figura 16 - Exemplo de floresta em solo


Paragominas, PA. encharcado. São Félix do Xingu, PA.

2.14 Floresta Alterada Passível de Restauração (estádio médio)


Abrangendo as mesmas formações citadas no
item anterior, ao contrário das florestas primárias,
as florestas secundárias são aquelas que sofreram
perturbações no passado (exploração de madeira
intensa), porém não tão severas, permitindo a
manutenção do “teto” florestal (dossel), ou seja,
as copas das árvores mais altas ainda se tocam.
Sua expressão na paisagem é ainda extensa,
geralmente integrando as reservas legais de
propriedades rurais (Figura 17).

Figura 17 - Exemplo de Floresta Alterada Passível


de Restauração. Paragominas, PA.

2.15 Floresta Degradada com Necessidade de Restauração - capoeira ou


floresta secundária ou área abandonada com regeneração natural - juquira
(inicial)
São florestas degradadas pelo uso da área, por de uso agrícola, que se encontra em processo de
eventos como desmatamento, incêndios, retirada regeneração, apresentando um dossel. Juquira é
de madeira, presença de gado etc.. Apresentam um termo regional para denominar a regeneração
menos estratos que florestas conservadas, natural de vegetação nativa sobre área agrícola
bem como menor estatura de árvores, dossel ou de pastagem. Ela não apresenta dossel e são
descontínuo e presença de espécies invasoras e comuns manchas de gramíneas exóticas entre a
outras em desequilíbrio, como é o caso de lianas vegetação nativa. (Figura 19).
(Figura 18). A capoeira é uma área, previamente

17
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Figura 18 - Exemplo de Floresta Degradada com Figura 19 - Exemplo de Juquira. Paragominas,


Necessidade de Restauração. São Félix do Xingu, PA.
PA.

2.16 Infraestrutura (estradas, construções, caixas d’água, etc.)


São definidas como construções civis nas áreas
a serem restauradas. Nas regiões periféricas
à cidade ou mesmo em áreas rurais, essa
modalidade de uso do solo pode aparecer na
forma de vilas, vilarejos ou outros conjuntos de
edificações (Figura 20).

Figura 20 - Exemplo de área com infraestrutura.


São Félix do Xingu, PA.

2.17 Lagoas e Lagos naturais


São corpos d’água de fluxo lento, promovendo seja pelo afloramento de lençol freático, seja por
o acúmulo dela. Apresentam origem natural, acúmulo em um curso d’água.

2.18 Mangue conservado


É uma vegetação arborescente, de densidade do tipo pneumatóforos, que se elevam sobre a
variável, em estado conservado, presente nas superfície. Outra formação que pode ocorrer são
regiões de balanceamento de marés sobre a campos salinos com gramíneas, como a Spartina
costa (Figura 21). Muitas vezes os indivíduos Schreb., e sem predomínio de árvores e arbustos.
avançam ao longo da região inundada dos São espécies comuns nos mangues: Rhizophora
estuários, chegando até a muitos quilômetros da mangle L., Montrichardia arborescens (L.) Schott,
costa, onde ainda há a influência das marés. É Machaerium lunatum (L.f.) Ducke, Mauritia
comum observar indivíduos com raízes aéreas flexuosa L.f. e Euterpe oleracea Mart.
18
OUTUBRO DE 2014

Figura 21 - Exemplo de mangue conservado.

2.19 Mangue degradado


É uma vegetação arborescente, de densidade tipo pneumatóforos, que se elevam sobre a
variável, em estado degradado, presente nas superfície. Outra formação que pode ocorrer são
regiões de balanceamento de marés sobre a campos salinos com gramíneas, como a Spartina
costa. Muitas vezes os indivíduos avançam Schreb., e sem predomínio de árvores e arbustos.
ao longo da região inundada dos estuários, São espécies comuns nos mangues: Rhizophora
chegando até a muitos quilômetros da costa, mangle L., Montrichardia arborescens (L.) Schott,
onde ainda há a influência das marés. É comum Machaerium lunatum (L.f.) Ducke, Mauritia
observar indivíduos com raízes aéreas do flexuosa L.f. e Euterpe oleracea Mart.

2.20 Nascentes e olhos d’água (permanentes)


Uma nascente ou olho d’água permanente
trata-se de um ponto ou área no terreno com
afloramento permanente do nível freático na
superfície do terreno, dando origem a um curso
d’água que corre durante todo o ano (Figura 22).

Figura 22 - Exemplo de nascente. São Félix do


Xingu, PA.

2.21 Olhos d’água (intermitentes)


Por outro lado, um olho d’água intermitente
trata-se de um ponto ou área no terreno com
afloramento temporário do nível freático na
superfície do terreno apenas nas épocas mais
chuvosas, dando origem a um curso d’água
temporário (Figura 23).

Figura 23 - Exemplo de olho d’água intermitente.


São Félix do Xingu, PA.

19
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

2.22 Pasto Limpo (sem ou com baixa regeneração natural de espécies


arbustivo-arbóreas)
São pastagens com predomínio absoluto de
gramíneas africanas. A regeneração natural pode
estar presente, mas sua expressão é mínima, com
mudas muito espaçadas entre si e de pequeno
porte (Figura 24), correspondendo a menos de
500 indivíduos lenhosos de espécies nativas,
medindo pelo menos 0,5 m de altura, por hectare.

Figura 24 - Exemplo de pasto se regeneração


arbustivo-arbórea. A regeneração da vegetação
nativa é ausente ou mínima em função do manejo
para manutenção das pastagens. Paragominas,
PA.

2.23 Pasto Sujo (com regeneração natural de espécies arbustivo-arbóreas)


O Pasto Sujo é uma fisionomia vegetacional
derivada do crescimento da regeneração natural
sobre pastagens não manejadas ou abandonadas.
Essa fitofisionomia ainda é dominada pela
cobertura de gramíneas africanas, mas a presença
de regeneração natural já é marcante (Figura 25),
correspondendo a pelo menos 500 indivíduos
lenhosos de espécies nativas, medindo pelo
menos 0,5 m de altura, por hectare.

Figura 25 - Exemplo de Pasto Sujo. Paragominas,


PA.

2.24 Pecuária
São áreas consolidadas com atividades
econômicas de pecuária (Figura 26).

Figura 26 - Exemplo de área consolidada de


pecuária. Paragominas, PA.

20
OUTUBRO DE 2014

2.25 Reflorestamento com espécies arbóreas nativas com diversidade e


densidade adequada
É uma área em processo de recuperação que
apresenta tanto densidade de indivíduos
lenhosos de espécies nativas (mínimo de 1667
indivíduos/ha) quanto riqueza de espécies
(mínimo de 30 espécies) (Figura 27).

Figura 27 - Exemplo de reflorestamento com


espécies arbóreas nativas com diversidade e
ta, SP.
densidade adequada. Lençóis Paulis

2.26 Reflorestamento com espécies arbóreas nativas com baixa


diversidade e densidade adequada
Área em processo de recuperação que apresenta ha), porém não apresenta riqueza de espécies
densidade adequada de indivíduos lenhosos de desejável (mínimo de 30 espécies).
espécies nativas (mínimo de 1667 indivíduos/

2.27 Reflorestamento com espécies arbóreas nativas com baixa


diversidade e baixa densidade
Área em processo de recuperação que apresenta indivíduos/ha) quanto sua riqueza de espécies
tanto a densidade de indivíduos lenhosos de (mínimo de 30 espécies).
espécies nativas inadequada (mínimo de 1667

2.28 Reflorestamento comercial com espécies arbóreas exoticas ou nativas


(monocultura de eucalipto, teca ou paricá etc) com elevada regeneração
natural das espécies
É uma área de ocupada com espécies madeireiras densidade de regeneração natural no sub-bosque
em monocultura voltadas para a exploração acima de 500 indivíduos lenhosos de espécies
econômica, tanto de espécies nativas (paricá) nativas, medindo pelo menos 0,5 m de altura,
como de exóticas (teca e eucalipto), apresentando por hectare.

2.29 Reflorestamento comercial com espécies arbóreas exóticas ou nativas


(monocultura de eucalipto, ou teca, ou paricá etc) sem ou com baixa
regeneração natural das espécies arbustivo-arbóreas no sub-bosque
As florestas comerciais são áreas agrícolas Via de regra, a cultura corresponde a apenas
tecnificadas ocupadas com culturas perenes. uma espécie (eucalipto, teca, paricá, taxi, etc.)
21
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

com objetivo comercial (Figura 28). Apresenta


densidade de regeneração natural no sub-bosque
abaixo de 500 indivíduos lenhosos de espécies
nativas, medindo pelo menos 0,5 m de altura,
por hectare. A baixa ou ausente regeneração
natural pode ocorrer como conseqüência de
limpeza do sub-bosque, com roçadas e aplicação
de herbicidas.

Figura 28 - Exemplo de Floresta Comercial de


eucalipto. Paragominas, PA.

2.30 Reservatórios artifíciais decorrentes de barramento de cursos d’água


Os reservatórios artificiais são aqueles
construídos a partir do barramento de um
curso d’água para acúmulo com o objetivo de
aproveitamento para consumo humano, animal,
lazer e outros fins (Figura 29).

Figura 29 - Exemplo de reservatório artificial


decorrente de barramento de curso d’água. São
Félix do Xingu, PA.

2.31 Reservatório artificiais não decorrentes de barramento de cursos


d’água
Corresponde a acúmulo de água artificial que não conta com barramento de cursos d’água naturais
para seu abastecimento (acúmulo de água da chuva, por exemplo).

2.32 Restinga conservada


É uma vegetação sob influência marinha, disposta
ao longo do litoral, que se encontra em estado
conservado. Corresponde a faixas em praias,
formações de dunas e cordões litorâneos (costa
da Ilha de Marajo, na Bacia do Rio Amazonas)
(Figura 30). Sua fisionomia é predominantemente
arbustiva. As espécies pioneiras nessa formação
comumente são crassulescentes ou de folhas
coriáceas, podendo apresentar também estolões.
São espécies comuns na formação: Sporobolus
virginicus (L.) Kunth, Remirea maritima Aubl.,
Ipomoea pes-caprae (L.) R.Br., Ipomoea imperati
(Vahl) Griseb. e Canavalia rosea (Sw.) DC.
Figura 30 - Exemplo de Restinga conservada.

22
OUTUBRO DE 2014

2.33 Restinga degradada


É uma vegetação sob influência marinha, disposta comumente são crassulescentes ou de folhas
ao longo do litoral, que se encontra em estado coriáceas, podendo apresentar também estolões.
degradado. Corresponde a faixas em praias, São espécies comuns na formação: Sporobolus
formações de dunas e cordões litorâneos (costa virginicus (L.) Kunth, Remirea maritima Aubl.,
da Ilha de Marajo, na Bacia do Rio Amazonas). Ipomoea pes-caprae (L.) R.Br., Ipomoea imperati
Sua fisionomia é predominantemente (Vahl) Griseb. e Canavalia rosea (Sw.) DC.
arbustiva. As espécies pioneiras nessa formação

2.34 Sistemas Agroflorestais


É uma vegetação sob influência marinha, disposta
ao longo do litoral, que se encontra em estado
degradado. Corresponde a faixas em praias,
formações de dunas e cordões litorâneos (costa
da Ilha de Marajo, na Bacia do Rio Amazonas).
Sua fisionomia é predominantemente
arbustiva. As espécies pioneiras nessa formação
comumente são crassulescentes ou de folhas
coriáceas, podendo apresentar também estolões.
São espécies comuns na formação: Sporobolus
virginicus (L.) Kunth, Remirea maritima Aubl.,
Ipomoea pes-caprae (L.) R.Br., Ipomoea imperati
(Vahl) Griseb. e Canavalia rosea (Sw.) DC.
Figura 31 - Exemplo de sistema agroflorestal.

2.35 Subsolo Exposto ou decapeado (exploração ou eliminação da camada


superficial do solo) ou Voçorocas
Corresponde a subsolo exposto e sofrendo
intenso processo de erosão, normalmente
decorrente do mau uso do solo ou extração de
argila, areia, cascalho. Houve perda da camada
mais superficial do solo, aquela que apresenta
mais nutrientes e matéria orgânica, resultando
em degradação física e química. O que resta,
o subsolo, não apresenta condições básicas de
infiltração e armazenamento de água essenciais
para instalação de uma comunidade vegetal. A
perda do solo causa quase sempre assoreamento
de cursos d’água adjacentes. Como primeira
medida de restauração, o solo deve ser
recuperado (Figura 32).

Figura 32 - Exemplo de Área de Empréstimo


ocasionada pela retirada do horizonte superficial.
São Félix do Xingu, PA.
23
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

2.36 Tanque para aquicultura


Trata-se de reservatório construído para a
criação de organismos aquáticos, podendo ser
abastecido ou não por cursos d’água naturais
(Figura 33).

Figura 33 - Exemplo de tanque para aquicultura.

2.37 Várzea em atividade de produção agrícola e/ou pecuária


Corresponde a área inundável que conta com solo (como o arroz) ou de gado (como a pecuária
produção de culturas que exigem tal condição do realizada na Ilha de Marajó).

24
OUTUBRO DE 2014

3. PARÂMETROS TÉCNICOS
PARA A ELABORAÇÃO
DOS PROJETOS DE
RECOMPOSIÇÃO DE
ÁREAS DEGRADADAS OU
ALTERADAS (PRADAS)
A Lei 12.651 de 25 de maio de 2012 e o Decreto (PRA), a fim de se adequar ou promover sua
7.830 de 17 de outubro de 2012 estabelecem que regularização ambiental. O proprietário deve
todos os imóveis rurais no Brasil devem realizar assinar um Termo de Compromisso Ambiental
o Cadastro Ambiental Rural (CAR) , um registro (TCA), afirmando que se propõe a adotar todas
público eletrônico declaratório de informações as medidas de restauração ecológica necessárias
ambientais de propriedades e posses rurais. a suas áreas com passivo ambiental. Um dos
Aquelas propriedades ou posses rurais que instrumentos do PRA para essa adequação
declararem passivos ambientais no CAR poderão ambiental é o Projeto de Recomposição de Áreas
aderir ao Programa de Regularização Ambiental Degradadas ou Alteradas (PRADA).

Procedimentos para propriedades com ou sem passivo ambiental


Toda propriedade rural deve fazer seu Cadastro a propriedade continuará sendo monitorada
Ambiental Rural (CAR)¹. Esse sistema mostrará por satélite por tempo indeterminado, portanto
se ela apresenta algum passivo ambiental, ou a certificação se manterá enquanto não houver
seja, se a propriedade necessita ou não recompor perturbações às áreas naturais. Os excedentes
áreas de ecossistemas naturais. A partir florestais poderão ser transformados em Cotas
disso, propriedades que apresentam passivos de Reserva Ambiental (CRAs), ser arrendados
ambientais e as que não os apresentam devem como RL de outras propriedades sob regime
proceder de diferentes formas: de servidão florestal ou podem ser cadastrados
Para propriedades sem passivo ambiental: como RL de outra propriedade.
Correspondem às propriedades com quantidades Para propriedades com passivo ambiental:
suficientes de vegetação nativa em Áreas de Poderão aderir, com prazo de até um ano após a
Preservação Permanentes (APPs) e Reserva Legal inscrição no CAR, ao Programa de Regularização
(RL), desprovidas de passivos ambientais. Nessa Ambiental (PRA). Para isso, o proprietário deve
condição, deverão firmar Termo de Compromisso assinar o Termo de Compromisso Ambiental
de Manutenção das APPs e RL existentes no (TCA), o qual firmará o compromisso de
imóvel. A propriedade recebe o Certificado regularizar seu passivo ambiental. Para isso,
Digital de Regularidade Ambiental, atestando as APPs que não se encontram cobertas por
sua regularidade frente à legislação ambiental vegetação nativa devem ser obrigatoriamente
nacional e estadual. É importante salientar que recuperadas e as RLs devem ser recompostas
¹ http://www.sema.pa.gov.br/servicos/car/ 25
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

ou compensadas, conforme a determinação extrema ou extensa, o órgão competente poderá


da Lei n° 12.651 de 25 de maio de 2012. Para a exigir a ART. O proprietário também pode optar
recomposição, o proprietário deve elaborar o por compensar a RL por meio dos seguintes
Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas mecanismos: adquirir CRAs, arrendar áreas de
e Alteradas (PRADA), o qual conta com sistema outras propriedades sob regime de servidão
informatizado, sendo facultativa a contratação de florestal, cadastrá-la em outra propriedade ou
profissional com anotação de responsabilidade doar ao poder público área dentro de Unidade
técnica (ART) para seu preenchimento. de Conservação (UC).
Entretanto, em casos de degradação ambiental

Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADA)


O proprietário que tiver que recompor APP e/ou ICMBio, para a área de até 10 km ao redor dos
RL deverá elaborar um PRADA. Para isso, o PRA limites da UC.
disponibiliza um sistema online, o SIMLAM². Art. 9º. Não contando a unidade de conservação
Para utilizá-lo, o proprietário deverá ter aderido com plano de manejo aprovado ou sendo este
primeiramente ao CAR, no qual devem ter omisso, a análise técnica deverá observar:
sido determinados a área e a localização da
propriedade ou posse rural, quais as situações I - a manutenção do equilíbrio ecológico;
ambientais encontradas, a localização e extensão II - a saúde, a segurança e o bem-estar das
das APPs e RL e as áreas com passivo ambiental. populações residentes, se houver, bem como
O próprio SIMLAM verificará alguns fatores as atividades sociais e econômicas por elas
relativos às propriedades que podem influenciar desenvolvidas;
a metodologia de recuperação ambiental, como III - as condições cênicas e sanitárias do meio
a localização da propriedade dentro de Área natural.
de Proteção Ambiental (APA) ou em limites
Dependendo do uso atual do solo, o
de Unidades de Conservação de Proteção
SIMLAM sugere que, inicialmente, a área seja
Integral, a caracterização da propriedade como
abandonada e isolada dos fatores de degradação
pequena propriedade ou posse rural familiar e
por um período de três anos, para que sua
caracterização de áreas como agrícolas de uso
regeneração natural possa atuar. Esse abandono
restrito. Tudo isso será feito com o auxílio de
da área passa a constar no sistema como um
diversos sistemas de informação, como mapas
compromisso firmado pelo proprietário.
do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)
do Pará, TerraClass e PRODES (baseados em O grau de expressão da regeneração natural
imagens de satélite). depende de uma série de fatores locais, como
o nível de degradação do solo e do banco de
No entorno de cada Unidade de Conservação
sementes local, bem como da proximidade
(UC) há uma faixa denominada de Zona de
com remanescentes naturais de vegetação e a
Amortecimento, onde as atividades humanas
possível chegada de propágulos, seja de espécies
estão sujeitas a normas e restrições específicas,
de recobrimento rápido ou de enriquecimento.
com o propósito de minimizar os impactos
Portanto, em muitos casos pode haver
negativos sobre a unidade. Assim na Zona
determinado potencial de autorecuperação
de Amortecimento pode haver exploração
(resiliência), sendo possível o recobrimento
econômica dependendo da categoria da
natural pela regeneração no período de três
unidade, contudo com restrições compatíveis à
anos a partir do isolamento da área. Em
sua função de conservação da biodiversidade.
outras situações, o nível de degradação leva à
A extensão dessas restrições está prevista na
necessidade de recobrimento artificial usando
Lei ou Decreto que criou a UC e/ou no plano
determinada metodologia. A partir das ações
de manejo da unidade. Caso não haja plano de
de restauração adotadas no 4º ano, as condições
manejo ou se ele for omisso, devem ser aplicadas
locais e da paisagem irão favorecer ou não
as restrições para licenciamento estipuladas pelo
o surgimento de espécies de diversidade na
órgão ambiental licenciador e pelo órgão gestor
regeneração natural (Figura 34).
da unidade, tendo como base o art. 9° da IN do

26 ² http://monitoramento.sema.pa.gov.br/simlam/index.htm
OUTUBRO DE 2014

Possibilidade de
Possibilidade de enriquecimento
recobrimento natural baseado
natural baseado na dispersão de
na regeneração todos grupos Semeadura direta de espécies de

*
inicial funcionais diversidade das diferentes formas de
vida
• Plantio de mudas de espécies de
Expressão da
Expressão da Alta Alta diversidade das diferentes formas de
resiliência da
resiliência local vida
Avaliação passagem regional Avaliação
pela regeneração • Transferência de top soil de áreas que
pela regeneração
natural Baixa Baixa Metodologias serão desmatadas
natural
possíveis • Poleiros naturais
Poleiros artificiais
Necessidade de • Nucleação
recobrimento
* Uso de adubos verdes em quaisquer casos
artificial *

Isolamento de
fatores de Abrangência • Arbustos
do • Apenas dos • Lianas
degradação
enriquecimento grupos • Epífitas
artificial funcionais • Árvores
Início da 4º ano 7º ano comprometidos emergentes
parada • Todos os • Espécies de
grupos sementes grandes
etc

Figura 34 - Fluxograma relacionando a expressão do potencial de resiliência local (da própria área em
restauração) em curto prazo após o isolamento dos fatores de degradação, bem como da resiliência da
paisagem regional em médio e longo prazo. Esses potenciais conferem a possibilidade de recobrimento
e/ou enriquecimento natural ou a necessidade de realizar uma ou ambas as etapas de modo artificial,
por meio de diferentes metodologias indicadas no asterisco (*).

Para as áreas que não serão submetidas a um aviso ao proprietário e perguntará se ele
isolamento e para aquelas onde já foi feito o deseja continuar com a opção. Será de inteira
isolamento por três anos e reclassificação do responsabilidade do proprietário continuar com
uso do solo, o proprietário deverá determinar essa opção e arcar com futuras fiscalizações e
as medidas de recuperação ambiental a serem eventuais necessidades de correções dos métodos
adotadas. Para isso, serão dadas pelo sistema usados. Todas as medidas de recuperação a
computacional opções de ações de manejo serem tomadas, escolhidas pelo proprietário,
adaptativo visando à restauração, todas serão listadas pelo SIMLAM e servirão como
descritas, para uma melhor compreensão (Figura diretrizes para a recuperação ambiental das áreas
35). Alguns métodos de recuperação ambiental em questão e como um compromisso firmado
são possíveis de serem usados, porém não são pelo proprietário.
os mais apropriados. Nesse caso, o sistema dará

27
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Checagem da Monitoramento da Monitoramento da


regeneração restauração 1 restauração 2, 3, 4

Reclassificação 1 da Reclassificação 2 da Reclassificação 3, 4, 5 da


restauração restauração restauração

PRADA 2 PRADA 3
PRADA 1 PRADAs 4, 5, 6
Ação 2 (opções) Ação 3 (opções)
Ação 1 Ação 4
Recobrimento Enriquecimento
Isolamento da natural Ações de melhoria ou
natural
área ações corretivas
Recobrimento Enriquecimento
artificial artificial
Ação 2 (alternativa) Ação 3A
Recobrimento e Ações de melhoria
enriquecimento ou ações corretivas
artificiais
Expressão da
Resiliência local Expressão da
pela regeneração Resiliência da
natural paisagem regional pela
regeneração natural

APP 4º ano 7º ano 9º ano


Monitoramento
RL 4º ano 7º ano 13º, 19º, 20º ano

Figura 35 - Fluxograma relacionando os momentos de checagem da regeneração natural e de


monitoramento da restauração pelo proprietário, as consequentes reclassificações da área e as
recomendações de restauração geradas em cada PRADA.

Resumindo todo o processo, a partir de Em um determinado momento ao longo do


cada PRADA, o proprietário deverá aplicar processo de restauração o SIMLAM avaliará o
determinadas ações de restauração que serão resultado atual como adequado e irá apontar o
apontadas pelo SIMLAM. A primeira delas é o encerramento do processo. Esse encerramento
isolamento da área dos fatores de degradação, poderá ocorrer bem antes do prazo máximo
a partir do tempo inicial (assinatura do PRADA estipulado para a restauração das APPs ou
1). Após 3 anos o proprietário deverá avaliar RLs, desde que as metas de restauração sejam
a expressão da regeneração natural por meio reconhecidas pelo sistema. Portanto, de acordo
de checagem de campo e e o resultado deverá com o ritmo dos trabalhos de conservação e
ser inserido no sistema (Figura 36). Baseado no restauração ecológica, a qualquer momento é
resultado da avaliação, o SIMLAM apontará possível que a propriedade receba o Certificado
a possibilidade de rocobrimento natural Digital de Regularidade Ambiental, atestando
ou a necessidade de recobrimento artificial sua regularidade frente à legislação ambiental
ação prioritária. Posteriormente, após cada nacional e estadual.
monitoramento e entrada dos resultados no Devemos também ressaltar que o processo
sistema, o sistema apontará a possibilidade de será mantido encerrado desde que a área
enriquecimento natural ou artificial como ação restaurada não sofra novas perturbações, o que
prioritária e outras ações possíveis nos anos 4, 7 será monitorado pelo sistema via checagem de
e 9 para as APPs e 4, 7, 13, 19 e para as RLs. imagens de satélite e até mesmo no campo, pelos
Ressaltamos que segundo o § 1º do Art. 16 do fiscais. Ao mesmo tempo, caso as declarações
Código Florestal, a recomposição da Reserva do proprietário a qualquer momento não
Legal deverá ser concluída em até vinte anos, condizerem com a realidade checada pelo
abrangendo, a cada dois anos, no mínimo sistema, o proprietário irá sofrer a penalidades
um décimo da área total necessária à sua previstas no marco legal. Como exemplo, não
complementação. será aceito declarar determinada área como

28
OUTUBRO DE 2014

floresta em restauração ou conservada caso a uma vez que as propriedades serão checadas
ocupação atual na verdade seja de pastagem, com o uso de imagens de satélite.

Acesso 1 ao Checagem de campo Monitoramento 1 Monitoramento 2, 3 e 4


SIMLAM

Reclassificação 1 da Acesso 3 Acessos 4, 5, 6


situação ambiental

Entrada dos dados Entrada dos dados do


Acesso 2 do monitoramento 1 monitoramentos 2, 3 e 4
SIMLAM
Assinatura do
PRADA 1: Entrada dos dados SIMLAM SIMLAM
Termo de da reclassificação 1 Aprovação Aprovação
7º ano 7º ano
Compromisso
Notificações de Notificações de
Ambiental para 7ºatenção
ano 7ºatenção
ano
isolamento da área SIMLAM
visando a restauração Geração do PRADA Lista de ações Lista de ações
ecológica 2”Ações de corretivas corretivas
restauração
Geração do PRADA 3: Geração do PRADAs 4, 5 e 6:
Ações de restauração Ações de restauração

APP 4º ano 9º ano


Monitoramento
RL 4º ano 13º, 19º, 20º ano

Figura 36 - Fluxograma relacionando os momentos de acesso do proprietário do imóvel ao SIMLAM e


os produtos relacionados a cada PRADA.

É importante salientarmos que as recomendações favorecendo a gradativa cobertura pelas plantas


de restauração fornecidas pelo SIMLAM em características da flora local. Com a deficiência
cada etapa da restauração foram planejadas de no controle de gramíneas e/ou outras herbáceas
modo que a área obtenha os melhores resultados competidoras, o isolamento inicial dos fatores
ecológicos e menos tempo, e com o menor custo. de degradação dificilmente surtirá efeito e a
O proprietário pode tomar suas decisões de quais comunidade permanecerá em uma fisionomia
ações adotar ou não, adaptando os métodos de dominada pelas plantas invasoras por tempo
restauração às suas possibilidades. No entanto, indefinido.
o abandono das ações de conservaçãpo e Em uma fase posterior, por ex., outros atrasos
restauração certamente implicará em atraso no podem ocorrer se o proprietário não realiza
processo de recomposição das áreas naturais, enriquecimento com novas espécies arbóreas
bem como em desperdício dos recursos (grupo diversidade) onde seria o recomendado,
investidos nas fases iniciais da restauração, uma ou seja, em uma vegetação pioneira com baixa
vez que eventuais perdas de rumo levarão a riqueza de espécies arbustivo-arbóreas e onde o
necessidade de reinício do processo. ingresso natural de espécies não pioneiras está
Como exemplo, um dos maiores erros obervados sendo dificultado por alguma razão. A falta das
em projetos de restauração é o abandono das espécies de diversidade trará uma consequência
áreas primeiro mês, considerando que apenas previsível, que é o colapso da vegetação pioneira
o isolamento dos fatores de perturbação irá de recobrimento, formada por espécies de vida
levar à recuperação sem a necessidade de ações curta, não sendo substituída pelos grupos mais
posteriores. Na fase inicial da restauração, avançados da sucessão ecológica. O resultado
a presença das gramíneas exerce forte será o reinício do processo de restauração e a
competição com os indivíduos arbustivos e perda dos recursos inicialmente empregados,
arbóreos regenerantes, de modo que o controle gerando mais atraso na obtenção do Certificado
periódico daquelas herbáceas é fundamental, Digital de Regularidade Ambiental.

29
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

4. MÉTODOS DE
RESTAURAÇÃO
FLORESTAL
4.1 Metodologias de restauração florestal para a conservação da
biodiversidade
Este item descreve as ações que poderão ser para determinar o conjunto de metodologias a
adotadas como métodos de restauração florestal que deverão ser utilizadas, tais como o estado de
para conservação da biodiversidade.As principais conservação do solo, a existência e a abundância
situações ambientais passíveis de fazer uso dos da regeneração natural, riqueza de espécies, a
métodos descritos neste manual são aquelas localização dessas áreas com relação às florestas
inseridas em APP’s (corredores ecológicos entre nativas remanescentes, etc.
APP e Reserva Legal), as áreas com baixa aptidão O diagnóstico ambiental do imóvel realizado
agrícola, as pastagens abandonadas (pasto limpo para elaboração do CAR (Cadastro Ambiental
e pasto sujo) e as florestas nativas já alteradas Rural) e do PRADA (Projeto de Recomposição
(florestas secundárias) que compõem a Reserva de Áreas Degradadas e Alteradas) também é um
Legal das propriedades rurais. documento importante de ser avaliado, pois caso
É importante pontuar que nem todas as ações haja déficit de Reserva Legal na propriedade, as
descritas nesse manual devem necessariamente áreas agrícolas de baixa aptidão agrícola (grotas
ser postas em prática ao mesmo tempo. É preciso secas, áreas declivosas, etc.) ou potenciais
avaliar inicialmente a situação ambiental a ser corredores ecológicos deverão prioritariamente
restaurada para priorizar a prática de todas ou ser convertidas em florestas nativas para suprir
somente parte das ações para que se atinja o este déficit. Neste caso, o proprietário poderá
objetivo final. Isso deve ao fato de que, apesar de realizar a restauração florestal visando também
todos os métodos de restauração compartilhar o o aproveitamento econômico de produtos
mesmo objetivo final - a floresta restaurada ou florestais (madeiras, frutas, etc.). Os modelos
em restauração - não há uma receita generalizada sugeridos para aproveitamento econômico de
para todas as situações ambientais. Em termos produtos florestais estão descritos no item 5.
práticos, é preciso avaliar inicialmente alguns A seguir são descritas as ações de restauração
aspectos das áreas que deverão ser restauradas florestal recomendadas para o Pará.

4.1.1 Isolamento ou Retirada dos Fatores de Degradação


Antes da implantação de qualquer ação de mudas, mão de obra, etc.), pois muitas das
restauração florestal, é preciso inicialmente atividades executadas antes ou mesmo durante
identificar a existência de fatores de degradação a restauração florestal podem ser totalmente
e, caso existam, promover a sua eliminação perdidas em função da continuidade desses
ou o seu isolamento. Dessa forma, evita-se o fatores de degradação. Além disso, a partir do
desperdício de esforços e recursos (financeiros, isolamento, a vegetação nativa tem melhores

30
OUTUBRO DE 2014

condições para se desenvolver, aumentando a As formas mais tradicionais de se promover o


eficiência da restauração e consequentemente isolamento de áreas de restauração florestal
redução dos custos associados a essa atividade. sujeitas ao trânsito e pastoreio de animais ou
Geralmente os fatores causadores de degradação incêndios são por meio do uso de cercas ou
ambiental são relacionados ao trânsito e implantação de aceiros (Figura 37).
pastoreio de animais, veículos, máquinas
e implementos agrícolas. Há ainda aqueles
relacionados à recorrência de incêndios, extração
de madeira, caça, desmatamentos; atividades de
roçadas, deriva de herbicidas, barramento de
cursos d’água entre outros. Por se tratarem de
fatores potencialmente danosos ao processo de
restauração, sua retirada pode proporcionar um
melhor desenvolvimento da floresta, garantindo
bons resultados com custos menores.
Possíveis soluções para a retirada ou isolamento
dos fatores de degradação:
• Fogo: eliminação da prática de queimada na
propriedade e construção de aceiros no entorno Figura 37 - Área de preservação permanente
dos fragmentos florestais e das áreas em processo (APP) isolada do trânsito de animais por meio
de restauração; do uso de cerca.
• Gado: instalação de cercas no entorno dos
fragmentos florestais e áreas em processo de
É fundamental a demarcação das APP’s que
recomposição;
serão recompostas (Figura 38) de forma que
• Cultivos: suspensão da exploração agrícola seus limites fiquem bastante nítidos e impeçam
das áreas definidas para receber as ações de as atividades agrícolas nessas áreas.
recomposição;
• Descargas de enxurrada: planejamento da
construção de terraços ou direcionamento das
saídas de água, de acordo com a necessidade,
de forma que a enxurrada interceptada não
seja conduzida para o interior de fragmentos
florestais e das áreas em processo de restauração,
mas que seja acumulada no próprio solo e
eliminada por infiltração;
• Barramento de cursos d’água: melhor
planejamento do cruzamento de cursos d’água
por estradas e carreadores, instalando-se tubos
de drenagem com posicionamento e dimensões
adequados para que a água não se acumule à
montante do curso d’água e cause degradação Figura 38 - Demarcação de área de preservação
com o represamento, formando os chamados permanente (margem de reservatório artificial)
“paliteiros”; com uso de trena.

• Extração seletiva de madeira, caça e pesca


predatória: paralisação imediata destas
atividades e contribuição com a fiscalização
da ocorrência dessas atividades no entorno
da propriedade, alertando ou acionando as
entidades competentes;

31
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

4.1.2 Condução da Regeneração Natural (RN)


A regeneração natural consiste em todo e regenerantes (plântulas e indivíduos jovens),
qualquer tipo de espécie vegetal nativa (ervas, ou pelo controle das gramíneas e das espécies
arbustos, árvores) que surgiram naturalmente e arbóreas exóticas invasoras por toda a área.
estão se desenvolvendo nas áreas de restauração Outra ação recomendável que tem resultado na
florestal. Naturalmente que, para a restauração melhoria do desenvolvimento da regeneração
florestal, o mais interessante é que a regeneração natural diz respeito à fertilização dos regenerantes
natural seja composta preferencialmente por que propicia melhor desenvolvimento dos
espécies de árvores, pois cada indivíduo com indivíduos arbóreos e cobertura da área em
origem na regeneração natural é uma muda a menor tempo. Essa adubação deve seguir
menos a ser usada para o plantio de restauração. as mesmas recomendações de adubação de
No entanto, outras formas de vida vegetal, como cobertura das mudas plantadas (ver item 6).
arbustos e ervas, desde que nativos, são muito
importantes no processo de sombreamento do Por aproveitar os indivíduos jovens pré-
solo e exclusão de espécies exóticas indesejadas. existentes na área a ser restaurada, a condução
da regeneração contribui bastante para a redução
Nesse contexto, conduzir a regeneração de custos, possibilitando ainda a preservação
natural significa aplicar métodos biológicos das espécies já adaptadas regionalmente, o
(adubação verde nas entrelinhas), mecânicos incremento da diversidade de espécies e de
ou químicos que visam eliminar ou controlar formas de vida (espécies herbáceas, arbustivo-
o desenvolvimento de espécies vegetais arbóreas, trepadeiras e palmeiras). Como
indesejadas ao mesmo tempo em que se favoreça resultado, é possível obter a floresta restaurada
o desenvolvimento de espécies de interesse na rapidamente, favorecendo o restabelecimento
restauração florestal. A condução da regeneração precoce de importantes processos ecológicos.
natural, portanto, é feita por meio do coroamento
e limpeza periódica no entorno dos indivíduos

4.1.3 Substituição de florestas comerciais com plantios homogêneos de


espécies nativas ou exóticas, em áreas que serão objeto de recuperação -
Retirada gradual de baixo impacto
Onde há plantios homogêneos de espécies e entrada de luz na área, impedindo, assim,
nativas ou exóticas, como dendê, eucalipto, intensa proliferação de gramíneas invasoras.
paricá e outros, em situações que deveriam estar Dessa forma, é muito importante que se evite
ocupadas por florestas naturais (APP), mas esses prejudicar os indivíduos nativos regenerantes
plantios apresentam sub-bosque com muitas no local.
espécies nativas como resultado da expressão da Em locais de difícil acesso onde a retirada de
regeneração natural, a recuperação dessa área baixo impacto é mais difícil ou em situações onde
pode ser feita através da exploração gradual a qualidade desses plantios não está adequada,
dessa espécie plantada, usando técnicas de comprometendo o retorno econômico, pode-
impacto reduzido de forma a prejudicar o menos se promover a a morte em pé gradual desses
possível a regeneração natural já existente no indivíduos plantados (p.ex. 20% ao ano)
sub bosque. evitando assim danificar a regeneração natural
O processo pode ser realizado ao longo de 9 anos, e evitando gastos com a retirada que poderá não
evitando-se promover grande abertura de dossel trazer retorno econômico.

32
OUTUBRO DE 2014

4.1.4 Plantio de Mudas em Área Total (Plantio Total) - Situações que não
apresentam Regeneração Natural
No plantio total são realizadas combinações muito ao grupo referido em alguns projetos
das espécies com características de crescimento como grupo das não-pioneiras (NP), comumente
diferentes em grupos de plantio, visando à usado em projetos de restauração mais antigos,
implantação das espécies dos estádios finais no entanto, nesse grupo de diversidade entram
de sucessão (secundárias tardias e clímax) também as espécies pioneiras que não cumprem
conjuntamente com espécies dos estádios iniciais a função de recobrimento, mas que cumprem
de sucessão (pioneiras e secundárias iniciais). outra função na restauração, como atração
Essa prática compõe unidades sucessionais da fauna e espécies de outras formas de vida
que resultam em uma gradual substituição de que não apenas arbóreas, como herbáceas,
espécies dos diferentes grupos ecológicos no arbustivas, epífitas e lianas do interior da
tempo, caracterizando o processo de sucessão. floresta. A propagação dessas espécies deve ser
Para combinação das espécies de diferentes incentivada e acompanhada pelos geradores
comportamentos (pioneiras, secundárias e/ou locais de conhecimento nos viveiros particulares
climácicas) ou de diferentes grupos ecológicos, da região, incentivando assim esse elo local da
é recomendado o uso de linhas de plantio cadeia da restauração.
alternando os dois grupos de espécies funcionais Resumidamente, as espécies do grupo de
chamados de: Grupo de Recobrimento e Grupo recobrimento, de crescimento mais rápido e boa
de Diversidade. A lista de espécies recomendadas cobertura, formam uma capoeira num curto
encontra-se no Anexo 1. espaço de tempo, sob a qual as espécies do grupo
O Grupo de Recobrimento é constituído por de diversidade crescerão e serão tutoradas pelas
espécies que possuem rápido crescimento e boa primeiras, até atingirem a condição dominante
cobertura de copa, proporcionando o rápido na floresta.
fechamento da área plantada. Com o rápido Com esses dois grupos de plantas estabelecidos,
recobrimento da área, as espécies desse grupo a distribuição destas dentro das linhas de
criam um ambiente favorável ao desenvolvimento plantio é sempre uma alternância de uma muda
dos indivíduos do grupo de diversidade (descrito de recobrimento e uma muda de diversidade
a seguir) e desfavorecem o desenvolvimento (Figura 39). Como prática de plantio, pode-se
de espécies competidoras como gramíneas e iniciar o plantio apenas com as mudas de um
lianas agressivas, através do sombreamento grupo, plantando em um berço e pulando o
da área em processo de recomposição. O fato outro. Terminado o plantio do primeiro grupo
de pertencer a um grupo funcional inicial na (diversidade ou recobrimento), inicia-se o
sucessão não implica em dizer que a espécie se plantio das mudas do outro grupo, preenchendo
encaixa no grupo de recobrimento. Para uma os berços que ficaram sem plantas. Sempre que
espécie pertencer a esse grupo ela deve ter como a operação for possível, recomenda-se o plantio
características, além do rápido crescimento, em sistema de cultivo mínimo, ou seja, em
a capacidade de formar copa densa e ampla, linha, o que facilita o controle de competidores
sendo assim uma eficiente sombreadora do solo. e minimiza os riscos de processos erosivos e os
Outra característica desejável para as espécies custos de implantação.
do grupo de recobrimento é que elas possuam Esses plantios geralmente apresentam
florescimento e produção precoce de sementes. espaçamento de 3,0 m entre linhas e 2,0 m entre
No Grupo de Diversidade incluem-se as espécies plantas. A implantação dos mesmos obedece ao
que não possuem rápido crescimento e/ou boa padrão de florestas conservadas, aumentando as
cobertura de copa, mas são fundamentais para chances de sustentabilidade do reflorestamento
garantir a perpetuação da área plantada, já que por processos de interação biótica. Plantios
é esse grupo que vai gradualmente substituir o realizados com esse espaçamento geram uma
grupo de recobrimento quando este entrar em densidade de cerca de 1.666 ind./ha.
senescência (morte), ocupando definitivamente
a área. O grupo de diversidade se assemelha

33
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Figura 39 - Desenho esquemático de distribuição alternada de indivíduos do grupo de recobrimento


com indivíduos do grupo de diversidade nas linhas de plantio.

4.1.5 Plantio Escalonado de Sementes ou Mudas em Área Total


Como já dito anteriormente, nas situações que (Semeadura Direta de Recobrimento). Essa
deverão ser recuperadas (APP e RL), mas que semeadura direta pode ser manual, usando uma
não apresentam resiliência local (sem potencial matraca ou mesmo a mão, ou mecanizada, usando
de auto recuperação), onde a RN não permitirá uma plantadeira de grãos ou uma calcareadeira.
a reocupação natural da área no prazo desejado, A vantagem da semeadura direta é que seu custo
a ocupação inicial dessa área deverá ser feita de implantação é significativamente menor
com plantio de espécies nativas, com o objetivo que o plantio de mudas. A desvantagem é que
de ocupação inicial da área e a produção de devemos jogar grande quantidade de sementes
uma primeira estrutura florestal. Dessa forma dessas espécies, que podem ter dificuldade de
esse plantio deve ser com espécies nativas de germinação no campo por vários fatores, como
recobrimento, já detalhadas acima. As espécies profundidade de plantio (devendo ser o mais
de recobrimento são geralmente plantadas com raso possível, mas não exposta), dormência da
mudas no espaçamento 3 x 3m (Figura 41). No semente, que é um processo natural típico desse
entanto, em vez do plantio de mudas de espécies grupo, dificultando a germinação homogênia,
nativas de recobrimento, uma metodologia falta de chuva, predação da semente no campo,
que tem sido mais recomendada é o plantio de processos de colheita e beneficiamento da
sementes de espécies nativas de recobrimento semente, etc. (Figura 40 a seguir).

34
OUTUBRO DE 2014

Figura 40 - Metodologias de semeadura direta de espécies nativas e adubação verde, usando maquinário
agrícola (plantadeiras de grãos e adubadeira).

Se essas áreas também não apresentarem de “mix”, ou seja, contendo as espécies muito
resiliência de paisagem, ou seja, não sofrerem bem misturadas dentro de cada grupo.
enriquecimento natural, por estarem distantes No entento, o enriquecimento da área poderá
de florestas bem conservadas, como já explanado ser feito ainda com espécies nativas de interesse
acima, será necessário ser feito o enriquecimento econômico, como já comentado anteriormente,
articificial com espécies nativas, no 2 ou 3 anos nas APPs de propriedade familiares e na RL
após o plantio de recobrimento, quando a de todas as propriedades rurais do município,
estrutura florestal já estiver constituída (Figura conforme permitido na legislação e até na
43). No entanto, é importante que o número de combianção de espécies nativas e exóticas para
mudas em cada um dos grupos de plantio deva ser exploração econômica, também nas APPs de
o mais igualmente distribuído entre as espécies, propriedade familiares e na RL de todas as
a fim de evitar o plantio desequilibrado entre as propriedades rurais, desde que as exóticas não
espécies. Além disso, esse processo deve ser feito ultrapassem 50% dos indivíduos de nativas
de maneira que as mudas de mesma espécie não e estejam consorciadas (intercaladas) com as
sejam plantadas lado a lado ou muito próximas nativas no espaço, conforme permitido na
umas das outras, nem muito distantes a ponto legislação.
de proporcionar o seu isolamento reprodutivo.
O ideal é que elas já saiam do viveiro na forma A metodologia de semeadura ou plantio de
mudas de Recobrimento pode estar integrada ao
35
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

plantio de espécies de adubo verde, o qual deve Essa adubação verde pode ser substituída por
acontecer nas entrelinhas do Recobrimento por capina mecânica ou química ou ser retirada nos
meio de semeadura direta (Figura 41 e Figura casos de baixa infestação de gramíneas, mas a
42). O adubo verde tem como principal função substituição por essas operações irá representar
controlar a infestação de gramíneas agressivas um custo maior, pois terão que ser realizadas
durante os primeiros anos após a implantação pelo menos quatro vezes por ano nos primeiros
do projeto, função essa substituída pelas espécies 2 anos.
do Recobrimento nos anos posteriores. Desse A Figura 42 exemplifica o consórcio de semeadura
modo, o adubo verde irá tutorar as espécies de adubo verde com o plantio de mudas de
de Recobrimento, promovendo o rápido e espécies de recobrimento, em espaçamento de 3,0
efetivo sombreamento da área de plantio logo x 3,0 m, com o objetivo de rápido recobrimento
no primeiro ano, o que irá reduzir os custos da área, diminuindo o crescimento de espécies
com a manutenção de gramíneas invasoras. de gramíneas invasoras.

Figura 41 - Implantação do Grupo de Recobrimento e Adubo Verde através de semeadura. Grupo de


recobrimento com espaçamento 3,0 x 3,0 m e semeadura de adubo verde nas estrelinhas a 1 metro de
distância das espécies do recobrimento.

Figura 42 - Implantação do Grupo


de Recobrimento e Adubo Verde.
Plantio de restauração no tem-
po zero, grupo de recobrimen-
to em espaçamento 3,0 x 3,0 m e
semeadura de adubo verde nas
estrelinhas a 1 metro de distân-
cia das espécies do recobrimento.
Desenvolvimento e crescimento
do adubo verde após 6 a 12 meses
da implantação, realizando a
função de recobrir rapidamente a
área de restauração.
36
OUTUBRO DE 2014

Metodologia de Implantação
A metodologia de plantio escalonado deve que as espécies de recobrimento sejam plantadas
seguir as orientações abaixo: quando a adubação verde estiver com cerca de
50 cm de altura.

• 1º ano (implantação): Inicia-se com o A maior parte das espécies escolhidas de adubo
plantio de mudas ou semeadura do grupo de verde tem o ciclo de vida curto e entre o primeiro
recobrimento em espaçamento 3,0 x 3,0 m, e quarto ano já apresentam senescência (morte)
somando 1.111 indivíduos por hectare (Erro! cedendo espaço às espécies de recobrimento que
Fonte de referência não encontrada.). Este irão sombrear a área (Figura 43).
espaçamento possibilita um maior e mais rápido • Início do 2º ou 3º ano pós-plantio do
sombreamento do solo e diminui os gastos com grupo de recobrimento e adubo verde: Plantio
manutenção, como o controle de competidores. do grupo de diversidade em espaçamento 6,0 x
Recomenda-se realizar primeiro a semeadura 3,0 m, nas entrelinhas do grupo de recobrimento,
de adubo verde nas entrelinhas do grupo somando 555 indivíduos por hectare (Figura
de recobrimento, o adubo verde deve ser 44). Assim, as espécies de diversidade terão um
introduzido em duas linhas a um metro de ambiente favorável com maior sombreamento,
distância das espécies de recobrimento (Erro! temperaturas mais baixas e pouca exposição à
Fonte de referência não encontrada.). O ideal é insolação e ventos;

Figura 43 - Área de plantio no tempo 18 a 30 Figura 44 - Plantio de restauração com o Grupo


meses após a implantação: a área apresenta o de Diversidade no tempo 24 a 30 meses após a
crescimento das espécies de recobrimento e a implantação, em espaçamento de 6,0 x 3,0 m.
senescência do adubo verde.

Seguindo essas duas etapas o total de indivíduos dessa iniciativa e a redução dos custos de
plantados por hectare somará 1.666. manutenção. Em função disso, é necessário que
Para que uma metodologia de restauração a realização do plantio do grupo de diversidade
florestal seja adequada, é necessário garantir seja feita no segundo ou terceiro ano. A
a estruturação da floresta no menor tempo dispensa desse enriquecimento das espécies de
possível e a substituição gradual das espécies diversidade no segundo ano só será possível
de recobrimento por espécies dos estágios mais se o monitoramento da área em processo de
avançados de sucessão, promovendo assim a restauração apontar claramente a ocorrência de
restauração ecológica e a perpetuação da floresta enriquecimento natural através da dispersão de
ao longo do tempo. Por isso a necessidade da espécies que se encontram nas florestas mais
restauração ser feita com elevada diversidade de conservadas no entorno.
espécies nativas regionais, garantindo o sucesso
37
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

4.1.6 Plantio de Adensamento


Esse método é recomendado para áreas em “de recobrimento”, ou seja, espécies nativas
processo de restauração que foi usada a regionais que apresentam rápido crescimento
expressão da Regeneração Natural (RN) como e ampla cobertura de copa. Assim, é feita uma
método de recuperação, mas nas situações onde cobertura da área, a fim de protegê-la da invasão
a regeneração natural não foi suficiente para por espécies exóticas, como gramíneas, e de
ocupar regularmente toda a área, deixando processos erosivos e ao mesmo tempo criar a
alguns espaços vazios no meio da área, mesmo condição florestal em toda a área de recupração,
considerando um prazo adequado para essa para que os processos de sucessão ecológica
expressão (3 ou 4 anos de expressão da RN). Essa aconteçam levando a área gradualmente para
irregularidade espacial na reocupação da área uma condição de floresta madura.
é uma característica comum da Regeneração As espécies de recobrimento mais adequadas
Natural, mas que muitas vezes se ameniza com estão indicadas no Anexo 1, onde estão
o passar do tempo. No entanto, esse tempo pode apresentadas as espécies nativas de ocorrência
ser longo demais e necessitamos de alguma ação regional, sendo um bom exemplo de espécie
para acelerar esse processo, já que legalmente desse grupo derecobrimento a corindiba (Trema
temos um cornograma a ser cumprido. micrantha), que cresce muito rápido e promove
Esse método, chamado de Adensamento, boa cobertura de solo e ainda trai fauna. Os
cujo objetivo é adensar os indivíduos numa espaçamentos usualmente recomendados nesse
situação que já apresenta Regeneração Natural, método são 3,0 x 2,0m ou 2,0 x 2,0m, atingindo
consiste no plantio nesses vazios geográficos 1.666 indivíduos por hectare ou 2.500 ind./ha,
de espécies arbustivas e arbóreas denominadas respectivamente (Figura 45).

4.1.7 Plantio de Enriquecimento artificial


Usando a Regeneração Natural, o Adensamento praticamente estará garantida a sucessão
ou o Plantio de Recobrimento, vamos conseguir florestal e a perpetuação da área.
produzir uma estrutura florestal inicial no local A. Situações que não estão sofrendo
a ser recuperado. No entanto, se o interior dessa enriquecimento natural
estrutura florestal não for gradualmente ocupado
por outras espécies nativas, que futuramente vão No entanto, em alguns casos essas epécies mais
substituir aquelas iniciais na constituição dessa finais da sucessão podem ter dificuldade de
estrutura florestal, essa área voltará a condição chegar à floresta em recuperação ou porque
de degradada. essas florestas mais conservadas, com elevada
diversidade, estão muito distantes, ou porque
Dessa forma, para qualquer recuperação florestal os dispersores são raros ou estão impedidos de
dar certo, a floresta recuperada deve ser manter boa movimentação na paisagem, devido à caça,
indefinidamente na área e para isso ocorrer, as estradas, grandes reservatórios etc e nesses casos
espécies devem ser gradualmente substituídas devemos promover o enriquecimento dessa área
por outras espécies, avançando assim para em recuperação, plantando no interior daquela
condição de floresta madura, o que é chamado estrutura florestal que está se recupendo, outras
de sucessão florestal. A chegada de outras espécies nativas, das fases mais avançadas
espécies nessa floresta em restauração pode da sucessão florestal, o que chamamos de
ocorrer naturalmente (Enriquecimento Natural), Enriquecimento Artificial, espécies essas que vão
através da chegada de sementes pelo vento ou gradualmente substituir as iniciais, garantindo a
por dispersores (aves, morcegos, roedores etc), perpetuação da floresta em restauração.
sementes essas oriundas de outras florestas
da paisagem regional. Ou seja, se na região As vezes essa dificuldade de enriquecimento
temos muitas florestas e essas florestas têm está restrita para alguns grupos de espécies com
muitas espécies nativas que vão ser dispersas maior dificuldade de dispersão natural, ou para
gradualmente para a floresta em recuperação, algumas formas de vida que não as árvores,

38
OUTUBRO DE 2014

que também tem maior restrição para dispersão aproximado de 4x8m, de retorno econômico
e nesses casos o enriquecimento deverá ser menor, mas também de prazo mais curto, como
feito considerando esses grupos vegetacionais cacau, cupuaçu e açaí. Esse enriquecimento com
comprometidos localmente. Apenas um bom espécies nativas para exploração econômica de
monitoramento periódico dessas áreas em áreas já ocupadas com espécies nativas oriundas
recuperação vai permitir responder as demandas da RN ou mesmo de plantio de recobrimento por
desse enriquecimento artificial, destacando de ser chamado de Sistema Florestal de Espécies
novo a importância de capacitação local para Nativas. Para Reserva Legal temos recomendado
esse monitoramento. promover o enriquecimento apenas de 30% da
B. O objetivo de recuperação também, é de RL, o que é uma grande área, reservando os 70%
exploração econômica da área. para os demais serviços ambientais da RL, como
conservação da biodiversidade, do solo, do ciclo
Em outras situações o Enriquecimento Artificial hidrológico etc, já que a RL na Amazônia vai de
pode ser realizado no sentido de introduzir na 50-80% da propriedade.
área indivíduos (com quantidade e distribuição
espacial desejada) de espécies nativas para B.2 Enriquecimento Artificial com espécies
exploração econômica, o que é permitido na nativas e exóticas para exploração econômica
legislação para a propriedade familiar, tanto na (SAF)
APP como na RL, mas também para todas as Para propriedades familiares tanto para APP
propriedades rurais, na condição da RL. Nessa como para RL, como para as demais propriedade,
condição de enriquecimento para exploração o enriquecimento artificial pode ser feito
econômica, temos as seguintes possibilidades na combinado espécies exóticas agronômicas e
legislação ambiental: espécies nativas para exploração econômica,
B.1 Enriquecimento Artificial de remanescentes o que comumente é definido como Sistemas
florestais com espécies nativas para Agroflorestais (SAF). Esse sistema pode ser
aproveitamento econômico (SAF de espécies implantado numa área que não tem vegetação
nativas): nenhuma, manejando a RN ou até plantando
espécies de recobrimento, dentre as quais
Em situações da propriedade rural, ocupadas já podemos ter espécies de aproveitamento
com florestas remanescentes degradadas, mas agronômico, como banana, mandioca, café, etc.,
onde o manejo sustentável é permitido, como é o produzindo gradualmente nessa mistura de
caso da Reserva Legal já explorada de qualquer nativas e exóticas uma formação florestal, que
propriedade rural do município e como é o poderá ser enriquecida com espécies exóticas e
caso das APPs de propriedades familiares, o nativas também de interesse econômico. Para
enriquecimento artificial pode ser feito com a região, devida as características locais de
espécies nativas que vão ser exploradas de elevada resiliência local e de paisagem, sempre
forma sustentável, caracterizadas como de estaremos propondo SAFs de alta diversidade
baixo impacto. A exploração é apenas dos de espécies, mas que algumas dessas espécies
indivíduos que foram plantados. Essas espécies vão estar em maior densidade pois são o carro
podem ter várias aplicações, como frutíferas, chefe do sistema, em função de proporcionarem
medicinais, melíferas, ornamentais, madeireiras maior retorno econômico local, como algumas
etc.. Na Amazônia, o plantio de enriquecimento madeireiras, algumas frutíferas e outros nos
da Reserva Legal tem focado no plantio de mercados que podem ser explorados, como
espécies madeireiras de alto valor agregado, espécies ornamentais. Algumas situações
mas que também tem bom desenvolvimento específicas de algumas propriedades rurais
se devidamente conduzidas e adubadas, como que já podem estar ocupadas com estrutura
freijó, mogno, cedro, e outras, no espaçamento florestal, mesmo que baixa, de espécies exóticas
aproximado de 8x8m, proporcionando assim perenes, como café, manga, citrus ou mesmo o
excelente retorno econômico. No entanto esse eucalipto, essa áreas podem se readequadas para
prazo ainda é longo considerando os custos do a condição de uma SAF, se adequando então
enriquecimento. Por isso esse enriquecimento de para a condição de RL. Para isso, deve haver
madeireiras tem sido feito de forma consorciada a retirada de pelo menos 50% dos indivíduos
com espécies frutíferas nativas, no espaçamento

39
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

exóticos e enriquecimento artificial da área com podem ter várias aplicações, como frutíferas,
espécies nativas de interesse econômico e uma medicinais, melíferas, ornamentais, madeireiras
facilitação da RN, como já explicado acima, qu etc. É muito importante ressaltar que a exploração
juntas (enriquecimento artificial e RN) devem madeireira ou outra nunca poderá levar ao corte
constituir pelo menos 50% dos indivíduos raso da área e deverá, portanto ser feita de forma
conforme exigência da legislação. Essas espécies sustentável.

Figura 45 - Representação esquemática do plantio de adensamento com espécies de recobrimento


(geralmente pioneiras e secundárias iniciais) usando espaçamento 2,0 x 2,0 m e com posterior plantio
de enriquecimento com espécies de diversidade (geralmente espécies tardias e climácicas) usando
espaçamento 5,0 x 5,0 m.

40
OUTUBRO DE 2014

5. MODELOS DE
RESTAURAÇÃO
FLORESTAL DE ÁREAS
DE REGENERAÇÃO
NATURAL VISANDO
O APROVEITAMENTO
ECONÔMICO
Conforme dito anteriormente, a restauração IMPORTANTE: Como as áreas
florestal se faz valer de um conjunto de utilizadas para esses fins já estão
práticas objetivando reconstruir a floresta,
averbadas na matrícula do imóvel, o
incluindo sua composição de espécies,
estrutura e o reestabelecimento de processos custo de oportunidade do uso do solo é
ecológicos responsáveis por sua manutenção zero! Não há a necessidade de aquisição
e sustentabilidade. Para isso, pode fazer uso de novas áreas para a implantação dessa
das potencialidades locais, como por exemplo, atividade econômica. Logo o retorno
por meio da condução da regeneração natural financeiro sobre o investimento é maior.
que incorporam mudas jovens pré-existentes
no ambiente à floresta em restauração; pelo Os modelos de restauração florestal que visam o
uso dos plantios que enriquecem ou adensam aproveitamento econômico de produtos florestais
áreas previamente ocupadas com vegetação; ou também aproveitam espaços antes improdutivos
finalmente, pelo plantio de mudas distribuídas dentro da propriedade rural, como as áreas
por toda a área a ser restaurada – plantio total. agrícolas de baixa aptidão agrícola e de reserva
legal. É importante salientar que os plantios para
O que mostraremos a seguir faz referência ao aproveitamento econômico da reserva legal só é
aproveitamento econômico de produtos florestais viável naquelas florestas secundárias de dossel
(madeiras, frutas e sementes) originados do contínuo (floresta fechada) ou descontínuo
processo de restauração florestal. Quando (florestas abertas). Nas florestas primárias, ou
utilizada para esse fim a restauração florestal seja, aquelas que nunca sofreram exploração
exerce as importantes funções de promover a madeireira ou perturbações recentes (fogo),
diversificação das atividades econômicas da esses plantios não são recomendados dados o
propriedade e o provimento de renda extra ao alto nível de sombreamento e necessidade de
proprietário. intervenções severas para o desenvolvimento
do plantio.

41
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

5.1 Modelos para aproveitamento econômico das áreas agrícolas de


baixa aptidão agrícola
As áreas agrícolas de baixa aptidão agrícola são essas áreas se configuram como as “grotas
aquelas geralmente muito declivosas, em que o secas” cuja presença de regeneração natural
gado não utiliza ou utiliza com baixa frequência, em abundância já é reflexo do baixo uso ou
ou ainda, são localidades onde a mecanização manutenção (Figura 46).
para as práticas agrícolas é inviável. Geralmente,

Figura 46 - Área de baixa aptidão agrícola (grota Figura 47 - Área de baixa aptidão agrícola
seca) ocupada pela regeneração natural. Fazenda decorrente da declividade (encosta de morro)
Juparanã, Paragominas, PA. com baixa frequência de uso pelo gado ou
impossibilidade de mecanização. Ipixuna do
Pará.

IMPORTANTE: Nas propriedades o plantio puro de paricá (Schizolobium


rurais com déficit de reserva legal a amazonicum), em espaçamento 3 x 3 m. A
primeira colheita será realizada aos 6 anos após o
restauração florestal nessas áreas pode
plantio, retirando metade dos indivíduos da área
ser utilizada para a complementação (desbaste), e a segunda colheita será realizada
da cota de reserva legal excluindo ou aos 12 anos. Serão utilizadas 1.111 mudas por ha
diminuindo a necessidade de compra de dessa espécie.
áreas externas à propriedade para esse - Plantio puro de mogno-africano: Poderá
fim. realizado o plantio puro de mogno-africano
As áreas ilustradas acima são fruto da falta (Khaya ivorensis), em espaçamento 5 x 5 m. A
de planejamento na fase de abertura para a primeira colheita será realizada aos 10 anos
implantação das atividades agrícolas. Um após o plantio, retirando metade dos indivíduos
planejamento mínimo seria suficiente para da área (desbaste), e a segunda colheita será
preservar essas áreas florestadas para compor a realizada aos 20 anos. Serão utilizadas 400
reserva legal nessas propriedades. No entanto, mudas por ha dessa espécie.
a baixa aptidão agrícola dessas áreas expõe - Plantio puro de eucalipto: Poderá realizado o
a possibilidade de alteração do uso do solo, plantio puro de eucalipto (Eucalyptus spp), em
convertendo-as em áreas produtivas por meio espaçamento 3 x 2 m. A primeira colheita será
do plantio de espécies de interesse econômico. realizada aos 6 anos após o plantio, retirando
De acordo com a EMBRAPA Amazônia metade dos indivíduos da área (desbaste), e a
Oriental (Brienza et al., 2008) nessas áreas segunda colheita será realizada aos 12 anos, ou
poderão ser testados os seguintes modelos para ainda, deixando 200 árvores/ha para colheita
aproveitamento econômico: dos 13 aos 20 anos. Serão utilizadas 1.666 mudas
- Plantio puro de paricá: Poderá realizado por ha dessa espécie.

42
OUTUBRO DE 2014

- Modelo energético-madeireiro: Consiste de sementes, intercaladas com faixas de paricá,


um modelo de reflorestamento desenvolvido andiroba e castanha (18 m de largura, 4 x 4 m)
na EMBRAPA Amazônia Oriental (Brienza et al. (Figura 48). A exploração desse modelo consiste
2008), baseado no plantio misto de paricá, para na colheita a cada seis anos de taxi-branco, em
fins madeireiros, com taxi-branco (Sclerolobium um desbaste de metade dos paricás aos 6 anos,
paniculatum), para fins energéticos. O na colheita dos indivíduos remanescentes de
reflorestamento será composto de faixas de taxi- paricá aos 12 anos, e na colheita continuada
branco de 12 m de largura (6 indivíduos em de castanha e andiroba. Aos 30 anos, pode-se
espaçamento 2 x 2 m) intercaladas por faixas optar em cortar os indivíduos de castanha e
de paricá de 12 m de largura (4 indivíduos andiroba para aproveitamento madeireiro, ou
em espaçamento 3 x 3 m). Aos seis anos, será então mantê-los indefinidamente no sistema
realizada a colheita de todos os indivíduos de para produção de castanhas (Figura 49). Já foi
taxi-branco, seguida do replantio da espécie, demonstrado que esse modelo apresenta grande
e colheita de metade dos indivíduos de paricá potencial de retorno econômico ao produtor
(desbaste). Aos 12 anos, será realizada a rural, podendo gerar um retorno bruto total de
segunda colheita de taxi-branco, e a colheita dos R$ 67.480,00/ha ao final de um ciclo de 30 anos
indivíduos remanescentes de paricá. (R$2.250,00/ha/ano) (Tabela 1 e Tabela 2).
- Modelo madeireiro misto: Consiste de - Modelo florestal de uso múltiplo 2: Consiste
um reflorestamento composto por espécies de uma modificação do modelo anterior, na qual
madeireiras de bom crescimento em áreas retiram-se as faixas de plantio e exploração de
abertas, representadas pelas espécies indicadas taxi-branco e mantêm-se apenas as faixas de
para o enriquecimento de matas residuais plantios intercalados de paricá com castanha-
abertas. Serão plantadas faixas de 100 m de do-Brasil, e de paricá com andiroba, seguindo
comprimento quatro linhas de plantio por o mesmo procedimento de plantio e exploração
espécie, em espaçamento 3 x 3 m. Os ciclos de descrito anteriormente.
colheita serão definidos de forma particularizada Nos modelos mistos é possível também a
para cada espécie, a partir da velocidade de exploração de frutíferas em condição ambiental
maturação comercial das mesmas. Em todos os semi-sombreada pelas demais árvores, como é o
casos serão realizados desbastes futuros de 50% caso do cacau, cupuaçu e do açaí, sendo a última
ou mais dos indivíduos da faixa, em períodos espécie de variedade de sequeiro, já que as áreas
particulares para cada espécie. de RL possuem solo seco.
- Modelo florestal de uso múltiplo 1: Consiste Na medida em que a regeneração natural avança
de um modelo de reflorestamento adaptado a e se forma uma floresta secundária, podem-
partir de um modelo desenvolvido na EMBRAPA se abandonar os sistemas de recomposição e
Amazônia Oriental (Brienza et al. 2008), no utilizar modelos de enriquecimento de capoeiras,
qual é utilizado o paricá, para fins madeireiros, conforme apresentado no item a seguir.
e a castanha e a andiroba, para produção de

Figura 48 - Parcela utilizada para a


implantação do modelo florestal de uso
múltiplo (Brienza et al. 2008).

43
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Figura 49 - Linha temporal do sistema de produção florestal baseados em espécies de madeira e fruta
(castanha) do modelo florestal de uso múltiplo (Brienza et al. 2008).

44
OUTUBRO DE 2014

Tabela 1 - Produção de e receita esperada pela produção de castanha-do-


pará e andiroba no modelo florestal de uso múltiplo (Brienza et al. 2008 -
modificado).

Ano Nº. de Árvores Castanha do Pará Andiroba Total Acumulado


Sementes/árvore (Kg) Valor (R$) Sementes/árvore Valor (R$)
39 (Litros) (R$)
1 39
2 39
3 39
4 39
5 39
6 39 5 48,75 48,75
7 39 4 70,20 5 48,75 48,75
8 39 4 70,20 5 48,75 118,95
9 39 5 85,75 5 48,75 118,95
10 39 5 85,75 10 97,50 183,25
11 39 10 175,50 10 97,50 183,25
12 39 10 175,50 10 97,50 273,00
13 39 25 438,75 10 97,50 273,00
14 39 25 438,75 10 97,50 536,25
15 39 25 438,75 25 243,75 682,5
16 39 25 438,75 25 243,75 682,5
17 39 25 438,75 25 243,75 682,5
18 39 25 438,75 25 243,75 682,5
19 39 25 438,75 25 243,75 682,5
20 39 25 438,75 50 487,50 926,25
21 39 25 438,75 50 487,50 926,25
22 39 25 438,75 50 487,50 926,25
23 39 25 438,75 50 487,50 926,25
24 39 25 438,75 50 487,50 926,25
25 39 25 438,75 50 487,50 926,25
26 39 25 438,75 50 487,50 926,25
27 39 25 438,75 50 487,50 926,25
28 39 25 438,75 50 487,50 926,25
29 39 25 438,75 50 487,50 926,25
30 8.125,65 50 487,50 926,25
TOTAL 7.263,75 15.389,40

45
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Tabela 2 - Produção de e receita esperada pela produção de madeira no


modelo florestal de uso múltiplo (Brienza et al. 2008 - modificado).

Ano Taxi Branco Paricá Castanha do Pará Valor/ha Andiroba Total


Árvores Volume Valor Valor/ha Árvores Volume Valor Valor/ha Árvores Volume Valor (R$) Árvores Volume Valor Valor/ha (R$)
Cortadas Colhido (m3) m3 (R$) (R$) Cortadas Colhido (m3) m3 (R$) (R$) Cortadas Colhido (m3) m3 (R$) Cortadas Colhido (m3) m3 (R$) (R$)
6 1400 117 40 4.664 124 43 75 3.248 7.912
12 1200 100 40 3.996 48 19 75 1.448 5.444
18 1200 100 40 3.996 3.996
24 1200 100 40 3.996 15.852 3.996
30 1200 100 40 3.996 39 65 245 15.852 39 28 100 2.770 22.618
Total 6.200 516 20.648 172 63 4.695 39 65 39 28 2.770 43.965

5.2 Modelo de Plantios de Enriquecimento Visando o Aproveitamento


Econômico da Reserva Legal
A Reserva Legal é culturalmente vista pelos Esse enriquecimenro deve ser efetuado em
proprietários rurais como um entrave a abertura uma área de até 30% do total da RL, sendo
de novas áreas para a expansão de atividades o restante (70%) destinado exclusivamente à
econômicas. Esta visão equivocada sobre a conservação da biodiversidade. Esta proposta
reserva legal conduz muitas vezes o proprietário se baseia na possibilidade de “uso econômico
rural a negligenciar medidas que protejam essas de modo sustentável dos recursos naturais do
florestas dos fatores de degradação como a caça imóvel rural” conforme também previsto na
predatória, a extração de madeira, o combate legislação transcrita acima. Nos moldes como
efetivo de incêndios entre outros. Sendo assim, essa proposta foi concebida, com a realização de
a floresta fica desprotegida e suas funções plantios de espécies madeireiras e /ou frutíferas
previstas em lei não se mantêm por meio de para exploração econômica no futuro, a reserva
mecanismos naturais. Para melhor entender os legal passa a representar uma “caderneta de
problemas exposto acima, vamos rever qual a poupança” para o proprietário rural, quem desse
definição de reserva legal segundo a Lei 12.727 ponto em diante, passará a zelar de forma mais
de 17 de outubro de 2012: intensa para a conservação da floresta contra
Área localizada no interior de uma propriedade aqueles fatores de degradação mencionados
ou posse rural, delimitada nos termos do art. anteriormente – afinal de contas existe um
12, com a função de assegurar o uso econômico investimento financeiro imobilizado no interior
de modo sustentável dos recursos naturais da floresta! Dessa forma, as funções previstas na
do imóvel rural, auxiliar a conservação e a legislação para a reserva legal são garantidas na
reabilitação dos processos ecológicos e promover íntegra.
a conservação da biodiversidade, bem como o Com essa perspectiva, os plantios de
abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora enriquecimento visando o aproveitamento
nativa. econômico da reserva legal se constituem como
Revendo sua definição, fica claro que a reserva um mecanismo integrador entre as atividades
legal é uma porção de floresta dentro da econômicas da propriedade rural, a legislação
propriedade rural com a função de conservar ambiental e os benefícios ambientais relacionados
a biodiversidade (fauna e flora) e processos à conservação da floresta. Do ponto de vista
ecológicos, mas que sua conservação é muito econômico, esses plantios aumentarão a renda
prejudicada devido ao descaso, por parte do da propriedade com a inclusão de uma nova
proprietário rural, na conservação efetiva da atividade econômica. Considerando o aspecto
floresta. da legislação, essa atividade, realizada de modo
correto (com o licenciamento ambiental prévio e
Para interromper este processo propomos o corte somente das árvores plantadas) protegerá
os plantios de enriquecimento visando o o proprietário rural contra multas e sanções
aproveitamento econômico da reserva legal. penais (embargo da atividade agropecuária). Já
46
OUTUBRO DE 2014

sob o ponto de vista ambiental, esses plantios de valor à produção agrícola na propriedade
garantirão a conservação da flora e fauna por meio de um possível “selo verde”, o que
regionais por meio da proteção das florestas. representa uma vantagem comercial em
Há ainda de se levar em consideração, que a relação às outras propriedades não adequadas e
adequação agrícola e ambiental como um todo produtos que não possuem esta vantagem.
da propriedade rural, possibilitará a agregação

47
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

6. AVALIAÇÃO E
MONITORAMENTO DAS
ÁREAS EM PROCESSO
DE RESTAURAÇÃO
FLORESTAL
6.1 Metodologia de avaliação e monitoramento dos PRADAs pelo
proprietário rural
O proprietário de uma área rural com passivo corretivas foram efetivas e se o processo de
ambiental, que se enquadra dentro do Programa restauração ecológica se encontra na trajetória
de Regularização Ambiental (PRA) e estabelece adequada, dispensando futuras manutenções.
Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas Para Reserva Legal (RL), após o abandono da
ou Alteradas (PRADA) deve fazer um área por três anos, com isolamento de fatores de
monitoramento periódico das áreas que pretende degradação, também deve ser feita uma avaliação
recuperar. Isso para verificar se elas estão dentro dela, no início do 4° ano após adesão ao PRADA,
da trajetória desejada de restauração, ou se com reclassificação das situações ambientais a
devem ser tomadas medidas de correção para partir de sua descrição. No 7° ano após o início
que a restauração se concretize e a área possa ser do PRADA, deve ser realizado monitoramento,
regularizada. no qual no mínimo, 30% da área total da RL
Para Áreas de Preservação Permanente (APP), deve estar sob processo de restauração. No 13°
após o abandono da área por três anos, com ano, deve ser realizado outro monitoramento,
isolamento de fatores de degradação, deve ser no qual pelo menos 60% da RL deve estar em
feita uma avaliação dela. A partir disso, no início processo de restauração. No 19° ano, novo
do 4° ano após a adesão ao PRADA, ela deve monitoramento deve ser feito, devendo detectar
ser reclassificada de acordo com as situações que, no mínimo, 90% da área da RL deve estar
ambientais. O primeiro monitoramento realizado em processo de restauração. No 20° ano após a
pelo proprietário se dará no 7° ano após o início do adesão ao PRADA, deve ser realizado o último
PRADA. Nele, devem ser detectadas, se houver, monitoramento, atestando que toda a RL está
irregularidades no processo de restauração. sob restauração.
A partir disso, devem ser tomadas medidas A Tabela 3 mostra o resumo das datas de
corretivas, se necessário. No 9° ano após o início monitoramento a ser realizado pelo proprietário,
do PRADA, o proprietário deve realizar novo tanto em APP quanto em RL.
monitoramento, a fim de verificar se medidas
Tabela 3 - Resumo das datas de monitoramentos a serem realizados pelo proprietário, a partir da adesão
ao PRADA.

48
OUTUBRO DE 2014

Reclassificação de situações ambientais Monitoramento


APP Início do 4° ano 7° e 9° anos
RL Início do 4° ano 7°, 13°, 19° e 20° anos

Os seguintes itens devem ser contemplados pelos monitoramentos (de 7° e 9° anos em APP e de 7°,
13°, 19° e 20° anos em RL):

6.1.1 Relatório fotográfico


Inclui fotografias georreferenciadas ou Podemos ver, como exemplo, série temporal
mostrando uma referência fixa e precisa na de fotografias mostrando uma área em visível
paisagem, como morro, curso d’água etc.. Devem processo de recuperação e um morro usado
ser feitas sempre na mesma posição e ângulo. como referência (Figura 50).

6.1.2 Avaliação simplificada no campo.


É uma avaliação realizada nas áreas em (d) (Figura 51 e Figura 52). Com a soma de todos
restauração, feita pelo proprietário. Nela devem os trechos de copas projetadas na trena, calcula-
ser observados os itens: se a porcentagem em relação ao comprimento
Sinais de perturbações: Devem ser observados total (25 m). O processo deve ser feito em cinco
sinais de perturbações que estão impedindo o pontos diferentes, distribuídos aleatoriamente
desenvolvimento normal da vegetação nativa na área em restauração, obtendo-se a média
na área, como fogo, gado, herbívoros (formigas, entre eles.
lagartas), processos erosivos (superficiais, Número de morfoespécies: Refere-se ao número
voçorocas), etc.. Deve ser registrada a de espécies arbustivo-arbóreas identificadas por
porcentagem da área a ser recuperada acometida nome científico, nome popular, ou que podem
por essas perturbações. ser claramente distinguidas umas das outras por
Estrutura da cobertura de copa: A cobertura meio de aspectos morfológicos.
exercida pelo conjunto das copas das árvores e Presença de espécies exóticas invasoras: Observar
arbustos no terreno deve ser estimada. Isso pode se há espécies exóticas invasoras. Para isso, deve
ser feito em cada ponto de estimativa estendendo- ser consultado manual de reconhecimento e
se no solo uma trena de 25 m e anotando nela controle as espécies exóticas invasoras da SEMA-
os comprimentos das projeções de copas das PA.
espécies arbustivas e arbóreas nativas regionais

Figura 50 - Par de fotografias mostrando área em processo de restauração e um morro ao fundo, como
ponto de referência.
49
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Figura 51 - Ilustração e fórmula para cálculo de cobertura arbustivo-arbórea de espécies nativas.

Figura 52 - Exemplo de medição da copa de indivíduo projetada na trena.

6.1.3 Elaboração de relatório de monitoramento periódico


Baseia-se no preenchimento de planilhas e • Monitoramento (ano): Ano em que se está
inserção das fotografias no Sistema PRA (item fazendo o monitoramento em relação à data de
3). A planilha a ser preenchida leva em conta os início do PRADA (exemplo: 7° ano).
dados obtidos na avaliação proposta pelo item • Fotos (com coordenadas ou referência):
1.2 e está mostrada adiante (Tabela 4). São dados Fotografias tiradas acompanhando, ao longo
a serem adicionados à tabela: do tempo, a área que está sendo restaurada.
• Fazenda e matrícula: Nome e número de Devem ser tiradas na mesma posição, sob o
matrícula da fazenda. mesmo ângulo e devem ser georreferenciadas
• Proprietário: Nome do proprietário. ou apresentarem ponto de referência fixo na
paisagem e distinto.
• Coordenadas ou referência da área a ser
restaurada: Coordenadas da área a ser restaurada • Área a ser restaurada (ha): Extensão em
ou ponto de referência fixo na paisagem e preciso, hectares da área a ser restaurada.
para sua localização. • Área (%): Porcentagem da área a ser restaurada
• APP ou RL: Se área que está sendo monitorada em relação à área total da propriedade.
constitui Área de Preservação Permanente ou • Situação restaurada: Situação ambiental
Reserva Legal. original da área que está sendo restaurada.
50
OUTUBRO DE 2014

Tabela 4 - Tabela a ser preenchida pelo proprietário no monitoramento da área a ser recuperada,
segundo o PRA
Sugestão de adequação
Valor Encontrado Avaliação automática (quando indicador apresentar Periodicidade do
Grupo Indicador Nível de Adequação pelo proprietário (Sistema PRA) nível 3 - não aceitável) monitoramento

Preenchido pelo
1. Bom 2. Aceitável 3. Não aceitável proprietário (exemplo)
Não se observam sinais de São observados sinais de
São observados sinais de Isolamento de perturbações -
perturbação OU, quando perturbação que
Com perturbação Consultar manual de APP: 7° e 9° anos
existem, não comprometem comprometem entre 5 e perturbação em mais de
Proteção de perturbações 30% da área 3 restauração da SEMA RL: 7°, 13°, 19° e 20° anos
mais que 5% da área 30% da área
-
Estrutura: Cobertura de copas na APP: 7° e 9° anos
Acima de 50% Entre 30 e 50% Abaixo de 30% 2
primeira e segunda avaliação 35%
RL: 7°, 13°, 19° e 20° anos

Enriquecimento - Consultar APP: 7° e 9° anos


Número de morfoespécies Acima de 50 Entre 20 e 50 Abaixo de 20 15 3 manual de restauração da
RL: 7°, 13°, 19° e 20° anos
SEMA
Estrutura: Cobertura de copas na APP: 7° e 9° anos
Acima de 80% Entre 50 e 80% Abaixo de 50% 82% 1
terceira ou mais avaliações - RL: 7°, 13°, 19° e 20° anos
Controle de espécies lenhosas
- APP: 7° e 9° anos
Presença de espécies lenhosas exóticas invasoras – Consultar
ausência Presença Presença 3
exóticas invasoras manual de reconhecimento e RL: 7°, 13°, 19° e 20° anos
controle as espécies invasoras
da SEMA

6.2 Metodologia de avaliação e monitoramento dos PRADAs pela


SEMA-PA
O monitoramento realizado pela SEMA-PA base no confronto dos indicadores medidos no
tem como finalidade verificar se proprietários monitoramento com as metas estipuladas e o
estão cumprindo seus objetivos de recuperação objetivo geral do projeto.
ambiental firmados no Termo de Compromisso O ideal é que indicadores analisados sejam
Ambiental (TCA) e no PRADA. comparados a valores de referência, obtidos
Contudo, não cabe à SEMA-PA fazer a partir de florestas maduras e de áreas em
recomendações de ações corretivas ao restauração consideradas bem sucedidas. Esses
proprietário, caso a restauração ecológica valores de referência, contudo, só podem ser
promovida não esteja tomando caminhos consolidados a partir da aplicação e repetição
desejáveis. Ela só deve notificar o proprietário de da metodologia de monitoramento. Logo,
que ele deve fazer correções para se regularizar, sugerimos aqui alguns valores de referência.
mas não sugerir quais ações deverão ser feitas. Eles, contudo, deverão ser aprimorados ao longo
No monitoramento, alguns indicadores do do tempo, a partir da aplicação do protocolo de
processo de restauração devem ser analisados. monitoramento a um número crescente de áreas.
Eles são responsáveis por mostrar que caminhos Duas devem ser as formas de monitoramento
esse processo está tomando. Assim, deve ser pela SEMA-PA, a saber:
feito julgamento do sucesso do projeto com

6.2.1 Monitoramento periódico da Paisagem


O monitoramento realizado pela SEMA-PA monitoradas a qualquer momento e sempre que
Monitoramento periódico da paisagem, feito proprietário incluir relatório de monitoramento
por meio de imagens de alta resolução (mínimo no Sistema PRA (prazo máximo de restauração
de 2,5 m/pixel) e sempre atualizadas, em de 9 anos para APP e 20 anos para Reserva Legal).
diferentes tempos ao longo do cumprimento Desse modo, os dados que o proprietário incluiu
do PRA (Figura 53). Sua finalidade é verificar se em seu relatório de monitoramento de PRADA
houve mudanças no uso do solo e na cobertura poderão ser conferidos por meio da análise de
de vegetação nativa. imagens.
Deve englobar todas as propriedades do estado
do Pará. Áreas de APP e Reserva Legal poderão ser

51
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Figura 53 - Exemplo: imagens de uma área em processo de restauração no Estado de São Paulo em
duas épocas, (a) 2005 e (b) 2012. Fonte: Google Earth TM.

6.2.2 Monitoramento de campo pela SEMA das áreas em processo de


restauração
Monitoramento realizado a partir de visitas de pelo proprietário: Monitoramento de até 2% das
campo por técnicos da SEMA-PA ou por órgão propriedades.
conveniado. Essas visitas a campo não devem ser Propriedades em regiões onde foram detectados
feitas a todas as propriedades inscritas no CAR e incêndios: Monitoramento de até 5% das
que aderiram ao PRA, pois isso sobrecarregaria propriedades. Técnicos da DIFISC devem
os técnicos da SMA-PA. Assim, é sugerida uma monitorar apenas parte das propriedades, mas
intensidade de amostragem de propriedades gerar ações de alerta de 100% das propriedades
que pode ser seguida, a saber: da região acometida pelo fogo, avisando-os de
Proprietários que apresentaram no Sistema PRA que possivelmente serão necessárias medidas
apenas “ações recomendadas” de restauração corretivas para a continuidade dos PRADAs
ecológica ou que foram aprovadas no após o distúrbio sofrido.
relatório de monitoramento pelo proprietário: Áreas embargadas pelo IBAMA e propriedades
Monitoramento de até 0,5% das propriedades. inseridas em municípios que constam na lista de
Proprietários que apresentaram no Sistema desmatamento do Ministério do Meio Ambiente:
PRA alguma “ação possível” de restauração Monitoramento de até 5% das propriedades.
ecológica ou que foram advertidas no Os monitoramentos da SEMA devem ser
relatório de monitoramento pelo proprietário: realizados logo após o monitoramento realizado
Monitoramento de até 1% das propriedades. pelo proprietário. Assim, em APP, deve se dar no
Proprietários que apresentaram no Sistema PRA 8° e 10° anos após a adesão ao PRADA e em RL
alguma “ação não recomendada” de restauração deve ser dar no 8°, 14° e 21° anos após adesão ao
ecológica, que foram reprovadas ou mostraram PRADA (Tabela 5).
incoerências no relatório de monitoramento

Tabela 5 - Resumo das datas de monitoramentos a serem realizados pela SEMA, a partir da adesão ao
PRADA.

Reclassificação de situações ambientais Monitoramento


APP Início do 4° ano 7° e 9° anos
RL Início do 4° ano 7°, 13°, 19° e 20° anos
52
OUTUBRO DE 2014

As categorias a serem avaliadas nesse treinados a reconhecer tais espécies exóticas. A


monitoramento serão estrutura, função ecológica SEMA-PA fornecerá lista dessas espécies.
e funcionamento, incluindo os indicadores • Regeneração natural: Contagem da
cobertura do solo, fitofisionomia, espécies densidade de regenerantes lenhosos de espécies
exóticas lenhosas invasoras e regeneração nativas na área em processo de restauração.
natural. Os parâmetros para uma propriedade Essa densidade será considerada elevada a
ter seu cumprimento de PRADA considerado partir de 500 indivíduos lenhosos de espécies
aprovado, advertido ou reprovado contam na nativas medindo mais de 0,5 cm por hectare.
Tabela 6. Segue a descrição dos indicadores A diversidade será considerada aceitável a
dessa tabela: partir de 30 espécies diferentes. Os técnicos não
• Cobertura do solo: Estimativa de qual precisarão reconhecer as espécies presentes.
proporção do solo está sendo coberta por O uso de morfoespécies será suficiente para o
vegetação nativa. Isso pode ser obtido com base processo.
na prcentagem de projeção das copas em uma A partir do momento em que a área avaliada se
trena das espécies arbustivas e arbóreas nativas mostrar em estágio inicial de sucessão ecológica,
(que constem na lista de espécies regional com fisionomia florestal, dossel já formado e
fornecida e atualizada periodicamente pela contínuo, com alta expressão de regeneração
SEMA-PA), de acordo com a Figura 51 e a Figura natural, com diversidade de espécies nativas
52). aceitável (pelo menos 30 espécies nativas que
• Fitofisionomia: Fisionomia apresentada constem na lista fornecida pela SEMA-PA)
pela vegetação em processo de restauração, que e sem espécies exóticas lenhosas invasoras
deve ser determinada a partir da Portaria de (publicadas em lista pela SEMA-PA), ela
estágios sucessionais de florestas secundária da pode ser considerada em efetivo processo de
SEMA-PA. restauração. Possivelmente, seguirá a partir
• Espécies exóticas lenhosas invasoras: daí uma trajetória desejável até que alcance um
Presença de espécies exóticas lenhosas invasoras, estágio mais avançado na sucessão ecológica.
potenciais competidoras com espécies nativas. Nessas áreas, espera-se que processos ecológicos
Para isso, técnicos da SEMA-PA devem ser voltem a atuar, possibilitando a perpetuação da
vegetação nativa.

Tabela 6 - Critérios a serem avaliados por técnicos da SEMA-PA no monitoramento em campo de


propriedades que aderiram ao PRA, tanto para APP quanto para RL.

Categorias Conformidade
de análise Indicador Período Aprovada Advertida Reprovada
APP e RL:
> 50% 30 - 50% < 30%
8 anos
Cobertura do solo APP: 10 anos
> 80% 50 - 80% < 50%
RL: 14 e 21 anos
Estrutura APP e RL:
Florestal (inicial*) Arbustiva Não florestal (Agrícola)
8 anos
Fitofisionomia
APP: 10 anos Florestal (média*) Arbustiva Sem dossel contínuo
RL: 14 e 21 anos
APP e RL: Ausência
Presença não Presença abundante
8 anos abundante (< 20%) (> 20%)
Função ecológica Espécies exóticas
lenhosas invasoras APP: 10 anos Ausência
Presença não Presença abundante
RL: 14 e 21 anos abundante (< 20%) (> 20%)
APP e RL:
- - -
Funcionamento Regeneração 8 anos
natural
APP: 10 anos Alta densidade Alta densidade Baixa densidade
RL: 14 e 21 anos Alta diversidade Baixa diversidade Baixa diversidade

* Estágios sucessionais da vegetação serão definidos por Portaria da SEMA.

53
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

A Figura 54 mostra um resumo das atividades relativas ao monitoramento a serem realizadas, a partir
da adesão ao PRADA.

Figura 54 - Resumo de atividades relativas ao monitoramento de áreas sob o PRADA, em diferentes


tempos de execução.

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OUTUBRO DE 2014

7. REFERÊNCIAS CITADAS
BRIENZA JUNIOR, S.; PEREIRA, J.F.; YARED, J.A.Z.; MORÃO JUNIOR, M.;GONÇALVES, D.A.;
GALEÃO, R.R. Recuperação de áreas degradadas com base em sistema de produção florestal energético-
madeireiro: indicadores de custos, produtividade e renda. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento,
Belém, v.4, n.7, jul./dez.2008.
GRIFFITH, J.J.; DIAS, L.E. DE MARCO JR., P. A recuperação ambiental. Revista Ação Ambiental,
Viçosa, MG, n. 10, p. 8-11, fev./mar.2000.
RODRIGUES, R. R. ; GANDOLFI, S. . Restauração de Florestas Tropicais:subsídios para uma definição
metodológica e indicadores de avaliação e monitoramento.. In: L.E. DIAS; J.W.V. de MELLO. (Org.).
Recuperação de áreas degradadas. 1ed.Viçosa: Editora Folha de Viçosa Ltda, 1998, v. , p. 203-216.
RODRIGUES, R. R.; GANDOLFI, S. Conceitos, Tendências e Ações para a Recuperação de Florestas
Ciliares. In: RODRIGUES, R. R.; LEITÃO-FILHO, H. de F. (orgs.). Matas Ciliares: Conservação e
Recuperação. 3º edição. São Paulo: EDUSP, 2004. p. 235-247.
RODRIGUES, R. R.; GANDOLFI, S.; NAVE, A.G.; ATTANASIO, C.M. Atividades de adequação e
restauração florestal do LERF/ESALQ/USP. Pesq. Flor. bras., Colombo, n.55, p. 7-21, jul./dez. 2007.

55
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

9. ANEXOS
Anexo 1 - Composição florística geral encontrada no Pará, incluindo várias
formas de vida.
Tipo de vegetação: FTF = Floresta de Terra Firme, CER = Cerrado; FVA = Floresta de Várzea; FCI =
Floresta Ciliar; Grupo de plantio (GP): recobrimento (R) e diversidade (D); Grau de comercialização da
madeira (GC): comercial (Co), potencial (Po), não-comercial (Nc), frutífera (f) e indefinido (In).

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Acanthaceae Ruellia exserta Wassh. & J.R.I.Wood Liana FTF/FCI D Nc
Achariaceae Lindackeria paludosa (Benth.) Gilg Arbusto; Árvore FTF D In
Amaranthaceae Amaranthus spinosus L. Erva ruderal D Nc
Amaranthaceae Chamissoa altissima (Jacq.) Kunth Liana FCI/FVA D Nc
Amaranthaceae Chenopodium ambrosioides L. Erva ruderal D Nc
Anacardiaceae Astronium lecointei Ducke Árvore FTF D Po
Anacardiaceae Campnosperma gummifera Marchand Árvore FTF D In
Anacardiaceae Spondias mombin L. Árvore FTF/FCI/FVA D Co, F
Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. Árvore FTF/CER/FCI R Po
Annonaceae Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith Árvore FTF D In
Annonaceae Annona exsucca DC. Árvore FTF/FVA D In
Annonaceae Annona montana Macfad. Árvore FTF/FVA D In
Annonaceae Annona sericea Dunal Arbusto; Árvore FTF D In
Annonaceae Annona tomentosa R.E.Fr. Arbusto; Árvore CER D In
Annonaceae Cardiopetalum calophyllum Schltdl. Árvore CER/FCI D In
Annonaceae Duguetia arenicola Maas Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Annonaceae Duguetia quitarensis Benth. Árvore FVA D Po
Annonaceae Duguetia spixiana Mart. Árvore FVA D Po
Annonaceae Duguetia surinamensis R.E.Fr. Árvore FTF D Po
Annonaceae Fusaea longifolia (Aubl.) Saff. Árvore FTF D In
Annonaceae Guatteria rigida R.E.Fr. Árvore CER/FCI D Po
Annonaceae Onychopetalum amazonicum R.E.Fr. Árvore FTF D In
Annonaceae Oxandra polyantha R.E.Fr. Árvore FTF/FVA D In
Annonaceae Unonopsis guatterioides (A.DC.) R.E.Fr. Árvore FTF/FVA D In
Annonaceae Xylopia sericea A.St.-Hil. Árvore CER D Po
Apocynaceae Allamanda cathartica L. Arbusto; Liana FCI D Nc
Apocynaceae Ambelania acida Aubl. Árvore FTF D In
Apocynaceae Geissospermum sericeum Miers Árvore FTF D In
Apocynaceae Lacmellea arborescens (Müll.Arg.) Markgr. Árvore FTF D In
Apocynaceae Lacmellea floribunda (Poepp.) Benth. & Árvore FTF D In
Hook.f.
Apocynaceae Malouetia lata Markgr. Arbusto FTF D Nc
Apocynaceae Odontadenia macrantha (Roem. & Schult.) Liana FCI D Nc
Markgr.
Apocynaceae Prestonia annularis (L.f.) G. Don Liana FTF/FVA D Nc
Apocynaceae Prestonia tomentosa R.Br. Liana FVA D Nc
Apocynaceae Tabernaemontana flavicans Willd. ex Roem. & Árvore FTF D In
Schult.
Apocynaceae Tabernaemontana sananho Ruiz & Pav. Arbusto FTF D Nc

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OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Apocynaceae Tabernaemontana undulata Vahl Arbusto; Árvore FTF D In
Apocynaceae Tassadia propinqua Decne. Subarbusto FTF/CER/FCI D Nc
Apocynaceae Tassadia trailiana (Benth.) Fontella Liana FVA D Nc
Araceae Anthurium bonplandii Bunting Erva FTF D Nc
Araceae Anthurium clavigerum Poepp. Epífita FTF D Nc
Araceae Anthurium gracile (Rudge) Lindl. Epífita FTF D Nc
Araceae Anthurium lindmanianum Engl. Erva CER D Nc
Araceae Dieffenbachia seguine (Jacq.) Schott Erva FTF D Nc
Araceae Dracontium polyphyllum L. Erva FTF D Nc
Araceae Heteropsis flexuosa (Kunth) G.S.Bunting Liana FTF/FVA D Nc
Araceae Heteropsis oblongifolia Kunth Liana FTF D Nc
Araceae Heteropsis spruceana Schott Liana FTF D Nc
Araceae Monstera obliqua Miq. Epífita FTF D Nc
Araceae Montrichardia linifera (Arruda) Schott Erva FCI D Nc
Araceae Philodendron distantilobum K.Krause Epífita FTF D Nc
Araceae Philodendron (Hook.) G.Don Epífita FTF/FVA D Nc
fragrantissimum
Araceae Philodendron linnaei Kunth Epífita FTF/FVA D Nc
Araceae Philodendron maximum K.Krause Epífita FTF D Nc
Araceae Philodendron ochrostemon Schott Epífita FTF D Nc
Araceae Philodendron pedatum (Hook.) Kunth Epífita FTF/FCI/FVA D Nc
Araceae Urospatha sagittifolia (Rudge) Schott Erva FVA D Nc
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. Árvore FTF/CER/FCI D Co
Arecaceae Astrocaryum aculeatum G.Mey. Palmeira FTF D Nc, F
Arecaceae Astrocaryum gynacanthum Mart. Palmeira FTF D Nc
Arecaceae Attalea maripa (Aubl.) Mart. Palmeira FTF/FVA D Nc
Arecaceae Bactris brongniartii Mart. Palmeira FVA D Nc
Arecaceae Bactris tomentosa Mart. Palmeira FTF D Nc
Arecaceae Desmoncus mitis Mart. Liana FTF D Nc
Arecaceae Euterpe oleracea Mart. Palmeira FCI D F
Arecaceae Syagrus cocoides Mart. Palmeira FTF/FCI D Nc
Aspleniaceae Asplenium serratum L. Erva FTF/FCI/FVA D Nc
Asteraceae Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze Erva ruderal D Nc
Asteraceae Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen Erva ruderal D Nc
Asteraceae Ageratum conyzoides L. Erva ruderal D Nc
Asteraceae Baccharis trinervis Pers. Arbusto ruderal D Nc
Asteraceae Campuloclinium (Mart.ex Baker) R.M. arbusto ruderal D Nc
megacephalum King & H. Rob.
Asteraceae Centratherum punctatum Cass. Erva ruderal D Nc
Asteraceae Eremanthus mattogrossensis Kuntze Arbusto CER D Nc
Asteraceae Gymnanthemum (Delile) Sch.Bip. ex Arbusto ruderal D Nc
amygdalynum Walp.
Asteraceae Lessingianthus monocephalus (Gardner) H.Rob. Arbusto CER D Nc
Asteraceae Mikania congesta DC. Liana FCI/FVA D Nc
Asteraceae Mikania microptera DC. Liana FTF/FCI D Nc
Asteraceae Piptocarpha opaca (Benth.) Baker Arbusto FTF D Nc
Asteraceae Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera Erva; Subarbusto FTF D Nc
Asteraceae Rolandra fruticosa (L.) Kuntze Subarbusto FCI D Nc
Asteraceae Tilesia baccata (L.f.) Pruski Subarbusto FTF/CER/FVA D Nc
Asteraceae Wedelia rudis (Baker) H.Rob Erva FVA D Nc
Bignoniaceae Adenocalymma (Bureau ex K.Schum.) Liana FCI/FVA D Nc
allamandiflorum L.G.Lohmann

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Bignoniaceae Adenocalymma impressum (Rusby) Sandwith Liana FCI D Nc
Bignoniaceae Adenocalymma schomburgkii (DC.) L.G.Lohmann Liana FTF/FCI D Nc
Bignoniaceae Amphilophium elongatum (Vahl) L.G.Lohmann Liana FCI D Nc
Bignoniaceae Bignonia binata Thunb. Liana FCI/FVA D Nc
Bignoniaceae Bignonia bracteomana (K.Schum. ex Sprague) Liana FCI D Nc
L.G.Lohmann
Bignoniaceae Bignonia lilacina (A.H.Gentry) Liana FCI D Nc
L.G.Lohmann
Bignoniaceae Bignonia sordida (Bureau & K.Schum.) Liana FTF D Nc
L.G.Lohmann
Bignoniaceae Cuspidaria inaequalis (DC. ex Splitg.) Liana CER D Nc
L.G.Lohmann
Bignoniaceae Fridericia cinnamomea (DC.) L.G.Lohmann Liana FTF D Nc
Bignoniaceae Fridericia conjugata (Vell.) L.G.Lohmann Liana FCI D Nc
Bignoniaceae Pachyptera kerere (Aubl.) Sandwith Liana FCI D Nc
Bignoniaceae Pleonotoma jasminifolia (Kunth) Miers Liana FCI/FVA D Nc
Bignoniaceae Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers Liana FTF D Nc
Bignoniaceae Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. Árvore FTF D Co
& Hook.f. ex S.Moore
Bignoniaceae Tanaecium pyramidatum (Rich.) L.G.Lohmann Liana FTF/FVA D Nc
Bignoniaceae Xylophragma pratense (Bureau & K.Schum.) Liana FTF D Nc
Sprague
Bixaceae Bixa orellana L. Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA R In
Bixaceae Cochlospermum orinocense (Kunth) Steud. Árvore FTF/FCI D In
Bixaceae Cochlospermum regium (Mart. ex Schrank) arbusto CER D Nc
Pilg.
Boraginaceae Cordia alliodora (Ruiz & Pav.) Cham. Árvore FTF D Co
Boraginaceae Cordia exaltata Lam. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Boraginaceae Cordia nodosa Lam. Arbusto FTF D Nc
Boraginaceae Cordia sagotii I.M. Johnst. Árvore FTF D In
Boraginaceae Cordia scabrifolia A. DC. Arbusto; Árvore FTF D In
Boraginaceae Varronia multispicata (Cham.) Borhidi Arbusto FTF D Nc
Bromeliaceae Aechmea mertensii (G.Mey.) Schult. & Epífita FTF/FCI D Nc
Schult.f.
Bromeliaceae Aechmea tocantina Baker Epífita CER/FTF/FCI D Nc
Bromeliaceae Ananas lucidus Mill. Erva FCI D Nc
Bromeliaceae Dyckia silvae L.B.Sm. Erva FTF D Nc
Bromeliaceae Tillandsia streptocarpa Baker Epífita CER/FCI D Nc
Burseraceae Crepidospermum (Tul.) Triana & Planch. Árvore FTF D In
goudotianum
Burseraceae Protium apiculatum Swart Árvore FTF D Po
Burseraceae Protium crenatum Sandwith Árvore FTF D Po
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Arbusto; Árvore FCI/FVA D Co
Burseraceae Protium krukovii Swart Árvore FTF D Po
Burseraceae Protium paniculatum (Engl.) Daly Árvore FTF D Po
Burseraceae Protium pilosissimum Engl. Árvore FTF D Po
Burseraceae Protium robustum (Swart) D.M.Porter Árvore FTF D Po
Burseraceae Protium sagotianum Marchand Árvore FTF D Po
Burseraceae Tetragastris altissima (Aubl.) Swart Árvore FTF D In
Burseraceae Trattinnickia rhoifolia Willd. Árvore FTF D Co
Cactaceae Rhipsalis baccifera (J.M.Muell.) Stearn Epífita FTF/FVA D Nc
Calophyllaceae Calophyllum brasiliense Cambess. Árvore FCI/FVA D Co
Calophyllaceae Caraipa densifolia Mart. Árvore FCI D In

58
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Calophyllaceae Kielmeyera rubriflora Cambess. Arbusto CER D Nc
Cannabaceae Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Cannabaceae Trema micrantha (L.) Blume Arbusto; Árvore FTF/FCI R In
Capparaceae Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl Arbusto FCI D Nc
Caryocaraceae Caryocar villosum (Aubl.) Pers. Árvore FTF D Co
Celastraceae Anthodon decussatum Ruiz & Pav. Liana FTF D Nc
Celastraceae Cheiloclinium belizense (Standl.) A.C.Sm. Liana FTF D Nc
Celastraceae Cheiloclinium cognatum (Miers) A.C.Sm. Arbusto FTF/FCI D Nc
Celastraceae Peritassa laevigata (Hoffmanns. ex Link) Liana FVA D Nc
A.C.Sm.
Celastraceae Tontelea laxiflora (Benth.) A.C.Sm. Liana FTF/FCI D Nc
Chrysobalanaceae Couepia caryophylloides Benoist Árvore FTF D In
Chrysobalanaceae Couepia subcordata Benth. ex Hook.f. Árvore FVA D In
Chrysobalanaceae Hirtella burchellii Britton Árvore FTF D In
Chrysobalanaceae Hirtella paraensis Prance Arbusto FTF D Nc
Chrysobalanaceae Hirtella racemosa (Willd. ex Roem. & Árvore FTF/FCI D In
Schult.) Prance
Chrysobalanaceae Hirtella sprucei Benth. ex Hook.f. Arbusto; Árvore FTF D In
Chrysobalanaceae Hirtella tocantina Ducke Árvore FCI D In
Chrysobalanaceae Licania apetala (E.Mey.) Fritsch Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Chrysobalanaceae Licania gardneri (Hook.f.) Fritsch Arbusto FVA D Nc
Chrysobalanaceae Licania guianensis (Aubl.) Griseb. Árvore FTF D In
Chrysobalanaceae Licania heteromorpha Benth. Árvore FTF D Nc
Chrysobalanaceae Licania kunthiana Hook.f. Árvore FTF D In
Chrysobalanaceae Licania polita Spruce ex Hook.f. Árvore FTF/FVA D In
Chrysobalanaceae Parinari excelsa Sabine Árvore FTF D In
Clusiaceae Clusia columnaris Engl. Árvore FTF/FVA D In
Clusiaceae Clusia panapanari (Aubl.) Choisy Árvore FTF/FVA D In
Clusiaceae Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Árvore FTF/FCI D In
Zappi
Combretaceae Buchenavia oxycarpa (Mart.) Eichler Árvore CER/FTF D Co
Combretaceae Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R.A.Howard Árvore CER D Co
Combretaceae Combretum laxum Jacq. Arbusto; Árvore; FTF/CER/FCI/ D Nc
Liana FVA
Combretaceae Combretum rotundifolium Rich. Arbusto; Liana FTF/FCI/FVA D Nc
Combretaceae Terminalia dichotoma G.Mey. Árvore FTF/FVA D Co
Combretaceae Terminalia lucida Hoffmanns. ex Mart. Árvore FVA D Co
& Zucc.
Commelinaceae Commelina rufipes Seub. Erva FTF/FCI/FVA D Nc
Commelinaceae Dichorisandra hexandra (Aubl.) Kuntze ex Erva; Liana FTF D Nc
Hand.-Mazz.
Commelinaceae Floscopa peruviana Hassk. ex C.B.Clarke Erva FTF D Nc
Commelinaceae Tinantia sprucei C.B.Clarke Erva FTF/FVA D Nc
Connaraceae Connarus incomptus Planch. Arbusto; Árvore FTF D In
Connaraceae Rourea induta (Planch.) Baker Arbusto CER D Nc
Convolvulaceae Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Liana ruderal D Nc
Schult.
Convolvulaceae Ipomoea batatas (L.) Lam. Liana Exótica D Nc
Convolvulaceae Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O'Donell Liana CER/FCI D Nc
Costaceae Chamaecostus fusiformis (Maas) C.D.Specht & Erva FTF D Nc
D.W.Stev.
Costaceae Chamaecostus lanceolatus (Ducke) C.D.Specht & Erva FTF/FCI D Nc
D.W.Stev.

59
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Costaceae Chamaecostus subsessilis (Nees & Mart.) Erva FTF/FCI D Nc
C.D.Specht &
D.W.Stev.
Costaceae Costus arabicus L. Erva FTF/FCI/FVA D Nc
Costaceae Costus lasius Loes. Erva FTF D Nc
Costaceae Costus scaber Ruiz & Pav. Erva FTF/FCI/FVA D Nc
Costaceae Costus spiralis (Jacq.) Roscoe Erva FTF/FCI D Nc
Cucurbitaceae Cayaponia cruegeri (Naudin) Cogn. Liana FCI/FVA D Nc
Cucurbitaceae Elaterium amazonicum Mart. Liana FCI D Nc
Cucurbitaceae Fevillea cordifolia L. Liana FVA D Nc
Cucurbitaceae Fevillea pedatifolia (Cogn.) C.Jeffrey liana FTF/FVA D Nc
Cucurbitaceae Gurania lobata (L.) Pruski Liana FTF/CER D Nc
Cucurbitaceae Siolmatra pentaphylla Harms Liana FCI D Nc
Cyperaceae Calyptrocarya glomerulata (Brongn.) Urb. Erva FCI D Nc
Cyperaceae Cyperus luzulae (L.) Retz. Erva ruderal D Nc
Cyperaceae Diplasia karatifolia Rich. ex Pers. Erva FTF D Nc
Cyperaceae Rhynchospora amazonica Poepp. & Kunth Erva FTF D Nc
Cyperaceae Rhynchospora barbata (Vahl) Kunth Erva CER D Nc
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl Erva FTF/FCI D Nc
Cyperaceae Rhynchospora comata (Link) Roem. & Schult. Erva FTF/FCI D Nc
Cyperaceae Scleria gaertneri Raddi Erva FTF D Nc
Cyperaceae Scleria microcarpa Nees ex Kunth Erva FTF/FCI D Nc
Dilleniaceae Davilla cuspidulata Mart. ex Eichler Liana FVA D Nc
Dilleniaceae Davilla nitida (Vahl) Kubitzki Arbusto; Liana FTF D Nc
Dilleniaceae Doliocarpus major J.F.Gmel. Liana FVA D Nc
Dilleniaceae Doliocarpus spraguei Cheeseman Liana FTF D Nc
Dilleniaceae Tetracera costata Mart. ex Eichler Liana FCI D Nc
Dioscoreaceae Dioscorea glandulosa (Griseb.) Kunth Liana FTF D Nc
Ebenaceae Diospyros artanthifolia Mart. Árvore FTF D In
Ebenaceae Diospyros guianensis (Aubl.) Gürke Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Ebenaceae Diospyros poeppigiana A.DC. Árvore FTF/FVA D In
Ebenaceae Diospyros tetrandra Hiern Árvore FTF D In
Ebenaceae Diospyros vestita Benoist Árvore FTF D In
Elaeocarpaceae Sloanea eichleri K.Schum. Árvore FTF/CER/FCI D Co
Elaeocarpaceae Sloanea garckeana K.Schum. Árvore FTF/CER/FCI D Co
Elaeocarpaceae Sloanea grandis Ducke Árvore FTF D Co
Eriocaulaceae Syngonanthus nitens Ruhland Erva CER D Nc
Eriocaulaceae Syngonanthus oblongus (Körn.) Ruhland Erva FTF D Nc
Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium A.St.-Hil. Arbusto; Árvore CER/FCI D In
Erythroxylaceae Erythroxylum leptoneurum O.E.Schulz Arbusto; Árvore CER D In
Erythroxylaceae Erythroxylum macrophyllum Cav. Árvore FTF D In
Erythroxylaceae Erythroxylum mucronatum Benth. Arbusto; Árvore FTF/CER D In
Erythroxylaceae Erythroxylum subracemosum Turcz. Arbusto; Árvore CER/FCI D In
Euphorbiaceae Acidoton nicaraguensis (Hemsl.) G.L.Webster Arbusto FTF D Nc
Euphorbiaceae Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Euphorbiaceae Cleidion amazonicum Ule Arbusto FTF/FVA D Nc
Euphorbiaceae Croton agoensis Baill. Arbusto; Árvore CER D In
Euphorbiaceae Croton gossypiifolius Vahl Árvore FTF D In
Euphorbiaceae Croton matourensis Aubl. Arbusto FTF/FCI D Nc
Euphorbiaceae Croton schiedeanus Schltdl. Árvore FTF/FCI/FVA D In
Euphorbiaceae Croton spruceanus Benth. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In

60
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Árvore FTF/FCI R In
Euphorbiaceae Dalechampia tiliifolia Lam. Liana FCI D Nc
Euphorbiaceae Dodecastigma integrifolium (Lanj.) Lanj. & Árvore FTF/FCI D In
Sandwith
Euphorbiaceae Hevea brasiliensis (Willd. ex A.Juss.) Árvore FTF/FCI/FVA D Po
Müll.Arg.
Euphorbiaceae Mabea angustifolia Spruce ex Benth. Arbusto; Árvore FTF/CER D Po
Euphorbiaceae Mabea fistulifera Mart. Arbusto; Árvore FTF/CER D Po
Euphorbiaceae Mabea paniculata Spruce ex Benth. Arbusto; Árvore FCI/FVA D In
Euphorbiaceae Manihot baccata Allem Árvore; Liana FTF D Nc
Euphorbiaceae Manihot leptophylla Pax Liana FTF D Nc
Euphorbiaceae Maprounea guianensis Aubl. Árvore FTF/CER D Nc
Euphorbiaceae Plukenetia polyadenia Müll.Arg. Liana FTF D Nc
Euphorbiaceae Romanoa tamnoides (A.Juss.) Radcl.-Sm. Árvore FTF D In
Euphorbiaceae Sapium marmieri Huber Arbusto; Árvore FTF D Po
Fabaceae Abarema cochleata (Willd.) Barneby & Árvore FTF D Po
J.W.Grimes
Fabaceae Abarema jupunba (Willd.) Britton & Arbusto; Árvore FTF D Co
Killip
Fabaceae Aeschynomene sensitiva Sw. Subarbusto FCI D Nc
Fabaceae Albizia multiflora (Kunth) Barneby & Árvore FVA D Co
J.W. Grimes
Fabaceae Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico Árvore FTF D Co
Fabaceae Alexa grandiflora Ducke Árvore FTF D In
Fabaceae Amphiodon effusus Huber Arbusto; Árvore FTF D In
Fabaceae Anadenanthera peregrina (L.) Speg. Arbusto; Árvore CER/FCI D Co
Fabaceae Andira surinamensis (Bondt) Splitg. ex Arbusto; Árvore CER/FTF D Co
Amshoff
Fabaceae Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. Árvore FTF/FCI D Co
Fabaceae Bauhinia acreana Harms Arbusto; Árvore FTF D In
Fabaceae Bauhinia brevipes Vogel Arbusto CER D Nc
Fabaceae Bauhinia burchellii Benth. Arbusto; CER/FCI D Nc
Subarbusto
Fabaceae Bauhinia cinnamomea DC. Arbusto FTF/FVA D Nc
Fabaceae Bauhinia curvula Benth. Arbusto; CER D Nc
Subarbusto
Fabaceae Bauhinia dubia G.Don Arbusto; CER D Nc
Subarbusto
Fabaceae Bauhinia longicuspis Benth. Arbusto; Árvore FTF D In
Fabaceae Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Arbusto; CER D Nc
Subarbusto
Fabaceae Bauhinia ungulata L. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Fabaceae Bowdichia virgilioides Kunth Arbusto; Árvore CER/FCI D Co
Fabaceae Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Arbusto; Árvore Exótica D In
Fabaceae Calliandra laxa (Willd.) Benth. Arbusto; Árvore CER/FCI D In
Fabaceae Calopogonium caeruleum (Benth.) C.Wright Liana CER D Nc
Fabaceae Campsiandra angustifolia (Poepp. & Endl.) Árvore FVA D In
Stergios
Fabaceae Campsiandra laurifolia Benth. Árvore FVA D In
Fabaceae Canavalia grandiflora Benth. Liana FCI D Nc
Fabaceae Candolleodendron (DC.) R.S.Cowan Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
brachystachyum
Fabaceae Cassia fastuosa Willd. ex Benth. Árvore FTF/FCI D Po
Fabaceae Cassia leiandra Benth. Árvore FCI/FVA D Po

61
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Fabaceae Cassia spruceana Benth. Árvore FTF/FCI D Po
Fabaceae Cenostigma tocantinum Ducke Árvore FTF D In
Fabaceae Centrosema platycarpum Benth. Liana CER D Nc
Fabaceae Centrosema pubescens Benth. Liana FTF/FCI/FCA/ D Nc
CER
Fabaceae Chamaecrista apoucouita (Aubl.) H.S.Irwin & Árvore FTF/FCI D In
Barneby
Fabaceae Chamaecrista negrensis (H.S.Irwin) H.S.Irwin Árvore FCI D In
& Barneby
Fabaceae Chamaecrista xinguensis (Ducke) H.S.Irwin & Árvore FTF/FCI D In
Barneby
Fabaceae Chloroleucon acacioides (Ducke) Barneby & Árvore CER/FCI D In
J.W.Grimes
Fabaceae Clitoria amazonum Mart. ex Benth. Arbusto; Árvore; FTF/FCI/FVA D Nc
Liana
Fabaceae Copaifera langsdorffii Desf. Árvore FTF/CER/FCI D Co
Fabaceae Copaifera piresii Ducke Arbusto FTF D Po
Fabaceae Copaifera reticulata Ducke Árvore FTF D Co
Fabaceae Dalbergia monetaria L.f. Liana FCI D Nc
Fabaceae Dalbergia riedelii (Benth.) Sandwith Liana FCI D Nc
Fabaceae Deguelia amazonica Killip Liana FVA D Nc
Fabaceae Desmodium adscendens (Sw.) DC. Erva;Subarbusto FTF/CER/FCI/ D Nc
FVA
Fabaceae Desmodium incanum DC. Erva;Subarbusto CER/FCI D Nc
Fabaceae Dialium guianense (Aubl.) Sandwith Árvore FTF/FVA D Co
Fabaceae Dioclea bicolor Benth. Liana CER D Nc
Fabaceae Dioclea glabra Benth. Liana FCI D Nc
Fabaceae Dioclea guianensis Benth. Liana FTF D Nc
Fabaceae Dioclea reflexa Hook.f. Liana FTF D Nc
Fabaceae Dioclea sclerocarpa Ducke Liana FCI D Nc
Fabaceae Dioclea virgata (Rich.) Amshoff Liana FCI/FVA D Nc
Fabaceae Dipteryx alata Vogel Árvore FTF D Po
Fabaceae Erythrina ulei Harms Árvore FCI D Po
Fabaceae Etaballia dubia (Kunth) Rudd Árvore FVA D In
Fabaceae Hydrochorea corymbosa (Rich.) Barneby & Árvore CER/FCI/FVA D In
J.W.Grimes
Fabaceae Hymenaea parvifolia Huber Árvore FTF D Co
Fabaceae Inga alba (Sw.) Willd. Árvore FTF/FCI/FVA D Nc
Fabaceae Inga capitata Desv. Árvore FTF/FCI/FVA D Po
Fabaceae Inga edulis Mart. Árvore FTF/FCI/FVA R Po, F
Fabaceae Inga glomeriflora Ducke Árvore FTF D Po
Fabaceae Inga graciliflora Benth. Árvore FTF D Po
Fabaceae Inga heterophylla Willd. Árvore FTF/CER/FCI D Po
Fabaceae Inga laurina (Sw.) Willd. Árvore CER/FVA D Po
Fabaceae Inga marginata Willd. Árvore FTF/FCI/FVA D Po
Fabaceae Inga nobilis Willd. Árvore FTF/FCI/FVA D Po
Fabaceae Inga paraensis Ducke Árvore FTF/FVA R Co
Fabaceae Inga pilosula (Rich.) J.F.Macbr. Árvore FCI D Po
Fabaceae Inga splendens Willd. Árvore FTF/FCI/FVA D Po
Fabaceae Inga thibaudiana DC. Árvore FTF/CER/FCI D Po
Fabaceae Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) Árvore FCI D Po
L.P.Queiroz

62
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Fabaceae Machaerium ferox (Mart. ex Benth.) Arbusto; Árvore; FTF/FVA D Nc
Ducke Liana
Fabaceae Machaerium inundatum (Mart. ex Benth.) Arbusto; Árvore; FTF/FCI D Nc
Ducke Liana
Fabaceae Machaerium macrophyllum Rudd Arbusto; Árvore; FTF/FVA D Nc
Liana
Fabaceae Machaerium myrianthum Spruce ex Benth. Arbusto; Liana FTF/FVA D Nc
Fabaceae Macrolobium angustifolium (Benth.) R.S.Cowan Árvore FCI/FVA D In
Fabaceae Macrolobium bifolium (Aubl.) Pers. Árvore FTF/FCI D In
Fabaceae Macrolobium campestre Huber Arbusto; Árvore FTF D In
Fabaceae Macrosamanea macrocalyx (Ducke) Barneby & Arbusto; Árvore FTF D In
J.W.Grimes
Fabaceae Macrosamanea pubiramea (Spruce ex Benth.) Árvore FTF D In
Barneby & J.W.Grimes
Fabaceae Mimosa annularis Barneby Liana FCI D Nc
Fabaceae Mimosa pigra L. Arbusto; Árvore FTF D In
Fabaceae Mimosa rufescens Benth. Liana FTF D Nc
Fabaceae Mucuna urens (L.) Medik. Liana FTF/FCI/FVA D Nc
Fabaceae Ormosia paraensis Ducke Árvore FCI D Po
Fabaceae Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Árvore FTF D Co
Walp.
Fabaceae Phanera alata (Ducke) Vaz Liana FTF D Nc
Fabaceae Phanera rutilans (Spruce es Benth.) Vaz Liana FTF D Nc
Fabaceae Phanera splendens (Kunth) Vaz Liana FTF D Nc
Fabaceae Platymiscium trinitatis (Huber) Klitg. Árvore FVA D In
Fabaceae Pterocarpus rohrii Vahl Árvore FCI D Co
Fabaceae Pterocarpus santalinoides L'Hér. ex DC. Árvore FVA D Co
Fabaceae Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC. Liana FTF D Nc
Fabaceae Senegalia loretensis (J.F.Macbr.) Seigler & Árvore FCI D Co
Ebinger
Fabaceae Senegalia multipinnata (Ducke) Seigler & Liana FTF D Nc
Ebinger
Fabaceae Senegalia paraensis (Ducke) Seigler & Arbusto FVA D Nc
Ebinger
Fabaceae Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose Arbusto; Liana FTF/CER D Nc
Fabaceae Senna chrysocarpa (Desv.) H.S.Irwin & Arbusto; Liana/ FTF/CER/FCI/ D Nc
Barneby volúvel/ FVA
trepadeira
Fabaceae Senna georgica H.S.Irwin & Barneby Arbusto; Árvore FTF/CER D In
Fabaceae Senna hirsuta (L.) H.S.Irwin & Arbusto; Erva; FTF/CER D Nc
Barneby Subarbusto
Fabaceae Senna kuhlmannii Hoehne Arbusto CER D Nc
Fabaceae Senna multijuga (Rich.) H.S.Irwin & Árvore FTF/FCI/FVA R In
Barneby
Fabaceae Senna occidentalis (L.) Link Subarbusto ruderal D Nc
Fabaceae Senna pilifera (Vogel) H.S.Irwin & Liana/volúvel/ ruderal D Nc
Barneby trepadeira
Fabaceae Senna silvestris (Vell.) H.S.Irwin & Arbusto; Árvore; CER/FCI D Nc
Barneby Subarbusto
Fabaceae Senna tapajozensis (Ducke) H.S.Irwin & Arbusto; Liana/ FTF/CER D Nc
Barneby volúvel/
trepadeira
Fabaceae Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth. Árvore FTF D In
Fabaceae Stryphnodendron (Willd.) Hochr. Árvore FTF/FVA D Po
pulcherrimum

63
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Fabaceae Swartzia arborescens (Aubl.) Pittier Árvore FTF/FVA D Co
Fabaceae Swartzia brachyrachis Harms Arbusto; Árvore FTF D Po
Fabaceae Swartzia grandifolia Bong. ex Benth. Árvore FTF D Co
Fabaceae Swartzia laurifolia Benth. Árvore FTF/FVA D Co
Fabaceae Swartzia recurva Poepp. Árvore FTF/FVA D Co
Fabaceae Tachigali alba Ducke Árvore FTF/FVA D Co
Fabaceae Tachigali glauca Tul. Árvore FCI D Co
Fabaceae Tachigali macropetala (Ducke) L.G.Silva & Arbusto FVA D Po
H.C.Lima
Fabaceae Tachigali paniculata Aubl. Árvore CER D Co
Fabaceae Tachigali rubiginosa (Mart. ex Tul.) Árvore CER D Co
Oliveira-Filho
Fabaceae Tachigali tinctoria (Benth.) Zarucchi & Arbusto; Árvore FTF D Po
Herend.
Fabaceae Tachigali vulgaris L.G.Silva & H.C.Lima Árvore FTF/FCI D co
Fabaceae Taralea oppositifolia Aubl. Árvore FVA D In
Fabaceae Trischidium alternum (Benth.) H.E.Ireland Arbusto; Árvore; FTF D Nc
Liana
Fabaceae Vigna lasiocarpa (Mart.ex Benth.) Liana FTF D Nc
Verdc.
Fabaceae Zollernia paraensis Huber Árvore FTF/CER D In
Fabaceae Zygia ampla (Spruce ex Benth.) Árvore FTF/FVA D In
Pittier
Fabaceae Zygia cataractae (Kunth) L.Rico Árvore FTF/FCI/FVA D In
Fabaceae Zygia inaequalis (Willd.) Pittier Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Fabaceae Zygia latifolia (L.) Fawc. & Rendle Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Fabaceae Zygia unifoliolata (Benth.) Pittier Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA D In
Haemodoraceae Xiphidium caeruleum Aubl. Erva FTF/FVA D Nc
Heliconiaceae Heliconia acuminata Rich. Erva FTF/FCI D Nc
Heliconiaceae Heliconia chartacea Lane ex Barreiros Erva FTF/FVA D Nc
Heliconiaceae Heliconia spathocircinata Aristeg. Erva FTF D Nc
Humiriaceae Humiria balsamifera (Urb.) Cuatrec. Arbusto; Árvore FTF D In
Humiriaceae Sacoglottis guianensis Benth. Arbusto; Árvore FTF/FCI D Co
Hypericaceae Vismia bemerguii M.E.Berg Árvore FTF D In
Hypericaceae Vismia cayennensis (Jacq.) Pers. Árvore FVA D In
Hypericaceae Vismia gracilis Hieron. Arbusto; Árvore FTF D In
Hypericaceae Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Arbusto; Árvore FTF R Nc
Hypericaceae Vismia lateriflora Ducke Árvore FTF D In
Hypericaceae Vismia latifolia (Aubl.) Choisy Árvore FTF D In
Icacinaceae Emmotum nitens (Benth.) Miers Arbusto; Árvore CER D Po
Lacistemataceae Lacistema hasslerianum Chodat Árvore FCI D In
Lamiaceae Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke Arbusto; Árvore CER/FTF/FCI D In
Lamiaceae Aegiphila laevis (Aubl.) Gmel. Arbusto; Liana FTF/FCI D Nc
Lamiaceae Cyanocephalus desertorum (Pohl ex Benth.) Subarbusto CER D Nc
Harley & J.F.B. Pastore
Lamiaceae Hyptis crenata Pohl ex Benth. Arbusto; CER D Nc
Subarbusto
Lamiaceae Ocimum campechianum Mill. Arbusto; Erva; FTF/CER D Nc
Subarbusto
Lamiaceae Vitex triflora Vahl Arbusto; Árvore FTF D Co
Lauraceae Aiouea myristicoides Mez Árvore FCI D Co
Lauraceae Aiouea piauhyensis (Meisn.) Mez Árvore FTF D Co
Lauraceae Endlicheria pyriformis (Nees) Mez Árvore FTF D Co

64
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Lauraceae Endlicheria verticillata Mez Árvore FCI D Co
Lauraceae Nectandra cissiflora Nees Árvore CER/FCI D Co
Lauraceae Nectandra hihua (Ruiz & Pav.) Rohwer Árvore FTF/FCI/FVA D Co
Lauraceae Nectandra paucinervia Coe-Teix. Árvore FTF D Co
Lauraceae Nectandra pulverulenta Nees Árvore FTF D Co
Lauraceae Ocotea camphoromoea Rohwer Árvore FTF/FVA D Po
Lauraceae Ocotea longifolia Kunth Arbusto; Árvore FTF/FVA D Co
Lauraceae Rhodostemonodaphne (Nees) Rohwer Árvore FTF D Co
kunthiana
Lecythidaceae Bertholletia excelsa Bonpl. Árvore FTF D Co, F
Lecythidaceae Couratari guianensis Aubl. Árvore FTF D Co
Lecythidaceae Couratari macrosperma A.C.Sm. Árvore FTF D Co
Lecythidaceae Couratari oblongifolia Ducke & Kunth Árvore FTF D Po
Lecythidaceae Eschweilera apiculata (Miers) A.C.Sm. Árvore FTF D In
Lecythidaceae Eschweilera coriacea (DC.) S.A.Mori Árvore FTF D Nc
Lecythidaceae Eschweilera obversa (O.Berg) Miers Árvore FTF D In
Lecythidaceae Eschweilera pedicellata (Rich.) S.A.Mori Árvore FTF D In
Lecythidaceae Gustavia augusta L. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Lecythidaceae Gustavia hexapetala (Aubl.) Sm. Árvore FTF D In
Lecythidaceae Gustavia poeppigiana O.Berg Árvore FTF/FVA D In
Lecythidaceae Lecythis corrugata Poit. Árvore FTF D Co
Lecythidaceae Lecythis lurida (Miers) S.A.Mori Arbusto; Árvore FTF D Co
Lecythidaceae Lecythis pisonis Cambess. Árvore FTF D Co
Loganiaceae Antonia ovata Pohl Arbusto; Árvore CER/FTF/FCI D In
Loganiaceae Strychnos mattogrossensis S.Moore Liana FTF/FCI/FVA D Nc
Loranthaceae Psittacanthus cordatus (Hoffmanns.) G.Don Hemiparasita FTF/CER/FCI/ D Nc
FVA
Lycopodiaceae Pseudolycopodiella (L.) Holub Erva FCI D Nc
caroliniana
Malpighiaceae Banisteriopsis variabilis B. Gates Liana CER D Nc
Malpighiaceae Byrsonima arthropoda A.Juss. Árvore FVA D In
Malpighiaceae Byrsonima chrysophylla Kunth Árvore CER/FVA D In
Malpighiaceae Byrsonima crassifolia (L.) Kunth Árvore CER D In, F
Malpighiaceae Byrsonima umbellata Mart. ex A.Juss. Arbusto; Árvore FCI D In
Malpighiaceae Diplopterys lucida (Rich.) W.R.Anderson Liana FTF D Nc
& C.C.Davis
Malpighiaceae Heteropterys orinocensis (Kunth) A.Juss. Liana FTF D Nc
Malpighiaceae Hiraea faginea (Sw.) Nied. Liana FVA D Nc
Malpighiaceae Niedenzuella stannea (Griseb.) Liana FVA D Nc
W.R.Anderson
Malvaceae Apeiba albiflora Ducke Árvore FTF R Po
Malvaceae Apeiba glabra Aubl. Árvore FTF D Po
Malvaceae Byttneria divaricata Benth. Arbusto FVA D Nc
Malvaceae Byttneria divaricata Benth. Liana FVA D Nc
Malvaceae Byttneria fulva Poepp. Liana FVA D Nc
Malvaceae Gossypium barbadense L. Arbusto Exótica D Nc
Malvaceae Gossypium herbaceum L. Arbusto Exótica D Nc
Malvaceae Guazuma ulmifolia Lam. Árvore FTF R In
Malvaceae Helicteres pentandra L. Arbusto FVA D Nc
Malvaceae Mollia lepidota Spruce ex Benth. Árvore FVA D In
Malvaceae Pachira minor (Sims) Hemsl. Árvore FVA D Po

65
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Malvaceae Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) Árvore CER D Po
A.Robyns
Malvaceae Sida cordifolia L. Erva ruderal D Nc
Malvaceae Sida spinosa L. Erva ruderal D Nc
Malvaceae Sterculia apeibophylla Ducke Árvore FTF D Co
Malvaceae Theobroma cacao L. Árvore FTF D Nc, F
Malvaceae Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Árvore FTF D Nc, F
K.Schum.
Malvaceae Theobroma speciosum Willd. ex Spreng. Árvore FTF D Nc
Malvaceae Vasivaea alchorneoides Baill. Arbusto; Árvore FCI D In
Marantaceae Calathea capitata (Ruiz & Pav.) Lindl. Erva FTF D Nc
Marantaceae Calathea micans (L. Mathieu) Körn. Erva FTF D Nc
Marantaceae Hylaeanthe hexantha (Poepp. & Endl.) Erva FTF D Nc
A.M.E.Jonker & Jonker
Marantaceae Ischnosiphon hirsutus Petersen Erva FTF D Nc
Marantaceae Ischnosiphon puberulus Loes. Erva FTF/FCI D Nc
Marantaceae Maranta humilis Aubl. Erva FTF D Nc
Marantaceae Monotagma laxum (Poepp. & Endl.) Erva FTF D Nc
K.Schum.
Marantaceae Monotagma plurispicatum (Körn.) K.Schum. Erva FTF D Nc
Marantaceae Monotagma ulei Loes. Erva FTF D Nc
Marantaceae Myrosma cannifolia L.f. Erva FVA D Nc
Marcgraviaceae Norantea guianensis Aubl. Liana CER/FCI D Nc
Melastomataceae Aciotis acuminifolia (Mart. ex DC.) Triana Erva FTF/FVA D Nc
Melastomataceae Aciotis purpurascens (Aubl.) Triana Erva; Subarbusto FTF/FVA D Nc
Melastomataceae Adelobotrys spruceana Cogn. Liana FTF/FCI D Nc
Melastomataceae Bellucia grossularioides (L.) Triana Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Bellucia beckii beckii Renner Arbusto CER D Nc
Melastomataceae Clidemia capitellata (Bonpl.) D.Don Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Clidemia dentata D. Don Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Clidemia hirta (L.) D.Don Arbusto FVA D Nc
Melastomataceae Clidemia rubra (Aubl.) Mart. Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Graffenrieda weddellii Naudin Arbusto FTF/CER D Nc
Melastomataceae Henriettea ovata (Cogn.) Penneys, F.A. Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA D In
Michelangeli, Judd et
Almeda
Melastomataceae Leandra solenifera (DC.) Cogn. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Melastomataceae Macairea pachyphylla Benth. Arbusto; Árvore CER D In
Melastomataceae Macairea radula (Bonpl.) DC. Arbusto CER D Nc
Melastomataceae Macairea thyrsiflora DC. Erva; Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Maieta poeppigii Mart. ex Triana Arbusto FTF/FCI D Nc
Melastomataceae Meriania urceolata Triana Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Miconia affinis DC. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Miconia alata (Aubl.) DC. Arbusto FTF/CER D Nc
Melastomataceae Miconia alborufescens Naudin Arbusto FTF/CER D Nc
Melastomataceae Miconia ampla Triana Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA D In
Melastomataceae Miconia biglandulosa Gleason Arbusto; Árvore FTF D In
Melastomataceae Miconia brevipes Benth. Arbusto; Árvore CER D In
Melastomataceae Miconia ceramicarpa (DC.) Cogn. Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Miconia chrysophylla (Rich.) Urb. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Miconia ciliata (Rich.) DC. Arbusto FTF/CER/FCI D Nc
Melastomataceae Miconia cuspidata Naudin Árvore FTF/CER D In

66
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Melastomataceae Miconia dolichorrhyncha Naudin Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Miconia elegans Cogn. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Miconia fallax DC. Arbusto FTF/FCI D Nc
Melastomataceae Miconia heliotropoides Triana Arbusto FCI D Nc
Melastomataceae Miconia holosericea (L.) DC. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI D In
Melastomataceae Miconia ibaguensis (Bonpl.) Triana Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI D In
Melastomataceae Miconia lateriflora Cogn. Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Miconia matthaei Naudin Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Miconia melinonis Naudin Arbusto FVA D Nc
Melastomataceae Miconia minutiflora (Bonpl.) DC. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI D In
Melastomataceae Miconia nervosa (Sm.) Triana Arbusto; Árvore FTF/CER/FVA D In
Melastomataceae Miconia punctata (Desr.) DC. Arbusto; Árvore FTF D In
Melastomataceae Miconia rubiginosa (Bonpl.) DC. Arbusto; Árvore FTF D In
Melastomataceae Miconia rufescens (Aubl.) DC. Arbusto CER D Nc
Melastomataceae Miconia serrulata (DC.) Naudin Árvore FTF/FCI D In
Melastomataceae Miconia splendens (Sw.) Griseb. Arbusto; Árvore FTF D In
Melastomataceae Miconia stellulata Gleason Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Miconia stenostachya DC. Arbusto FTF D Nc
Melastomataceae Miconia tomentosa (Rich.) D.Don Árvore FTF D In
Melastomataceae Microlicia insignis Schltdl. Arbusto CER D Nc
Melastomataceae Microlicia vestita DC. Arbusto CER D Nc
Melastomataceae Mouriri crassifolia Sagot Árvore FTF D In
Melastomataceae Mouriri pusa Gardner Arbusto; Árvore CER D In
Melastomataceae Tibouchina aspera Aubl. Erva CER D Nc
Melastomataceae Tococa guianensis Aubl. Arbusto FCI D Nc
Melastomataceae Tococa nitens (Benth.) Triana Arbusto FTF/FCI D Nc
Melastomataceae Tococa stephanotricha Naudin Erva FCI D Nc
Melastomataceae Tococa subciliata (DC.) Triana Arbusto FTF D Nc
Meliaceae Guarea guidonia (L.) Sleumer Árvore FCI/FVA D Nc
Meliaceae Guarea kunthiana A.Juss. Árvore FTF/FCI/FVA D Po
Meliaceae Trichilia cipo (A.Juss.) C.DC. Árvore FCI/FVA D In
Meliaceae Trichilia elegans A.Juss. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI D In
Meliaceae Trichilia pallida Sw. Árvore FTF/CER/FCI D Co
Meliaceae Trichilia quadrijuga Kunth Árvore FTF/FVA D Co
Meliaceae Trichilia schomburgkii C.DC. Árvore FVA D Co
Menispermaceae Abuta grandifolia (Mart.) Sandwith Arbusto FTF/FCI D Nc
Menispermaceae Cissampelos laxiflora Moldenke Liana FTF D Nc
Moraceae Brosimum guianense (Aubl.) Huber) Árvore FTF D Co
Moraceae Brosimum lactescens (S.Moore) C.C.Berg Árvore FTF/FVA D Po
Moraceae Brosimum parinarioides Ducke Árvore FTF D Co
Moraceae Castilla ulei Warb. Árvore FTF D In
Moraceae Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Árvore FTF D Nc
Moraceae Dorstenia brasiliensis Lam. Erva FTF D Nc
Moraceae Ficus amazonica (Miq.) Miq. Arbusto FVA D Nc
Moraceae Ficus guianensis Desv. Árvore FTF/FVA D In
Moraceae Ficus insipida Willd. Árvore FCI D In
Moraceae Ficus paraensis (Miq.) Miq. Árvore FTF/FCI D In
Moraceae Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Árvore FTF D In
Rusby
Moraceae Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. Árvore FCI/FVA D Co
Moraceae Naucleopsis ternstroemiiflora (Mildbr.) C.C.Berg Arbusto; Árvore FTF D In

67
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Moraceae Sorocea guilleminiana Gaudich. Árvore FTF/FCI D In
Moraceae Sorocea muriculata Miq. Arbusto; Árvore FTF D In
Myristicaceae Compsoneura ulei Warb. Arbusto; Árvore FTF D In
Myristicaceae Iryanthera paraensis Huber Árvore FTF/FCI/FVA D In
Myristicaceae Iryanthera sagotiana (Benth.) Warb. Árvore FTF/FVA D In
Myristicaceae Virola calophylla Warb. Árvore FTF/FVA D Co
Myristicaceae Virola sebifera Aubl. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI/ D Co
FVA
Myristicaceae Virola surinamensis (Rol. ex Rottb.) Warb. Árvore FTF/FCI/FVA D Co
Myrtaceae Calyptranthes macrophylla O.Berg Árvore FTF/FVA D In
Myrtaceae Eugenia belemitana McVaugh Arbusto; Árvore FTF D In
Myrtaceae Eugenia biflora (L.) DC. Árvore FVA D In
Myrtaceae Eugenia citrifolia Poir. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Myrtaceae Eugenia coffeifolia DC. Arbusto; Árvore FTF D In
Myrtaceae Eugenia diplocampta Diels Árvore FTF D In
Myrtaceae Eugenia egensis DC. Árvore FVA D In
Myrtaceae Eugenia flavescens DC. Arbusto; Árvore FTF D In
Myrtaceae Eugenia lambertiana DC. Arbusto; Árvore FTF/FVA D Nc
Myrtaceae Eugenia omissa McVaugh Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Myrtaceae Eugenia patens Poir. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Myrtaceae Eugenia patrisii Vahl Arbusto; Árvore FTF D In
Myrtaceae Eugenia punicifolia (Kunth) DC. Arbusto CER/FCI D Nc
Myrtaceae Eugenia spruceana O.Berg Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Myrtaceae Eugenia stictopetala Mart. ex DC. Arbusto; Árvore FTF/CER D In
Myrtaceae Myrcia amazonica DC. Arbusto; Árvore FTF D In
Myrtaceae Myrcia bracteata (Rich.) DC. Arbusto; Árvore FVA D In
Myrtaceae Myrcia cuprea (O.Berg) Kiaersk. Arbusto; Árvore FTF D In
Myrtaceae Myrcia grandis McVaugh Árvore FTF D In
Myrtaceae Myrcia guianensis (Aubl.) DC. Árvore FTF/CER D In
Myrtaceae Myrcia multiflora (Lam.) DC. Arbusto; Árvore FTF/CER D In
Myrtaceae Myrcia obumbrans (O.Berg) McVaugh Árvore FTF D In
Myrtaceae Myrcia splendens (Sw.) DC. Árvore FTF/CER D In
Myrtaceae Myrcia subsessilis O.Berg Árvore FTF/FVA D In
Myrtaceae Myrcia sylvatica (G.Mey.) DC. Árvore FTF/FVA D In
Myrtaceae Myrciaria dubia (Kunth) McVaugh Arbusto FCI D Nc, F
Myrtaceae Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) Árvore FTF/CER/FCI D In
O.Berg
Myrtaceae Myrciaria tenella (DC.) O.Berg Arbusto; Árvore FTF D In
Myrtaceae Psidium acutangulum DC. Arbusto; Árvore FCI D Nc. F
Myrtaceae Psidium guineense Sw. Arbusto; Árvore FTF/CER D Nc. F
Myrtaceae Psidium guyanense Pers. Árvore CER D In
Myrtaceae Psidium riparium Mart. ex DC. Arbusto FCI D Nc
Myrtaceae Psidium striatulum Mart. ex DC. Arbusto FCI D Nc
Myrtaceae Siphoneugena dussii (Krug & Urb.) Proença Arbusto; Árvore FCI D In
Nyctaginaceae Boerhavia diffusa L. Erva ruderal D Nc
Nyctaginaceae Guapira hirsuta (Choisy) Lundell Árvore FTF D In
Nyctaginaceae Guapira venosa arbusto/árvore Árvore FTF D In
Nyctaginaceae Neea floribunda Poepp. & Endl. Árvore FTF D Nc
Nyctaginaceae Neea oppositifolia Ruiz & Pav. Árvore FTF D In
Ochnaceae Ouratea castaneifolia (DC.) Engl. Árvore FCI D In
Ochnaceae Ouratea floribunda (A.St.-Hil.) Engl. Arbusto CER D Nc

68
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Olacaceae Heisteria acuminata (Humb. & Bonpl.) Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA D In
Engl.
Olacaceae Heisteria densifrons Engl. Arbusto; Árvore; FTF/FVA D Nc
Liana
Olacaceae Heisteria scandens Ducke Liana FTF D Nc
Onagraceae Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H.Raven Arbusto; Erva; FTF/CER/FCI/ D Nc
Subarbusto FVA
Orchidaceae Brassavola martiana Lindl. Epífita FTF/FVA D Nc
Orchidaceae Brassia chloroleuca Barb.Rodr. Epífita FTF/FVA D Nc
Orchidaceae Campylocentrum (Rchb.f.) Rolfe Epífita FTF D Nc
pachyrrhizum
Orchidaceae Cohniella cebolleta (Jacq.) Christenson Epífita FTF/FCI/FVA D Nc
Orchidaceae Dichaea graminoides (Sw.) Lindl. Epífita FVA D Nc
Orchidaceae Encyclia oncidioides (Lindl.) Schltr. Epífita FCI D Nc
Orchidaceae Encyclia randii (Barb.Rodr.) Porto & Epífita FTF/FVA D Nc
Brade
Orchidaceae Epidendrum macrocarpum Rich. Epífita FTF/FVA D Nc
Orchidaceae Epidendrum rigidum Jacq. Epífita FTF/FCI/FVA D Nc
Orchidaceae Epidendrum strobiliferum Rchb.f. Epífita FTF/FCI/FVA D Nc
Orchidaceae Erycina pusilla (L.) N.H. Williams & Epífita FTF/CER D Nc
M.W. Chase
Orchidaceae Eulophia alta (L.) Fawc. & Rendle Erva FTF/CER/FCI D Nc
Orchidaceae Heterotaxis superflua (Rchb.f.) F.Barros Epífita FTF D Nc
Orchidaceae Maxillariella alba (Hook.) M.A.Blanco & Epífita FCI D Nc
Carnevali
Orchidaceae Oncidium baueri Lindl. Epífita FTF/FCI D Nc
Orchidaceae Orleanesia amazonica Barb.Rodr. Epífita FTF/FVA D Nc
Orchidaceae Platystele ovalifolia (H.Focke) Garay & Epífita FTF/FVA D Nc
Dunst.
Orchidaceae Prescottia stachyodes (Sw.) Lindl. Erva FTF/FCI D Nc
Orchidaceae Prosthechea fragrans (Sw.) W.E.Higgins Epífita FTF/FCI/FVA D Nc
Orchidaceae Prosthechea vespa (Vell.) W.E.Higgins Epífita FTF/CER/FCI/ D Nc
FVA
Orchidaceae Rodriguezia lanceolata Ruiz & Pav. Epífita FCI D Nc
Orchidaceae Scaphyglottis boliviensis (Rolfe) B.R.Adams Epífita FTF/FVA D Nc
Orchidaceae Sobralia liliastrum Salzm. ex Lindl. Erva FTF D Nc
Passifloraceae Passiflora acuminata DC. Liana FCI D Nc
Passifloraceae Passiflora capparidifolia Killip Liana FCI D Nc
Passifloraceae Passiflora coccinea Aubl. Liana FTF D Nc
Passifloraceae Passiflora foetida L. Liana FVA D Nc
Passifloraceae Passiflora glandulosa Cav. Liana FTF D Nc
Passifloraceae Passiflora nitida Kunth Liana FTF D Nc
Passifloraceae Passiflora oerstedii Mast. Liana CER D Nc
Passifloraceae Passiflora serratodigitata L. Liana FTF/FVA D Nc
Passifloraceae Passiflora vespertilio L. Liana FTF/FCI/FVA D Nc
Peraceae Pera distichophylla (Mart.) Baill. Arbusto; Árvore FTF/FVA D Po
Peraceae Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. Arbusto; Árvore FTF/CER/FVA D In
Phyllanthaceae Amanoa guianensis Aubl. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Phyllanthaceae Discocarpus spruceanus Müll.Arg. Árvore CER/FCI D In
Phyllanthaceae Phyllanthus acuminatus Vahl Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI D In
Phyllanthaceae Phyllanthus attenuatus Miq. Arbusto FTF/FCI/FVA D Nc
Phyllanthaceae Phyllanthus myrsinites Kunth Arbusto FTF/FVA D Nc

69
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Phyllanthaceae Richeria grandis Vahl Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI/ D In
FVA
Phytolaccaceae Hilleria latifolia (Lam.) H.Walter Erva; FTF/FVA D Nc
Subarbusto;
Arbusto
Phytolaccaceae Seguieria macrophylla Benth. Arbusto; Liana FTF D Nc
Picramniaceae Picramnia latifolia Tul. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Picramniaceae Picramnia spruceana Engl. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Picrodendraceae Piranhea trifoliata Baill. Arbusto; Árvore FCI/FVA D In
Picrodendraceae Podocalyx loranthoides Klotzsch Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA D In
Piperaceae Peperomia circinnata Link Epífita FTF/FCI D Nc
Piperaceae Peperomia elongata Kunth Epífita FTF/FVA D Nc
Piperaceae Peperomia glabella (Sw.) A.Dietr. Epífita FTF/FVA D Nc
Piperaceae Peperomia macrostachya (Vahl) A.Dietr. Epífita FTF D Nc
Piperaceae Peperomia obtusifolia (L.) A.Dietr. Epífita FTF D Nc
Piperaceae Peperomia quadrangularis (J.V.Thomps.) A.Dietr. Epífita FTF/FVA D Nc
Piperaceae Piper arboreum Aubl. Arbusto FTF/FCI D Nc
Piperaceae Piper bartlingianum (Miq.) C.DC. Arbusto FTF/CER D Nc
Piperaceae Piper cuyabanum C.DC. Arbusto FTF/CER/FCI D Nc
Piperaceae Piper dilatatum Rich. Arbusto FTF/CER/FCI D Nc
Piperaceae Piper divaricatum G.Mey. Arbusto FTF/CER/FVA D Nc
Piperaceae Piper gaudichaudianum Kunth Arbusto FTF/CER/FCI D Nc
Piperaceae Piper graciliramosum Yunck. Arbusto FTF D Nc
Piperaceae Piper hispidum Sw. Arbusto FTF/FCI/FVA D Nc
Piperaceae Piper marginatum Jacq. Arbusto FTF/CER D Nc
Piperaceae Piper peltatum L. Arbusto FTF/FCI D Nc
Piperaceae Piper piresii Yunck. Arbusto; FTF D Nc
Subarbusto
Piperaceae Piper reticulatum L. Arbusto FTF D Nc
Piperaceae Piper rivinoides Kunth Arbusto FTF/CER D Nc
Piperaceae Piper schwackei C.DC. Arbusto; Liana FTF D Nc
Piperaceae Piper tuberculatum C.DC. Arbusto FTF/CER/FCI D Nc
Piperaceae Piper variegatum Kunth Arbusto FTF D Nc
Plantaginaceae Scoparia dulcis L. Erva ruderal D Nc
Plumbaginaceae Plumbago scandens L. Subarbusto FTF D Nc
Poaceae Axonopus pressus (Nees ex Steud.) Erva ruderal D Nc
Parodi
Poaceae Gymnopogon foliosus (Willd.) Nees Erva CER D Nc
Poaceae Ichnanthus breviscrobs Döll Erva; Subarbusto FTF/CER D Nc
Poaceae Ichnanthus calvescens Nees Erva; Subarbusto CER/FCI D Nc
Poaceae Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K.Simon & Erva ruderal D Nc
S.W.L.Jacobs
Poaceae Melinis repens (Willd.) Zizka Erva ruderal D Nc
Poaceae Olyra latifolia L. Erva FTF/FCI D Nc
Poaceae Olyra longifolia Kunth Erva FTF/FCI/FVA D Nc
Poaceae Oryza latifolia Desv. Erva FVA D Nc
Poaceae Pariana zingiberina Rich. ex Döll Erva FTF/FCI D Nc
Poaceae Raddiella esenbeckii (Steud.) Calderón & Erva CER/FCI D Nc
Soderstr.
Poaceae Raddiella malmeana (Ekman) Swallen Erva FCI D Nc
Poaceae Rhipidocladum parviflorum (Trin.) McClure Bambu FTF/FCI D Nc
Poaceae Stephostachys mertensii (Roth) Zuloaga & Subarbusto CER/FVA D Nc
Morrone

70
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Polygalaceae Bredemeyera floribunda Willd. Arbusto; Liana FTF D Nc
Polygalaceae Bredemeyera lucida (Benth.) Klotzsch ex Arbusto; Liana CER D Nc
Hassk.
Polygalaceae Caamembeca spectabilis (DC.) J.F.B.Pastore Subarbusto FTF D Nc
Polygalaceae Securidaca bialata Benth. Liana FVA D Nc
Polygonaceae Coccoloba excelsa Benth. Arbusto FCI/FVA D Nc
Polygonaceae Coccoloba ovata Benth. Arbusto; Árvore FCI/FVA D In
Polygonaceae Symmeria paniculata Benth. Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA D In
Polypodiaceae Microgramma lycopodioides (L.) Copel. Epífita FVA D Nc
Polypodiaceae Phlebodium decumanum (Willd.) J.Sm. Erva FVA D Nc
Primulaceae Clavija lancifolia Desf. Arbusto FTF/CER D Nc
Primulaceae Cybianthus brasiliensis (Mez) G.Agostini Arbusto FTF D Nc
Proteaceae Panopsis rubescens (Pohl) Rusby Árvore FCI/FVA D In
Quiinaceae Quiina florida Tul. Árvore FTF D In
Rhabdodendraceae Rhabdodendron amazonicum (Spruce ex Benth.) Arbusto FTF D Nc
Huber
Rhamnaceae Gouania blanchetiana Miq. Liana FCI D Nc
Rubiaceae Alibertia edulis (Rich.) A.Rich. Arbusto; Árvore CER/FCI D In
Rubiaceae Borreria cupularis DC. Erva; Subarbusto ruderal D Nc
Rubiaceae Borreria hyssopifolia (Willd. ex Roem. & Erva FCI/FVA D Nc
Schult.) Bacigalupo &
E.L.Cabral
Rubiaceae Borreria ocymifolia (Roem. & Schult.) Erva ruderal D Nc
Bacigalupo &
E.L.Cabral
Rubiaceae Bothriospora corymbosa (Benth.) Hook.f. Árvore FVA D In
Rubiaceae Chomelia ribesioides Benth. ex A. Gray Arbusto; Árvore CER D In
Rubiaceae Cordiera sessilis (Vell.) Kuntze Arbusto CER D Nc
Rubiaceae Dialypetalanthus fuscescens Kuhlm. Arbusto; Árvore FTF D In
Rubiaceae Diodella apiculata (Willd. ex Roem. & Subarbusto CER D Nc
Schult.) Delprete
Rubiaceae Diodella sarmentosa (Sw.) Bacigalupo & Liana FTF D Nc
E.L.Cabral
Rubiaceae Diodella teres (Walter) Small Erva FTF/CER D Nc
Rubiaceae Duroia kotchubaeoides Steyerm. Árvore FVA D In
Rubiaceae Duroia micrantha (Ladbr.) Zarucchi Árvore FVA D In
Rubiaceae Faramea anisocalyx Poepp. & Endl. Arbusto; Árvore FTF D In
Rubiaceae Faramea capillipes Müll. Arg. Arbusto; Árvore FTF D In
Rubiaceae Faramea lourteigiana Steyerm. Arbusto FVA D Nc
Rubiaceae Genipa americana L. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI/ D In, F
FVA
Rubiaceae Geophila repens (L.) I.M.Johnst. Erva FTF/FVA D Nc
Rubiaceae Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. Arbusto; Árvore CER D In
Rubiaceae Hamelia patens Jacq. Arbusto FTF/CER D Nc
Rubiaceae Isertia rosea Spruce ex K.Schum. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Rubiaceae Malanea macrophylla Bartl. ex Griseb. Liana FTF/CER/FCI D Nc
Rubiaceae Margaritopsis deinocalyx (Sandwith) C.M.Taylor Arbusto FTF/FCI D Nc
Rubiaceae Pagamea guianensis Aubl. Arbusto; Árvore FVA D In
Rubiaceae Palicourea corymbifera (Müll.Arg.) Standl. Arbusto FTF D Nc
Rubiaceae Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult. Arbusto FCI/FVA D Nc
Rubiaceae Palicourea marcgravii A.St.-Hil. Arbusto FTF/FCI D Nc
Rubiaceae Palicourea triphylla DC. Arbusto; CER D Nc
Subarbusto

71
DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Rubiaceae Psychotria amplectans Benth. Arbusto FTF/FVA D Nc
Rubiaceae Psychotria capitata Ruiz & Pav. Arbusto FTF/FCI/FVA D Nc
Rubiaceae Psychotria carthagenensis Jacq. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI/ D In
FVA
Rubiaceae Psychotria hoffmannseggiana (Willd. ex Schult.) Arbusto; FTF/CER/FCI/ D Nc
Müll.Arg. Subarbusto FVA
Rubiaceae Psychotria poeppigiana Müll. Arg. Arbusto FTF/FCI D Nc
Rubiaceae Psychotria racemosa (Aubl.) Rich. Arbusto FTF/FCI D Nc
Rubiaceae Randia armata (Sw.) DC. Árvore FTF/CER/FVA D In
Rubiaceae Retiniphyllum parvifolium Steyerm. Subarbusto FVA D Nc
Rubiaceae Ronabea latifolia Aubl. Arbusto FTF D Nc
Rubiaceae Rudgea cornifolia (Kunth) Standl. Arbusto; Árvore FTF/CER/FVA D In
Rubiaceae Rudgea crassiloba (Benth.) B.L.Rob. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI/ D In
FVA
Rubiaceae Simira rubescens (Benth.) Bremek. ex Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Steyerm.
Rubiaceae Staelia virgata (Link ex Roem. & Erva; Subarbusto CER/FCI D Nc
Schult.) K.Schum.
Rubiaceae Uncaria guianensis (Aubl.) J.F.Gmel. Liana FCI D Nc
Rutaceae Ertela trifolia (L.) Kuntze Erva; Subarbusto FTF D Nc
Rutaceae Esenbeckia pilocarpoides Kunth Arbusto; Árvore FTF D In
Rutaceae Galipea congestiflora Pirani Árvore FTF D In
Rutaceae Hortia longifolia Spruce ex Engl. Arbusto FTF D Nc
Rutaceae Pilocarpus carajaensis Skorupa Árvore FTF D In
Rutaceae Ticorea longiflora DC. Árvore FTF/FVA D In
Rutaceae Zanthoxylum ekmanii (Urb.) Alain Árvore FTF D In
Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Lam. Árvore FTF/FCI D In
Salicaceae Banara guianensis Aubl. Arbusto FTF/FVA D Nc
Salicaceae Banara serrata (Vell.) Warb. Árvore FTF D In
Salicaceae Casearia aculeata Jacq. Arbusto; Árvore CER D In
Salicaceae Casearia arborea (Rich.) Urb. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI D In
Salicaceae Casearia javitensis Kunth Arbusto; Árvore FTF/CER D Nc
Salicaceae Casearia murceana R. Marquete & Árvore FTF D In
Mansano
Salicaceae Casearia pitumba Sleumer Árvore FTF/CER/FCI/ D In
FVA
Salicaceae Casearia tenuipilosa Sleumer Arbusto FTF D Nc
Salicaceae Euceraea nitida Mart. Arbusto; Árvore FTF D In
Salicaceae Hasseltia floribunda Kunth Árvore FTF/FVA D In
Salicaceae Homalium guianense (Aubl.) Oken Arbusto; Árvore FTF/CER D In
Salicaceae Homalium racemosum Jacq. Arbusto; Árvore FTF/CER/FVA D In
Sapindaceae Allophylus amazonicus (Mart.) Radlk. Arbusto; Árvore FTF/FVA D In
Sapindaceae Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Arbusto; Árvore FCI D In
Hieron. ex Niederl.
Sapindaceae Allophylus glabratus (Kunth) Radlk. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Sapindaceae Allophylus latifolius Huber Arbusto; Árvore FTF D In
Sapindaceae Allophylus strictus Radlk. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Sapindaceae Cardiospermum halicacabum (Kunth) Blume Liana FTF D Nc
Sapindaceae Magonia pubescens A.St.-Hil. Árvore CER D In
Sapindaceae Matayba camptoneura Radlk. Árvore FTF/FCI D Co
Sapindaceae Matayba purgans Radlk. Árvore FTF/FCI D Co
Sapindaceae Melicoccus pedicellaris (Radlk.) Acev.-Rodr. Árvore FTF/FCI D In
Sapindaceae Paullinia bracteosa Radlk. Liana FTF D Nc

72
OUTUBRO DE 2014

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Sapindaceae Paullinia clavigera Schltdl. Liana FCI/FTF D Nc
Sapindaceae Paullinia imberbis Radlk. Liana FTF/FVA D Nc
Sapindaceae Paullinia pinnata L. Liana FVA D Nc
Sapindaceae Paullinia rugosa Benth. ex Radlk. Liana FTF/FCI D Nc
Sapindaceae Paullinia stellata Radlk. Liana FVA D Nc
Sapindaceae Paullinia verrucosa Radlk. Liana FTF/FCI D Nc
Sapindaceae Pseudima frutescens (Aubl.) Radlk. Arbusto; Árvore FTF/FCI D In
Sapindaceae Talisia guianensis Aubl. Árvore FTF D In
Sapindaceae Talisia hemidasya Radlk. Árvore FTF D In
Sapindaceae Talisia mollis Kunth ex Cambess. Árvore FTF D In
Sapindaceae Toulicia guianensis Aubl. Árvore FVA D In
Sapindaceae Vouarana guianensis Aubl. Árvore FTF D In
Sapotaceae Chrysophyllum cuneifolium (Rudge) A.DC. Árvore FTF/FVA D Po
Sapotaceae Micropholis gardneriana (A.DC.) Pierre Árvore FTF D In
Sapotaceae Pouteria cladantha Sandwith Árvore FTF D Po
Sapotaceae Pouteria glomerata (Miq.) Radlk. Árvore FTF D Po
Sapotaceae Pouteria guianensis Aubl. Árvore FCI D Co
Sapotaceae Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma Árvore FCI D Po
Sapotaceae Pouteria multiflora (A.DC.) Eyma Árvore FTF/FCI D Po
Sapotaceae Pouteria pariry (Ducke) Baehni Árvore FTF D Po
Sapotaceae Pouteria torta (Mart.) Radlk. Árvore CER D Po
Sapotaceae Sarcaulus brasiliensis (A.DC.) Eyma Árvore FTF D In
Simaroubaceae Simaba cedron Planch. Árvore FTF D Nc
Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. Árvore FTF/FCI D Co
Siparunaceae Siparuna guianensis Aubl. Arbusto; Árvore FTF/CER/FCI D In
Siparunaceae Siparuna krukovii A.C.Sm. Arbusto; Árvore FTF D In
Siparunaceae Siparuna reginae (Tul.) A.DC. Árvore FTF D In
Smilacaceae Smilax syphilitica Humb. & Bonpl. ex Liana FTF/CER D Nc
Willd.
Solanaceae Brunfelsia martiana Plowman Arbusto FTF D Nc
Solanaceae Physalis angulata L. Erva ruderal D Nc
Solanaceae Solanum acanthodes Hook.f. Arbusto FTF D Nc
Solanaceae Solanum cacosmum Bohs Arbusto FVA D Nc
Solanaceae Solanum crinitum Lam. Arbusto; Árvore CER D In
Solanaceae Solanum distichophyllum Sendtn. Arbusto FTF D Nc
Solanaceae Solanum hoffmanseggii Sendtn. Erva FVA D Nc
Solanaceae Solanum leucocarpon Dunal Arbusto; Árvore FTF D In
Solanaceae Solanum rubiginosum Vahl Arbusto; Árvore FTF, FCI D In
Solanaceae Solanum rugosum Dunal Arbusto FTF D Nc
Solanaceae Solanum semotum M.Nee Erva FTF D Nc
Solanaceae Solanum stramoniifolium Jacq. Arbusto FVA D Nc
Solanaceae Solanum subinerme Jacq. Arbusto FTF D Nc
Solanaceae Solanum uncinellum Lindl. Liana FTF D Nc
Solanaceae Solanum velutinum Dunal Arbusto FTF D Nc
Trigoniaceae Trigonia nivea Cambess. Arbusto; Liana FTF/FCI D Nc
Turneraceae Turnera melochioides Cambess. Arbusto; CER D Nc
Subarbusto
Turneraceae Turnera urbanii Arbo Subarbusto FTF/FVA D Nc
Urticaceae Laportea aestuans (L.) Chew Erva; Arbusto FTF/CER D Nc
Urticaceae Pourouma cecropiifolia Mart. Árvore FTF D In
Urticaceae Urera caracasana (Jacq.) Griseb. Arbusto; Árvore FTF D In

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

Família Nome científico Autor Forma de vida Vegetação GP GC


Verbenaceae Citharexylum macrophyllum Poir. Árvore FTF/FVA D Po
Verbenaceae Lantana camara L. Arbusto ruderal D Nc
Verbenaceae Lantana cujabensis Schauer Arbusto FTF D Nc
Verbenaceae Lippia lupulina Cham. Arbusto CER D Nc
Violaceae Amphirrhox longifolia (A.St.-Hil.) Spreng. Arbusto; Árvore FTF/FCI/FVA D In
Violaceae Corynostylis arborea (L.) S.F.Blake Liana FTF/FVA D Nc
Violaceae Rinorea neglecta Sandwith Árvore FTF D In
Violaceae Rinorea riana Kuntze Arbusto; Árvore FTF D In
Vitaceae Cissus erosa Rich. Liana FTF/CER/FCI/ D Nc
FVA
Vitaceae Cissus verticillata (L.) Nicolson & Liana FTF/CER/FCI/ D Nc
C.E.Jarvis FVA
Vochysiaceae Erisma uncinatum Warm. Árvore FTF D In
Vochysiaceae Qualea dinizii Ducke Árvore FTF D Po
Vochysiaceae Qualea parviflora Mart. Arbusto; Árvore CER D Co
Vochysiaceae Vochysia haenkeana Mart. Árvore FVA D Po
Vochysiaceae Vochysia pyramidalis Mart. Árvore CER D Po
Vochysiaceae Vochysia tomentosa (G.F.W.Meyer) DC. Árvore FTF D Po
Xyridaceae Xyris fallax Malme Erva CER D Nc
Zingiberaceae Renealmia alpinia (Rottb.) Maas Erva FTF/FCI/FVA D Nc
Zingiberaceae Renealmia floribunda K.Schum. Erva FTF D Nc
Zingiberaceae Renealmia monosperma Miq. Erva FTF D Nc

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OUTUBRO DE 2014

Anexo 2 – Lista de espécies arbóreas invasoras a serem evitadas e erradicadas


nos projetos de restauração florestal.

Família Nome científico Nome popular


Anacardiaceae Mangifera indica L. mangueira
Bignoniaceae Spathodea campanulata P. Beauv. árvore-da-bisnaga, espatódea, tulipa-
africana
Bignoniaceae Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth. ipê-amarelo-de-jardim, amarelinho, guarã-
guarã, ipê-mirim
Boraginaceae Cordia africana Lam. ameixa-assíria, babosa-branca, porangaba
Boraginaceae Cordia myxa L. ameixa-assíria, babosa-branca, porangaba
Combretaceae Terminalia catappa L. amendoeira, castanhola, castanheira,
chapéu-de-sol, sete-copas, sombreiro
Fabaceae Acacia mangium Willd. acácia-australiana
Fabaceae Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. leucena, acácia-pálida
Fabaceae Mimosa caesalpiniifolia Benth. sansão-do-campo, sabiá, cebiá
Fabaceae Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze maricá, espinho-de-maricá, alagadiço,
amorosa, espinheiro-de-cerca, silva
Malvaceae Pachira aquatica Aubl. monguba, castanha-do-maranhão
Meliaceae Melia azedarach L. santa-bárbara, cinamomo, paraíso
Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. jaqueira
Myrtaceae Psidium guajava L. goiabeira
Myrtaceae Syzygium cumini (L.) Skeels jambolão, jamelão, azeitona-preta
Oleaceae Ligustrum japonicum Thunb. alfeneiro-do-japão, ligustro
Pinaceae Pinus sp. pinheiro
Rhamnaceae Hovenia dulcis Thunb. uva-do-japão, uva-japonesa, banana-do-
japão, passa-japonesa
Rosaceae Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. nêspera, ameixa-amarela
Rutaceae Murraya paniculata (L.) Jack murta-dos-jardins

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DESCRIÇÃO DAS METODOLOG IAS DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PRADAS A SEREM UTILIZADAS NA SEMA-PA

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OUTUBRO DE 2014

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