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República da Guiné-Bissau

Ministério de Desenvolvimento Rural e Agricultura,


Recursos Naturais e Ambiente

Programa de Nações Unidas para Desenvolvimento

Projecto GBS/97/G31/1G/9 - “Estratégia e Plano de Acção Nacional para a


Biodiversidade
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

ÍNDICE
N.º de Pag.
I - INTRODUÇÃO
4

II - O ESTADO ACTUAL DO AMBIENTE E DA BIODIVERSIDADE NA


GUINE-BISSAU 5

2.1 - Breve historial do uso dos recursos da biodiversidade


2.2 - Condições naturais de utilização dos recursos naturais na Guiné-Bissau
2.2.1 - Localização geográfica da Guiné-Bissau
2.2.2 - Caracterização fiísico-geográfica
2.2.3 - Os recursos em agua, Os solos, sua variedade e caracterização,
vocação e respectivos usos
2.3 - O perfil do estado presente do ambiente na Guiné-Bissau
2.3.1 - Ocupação dos solos
2.3.1.1 - A vegetação e ocupação dos solos
2.3.1.2 - Zonas húmidas de importância local, nacional e internacional
2.4 - Biodiversidade na Guiné-Bissau - estado actual do conhecimento
2.4.1 - A flora da Guiné-Bissau
2.4.2 - A fauna da Guiné-Bissau
2.4.3 - Utilização da Biodiversidade
2.5 - Factores que afectam a flora e a fauna

III - SISTEMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE 37

3.1 - Historia do quadro institucional e organizacional


3.1.1 - Entidades publicas, privadas e ONGs que actuam no sector ambiental
3.1.1.1 - Evolução histórica
3.1.1.2 - Estruturas de Investigação e de Planificação
3.1.1.3 - O sector privado
3.1.1.4 - Entidades especializadas
3.2 - As políticas sectoriais
3.3 - Os recursos humanos
3.4 - Aspectos legais, legislativos e regulamentares
3.4.1 - introdução
3.4.2 - Leis com incidência directa e indirecta sobre a conservação da
biodiversidade na Guiné-Bissau
3.4.2.1 - Medidas Necessárias no Quadro Legislativo
3.5 - Aspectos económicos e financeiros
3.6 - Pesquisas cientificas, expertise, potencial e capacidade de
produção de informação
3.7 - Informação e educação ambiental e suporte da opinião publica

IV - AVALIAÇÃO GERAL DA IMPLEMENTAÇÃO DA CONVENÇÃO DA 64


BIODIVERSIDADE NA GUINE-BISSAU

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

4.1 - Generalidades sobre a aplicação da Convenção sobre a Diversidade Biológica


na Guiné-Bissau

V - A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NA GUINE-BISSAU - 80


CONDIÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO,
OBJECTIVOS E ESTRATÉGIAS

5.1 - Considerações gerais


5.2 - Os objectivos da conservação da biodiversidade na Guiné-Bissau
5.3 - Alguns elementos para a estratégia a adoptar para a conservação da
biodiversidade na Guiné-Bissau
5.3.1 - Componentes da estratégia
5.3.2 - Acções a desenvolver no quadro da conservação da Diversidade
Biológica
5.4 - Monitoria e avaliação

Anexo I 92
Tabela 1 Superfície e produção das principais culturas praticadas na Guiné Bissau
Figura1 Evolução das Superfícies (em ha) das Principais culturas da Guiné Bissau

Anexo II 94
Tabela 2 Evolução das superfícies de diferentes formações vegetais segundo os recenseamentos
realizados entre 1978-1990
Tabela 3 Dados comparativos da evolução da ocupação dos solos (em ha e em % de superfície
ocupada) - SCET - 1978 e GEOSYSTEMES - 1993

Anexo III 96
Tabela 4 Lista de espécies de peixe, moluscos e crustáceos
Tabela 5 Lista e estatuto de alguma espécies de avifauna recenseadas na Guiné-Bissau
Tabela 6 Espécie de Quirópteros recenseados na Guiné-Bissau
Tabela 7 Anfíbios recenseados na Guiné-Bissau
Tabela 8 Espécie de répteis recenseados na Guiné-Bissau
Tabela 9: Lista e estatuto de alguns mamíferos recenseados na Guiné-Bissau
Tabela 10 Famílias e Número de Espécies da Flora Recenseadas na Guiné-Bissau, segundo a
literatura
Tabela 11 Lista de espécies florísticas recenseadas na Guiné-Bissau
Anexo IV 147
Figura 2: Estrutura da Direcção Geral de Florestas e Caça
Figura 3: Estrutura do Conselho Nacional do Ambiente
Figura 4: Estrutura da Direcção Geral do Ambiente
Anexo V 152
Tabela 12: Lista de alguns documentos legais (leis, decretos e regulamentos)
Tabela 13: Projectos de diplomas
Tabela 14 Lista de convenções internacionais assinadas pela Guiné-Bissau
Tabela 15 Principais convenções regionais e sub-regionais

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

I - INTRODUÇÃO

A elaboração do presente documento decorre do mandato conferido, pelo Governo, à Direcção Geral
do Ambiente. Esta Direcção é responsável pela elaboração de políticas, estratégias e programas para o
sector ambiental em geral e para a conservação da diversidade biológica.

A elaboração do Plano de Acção para a Conservação da Biodiversidade, é uma obrigação das Partes,
que decorre da assinatura da Convenção sobre a Biodiversidade (artigo 6º da Convenção). Na
continuação dos esforços empreendidos na aplicação das disponibilidades da Convenção pelo Governo
da Guiné-Bissau, e financiado pelo FEM, com o apoio do PNUD, foi iniciado o projecto para a
elaboração da “Estratégia e o Plano Nacional de Acção para a Biodiversidade” na qual o presente
relatório está inserido.

A exploração dos recursos naturais e graças a sua biodiversidade constitui a base da economia da
Guiné-Bissau. Dos recursos florestais é produzido basicamente a energia utilizada na Guiné-Bissau, os
materiais de construção e os medicamentos. Da exploração dos recursos da fauna terrestre e da pesca, é
garantida essencialmente o consumo de proteínas das populações da Guiné-Bissau. Aliás a economia
da Guiné-Bissau, muito depende das exportações de produtos oriundos da agricultura e florestas como
o caju e a madeira, e dos produtos da pesca. Igualmente importantes e com um potencial de
desenvolvimento considerável, é o sector do turismo com base no ecoturismo e nas actividades
cinegéticas, e da pesca desportiva.

A problemática da conservação da biodiversidade se bem que recente, preocupa há muito tempo as


sociedades tradicionais, uma vez que a economia destas, na Guiné-Bissau, repousa em grande medida
na exploração dos recursos naturais nomeadamente da biodiversidade. Pelo que, com as mudanças
climáticas, os impactos da colonização e da guerra, muito cedo estas sociedades sentiram a ameaça que
sobre elas pende, com o desaparecimento de alguns destes recursos (solo, florestas, agua, fauna, etc.),
dos quais dependem a sobrevivência e a reprodução (material) destas sociedades.

Apesar do engajamento do pais assumido com a assinatura e ratificação da referida Convenção


verifica-se que, a sua implementação ao nível nacional foi dispersa, pouco articulada e com muita
discontinuidade. A Convenção e as suas disposições foram muito pouco divulgadas. Se não fosse as
acções em curso, no âmbito da Planificação Costeira e de outras iniciativas sobretudo para aumentar o
conhecimento sobre os recursos e criar algumas áreas protegidas, pouco se sentiu ao nível da aplicação
prática, não só da Convenção mas também dos mecanismos por ela propostas.

O presente documento pretende facultar uma análise sobre o estado actual dos recursos da
biodiversidade na Guiné-Bissau, os principais estrangulamentos à sua conservação e utilização, as
estratégias e as principais acções a empreender para garantir a sua durabilidade e sobretudo
considerando as estratégias e as perspectivas de desenvolvimento já traçadas por outros sectores de
desenvolvimento e as grandes opções estratégicas do País no âmbito dos estudos prospectivos.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

II - O ESTADO ACTUAL DO AMBIENTE E DA BIODIVERSIDADE NA GUINÉ-


BISSAU

2.1.- Breve historial da utilização dos recursos da Biodiversidade

O período colonial foi caracterizado por uma exploração desenfreada de alguns recursos naturais e
sobretudo dos recursos da biodiversidade. É assim que nesse período com a monocultura da mancara os
solos de Bolama e Quinara foram completamente degradados, enquanto que se assistia a uma exploração
desenfreada dos recursos florestais, facto que é marcado não só pela existência de inúmeras serrações que
datam desse período, como também pelo desaparecimento das florestas primárias que caracterizaram as
paisagens guineense. À título de exemplo a ilha de Bolama, onde se localizava a antiga capital da então
Guiné-Portuguesa, era caracterizada na viragem do século pelas suas florestas e pela presença de animais
tais como o elefante, que hoje é considerado uma espécie quase extinta na Guiné-Bissau. Isso para não
falar das outras regiões.

A guerra de libertação se bem que tenha entravado a exploração de alguns recursos, contribuiu para a
degradação e fuga de outros. È de salientar o efeito do napalm e de bombas sobre as florestas, com o
objectivo de desabrigar os guerrilheiros e descobrir os seus acampamentos, enquanto que os combates e a
intensa movimentação de tropas e armamento respectivos no cenário da guerra não só originou a fuga de
determinadas espécies de fauna terrestre, como igualmente, tornou inapropriado o uso dos habitats
respectivos. Algumas áreas tornaram-se completamente estéreis devido ao efeito das bombas, enquanto
que outras tornaram-se completamente inacessíveis, e em consequência protegidas, da acção antrópica.

Com a independência, a sensibilidade sobre as questões ambientais não se alterou de forma substancial
apesar das secas do fim da década de setenta. Nesse período se inicia a recuperação das infra-estruturas
básicas e se promove a criação de algumas indústrias básicas, sem que no entanto se considerem as
preocupações ambientais. Na agricultura as preocupações centraram-se no início, na recuperação de
“bolanhas” salgadas para a orizicultura alagada como base da política de auto-suficiência alimentar, acção
para a qual foram mobilizadas financiamentos externos consideráveis, sem que no entanto se tenha
atingido os objectivos programados. Ao contrário, as importações de arroz que eram inexistentes no
período antes da Guerra hoje atingem cerca de 60 000 ton./ano 1 . Posteriormente, a monocultura do caju
foi promovida e incentivada como primeiro produto de exportação agrícola . Cerca de 29 000 ton. foi
exportado em 19952 , e estima-se o crescimento anual do volume de exportação em cerca de 27 % . Cerca
de 103 0003 ha estão a ser ocupados com plantações desta cultura segundo estimativas de 1995, as quais
são susceptíveis de um crescimento anual de cerca de 20 % 4 , em detrimento das áreas de pousio, e áreas
de cultura alimentares

O fenómeno demográfico destes últimos anos tem provocado igualmente uma pressão considerável
sobre os recursos naturais em geral e essencialmente os recursos da diversidade biológica, sobre as
quais assentam o consumo e a base alimentar da população da Guiné-Bissau. Com uma superfície de

1
- MDRA, Carta de Política Agrícola, pag. 12.
2
- Idem, pag. 15.
3
- MDRA, La Filiere Anacardier en Guinee-Bissau, 1996, pag. 26 e seg.
4
- Idem, pag. 26 e seg.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

cerca de 36 125 Km2 a Guiné-Bissau tem uma população de cerca de 1,2 Milhões de habitantes. Na
problemática demográfica da Guiné-Bissau há que considerar essencialmente os seguintes aspectos:

• a taxa média de crescimento da população da Guiné-Bissau é de cerca de 2 %/Ano;

• a densidade populacional é de cerca de 27 habitantes por Km2;

• cerca de 60 % da população total do país vive na zona costeira, na qual se localiza a


capital, Bissau, que concentra cerca de 20 % da população da Guiné-Bissau; Esta cidade
tem uma taxa de crescimento de cerca de 7 %/ano;

• cerca de 57 % da população da Guiné-Bissau é essencialmente constituída por menores


de 25 anos e sobre as quais pendem vários problemas sócio-económicos por resolver, tais
como a questão do ensino e da formação, a questão do emprego, etc.

Verificam-se ao nível das regiões algumas tendências específicas e que se prendem com a situação
ambiental:

• No norte com a grande deterioração da situação sócio-económica, sobretudo das


condições naturais de produção, acentuaram o processo de migração, quer para a
cidade de Bissau como para o estrangeiro. A zona norte registou entre os
recenseamentos de 1978 e os de 1991 um aumento de 13 %, o que significa que a taxa
anual de crescimento da população é menos de 1%/ano

• No Leste da Guiné-Bissau, onde a população cresceu cerca de 26,3 % ou seja á um ritmo


anual de cerca de 2 %. Tal facto deve-se sobretudo a posição geo-estratégica desta zona
no trafico e no comercio sub-regional, apesar da deterioração muito significativa das
condições ambientais verificadas nos últimos anos, marcado por exemplo, por uma
diminuição progressiva dos volumes pluviométricos anuais e pela deterioração e
diminuição das superfícies das formações vegetais mais densas;

• No sul com excepção da região Bolama-Bijagós houve um crescimento população


(1978.-1991) de cerca de 24 % apesar da situação de encravamento da suas
regiões, por falta de vias de comunicação. Este crescimento é em parte favorecido
pelo facto destas regiões terem constituído nos últimos anos o destino para muitos
imigrantes, vindos de outras regiões da Guiné -Bissau, onde as condições naturais
de produção se deterioraram, entre outros, devido as consequências da
diminuição das chuvas e da degradação dos solos. A região Bolama-Bijagós, fruto
do seu encravamento e fraco desenvolvimento sócio-económico, não registou,
mudanças significativas no tamanho da população, mas em algumas ilhas
registou-se sobretudo uma mudança significativa na pirâmide etária em favor das
classes de idade mais avançadas e da população feminina.

Há que considerar estas especificidades dos factores demográficos e suas tendências nacional e
regionais, na planificação das acções de conservação da biodiversidade.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Com efeito, sobretudo no sul, a superfície das florestas diminui com a criação de novos
assentamentos humanos, enquanto que no leste e no centro norte, na procura de novas
alternativas de produção, as pastagens extensivas se alargam em detrimento das últimas
formações vegetais (mais densas) aí existentes. No norte, e sobretudo com o impacto da
diminuição das chuvas sobre o potencial orizicula das bolanhas, verifica-se uma invasão do
planalto para a cultura do arroz. Mesmo nestas condições a dependência em relação às
importação de cereais aumentam cada vez mais e de forma significativa.

Em geral devido a este crescimento rápido das populações e a sua grande concentração ao nível das
grandes cidades, as preocupações globais são relegadas para um segundo plano enquanto que as atenções
se voltam para a resolução dos problemas imediatos de sobrevivência, como as do aumento da produção
agrícola, aumento dos produtos da pesca, material lenhoso.

O Programa de Ajustamento Estrutural não contribuiu de forma significativa para a implantação de


programas de conservação ambiental, mas sim, este programa, reorientou as acções do Governo da Guiné-
Bissau, para a melhoria dos indicadores macro-económicos. Nesta base assistiu-se ao incrementar de
programas que supostamente deveriam ter como consequência final, o aumento das exportações, para
contrabalançar e diminuir o peso da dívida externa e o défice da balança comercial. Tais programas no
entanto, não conseguiram alcançar todos os seus objectivos. Nesta base, verificou-se uma deterioração da
situação sócio-económica, que teve como consequência uma pressão desenfreada sobre os recursos
naturais, em especial os da biodiversidade, para responder as necessidades imediatas de sobrevivência das
populações rurais, enquanto que nas cidades aumentaram grandemente os níveis de pobreza.

Nos últimos quinze anos, cresceu consideravelmente o número e as superfícies de concessão aos
ponteiros (vide tabela seguinte). Entretanto o mais importante a considerar é que, na distribuição destas
concessões não se observou qualquer princípio de equitatividade ou de capacidade dos beneficiários em
usarem de forma efectiva e racional, para fins agrícolas, as superfícies obtidas.

Cerca de 85 % do total das explorações são constituídas por pequenas explorações tradicionais familiares
que não ultrapassam em média, 3,5 ha cada uma. As explorações dos ponteiros num total de cerca de
2530 ocupam em média 100 a 150 ha 5 . Para estes últimos em geral, as áreas efectivamente exploradas não
ultrapassam os 10 % das áreas concedidas. À volta das explorações dos ponteiros existem conflitos vários,
que só poderão em parte ser solucionados, através da aplicação consequente do sistema de taxação e
penalização previstas no quadro da Lei da Terra.

Ligados a estas concessões e por falta de enquadramento e orientação técnica, superfícies consideráveis de
difícil estimação, foram arroteadas, e as respectivas vegetações destruídas, sem que no entanto tenham
sido utilizadas para a produção, por se tratarem em alguns casos de zonas marginais, e, em outros, de áreas
em que os beneficiários simplesmente queriam explorar o potencial em madeira comercial aí existentes.

5
- Extraído do banco de dados sobre as pontas existentes no INEP e elaborado na base dos registos da Direcção Geral de
Cadastro.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Evolução do Número e Superfície de Concessões ao Nível Nacional


Anos Superfície
N.º de Total
Pontas (em ha)

1906-1916 23 2069,3 ha
1917-1926 39 11189,40 ha
1927-1936 16 15527,8
1937-1946 95 68267,7
1947-1956 102 26239,9
1957-1966 36 2796,3
1967-1976 144 5684,1
1976-1986 659 75092,9
1987-1997 1416 223888,9
TOTAL 2530 428768.00

A pesca assume no período pós independência uma maior importância em termos de receitas de venda
de licenças (cerca de 12.600 000 de US$ em 1993) e fundos de compensação da CEE (cerca de 6
8.400.000 US$ 6 em 1993) 7 . Entretanto não se chegou a desenvolver as bases necessárias para a criação
de uma frota nacional, assim como industrias especificas (exceptuando as de conservação) em terra.

Só muito mais tarde, no limiar da realização da Cimeira do Rio e com o impulso da ONG
Internacional, União Mundial para a Conservação da Natureza, UICN, as preocupações ambientais
passam a ser cada vez mais consideradas nas políticas de desenvolvimento sectorial e tomadas em
conta nos programas nacionais de desenvolvimento, e se inicia um processo de discussão, estudos e
implementação do programa da Planificação Costeira e algumas áreas protegidas começam a ser
criadas.

6
- Plan Directeur de Peche Industrielle, Guinee-Bissau, Phase 1: Bilan Sectoriel - Rapport Final, pag. 14-15 e seg.
7
- Idem, pag. 14-15 e seg.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

2.2. - Condições naturais de utilização dos recursos naturais na


Guiné-Bissau

2.2.1 - Localização geográfica da Guiné-Bissau

Localização da Guiné-Bissau

A República da Guiné-Bissau está situada na costa ocidental de África, entre o Senegal ao norte e a
República de Guiné-Conakry ao sul e este.

A sua posição geográfica é dada pelos seguintes limites : ao norte o paralelo 12 40 N (Cabo Roxo), ao
sul, o paralelo 10 57 N (Ponta Gardete), o meridiano 13 38 a Este, e 10 43 a Oeste. A extensão total
das duas fronteiras é de 865 Km, das quais 705 terrestres e 160 marítimas.

A Superfície total da Guiné-Bissau é de 36 125 Km2, sem contar as áreas ocupadas por rias, a sua
extensão é de 31 000 Km2 e considerando o nível mais alto da maré a superfície emersa é de 28 000
Km2.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

2.2.2 - Caracterização físico–geográfica

O território compõe-se de uma parte continental e de uma parte insular compostos pelo
Arquipélago dos Bijagós, as ilhas de Jeta e de Pecixe e outras pequenas ilhas.

a) - O relevo

O relevo compreende zonas de altitudes pouco acentuadas, sendo os valores máximos atingidos
cerca de 300 m. Podem distingue -se cinco zonas principais :

Planície Litoral
Peneplanície de Gabú
Planalto de Bafatá
Colinas de Boé
Zona de transição de Óio e de Forrea

A Planície litoral, é de origem fluvio-marinha com depósitos arenosos formados pelos meandros de
vários rios e os seus múltiplos braços, onde as marés se alargam na preia- mar. São perceptíveis alguns
pequenos planaltos já erodidos, como o de Pelundo, de Canchungo e do Bissalanca em Bissau. A planície
do rio Cacheu é a mais vasta com 30 Km de largura no litoral e cerca de 150 Km de comprimento.

A Peneplanície de Gabú, caracteriza-se por ondulações suaves e rede hidrográfica pouco nítida. Não é
fácil separar os planaltos das planícies aluviais que perdem a importância de que se revestem no planalto
de Bafatá e nas planícies do litoral. Esta morfologia aparece relacionada com as ondulações dos arenitos
quartzosos que, são arrastadas por ciclos erosivos. Numerosos afloramentos de tais granitos ocorrem na
área de Nhampassare com varias formas de erosão incluindo abrigos, forma colunares, cogumelos. No
cimo das vertentes surge com frequência a couraça areno-ferruginosa.

O Planalto de Bafatá, engloba os cursos inferiores do rio Geba e do Corubal. Encontra-se uma couraça
areno-ferruginosa, que aflora na base ou no cimo das encostas, quebrada sempre por uma cornija rígida. O
planalto com vertentes acentuados, individualizando-se fortemente das planícies aluviões, percorridos por
rios meandricos.

As Colinas de Boé, são formadas pelos contrafortes ocidentais do maciço de Futa Djalon, estendem-se
para a zona de Corubal e passa gradualmente à peneplanície de Gabú. Caracteriza-se por uma serie de
colinas de altitude inferior a 300 m de topos planos e vales abertos. Nos cimos afloram couraças senis,
ferralíticas ou aluminosas mais ou menos fragmentadas e nos vales couraças conglomeráticas,
constituídos pôr conglomerados de fragmentos de couraças bauxíticas, fortemente aglutinados mas por
vezes desagregadas.

As Zonas de transição, situam-se ambas imediatamente a leste do limite inferior das marés: a de Forrea
que estabelece a transição entre o planalto de Bafatá e as colinas de Boé, e a de Óio a norte para o plana lto
de Bafatá e a peneplanície do Gabú

b) – Clima

O clima da Guiné-Bissau está sob a influencia de dois factores fundamentais que são :

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

• a sua situação entre o Equador e o Trópico de Câncer. Isto determina que o sol passa
no seu movimento aparente anual duas vezes pelo o zénite de Guiné arrastando
consigo a zona intertropical de convergência.

• a sua proximidade ao oceano sob acção dos ventos alísios marítimos e continentais
que formam ali a zona intertropical de convergência. Isto traz como resultado a
diferença de aquecimento entre as massas oceânicas e continentais com o
estabelecimento do regime de monções.

Nesse contexto o clima da Guiné-Bissau em geral, é tropical húmido com duas estacões, uma das chuvas
que vai de Maio a Outubro e outra seca que va i de Novembro a Abril. A temperatura anual sob a
influencia dos ventos alísios varia entre 24 a 27 ºC. A humidade relativa média é bastante acentuada
(cerca de 70 %) e essencialmente influenciada pelo regime dos ventos, a pluviosidade e a proximidade da
costa.

Quanto aos níveis de precipitação podem-se distinguir 3 grandes: a zona Sul, que compreende as regiões
administrativa de Tombali, Quinara e Bolama-Bijagós, e que se caracteriza por uma media anual superior
a 2000 mm de chuva; a zona Noroeste, englobando Bissau, Biombo, Cacheu, e Óio, que regista uma
variação anual media de 1400 mm a 1800 mm, e, finalmente a zona Leste que engloba as regiões de
Bafatá e Gabú, onde a pluviosidade anual media é inferior a 1400 mm.

c) - Os solos, sua variedade e caracte rização, vocação e respectivos usos.

De uma forma geral, distingue-se os seguintes tipos de solos na Guiné-Bissau: os solos hidromórficos que
se dividem em hidromórficos marinhos (halohidromórficos) e continentais; os solos de planaltos ou
ferraliticos e ferruginosos tropicais; os solos líticos (litosolos) e os regossolos.

Os solos hidromórficos marinhos, também denominado solos dos mangais, associada a esta formação
vegetal e os tannes, são os maiores constituintes de aluviões litorais e estuarinos, sob a influencia da maré.
São solos salinos e sulfatados ácidos. Estes solos utilizados sobretudo pela orizicultura (bolanha salgada),
ocupam uma superfície de 400 Km2 e são considerados uma das mais produtivas da África Ocidental.

Os solos hidromórficos continentais, são os solos de depressões aluviais denominadas lalas, ou


pequenos vales, ou "bas-fonds" Estes solos sujeitam-se a hidromorfia temporária e são geralmente
inundados nas chuvas e apresentam-se regularmente cobertos de savana herbáceas. A sua superfície é de
1 039 000 ha (SCET. 1978) dos quais cerca de 150 000 a 300 000 ha são aptos para a cultura do arroz nas
zonas baixas e de plantas perenes nas zonas de vertentes.

Os solos de Planalto ou ferraliticos e ferruginosos tropicais, de vermelho a castanho amarelado poucos


diferenciados, com horizontes pouco marcado, arenosos a superfície e progressivamente argilosos em
profundidade. Eles ocupam 62% de superfície emersa. Estes solos apresentam aptidões para as culturas
anuais e a arboricultura (fruticultura, silvicultura, etc.).

Os solos liticos e litosolos, são pouco evoluídos, de cascalho ou pedras, de fraco ou nulo valor agrícola,
eles ocupam 5 500 km ou seja 17% da superfície e estão situados no centro-este na região de Boé.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Os regossolos são solos muito pobres e constituídos essencialmente por arreia e cobrem cerca de 1,6 %
da superfície da Guiné-Bissau. Estes solos localizam-se essencialmente ao longo das costas, constituindo
as praias.

Tabela seguintes mostra a vocação potencial dos solos da Guiné-Bissau

Vocação e potencial de uso dos solos da Guiné -Bissau Segundo o SCET-International


(1978)
Vocação Potencial
(em ha)
Palmares e arboricultura fruticolas 173 765
Culturas anuais e semi-permanentes em áreas de palmares naturais 87 490
Culturas anuais e semi-permanentes 341 795
Pousio associado as culturas anuais e semi-permanentes (uso 622 105
extensivo de pastagens)
Orizicultura 281 285
Floresta de produção e áreas reflorestadas 466 110
Vegetação natural de uso silvo-pastoril extensivo 1 378 750

O quadro 1 mostra de acordo com os recenseamentos agrícolas actuas, a evolução das superfícies (vide
em anexo as produções correspondentes) das principais culturas .

2.2.3 - Os recursos em água

a) - Rios e aguas superficiais

O território da Guiné-Bissau é atravessado por vários rios e rias. Os principais são: Cacheu, Mansoa,
Geba, Corubal, Cumbijã, ria Grande de Buba e Cacine. Todos eles carecem de estudos hidrológicos
actuais e bem aprofundados. Na sua maioria, os rios sofrem da influência das marés, não só ao nível dos
seus estuários, uma vez que estes penetram, em alguns casos, a umas dezenas de quilómetros no interior
do país. A penetração da água salgada nestes rios influi nos habitats aquáticos e inclusive na composição
das espécies aí presentes. Todos estes rios e rias apresentam meandros e afluentes.

A problemática hidrográfica da Guiné-Bissau está condicionada pelos seguintes factores:

a geomorfologia do terreno
o sistema hidrográfico
o regime climatológico

Do ponto de vista geomorfológico, o país é essencialmente plano, com uma altura média que varia entre
40 a 80 metros e apresentando como estrutura geológica no Sudeste o sócolo cristalino enquanto que a
Oeste prevalecem as formações sedimentares.

No que concerne o sistema hidrológico, a característica dominante é o recorte de planaltos de baixa


altitude em quadrículas irregulares, por inúmeros rios e rias que atravessam o território da Guiné-Bissau.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

O regime climático caracteriza-se pela distribuição irregular das chuvas ao longo do ano o que condiciona
a variação constante dos caudais dos rios. O caudal máximo dos rios é alcançado nos finais de Agosto e o
mínimo nos finais de Abril. Considerando o exemplo do Corubal e pelos dados estatísticos disponíveis à
partir de 1977, observa-se uma quebra de caudal da mesma ordem de grandeza que a das precipitações.

No caso das rias verifica-se um equilíbrio dinâmico progressivo, entre a carga de agua doce do curso de
agua e dos lençóis freáticos, e a agua do mar. Este equilíbrio é extremamente sensível a qualquer variação
da alimentação em agua doce, portanto, a toda a evolução climática. Pela sua extensão, esse fenómeno
condiciona de forma apreciável a ecologia e a vida económica do país, se considerarmos que a maior parte
das “bolanhas” encontram-se na zona de equilíbrio entre a agua doce e salgada.

Quase todos os rios e/ou rias apresentavam nos anos 50 grandes possibilidades para a navegação e
entretanto estimava-se em cerca de 200 km a rede fluvial efectivamente aproveitada para a navegação
Actualmente grande parte desta rede encontra-se assoreada.

Todos os rios da Guiné-Bissau apresentam uma bacia hidrográfica muito importante. Por exemplo a do rio
Geba tem uma área de 12 225 Km2 dos quais 7 765 Km2 pertence a Guiné-Bissau e a do rio Corubal
possui uma bacia de 22 000 Km2 dos quais só 4 600 Km2 pertence ou se localiza no território da Guiné-
Bissau. Estudos confirmam o potencial deste último para a produção hidroeléctrica em dois pontos do seu
percurso: em Saltinho e Cussilintra 8 .

Importantes pela função hidrológica que desempenham, são os Vendos e as Lagoas. É de salientar entre
estes pelas suas dimensões o Vendo Cham no Leste e a Lagoa de Cufada na zona costeira da Guiné-
Bissau. Os primeiros são depressões nas quais no período das chuvas acumulam a água do escoamento
superficial enquanto que o segundo se localiza na planície do Litoral e constitui a maior superfície de água
doce da Guiné-Bissau.

b) - Aguas subterrâneas

O potencial de água subterrânea é limitado e influenciada pelas formações hidrogeológicas da Guiné-


Bissau, isto é, os sócolos paleozóicos, situados na zona leste e as formações sedimentares meso-
cenozoicas. Nos primeiros são característicos os aquíferos pendurados, contínuos e a dos aluviões de
difícil exploração. Nos segundos e cobertos pela bacia sedimentar, encontra-se o mastriciano com recarga
anual muito elevada, de fácil captação e com grandes rendimentos. Por este facto e para o leste do país,
deverão ser incentivados programas de captação e tratamento das águas superficiais.

O potencial em águas subterrâneas é assim estimado

mastriciano 5 – 15×106 Mm3/ano


oligoceno 3 – 9 Mm3/ano
águas superficiais 10 – 25 Mm3/ano 9

Considerando os níveis pluviométricos médios calculados durante uma década na ordem de 1 600 mm,
estima-se o potencial total em cerca de 45 000 milhões (M) m3/Ano.

8
- Esquema Director da Agua e Saneamento – Em actualização ,1998
9
- Esquema Director da Agua e Saneamento – Em actualização ,1998.

13
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Entretanto uma atenção especial deve ser dada aos impactos de possíveis explorações intensivas,
sobretudo considerando o avanço actual da lâmina de água salgada e a existência de casos de
contaminação do lençol, pela água salgada. Há que avaliar o impacto dos programas em curso, sobretudo
para aqueles, como é o caso do de Biombo, que prevêem a instalação de vários furos de média
profundidade. Mais efectivo deve ser igualmente a cooperação internacional relativamente ao
aproveitamento do potencial das aguas fluviais, sobretudo no que concerne a estudos de impacto e
medidas consequentes de mitigação em relação a possíveis construções de novas barragens e em relação
as já existentes, por exemplo nos afluentes da parte Senegalesa do Rio Geba.

c) - Uso da água

A exploração dos recursos hídricos é efectuada na Guiné-Bissau essencialmente através de poços


(tradicionais e modernos) e os furos. Os primeiros são característicos das zonas agrárias enquanto que os
segundos se concentram mais ao nível dos principais centros urbanos. Estes últimos são normalmente
acoplados a sistemas de bombagem, armazenamento e distribuição. O uso intensivo para fins industrias e
para a agricultura é pouco saliente, e verifica-se que ao nível nacional, com excepção das “mãe-d'água”
não existem grande sistemas de retenção e/ou armazenamento de água.

A cobertura nacional em termos de fornecimento de água é assim estimada:

68 % nas zonas rurais;


36 % nos centros semi- urbanos;
34 % nas zonas urbana 10 .

Este nível de cobertura dá conta do esforço desenvolvido neste sector nos últimos anos. Entretanto ainda
verifica-se que o acesso ao recurso "água de boa qualidade", ainda não é equitativo. As regiões mais
encravadas como o Arquipélago dos Bijagós, o Sector de Boé, assim como as Ilhas de Pecixe e Jeta,
foram muito timidamente considerados nos programas desenvolvidos pelo sector. algumas ONGs
nacionais e estrangeiras não tivessem tido a preocupação em actuar nestas regiões, os seus habitantes
padeceriam ainda muito mais dos problemas de acesso a este recurso. Tabela 2 mostra o tipo e o número
de infra-estruturas construídas no quadro das acções desenvolvidas neste sector.

Tipo de Infra-estrutura e Uso no Processo de Captação as Aguas Subterrâneas11


Tipo de Infra-estruturas/Usos Número Em funcionamento
(N.º)

Pontos de água para o consumo 3 540 2919


Furos Industriais 5 3
Furos para agricultura 90 78
Minas 4 4
Furos para fins geotécnicos 2 1
Piezómétricos 54 42

Os 42 furos Piezómétricos destinam-se a apoiar os estudos para a elaboração de um modelo matemático


especifico que vá permitir o seguimento e a monitoragem dos lençóis freáticos ao nível da Guiné-Bissau.

10
- Idem, pag. 15.
11
- Idem, pag. 5 e seg.

14
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Relativamente ao fornecimento de água ainda se verificam limitações de ordem institucional, que se


prendem sobretudo, nas zonas rurais, com a fragilidade das organizações em termos de capacidade e
recursos financeiros e nos centros semi- urbanos e urbanos, com a falta de capacidade de gestão técnica e
financeira. Verifica-se ainda ao nível central nas estruturas do Estado vocacionadas para o sector, a falta
de recursos humanos e de meios logísticos e operacionais.

2.3. - Perfil do estado presente do ambiente na Guiné-Bissau

2.3.1. – Ocupação dos solos

Analisando a evolução da ocupação dos solo através dos dados do SCET – INTERNATIONAL (1978) e
GEOSYSTEMES (1993) vê-se que esta é bastante complexa. Em primeiro lugar SCET (1978) trabalhou
com imagem de 1975, cobrindo todo o território nacional e publicando como resultado um mapa de
vocação e aptidão de solos a escala 1:200 000. O GEOSYSTEMES (1993) com base no mapa do SCET –
INTERNATIONAL (1993) trabalhou com a imagem LANDSAT–TM de 1987, corrigido através da
imagem SPOT de 1990. Este último trabalho cobriu toda a zona costeira ou seja todas as regiões
administrativas da Guiné-Bissau, a excepção da Região de Gabú, e resultou também na publicação de um
mapa de ocupação de solo da zona costeira a escala 1:200 000. Estes dois trabalhos são os mais recentes
existentes na Guiné-Bissau. Entretanto por terem utilizado tipologias diferentes em relação as diferente
unidades de ocupação dos solos, torna-se difícil efectuar uma comparação quantitativa dos resultados
destes dois trabalhos a excepção de alguns caso. As mesmas bases utilizadas pelo GEOSYSTEMES,
foram utilizadas pelo CIRAD-Foret, nas analises da capacidade de produção florestal no quadro do PAFT
para a Guiné-Bissau.

Neste contexto cingimo-nos nas descrições das grandes unidades que compõem os mapas de ocupação do
solo e, ao mesmo tempo, em analisar a evolução de algumas formações vegetais típicas da zona costeira,
como por exemplo : os mangais, as florestas sub-húmida, as savanas arbustivas litorais, as florestas de
transição, os arrozais de solo dos mangais (“Bolanha”) e tannes 12 . Os dados destas formações podem ser
encontradas tanto no trabalho do SCET – INTERNATIONAL (1978) como no do GEOSYSTEMES
(1993).

Observa-se uma clara diminuição das formações vegetais em termos quantitativos e qualitativos quase em
todas as regiões do país. As causas dessa redução são várias entre as quais podemos citar as queimadas
para a agricultura itinerante, a exploração madeireira para fins comerciais, a criação das grandes
plantações (de monocultura) do caju, o aparecimento de novos núcleos populacionais nas zonas de
grandes maciços florestais em busca de novas terras para a agricultura e a conquista de novas áreas do
mangal para a orizicultura de “bolanha salgada” entre outras.

12
Campos hidrófilo - hialino e/ou salino

15
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

2.3.1.1 – A Vegetação e a ocupação dos solos

a) – Arrozais alagados (“bolanhas”)

A orizicultura de "bolanhas" é praticada em terras baixas, principalmente em solos de mangais ou solos


evoluídos à partir destes pela interferência antrópica (diques anti-sal, removimento, culturas, e retenção
de águas). Esta unidade engloba também os arrozais que foram implantados em áreas de antigas “lalas”13 .
Normalmente são objectos de uma utilização intensiva no período das chuvas (orizicultura), e extensiva
na época seca, sobretudo para o pastoreio do gado. Nesta última época e em certos locais, apresentam
pequenos trechos utilizados em actividades de horticultura.

O processo de aproveitamento dos solos de mangal para a orizicultura é muito complexo e inclui acções
de desmatação e desenraizamento do mangal, construção de diques e implantação de sistemas de gestão
da água.
Enquanto que na zona Sul da Guiné-Bissau, onde ainda se verificam pluviometrias elevadas, a superfície
orizícola tem aumentado consideravelmente, no Norte e centro Norte da zona costeira estas têm sido
caracterizadas por um aumento de superfícies degradadas e abandonadas, devido as mudanças climáticas,
as características pedológicas dos solos de mangal e a factores de ordem tecnológicos e/ou sociais.

O SCET (1978), quantificou a superfície das bolanhas em duas unidades principais : bolanha de “lala”,
cuja superfície é de 72.400 ha e bolanha de “tarrafe” (mangais) com 116 000 ha, o que totaliza 188 400 ha
em todo o território nacional. Com a excepção da região de Gabú a sua extensão é de 180 700 ha

O GEOSYSTEMES (1993) não optou por diferenciar as duas “bolanhas” devido a dificuldade encontrada
no tratamento de imagem no que concerne a delimitação de duas unidades. Para estes a extensão total de
arrozais alagados nesse ano na zona costeira é de 170 867, 64 ha (6,94%). As causas da diminuição já
foram explicadas no parágrafo precedente.

b) – Alqueives antigos, culturas alimentares e povoações

As áreas de pousio são as áreas que se deixa em repouso por alguns anos, após o cultivo de arroz de
“pam-pam”14 ou de outras culturas. Esta unidade pode englobar zonas de fruticultura em crescimento,
principalmente no norte (Biombo, Óio, e Cacheu), onde é importante o cajual. Não apresentou
crescimento significativo nos últimos 15 anos em nenhuma parte da área costeira.

Culturas alimentares e povoações são áreas densamente ocupadas com culturas alimentares, habitações e
vilas. Foram igualmente consideradas nesta classe alguns dos trechos de vegetação rara, notadamente
clareiras em palmeiras, florestas muito degradadas ou savanas arbustivas litorais. Engloba também,
principalmente ao norte do país, zonas de fruticultura, inclusive homogénea (caju) em rápido crescimento.

As culturas associadas as habitações são cereais (milhos), tubérculos- amendoim (“mancara”), feijão,
fruticultura diversificada e hortaliças. Esta é a unidade que mais cresceu segundo a interpretação de
imagem aéreas de 1975 (SCET-1978). O seu crescimento é bastante importante sobre as manchas de
florestas sub-húmidas do sul do país. É também importante o seu crescimento nas áreas de palmeiras
(situadas principalmente no norte). A causa desse aumento está relacionada com o crescimento

13
Campos de vegetação hidrófilos e/ou hialinas
14
Cultivo de arroz de sequeiro

16
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

populacional que tem sido verificado em todas as regiões do país; cuja tendência actualmente é a procura
de novas terras para a agricultura de subsistência

A extensão total destas unidades segundo o SCET (1978) é de 276 600 ha em toda a Guiné-Bissau. Sem
Gabú a sua superfície é de 214 000 ha. Segundo o GEOSYSTEMES (1993) esta área aumentou em 317
414,00 ha o que representa 12,89% só na zona costeira sem contar com a Região de Gabú.

c) – palmeiras e florestas de galeria

Constituídos principalmente por Palmeiras (Elaeïs guineenses), estas formações apresentam densidade
variáveis (densos e abertos). Englobam também maciços mais localizados de “cibe” (Borasus
aethiopum).

A fruta das palmeiras, é muito utilizadas na alimentação através dos derivados de chabeu15 , o vinho-de-
palma (a seiva). O seu tronco é utilizado como material de construção.

O tronco de Borassus é um material fibroso de difícil putrefacção, por isso muito apreciado para as obras
de construção civil e habitação, principalmente em Bissau. Este material tem uma procura crescente.
Existindo uma grande pressão sobre este recurso tona-se difícil de assegurar a regeneração das suas áreas
de povoamento. Algumas gramíneas crescem por debaixo da cobertura do "Cibe" transformando as áreas
com seu povoamento em zonas de pastoreio extensivo..

A degradação desta formação vegetal está relacionada com o ciclo de “pam-pam”, na qual, através das
queimadas periódicas, se põem em causa a sua regeneração, sobretudo, atrasando o seu ritmo de
crescimento e suprimindo as palmeiras mais jovens e as recen-germinadas. O grosso desta formação
localiza-se sobretudo no noroeste do país e ao longo do curso de alguns rios (cursos de água doce),
sobretudo nas imediações da costa. A sua extensão é avaliada em cerca de 112 700 ha para a Guiné-
Bissau, e com a excepção da região do Gabú é de cerca de 111 800 ha (SCET-1978). o GEOSYSTEMES
(1993) estimou a sua superfície em cerca de 109 389,49 ha ou seja 4,44% da zona costeira.

Associada a esta formação vegetal encontra-se a floresta galeria, condicionada pela maior humidade das
vertentes e vales. Ela apresenta variações em relação a sua composição, sobretudo no que concerne a uma
maior, ou menor presença da palmeira de óleo (Elaeïs guineenses). Algumas vezes, devido a sua
localização e condição hídrica, apresentam manchas de com associadas de culturas alimentares diversas.
A sua área é estimada pelo SCET (1978) em 80 000 ha (74 800 sem Gabú) localizada sobretudo na
Região de Óio. O GEOSYSTEMES (1993) avalia a sua extensão actual em cerca de 67 624,77 ha ou seja
(2,75%) da zona costeira. A expansão da agricultura (sobretudo a expansão da orizicultura) é uma das
causas da diminuição desta formação.

d) – florestas sub-húmidas:

A floresta sub-húmida apresenta uma cobertura vegetal heterogénea de grande diversidade e densidade,
de difícil penetração e com estratos vegetais compostos de árvores de grande e médio porte e arbustos. No
seu interior é característico um micro-clima fresco, com pequenas oscilações de temperatura. Em função
das condições climáticas, sobretudo de maior pluviosidade que aí se regista, as manchas principais e

15
Chabeu é o cacho da fruta de palmeira, donde se extrai o óleo de palma

17
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

representativas desta formação localizam-se no sul da Guiné-Bissau, ocupando uma vastas áreas no sul de
Quinara e na Região de Tombali.

Ela contém três estratos principais:

• Um estrato superior: com árvores de grande porte (30 40 m de altura) formando uma biomassa
importante. As essências principais são, entre outras : “Po de bitcho amarelo” (Chlorophora
regia), “Polon” (Ceiba pentandra) e “Po de miséria” (Anisophylla lamina). Este último é uma
essência muito utilizada especificamente no sul do país para armação de teto das habitações.

• Um estrato médio : constituído essencialmente de árvores de porte médio (20 à 30 m) com


substancial desenvolvimento, formando uma copa fechada. Este estrato é composto por
espécies de desenvolvimento mediano e essências de estrato superior.

• Um estrato arbustivo : corresponde a vegetação de porte baixo (5 à 10m) com povoamento


abundante de lianas. A presença de gramíneas é rara. As essências deste estrato são na sua
maioria plantas de combustão lenta pouco sensíveis a efeitos de incêndio.

É pertinente sublinhar que esta formação só se encontra na zona costeira. A sua extensão foi de 129 000
ha em 1978 segundo o SCET. O GEOSYSTEMES (1993) estima a sua superfície em cerca de 126 278,39
ha, o que representa 5,13% da superfície da zona costeira. Esta diminuição é originada pela agricultura
itinerante (“pam-pam”), desmatações para a pratica de fruticultura diversificada principalmente do caju,
verificadas nos últimos anos, devido a queda da produtividade das “bolanhas” dos mangais e a imigração
rural para a zona de maior concentrações florestais .

Nos limites da floresta sub-húmida, encontra-se uma a floresta de transição, cuja superfície é de 24 000
ha na Região de Gabú e de 24 418,59 ha (0,99%) na zona costeira (GEOSYSTEMES-1993).

e) – Florestas secas e semi-secas

Esta unidade é composta de florestas semi-secas e de florestas secas. As suas manchas contêm um estrato
arbóreo cuja altura varia de 20 à 30 m e um estrato arbustivo e lianas, formando “ilhéus” separadas por
manchas de gramíneas

Nesta formação dominam as espécies florestais seguintes: “Bissilon” (Khaya senegalensis), “Po de
conta” (Afzelia africana), “Manconde” (Erytrhopheleum guineense), Palmeira de óleo (Elaeïs
guineenses), “Po de carvão” (Prosopis africana), “Po de sangue” (Pterocarpus erinaceus). As florestas
secas e semi- secas são muito procuradas para a exploração madeireira. Essa exploração concentra-se
em algumas essências como no “Bissilon” e “ po de sangue”, destinadas essencialmente às
exportações.

A causa de degradação e diminuição desta floresta é a mesma que para as florestas sub-húmidas, mais
com maior incidência nesta formação devido a exploração florestal madeireira e as queimadas.
Segundo o SCET (1978) a superfície desta formação é de 859.000 ha em todo o território nacional,704
600 ha sem Região de Gabú. O GEOSYSTEMS (1993) avaliou a sua área em 647 985, 36 ha ou seja
26,3% da zona costeira (vide Anexo II). Junto com as savanas constituem as formações vegetais
dominantes na Guiné-Bissau

18
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

f) – Florestas degradadas e/ou secundárias

Esta formação é caracterizada por um estado arbóreo com densidade de ocupação média de 10 `50%.
O estado arbóreo é dominante, mas o seu porte e sua composição floristicas variam segundo as regiões
e são fortemente influenciadas pelas características do solo.

Estas florestas são normalmente queimadas todos os anos, facto que tem uma grande influência sobre
este tipo de povoamento.

Deve-se salientar que, a floresta degradada, especificamente na zona costeira, já é um produto


intermédio do processo de savanização e igualmente, consequência do estado de empobrecimento dos
solos e dos efeitos das queimadas.

Actualmente essas áreas estão sendo ocupadas paulatinamente pela fruticultura, particularmente a
monocultura de cajú, especificamente no norte (Biombo e Oio). É formação pode ser localizado em
todo o território nacional. Esta formação, segundo o (SCET –1978), cobre uma superfície de
aproximadamente 1 076 000 ha ou seja quase 1/3 da Guiné-Bissau (461 700 com excepção de Gabú)
O GEOSYSTEMES-1993 estima a sua superfície em 472 093,79 ha, correspondente a 19,18% da
superfície da zona costeira (vide Anexo II).

g) – Savanas arbustivas litorais

Em regra geral esta unidade localiza-se em solos de baixa fertilidade, com textura arenosa, produto da
evolução de sedimentos marinhos. A sua composição é simples e nelas é predominante um estrato
herbáceo (1 à 2 m), e frequentemente apresentam um estrato arbustivo pouco denso. Nela podem ser
encontradas as espécies como o “pó de incenso” (Danielle Oliveri) a “Karite” (Butyrospermum parkii) e a
palmeira de óleo (Elaeïs guineensis). Ligadas a esta unidade encontram-se também as formações
arbustivas densas do litoral, nas quais se salienta a formação vegetal localizados nos limites das praias,
nas depressões e nos cordões arenosos.

A superfície desta formação é estimada pelo SCET-1978 em 51 400 ha. Segundo o GEOSYSTEMES
1993 a sua área mais recente é de 56 231.66 ha (2.28%). Estes dados apontam para um ligeiro aumento
em comparação à 1978, o que deve estar provavelmente relacionado com o fenómeno de savanização que
actualmente assola o território da Guiné-Bissau.

h) – savanas herbáceas “lala”

É uma formação vegetal azonal, condicionada principalmente pela presença de água (solos
hidromórficos). Esta formação ocupa as zonas em depressão, onde os solos são submersos ou com lençol
fréatico muito próximo da superfície na estação das chuvas. Esta formação apresenta apenas um estrato
herbáceo de 1 a 2 m. Ela é quase desprovida de árvores com rara excepção na sua extremidade onde se
encontra franja de palmeiras de óleo, “cibe” e pó de incenso.

São áreas muito utilizadas para o cultivo do arroz (“bolanha de lala”) nas zonas azonais mais interiores e
de pastoreio para o gado e a fauna bravia, sobretudo após a estação das chuvas. Quando localizados nos
vales fluvio-estuarinos próximo das rias ou rios, como por exemplo nas margens do Rio Cacheu, algumas
zonas em Bissau e nas margens do rio Geba e Corubal apresentam zonas de transição localmente
salgadas.

19
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Este tipo de formação pode ser observada à Sul de Óio, Norte de Tombali e igualmente encontra-se
representada na zona costeira. Esta formação cobre uma superfície aproximadamente de 160.000 ha
(SCET-1978), espalhada por todo o país (134 000 ha sem Gabú) e 123 690,95 ha (5.03%) na zona
costeira segundo o GEOSYSTEMES – 1993.

i) – Mangais (“mangrove”)

Esta unidade corresponde as formações vegetais submetidas a influência das marés, típica da zona
costeira, caracterizada por ter diferentes espécies, entre as quais:

Rhizophora, mangal alto com estatura média de 10 m localizada nas franjas litorais e margens de rias
inteiramente controlados pela maré, cobre um leito aproximadamente de 20 a 100 m na margem dos rios.

Avicennia, mangal baixo, que se distingue da Rhizophora pela sua altura média, aproximadamente 5 m.
Ocupa a parte mais alta e inundada em função das marés simi-diurnas. Também ocupa os principais eixos
de penetração marinha (Região de Cacheu, Bissau, Quinara, Tombali, e Óio) e nas Ilhas de
Bolama/Bijagós. Esta espécie do mangal é frequentemente desmatada e o solo respectivos utilizado para
o cultivo do arroz (“Bolanha salgada”).
Nos mangais encontramos outras espécies associadas, nomeadamente Lagunculária racemosa e
Conocarpus erectus (Sul do País).

As áreas do mangal também são utilizadas para a exploração da lenha para cozinha, do camarão, da ostra,
do “combé” e do caranguejo, e para a pesca.

A superfície desta formação vegetal em 1978 segundo o SCET é de 287.000 ha, isto é cerca de 10% do
território. Segundo o GEOSYSTEMES, a sua área passou à 250 761,1 ha em 1993 (7% do território
nacional).

A diminuição desta formação vegetal está relacionada com a conquista de novos espaços para a
orizicultura sobre o solo do mangal, construção de estradas que recortam as áreas do mangal e a
diminuição de chuvas sobretudo no norte do país, provocando o aumento da salinidade.

J) – Tannes

São campos planos de solo nu com afloramento de sal ou com vegetação herbácea halófila e hidrófila. É
uma unidade associada aos mangais e localiza-se nos limites das savanas herbáceas litorais. Agrupam-se
em ilhéus no meio dos mangais. A vegetação é caracterizada por manchas de gramíneas e plantas
tolerantes ao sal, existentes em vastas áreas de solos salgados.

A sua extensão passou de 37 600 ha (SCET- 1978) a 94 201 ha em 1993 (2,61% do território
(GEOSYSTEMES – 1993). Este aumento é verificado sobretudo na zona norte do país especificamente
na Região de Cacheu. As causas prováveis desta diminuição estão relacionadas com o abandono de
muitas bolanhas que se transformaram posteriormente em tannes salgados, e por outro lado, e a
diminuição das chuvas que provocaram em parte o aumento da salinidade de muitas zonas do mangal.

20
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

h) –Plantações de cajú

Apesar de não figurar no mapa de ocupação de solo em, ela se encontra dispersa por todo o território
nacional. A dimensão das plantações varia de algumas centenas de m² a dezenas de hectares. Segundo o
TIPS/USAID – ANAG/AMAE (1996) actualmente a plantação de caju ocupa uma área de 118 595 ha

Segundo observações de terreno, as plantações mais extensas estão concentradas sobretudo, nas Regiões
de Quinhamel-Biombo, Bissau e ilha de Bolama. Entretanto a sua área fica por determinar, sobretudo
devido ao facto de ser muito difícil diferenciar, através das imagens, as suas manchas das de outras
formações vegetais de porte médio. Nos últimos anos tem sido observados a expansão de plantações de
caju em toda a área costeira do país, sobretudo no norte (Cacheu, principalmente, em Óio) e seguidamente
em Quinará.

Tabela 1 em Anexo I, fornece um resumo comparativo entre as avaliações da superfície de diferentes


formações florestais efectuadas pelo SCET-International e o CIRAD-FORET.

2.3.1.2. - Zonas húmidas de importância local, nacional e internacional

As zonas húmidas estão entre os ecossistemas mais produtivos da terra, elas asseguram directamente as
necessidades de milhões de pessoas e fornecem bens e serviços às regiões situadas fora delas. O homem
cultiva os solos desta zona, pesca o peixe para alimentar-se, corta as arvores para a construção e para
actividades domesticas. As actividades de lazeres tais que as observações de aves, pratica de desporto,
estudos científicos são alguns exemplos de utilização directa das zonas húmidas.

No que concerne a Guiné-Bissau pode-se distinguir quatro tipos de zonas húmidas atendendo as sua
importância : os mangais, o Arquipélago dos Bijagós, a Lagoa de Cufada e os Vendos.

a) - O mangal (“tarrafe”)

Distribuição das superfícies do Mangal e Tannes na Guiné-Bissau

21
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

O “tarrafe”1 ocupa uma área de 250 761,1 ha (cerca de 7 % da superfície da Guiné-Bissau), ladeando
na faixa costeira a maior parte das áreas de estuário de rios e rias, formando maciços de importância
considerável e bem preservados na s margens do rio Cacheu, Cumbidja e Cacine, assim como no
complexo do grupo de ilhas de Formosa e de Orango. O funcionamento deste ecossistema é
determinado pelo ritmo das marés, o regime hídrico (sobretudo as chuvas), deposição de sedimentos e
a temperatura.

A vegetação dos mangais apresenta adaptações especiais para suportarem a influencia da agua salgada
e dos sedimentos em que se fixam. Para além da sua função física (anti-erosiva, protecção contra as
tempestades, etc.) o “tarrafe” tem uma função ecológica de extrema importância para a economia da
Guiné-Bissau. Com sistemas radiculares muito densos as plantas deste ecossistema fixam os
sedimentos, mas também produzem matéria orgânica, o que cria óptimas condições para fixação de
organismos de pequeno tamanho, tornando-se assim em verdadeiras zonas de reprodução e criação da
fauna marinha, terrestre e da avifauna (desova, alimentação, crescimento, repouso e refugio, etc.). Uma
grande parte de moluscos e crustáceos aí produzidos constituem as principais fontes de proteína para
muitos grupos étnicos. As ostras por exemplo fixam-se às suas raízes aéreas que regularmente
submergem com o aumento do nível das mares e muitos herbívoros marinhos procuram as suas folhas
para se alimentarem. Saliente-se a sua função no ciclo de reprodução do camarão, espécie sobre a qual
se verificam, a maioria das concessões de licença de pesca industrial, cujos valores têm grande
repercussão no orçamento geral do estado.

b) - O Arquipélago dos Bijagós

Possui 10 000 Km2 e é constituído por 88 Ilhas e Ilhéus, das quais 21 são habitadas, e outras 20 sujeitas a
uma ocupação temporária no quadro do ciclo do "pam-pam". Esta zona caracteriza-se por ter uma
profundidade inferior a 10 m, a existência de bancos de arreia e vasosos, de cana is rasos ou profundas,
mangais e de diferentes correntes jogando um papel significativo no que concerne a riqueza e a
diversidade do meio. O Arquipélago recebe mais de um milhão de aves migratórias palearticas que
utilizam os bancos (cerca de 1 700 Km2 na maré baixa) e zonas intertidais como sítios de alimentação. É
conhecido internacionalmente como o segundo lugar mais importante de migração de aves, da Costa
Oeste Africana depois de Banco de Arguin na Mauritania. (UICN/MDRA-DGFC, 1993). Praias de
muitas ilhas e ilhéus são frequentemente visitadas por Tartarugas Marinhas, salientando-se que das 7
espécies mais conhecidas mundialmente, 5 visitam o Arquipélago, que é considerado o local de postura
mais importante da África Ocidental para muitas delas. Registam-se a presença de muitas espécies
consideradas raras e/ou protegidas a nível mundial que aqui são comummente observadas, salientando-se
o caso do hipopótamo, duas espécies de golfinhos, a vaca marinhas, o papagaio cinzento, entre outros.
Cerca de um terço da superfície do Arquipélago é coberto pelo "Mangrove".

b) - Lagoa de Cufada

Este ambiente de 890 Km2 caracteriza-se por acumulação (tempo das chuvas) e distribuição (tempo seco)
de água doce, que, se conservada, pode suprir as necessidades das populações humanas de uma vasta
região.

Esta zona apresenta grande interesse para avifauna aquática a fauna terrestre, inclusive para a invernagem
das aves migratórias vindas da Europa.

22
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

É uma importante área de antílopes, e são visitadas por crocodilos e hipopótamos. Quanto a grande
variedade de aves, essa área é de relativa importância, reconhecida há mais de 40 anos e permitiu o
ingresso da Guiné-Bissau na Convenção RAMSAR (acordo internacional de protecção das áreas
húmidas).

c) - Os Vendos

São pequenas extensões de agua doce que se distribuem sobretudo no leste do pais durante a estacão da
chuva. Este tipo de zona húmida não é abundante na Guiné-Bissau devido a característica muito
homogénea do relevo, praticamente sem elevações significativas. Entretanto os existentes, possuem
importância para a avifauna e para actividade agrícola, sobretudo para o cultivo de arroz.

Limites do Parque Natural de Cufada e localização da Lagoa de Cufada

2.4. - Biodiversidade na Guiné-Bissau - estado actual do conhecimento

Vários estudos confirmam que do ponto de vista bio-geográfico, a Guiné-Bissau, encontra-se numa zona
de transição guineo-congolesa e sudaniana. Enquanto que por exemplo elementos florísticos zairo-
guineenses, segundo Malaise atingem em Cantanhez (e também no Casamance), na zona costeira da
Guiné-Bissau, os seus limites ma is ocidentais de extensão, já na parte mais oriental do território,

23
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

predominam os elementos sudano-sahelianos 16 . Mais concretamente, são estes elementos que estão na
origem das formações do sector guineense e sub-guineense húmido, onde predominam a florestas secas e
semi-secas densas, as florestas sub-húmidas (caducifólias) e os palmares naturais, contrariamente a zona
sudano-saheliana, onde as florestas abertas e as savanas arborizadas constituem as formações principais.
A sua localização nesta zona de transição influencia igualmente os seus elementos faunísticos. Pelo que, a
Guiné-Bissau, não constitui excepção em relação as grandes radiações que caracterizaram a fauna
africana, sobretudo no que concerne a presença de antílopes e primatas.

A fauna marinha e aquática é muito influenciada pelas condições do ambiente em que vivem, muito
marcado pela presença de estuários, grandes superfícies do mangal e zonas de baixa profundidade e
temperaturas muito adequadas.

2.4.1. - A Flora da Guiné-Bissau

Os primeiros levantamentos sobre a flora da Guiné-Bissau datam do período colonial no qual se salientam
sobretudo os diferentes trabalhos do Instituto de Investigação Científica de Portugal (precursor da então
chamada Junta de Investigação do Ultramar), que através de diferentes missões geográficas e de
investigação do Ultramar, procedeu a recolha e a identificação de várias espécies florísticas e faunísticas,
e que ainda actualmente continuam a ser realizadas no quadro de cooperações específicas com o INPA, a
ONG Acção para o Desenvolvimento e o Programa da Reserva da Biosfera coordenado pelo INEP.
Sobretudo os resultados dos inventários realizados no período colonial, encontram-se nas diferentes
publicações da então Junta de Investigação do Ultramar e na Série de Publicações “Garcia da Horta". A
este processo e sobretudo no sentido de definir a superfície ocupada pelas diferentes formações foram
importantes os trabalhos do SCET-Internacional, ATLANTA-Consult e por último do CIRAD-Foret. Este
último enquadrou-se no processo de elaboração do Plano Director de Floresta (PAFT). Igualmente
trabalhos pontuais foram entretanto desenvolvidos por investigadores nacionais e estrangeiros, como é o
caso de BANCESSI, Q. que inventariou leguminosas e gramíneas da Guiné-Bissau e da Iniciativa de
Cantanhez e da Universidade de Jembloux, que inventariaram variadas espécies florísticas da floresta
húmida de Cantanhez, e por ONGs sobretudo no quadro da farmacopeia tradicional da Guiné-Bissau.

Uma inventariação exaustiva com base na literatura dá conta da existência de 1.186 espécies
inventariadas na Guiné-Bissau, agrupadas em cerca de 160 famílias como demonstra o quadro 2, em
anexo I. Destes segundo DAVIS & al. (1986) citados no "Guia da Biodiversidade" cerca de 12 espécies
são endémicas, entretanto das quais só cita o nome das seguintes:

Byrsanthus brownii var. latifolius


Indigofera omissa var. trifoliliolata
Nesaea santoi
Hyphaena santoana

As Papilonaceas, com 131 especies, as Rubiaceae com 73, as gramíneas com 97 são as famílias com
maior número de espécies (vide tabela 2 em Anexo I). Saliente-se que, as plantas inferiores, as plantas

16
Malaise, François.: Caractérisations phytogéographique et ecologique des forêts
de Cantanhez (Région de Tombali, Guinée-Bissau). Acção para o Desenvolvimento e
Iniciativa Cantanhez. 93 pag.

24
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

aquáticas em geral, ainda estão pouco estudadas na Guiné-Bissau. Identificou-se em diferentes literaturas
os usos seguintes para algumas das espécies recenseadas:

128 têm uso na medicina tradicional;


30 espécies fornecem madeira de construção;
76 têm usos alimentares na alimentação humana;
cerca de 86 espécies são objectos de uso diverso, entre os quais para alimentação
do gado, artesanato, etc.

Designações da maioria das espécies recenseadas são conhecidas nas diferentes línguas nacionais, o que
demonstra em parte o grande acervo de conhecimento tradicional sobre as espécies existentes nas
diferentes formações vegetais da Guiné-Bissau.

Exemplares de várias destas espécies encontram-se depositadas de forma dispersa, nos herbários da Casa
de Ambiente em Bubaque, nos centros do INPA em Contuboel, na sede da Iniciativa de Cantanhez em
Iemberem. Amostras de medicamentos existem igualmente em Farim no quadro das acções da Swissaid,
em Varela na Escola de Verificação Ambiental promovida pela ONG AD, na Casa de Ambiente em
Bubaque coordenada pelo INEP, assim como nos diferentes centros do INPA. Uma grande colecção de
amostras existe no herbário do Centro de Botânica do IICT, e exemplares vivos “ex-situ” no “antigo”
Jardim e Museu Agrícola do Ultramar em Portugal.

MALAISE (1996), efectuou um estudo recente no quadro da Iniciativa de Cantanhez na qual


identificou na floresta húmida com o mesmo nome, cerca de 237 espécies, entre as quais, 8
pteridófitas e 237 plantas superiores (191 dicotiledôneas e 191 monocotiledóneas). As espécies de
plantas superiores foram agrupadas em 84 famílias e 197 géneros. Na Reserva da Biosfera, e no
quadro dos inventários recentes efectuados em colaboração com o IICT de Portugal foram
identificados cerca de 213 espécies agrupadas em cerca de 30 famílias. Das espécies identificadas em
Bubaque, 65 são utilizadas de forma diferenciada na farmacopeia tradicional.

Mapa 3 mostra as áreas prioritárias propostas para a criação de Reservas Florestais, sobretudo devido
ao bom estado de conservação das formações nelas presentes. Se bem que muito pouco conhecidas
ainda, existem maciços consideráveis nas Ilhas de Caravela, Enú e Cute, e João Vieira no Arquipélago
Bolama-Bijagós, assim como a Floresta de Ucô na zona de Calequisse e nas Ilhas de Jeta e Pecixe.

2.4.2 - A Fauna da Guiné -Bissau.

Para o conhecimento da fauna da Guiné-Bissau é de salientar os trabalhos efectuados pelas diferentes


missões científicas portuguesas. Em 1896 BOCAGE J. P. publicava através das amostras colhidas pelo
Sr. Costa Martins, Chefe interino de saúde no Arquipélago de Cabo-Verde a ”Lista dos Répteis de
Bolama, Guiné-Portuguesa” Frade F & Manacas, através de uma missão a Guiné-Bissau, efectua
levantamentos sobre os répteis e em 1969 FRADE, pubica “considerações àcerca da fauna na Guiné-
Portuguesa “ enquanto que MANACAS entre 1947 a 1981 faz uma série de publicações sobre os
répteis da Guiné-Portuguesa.

Mais recentemente (entre 1988 e 1991) efectuaram-se dois importantes recenseamentos faunísticos,
sendo um deles mais voltado para a parte continental, o outro concentrou-se mais no Arquipélago dos
Bijagós. Em colaboração com o Comité Internacional para a Conservação do Mar de Wadden,

25
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

iniciaram-se trabalhos mais permanentes de identificação e contagem da avifauna, a qual incidiu mais
nas aves migratórias europeias que invernam nas Lagoas de Cufada e no Arquipélago Bolama-Bijagós.
Estudos mais específicos sobre espécies são muito pontuais, pelo que um recenseamento exaustivo
para além dos citados mais acima é inexistente.

A fauna marinha e aquática foi objecto de várias missões, de instituições de pesquisa estrangeira em
conjunto com o CIPA (Centro de Investigação Pesqueira Aplicada). Esta ultima instituição nacional
efectuou inventários e estudos biológicos de varias espécies no Arquipélago dos Bijagós, na Ria
Grande de Buba e na área de Cacine.

Os resultados gerais destes inventários encontram-se em Anexo. Entretanto queremos salientar que:

1. foram recenseadas cerca de 374 espécies de aves repartidas por cerca e 31 famílias (vide anexos).
Para cerca de 30 espécies entre maçaricos, gaivotas e gaivinhas, o Arquipélago dos Bijagós pode ser
considerado uma zona húmida de importância internacional uma vez albergar, mais de um (1) % das
populações mundiais respectivas.

2. Cerca de 10 espécies de quirópteros são conhecidos na Guiné-Bissau salientando-se que, estudos


específicos foram recentemente realizados na Guiné-Bissau, sobre os quirópteros, cujos resultados
ainda não se encontram disponíveis.

3. Se bem que muito estudados no passado, não existem estudos actuais que cobrem a herpetoauna que
cobrem todo o território da Guiné-Bissau (vide literatura). Inventários recentes foram efectuados
pontualmente nas Ilhas de Bubaque, Orango, Soga e Imbone. Recenseamento geral das espécies
mostra que na herpetofauna guineense são conhecidas:

• Cerca de 31 espécies de (anfíbios) conhecidas;

• Cerca de 85 espécies de répteis entre as quais se salientam 13 testudines, 23 sáurios e 46


serpentes e 3 espécies de crocodilos, queremos salientar, salientando-se que o Arquipélago
dos Bijagós é frequentado por cinco (5) das 7 espécies mundialmente conhecidas de tartarugas
marinhas e é considerada entre os 13 primeiros sítios de desova no mundo, para as tartarugas
verdes.

4. Entre os mamíferos recenseados, salienta-se que existem:

• 11 espécies de primatas são conhecidos na Guiné-Bissau, das


quais nove encontram-se inscritos no anexo II17 da CITES. O
Macaco cinzento Cercocebus torquatus atys é considerado por
este recenseamento extinto, enquanto que o cercopitecus maior
Cercopithecus nictitans stampfii Jentik, e o chimpanzé Pan
troglodytes verus Schwarz e o macaco fidalgo preto foram
considerados raros. Todas as espécies restantes ainda são
comuns e/ou abundantes na Guiné-Bissau.

17
- Este anexo refere-se as Espécies objectos de uma protecção parcial pela CITES.

26
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

• Duas espécies de "pholidotes" ambas inscritas no anexo III 18 da CITES existem na Guiné-
Bissau. Enquanto Pangolin de Cauda longa Manis tetradactyla Linné é considerado
ameaçado, já o Pangolin Gigante Manis gigantea Illiger é considerado raro na Guiné-
Bissau. Ambos encontram-se inscritos na Convenção de Londres.

• 8 espécies de roedores. Destas espécies só é considerado raro na Guiné-Bissau, o esquilo


voador Finiusciurus becrofyi (Fraser), enquanto que todas as outras espécies são comuns ou
abundantes. Saliente-se que o porco espinho é criado em cativeiro na Guiné-Bissau, e com a
rata de canavial maior e a lebre de White inserem um potencial de produção de carne ainda
pouco conhecido e aproveitado. Algumas destas espécies são grandes depredadores de
culturas, pelo que se torna muito pertinente, em algumas zonas, o controle da sua população.
Este é o caso do porco espinho Hystrix cristata senegalica (Cuvier), rata do canavia l e do
Joaquim doido Thryonomys swiderianus swiderianus (temminck).

• Vinte e uma espécies de carnívoras. Destas espécies, duas encontram-se ameaçadas (Ciniena
Lycaon pictus (Temminck) e o Leopardo Panthera pardus leopardus (Schreber)), 11 são
raros e uma considera-se extinta, o chacal comum Canis aureus anthus (G. Cuvier). O
Leopardo, o gato-lagar Leptailurus serval senegalensis (Lesson), encontram-se inscritos no
anexo Ida CITES 19 , enquanto que, a fuinha Aonix capensis capensis, o leão Panthera leo
senegalensis (Mayer) e o gato-lagar constam no Anexo II da CITES.

• Um único "tubulidente" o porco formigueiro Orycteropus afer senegalensis (Lesson. Ele


encontra-se inscrito no Anexo II da CITES.

• Um único sirenidio, o manatim ou vaca marinha Trichechus senegalensis Link. Apesar de


comum no Arquipélago dos Bijagós é uma espécie ameaçada ao nível da Guiné-Bissau.
Encontra-se inscrita no anexo II da CITES e na Classe A da Convenção Africana. A biologia e
a ecologia desta espécie é ainda pouco conhecida o que torna muito difícil a sua protecção. Ela
é frequentemente capturada acidentalmente nas redes de pesca.

• 19 espécies de ungulados. O elefante : Loxodonta africana cyclotis (Blumenbach), é uma


espécie ameaçada na Guiné-Bissau e deve ser objecto de protecção integral de acordo com o
CITES e a Convenção de Londres. O “cefalofo bajo” Cephalophus dorsalis dorsalis (Gray)
encontra-se igualmente ameaçado na Guiné-Bissau e a gazela de pedra Orebia ourebi
nigricaudata (Brooke), é cada vez mais raro.

Pela seu potencial faunísticos e podendo até ser consideradas eventualmente como os principais centros
de endemimismo da Guiné-Bissau, salientam-se as seguintes zonas:

Ø A zona de Dulombi, pela sua grande variedade de primatas e de ungulados e o bom


estado de conservação do habitates respectivos.

Ø Sector de Boé e Pirada, como corredor de passagem da fauna nas suas migrações
sazonais de Norte para Sul e vice-versa. Estes sectores administrativos localizam-se
18
- Espécies á proteger de acordo com a decisão de cada país.
19
- Espécies cuja protecção deve ser integral.

27
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

nos limites dos Parque trans-fronteiriços de Niokolokoba e Badiar respectivamente no


Senegal e em Guine Conakry. Nestas áreas ainda se constata a presença de grandes
carnívoros e grande quantidade de primatas, entre os quais o Chimpanzé.

Ø As matas de Cantanhez, na qual ainda se consta de forma evidente elementos


florísticos e faunisticos da zona Guineo-congolesa. É um grande reduto de primatas,
principais herbívoros existentes na Guiné-Bissau, incluindo sazonalmente elefantes.
Uma série de primatas encontram aí o seu habitat.

Ø Arquipélago dos Bijagós, é não só importante para a avifauna, como igaulemente para
alguns repteis e mamíferos marinhos. Esta zona não apresenta igual número de
espécies que o continente, mas que em valor se sobressai pelo elevado números de
espécies raras e incluídas nos anexos I e II da CITES. É uma zona muito importante de
reprodução dos estoques marinhos sub-regionais.

Ø As áreas de Vendos, mangal e as rias, são igualmente importantes como áreas


húmidas. Sobretudo estas duas últimas para além das suas funções específicas, são
igualmente muito importantes em termos do ciclo de vida de algumas espécies.

Quanto a fauna marinha pode-se constatar a existência de uma grande diversidade de espécies. Em
conjunto foram recenseadas cerca de 230 espécies repartidas por 87 famílias (vide lista em Anexo) as
quais podem ser agrupadas de acordo com algumas características físicas dos habitats aquático:

Ø Espécies cujos ciclos biológicos se desenrolam exclusivamente nos meios


lacunares e estuarinos. Como é o caso das Blennidae, Gobiidae e os Chichilidae
(Tilapia guineensis; Saratherodon melanotheron, Porobius schegelii; Gerres
nigri).

Ø Espécies cuja reprodução se efectua nos estuários mas pode igualmente ter lugar
no meio marinho . Este é o caso dos Mugilidae (Liza. grandisquamis « Cr.
Cacandja »; Liza falcipinnis « Cr. Chalumbe »; Liza dumerili « Cr. Sancaetano »),
Haemulidae (P. peroteti; P. jubelini), Clupeidaee os Sciaenidae (P. elongatus, P.
typus, Pteroscion peli) e os Ariidés (Arius spp.). Espeécies da família dos
Sciaenidae dominam nestes ambientes de grande aporte das áreas terrestres.

Ø Espécies cuja reprodução tem lugar em lagunas e estuários mais igualmente


possível na água doce dos lagos e rios, como por exemplo os Bagridae, certas
Crariidae e Cichlidae (Hemichoromis fasciatus20 ).

Ø Espécies essencialmente marinhas, que frequentam os espaços estuarinos, e


corresponde as espécies com grande capacidade de regulação osmótica. Estes são
essencialmente as Elopidae, Carangidae, Haemulidae, Mugilidae, Lutjanidae,
Gerreidae e os Serranidae (LAFRANCE S. 1994,c).

20
- Uma espécie de tilapia "bentana".

28
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Nos rios e lagoas são pouco as espécies conhecidas, o que significa que, um esforço considerável deverá
ser desenvolvido no sentido de conhecer melhor as espécies de água doce, para melhor aperfeiçoar os
mecanismos da sua gestão. Recenseamentos vários dão conta de cerca de 200 espécies haliêuticas ao nível
da plataforma marinha, algumas das quais de alto valor comercial (vide Anexo). Esta plataforma, com
uma superfície de cerca de 55 000 Km2, é ainda beneficiada pelas suas características físicas, natureza do
seu fundo, natureza da costa muito recortada e com grandes superfícies de “mangrove”, os fenómenos
estuarinos e marinhos, como o de ressurgência ("upwelling"), as derivas litorâneas, outras correntes
marítimas, que a conferem uma elevada produtividade biológica e fazem dela uma zona importante de
reprodução dos estoques haliêuticas ao nível sub-regional. As últimas estimativas dão conta de que o
potencial da plataforma continental em recursos haliêuticas é de cerca de 150 000 t. Tabela 7 fornece o
balanço das disponibilidades da ZEE da Guiné-Bissau, o que demonstra a inexistência de possibilidades
de capturas suplementares de espécies demersais acessíveis aos navios da pesca industrial

29
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

A disponibilidade de recursos haliêuticos demersais na ZEE da Guiné -Bissau segundo o


Plano Director da Pesca Industrial da Guiné -Bissau21
Espécies Características de Disponibilidade 22 Observações
fundo e outros (t)

Camarão de Predominância de 2 800 a 3 000H Nas zonas de vasa domina o camarão (Penaeus
costa vasa notialis) que vem assoiacado as espécies
seguintes: Pseudotolithus senegalensis,
Galeoides dacadactylus, Arius heudoloti, e a
Cynoglossus canariensis.
Este recurso é totalmente explorado mas sem
risco de sobrexploração
Espécies Fundo mole da : 5 000 a 8 000 Estas espécies são fortemente exploradas
intermediárias plataforma Predominância de espécie da família dos
de peixe continental Sciaenides
Espécies Fundo duro da 5 000 – 20 000 Tendência para sobre-exploração;
intermediárias plataforma Nas zonas de areia, predominância das
de peixe continental Sparidae através das espécies como Pagellus
bellottii, Sparus caeruleostictus, Epinephelus
aeneus, dactylopterus volitans e Pseudupeneus
prayensis
Nos bancos rochosos predominância dos
Ludjanedea.
Cefalópodes 5 500 – 8 000H Forte resistência a sobre-exploração
Camarão de Zonas mais 1 200 – 1 700 Essencialmente representada pelo Parapenaeus
Profundidade profundas (100- longirostris e a espécie secundária Aristeus
200m) varidens.
Nível de exploração depende da estratégia dos
armadores estrangeiros que trabalham em
diferentes ZEE
Sparidés de Zonas de 5 000 Não existe sobre-exploração
profundidade profundidade entre É representada pelas espécies seguintes: Dentex
80 a 100 m angolensis, D. congoensis e D.
macrophthalamus.
Recursos 100 000 Pequenos pelágicos disponíveis periodicamente
pelágicos mas dependendo de capturas realizadas fora da
Guiné-Bissau
H Dependendo do nível de recrutamento

21

- Refere-se ao potencial de captura da pesca industrial, uma vez que, determinadas


zonas da ZEE não são acessíveis a este tipo de pesca.

30
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

2.4.3 - Utilização da Biodiversidade

A) Utilização da flora
A contribuição do sector florestal para o PIB é de cerca de 6 % e de cerca de 6,2 % para o valor total das
exportações23 . Este é originada essencialmente pelas taxas de direito sobre as superfícies de concessão
(0,05 USD/ha), taxa de corte por m3 de madeira comercializáveis, as taxas de exportação (20 % do valor
das exportações FOB) e a própria venda da madeira no mercado interno e externo. Enquanto que para os
"cibes" as taxas são concedidas por rachas e normalmente só 300 rachas são autorizadas e mediante a
apresentação de projectos de construção devidamente aprovados .

Algumas Taxas Aplicadas na Exploração Florestal


Espécies Taxa de Corte
(USD/m3 )

Bissilon 20
Pó de sangue 40
Pó de conta 60
Polon 12
Manbode/incenso 15
Mancone 18

Cibe 125 XOFs/Racha

Para o ano de 1997, foram concedidas licenças para extracção de 220 000 rachas de cibe e foram
apreendidas sem licença cerca de 4 707 rachas. Estes dados estão muito aquém da extracção que é
realmente efectuada. Actualmente todas as licenças são orientadas para o Sul da Guiné-Bissau, uma vez
que no Norte, as formações mais antigas foram completamente dizimadas. Destas se extrai os melhores
materiais de construção.

Estima-se a produção anual das formações lenhosas em cerca de 600 000 a 700 000 m3 24 . Este valor
precisa de ser entretanto reconsiderado e revisto sobretudo face a alteração das superfícies de diferentes
formações e a transição de uma formação para outras mais degradada.

O volume de corte de madeira da campanha 1995/1996 para a campanha de 1996/1997 variou


respectivamente de 16 983,9 m3 para 8 894,9 m3. Esta diminuição reflecte o estado caótico em que se
encontram as dez serrações em termos de equipamento, capital financeiro e recursos humanos. Entretanto
caso estes funcionassem plenamente, estariam em condições de suplantar o potencial de produção de
madeira comercializáveis

A lenha e o carvão constituem a principal fonte de energia para a população da Guiné-Bissau. Este último
é utilizado por excelência nos centros urbanos. Estima-se em média que o consumo de madeira para fins
energéticos é de 2 m3 /pessoa/ano o que dá um consumo anual de cerca de 1 125 000 à 1 200 000 m3 . Não
são conhecidos os volumes de extracção de outros produtos florestais tais como o mel, produtos de caça,

23
Plano Director Florestal Nacional, PAFT, pag. 7.
24
Plano Director Florestal Nacional, 1992, pag.V.

31
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

farmacopeia, matéria-prima para o artesanato (bambu, "tara", mantanpa-de-serra" etc.). Seria desejável
realização de um estudo especifico sobre o assunto.

Constata-se sobretudo entre as estimativas do SCET-Internatioal e as do CIRAD-Foret que


houve um desaparecimento de cerca de 187 600 ha de formação lenhosa, concentrada
sobretudo nas regiões de Cacheu, Biombo e Tombali, se bem que em termos de superfícies
brutas , as regiões de Cacheu e Gabu denotam maiores superfícies desaparecidas. Constata-
se o desaparecimento das formações mais densas em cerca de 30 % e o desapare cimento de
1/5 da superfície das Savanas e de cerca de 53 600 ha de mangal.

B) Utilização da fauna

Para além da caça tradicional através da qual uma grande parte das necessidades proteicas das populações
rurais é satisfeita, aumentam as actividades cinegéticas na Guiné-Bissau. Actualmente existem cerca de 5
clubes de caça, com uma área substancial de concessão (vide carta). Estima-se que a contribuição anual
da caça profissional e tradicional seja da ordem de 640 000 US$ anualmente.

Estima-se o número de pescadores artesanais em cerca de 8 000, sendo cerca de 2 000 estrangeiros e a
frota de pesca artesanal é de cerca de 2 000 pirogas, das quais cerca de 255 motorizadas. A captura desse
sub-sector é estimado em cerca de 50 000 t/ano, grande parte da qual é utilizada para sustentar o mercado
interno. Actualmente estima-se o consumo per/capita/ano em cerca de 12 Kg2526 .

A pesca na sua globalidade contribui em cerca de 10 % para o PIB. A pesca indus trial é
essencialmente praticada em regimes de licenças. Somente as receitas provenientes da venda de
licenças cobrem cerca de 40 % do Orçamento Geral do Estado 27 . As tabelas seguintes mostram,
segundo as estatísticas da pesca industrial, a evolução das capturas de determinadas espécies na base
destas licenças, assim como as capturas por pavilhão.

Quadro 2
Produção em ton. de algumas espécies de pescado segundo o Plano Director da Pesca
Industrial da Guiné -Bissau
Produção em ton. de Algumas Espécies de Pescado

40000

35000

30000

25000
Produção (em ton)

1990
1991
20000 1992
1993
1995
15000

10000
25
- Plan Directeur de Peche Artisanale, pag. 2 e seg.
26
- Plan
5000
Directeur de Peche Industrielle – Bilan Sectoriel - Rapport final, pag.
7-2 e seg.
27
- Plan Directeur de Peche Artisanale, pag. 2 e seg
0
m
gre

rbo

lvo

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la

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a
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Se

ma
Ca

ch

Ga

ve
Co

gu
rbi

Co

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Ca

Ma

Ca
Ba

Lin

Di
Sa

Espécies 32
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Produção
Quadro 3 de Pe scado por tipo de pesca segundo o Plano Director da Pesca Industrial
Produção por em ton. por Tipo de Pesca
da Guiné Bissau
140000

120000

100000

80000 1990
produção

1991
1992
1993
60000 1995

40000

20000

0
Arrasto camarão Arrasto Cefalop. Arrasto peixe Cerco peixe Palangres peixe Rede Malhar Não Identificado
Tipo de Pesca

2.5 - Factores que afectam a flora e a fauna:

Um dos grandes factores que afectam a manutenção das grandes formações vegetais guineenses e sua
regeneração natural são as mudanças climáticas em curso na sub-região. A capacidade de regeneração
das formações vegetais diminui, o que provoca a sua degradação em termos de superfície e de
composição. Verifica-se uma substituição progressiva por espécies mais resistentes a seca e por aquelas
de menor porte. Estas transformações estão igualmente na origem da degradação dos diferentes habitats
da fauna, e do desaparecimento de algumas áreas húmidas, sobretudo nas zonas marginais da parte
continental dos grandes rios da Guiné-Bissau. A degradação da cobertura vegetal cria condições para a
degradação do solo, entrando-se num ciclo vicioso, que tem como consequência última a impossibilidade
da prática da agricultura, criação do gado pelas populações humanas.

O homem com a sua actuação é igualmente um factor de degradação do meio. As praticas ancestral da
cultura itinerante sobre as áreas desmatadas com o auxílio do fogo, as queimadas para a abertura de novas
áreas de pastagens, a caça com o auxílio do fogo, assim como as queimadas por origem diversas
(exploração do mel, descuido e fogo posto, etc.) degradam e destroem anualmente cerca de 50 000 ha de
floresta na Guiné-Bissau, que servem igualmente de habitats de diferentes espécies selvagens.

A exploração florestal para fins comerciais, se bem que em termos de volumes totais não seja
considerável, provoca prejuízos nas condições em que é praticada actualmente. Ela não só tem por base a
sobre-exploração de algumas espécies, como também é efectuada sem um enquadramento técnico e
utilizando tecnologias obsoletas, que não só provocam desgastes na zona de corte, como ainda não
possibilitam o uso integral das espécies abatidas. Em relação especialmente ao “cibe” verifica-se que as

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

grandes formações destas espécies foram completamente devastadas devido ao grande mercado originado
pela expansão da construção nos grandes centros urbanos da Guiné-Bissau. Em geral estas espécies não
são objecto de programas específicos de reflorestação por parte do Governo e do sector privado. Aliás,
salvo algumas acções muito pontuais enquadradas no mês da arvore ou nas acções de projectos
específicos (palmar, etc.) não existe um programa nacional de reflorestação.

Algumas áreas sensíveis são afectadas igualmente pela exploração tradicional, salientando-se por um
lado a extracção de lenha do "tarrafe" para a fumagem do peixe a abertura de novas áreas de cultivo na
floresta húmida de Cantanhez, assim como a exploração da lenha e do carvão, para os mercados dos
grandes centros urbanos.

A caça descontrolada é praticada não só nas zonas de concessão para a caça turística como igualmente
fora delas. Verifica-se que frequentemente, mesmo nas áreas consideradas por lei como reservas
faunísticas, esta actividade é praticada devido a falta de capacidade efectiva de controle por parte das
instituições de tutela.

A pesca descontrolada nos rios de água doce com artes desaconselháveis (armadilhas, rede de emalhar
etc.) com grande captura de juvenis e a pesca orientada sobre algumas espécies como é o caso das
barracudas, tubarão e espécies afins já fazem sentir os seus impactos. A pesca do tubarão para além do
facto de ser muito devastadora de recursos, porque é essencialmente orientado para a extracção das suas
barbatanas que têm um grande valor comercial no mercado sub-regional e asiático, tem incidência
através de capturas acidentais sobre as tartarugas marinhas, os delfins e o manatim.

Muito considerável é, na pesca industrial, a incidência sobre algumas espécies assim como as capturas
acidentais das tartarugas marinhas. Neste tipo de pescas são igualmente frequentes as acções de pirataria,
assim como a penetração em zonas exclusivamente reservadas a pesca artesanal.

O comercio clandestino da fauna selvagem e de trofé us respectivos tem estimulado uma cadeia de
traficantes. Verifica-se a invasão das zonas fronteiriças por caçadores furtivos vindos dos países vizinhos
onde a vigilância sobre as suas actividades é muito mais eficiente. Entretanto internamente tem sido
estimulado através de um comércio florescente e muito rentável, a captura e a venda de espécies
selvagens exóticas, como as tartarugas marinhas, o chimpanzé., o papagaio, as iguanas, o porco de mato e
outros répteis.

A urbanização e a construção de novas inf ra-estruturas têm sido efectuadas à custa de diferentes
formações vegetais e habitats, alguma delas de grande valor ecológico e paisagístico. Este é o caso de
toda a zona baixa de Bissau, anteriormente uma zona húmida albergando "mangrove" e lagos que serviam
de zona de repouso e de alimentação para inúmeras aves, mas que supriam igualmente as necessidades
proteicas das camadas mais pobre de Bissau, com peixes, moluscos e crustáceos.

Algumas zonas sensíveis são igualmente objectos de um processo desorganizado de ocupação e


urbanização. Em Varela e nos Bijagós denota-se a ocupação de zonas muito frágeis de praias, áreas de
mangal, muito sensíveis a problemas de erosão e outros efeitos da dinâmica marinha e costeira
contrapondo mesmo as leis ainda em vigôr sobre o Domínio Público Marítimo.

Várias estradas asfaltadas, foram construídas sem estudos prévios de impacto ambiental. Por exemplo o
troço de estrada Ingoré-São Domingos-Varela, que no seu percurso cortou vários braços de rio na sua
ligação com o Rio Cacheu, secando-os e originando por falta de influência das marés salgadas a morte do

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

mangal, da fauna (sobretudo dos peixes). O mesmo fenómeno se repete com a estrada São-Vicente-
Antotinha-Ingoré, onde os canais tradicionais de circulação da água entre as duas partes da estrada foram
cortados; a consequência foi a destruição de uma vasta área dos mangais. A mesma coisa acontece em
relação a estrada Bissau-Quinhamel e Bissau-Prabis. É conhecida a contribuição destes braços de rio ao
nível da reprodução de determinadas espécies haliêuticas, sobretudo em relação ao camarão. Na
construção da estrada Bambadinca-Buba, foram eliminadas mas do que necessário, toda a vegetação
circundante ao longo de todo o troço, se bem que esta poderia ter sido em parte deixada, o que poderia ter
eventuais impactos positivos.

Na Guiné-Bissau, de uma forma geral o fenómeno erosivo é praticamente insignificante, isto explica-se
pelo aspecto plano do relevo. Entretanto observa-se a erosão na praia de Varela no noroeste do país,
provocada em parte pela acção directa das ondas sobre a costa e por outro lado pela acção das aguas
pluviais sobre a falésia situada em frente da costa. Nesse lugar este fenómeno tende-se a agravar
considerando a pressão crescente da urbanização em direcção a costa. Uma plantação de Casuarinas que
se encontra na costa, desaparece progressivamente.

Outra zona com fenómeno erosivo palpável é a ilha de Bubaque e de João Vieira no Arquipélago dos
Bijagós. Na ilha de Bubaque a erosão está ligada sobretudo a acção directa do mar (ondas) sobre a costa e
pela corrente das aguas pluviais e domesticas provenientes do Hotel Bubaque. Esta zona possui uma
escarpa activa com tendência a perpetuar este fenómeno por muitos anos. É pertinente ressaltar que uma
parte da vegetação desapareceu devido aos efeitos desse fenómeno. Em João Vieira a erosão está ligada
sobretudo com o efeito das ondas sobre a costa, uma parte da vegetação natural que se encontrava no
local desapareceu.

No Arquipélago dos Bijagós, as desembocaduras dos principais rios da Guiné-Bissau são zonas de
deposição de sedimentos por excelência. Estes sedimentos provêm da parte interior do país, produto de
diversas actividades realizadas pelo homem, sobretudo a agricultura. O Arquipélagos dos Bijagós é
conhecido como um grande conjunto sedimentar. Localizado logo na desembocadura do Rio Geba
existem nele diferentes zonas rasas, sítios sobre os quais se depositam os sedimentos. Normalmente o
Arquipélago caracteriza-se por uma dinâmica costeira intensa, com aparecimento e desaparecimentos de
ilhéus e bancos provocados por deposições e transportes de sedimentos, sob acções de correntes
marítimas.

Entretanto na desembocadura do Rio Cacheu e do Cumbijã existem conjuntos sedimentares formados


pelos sedimentos provenientes da parte continental (do interior) do país. Na zona sul existe o conjunto
sedimentar de Canhabaque, formados pelos sedimentos da Ria Grande de Buba e do Rio Cacine.

A extracção da areia no leito dos rio não é tão praticada na Guiné-Bissau, porque a ma ior parte dos
rios e rias são, à partir da linha de costa até dezenas de quilómetros do seu percurso, penetrados pelas
marés salgadas. Isto que dizer, que as arreias possuem um elevado conteúdo de sal o que os torna
inapropriados sem prévia "lavagem" para uma utilização na construção civil. Por outro lado, a maior
concentração de arreias encontra-se no litoral, sobretudo na desembocadura dos rios e das rias pelo que
existe à partida problemas de acesso ao local, podendo elevar enormemente os custos de exploração.

Salienta-se no entanto a existência de explorações pontuais em Quinhamel e nas praias da Ilha de


Bubaque. O primeiro pode ser qualificado como uma exploração semi- industrial pelos meios técnicos e
humanos mobilizado para o processo de exploração. É pertinente recordar que a exploração da areia

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

dessa em Quinhamel trouxe grandes conflitos entre o explorador e a população local. Os habitantes
locais protestavam contra os eventuais desequilíbrios provocados ao ambiente envolvente .

Nos últimos anos, a pressão urbanística sobre o litoral se faz sentir cada dia mais, não só ao nível de
Bissau, como também nas zonas com potencial turístico por exemplo nas ilhas de Bubaque, Maio,
Orango e João Vieira, todos no Arquipélago dos Bijagós. Por outro lado é pertinente destacar a praia
Varela, pela crescente dinâmica urbanística sobretudo ligadas ao seu potencial turístico.

A escolha do local para a instalação do complexo turístico de Varela, que se encontra abandonado
neste momento, foi um dos piores possíveis, uma vez que se situa, na linha principal de ataque do
fenómeno erosivo. A supressão da vegetação das dunas acelerou o fenómeno erosivo e aumentou
consideravelmente a fragilidade do local.

Entretanto, em toda a zona costeira da Guiné-Bissau aparecem construções isoladas sobre a costa,
muitas vezes dentro do domínio publico marítimo (80 m ao interior de terra a partir da maré alta,
segundo o decreto lei N.º 18/83), naturalmente ocupados pelos ecossistemas dos mangais

Por último é importante realçar que no caso da Guiné-Bissau, com uma vasta planície litoral bordejada
pelos mangais, a construção de infra-estruturas sobre esta implica necessariamente destruição e/ou a
perda de inúmeros habitats essenciais para a sobrevivência de um grande número de espécies animais e
vegetais. É por isso que uma política de gestão e de ordenamento da franja costeira deve ser promovida
no país, com o objectivo de evitar perdas de biodiversidade não só terrestre como marinho.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

III – SISTEMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

O quadro jurídico, institucional e organizacional do sector ambiental na Guiné-Bissau foi marcado por
uma grande dinâmica, mas também por descontinuidades, se bem que ainda carece de adaptações e
reestruturações. O sector é muito complexo em termos de estrutura uma vez que existe uma grande
multiplicidade de instituições com vocações sectoriais e/ou multidisciplinares que nele intervêm, e que
cortam horizontalmente o sector ambiental. Um esforço considerável foi efectuado no sentido da
elaboração e aprovação de inúmeras leis sectoriais, as quais precisam de ser articuladas e concertadas
com o quadro jurídico, legal e regulamentar do sector ambiental.

3.1. – História do Quadro Institucional e Organizacional

Só muito recentemente o Governo guineense, passou a considerar no seu quadro institucional de forma
mais consequente o sector ambiental. Até a criação do Programa da Planificação Costeira em 1988, o
sector ambiental, estava subordinado a Direcção Geral de Florestas e Caça, e relegado num segundo
plano, em relação a vocação dessa direcção. O programa da Planificação Costeira, foi o verdadeiro
precursor do Programa Ambiental na Guiné-Bissau, se bem que as recomendações da sua primeira fase
ainda é assumida de forma muito tímida pelo Governo. Entretanto, hoje várias instituições (sobretudo
ONGs, instituições de pesquisa, e algumas raras agências do Governo), efectuam intervenções, dentro
do quadro do Programa da Planificação Costeira.

3.1.1 – Entidades Públicas, Privadas e ONGs que Actuam no Sector Ambiental

3.1.1.1. - Evolução histórica

O quadro organizacional do sector ambiental da Guiné-Bissau, foi marcado nos últimos anos por uma
grande dinâmica. Ao nível da sociedade civil verificou-se o surgimento de varias organizações com
vocação estritamente ambiental. Ao nível Governamental se bem que se verificou a criação de
estruturas estritamente vocacionadas para este sector, faltou uma coerência em termos de clareza das
suas responsabilidades, funções e competências, o que não facilitou a tarefa das novas estruturas
criadas. Em alguns casos o relance de acções foi entravado por sobreposição e conflito de
competências, e noutros, verificou-se a falta de valorização de estruturas previamente existentes, o que
ocasionou demora e atrasos no arranque das actividades programadas, assim como uma grande
descontinuidade das acções em curso.

Uma preocupação com respeito a criação de estruturas para a gestão e planificação ambiental só foi
iniciada na Guine Bissau, nos fins da década de oitenta, com a criação do Gabinete de Planificação
Costeira, estrutura cujos objectivos são essencialmente:

Ø optimizar as actividades económicas desenvolvidas pela população


rural costeira;

Ø manter a renovabilidade dos recursos naturais exploráveis

37
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Ø conservar as amostras representativas do património natural da zona


costeira do pais através da criação de áreas protegidas específicas;

Ø harmonizar no espaço e no tempo os diferentes sectores económicos;

Ø propor mecanismos de resolução de conflitos entre os diferentes


grupos de interesse.

É no quadro deste programa que, embora restringido a zona costeira, se iniciam os diferentes
levantamentos mas integrados à volta da questão ambiental, que culminam com a proposição de
algumas áreas prioritárias para a conservação. Este programa apesar de pretender ser uma estrutura de
planificação de consulta e concertação dos diferentes intervenientes na zona costeira, nunca conseguiu
desempenhar cabalmente estas duas ultimas funções, devido sobretudo ao seu fraco enquadramento
institucional nas estruturas do Ministério do Ambiente Recursos Naturais e Agricultura. O seu relatório
técnico, apesar de constituir um instrumento imprescindível de gestão, as propostas nele contidos
nunca foram assumidos formalmente pelo Governo. Algumas das suas propostas, sobretudo a
dinâmica criada através deste programa, estão a ser aplicada pelas estruturas estatais e não estatais e
pelas ONGs.

Em 1992 no quadro de um processo de reflexão entre varias entidades estatais e da sociedade civil,
cria-se o Conselho Nacional do Ambiente, o CNA com o mandato de formular, seguir e coordenar a
política ambiental na Guiné-Bissau. Esta estrutura que para ter maior vigor e dinâmica na concertação
intersectorial foi directamente ligado a Presidência da República, e para ter um suporte técnico, foi- lhe
atribuído uma comissão técnica composta por técnicos de todas as instituições do estado e ONGs para
assessorar o seu Secretário Executivo(vide Anexo IV). Segundo os seus objectivos, deveria assegurar
uma concertação horizontal, não só entre as estruturas governamentais , isto é mais concretamente
entre os sectores, como também entre a sociedade civil.
Esta estrutura nunca chegou a desempenhar cabalmente as suas funções, por razões de vária ordem
entre as quais se salientam os factores acima referidos. Entretanto no quadro das suas actividades e em
colaboração com a UNSO/PNUMA, elabora e discute de forma ampla “O Plano Nacional de Gestão
dos Recursos Naturais” que não chegou a sua fase de aprovação.

Em 1994, considerando sobretudo a importância que o sector foi assumido não


só no meio da população em geral, como igualmente no seio da sociedade
civil como a grande sensibilidade que esta despertou com a sua actuação ao
nível do Governo e dos partidos políticos, cria-se a Secretaria de Estado
do Turismo, Ambiente e Artesanato, na qual se insere uma Direcção Geral de
Ambiente. Esta Secretaria mais tarde passa a categoria de Ministério do
Turismo Ambiente e Artesanato. Considerando sobretudo a sobreposição de
funções e competências o CNA é extinguido, e cria-se em seu lugar a
Conferência Nacional de Ambiente, com competência mais limitadas a
concertação e articulação, passando a definição de políticas e estratégias
a ser de competência deste novo Ministério através da sua Direcção Geral do
Ambiente (Vide estrutura em anexo IV). Esta direcção passa posteriormente,
no âmbito do ajustamento e remodelação governamental a integrar o
Ministério do desenvolvimento Rural, Recursos Naturais e Ambiente, fazendo
parte da Secretaria de Estado dos Recursos Naturais e Ambiente.

38
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

A preocupação ambiental entra na agenda do Governo que, com base sobretudo na Agenda 21
aprovada na Cimeira do Rio sobre o Ambiente e Desenvolvimento, e a inclui no seu programa de
1994-1998. Na base deste mesmo programa o Governo propõe elaborar com o apoio do PNU/PNUMA
o Plano Nacional do Ambiente, no sentido de definir políticas e estratégias especificas para este
sector.

Nesse sentido foi efectuado pela Direcção Geral do Ambiente um diagnostico cobrindo as áreas de
saneamento urbano, estudos de impacte ambiental, biodiversidade, defesa do ambiente, seca e
desertificação, recursos humanos e formação, intervenção das ONGs e sector privado, assim como
relações internacionais, e que deu lugar a proposição da sua estrutura orgânica que no entanto nunca
chegou a ser aprovado oficialmente.

Ligado ao MDRRNA, encontra-se igualmente afecta uma Direcção Geral de Floresta e Caça, cujas
funções se limitam principalmente a venda de concessões de exploração florestal, de caça e licenças de
corte de "cibe" e de produção de carvão, as acções de sensibilização assim como as de promoção,
vulgarização e enquadramento técnico das diferentes explorações, concessões e da população em geral.
Esta Direcção Geral sofreu uma reestruturação geral. Actualmente dispõe de delegações ao nível das
regiões, as quais integram as Direcções Regionais de Agricultura e dependem directamente, ao nível
central, dos serviços respectivos.

ATRIBUIÇÕES DA DIRECÇÃO GERAL DO AMBIENTE

1. Coordenação, estudos, planeamento e inspecção dos serviços de ambiente urbano e gestão ambiental
dos recursos Naturais. Mais especificamente

2. Colaborar na elaboração de uma política integrada de ambiente recursos naturais e consumidor;

3. Coordenar e apresentar superiormente os projectos e os planos de investimentos anuais e pluri-anuais


das entidades sob dependência ou tutela do MDRRNA nos sectores de ambiente e do consumidor;

4. Promover diagnósticos, estudos e avaliações sobre os sectores do ambiente e de consumidor,


nomeadamente o estudo do impacte das medidas globais, sectoriais e regionais do ambiente;

5. Coordenar a intervenção dos órgãos, serviços e institutos sob tutela do MDRRNA, na avaliação de
actividades decorrentes da integração regional e cooperação internacional;

6. Inspeccionar o cumprimento da legislação em vigor no domínio do ambiente;

7. Coordenar a avaliação de impactes ambientais, bem como assegurar o controle de riscos acidentais
graves;

8. Colaborar na definição de uma política de gestão de resíduos e incentivar o desenvolvimento de novas


tecnologias na área do ambiente

9. Estudar e desenvolver os princípios que informam a prevenção e redução do ruído e promover e


acompanhar aplicação da legislação nesta matéria;

10. Promover a certificação laboratorial na do ambiente;

11. Elaborar estudos e pareceres sobre os problemas de poluição do mar bem como propor as medidas
adequadas a evitá-la.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Apesar de toda esta dinâmica não foram criadas estruturas específicas para a elaboração de
mecanismos para a execução e seguimento das diferentes convenções internacionais assinadas e
rectificadas pela Guiné-Bissau. Por exemplo apesar da Guiné Bissau ter apresentado um relatório a
cimeira do Rio, não foi criada qualquer estrutura de seguimento da implementação da Agenda 21.

Outras instituições de carácter público se bem que não concebam políticas e estratégias ambientais,
desenvolvem actividades específicas de apoio a esse processo.

3.1.1.2 – Estruturas de Investigação e de Planificação

Centro de Investigação Pesqueira Aplicada, CIPA

Criada em 1990 e actualmente uma estrutura em processo de autonomia financeira, jurídica e


patrimonial, como é o caso das outras estruturas de investigação, o CIPA é a entidade responsável
pelos estudos e pela avaliação dos recursos haliêuticas da ZEE a fim de determinar os níveis acessíveis
de exploração, propor medidas de protecção de recursos, como a delimitação de áreas protegidas, o
tamanho mínimo das espécies e o contingente das capturas e a produção de dados científicos
necessários a implementação de um sistema de gestão durável de recursos marinhos. Este centro é
constituído pelas seguintes divisões: Divisão de avaliação e gestão e recursos vivos; Divisão de
tecnologias de pesca, acolhimento de navios, técnicas e engenhos de pesca e Divisão de estatística.

Este centro desenvolveu no passado os seguintes estudos:

Ø Projecto de gestão integrada dos recursos haliêuticos que incluiu: inventario


sócio-económico de pescadores, parque de pirogas e esforço de pesca nos Bijagós;
Localização e caracterização de zonas de pesca e estudo de espécies como a tilápia,
os tubarões; estudo da maturação sexual das taínhas...

Ø Projecto de desenvolvimento durável da pesca artesanal no Rio Grande de Buba

Ø Campanhas oceanográficas na ZEE da Guiné-Bissau, nomeadamente com navios da


URSS, ORSTOM de França, INIP de Portugal e com a China Popular

Encontram-se em execução:

Ø Estudos sobre a transformação tradicional de produtos de pesca

Ø Estudo bioló gicos sobre as espécies costeiras de tubarões;

Ø Estudos de espécies haliêuticas das águas continentais (água doce);

Ø Estudos da pesca artesanal nos Bijagós e em Cacine.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

O Instituto Nacional de Investigação das Tecnologias Adaptadas, INITA

Este instituto embora atravessando dificuldades de ordem institucional e financeira, tem desenvolvido
trabalhos pioneiros no domínio das tecnologias alternativas, para o aproveitamento das energias
alternativas assim como no aprimoramento de tecnologias racionalizadoras de recursos naturais. Neste
último caso, tem trabalhado no processo da introdução e vulgarização de fogões melhorados, assim
como dos fornos de carbonificação, de maiores rendimentos. Actualmente a aposta deste instituto é a
introdução de tecnologias baratas de transformação de produtos agrícolas e florestais.

O Instituo Nacional de Pesquisa Agronómica, INPA

O INPA é a instituição responsável pela pesquisa agronómica ao nível da Guiné-Bissau. Dispõe de


vários centros especializados espalhados pelas regiões da Guiné-Bissau, salientando-se: o Centro
Frutícula de Quebo; o Centro Cabochanque; o Centro de produção Animal de Bissorã e o Centro de
Contuboel. Implementa vários programas de pesquisa salientando-se, os do arroz, o da sócio-economia
rural, e o das técnicas agrícolas Estes centros dispõem de uma larga gama (amostras) de variedades
cultivaveis, essências florestais, etc. resultantes de programas de cooperação com os grandes centros
internacionais e sub-regionais de pesquisa, como igualmente de amostras recenseadas ao nível nacional
e local, que carecem no entanto de estudos aprofundados sobre respectivas potencialidades e
sistematização em publicações específicas. Importante é o acervo documental acumulado em cada um
destes centros, não só no domínio da genética, como também de diferentes actividades de pesquisa
agronómica realizadas na Guiné-Bissau.

Apesar das raças locais, possuírem características específicas, como a resistência a tripanossomiases da
raça bovina N´Dama, pouco trabalho cientifico se desenvolveu no domínio da melhoria da produção
animal e no aproveitamento das raças locais. Existe portanto neste domínio um grande potencial ainda
por explorar.

No quadro do “Plano de Acção da Carta de Política Agrícola” prevê-se a restruturação do INPA, e a


elaboração de um Plano Nacional de Pesquisa, que servirá de orientação para as respectivas
intervenções no domínio da pesquisa agronómica. Este novo programa deve sobretudo ser articulado
um programa eficiente e descentralizado da extensão e vulga rização agrícola.

O Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação, INDE

Embora não seja estritamente da sua vocação, este instituto no quadro de alguns dos seus programas,
manteve uma colaboração directa com algumas intervenções efectuadas no sector ambiental.
Actualmente e nos diferentes níveis do ensino e em colaboração directa com a Editora Escolar, tem
vindo a produzir livros escolares com conteúdos ambientais, respondendo assim a preocupação do
Ministério de Educação Nacional, quanto a introdução destes nos curiculuns escolares. Experiências no
quadro do programa sub-regional, conhecida por “Programa Ambiental de Formação, Informação e
Educação” tutelada em parte por esta instituição nos inícios dos anos noventa, não teve bons resultados
sobretudo devido a fraquezas de ordem institucional.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, INEP

Inicialmente com uma vocação para estudos fundamentais no domínio sócio-económico, o INEP,
desenvolve hoje pesquisa fundamental aplicada nos vários domínios das ciências sociais, económicas e
naturais. Actualmente dispõe de cinco centros (Centro de Estudos de história e antropologia, CEHA; o
Centro de Estudos Sócio-Económicos, CESE, o Centro de Estudos Ambientais e Tecnologia
Apropriada, CEATA, o Centro de Documentação e Publicações, CEDOP, e o gabinete de estudos e
projectos), um arquivo contendo uma acervo importante de documentação colonial, uma biblioteca
pública e um arquivo audiovisual.

O INEP coordenou ao nível nacional os Estudos Nacionais Prospectivos, e o seu Centro de Estudos
Ambientais e Tecnologia apropriada, coordenou todos os estudos (interdisciplinares) e elaborou em
colaboração com a UICN, a documentação necessária a nomeação pela UNESCO da região Bolama-
Bijagós, como Reserva de Biosfera. Este Centro em conjunto com o Gabinete de Planificação Costeira
cria a Célula SIG, como unidade de apoio ao seguimento e a gestão da zona costeira; efectua
monitoragem e seguimento da avifauna no Arquipélago, e desde 1992, efectua o seguimento,
monitoragem e marcação das tartarugas marinhas no Arquipélago Bolama-Bijagós, Reserva da
Biosfera. Este centro coordena a Casa do Ambiente e da Cultura da Região Bolama-Bijagós, na qual
existe um mini- museu de história natural, um centro de documentação especializado em problemas de
insularidade e ambiental, ambos servem de instrumentos de apoio a educação, sensibilização do
público em geral e as acções de pesquisa na reserva da Biosfera.

A articulação mínima desejada entre estas diferentes instituições de pesquisa, é quase inexistente, o
que provoca desperdício de recursos e meios e entrava o desenvolvimento de um Programa Nacional
de Pesquisa mais coerente com os objectivos gerais do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

O Gabinete de Planificação Costeira

Este gabinete criado em 1988 com o apoio técnico da UICN, e financiamento da Cooperação Suíça, é o
precursor dos trabalhos de planificação e estudos ambientais do período pós independência na Guiné-
Bissau. Para além da análise e inventariação da situação do ambiente na zona costeira, elaborou a
tipologia sócio-económica dos diferentes utilizadores dos recursos naturais da faixa costeira e propôs
no seu relatório final, directrizes e orientações de desenvolvimento sustentado para os diferentes tipos
de unidades familiares de exploração, para a área terrestre e para área aquática. Esse documento
contem igualmente uma proposta de um ordenamento territorial da zona costeira, que apresenta
algumas áreas prioritárias de conservação, como o Arquipélago dos Bijagós, as Lagoas de Cufada, as
florestas húmidas de Cantanhez, os "tarrafes" do Rio Cacheu e a Ria Grande de Buba. Entretanto o
mais relevante neste processo é a metodologia desenvolvida e o grande envolvimento de instituições
com vocação diferenciadas e da população.

Outros centros, projectos e programas governamentais de interesse para a conservação da


diversidade biológica.

Centros de estudo específicos, laboratórios e centros de documentação específicos encontram-se


afectos à diferentes ministérios e instituições públicas e privadas como é o caso do Instituto Nacional
de Estatísticas e Censos, o Instituto Nacional de Geodesia e Cadastro, e o centro de documentação do

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

MDRA-RN. Ainda sob a tutela de alguns ministérios existem programas e projectos com interesse para
a conservação da biodiversidade, entre os quais queremos salientar:

• Projecto Agro-Silvo-Pastoril, PASP, tutelado pela DGFC, desenvolveu nas regiões de Gabú e
Bafatá no Leste da Guiné-Bissau, um pacote de metodologia de abordagem participativa, que
permite dar um tratamento adequado de valorização da gestão tradicional do espaço e dos recursos.
Através deste projecto tem-se promovido a iniciativa local comunitária para a resolução e procura
de alternativas aos conflitos em torno da utilização do espaço e dos recursos naturais. No quadro
deste projecto foram criadas e valorizadas várias iniciativas de criação de florestas comunitárias e
respectivos regulamentos tradicionais.

• Projecto de “Conservação e Utilização dos Ecossistemas Frágeis da Guiné -Bissau” foi iniciado
muito recentemente e tem duas componentes principais: a criação de um Centro Nacional de Áreas
Protegidas com funções de articulação e coordenação das Áreas Protegidas e de facilitador de
programas de pesquisa, formação, etc. para os diferentes intervenientes na gestão das Áreas
Protegidas; Criação do Parque Natural das Lagoas de Cufada.

Projecto para a Utilização e conservação dos Recursos Florestais: Este projecto


que tem como objectivo principal “a racionalização e a profissionalização da
fileira produção de energia lenhosa, ao nível nacional, para uma gestão
eficaz e rentável do património florestal, assegurando um emprego
permanente para uma parte da população rural no sector da carbonização”
(ver documento de projecto, pag. 1). Este projecto preconiza sobretudo a
introdução de fornos com altos rendimentos de carbonização e um melhor
aproveitamento dos resíduos florestais provenientes das serrações,
intervenções silvícolas, troncos secos e mortos, etc.. Apoios específicos ao
reforço da capacidade organizacional dos intervenientes, nesta fileira estão
igualmente previstos no quadro da intervenção deste projecto.

3.1.1.3 – Organizações não Governamentais que Actuam no Sector Ambiental

O movimento das ONG, inicia na Guiné-Bissau nos fins da década de oitenta. Entretanto no território
da Guiné-Bissau, algumas ONGs internacionais já desenvolvam as suas actividades, voltadas
essencialmente para o sector produtivo. Só a partir de 1988, com o início da actuação da União
Mundial para a Conservação da natureza, se iniciam as acções no sector ambiental. Este facto aliado ao
processo de liberalização e democratização em curso deu mais força e expressão as ONG, fazendo com
que, algumas delas, se direccionem para o sector ambiental. Actualmente o fenómeno das ONG é
marcado pela criação de várias redes (nacionais e internacionais) com a finalidade de potencializar as
sus acções.

A) - Organizações Não Governamentais Nacionais

ONG Acção para o Desenvolvimento

Esta ONG, embora muito vocacionada para as acções alternativas de desenvolvimento, foi membro da
Iniciativa de Cantanhez, uma iniciativa conjunta de várias ONGs para proteger as últimas manchas de
floresta húmida da Guiné-Bissau, e actualmente tem iniciativas em Cantanhez, na cidade de Bissau, no

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

bairro de Quelele, e no sector de São Domingos (limite norte do Parque dos “tarrafes” do Rio Cacheu).
Notável é o enorme sucesso e impacto alcançado no domínio da mobilização e sensibilização pública
nas suas zonas de actuação através da criação de rádios comunitárias, a saber: a rádio Quelele, radio
Cassumai no norte e a rádio Lamparam floresta húmida de Cantanhez. A criação de uma Escola de
Saneamento Ambiental por esta ONG no norte da Guiné-Bissau, tem inspirado outras instituições
vocacionadas para o ensino e o ambiente, na forma como adaptar o ensino as realidades locais. Esta
ONG em colaboração com a Universidade de Jembloux e o Instituto de Investigação Científica
Tropical, deu uma grande contribuição no conhecimento da flora da Guiné-Bissau, especialmente da
flora de Cantanhez.

Apesar da extinção da Iniciativa de Cantanhez como estrutura formal, as diferentes ONGs que dela
fizeram parte continuam as suas actividades no âmbito do desenvolvimento durável e da conservação
da floresta húmida de Cantanhez.

ONG ALTERNAG

Esta ONGs através do seu Jornal ECO, programas de Rádio, debates, seminários etc. tem contribuindo
para a difusão de informações do sector ambiental e no despertar da sociedade civil guineense não só
para os problemas globais, como para a questão da pobreza, da terra, etc., mas também no sentido
estimular o partenariado, partilha de responsabilidades e equitatividade que deve existir na sociedade, e
melhorar a participação das populações no processo democrático da Guiné-Bissau. Esta ONG foi
membro da extinta Iniciativa de Cantanhez.

ONG “Esta é a Nossa Terra”, TINIGUENA

Esta ONG, para além da sua acção no domínio do desenvolvimento durável, tem um “Programa de
Educação para o Desenvolvimento” na base da qual procura, sensibilizar os diferentes intervenientes
na sociedade sobre os problemas ambientais, assim como, articular os problemas (ambientais e sócio-
económicos) constatados nas zonas respectivas de actuação (secção Administrativa de São João
Bolama e Ilha de Formosa, ambas localizadas na Reserva da Biosfera Bolama-Bijagós) com os
problemas de nível nacional. Para esse efeito esta organização conta com um programa na Rádio
Nacional, a revista bianual “Mato Malgós”, várias publicações e desdobráveis para sensibilização do
grande público, e cada ano convida os jovens e o público em geral a descobrir alguns elementos do
património cultural, histórico e natural, nacional, através de visitas e sessões de debate e propaganda
organizadas para o efeito.

Nos últimos tempos ONGs com vocação estritamente ambientais foram criadas na Guiné-Bissau. Este
é o caso da Associação de Desenvolvimento e Conservação do Meio Ambiente com sede em Bubaque,
a Associação de Mulheres para a Conservação do Ambiente, etc, cujas actividades ainda são pouco
conhecidas. Outras ainda existem mas com uma vocação mais para o desenvolvimento ou mais
direccionados a defesa de interesses específicos. Estes são o caso específico por exemplo, da ONG
NANTINYAN, TEPENNY, e TOTOKAN, cujas actuações se desenvolvem ao nível da Reserva da
Biosfera Bolama-Bijagós.

Melhoria progressiva tem-se verificado no relacionamento entre as ONGs e o Governo, em geral, se


bem que na base, ainda existem dificuldades em termos de articulação, complementação e coordenação
entre as iniciativas destes dois sectores, assim como entre as iniciativas das ONGs com as mesmas

44
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

áreas de intervenção. Um outro aspecto crítico ao nível das ONGs da Guiné-Bissau, é a falta de
especialização em diferentes domínios e/ou áreas específicas, o que leva a uma dispersão de esforços,
na procura de responder as mais variadas necessidades e solicitações vindas da base.

Igualmente importante neste processo é a dinâmica de criação das Associações de Base, as quais em
alguns casos agrupam tabancas e em outros grupos de interesse específico. A acção destas estruturas
tem reforçado a capacidade institucional e igualmente, a capacidade de acesso e uso de mecanismos
alternativos de financiamento para as soluções de problemas manifestados na base.
Estas estruturas são parceiros indispensáveis das ONGs, assim como das estruturas do poder
tradicional.

B) – Organizações Não Governamentais Estrangeiras

A União Internacional para a Conservação da Natureza, UICN

A UICN, organização da qual a Republica da Guiné-Bissau é membro, tem actuado na Guiné-Bissau


através do seu programa das Zonas Húmidas desde 1988. Na base de um Protocolo específico com o
Governo da Guiné-Bissau, apoiou a criação do Programa da Planificação Costeira. Esta instituição
cuja agenda internacional é reconhecida actua na Guiné-Bissau, como facilitador de diferentes
actividades no domínio do ambiente, apoiando na assistência técnica, na circulação de informação,
procura de financiamento e na formação. Colabora com instituições do estado, ONGs , instituições de
Pesquisa, Associações de base. Estimula a criação de redes sub-regionais para uma melhor valorização
de competências, e criação de um quadro de cooperação entre instituições similares nacionais.

Esta ONG internacional tem sido parceira do Governo da Guiné-Bissau, nas principais iniciativas que
tiveram lugar nestes últimos dez anos no domínio do ambiente.

O Centro de Estudos e da Cooperação Internacional, CECI

Esta ONG canadiana apoiou, sobretudo as iniciativas mais recentes para o conhecimento da situação
real dos recursos faunísticos e da real vocação de algumas áreas para a conservação. Com o seu apoio
foi efectuado um inventário faunistico ao nível nacional, e elaborou-se no mesmo quadro, a proposta
de criação de diferentes áreas protegidas, cobrindo todo o território da Guiné-Bissau.

A SWISSAID

Esta ONG suíça através dos seus parceiros nacionais tem apoiado não só a descoberta do património
natural, cultural e histórico da Guiné-Bissau, como também, o processo de valorização e utilização
durável dos recursos da Biodiversidade através do apoio directo as Associações de Base na área de
Farim, nos Bijagós, etc.

Outras ONGs internacionais, embora não sediadas directamente na Guiné-Bissau, têm apoiada através
das suas parceiras guineenses a realização de várias iniciativas de desenvolvimento durável na
diferentes partes do território da Guiné-Bissau.

3.1.1.3. – O Sector Privado

45
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

O envolvimento do sector privado nos problemas gerais do ambiente, e em especial da conservação da


diversidade biológica, salvo raras excepções, tem-se revelado muito difícil. Preocupados com a
recuperação rápida do capital investido, num ambiente económico pouco seguro, leva muitos actores
deste sector a desprezar as mas elementares normas de comportamento e ética em relação aos recursos
existentes. Além do mais toda a actuação deste sector é efectuado num ambiente jurídico e
regulamentar ainda frágil, em que as leis e os regulamentos ainda não cobrem todas as matérias e são
ineficientemente aplicados. Alguns exemplos podem ilustrar este facto: a exploração da arreia no leito
do Rio de Tor (Rio Quenau) em Quinhamel; a expansão do Acampamento de Pesca “Tubarão” para a
Ilha de João Vieira, área onde se pretende criar um Parque Marinho e Insular, para a conservação da
mais importante zona de desova das tartarugas marinhas da África Ocidental; concessões de
exploração madeireira em zonas de Floresta Comunitária; concessão de caça em zonas propostas para a
criação de Áreas Protegidas, etc.

3.1.1.4 - Entidades especializadas

Célula de Sistema de Informação Geográfica, SIG

Esta célula recentemente criada à partir de uma iniciativa conjunta INEP, Planificação Costeira e
Laboratório GEOSYSTEMES de França, com o apoio da UICN, constitui actualmente um instrumento
de grande importância para o seguimento da situação ambiental na Zona Costeira da Guiné-Bissau.
Esta Célula dispõe actualmente de um banco de dados cobrindo toda a zona costeira da Guiné-Bissau e
do Arquipélago dos Bijagós, os quais, se alargados as restantes partes do território Guineense, poderão
constituir um precioso instrumento de avaliação e seguimento da situação ambiental na Guiné-Bissau.

Centro Legislativo Ambiental

Preocupado com a falta de um quadro jurídico institucional e legal para o sector ambiental em geral e
para a conservação da biodiversidade em particular, o governo cria um “Centro de Legislação
Ambiental”, com o apoio financeiro da União Europeia e a assistência técnica da UICN.

Os objectivos específicos da criação deste centro resumem-se no seguinte:

1. Aumento da capacidade de resposta em matéria legislativa ao nível da Secretaria de


Estado dos Recursos Naturais e do Ambiente;

2. Reforço da capacidade institucional ao nível do Governo e da Sociedade Civil em


matéria de Legislação ambiental;

3. Assegurar a capacitação profissional e um corpo de juristas e técnicos em matéria de


Direito Ambiental;

4. Efectuar a vulgarização de leis e regulamentos com vista a uma sensibilização dos


diferentes sectores sociais em questões de índole ambiental28 ;

28
- Centro Legislativo Ambiental, programa de actividades para Nov.98 a Out. de
1998, pag 2 e seg.

46
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

No quadro deste centro se pretende elaborar a Lei Quadro do Ambiente, assim como criar e/ou rever o
quadro legislativo existente mais especifico a determinadas matérias. Este é o caso por exemplo da lei
sobre os Estudos de Impacto Ambiental, da lei e dos regulamentos sobre a utilização e a Conservação
dos Ecossistemas do Mangal, do regulamento sobre as florestas comunitárias e da lei e regulamento
sobre espécies de fauna e flora. Esta regulamentação não só contribuirá para a conservação da
Biodiversidade através da protecção das espécies ameaçadas, assim como através da conservação dos
seus habitates e ecossistemas uma vez aplicados devidamente e consequentemente. Um esforço
considerável está sendo efectuado no sentido da obrigatoriedade de realização de estudos de impacto
ambiental para obras de grande envergadura, como é o caso, da barragem de Saltinho, e a central
eléctrica de Bissau e a construção da ponte de João Landim sobre o rio Mansoa. A construção destas
obras sem os referidos estudos poderia ter impactos negativos irreversíveis sobre o ambiente e a
conservação da diversidade biológica na Guiné-Bissau.

3.2 – As Políticas Sectoriais

Considerando a sua importância sócio-económica, um esforço considerável foi efectuado pelo Governo
da Guiné-Bissau, no que concerne a definição de políticas e estratégias para o desenvolvimento
durável dos recursos de determinados sectores. Saliente-se que alguns aspectos da conservação do
ambiente e da biodiversidade foram considerados no quadro da definição de políticas e estratégias
sectoriais, sobretudo quando se trata daqueles que incidem sobre recursos naturais específicos (vivos e
não vivos) renováveis. Este e o caso por exemplo dos planos directores tratados à seguir.

No Plano Director Florestal Nacional (Plano de Acção Florestal Nacional) consta uma analise da
situação, na base da qual são definidas as políticas, as estratégias, as acções, e as metas a atingir, para
uma utilização durável dos recursos florestais, como igualmente define os meios necessários a sua
implementação.

O PAFT para além de recomendar os eixos principais 29 para uma política florestal durável, propõe
medidas mais específicas para o reforço da capacidade institucional do sector assim como a criação, no
quadro do ordenamento nacional do território, de Unidades de Conservação representativas das
diferentes zonas bio- geográficas da Guiné-Bissau. Medidas especificas são igualmente preconizadas
não só para a capacitação e restruturação da DGFC e a formação dos seus técnicos e funcionários como
também para incentivar e promover a floresta comunitária assim como as concessões privadas.

29
- Plano Director Florestal Nacional – Plano de Acção Florestal Tropical, (Nov.
1992) pag.130 e seg.

47
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

EIXOS PRIORITÁRIOS DA POLITICA FLORESTAL RECOMENDADA PELO PAFT1

1. Gestão do fundiário, definição legal do espaço florestal qualquer que seja seu estatuto fundiário, sua
delimitação; criação de um observatório fundiário.

2. .Elaboração e implementação de um plano director de desenvolvimento florestal comunitário


participativo e descentralizado em proveito das colectividades rurais.

3. Diminuição da pressão sobre as florestas mediante intensificação da agricultura (agro-florestal e


melhoria do pousio) e da criação de gado, por incitação ao plantio sobre os bons solos (cultura e
florestas de renda) e pela regulamentação da exploração florestal.

4. Melhoria da gestão florestal através da sua conservação, sua valorização e sua regeneração.

5. Atribuição de um valor mais representativo a madeira em pé, complementados pelas disposições


fiscais e aduaneiras, realmente aplicados.

6. Implementação de um programa pragmático de investigação a longo prazo sobre os ecossistemas


sobre os ecossistemas tropicais frágeis .

O Plano Director das Pescas (artesanal e industrial) têm como objectivo essencial definir os grandes
princípios de desenvolvimento, orientar e definir a política do sector. Estes planos igualmente
propõem acções e medidas com vista a definir, organizar e disciplinar a exploração dos recursos
pesqueiros em bases cientificas coerentes e sustentáveis.

Este plano prevê , no quadro da exploração dos recursos haliêuticos, um de melhor aperfeiçoamento do
sistema de controle e fiscalização da pesca, um sistema de seguimento científico e de gestão dos
recursos haliêuticos e algumas medidas visando a sua utilização durável como por exemplo:

1. Gerir os estoques demersais acessíveis a pesca no alto mar;

2. Fixar a médio termo as cotas anuais de esforço de pesca de camarão e


cefalópodes;

3. Avaliar a possibilidade de estabelecimento de períodos de repouso biológico


sobretudo naqueles períodos em que a valorização do recurso disponível é a
menos favorável;

4. Melhorar o sistema de gestão de recursos em camarão e cefalópodes


aumentado a malhagem autorizadas para a pesca destas espécies;

5. Melhorar a gestão de estoques dos peixes demersais através da fixação de


profundidade mínima limitando as operações das embarcações e reduzindo a
captura de juvenis;

48
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

6. Adoptar medidas regulamentares fixando uma proporção máxima de peixes nos


desembarques dos camaroeiros e fixando o tamanho mínimo das capturas das
espécies comercialmente interessantes;

7. Salvaguardar os juvenis das espécies nobres implementado medidas permitindo


diminuir as capturas acessórias nos camaroeiros 30 .

OS GRANDES OBJECTIVOS DO PLANO DIRECTOR DA PESCA INDUSTRIAL7

1. Desenvolver o sector em bases sólidas e consequentes

2. Extrair altos rendimentos económicos através de uma exploração racional do recurso, e considerando o
contexto actual;

3. Implementar programas de desenvolvimento integrado que deverá permitir reunir as condições


necessárias a emergência de um sector industrial da pesca marítima

4. Redefinir as políticas de exploração de recursos haliêuticos pela frota estrangeira à fim de incluir, nos
acordos de pesca, uma clausula compensatória prevendo a concessão de créditos/empréstimos à
condições preferenciais visando financiar o investimentos no sector da pesca.

Plan Directeur de Pêche Industrielle, Rapport Final, pag,. 7 e seg.

O Plano Director da Pesca Artesanal define, três eixos principais de actuação para que se possa
atingir os objectivos da política deste sub-sector, a saber:

Ø A promoção do sector para criar as condições para um desenvolvimento


harmonioso da actividade da pesca no seu conjunto (captura, transformação,
distribuição, comercialização e serviços associados) dentro dos limites da
utilização durável dos recursos e em conformidade com as exigências
económicas do país;

Ø Apoio as iniciativas e actividades do sub-sector através de realizações de obras


de infra-estruturas, identificação e mobilização dos recursos financeiros
favorizando o desenvolvimento, a organização das associações e a extensão e
a vulgarização do conhecimento;

Ø Gestão para uma utilização racional dos recursos haliêuticos do sub-sector nos
limites do nível óptimal sustentável, com base na planificação e numa
legislação adaptada; aplicando taxas razoáveis e apoiadas sobre dados fiáveis,
possibilitando o autofinanciamento da fiscalização 31 .

30
- Plan Directeur de Pêche Industrielle – Guinée-Bissau: Phase 3 – Plain
Directeur, Rapport Final, pag,. 7 e seg.
31
- Plan Direceur de la Pêche Artisanale – Sommaire Executif, pag. 6.

49
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

OBJECTIVOS GERAIS DO PLANO DIRECTOR DA PESCA ARTESANAL

Ø Conhecimento completo do estado do recursos haliêuticos e das possibilidades de sua exploração.

Ø Aumento das capturas até ao nível de rendimento máximo sustentável da totalidade dos recursos haliêuticos da zona
reservada a pesca artesanal;

Ø Tirar o máximo de proveito dos produtos da pesca através da redução de perdas pós-captura e melhoria dos métodos
de transformação e conservação.

Ø Aprovi sionar os mercados do interior em qualidade e quantidade à fim de melhorar a qualidade de vida das
populações.

Ø Criação de postos de trabalho, sobretudo paras as mulheres, em todas as etapas de produção (captura, transformação
e comercialização), assim como ao nível de outras actividades conexas

Ø Melhoria da capacidade dos recursos humanos diversificando as actividades económicas e aumentando as alternativas
de emprego para os jovens.

Ø Melhorar as condições de vida dos pescadores e de trabalho ligados as actividades de pesca, e especialmente para as
mulheres.

Ø Encorajar a população do Arquipélago Bolama-Bijagós, para o aumento das actividades marítimas nessa zona

Ø Obtenção de divisa através do comercio internacional do excedentes da pesca.

Ø Preservação de melhores condições ecológicas ao longo das costa marítimas e fluviais, em harmonia com a exploração
dos recursos haliêuticos, as actividades da pesca desportiva e o turismo.

Plan Directeur de la Pêche Artisanale – Sommaire Executif, pag. 6.

O sector de águas dispõe não só de um Plano Director como ainda de um Código de Água que define
os princípios e as normas para a gestão (planificada), a conservação e a optimização do uso dos
recursos hídricos. O quadro seguinte resume os objectivos gerais do Plano Director da Água.

OBCTIVOS PRECONIZADOS PELO PLANO DIRECTOR DA ÁGUA

A MEDIO PRAZO A LONGO PRAZO

1. Satisfação de necessidades em agua das populações 1. Diagnóstico da situação actual


das cidades e do campo. considerando os recursos e as
necessidades de água e saneamento e
2. Gestão racional de recursos em agua e de recursos as limitações confrontadas pelo
humanos com definição do quadro institucional a sector;
implementar e a formação do pessoal necessário.
2. Elaboração de um Plano de
3. contribuição para a modernização e adequação do Acção até o horizonte 2001
sector de agua e saneamento e a nova conjuntura para diminuir as carências
social e económica. ressentidas no sector.
Plano Director da Agua, em revisão

50
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

É evidente a preocupação do governo para com a gestão durável dos recursos em água o que é
expressamente salientado no código de água. Preconizados neste Plano Director mas igualmente
pertinentes para a conservação do ambiente, são os objectivos seguintes:

Ø Protecção da qualidade da água;

Ø Racionalização do uso da água em harmonia com os outros recursos naturais, o


ordenamento do território e o equilíbrio ecológico;

Ø Elaboração de planos de ordenamento de águas em relação as bacias e sub-


bacias hidrográficas, ao nível nacional;

Ø Promoção de cooperação internacional em matéria de gestão de recursos


hídricos32 .

Denota-se, sobretudo uma fraca efectividade da cooperação sub-regional no domínio da água, onde,
mesmo actualmente, a predominância dos aspectos económicos, são mais tomados em conta, em
detrimento dos aspectos sociais e ambientais. O exemplo evidente são as barragens construídas a
montante do rio Geba, nos seus afluentes em território do Senegal, nomeadamente a barragem de
Anambé, cujos impactos até hoje ainda não se encontram saneados e nem tão pouco determinados.

Uma experiência recente que eventualmente poderá mudar a filosofia da cooperação sub-regional em
matéria do recurso "água" nomeadamente quanto ao aproveitamento das bacias hidrográficas comuns
aos países da sub-região, está a ser realizada no âmbito da OMVG, organização sub-regional para o
aproveitamento do Rio Gâmbia e da qual a Guiné-Bissau faz parte.

Relativamente aos outros sectores, o sector agrícola tem um potencial de intervenção muito grande em
relação aos recursos da Biodiversidade, uma vez que quase que cerca de 80 % da população da Guiné-
Bissau vive da actividade agrícola. Este sector pode actuar beneficamente utilizando tecnologias
adaptadas ou também pode degradar as condições do ambiente como por exemplo através da sobre-
utilização dos factores de intensificação da produção, como os adubo e pesticidas, a maquinaria
pesada, etc.

A Carta de Política Agrária recentemente elaborada salienta os seguintes objectivos para este sector:
garantia da segurança alimentar; aumentar e diversificar as exportações agrícolas, assegurar a gestão
racional e a preservação dos recursos agro-silvo-pastoris e melhorar o nível de vida das populações.
Um programa de acção elaborada no quadro da Carta de Política Agrícola, salienta a pertinência da
realização do ordenamento agro-ecológico do território da Guiné-Bissau, considerando a vocação,
natural de cada área .

O Plano Director do Turismo actualmente existente não prevê um ordenamento deste sector mais
sim, contem um conjunto de propostas de ampliação de infra-estruturas turísticas, algumas das quais,
com possibilidades de localização em áreas muito sensíveis, como praias, florestas sagradas, etc.
Estratégias e políticas assim como o Plano de Acção para este sector precisam de ser re-elaborados,
considerando os novos elementos existentes em matéria de criação de áreas protegidas, envolvimento

32
- Plano Director da Agua, em revisão.

51
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

da população e das ONGs em iniciativas de ecoturismo e incentivos específicos ao sector privado


nacional com intervenções no sector.

3.3. – Os recursos humanos

Em matéria de recursos humanos, a Guiné-Bissau, padece não só da situação herdada da colonização


marcada pela falta de estruturas especializadas de formação de nível médio e superior, como ainda da
falta de uma política e estratégia de formação de quadros que caracterizou o período pós-
independência, apesar de ter beneficiado de um apoio inestimável da comunidade internacional. Neste
último período faltou uma definição de prioridades. Sobretudo não se procurou dar a coerência
necessária entre a formação de quadros e as necessidades de desenvolvimento. Nesse contexto
determinadas disciplinas foram completamente disprivilegiadas. E determinados sectores não foram
considerados no âmbito dessa cooperação, sobretudo sectores como o do ambiente, que não
constituía m preocupação do Governo da Guiné-Bissau.

A tabela seguinte ilustra a situação de algumas instituições e/ou estrutura.

Recursos humanos disponíveis em algumas instituições intervenientes no Sector Ambiental da


Guiné -Bissau
Instituição Total Formação Formação Pessoal Outros Assistência
Superior Média Técnicos Técnica

Direcção 14 11 3 1
Geral do
Ambiente
33
Direcção Geral de Floresta e 270 21 30 12 207
Caça
Centro de Investigação 2 7 3 1
Pesqueira Aplicada
34
Direcção de Serviços dos 204 39 - 184 17
Recursos Hídricos
35
Instituto Nacional de 55 16 3 12 22 2
Estudos e Pesquisa
Gabinete de Planificação 8 5 3
Costeira

Constata-se essencialmente que a composição dos técnicos não é a mais adequada, e para as
instituições de execução uma carência muito grande nos sectores técnicos intermédios. A dependência
em relação a assistência técnica é muito evidente. Embora privilegiando estruturas ligeiras e
funcionais, o sector ambiental em geral e o da conservação da biodiversidade em particular deverá, de
forma prioritária, promover a formação em vários níveis de quadros e técnicos nacionais e capacitar as
instituições por forma a poderem cumprir efectivamente as suas missões.
33
- Trata-se essencialmente do corpo de guardas florestais, constituídos por
antigos guerrilheiros.
34
- A AT desta Direcção de Serviços encontra-se maioritariamente afecta aos
projectos.
35
- Não inclui os investigadores associados, mas sim os efectivos e permanentes
do INEP.

52
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

3.4. - Aspectos legislativos e jurídicos

3.4.1 – Introdução

As disposições da convenção sobre a Diversidade Biológica, foram ainda pouco assumidas no quadro
legal e institucional da Guiné-Bissau, razão pela qual um esforço considerável deve ser efectuado
nesse sentido. Existe a preocupação de estabelecer um quadro institucional propício, através de
criação de uma legislação adequada e coerente que permita uma utilização durável dos recursos
naturais e da biodiversidade. Entretanto este quadro institucional não pode ser adoptado na ausência de
uma estratégia e de uma política Nacional coerente em matéria de Ambiente e desenvolvimento
durável, cujo processo de elaboração o Governo da Guiné-Bissau, através de diferentes iniciativas
apoiadas pelos seus parceiros de cooperação, leva a cabo.

Só actualmente com a elaboração do “Plano de Acção da Biodiversidade” estão a ser desenvolvidas


estratégias, planos e programas para implementação da “Convenção sobre a Diversidade Biológica” e
se inicia o processo de integração nos planos, programas e políticas sectoriais ou inter-sectoriais, de
forma efectiva e coerente, as medidas necessárias à conservação da biodiversidade biológica. Este
processo inclui igualmente a reformulação do quadro jurídico- legal e regulamentar.

Entretanto a Guiné-Bissau, país signatário da Convenção da Diversidade Bio lógica, tem procurado nos
últimos anos, através de mecanismos específicos, implementar esta convenção ao nível nacional,
sobretudo seu artigo 7, 8,13 e 14, que se referem mais a identificação, monitoria e conservação “in
situ”, a educação, sensibilização do público assim como a avaliação do impacto e minimização dos
impactos adversos sobre os recursos da biodiversidade.

Um trabalho importante de inventariação dos recursos da biodiversidade foi efectuado com o apoio de
algumas instituições internacionais como a CECI a UICN, UNSO/PNUMA, BM e a USAID, e foram
efectuadas propostas importantes de gestão e conservação da zona costeira e conservação e gestão dos
recursos naturais, criação de áreas protegidas e para a revisão das actuais leis de conservação da fauna.
Estas propostas que no passado foram assumidas timidamente pelo Governo, actualmente estão a ser
consideradas e incluídas nos programas sectoriais do Governo, como é o caso por exemplo da “Carta
de Política Agrícola”, e o Plano de Gestão da Reserva de Biosfera.

3.4.2 – Leis com incidência directa e indirecta sobre a conservação da diversidade


biológica na Guiné-Bissau

a) - Lei das Áreas protegidas

Um passo importante foi dado pelo Governo com a aprovação da Leis das Áreas Protegidas. Esta lei,
que foi aprovada em 1997, trata essencialmente da definição, modalidade de criação e formas de gestão
de diferentes áreas protegidas. Quadro seguinte mostra a estrutura de gestão para as áreas protegidas,
estabelecida na lei. Ela define as áreas protegidas como sendo “áreas normalmente classificadas por
decreto com o objectivo de salvaguardar determinados ecossistemas, assim como as populações
animais e vegetais que nelas abrigam , a sua diversidade ecológica, bem como o de promover a sua
utilização social e económica durável”. Esta lei distingue igualmente os seguintes tipo de áreas
protegidas:

53
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

⇒ parques nacionais quando o seu objectivo principal é a protecção da integridade ecológica


excluindo a exploração e a ocupação inadequada aos objectivos da área.

⇒ parques naturais quando se destina salvaguardar áreas em que a interacção entre as


populações e o seu ambiente têm um caracter excepcional, isto é, com valores éticos,
ecológicos e culturais de reconhecido interesse.

⇒ reservas naturais quando a finalidade é o da protecção e gestão de áreas onde os


ecossistemas sofreram pouca ou nenhuma modificação e apresentam baixos níveis de
densidade populacional.

⇒ perímetros de meio ambiente sensível quando se destinam a protecção e a manutenção da


biodiversidade a longo prazo e ao mesmo tempo promovendo a utilização durável dos
recursos.

⇒ santuários ecológicos quando destinam-se a protecção e a manutenção de habitats


essenciais à flora ou a fauna, nomeadamente migratória.
⇒ florestas sagradas quando se refere a áreas naturais destinados exclusivamente a
manifestações sócio-culturais e religiosos e onde a gestão dos espaços e dos recursos é
tradicionalmente garantida 36 .

Esta lei (artigo 3º alínea 2) possibilita a criação de outras áreas protegidas decorrentes de Convenções
Internacionais assinados pela Guiné-Bissau, como e o caso da Reserva de Biosfera da Região Bolama-
Bijagos e o Parque Natural de Cufada, que foram criados no quadro da Convenção do Património
Natural e Cultural Mundial e da Convenção de RAMSAR respectivamente.

36
- Decreto Lei sobre as Áreas Protegidas, art. 3º.

54
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Estrutura de gestão prevista na lei para as Áreas Protegidas da Guiné-Bissau

A florestas sagradas, áreas de reprodução espiritual das sociedades tradicionais étnicas são igualmente
objecto deste lei, que permite a sua oficialização por Decreto Ministerial, sem no entanto restringir ou
por em causa as regras e os usos tradicionais que pendem sobre elas. As florestas sagradas
frequentemente coincidem com áreas em que a biodiversidade presente encontra-se num bom nível de
conservação. Denota-se a existência de um acervo de conhecimento importante, não só sobre os
recursos mas também sobre princípios e regras para sua gestão, que normalmente são valorizadas, na
elaboração da zonagem e respectivas directrizes, nas diferentes áreas protegidas em processo de
criação.

Esta lei prevê igualmente os mecanismos de selecção, estabelecimento e administração das áreas
protegidas.

No quadro desta lei já foram oficializadas duas unidades de conservação a saber o Parque dos
"Tarrafes" do Rio Cacheu e o Parque de Orango, e o processo de duas outras encontram-se em estado
avançado de elaboração. A oficialização de ambas as áreas decorre de um grande processo de
negociação na qual foi estabelecida a zonagem e foram elaboradas as propostas de sua criação. Nelas
encontram-se em curso actualmente a criação das respectivas estruturas de gestão assim como a
elaboração dos respectivos planos de gestão

A Guiné- Bissau é inovadora no processo de implantação das áreas protegidas, pois contrariamente, as
formas de criação e implantação clássicas destas, aqui permitem que as populações habitem e

55
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

desenvolvam as suas actividades dentro delas, participando na sua gestão, e iniciando-se em técnicas e
metodologias alternativas que permitam a durabilidade dos recursos. Pretende-se de facto o envolvimento
real e efectivo das populações, inclusive nas zonas interiores das unidades de conservação, onde se criam espaços de desenvolvimento alternativos e
duráveis.

b) - Lei da Terra

A lei das áreas protegidas é subsidiária a lei da Terra. Esta última, em termos de política fundiária da
Guiné-Bissau, considera no seu art. 21º a possibilidade de criação das áreas protegidas. Entretanto
denota-se ainda a ausência de regulamentação fundiária. Ainda mais importante é a falta de
Ordenamento Nacional do Território, o qual deverá servir de instrumento de base de gestão dos
recursos fundiários e respectivos usos de acordo com a sua sensibilidade, vocação e necessidades de
conservação.

c) - Regulamento de caça:

Este regulamento aprovado em 1980 encontra-se ainda em vigor e prevê as seguintes medidas de
protecção:

Segundo o seu artigo 5ºnão podem ser objectos de caça:

• as espécies seguintes: Hienas, Abutres, Corvos, Serpentária, Mochos, Corujas, Pica-pau,


Garças boieiras, Noitibós, Rolieiros, Andorinhas, Abelharucos, Íbis sagrada, Flamengo
por serem consideradas animais úteis; Chimpanzé, Elefante, Elan de derby, Macaco
fidalgo, Macaco de nariz branco, Pangolin, Sitatonga, os Calaus, Jabiru, Grou coroado,
Grou de curunculas, Garça gigante, Papagaio, Sim-sim, Onça, Boca branco, Boi-cavalo,
Crocodilo, Jibóia, Munto, Pelicano, por serem animais raros;

• os animais não adultos de qualquer espécie;

• as fêmeas dos animais úteis quando acompanhados pelas crias.

Igualmente segundo este artigo é proibido destruir ninhos e ovos de aves não domésticas, bem como
vender, expor a venda seus ninhos e ovos. Esta lei determina o período de defeso, as áreas onde é
proibido a caça, reservas faunísticas (ver mapa sobre as Reservas de caça), assim como define os
instrumentos de caça.

56
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Este regulamento não se encontra actualmente adaptadas as necessidades de conservação da


diversidade faunistica, uma vez que variadas espécies que nelas constituem objecto de caça,
modificaram entretanto o seu estatuto de acordo com o recenseamento faunístico de 1982.

d) - Lei florestal

A Lei Florestal vigente, que é de 1991, considera no seu artigo 7º (e alíneas) o processo de distribuição
do fundo florestal para as regiões, assim como no seu artigo 11º as áreas sujeitas ao regime florestal de
protecção. Importante para a conservação da biodiversidade é a prevenção e luta contra as queimadas
no seu capítulo IV, se bem que a sua aplicação não seja muito efectiva. O Plano Director das Florestas,
PAFT (como o instrumento de planificação e de política) salienta que esta lei, embora tenha sido
elaborado, nunca foi objecto de uma aplicação consequente.

A lei e o regulamento sobre a exploração florestal carece de revisão, sobretudo considerando a


necessidade de uma maior envolvimento da população na protecção deste recurso, assim como, dos
madeireiros. Para estes últimos, a passagem para uma melhor gestão (ordenamento, planos de corte,
reflorestação, etc.) impõe por exemplo a adopção de um regime de concessões de longo prazo, o que
não está considerado na legislação actual. Igualmente importante é o facto desta lei não prever
disposições específicas de protecção para espécies florísticas raras, e/ou zonas (formações) cujo valor
ecológico e paisagístico são de extrema importância como é o caso de área de "mangrove", a floresta
de Cantanhez, etc.

e) - Lei e regulamento de pesca:

Legislação e regulamentação sobre a pesca, respectivamente de 1994 e 1996, consideram algumas


medidas de gestão muito pertinentes para a conservação da Biodiversidade e a durabilidade dos
recursos. Estas assentam essencialmente na proibição da pesca industrial nos limites das doze
milhas e na exclusividade da pesa tradicional local no mar territorial. Igualmente pertinente é a
adopção de quotas, tamanho de malhagem, potência de motores, e a determinação de espécies
protegidas e assim como a possibilidade de estabelecimento de reservas marinho-aquáticas.

57
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

f) - Código da Água:

Esta lei aprovada em 1992 tem como objectivo principal assegurar uma exploração durável dos
recursos hídricos. Ela considera a possibilidade de realização de EIAs para projectos com impacto
sobre a qualidade da água, e a possibilidade de estabelecimento de zonas de reserva por motivos
ecológicos. Contém igualmente dispositivos específicos para a prevenção da poluição, e o saneamento
urbano.

Infelizmente que, para algumas obras hidráulicas da sub-região, sobretudo a construção de algumas
barragens nos países vizinhos, foi pouco considerados a preocupação quanto os seus impactos, à
jusante. Para a Guiné-Bissau, país costeiro, já se verificam alguns impactos em relação à algumas
destas barragens, afectando não só a produção das populações, como também diferentes recursos
naturais (água, florestas galeria, recursos haliêuticos, etc.) cujas existência são dependentes do regime
hidrológico destes rios. A rosolução deste problema passa pela criação de mecanismos específicos de
concertação sub-regionais.

Ha que salientar igualmente no quadro jurídico- institucional a existência do “código das minas ”
aprovado em 1994, o regulamento sobre o “regime de exploração das pedreiras”. de 1987. Estes
consideram possibilidade de realização de EIAs, assim como a implementação de medidas de
recuperação ambiental e paisagística das zonas alteradas. O ”regime de actividades turísticas,
hotelaria e similar” foi igualmente objecto de um decreto em 92 que apesar de prever autorizações
específicas para a localização, construção e instalação de infra-estruturas turísticas, estas nunca são
observadas, verificando-se a exemplo de Bubaque Varela, que inúmeras infra-estruturas se localizam
em áreas de domínio público marítimo e/ou muitas vezes em zonas muito sensíveis.

g) - Valorização das leis e regras tradicionais:

A maior parte das sociedades tradicionais étnicas da Guiné-Bissau, funcionam ainda na base de regras
e normas do direito consuetudinário e não do direito positivo. Se bem que um esforço de valorização
das regras e leis tradicionais se verificam ao nível da criação do quadro institucional em matéria de
conservação e das áreas protegidas verifica-se que na prática, muita das vezes estas não são
observados. Exemplos vários podem ser citados ao nível da implementação de infra-estruturas
turísticas em zonas sagradas, invasão de florestas comunitárias, etc., factos que deram origem a vários
conflitos alguns dos quais ainda hoje permanecem sem solução.

3.4.2.1. – Medidas Necessárias no Quadro Legislativo:

Apesar deste esforço considerável para a criação de um quadro legal coerente, este é ainda muito
deficitário no sector ambiental e mais especificamente no domínio da conservação da biodiversidade.
Não existe um código nacional de ambiente e como para assuntos mais específicos, como a protecção
de ecossistemas frágeis e determinados recursos (ostra, palmeira, “cibes”, etc.). Para todas as leis
faltam os decretos de aplicação. Por outro lado a aplicação das leis existentes é ainda inconsequente,
devido a fragilidade das diferentes estruturas de execução (política e jurídica e regulamentar), assim
como a permanência ainda de conflitos de ordem institucional (competências e funções das instituições
intervenientes), sobretudo originados, pela falta de um Código Nacional para o Ambiente, que poderá
subsidiar e enquadrar todas as outras leis que versem sobre a matéria. Urge rever e complementar o

58
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

quadro legal, pois que sobre alguns materiais os textos revelam-se caducos e sobre outras as leis ainda
são inexistentes. Estes factos constituem limitações importantes ao quadro legal que se pretende
instaurar em matéria de conservação da biodiversidade biológica e implementação das convenções
afins, ao nível da Guiné-Bissau.

Relativamente as concessões de caça por exemplo, verificam-se vários conflitos em relação a outros
utilizadores do mesmo espaço e sobretudo em relação aos agricultores e ponteiros, pastores e as vezes
mesmo entre as concessões de caça. A capacidade de controle e seguimento por parte das instituições
de tutela do sector são insuficientes por falta de recursos humanos capacitados e meios logísticos para
o efeito. A lei da caça/fauna que é de 1980, encontra-se desactualizado em relação ao contexto actual e
sobretudo para o caso das concessões de caça, uma regulamentação específica revela-se necessária.

No âmbito da conservação da biodiversidade e em matéria de legislação revela-se necessários os


seguintes procedimentos:

Ø elaboração da lei de impacto ambiental e regulamentação relativa aos mecanismos e


procedimentos ligados aos estudos de Impacto Ambiental.

Ø Elaboração da lei e regulamento de acesso a recursos genéticos.

Ø Elaboração da lei e regulamento de acesso a tecnologia (biotecnologia) e transferência de


tecnologia.

Ø Elaboração de regulamentações específicas para as áreas (ecossistemas) frágeis e sensíveis


e da legislação para as áreas mais sensíveis, como por exemplo as áreas de "mangrove" e
outras áreas húmidas.

Ø Elaboração de leis específicas sobre a poluição.

Ø Elaboração (revisão) da lei sobre a caça e a pesca desportiva e respectivos regulamentos


assim como para a criação de empreendimentos com estes objectivos.

Ø Elaboração de regulamentos específicos para as florestas comunitárias.

59
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Ø Incorporação do direito consuetudinário ambiental no direito “positivo” através da sua


inventariação e compilação.

Ø Formação de juristas em matéria de política e legislação ambiental.

Ø Reforçar a capacidade de articulação entre os órgãos e instituições envolvidas na


formulação e execução de políticas ambientais.

Ø Reforçar a capacidade institucional da Direcção geral do ambiente, da DGFC e das ONGs


que trabalham no sector ambiental.

Ø Formação em matéria de políticas e gestão dos recursos naturais.

Ø Criação de capacidade de inventariação dos recursos biológicos, estatística, monitoriamento


e exploração dos recursos naturais (floresta, caça, pesca, e recursos hídricos em especial) e
elaboração de leis especificas para a protecção de espécies, ecossistemas, etc. em perigo de
extinção.

Ø Criar capacidade para a informação e divulgação/disseminação das políticas e legislação


ambiental.

Ø Desenvolver estratégias de participação comunitária e da sociedade civil na formulação de


leis e políticas ambientais, bem como na sua implementação.

3.5. - Aspectos económicos e financeiros

Face aos problemas gerais de desenvolvimento em outros sectores e as necessidades de um


ajustamento cada vez mais rigoroso, poucos recursos financeiros nacionais são afectados ao sector
ambiental e particularmente a conservação dos recursos da biodiversidade. Estes, quando disponíveis,
destinam-se normalmente à garantir o funcionamento das instituições, e normalmente não atingem os
volumes absolutamente necessários ao funcionamento pleno das estruturas a que são destinadas.
Mesmo recursos financeiros que provêm da utilização e valorização dos recursos da Biodiversidade
são muito fracamente reutilizados no sector. Este é o caso por exemplo do fundo florestal, cuja
utilização é definida no art. 6º, 7º e 8º da lei florestal. Considerando a importância que o sector
ambiental vem assumindo na Guiné-Bissau, e o facto de que cada vez mais se reconhece a importância
deste sector para a economia da Guiné-Bissau, o Governo decidiu incluir este sector do Orçamento
Geral do Estado. Entretanto ainda persiste a dependência dos programas ambientais guineenses da
ajuda externa. Tabela seguinte mostra e ilustra a situação acima descrita.

Esta grande dependência da ajuda externa, não só dificulta o assumir destes pelo Governo, como
igualmente, em alguns casos, pode por em causa a sua continuidade e durabilidade.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Origem e Valor de Alguns Financiamentos para Acções no Âmbito do Sector Ambiental


Instituição Financiamento Contribuição do Governos
Externo

Planificação Costeira Ano 1995-1997: 543 000 CHF 37 500 Milhões de Pesos
Reserva da Biosfera Bolama- Ano 1995-1997: 605 000 CHF
Bijagos
Projecto de utilização Ano 1998 356 600 US$ 3 329 US$
Racional do património
Florestal
Parque Nacional de Orango e Ano 1995-1997: 972 000 CHF
Cacheu
Centro de Legislação 550 000 ECU
Ambiental

3.6. - Pesquisas científicas, expertise, potencial e capacidade de produção de


informação

O banco de dados e as informações existentes sobre a biodiversidade na Guiné-Bissau encontra-se


dispersos nas diferentes instituições estatais, privadas, ONGs e nos projectos das que actuam no
domínio ambiental e no exterior, sobretudo em Portugal, nos diferentes centros de pesquisa que
actuaram e ainda actuam na Guiné-Bissau. Entretanto muitas vezes essa informações disponíveis não
se encontram organizadas e sistematizados, o que torna muito difícil o seu acesso e difusão. A UICN, a
Planificação Costeira, a Casa de Ambiente, algumas ONGs, Instituições de Pesquisa, etc. dispõe de
centros de documentação especializadas em questão ambiental.

Vários levantamentos e estudos foram efectuados ao nível das diferentes áreas prioritárias de
conservação. Foram efectuados levantamentos faunísticos vários por exemplo no Parque de Orango,
Cacheu, Cufada, Dulombi, etc., cuja difusão ainda é muito restrita. No quadro da Reserva de Biosfera
existe um banco de dados sobre a avifauna e as tartarugas marinhas. A expertise existente encontra-se
dispersa por diferentes instituições e que não se encontra sistematizado em bancos de dados especifico
sobre os recursos humanos. No entanto o nível de conhecimento sobre os recursos da biodiversidade da
Guiné-Bissau demonstra que já existe uma expertise em determinadas áreas, como nada sócio-
economia, nas ciências naturais, etc. a qual no entanto deve ser valorizada de forma mais efectiva e
dentro de um quadro de cooperação inter- institucional.

Nos últimos anos, algumas instituições estatais, desenvolveram capacidades no domínio da produção
de informação através do tecnologia moderna de “Sistema de Informação Geográfica” (SIG). Neste
contexto na Meteorologia Nacional, encontra-se um SIG que contêm os dados climáticos, a utilização
do solo, a divisão político administrativa e as redes rodoviárias. O objectivo deste banco de dados é
seguir o ciclo vegetativo e valorizar as informações agro-meteorológicas fornecidas pelo Centro
AGRHYMET à Guiné-Bissau, através de imagens satélite NOAA.

Na Direcção dos Recursos Hídricos do Ministério do Desenvolvimento dos Recursos Naturais e do


Ambiente, foi instalado um SIG vocacionado para pesquisa, e estudos sobre a utilização do potencial
hidrológico da Guiné-Bissau. O banco de dados aí criado contem a divisão político administrativa, a

37
- Francos suíços.

61
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

distribuição de núcleos populacionais, as redes viárias, bem como dados demográficos e sobre a
distribuição de poços de agua em todo o território da Guiné-Bissau.

Na Câmara Municipal de Bissau e afecto ao Projecto de Melhoramento de Ba irros existe uma pequena
unidade SIG com banco de dados sobre o cadastro urbano dos Bairros sob intervenção deste Projecto.
Igualmente no Serviço de Cadastro, encontra-se em processo de criação um banco de dados geodésico
e cadastral .

A Célula SIG-INEP/GPC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa /Gabinete da Planificação


Costeira) desenvolve as suas actividades em parceria com as instituições acima mencionadas de forma
a valorizar as informações existentes mediante a troca de informação, a valorização dos materiais,
intercâmbio de experiência e abordagem metodológicas no capitulo de integração, tratamento e
valorização de dados. O SIG do INEP/GPC, contem os dados de ocupação do solo, distribuição da
fauna selvagem, a batimetria, dados demográficos, distribuição dos acampamentos e zonas de pesca,
espacialização das actividades tradicionais, a zonagem de diferentes áreas protegidas existentes da
Guiné-Bissau, divisão político-administrativa e distribuição de principais cidades e tabancas.

Futuramente pretende-se mobilizar os meios humanos disponíveis para a capacitação e formação de


técnicos de outras instituições vocacionadas com a utilização de informações ambientais.

Essa dinâmica de cooperação está no entanto limitada por diferentes factores. A montage m
institucional é ainda incipiente e a construção dos bancos de dados em diferentes formatos e em
diferentes bases cartográficas, (algumas inclusive não georeferenciadas e de pouca precisão) dificultam
a integração e a complementaridade entre os diferentes bancos de dados existentes. Por exemplo, é
absolutamente indispensável a aquisição de uma cobertura nacional de imagens georeferenciadas a
escala conveniente e disponível para todas as instituições nacionais que trabalham com o SIG.

Por ultimo deve existir um articulação e complementaridade entre as unidades SIG existentes nas
diferentes instituições nacionais. Isso possibilitará a complementaridade e a concertação de esforços
em bases inter-institucionais e trans-disciplinares.

A capacidade de produção de informação existe, e igualmente encontra-se dispersa em diferentes


instituições. O INEP possui um departamento de publicações, no INDE funciona a Editora Escolar, e
várias ONGs e departamentos de Estado elaboram boletins, revistas e jornais, para além de programas
radiofónicos na Estação Emissora Nacional e Rádios Comunitárias. Produções específicas sobre a
diversidade biológica no entanto são muito pontuais e normalmente trata-se de relatórios de estudo e
ou de missões bem específicas.

3.7. - Informação e educação ambiental e suporte da opinião pública

Relativamente ao artigo 13 da convenção, a actuação tem-se centrado “no homem” sobretudo, na


mudança do seu comportamento e na adopção técnicas produtivas com menor impacto sobre os
recursos naturais,

No âmbito da educação ambiental e sensibilização do público foram criados ao nível nacional


programas específicos, como por exemplo o programa sub-regional do PACIPE financiado pela União
Europeia, assim como o programa “Palmeirinha”, financiado pela Cooperação Suíça, através da UICN.

62
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Através deste último, e na base de um protocolo específico se está a introduzir conteúdos ambientais
nos programas curriculares dos diferentes níveis do ensino. Nesta matéria é igualmente importante a
actuação de deferentes ONGs nacionais e estrangeiras, que como parceiras do Governo, têm
desenvolvido acções consequentes, através da criação de rádios comunitárias, boletins e revistas
específicas, levando a sociedade civil a participar de forma cada vez mais consciente no processo de
conservação da diversidade biológica.

63
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

IV - AVALIAÇÃO GERAL DA IMPLEMENTAÇÃO DA CONVENÇÃO DA


BIODIVERSIDADE NA GUINÉ-BISSAU

Tem aumentado a preocupação quanto a conservação das componentes da biodiversidade, a repartição


equitativa dos seus benefícios, o seu acesso assim como o seu uso durável. pelo que a Guiné-Bissau,
desde que assinou a Convenção da Diversidade Biológica à 25/01/1996, tem procurado com base nas
suas condições e capacidades, assumi- la e implementá- la, sobretudo através dos seus programas
sectoriais, instituições nacionais (vide capitulo anterior), e tem procurado neste processo, estimular a
sociedade civil e ONGs a assumir a sua responsabilidade, em parceria com o Governo.

Medidas concretas foram estabelecidas se bem que dispersas e muitas vezes descontínuas para o
estabelecimento de programas e acções de suporte da política do Governo em matéria de conservação
da diversidade biológica.

4. 1. – Aspectos Gerais da aplicação da Convenção sobre a Diversidade Biológica na Guiné -


Bissau

Se por um lado se verifica um esforço do Governo da Guiné -Bissau no desenvolvimento de


estratégias, planos e programas para a conservação da biodiversidade e na integração de
elementos destes nos programas sectoriais, por outro, sem o real envolvime nto da população, os
utilizadores directos do recurso da biodiversidade, a conservação efectiva destes não pode ser
garantida. Entretanto também, uma conservação eficaz dos recursos da biodiversidade é mais
efectiva na medida em que se melhora o conhecimento existente sobre os mesmos. É nesse âmbito
que o Governo Guineense, tem procurado, com o apoio de seus parceiros, conhecer melhor os
recursos da biodiversidade, mas por outro, iniciar todo um conjunto de acções de carácter piloto,
mas orientadas aos diferentes recursos e zonas do território da Guiné -Bissau.

Através dos inventários, resultados de pesquisa etc. foram incluídas directrizes específicas, nos
planos sectoriais de forma a garantir a conservação da biodiversidade. Por outro, no sentido de
um maior envolvimento da população tem-se não só procurado valorizar o conhecimento
tradicional, como também desenvolver algumas iniciativas piloto de gestão integrada, sobre
ecossistemas e ou elementos da biodiversidade. Este é o caso do PASP no Leste em relação aos
recursos florestais; o caso da Ria Grande de Buba, em relação as zonas de estuários; e ainda em
relação a Reserva de Biosfera, onde se procura implementar um exemplo modelo de
desenvolvimento auto-sustentado e integrado na base da figura da Reservas de Biosfera
propostos pela UNESCO. Nesse processo incentivos vários, incluindo os económicos, sobretudo
através de micro-realizações de apoio ao desenvolvimento, são efectivados, de forma a melhorar
a qualidade de vida das populações.

No quadro de todas estas iniciativas se nota a fragilidade do sistema juridico-legal em matéria de


índole ambiental. É nessa base igualmente que o Governo cria o Centro de Legislação Ambiental,
precisamente, com o objectivo de sanear esta situação.

Apesar de existirem programas de treinamento científico e técnico, estes ainda são muito
incipientes e deparam com dificuldades de ordem logística e financeira. Poucos recursos podem

64
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

ser ainda postos pelo Governo a disposição das instituições de pesquisa com este objectivo.
Sobretudo ao nível das Áreas protegidas, o funcionamento do “Centro de Áreas Protegidas”,
colmatará em parte este problema, uma vez que garantindo programas de treinamento científico
e técnico do corpo de funcionários das Áreas Protegidas, este centro, cumprira uma das missões
para o qual foi criado.

Sobretudo no domínio da identificação de prioridades para a conservação da diversidade


biológica foram efectuados vários trabalhos, dos quais resultaram proposições concretas para a
conservação “in-situ” de alguns recursos ameaçados.

4.1.1. – Criação da Rede de Áreas Protegidas

Contradizendo as reais capacidades de implementação do Governo da Guiné-Bissau, estudos propõem


a criação de várias áreas protegidas, cobrindo não só diversidade faunística, mas também os diferentes
ecossistemas representativos das diferentes zonas bio- geográficas, e azonais, que advém da localização
geográfica da Guiné-Bissau (vide mapas seguintes). Este propósito de criação de Áreas protegidas,
com o objectivo de garantir a conservação dos recursos da biodiversidade “in-situ” são, no entanto,
mais adaptados a realidade da Guiné-Bissau.

Localização de algumas áreas propostas para criação de unidades de conservação na zona


costeira da Guiné -Bissau

Na Guiné-Bissau existe duas áreas protegidas oficializadas pelo governo, através de um decreto lei de
Agosto de 1997: Parque Nacional de Orango e Parque Natural dos “Tarrafes” do Rio Cacheu. A lei
quadro das áreas protegidas aprovada em 1997 o que permitiu a oficialização por decreto de Conselho

65
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

de Ministros em 1998 destas dois Parque. A Reserva da Biosfera foi reconhecida pelo UNESCO em
Abril de 1996. Espera-se em 1999 ainda sejam oficializados o Parque Insular-Marinho Poilão-João
Vieira e o Parque Natural das Lagoas de Cufada (vide carta pag. 63). Os trabalhos para a criação e
legalização destes dois últimos parques estão em curso (vide carta pag. 67).

Existem propostas de áreas protegidas feitas pela CECI/UICN/MDRA (1991) e pela PLANIFICAÇÃO
COSTEIRA (1993) muitas delas ainda por reconhecer dado a fraca capacidade de implementação da parte
do Governo.

A) – Áreas Protegidas Oficializadas

Parque Nacional Orango

Situada no Arquipélago dos Bijagós, está formada pelas Ilhas de Orango, Orangozinho, Imbone,
Meneque, Canogo, e os Ilhéus de Adonga, Canuopa e Anhetibe. bem como todas as demais feições
geográficas situadas internamente no perímetro de isóbata de 10 metros que circunda o complexo de
Orango (vide mapas seguinte). Tem uma superfície total de 158 479 ha, das quais 26 751 são terras
emersas. Da superfície total 23 % são zonas de preservação, 49 % zonas de tampão e 28 % zonas de
desenvolvimento sustentável.

A criação do Parque Nacional de grupo de ilhas de Orango justifica-se pela grande diversidade
biológica (flora e fauna ), canais, plataforma marinho e pela importância da fauna aquática -
hipopótamos (Hippopotamus amphibius), 5 espécies de tartarugas marinhas (Chelonia mydas,
Liepidochelys olivácea de Ridley, Dermochelys coriacea, Entromocheys imbricata), o delfim
corvineiro (Tursiops tenrcatus), do golfinho do atlantico (Sousa teuszii), manatim (Trichechus
senegalensis) crocodilos, entre outros, constituem a sua grande riqueza. Também podemos destacar a
presença de mamíferos terrestres, por exemplo a Gazela de "lala" (Tragelaphus scriptus seriptus) e
diferentes espécies de primatas.

No que concerne a Avifauna, o Arquipélago dos Bijagós e em especial os Bancos de Adonga e Imbone
localizados dentro dos limites do Parque Nacional de Orango, são considerados sítio de importância
nacional e mundial, embora ainda não tenham um estatuto oficial. Cada ano ele recebe quase um
milhar de espécimes de aves migratórias. No que concerne a Avifauna, o Arquipélago dos Bijagós e
em especial os Bancos de Adonga e Imbone localizados dentro dos limites do Parque Nacional de
Orango, são considerados sítio de importância nacional e mundial, embora ainda não tenham um
estatuto oficial. Cada ano ele recebe quase um milhar de espécimes de aves migratórias.

O Arquipélago dos Bijagos é considerado, depois do Banco de Arguin na Mauritania, o segundo sítio
de invernagem mais importante da Costa Ocidental Africana, devido as grandes extensões dos
mangais, bancos de areia e das vasas, que, quando descobertas na maré baixa, serem de zona de
alimentação e/ou de repouso para numerosas espécies de aves aquáticas. Inúmeros ilhéus do
Arquipélago, incluindo alguns localizados no perímetro do parque Nacional de Orango, acolhem
algumas das espécies recenseadas nos respectivos períodos de nidificação.

Mais de 179 espécies de aves já foram recenseadas no Arquipélago dos Bijagós todas susceptíveis de
serem observadas no grupo de Ilhas de Orango. As espécies características deste complexo são:
Papagaio cinzento, (Psittacus erilhacus timneh), Periquito massarongo (Poicephalus senegalus), Pato

66
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

ferrão (Plectropterus gambensis), Ibis sagrada (Threskiornis aethiopica) e varias outras espécies de
origem paleartica.

67
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Parque Nacional dos "Tarrafes" (mangais) do Rio Cacheu

O Parque Nacional dos "Tarrafes" do Rio Cacheu está localizada na região administrativa de Cacheu,
nos sectores de S. Domingos e de Cacheu, englobando 31 tabancas. Ele possuí uma extensão total de
cerca de 70 000 ha, das quais cerca de 68 % é ocupada pelo mangal, sendo a superfície restante
ocupada por outras formações vegetais das terras altas. Da superfície total, 57 % são zoas de
preservação, 28 % zonas tampão e 15 % zonas de desenvolvimento de actividades locais.

O Parque Nacional dos "Tarrafes" do Rio Cacheu tem uma importância fundamental a nível nacional.
E reconhecida a função dos mangais na reprodução dos recursos haliêuticos e em especial do camarão
uma das principais riquezas da Guiné-Bissau. O camarão, cuja pesca é uma das mais significativas
fonte de divisas para o país. Nos mangais o camarão encontra o refúgio e o alimento durante o período
de crescimento a procriação é feita no mar.

Os mangais do Rio Cacheu são ambientes fundamentais para a manutenção e reprodução material das
populações residentes da área do Parque e da zona costeira através da exploração de varios recursos
presentes na zona do “mangrove”, de entre os quais: a lenha para produção de energia, material de
construção, medicamentos e alimentos. As pesquisas de campo realizadas pelo Gabinete da
Planificação Costeira indicam que em especial no sector de S. Domingos é do mangal que as
populações extraem peixes, as ostras, "cacre", "caramussa" o "lingrão", que constituem a sua principal

69
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

fonte de proteínas para as tabancas. E dela extraem igualmente uma boa parte (em muitos casos na sua
totalidade) de lenha e madeira para a produção de energia e construção.

O Parque Nacional dos "Tarrafes" do Rio Cacheu, alberga as espécies de fauna raras e em vias de
extinção nomeadamente o hipopótamo, crocodilo, Sitatonga e os delfins. Os “tarrefes” servem de
abrigo para a avifauna inclusive para as aves migratórias palearticas.

A pressão sobre os mangais cresceu nestes últimos anos, facto que é acentuado sobretudo com a vinda
dos refugiados e/ou retornados do Senegal no Sector de São Domingos. A procura dos recursos como
lenha, os peixes, crustáceos moluscos e a conquista de novos terrenos para a orizicultura aumentou
consideralvelmente. Continuando esta tendência, algumas áreas de mangal do PNTRC, poderão
degradar-se de forma irreversível.

Alguns fenómenos naturais contribuem para a degradação do mangal, nomeadamente a diminuição das
chuvas e o aumento da salinização, a aceleração do processo de tanificaçäo entre outros.

Devido ao anteriormente explicado, denota-se a importância da conservação desta importante área de


mangrove da Guiné-Bissau. É nesta perspectiva e em estreita concertação com a população, que o
Gabinete da Planificação Costeira se engajou, com a assistência técnica da UICN38 , na criação deste
Parque. Um plano de gestão que favorece a utilização racional e durável dos recursos está em processo
de elaboração com implicação directa das comunidades rurais locais. A sociedade civil ONG’s
nacionais e internacionais estão igualmente implicados no processo de conservação dos "tarrafes" do
Rio Cacheu, dando apoio em termos de micro-realizações, educação ambiental e nos estudos pontuais.

38
União Mundial para a Natureza

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

B) – Áreas Protegidas com Estatuto Internacional

Reserva de Biosfera da Região Bolama-Bijagós

A Guiné-Bissau conta com uma das mais largas plataformas da Costa Ocidental Africana 53 000 Km²
(BICT-INEP, 2-3, 1993). No interior desta plataforma se encontra o Arquipélago dos Bijagós, situado
entre 11° e 12° de latitude norte. Ele é constituído de 88 Ilhas e Ilhéus, 21 povoadas, as restantes não
são habitadas mas cultivadas segundo o ciclo do pam-pam. As aguas do Arquipélago tem em geral
baixa profundidade (inferior a 10 m), é marcada pela existência de grandes superfícies de bancos,
vasas. Canais rasos e profundas cortam as aguas do Arquipélago, os facilitam a penetração de
correntes. Estas características jogam um papel significativo no que concerne a riqueza e a diversidade
do meio.

O Arquipélago dos Bijagós é um lugar importante do ponto de vista da biodiversidade animal e


florísticos. A riqueza do meio natural é antes de tudo ligada a presenç a do mar e a existência dos
mangais. Encontramos uma grande diversidade de mamíferos, de répteis, de aves e de peixes. Das oito
(8) espécies de tartarugas marinhas conhecidas no mundo, cinco (5) estão presentes no Arquipélago.
Alguns dos seus ilhéus são reconhecidos como sitias mais importantes de desova para algumas
espécies de tartarugas marinhas ao nível da África Ocidental. Cerca de 10 000 indivíduos da espécie
conhecida vulgarmente por tartaruga verde frequentam anualmente o Arquipélago dos Bijagós (Paris,
1993). Este recebe quase um (1) milhão de aves migratórias palearticas. Ele é conhecido
internacionalmente como o segundo lugar mais importante para a avifauna da Costa Oeste Africana
depois de Banco de Arguin na Mauritania. (UICN/MDRA-DGFC, 1993).

No ambiente terrestre encontram-se as palmeiras, os mangais, florestas secas e semi-secas, savanas


herbáceas, florestas secundárias e/ou degradadas, culturas alimentares, savanas arbustivas litorais,
floresta sub-húmida, tannes, e "bolanhas". Vivem nesse meio espécies como ongulados, primatas,
roedores e outros mamíferos (vede mapas em anexo).

O Arquipélago dos Bijagós é a zona mas rica da Guiné-Bissau no que concerne os recursos haliêuticos.
É uma zona muito importante, pela sua localização, na reprodução dos estoques haliêuticos
subregionais e é uma zona importante de recrutamento para a ZEE da Guiné-Bissau. Verifica-se, pelo
facto uma grande concentração do esforço de pesca artesanal nas águas do Arquipélago.

A actividade turística encontra-se na fase de crescimento acelerado, podendo vir no futuro representar
a fonte de ingresso de divisas. Entretanto se o seu desenvolvimento não for bem planificada poderá vir
à ter consequências imprevisíveis sobre o meio natural.

Pelos factos acima referidos, para além do Parque Nacional de Orango, foram definidas no
Arquipélago, no quadro da sua zonagem, outras áreas núcleo, para a implantação de futuras Unidades
de Conservação (vide mapas seguintes).

A declaração oficial do Arquipélago dos Bijagós como a Reserva da Biosfera pela UNESCO em Abril
de 1996 é a confirmação do seu valor internacional e permitirá a salvaguarda da tradição e cultura
Bijagós de viver sempre em harmonia com o seu meio e tudo isso implicará a gestão durável dos
ecossistemas e dos recursos naturais.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Parque Natural das Lagoas de Cufada

Situa-se na Região de Quinará, e abrange parte dos sectores de Buba e Fulacunda, dois importantes
aglomerados populacionais da área. A sua superfície total é estimada em 89 000 ha (890 Km²).

A formação vegetal dominante é a floresta seca e semi-seca com 27 500 ha, além de trechos de
florestas sub- húmidas (10.200 ha), e savanas húmidas "lalas" (9.000 ha) segundo o SCET-
INTERNATIONAL, 1978.

Este ambiente pela presença de três grandes superfícies de água doce, caracteriza-se por acumulação
(tempo das chuvas) e distribuição (tempo seco) de água doce, que, se conservado, pode suprir as
necessidades das populações humanas da região, para além do seu papel e função na dinâmica
hidrológica da zona.

Esta área apresenta grande interesse para a fauna, inclusive para a migração sazonais da fauna terrestre.
É área importante para antílopes e é visitada por crocodilos e hipopótamos e apresenta grande
variedade de aves. A importância da lagoa de Cufada para avifauna aquática é referida em 1946 por
Fernando Frade que propôs nesse ano a conservação da área em regime de reserva especial. Este
deveria ser incluída num Parque Nacional de âmbito mais vasto, afirmando a necessidade da
manutenção da biodiversidade existente, no sentido de garantir a qualidade de vida das populações
residentes (ARAÚJO, 1994).

Esta área que é de importância reconhecida há mais de 40 anos, como zona húmida, permitiu o
ingresso da Guiné-Bissau na Convenção RAMSAR (acordo internacional de protecção das áreas
húmidas) e a nominação de Cufada como Zona Húmida de Importância Internacional.

73
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

74
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

C) - Área Sensível com Estatuto Especial

Ria Grande de Buba


O estuário de Buba é uma zona critica de reprodução de Barracuda e de outras espécies aquáticas a sua
gestão é implementada pelos pescadores locais com assistência técnica e financeira da Direcção da
Pesca Artesanal do Ministério das Pescas e da UICN, mais o seu estatuto não esta clara dentro sistema
de áreas protegidas. Entretanto dado as características da costa da Guiné-Bissau, este tipo de programa
poderá ser replicado em outras áreas.

Os estuários são zonas de reprodução e de desenvolvimento para um grande número de espécies


marinhas de interesse comercial, além de serem extremadamente frágeis. Da sua boa utilização
depende a disponibilidade a longo termo dos recursos haliêuticos, não só estuarinos e/ou costeiros, mas
também os de alto mar.

As populações que vivem ao longo da costa tiram o essencial de suas proteínas quotidianas dos
estuários. Este fenómeno tende a aumentar com o crescimento de população e com a diminuição
regular da fauna selvagem terrestre.

As zonas estuarinas da Guiné-Bissau apresentam a tendência de serem exploradas essencialmente por


pescadores estrangeiros em função da relativa ausência de um contingente de pescadores nacionais. A
exploração realizada por estes invasores é efectuada numa perspectiva de rápido aproveitamento dos
recursos e sem uma preocupação quanto a durabilidade.

É nesta perspectiva que desencadeou-se um projecto para a gestão de estuário de Buba entre a UICN e
o Ministério das Pescas com o objectivo de :

• assegurar a manutenção a longo prazo dos recursos haliêuticos abundantes no Rio


Grande de Buba;

• assegurar uma capacidade de regeneração rigorosa das espécies capturadas no mar


(pesca artesanal e industrial) utilizando estuários como zonas de reprodução;

• contribuir para a segurança alimentar e melhoria da qualidade de vida das populações


e aumentar o aprovisionamento em peixe da região e de Bissau;

• identificar os modos de captura, as técnicas de conservação e os circuitos de


comercialização mais apropriados e facilitar a disponibilidade dos materiais
correspondentes.

Actualmente os trabalhos deste projecto estão avançados, os períodos de defeso são respeitados assim
como as artes de pesca a utilizar na actividade pesqueira. Existe uma Associação dos Pescadores que
são os responsáveis pela gestão do estuário de Buba. Por último, a Barracuda é vendida na região e em
Bissau em forma de Bacalhau, produto tradicionalmente importado de Portugal, em que actualmente é
produzida localmente no quadro deste projecto.

Esta experiência será vulgarizada nos outros estuários/rias da Guiné-Bissau.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

D) – Áreas Protegidas por Oficializar

Áreas Proposta para Parques Nacionais

Existem propostas de áreas protegidas feitas pela CECI/UICN/MDRA (1991) e pela PLANIFICAÇÃO
COSTEIRA (1993) em todo território nacional. Entretanto muitas delas existem só no papel, pelo que
é necessário desenvolver acções específicas para a respectiva implementação antes que seja muito
tarde. Entre estas áreas salienta-se por exemplo : Dulombi, Cantanhez, Boé.

Florestas Húmida de Cantanhez

E a última mancha de floresta sub- húmida do país, ou seja, as mais densas, altas e de maior diversidade
na Guiné-Bissau. Essa área situa-se ao sul do país nas cabeceiras do Rio Cacine, e na Região
Administrativa de Tombali, englobando os sectores de Bedanda e de Cacine. A sua área total é de
155561.92 ha, dos quais 51 999.79 ha ou seja 33.43% do território ocupado pela floresta sub- húmida,
38 735,99 ha (24.90%) dos mangais, 13 274,13 ha (8.53%) de "Bolanhas"; estes três (3) constituem as
formações fundamentais da mata de Cantanhez.

76
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Esta floresta é parte de uma área maior que se expande para nordeste e para a Guiné-Conakry, aí
habitam espécies raras e em extinção, como por exemplo elefantes de florestas (que imigram
frequentemente da Guiné-Conakry) Chimpanzés, Sim-Sim, Porco de mato vermelho, Porco preto,
Cabra de mato entre outros.

Nestes últimos anos tem aumentado a pressão sobre a floresta devido a exploração da agricultura
itinerante e da fruticultura sobretudo a banana, citrinos e a plantação de caju. Constatou-se que caso
este ritmo de degradação continue, existe ameaça séria de desaparecimento de alguns núcleos densos
desta floresta sub- húmidas (maciços). No tocante aos mangais, também existe pressão sobre este
importante ecossistema provocada pela exploração da lenha para fumagem de peixe e desmatação para
a Orizicultura. É pertinente ressaltar que esta zona é uma das mais produtivas da Guiné-Bissau no que
concerne a produção do arroz de "bolanhas" de mangais.

É neste contexto que o Programa da Planificação Costeira identificou a Mata de Cantanhez como
futuro Parque Nacional. Este processo tem estado a ser implementado por três (3) ONG’s Nacionais
(AD, TINIGUENA, e ALTERNAG) no quadro da Iniciativa Cantanhez (I..C.), através da
sensibilização da população local em conservar essas últimas manchas de florestas sub-húmidas do
país procurando alternativas as práticas nefastas para a conservação desta floresta.

A área de Dulombi

Situa-se nos trechos leste dos sectores de Quebo e Xitole, e sudoeste dos sectores de Boé, e também
trechos sul-sudeste de Galomaro; localiza-se no encontro das 3 regiões administrativas Bafatá, Gabú e
Tombali. A sua área é estimada em 1.770 Km². Esta área inclui uma boa parte da bacia do rio Corubal
no território da Guiné- Bissau, ao longo da qual ainda se propôs a criação do Parque Nacional de Boé, e
a Reserva florestal de Salifo. A criação deste parque seria de grande importância para a conservação
algumas espécies faunísticas, especialmente as grandes herbívoras nas suas migrações sazonais.

Com as florestas seca e semi- seca, savanas arbóreas, florestas galerias e grande importância faunística
sendo a área de maior diversidade de mamíferos na parte continental do território da Guiné-Bissau.
Abriga abundante fauna comum como gazelas, macacos, porcos de mato e espécies raras ou ameaçadas
como o leão, elefante, búfalo, e leopardo. A zona é rica também em répteis, encontrando-se crocodilo
do Nilo, crocodilo anão, e as tartarugas de água doce. No tocante as aves 164 espécies são recenseadas
nessa zona pela CECI. Algumas espécies de aves como por exemplo o Periquito massarongo
(Poicephahis senegalus) estão inscritos no anexo 2 da CITES.

A caça constitui a actividade importante na zona de Dulombi. ela é praticada tradicionalmente pela
população local para fins alimentares. Nos últimos anos a presença de caçadores profissionais e
desportivos aumentaram de maneira significativa o que poderá por em perigo as espécies de fauna em
via de extinção se não tomamos a medida necessária para a sua protecção.

A agricultura itinerante para o cultivo do arroz e a monocultura de caju é a actividade que mais
transforma as florestas na zona de Dulombi. Esta prática atinge cada vez mais as florestas secas e semi-
secas e as savanas arbóreas e arbustivas.

O processo da criação e instituc ionalização dessa área protegida estava bastante avançado antes da
retirada do CECI. Por outro lado, a fragilidade das estruturas nacionais implicadas não permitiu até
agora a sua viabilização consequente como uma Unidade de Conservação.

77
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Neste momento está em estudo a possibilidade de criação de uma área protegida trans-fronteiriça
Dulombi-Nordeste de Boké entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conakry, projecto que será financiada
provavelmente pela U.E. (União Europeia) no quadro do "Programa Regional das Bacias fluviais do
Alto Níger e Alto Gâmbia".

O sector de Boé
O proposto Parque de Boé é também de grande importância como corredor de passagem da fauna, e localiza-se no vale do Corubal, e o limite proposto
confina a Leste com a fronteira

Zona de Varela

A área proposta para este parque engloba toda a zona costeira a partir da fronteira com o Senegal até ao
Rio Cacheu. Esta área alberga uma floresta secundária costeira húmida e densa na qual se salientam as
palmeiras. As suas praias são utilizadas pelas tartarugas marinhas como zonas de postura.

Áreas propostas para reservas florestais39

Mata de Dungal

Trata-se de duas manchas de florestas nas proximidades da fronteira com o Senegal. O primeiro
localizado a norte de Farim com uma superfície de cerca de 80 ha e inclui a floresta sagrada de Sama.
O segundo localiza-se a oeste de Farim, com uma superfície de 18 ha. O valor faunístico destas áreas é
fraco, mas o seu valor ecológico reside na existência de floresta seca e florestas galerias ainda intactas
e em bom estado de conservação.

Mata de Canquelifa

A Mata de Canquelifa, é constituída por algumas manchas de savanas arbóreas e arbustivas. E igualmente
importante para os pequenos animais, sobretudo ongulados e carnívoros, devido a influencia do Parque de
Niokolo-Koba.

Mata de Sumbundo

Mata de Sumbundo, esta área possui vastas áreas de florestas com grandes arvores preciosas, mas são
intensamente exploradas pelas diferentes serrações implantadas na zona.

Mata de Mansoa

Mata de Mansoa, trata-se da floresta seca (de grandes arvores) localizada entre o Rio Mansoa e o rio Olom
(seu afluente) grandemente dominadas pelo pau incenso (Daniela oliveri) devido aos cortes selectivos.
Esta área, apesar de abrigar grande quantidade de porco-espinho (Hystrix cristata) é pouco rica no ponto
de vista faunistico.

39
- Reservas florestais tem como objectivo principal proteger as formações e as e
as espécies vegetais.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Mata de Salifo

Mata de Salifo, localizado nas duas margens do rio Pulon entre Xitole, Mansambo e Guerleel. faz
igualmente parte da bacia do Corubal.

Reservas de fauna (e/ou de caça) 40 :

O art. 9 da lei da caça define algumas destas zonas, enquanto que outras são ainda propostas
aguardando a sua oficialização.

Área de Pelundo

Abrange a área entre o rio Cacheu e (mais ou menos) a linha que une Cacheu, Pelundo e Jolmete.
Inclui zonas importantes de mangal e é caracterizada pela presença de algumas espécies raras como a
Sitatonga (Tragelaphus spekei), o hipopótamo (Hippopotamus amphibius), peixe Boi (Trichechus
senegalensis), etc. Salienta-se que esta área está incluída no Parque Natural dos Tarrafes (Mangais) do
Rio Cacheu.

Mata da Canjambari

Esta mata localiza-se ao logo as duas margens do rio Canjambari, entre Gendo, Mansaina e Fajonquito
e toca os sectores administrativos de Mansoa, Mansaba, Farim e Gã-Mamudo. É constituída por
florestas secas de grandes árvores essencialmente dominadas pelo pau incenso (Daniela oliveri).
Abundante e diversificado em animais de caça. É uma zona de abundância de pequenos animais de
caça.

40
- Reservas de fauna destina-se essencialmente a protecção da fauna rara ou
ameaçada e/ou para assegurar o rendimento das áreas de caça limítrofes.

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

V - A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE NA GUINÉ-BISSAU - CONDIÇÕES PARA A


IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE ACÇÃO OBJECTIVOS, ESTRATÉGIAS

5.1. – Considerações gerais

O nível de conservação da biodiversidade é ainda elevado na Guiné-Bissau. Entretanto existem


pressões cada vez mais crescentes sobre os recursos que dela provêm, devido não só aos factores de
ordem natural como a mudança do clima, mas sobretudo, aos factores de origem antrópica. A
economia da Guiné-Bissau tem crescido substancialmente nos últimos anos, e com ela, maiores
necessidades em infra-estruturas básicas, superfícies cultiváveis, etc. igualmente importante é o
crescimento da população e a sua distribuição. Ligado a este último aspecto é de salientar o ritmo de
expansão da cidade de Bissau, e a sua demanda em matéria de energia, bens de consumo, espaço, etc.

Apesar do bom desempenho económico da Guiné-Bissau em termos de ajustamento e cumprimentos


das metas estabelecidas no quadro do Programa de Ajustamento Estrutural (PAE), verifica-se, que
pouco se investiu em termos do PIP, para o sector ambiental e em especial na conservação da
biodiversidade. Pelo que há que considerar a necessidades do investimento local e nacional em acções
da conservação da biodiversidade caso se queira garantir a sua durabilidade. Por outro lado este sector
deverá construir uma prioridade do Governo se bem que pode entrar em contradição com algumas
necessidades imediatas do desenvolvimento. O sector do ambiente e especificamente a conservação da
biodiversidade não pode ser encarado, isoladamente, mas sim de forma integrada e concertada com os
outros sectores de desenvolvimento.

Há que considerar as possibilidades de valorização económica do sector ambiental, sobretudo nos


sectores como a biotecnologia, o turismo, a pesca, a agricultura, etc., os quais poderão não só propiciar
rendimentos (em divisa) para a Guiné-Bissau, como igualmente para as populações locais.

5.2. – Os objectivos da conservação da biodiversidade na Guiné -Bissau

De forma geral, os objectivos da conservação da biodiversidade na Guiné-Bissau podem ser assim


resumidos:

- Manter a biodiversidade, através do estabelecimento de uma rede de áreas


protegidas para conservar ecossistemas, nas suas diversas componentes;

- Restaurar ecossistemas degradados;

- Estabelecer prioridades na utilização e na conservação de espécies em função da sua


importância económica e/ou para a conservação;

- Desenvolver planos e programas integrados de conservação e desenvolvimento


sobretudo em relação aos sectores cujo desenvolvimento tem por base o uso da
diversidade biológica;

80
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

- Estabelecer de sistemas nacionais de monitoria para seguir a utilização e os estatutos


das espécies e ecossistemas e as tendências dos recursos da biodiversidade;

- Integrar os objectivos da conservação no processo de planificação sectorial, regional


e nacional do desenvolvimento sócio-económico;

A consumação pratica destes objectivos só podem ter lugar mediantes a observância das seguintes
disposições:

Ø O Respeito e a implementação ao nível nacional das disposições e das convenções internacionais


assinadas e ratificadas pela Guiné-Bissau, neste caso específico a Convenção sobre a Diversidade
Biológica;

Ø Continuação dos programas, projectos em curso relacionados com a conservação da biodiversidade


e adopção de medidas mais consequentes para sua articulação e concertação;

Ø A adopção de processos decisionais sobre alocação e uso dos recursos da biodiversidade deve ser
eficiente, equitável e transparente;

Ø Adopção de políticas estratégias, programas e acções de desenvolvimento na base da


sustentabilidade ecológica e no respeito da cultura e tradição das populações;

Ø Desenvolvimento de alianças estratégicas e de cooperação com os principais utilizadores dos


recursos da biodiversidade;

Ø Desenvolvimento de acções preventivas contra possíveis causas da degradação da biodiversidade, e


adopção de EIAs para minimizar os impactos sobre o ambiente;

Ø Priorização da conservação “in-situ”, que é mais adaptada a situação sócio-económica da Guiné-


Bissau apesar dos riscos que poderão existir neste tipo de conservação sobre a diversidade
biológica;

Ø Melhoria do conhecimento sobre os recursos da diversidade biológica para melhor os poder gerir.

5.3. – Alguns elementos para a estratégia a adoptar para a conservação da biodiversidade na


Guiné -Bissau

5.3.1. - Componentes da estratégia

Os aspectos seguintes devem integrar na estratégia do governo, para que a conservação da diversidade
biológica possa ser uma realidade na Guiné-Bissau:

a) - No domínio institucional

81
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

• Estabelecer, na base de uma definição clara de função, competências e articulação entre


estruturas nacionais e regionais e locais responsáveis para a implementação da conservação;

• Criar um “Observatório Nacional” para divulgação avaliação e seguimento da aplicação da


Convenção sobre a Diversidade Biológica na Guiné-Bissau41 ;

b) - No domínio jurídico

• Elaboração do código do ambiente da Guiné-Bissau;

• Elaboração da lei sobre os procedimentos de EIAs, com definição clara de tipos de


empreendimentos e em que circunstâncias serão obrigados a realizar o EIA;

• Elaboração regulamentos específicos as diferentes zonas estabelecidas pela zonagem das


Unidades de conservação já aprovados e para aquelas que vierem a ser aprovadas, em
estrita colaboração com a população;

• Reformulação de algumas leis e regulamentos, e elaboração de outras específicas a


determinadas matérias como por exemplo: lei sobre o mangrove; acampamentos de caça;
empreendimentos turísticos; zonas marginais e praias; caça e florestas; florestas
comunitárias; propriedade sobre conhecimentos, práticas e tecnologias relacionadas com o
uso da biodiversidade, sobre a biotecnologia; etc.

• Divulgação de leis e regulamentos sobre matérias ligadas a conservação da biodiversidade


biológica;

• Disponibilização de meios financeiros, materiais e humanos, e criação de mecanismos, (e se


necessário criação de estruturas) específicos para uma execução consequente e efectiva das
disposições legais e regulamentares.

c) – No domínio educacional

• Introdução e adopção nos curriculuns escolares de matérias susceptíveis de estimular e


sensibilizar os jovens para a adopção de novas atitudes face a natureza em geral e a
biodiversidade em particular;

• Criar e incentivar programas de educação do grande público, através da disponibilização de


meios financeiros, recursos humanos, dos meios de informação estatais, etc.; criação e
implantação de programas específicos de sensibilização e educação em matéria de
conservação da biodiversidade;

• Formação de técnicos e quadros afectos as diferentes estruturas implicados na conservação


da biodiversidade, assim como de facilitadores para acções de formação específica na base;

41
- Este observatório poderá inclusive ocupar-se da aplicação da aplicação de outras convenções na Guiné-Bissau.

82
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

• Estimulação do intercâmbio de conhecimentos, tecnologias, práticas e usos em matéria de


conservação da biodiversidade;

• Criação de herbário e mini- museu naturais específicos as diferentes unidades de


conservação;

d) – No domínio técnico

• Ampliação da capacidade monitoragem e de gestão dos bancos de dados. Expansão e


actualização dos bancos de dados disponíveis a nível nacional (incluindo o SIG) e
relacionados com a conservação da diversidade biológica, mas concretamente:

- actualização da cobertura dos solos e formações vegetais (incluindo aspectos


ecológicos, com o apoio do SIG;

- actualização dos inventários faunísticos e florísticos; avaliação dos estatutos das


espécies, habitats e ecossistemas (sobretudo os mais frágeis e sensíveis) , e
identificação de áreas prioritárias para a conservação e/ou para a criação de sistemas
específicos de gestão;

• Estudo e conservação das espécies domesticas (plantas e animais) e criação de um banco


de dados sobre os mesmos;

• Criação de capacidade para melhorar progressivamente o controle da poluição nos centros


urbanos, como é o caso das emissões da Central Eléctrica, derramamento de combustíveis,
etc.

• Criação de uma capacidade técnica para apoiar as (diferentes) iniciativas de criação de áreas
protegidas, oficialização de florestas comunitárias, áreas sagradas, etc.

• Criação de mecanismos técnicos para a protecção das áreas marinho-aquáticas, de grade


importância para a reprodução dos estoques haliêuticos;

• Criação e implementação de programas específicos as populações de espécies em meios


insulares, zonas encravadas, população de espécies endémicas e /ou ameaçadas de extinção,
propostas de protecção destas populações contra possível exterminação;

• Estabelecimento de mecanismos para integrar o valor e dos recursos naturais e das funções
ecológicas na contabilidade nacional;

e) – No domínio da Pesquisa

• Criação de capacidade e estimulo para investigação taxonómica, a pesquisa sistémica. Dar


particular atenção a pesquisa sobre as espécies endémicas e raras, dada a sua importância
para a biodiversidade. Estabelecimento de incentivos específicos a pesquisa em matéria de
biodiversidade;

83
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

• Criação de estações biológicas nas unidades de conservação em colaboração com


instituições nacionais e internacionais de pesquisa;

• Criação de centros e programas específicos de monitoragem como por exemplo para as


tartarugas marinhas, avifauna, a fauna terrestre, em colaboração com instituições nacionais
e internacionais de pesquisa ;

• Criação de um programa nacional de recenseamento, avaliação, valorização e divulgação de


tecnologias e conhecimentos, práticas e usos tradicionais, dos recursos da biodiversidade.
Desenvolvimento nesse quadro de estratégias específicas de colaboração com grupos de
interesse como os curandeiros, “balobeiros”, os anciões, etc.

• Estabelecer mecanismos para avaliar a possibilidade da introdução do valor económico dos


recursos provenientes da biodiversidade na contabilidade nacional;

• Estimular a cooperação internacional nos diferentes domínios da pesquisa em matéria de


biodiversidade;

f) – No domínio da colaboração com ONGs, Associações de Base, a mulher e grupo de interesse


específicos

• Estabelecimento de mecanismos adequados para a participação destes grupos na


implementação do plano, como por exemplo, através de:

Criação de redes temáticas;

Estímulo a criação de Associações e grupos de interesse específicos.

• Desenvolver em bases comunitárias mecanismos para preservar o conhecimentos


tradicional, inovações e praticas, reconhecer o seus potencial e o seu valor económico e
cientifico. Criar as condições necessárias para que estes conhecimentos, inovações, práticas
e uso possam ser objecto de protecção da propriedade intelectual;

• Estimular o intercâmbio interno e externo;

• Incentivar as estruturas nacionais regionais e locais a desenvolverem relações de


colaboração especificas com as comunidades autóctones locais, associações de base, grupos
de interesse, ONGs, através de mecanismos específicos, como a concessão de direitos
específicos de gestão sobre a terra, áreas específicas (de pesca, caça, cerimónias, exploração
florestal, etc.) e onde poderão experimentar modelos especifico de gestão para a
conservação da diversidade biológica

84
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

5.3.2. – Acções a desenvolver no quadro da Conservação da Diversidade Biológica

Na Guiné-Bissau, encontra-se já em implementação algumas acções que devem ser continuadas no


quadro da aplicação da Convenção da Diversidade Biológica. Outras propostas aqui apresentadas
resultam da análise efectuada sobre o estado da conservação da biodiversidade (vide capítulo II) na
Guiné-Bissau. Considerou-se igualmente na formulação das propostas seguintes os princípios e os
elementos estratégicos necessários a conservação da diversidade biológica.

a) - Acções prioritárias de curto prazo

• Lançamento de uma campanha nacional sobre a conservação da biodiversidade;

• Criação e capacitação das estruturas de coordenação das áreas protegidas;

• Criação dos parques de João-Vieira e Poilão assim como dos Parques de Cantanhez e de
Dulombi; Início do trabalho de negociação para o estabelecimento de outras unidades de
conservação já propostas;

• Elaboração de uma Plano de Acção para a Conservação do Ecossistema Mangal.


Desenvolvimento de acções pilotos de uso e gestão e durável dos recursos existentes neste
ecossistema.

• Elaboração e aprovação do código de ambiente (lei quadro do ambiente) e das leis e


regulamentos sobre os EIAs e AIA. Introdução de penalizações no quadro das
medidas de mitigação, prevenção e erosão da diversidade biológica;

• Integração, a curto prazo, dos sistemas de monitoriamento ambiental já existentes (exemplo


dos SIG) e sua ampliação com vista a avaliar e seguir a qualidade da água, os solos e a
qualidade do ar;

• Aperfeiçoamento dos mecanismos de difusão e valorização das informações já existentes


sobre a conservação da diversidade biológica (exemplo do relatório da Planificação
Costeira, relatório da DGFC/CECI/UICN, etc.).

• Aplicação eficaz das leis e regulamentos já existentes, como a lei da terra, lei das florestas,
leis e regulamentos de pesca, regulamento de caça, etc.

• Aplicação e seguimento das propostas resultantes do monitoriamento da avifauna,


tartarugas marinhas, do tubarão, etc.

• Aumentar ao nível do PIP o percentual destinado as acções de conservação e criação das


áreas protegidas;

b) - Acções prioritárias de médio prazo

• Inventariação dos recurso faunistico e floristico da Guiné-Bissau;

85
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

• Reavaliação da situação dos diferentes ecossistemas nas diferentes zonas bio- geográficas da
Guiné-Bissau e proposição de prioridades de conservação;

• Continuação do processo de criação do sistema nacional de áreas protegidas; elaboração e


implementação dos Planos respectivos de Gestão e criação das respectivas estruturas de
gestão;

• Criação em colaboração com as ONGs (nacionais e estrangeiras), Instituições de pesquisa, e


instituições de seguimento e monitoragem sobre a biodiversidade de mecanismos de
produção e elaboração de informação;

• Elaboração e estabelecimento de uma programa de criação de pequenas industrias e


tecnologias para extracção e uso dos recursos naturais locais;

• Criação de um “Observatório Nacional da Biodiversidade” para a monitoragem e


seguimento da aplicação da convenção assim como do estado da Biodiversidade na Guiné-
Bissau;

• Financiamento e implementação do Plano de Gestão da Reserva de Biosfera, do Parque


Nacional de Orango, Cacheu, e de outras áreas protegidas que oficialmente vierem a ser
criadas;

• Criação e estabelecimento de um sistema nacional de informação sobre a biodiversidade;

• Criação de um quadro legal para a utilização dos recursos da biodiversidade (incluindo


penalizações);

• Incentivar o desenvolvimento de estratégias e mecanismo de valorização económica dos


bens e serviços comercializáveis nas áreas de conservação no sentido aumentar a
disponibilidade de meios financeiros para as acções de “conservação da biodiversidade”.
Instituir nesse quadro um “fundo nacional para as actividades de Conservação;

• Incentivos para iniciativas de produção “ex-situ” e em cativeiro de espécies selvagens


comercializáveis e não protegidas para reduzir as pressões sobre a população selvagem;

• Activar mecanismos intra- governamentais para a cooperação e coordenação no processo de


planeamento nacional, sectorial e regional. Incluir objectivos da conservação da
biodiversidade nas planificações estratégicas como foi o caso do NLTPS.

C) – A longo prazo:

• Incorporação dos custos e valores ambientais nos programas de desenvolvimento;

• Estabelecimento de uma rede de áreas protegidas, incluindo algumas parques


transfronteiriços;

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

• Estabelecimento de estruturas eficientes e instrumentos jurídicos institucionais operacionais


em matéria de conservação da biodiversidade

c) - Acção no âmbito da planificação regional

• Incorporação dos elementos da biodiversidade e adopção da abordagem ecossistémica no


processo de planificação regional;

• Criar mecanismos genuínos de participação popular e comunitária nos processo de


planificação e de gestão e monitoragem da biodiversidade, a exemplo do Plano de gestão da
Reserva da Biosfera Bolama-Bijagós;

• Estabelecer mecanismos de coordenação com grupos de interesse específicos em matéria de


conservação da diversidade biológica. Como por exemplo, pescadores, agricultores
caçadores, etc., etc.

• Flexibilidade para mudanç as de uso, incluindo usos múltiplos e sequenciais e incentivar a


adopção e desenvolvimento de conhecimentos de gestão, tecnológicas e mudanças do
quadro institucional;

• Estabelecimentos de regras e mecanismos de gestão específicos de manejo da


biodiversidade nas áreas adjacentes as unidades de conservação;

5.4. - Monitoragem e avaliação

A criação de um “Observatório Nacional da Aplicação da Convenção da Diversidade Biológica”, como


estrutura autónoma de concertação e articulação, envolvendo de diferentes instituições estatais,
instituições de pesquisa, ONGs e Associações Locais, assim como colaboradores anónimos ao nível
regional e local, parece ser um instrumento adequado para avaliação, monitoragem, e seguimento e
proposição de acções para a conservação da biodiversidade na Guiné-Bissau. Esta estrutura terá
essencialmente como função:

Avaliar através de mandatos específicos a instituições parceiras, o estatutos, as tendências e as


mudanças verificadas no uso dos recursos terrestres, aquáticos (incluindo praticas culturais,
tecnologias, etc.), mudanças de factores sociais políticos e económicos, com vista a propor
medidas (institucionais, legais e regulamentares, etc.) para a conservação da diversidade
biológica na Guiné-Bissau.

A actividade desta estrutura deverá se apoiar nos sistemas de produção de informação ao nível
nacional, como o SIG, as Instituições de pesquisa, as instituições de produção de estatísticas sectoriais
e nacionais.

87
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Mudanças dos dispositivos legais para os recursos naturais


Mudanças no uso dos recursos biológicos
Tendências dos valores monetarizados e não monetarizados da diversidade biológica;
Impacto de implementação de actividades políticas, etc. sobre a biodiversidade;

Componentes do sistema de monitoragem:


Condições:
Informação detalhada e aturada;
Sistema de monitoragem deve estabelecer sistemas

projectos

Titulo do projecto
Finalidade
Prioridade
Justificativos
Objectivos
Timing
Localização
Agencia responsável
Contribuição internacional/financiador
Budjet total:

de recolha de informação

Objectivos1:
Apresentar informações acessíveis para cientistas políticos , etc.
Uso do GIS
Publicação dos resultados;

Objectivo 2:
Informação das mudanças na classificação de terras, usos e sanidade ambiental;
Banco de dados bio-geográficos e sobre ecossistemas
GIS continuo para observar o clima, uso do solo, pragas e doenças, etc.
Estação de monitoragem da água;
Objectivo 3:
Informação sobre populações e tendências
Incluir informações ecológicas como parte dos inventários florestais
Inventariação periódica de espécies da avifauna, fauna terrestre, etc.
Identificação de espécies indicadoras que podem ser utilizadas na monitoragem das mudanças nos
ecossistemas;

Objectivo 4
Poluentes do ar;
Estação de monitoragem da qualidade do ar: Nox, Sox, CO2, CO
Monitoragem de deposição de ácidos e estudos dos seus efeitos;

88
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Estudos da toxidade de poluentes aérosois sobre a vegetação;

Objectivo 5:
Recursos financeiros
Legislação a rever em consistência com o lano
Avaliação a meio-termo
Missões de fiscalização, etc.

Vantagens e desvantagens da conservação “in-situ”


vantagens desvantagens

Cobertura : Obre áreas de múltiplo uso e áreas Incerteza demográfica. Incerteza na


protegidas; muito especiais indígenas podem ser sobrevivência e reprodução do indivíduo;
protegidas ao longo do tempo até possível
descoberta de sua utilidade e tecnologias para o
seu aproveitamento e investigação
Viabilidade: selecção natural e evolução da Incerteza ambiental: mudanças climáticas,
comunidade continua, sistemas e materiais segurança alimentar, população de
genéticos continuam a ser produzidos competidores, predadores e parasitas, etc.
sustentabilidade económica: guarda futuros Catástrofes naturais
benefícios (valor comercial); material genético e Incerteza genética: alteração da sobrevivência e
bioquímico pode ser descoberto probabilidade reprodutiva da espécie:

Planos regionais de desenvolvimento integrado:


Informação científica
Desenvolvimento de alianças estratégicas
Projectos demonstrativos,
Implementação, experiências, avaliação e modificações

Estimulo a iniciativas privadas de conservação:


Reservas de pesca;
Florestas
Ecoturismo, etc.

Aproche ecossistémica no processo de planificação


Factores que afectam a biodiversidade: imigração e emigração, selecção, mutação e recombinação.

A) Etapas (?) e acções programadas no quadro da aplicação da convenção sobre a biodiversidade.

89
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

4.2. - A conservação da biodiversidade na Guiné-Bissau - Que estratégias aplicar (elementos para a


definição de uma estratégia)

A) Sumarizar as recomendações estratégias. Sumarizar as lacunas entre a situação actual na


Guiné -Bissau e a visão, e os objectivos do estado. Sumarizar as recomendações estratégicas,
incluindo as actividades, políticas e acções que foram seleccionadas para cobrir as limitações.
Assinalar as prioridades relativa a cada uma delas

4.3. - As acções, os cronogramas e os meios financeiros necessários

4.3.1 - As acções prioritárias a implementar no quadro da conservação da biodiversidade

Especificar as acções para atingir os objectivos (locais, nacionais e


internacionais) em termos de protecção, acesso, utilização e benefícios da
biodiversidade e determinação as necessidades das suas componentes.

1) Apresentar detalhadamente as actividades, responsabilidades e as políticas para sua


implementação.

2) Explicar que partner (ministério, industrias, grupos locais, NGOs, universidades) implementará
cada item, como e que medias e meios serão empregues;

4.3.2. Os cronogramas de implementação das acções prioritárias

1) Apresentar o cronograma para a implementação das diferentes tarefas, reflectindo as prioridades


assinaladas.

2) Elaborar os mecanismos de seguimento e avaliação do progresso. Identificar os produtos e os


prazos.

4.3.3. O Budget

1) Estimar o budjet para o Plano de Acção, observando os fundos para os custos operacionais,
transporte, actividades de terreno, etc.

2) Listar as necessidades em recursos humanos por categorias ou perfil e experiências, as facilidades e


os serviços requeridos e possíveis cooperações técnicas e financeiras.

90
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

V-

1) Explicar as medidas a ser utilizadas para ajustar os resultados do Plano de Acção e para monitorar
as transformações na economia, no ambiente e na sociedade.

2) Dar indicações do que vai ser utilizado. Apresentar individualidades e organizações aptas a
realizarem esta responsabilidade e como foram seleccionados.

Historia

Heterogeneidade
espacial Estabilidade Climática produtividade

competição predação

Comunidade de espécies diversas

91
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Anexo I: Superfície e produção de algumas cultuas praticadas na Guiné-Bissau

Superfície e Produção das Principais Culturas Praticadas na Guiné-Bissau*


Culturas Anos

1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95


Superfície Produção Superfície Produção Superfície Produção Superfície Produ Superfície Produção
(em ha) (em ton.) (em ha) (em ton.) (em ha) (em ton.) (em ha) ção (em ha) (em ton.)
(em

Arroz pam- 16750 31770 21529 37456 21255 33569 23851 35705 24616 40113
pamArroz pam-
pamArroz pam-
pamArroz pam-
pamArroz pam-
pam
Arroz de água 27694 61078 29009 56682 32917 58455 27932 55249 29368 63368
doce
Arroz de água 12567 25986 10898 29426 10850 22618 12005 23578 11306 22254
Salgada
Mais 12807 13675 14275 12838 10797 10277 13400 12516 14839 13842

Milho Cavalo 12750 11271 13110 13474 12491 10694 15456 13910 15427 14209

Milho Preto 20090 17435 23253 28262 26633 22980 30754 26418 37205 28634

Fundo 3526 1574 1750 1176 2222 1432 2855 1984 3561 2438

Mancara 18080 18171 10410 14795 15588 15716 18173 18139 15681 1840

Algodão 2454 2180 3265 2412 1754 1233 3400 1731 3392 1527

Mandioca 1665 17491 1130 11869 881 14680 1172 12311 1412 14831

Feijão 2289 2185 2403 3970 2463 4796 3194 3941 2561

* MDRA/GAPLA/DEA.: Anuário Estatístico 1994, Out. 95

92
93

Evolução das Superfícies (em ha) das Principais Culturas Praticadas na Guiné-Bissau

40000

35000

30000 Denota-se nitidamente um


aumento geral das superfícies
25000 agrícolas, o que corresponde as
tendências actuais de produção na
Guiné-Bissau. Entretanto é de
20000
salientar que esta tendência é
mais acentuada nos cereais secos
15000
e no arroz pam-pam (cultura
itinerante do arroz sobre
10000 queimadas). Estes facto é
preocupante uma vez que estes
5000 aumentos são efectuados à custa
de áreas de florestas naturais. O
0 sistema de cultura itinerante
1990/91 1991/92 1992/93 1993/94 1994/95 necessita de espaços
Arroz pam-pam 16750 21529 21255 23851 24616 consideráveis de pousio e nelas
Arroz de água doce 27694 29009 32917 27932 29368 são utilizados o fogo. Este último
consome anualmente na Guiné-
Arroz de água Salgada 12567 10898 10850 12005 11306
Bissau cerca de 50 000 ha de
Mais 12807 14275 10797 13400 14839
florestas. Estes factos só por, já
Milho Cavalo 12750 13110 12491 15456 15427 recomendam uma orientação para
Milho Preto 20090 23253 26633 30754 37205 outros sistemas com menor
Fundo 3526 1750 2222 2855 3561 impacto sobre o ambiente.
Mancarra 18080 10410 15588 18173 15681
Algodão 2454 3265 1754 3400 3392
Mandioca 1665 1130 A881 1172 1412
Feijão 2289 n
3970 4796 3941
o

93
94

Anexo II: Evolução das Superfícies de diferentes formações vegetais na Guiné-Bissau

Evolução das Superfícies de Diferentes Formações Vegetais Segundo os Recenseamentos Realizados entre 1978-1990
Tipo de Formação Regiões Total

Bolama Biombo Cacheu Gabu Quinara Bafata Oio Tombali

Floresta Densa Densa 4 600 3 200 21 900 23 600 102 500 63 600 129 000 90 400
Seca
(Floresta sub- Degradada 6 100 6 400 10 100 16 000 400 8 900 39 600 25 100 62 400
húmida)

Transição 700 500 8 100 8 400 15 400 11 600 24 700 20 000

Floresta Clara Densa 19 000 14 000 100 12 800 3 600 53 500 17 600 32 300 23 600 159 49 200 147 700 69 600 12 200 12 000 436 800 189 600
(Floresta Seca) 200
Degradada 6 100 12 200 900 400 39 000 31 200 100 900 268 800 28 400 38 800 161 234 64 500 144 000 20 700 18 800 421 500 747 200
000 000
Savana 50 000 44 000 11 800 8 000 56 500 94 400 614 300 418 000 80 100 58 400 126 137 141 100 126 800 47 700 38 800 1 128 926 000
500 600 000
Palmar 14 600 15 600 2 800 1 600 71 400 41 200 900 2 400 5 600 7 000 6 800 12 700 8 800 900 400 112 700 80 000
Mangrove 43 500 41 600 24 800 22 400 115 100 90 800 29 300 22 800 7 400 10 000 67 000 60 800 287100 248 400
Floresta Galeria 1 300 2 250 400 30 700 64 800 3 000 5 600 14 8 000 22 800 6 800 5 200 7 600 79 950 93 200
700
Total 145 200 136 000 40 400 32 400 297 050 261 600 801 000 769 200 208 000 194 400 476 444 396 200 366 000 280 500 253 200 2 644 2 457
500 400 850 200

94
95

Ocupação dos solos pela vegetação natural

Tabela comparativa de tipos de ocupação de solos em hectares e em porcentos de superfície ocupada SCET - 1978 e GEOSYSTEMES -
1993

Tipos de ocupação de solo SCET - 1978 SCET - 1978 GEOSYSTEMES Atlanta Consult CIRAD-Foret
Toda a Guiné-Bissau Sem Região de - 1993 sem Região de Gabú
Gabú
ha % ha ha % ha % ha %

Arrozais alagados 188 400 5.8 180 700 170 867.64 6.94
Alqueives antigos, Culturas 276 600 8.0 214 000 317 414.00 12
alimentares. e povoações
Palmeiras 112 700 3.3 111 800 109 389.49 4.44 80 000 2.3
Floresta 80 000 2.5 74 800 67 624.77 2.75 93 200 2.7
galeria/ripícola
Floresta sub-húmida densas 129 000 3.7 22 088 0.6 90 400 2.6
(densa seca)
Floresta sub-húmida* 25 100 3.8 _ 126 278.39 5.13 113 343 3.2 62 400 1.8
degradadas
(densa seca degradada)
Floresta sub-húmida transição 24 700 1 24 000 24 418.59 0.99 20 000 0.6
Floresta clara (seca) densa 436 800 26 383 300 647.985.36 26.3 884 959 25.3 189 600 5.4
Floresta clara (seca)degradadas 421 500 33 320 600 472 093.79 19.18 996 985 28.5 747 200 21.4
e/ou secundarias
Floresta em regeneração 4 298 0.13
Florestas sempervirentes 48 611 1.39
subtropical
Savanas* arbustivas litorais 51 400 1.6 _ 56 231.66 2.28
Savanas 1 128 000 5 134 000 123 690.95 5.03 926 000 26.5
Mangais* 287 000 10 _ 250 761.1 7 • 287 000 8.2 248 400 7.0
Tannes* 37 000 1.2 _ 94 201 2.61

* Formações vegetais típicas da zona costeira


- Não existência da formação vegetal
• Não inventariado.

95
96

Anexo III: Lista de especies floristicas e faunisticas recenseadas na Guiné-Bissau

A) - Lista de especies de peixe, moluscos e crustaceos


Nome Científico Família Nome português Nome Local

Dicoglossa spp. Língua Soles

Holobatracthus didaetyhis
Pagellus bellotti Bica-buco Bica
Penaeus monodon
Penthoroscium mbizi Corvina de boca negra Corvina de boca preta
Polyprion americanus Cherne Garoupa
Psettodes beneti Linguado
Scomber scomber Sarda Cavala
Sparus caeruleosticus Pargo-ruço Sinapa
Sparus pagrus africanus Pargo-legítimo-africano Sinapa
Trachurus trecal Carapau-do-cunene Carapau
Acanthurus monroviae Acanthuridae
Pterothrissus belloci Albulidae
Albula vulpes Albulidae Flecha Marsani
Antennarius pardalis Antennaridae
Arius gigas Aridae
Arius latiscutatus Aridae
Arius parkii Ariidae Bagre
Arius heudeloti Ariidea Bagre
Chryschthys maurus Bagridae
Balistes capriscus Balistidae Balista
Halobatrachus didactylus Batrachoididae
Bratrachoides liberiensis Batrachoididae
Belone belone Belonidae Peixe agulha

96
97

Strongylura senegalenses Belonidae Peixe agulha


Ablennes hians Betonidae
Tylosurus acus rafale Betonidae
Tylosurus crocodilus crocodilus Betonidae
Citharicthys stampflii Bothidae
Syacium micrurum Bothidae
Calappa rubroguttata Calappidae Caranguejo
Alectes alexandrinus Carangidae Xaren-enxada Prato de aluminio
Caranx latus Carangidae
Caranx sp. Carangidae Xareu Sareia
Caranx crysos Carangidae
Caranx hippos Carangidae Sareia
Caranx senegallus Carangidae
Chloroscombrus chrysurus Carangidae Afetere
Decapterus punctatus Carangidae
Decapterus rhonchus Carangidae Carapau
Decapterus sp. Carangidae Charros Sareia
Hemicaranx bicolor Carangidae
Lichia amia Carangidae Lichia
Selene dorsalis (Vomer gibbiceps) Carangidae
Trachinotus goreensis Carangidae
Trachinotus maxillosus Carangidae
Trachinotus ovatus Carangidae
Trachinotus spp. Carangidae Pombinha
Trachinotus teraia Carangidae
Uraspis secunda Carangidae
Zeus faber Carangidae Peixe galo
Carcharhinus brevipinna Carcharhinidae
Carcharhinus limbatus Carcharhinidae
Carcharhinus obscurus Carcharhinidae
Carcharhinus sp. Carcharhinidae Tubarão CAudo
Carcherhinus falciforme Carcharhinidae

97
98

Carcherhinus Longimanus Carcharhinidae


Carcherhinus signatus Carcharhinidae
Galeocerdo cuvieri Carcharhinidae
Prionace glauca Carcharhinidae
Rhizoprionodon acutus Carcharhinidae Caudo
Chaetodon noefleri Chaetodontidae
Pellonela leonensis Chipeidae
Sardinella rouxi Chipeidae
Hemichromis fasciatus Cichlidae
Saratherodon melanotheron Cichlidae Bentana
Tilapia guineensis Cichlidae
Ethmalosa fimbriata Clupeidae Djafal
Illisha africana Clupeidae Capasseca Djafal
Sardina pilchardus Clupeidae Sardinha
Sardinella aurita Clupeidae Sardinela lombuda Sardinela
Sardinella maderensis Clupeidae Sardinela-da-madeira Sardinela
Sardinella spp. Clupeidae Sardinella
Aerochromus spp. Cyclidae Bentana
Cynoglosssus senegalensis Cynoglossidae Língua Peixe banda
Cynoglossus cadenati Cynoglossidae
Cynoglossus monodi Cynoglossidae
Cynoglossus sp. Cynoglossidae Língua Linguado(banda)
Aplocheilicthys spilauchen Cyprinodontidae
Dasyatis margarita Dasyatidae Uge de pérola Peixe areia
Dasyatis centroura Dasyatidae
Dasyatis margaritella Dasyatidae Peixe areia
Drepane africana Drepanidae (Ephippidae) Machado
Echeneis naucrates Echeneididae
Elops lacerta Elopidae Rebenta conta
Chaetodipterus goreensis Ephip pidae
Chaetodipterus sp. Ephippidae Peixe- pá Peixe machado
Chaetodipterus lippei Ephippiedae

98
99

Fodiator acutus Exocaetidae


Fistularia petinba Fistulariidae Corneta
Cynoponticus ferox Gadidae Juliana
Eucinostomus melanopterus Gerridae Peixe prata
Gerres nigri Gerridae
Bathygobius soporator Gobiidae
Gorogobius nigricinctus Gobiidae
Porogobius schegelii Gobiidae
Ginglymostoma cirratum Gymglymostomatidae M bum bulac
Gymnura micrura Gymnuridae
Plectorhyncus macrolepis Haemulidae (Pomadasydae) Antonio Boca Ntoni boca
Brachydeuterus auritus Haemulidae (Pomadasydae)
Pomadasys peroteti Haemulidae (Pomadasydae)
Pomadasys jubelini Haemulidae (Pomadasydae)
Pomadasys incisus Haemulidae (Pomadasydae)
Pomadasys rogeri Haemulidae (Pomadasydae) Cor-cor
Hyporamphus picarti Hemiralphidae
Hemiramphus brasiliensis Hemiramphidae
Itiophorus albicans Istiophoridae Veleiro
Leptocharias smithii Leptochariidae Cação corre-corre Caudo
Lethrinus atlanticos Lethrinidae
Lobotes surinamensis Lobotidae
Loligo spp. Loligo Lula
Lophius piscatorius Lophiidae Tamboril (rape)
Lutjanus senegalensis Lutjanidae
Lutjanus dentatus Lutjanidae
Lutjanus agennes Lutjanidae
Lutjanus goreensis Lutjanidae
Lutjanus spp. Lutjanidae Bica
Gadella maraldi Maridea Abrotea
Merluccius senegalensis Merluciidae Pescado negra
Monacanthus setifer Monacanthidae

99
100

Stephanolepis hispidus Monacanthidae


Psettias sebae Monodactylidae
Liza grandisquamis Mugilidae Cacandja
Liza sp. (bandialensis) Mugilidae Tainha -fataça Tainha
Mugil capurrii Mugilidae
Liza dumerilli Mugulidae Sancaetano
Liza falcipinnis Mugulidae Tchalumbe
Mugil bananensis Mugulidae Tainha
Mugil cephalus Mugulidae Tainha
Mugil curema Mugulidae Tainha
Pseudupeneus prayensis Mullidae Salmonete
Muraena helena Muraenidae Moreia
Myliobatus aquila Myliobatidae
Pteromylaeus bovinus Myoilobatidae
Octopus vulgaris Octopidae Polvo
Palinurus mauritanicus Palinuridae Lagosta
Parahkulia boulengeri Parakhulidae
Parahkulia macrophtalmus Parakhulidae
Paraphenaeus longiostris Penaeidae Gamba
Penaeus spp Penaeidae Camarão
Periophtalmus sp. Periophtalmidae
Hippoglossus hippoglossus Pleuronectidae Alabote
Galeoides decadactylus Polynemidae Barbinho Barbo
Pentanemus quinquarius Polynemidae Barbinho
Polydactylus quadrifilis Polynemidae Barbo
Abudefluf marginatus Pomacentridae
Pomadasys peroteti Pomadasydae cor-cor
Pomadasys rogeri Pomadasydae cor-cor
Pomadasys sp. Pomadasydae Roncador Cor-cor
Pomatomus saltatrix Pomatomidae Anchova
Pristis microdon Pristidae
Pristis pristis Pristidae

100
101

Psettias sebae Psettodidae


Psettodes belcheri Psettodidae
Psettodes bennetti Psettodidae
Rachycentron canadum Rachycentridae Bacalhau
Raga miraletus Rajidae
Raja spp. Rajidae Raia
Rhinobatos cemiculus Rhinobathidae Cassapai
Rhinobatus rhinobatus Rhinobathidae Viola Cassapai
Rhinoptera bonasus Rhinopteridae
Nocholsina usta Scaridae
Scarus hoefleri Scaridae
Argyrossomus regius Sciaenidae Corvina-legitima Corvina
Pseudotolithus elongatus Sciaenidae Dloto
Pseudotolithus epipercus Sciaenidae Rainha guineense Corvina da Guine
Umbrina canariensis Sciaenidae
Pteroscion peli Sciaenidae (Carangidae?) Rainha
Pseudotolithus brachygnathus Scianidae Corvina Oai
Pseudotolithus senegalensis Scianidae Rainha senegal Corvina de Senegal
Pseudotolithus typus Scianidae Oai
Umbrina sp. Scianidae Calafate Corvina
Orcynopsis unicolor Scombridae Palometa
Sarda sarda Scombridae Bonito
Scomber japonicus Scombridae Cavala
Scomberomorus tritor Scombridae Cachureta
Thunnus albacares Scombridae Albacora
Thunnus sp. Scombridae Atum Atum
Thunnus thynus Scombridae Atum
Scorpaena angolensis scorpaenidae Rascasso
Scorpaena elongata Scorpaenidae
Scorpaena maderensis Scorpaenidae
Scorpaena senegalensis Scorpaenidae
Scorpaena stephanica Scorpaenidae

101
102

Sepia spp Sepidae Choco


Cephalopholis spp. Serranidae Garoupa
Epinephelus aenus Serranidae
Epinephelus sp. Serranidae Mero, Garoupa Garoupa
Polipryon americanus Serranidae Cherne
Cephalopholis nigri Serrranidae Garoupa- preta Garoupa
Epinephelus alexandrinus Serrranidae
Epinephelus goreensis Serrranidae
Myctreroperca rubra Serrranidae
Sarranus cabrilla Serrranidae
Serranus atricauda Serrranidae
Serranus sonctaehelenae Serrranidae
Dicologoglossa cuneata Soleidae Linguado
Microchirus boscanion Soleidae Limar
Pagrus auriga Soleidae
Pegusa triophthalmus Soleidae
Synaptura cadenati Soleidae
Solea senegalensis Soleidae
Sparus aurata Sparidae
Pagrus auriga Sparidae
Dentex angolensis Sparidae Dentão
Dentex congensis Sparidae Dentex -de-Kongo Sinapa
Dentex gibosus Sparidae Sinapa
Dentex macrophthalmus Sparidae Sinapa
Pagrus caeruleostictus Sparidae
Sphyraena afra Sphyraenidae Bicuda Becuda
Sphyraena guachancho Sphyraenidae Bicuda Becuda
Sphyraena spp. Sphyraenidae Bicuda
Mugil spp. Sphyrinidae? Tainha
Sphyrna lewini Sphyrnidae
Sphyrna mokarran Sphyrnidae
Sphyrna tudes Sphyrnidae

102
103

Sphyrna zygaena Sphyrnidae


Stromateus fiatola Stromateidae
Sygnathus sp. Syngnathidae
Hyppocampus puctatus Syngnathidae
Saurida brasiliensis Synodontidae
Ephippion guttiferum Tatraodontidae Peixe cudjo
Lagocephalus laevigatus Tatraodontidae Pis cuidju amarelo
Sphoeroides cutaneus Tatraodontidae
Sphoeroides spengleri Tatraodontidae
Galeorhinus galeus Triakidae
Trichiurus lepturus Trichiuridae Peixe espada
Trichiurus lepturus Trichiuridae
Trigla spp. Triglidae Cabra
Uranoscopus scaber Uranoscorpidae
Xiphias gladius Xiphiidae Espadarte

Lista compilada por PIRES, A. J. R. na base das literaturas seguintes:

LAFRANCE S. (1994) Archipel des Bijagos ichtyofaune et elements d’ecologie Marine. CIPA, documento cientifico nº3. Bissau, 1994.

CIPA, Departamento de Estatistica do Min. Pesca (1995) Lista de especies. Out. 1995.

CIPA, Lista de especies. INSALI, P.

UICN, Min. Pesca (1994) Rio grande de Buba -Bio -ecologie et parametres envoronnementaux. KROMER J. L. & INSALI P. & GOMES M.Bissau, Oct.1994.

103
104

B) – Lista e estatuto de alguma espécies de avifauna recenseadas na Guiné-Bissau


Nome cientifico Família Nome português Origem Estatuto Nidif. Observações

PHILUM: CHORDATA

CLASSE: AVES

Butorides striatu s Garça de cabeça negra A Co x


Gypohierax angolensis Abutre de coconote A Co x
Leptoptilos crumeniferus Marabu A Ra Cl. B Con. Londres
Milvus migrans spp parasiticus Accipitridae Milhafre A/P Co x
Neophron monachus Accipitridae Abutre A Co
Pandion haliaetus Accipitridae Minhote-gaivota P Co
Polyboroides radiatus Accipitridae Serpentário pequeno A Ra CITES II
Trigonoceps occipitalis Accipitridae Jagudi real Co (I. Bolama)
Haliaetus vocifer Accipitridae42 Águia de gritadeira A Co x
Alopochen aegyptiaca Anatidae Ganso de Egipto A Ra x
Dendrocygna bicolor Anatidae Pato A
Dendrocygna viduata Anatidae Pato coral A Ra x
Plectropterus gambensis Anatidae Ganso de Gambia A Co x
Sarckidiornis melanota Anatidae43 Pato de caruncula Ra CITES II
Apodidae44
Ardea goliath Ardeidae Garça gigante A Co x
Ardea melanocephala Ardeidae Garça de pescoço negro A Co
Ardea purpurea Ardeidae Garça purpúrea A/P Co
Ardeola ibis Ardeidae Garça boieira A/P Co x
Ardeola ralloides Ardeidae Garça caranguejeira A/P Co x
Egretta alba Ardeidae Garça branca A ; A/P Co x
Egretta ardesiaca Ardeidae Garça ardósia A Co x
Egretta garzetta Ardeidae Garçeta A/P Co x
Egretta gularis Ardeidae Garça marinha A Co x
Egretta intermedia Ardeidae Garça de bico curto A Ra x
Nycticorax leuconocus Ardeidae Goraz de costas brancas x
Nycticorax nyctitorax Ardeidae Goraz A/P Co x
Ardea cinerea Ardeidae45 Garça real P ; A/P Co

42
- Este grupo é representado por vinte e cinco espécies na Guiné-Bissau.
43
- Este grupo é representado por doze espécies na Guiné-Bissau, entre os quis seis migradoras palearticas.
44
- Duas espécies conhecidas na Guiné-Bissau
45
- Quinze espécies são conhecidas na Guiné-Bissau.

104
105

Bucorvus abyssinicus Bucerotidae Grande calaus Cl. B Conv. de Londres


Ceratogymna elata Bucerotidae Calaus
Burhinus senegalensis Burhinidae Alcaravão do Senegal A Co
Campephagidae
Capitonidae
Macrodipterix longipennis Caprimulgidae46 Noitibós
Ibis ibis Cegoniidae Falso flamingo Co
Calidris alba Charadriidae Sanderligno P Co
Calidris alpina Charadriidae P Co
Calidris canutus Charadriidae P Ab
Calidris ferruginae Charadriidae Borrelho de rabadilha branca P Ab
Calidris minuta Charadriidae Maçarico menor P Ab
Charadrius alexandrinus Charadriidae Tarambola P Co
Charadrius hiaticula Charadriidae Tuitui P Ab
Charadrius marginatus Charadriidae Tarambola marginado A Co x
Haematopus ostralegus Charadriidae P
Himantopus himantopus Charadriidae Perna longa A/P Co
Limosa lapponica Charadriidae Grualeta P Ab
Limosa limosa Charadriidae Hilherango P Co
Numenius arquata Charadriidae P Co
Numenius phaeopus Charadriidae Meio-maçarico P Ab
Philomachus pugnax Charadriidae Brigão P Co
Pluvialis squatarola Charadriidae P Ab
Recurvurostra avosetta Charadriidae Meio-maçarico
Tringa erythropus Charadriidae Cavalheiro pardo P Ra
Tringa glareola Charadriidae Maçarico silvestre P Co
Tringa hypoleucos Charadriidae Maçarico das rochas P Co
Tringa nebularia Charadriidae Maçarico cinzento P Co
Tringa ochropus Charadriidae P Ra
Tringa stagnatilis Charadriidae Maçarico dos pântanos P Ra
Tringa totanus Charadriidae Chalreta P Ab
Vanellus senegallus Charadriidae Barbilhão amarelo A Co
Vanellus spinosus Charadriidae Tuitui de ferrão A Co
Arenaria interpres Charadriidae47 Rola do mar P Co
Ephippiorhynchus senegalensis Ciconiidae Jabiru A Ra
Ciconia episcopus Ciconiidae48 Cegonha episcopal A Co
Treron waalia Columbidae Pomba verde amarela Co
Treron australs Columbidae49 Pomba verde
Coraciddae50

46
- Cinco espécies conhecidos na Guiné-Bissau.
47
- Este grupo é representado na Guiné-Bissau por trinta e uma espécies, sendo a maioria migradora.
48
- Este grupo é representado na Guiné-Bissau por cinco espécies.
49
- Onze espécies deste grupo são presentes na Guiné-Bissau.

105
106

Corvus albus Corvidae Corvo


Ptilostomus afer Corvidae Pega africana
Estrilda bengala Estrildidae Peito celeste
Estrilda caerulescens Estrildidae Lavandinha
Estrilda melpoda Estrildidae Face laranja
Langonosticta senegala Estrildidae Bico de lacre
Lonchura cucullata Estrildidae Freirinha
Pytelia melba Estrildidae Melva
Amandava subflava Estrildidae51 Peito dourado
Falco cuvieri Falconidae A Ra CITES II
Falco peregrinus Falconidae P Ra CITES II
Serinus mozambicus Fringillidae Canários
Balearica pavonica Guidae Ganga Co CITES II
Grus carunculatus Guidae Grou de coruncula Ra CITES II
Hirundinidae_ Andorinhas
Actophilornis africana Jacanidae Jacana A Co
Sterna caspia Laridae Gaivina maior x
Laridae x
Laurus cirrhocephalus Laridae_ Gaivota x
Meropidae_
Oriolidae
Eupodotis melanogaster Otididae Abertada de barriga preta A Ra CITES II
Eupodotis melanogaster Otididae Abetarda de barriga preta CITES II
Otis arabs Otididae Grande abetarda_ CITES II
Pelecanus onocrotalus Pelecanida Pelicano branco A
Pelecanus rufescens Pelecanidae Pelicano cinzento A Co x (Rio G. Buba)
Phaethon aetherus aetherus Linné Phaethontidae Junco
Anhinga rufa Phalacrocoracidae Mergulhäo-serpente A Co x
Phalacrocorax africanus Phalacrocoracidae Cormorano africano A ; A/P Co x
Phalacrocorax carbo spp lucidius Phalacrocoracidae Corvo marinho A Ra x
Ptilopachus petrosus petrosus Phasanidae A Co
Francolinus ahantensis lopkinsoni Phasianidae Perdiz de gunal A Ra
Francolinus bicalcaratus bicalcaratus Phasianidae Perdiz africana A Co
(Linné)
Guttera edourda pallasi Stone Phasianidae Galinha azul A Ra
Numida meleagris Phasianidae Galinha de mato Ab
Picidae56 Pica-pau

50
- Cinco espécies conhecidas na Guiné-Bissau.
51
- Este grupo é representado por dezoito espécies na Guiné-Bissau.
52
- Nove espécies conhecidas na Guiné-Bissau.
53
- Onze espécies deste grupo são conhecidas na Guiné-Bissau.
54
- Sete espécies são conhecidas na Guiné-Bissau.
55
- Não observada durante o inventario.

106
107

Bubalornis albirostris Ploceidae Tecelão de bico branco


Euplectes afer Ploceidae Tecelão de cabeça amarela
Euplectes hordeaceus Ploceidae Cardeal
Euplectes orix Ploceidae Cardeal menor
Ploceus cucullatus Ploceidae A Co
Ploceus melanocephalus Ploceidae Tecelão de cabeça preta
Quelea quelea Ploceidae Tecelão de bico vermelho
Vidua macroura Ploceidae Viuvinha
Vidua orientalis Ploceidae
Bulweria sp Procellariidae
Poicephalus robustus Psittacidae Periquito de bico grosso Ra CITES II
Poicephalus senegalus Psittacidae Periquito massorongo Co CITES II
Psittacula krameri Psittacidae Periquito rabijunco CITES II
Psittacus erithacus Psittacidae Papagaio cinzento Ra CITES II
Pterocles quadricinctus quadricinctus Ptericlidae Codorniz dourada A
Temminck
Pycnonotidae
Gallinula chloropus Rallidae Galinha de agua A Ra
Sarothura pulchra Rallidae Frango de agua pintado A Ra
salpornithidae57
Scopus umbretta Scopidae Passaro-martelo A Ra
Sula leucogaster leucogaster (Boddaert) Silidae Alcatraz A Ra
Strigidae58 corujas e mochos CITES II
Bostrychia hagedash Threskiornithidae Singanga A Co x 6
Phoenicopterus minor Threskio rnithidae Flamingo menor Ra CITES II
Phoenicopterus ruber Threskiornithidae Flamingo P Ra CITES II
Platalea alba Threskiornithidae Colhereiro A Co x
Threskiornis aethiopica Threskiornithidae Ibis sagrada A Co x

Compilado a partir dos trabalhos seguintes:

Paris P. (1993)Liste des especes d’oiseaux inventoriees dans l’Archipel des Bijagos. Plan. Costeira, Bubaque, 1993.

Limoges, B. & Robillard, M. J. (1991) Proposition d’un plan d’amenagement de la Reserva de Biosphere de l’Archipel des
Bijagos.(vol.I,II,III)Bissau, 1991.

Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a la loi sur la chasse. Bissau, 1989.

56
- Oito espécies presentes na Guiné-Bissau.
57
- Espécies desta encontram-se igualmente nas diferentes florestais da Guiné-Bissau.
58
- Sete espécies presentes na Guiné-Bissau.

107
108

De Naurois, R. (1969) Peuplements et cycles de reprodution des oiseaux de la cote occidentale d’Afrique du Cap Barbas, Sahara Espanhol,
a la frontiere de la Republique de Guinée. Mem. Mus. Hist. Nat. Sér. A, Zoologie 56; 1-32

Limoges, B. & Robillard, M. J. & ali(1990) Proposition d’un Reseau d’aire protegees en Guinée-Bissau (Zone continentale). DGFC-
MDRA, CECI, UICN. 1990.

108
109

Espécie de Quirópteros recenseados na Guiné -Bissau

Eidolon helvun K. And Roussettus angolensis Bocage Epomophorus gambianus


Ogilby
Epomophorus psillus Coleura kummeri Lavia frons frons
Hipposideros abae Allen Hipposideros cylops Temm Hipposideros gigas viegasi
Mops osborni Salpuga farimia Salpuga robusta

109
110

Anfíbios recenseados na Guiné -Bissau

Arthroleptis variabilis Arthroleptis tobka Arthroleptis minutus Arthroleptis poecilonatus


Xenopus tropicalis Bufo maculatus Bufo regularis Bufo regularis Hemisus guineensis
Ptychadena pumilo Ptychadena maccarthyensis Ptychadena mascareniensis Ptychadena bibronii
Ptychadena bibronii Phrynobatrachus calcaratus Phrynobatrachus francisci Phrynobatrachus natalensis
Leptopelis hyloides Leptopelis viridis Leptopelis bocagei Leptopelis hyloides
Hyperolius occidentalis Hyperolius nitidulus Hyperolius spatzi Hyperolius guineensis
Hyperolius ferreirai Hyperolius cinctiventris Hyperolius concolor Kassina seneglensis
Pseudhymenochirus merlini Rana oxyrhxnchus Rana occipitalis rana galamensis rana galamensis
Rana ansorgii

Espécie de répteis recenseados na Guiné -Bissau

Chelonia mydas Pelusios castaneus Lygosoma (riopa) Typhlops punctatus Dromophis lineatus
guineense
Eremochelys imbricata Cysnisca feae Eurepes delalandii Python regius Mehelya
stennophthalmus
Caretta caretta Cysnisca leonina Latastia ornata Python sebae Philothamnus irregularis
Lepidochelys olivaceae Cysnisca olighopolis Chamaeleo gracilis Psammophis sibilans Philothamnus
heterodermus pobeguini
Dermochelys coriacea Tarentola ephippita Chamaeleo senegalensis Psammophis phillipsii Philothamnus
senegambiae heterolepidotus
Trionyx triunguis Lygodactylus gutturalis Agama wedholzi Psammophis elegans Philothamnus
semivariegatus
Cyclanorbys Hemidactylus guineensis Agama sankaranica Boaedon fuliginosus Philothamnus irregularis
senegalensis ornatus
Kinixys homeana Mabuya affinis Agama agama Boaedon lineatus Philothamnus
Semivariegatus nitidus
Kinixys erosa Mabuya perroteti Gerrhosaurus Lycophidion meleagris Philothamnus
nigrolineatus heterodermus
Pelusios subniger Chalcides thierryi Varanus niloticos Lycophidion Goniotophis grantii
pulchellus ssemicinctum
Gastropyxis smaragdina prosymna meleagris Natrix olivaceus Grayia smithii Dasypeltis scabra
Elapsoidea Elapsoidea semiannulata Naja nigricollis Naja melanoleuca Naja haje haje
guntherii moebiusi
Dendroaspi viridis Bitis orietans Bitis nasicornis Causus maculatus Causus rhombeatus
Toxicodryas balandingi Theltornis kirtlandi Crotaphopeltis Dispholidus typus Amblyodpsas
hotamboeiea unicolor
Pelomedusa subrufa Riopa tristaoi Leptotyphlops Lycophidion irrotatum Goniotophis brussauxi
nariorostris
Atractaspis atterima Crocodylus niloticus Crocodylus cataphractus Osteolamus tetraspis

110
111

C) Lista e estatuto de alguns mamiferos recenseados na Guiné-Bissau


PRIMATAS59
Especie Estatuto Habitat Zona de Ocorrência Observações e Recomendações
Nacio. Outros
Galago Senegalensis Abundante Anexo II CITES Abundante em Gabu e Bafata Habitus: Nocturno;
senegalensis E. Geofroy Inexistente em Cacheu Ameaça: Caça para proteger as culturas de sua depredação.
Cr. concanhe
Pot. chinhila ou
petigris
Fr.: Galago du Senegal
Cercocebus torquatus atys Extinto Anexo II CITES Habitat. Floresta húmida; - Inquéritos para assegurar a sua real extinção;
(Audebert)1
Port.: Macaco cinzento Classe B da - considerar caso exista como espécie protegida;
Fr.: Cercocèbe fuligineux Convenção Africana
Erythrocebus patras patas Comum Anexo II CITES Habitat: Savana e Floresta clara: - deflorestação e a desmatação são-lhes favoráveis;
(Screiber) 1
Cr. Sancho fula Ocorrência : Toda a Guiné com - incluir na permissão de caça amador
Pr. macacao vermelho excepção das florestas húmidas
Fr. Singe rouge ou patas costeiras do sul
Cercopithecus peteurista Ameaçado 60 - Considerar espécie protegida devido a sua raridade
peeurista (screiber) 1
Pr. cercopitecus menor
Fr. Pétauriste
Cercopithecus nictitans Raro1 Anexo II CITES recentemente tb. observado na zona - Deve ser protegido pela sua raridade.
stampflii Jentik1 de Cufada
Cr. Macaco bijagó ou nariz Classe B da
branco Convenção Africana
Pr. cercopiteco maior
Fr. pain à cacheter
Cercopithecus mona Comum Anexo II CITES - em zonas de floresta e de mangal; Habitus: só e/ou em grupo até 15 indivíduos;
campbelli (Waterhouse)
Cr. Sancho mona Classe B da inexistente nas zonas de savana do - Incluir na permissão de caça.
Por. Macaco mona Convenção Africana Norte e do leste
Fr,: Mone de Campbell

59
- Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a
la loi sur la chasse. Bissau, 1989.
60
- Comum na Reserva de Biosfera Bolama-Bijagós.

111
112

Cercopithecus aethiops Comum Anexo II CITES Habitat: da floresta clara, savanas e Habitus: em grupo médios de 4 podendo ir até aos 15 indivíduos;
sabaeus (Linné) frequenta o mangal;
Cr. Sancho preto Classe B da - ataca as culturas;
Pr. Macaco de tarrafe ou Convenção Africana Ocorrência: todo o território da
macaco verde Guiné-Bissau) - permitir a sua caça amadora
Fr. Sancho preto
Colobus polykomos Raro Anexo II CITES Habitat: Floresta húmida; Habitus: Em grupos médios de 13 indivíduos;
polykomos (Zimmermann)
Cr. Macaco fidalgo Classe B da Ocorrência: - Zona de Xitole; sector - criação de espaços protegidos par esta espécie e seu habitat a floresta
Pr. Macaco fidalgo preto Convenção Africana de Cacine e Bedanda1 . húmida
Fr. Colobe noir et blanc
d´Afrique
Colbus badius temmincki Comum1 Anexo II CITES Habitat: - Florestas galerias intactas Habitus: - grupos que vão até a 55 indivíduos;
Kuhl
Cr. fatango Classe B da Ocorrência: Canjadude, Dulombi - criação de reservas incluindo florestas galerias intactas para a sua
Pr. Macaco fidalgo Convenção Africana sobrevivência;
vermelho
Fr. Colobe bai . Incluir na licença de caça amador;
"POLIDOTES 61
Espécie Estatuto Habitat e Zona de Ocorrência Observações e/ou Recomendações

Nacional Outros
Manis tetradactyla Linné Ameaçada Anexo III1 da CITES Habitat : Floresta primaria; Ameaça: Redução de floresta primaria;
Pr. Pangolin de Cauda longa
Fr. Pangolin a longue queue Classe B da Convenção Ocorrência: Sul da Guiné-Bissau; área de Deve ser incluído no anexo III da CITES;
de Londres Mansoa e Pelundo.
Conceder protecção integral devido a sua raridade;
Manis gigantea Illiger Raro Anexo III1 da CITES Conceder protecção integral pela sua raridade;
Pr. Pangolin gigante
Fr. Pangolin geant Classe B da Convenção Prioridade de pesquisa para confirmação da sua presença e tamanho da populacho.
de Londres

61
- Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a
la loi sur la chasse. Bissau, 1989.

112
113

ROEDORES62
Espécie Estatuto Habita e Zona de Ocorrência Observações e Recomendações

Nacional Outros
Lepus whytei Thomas Comum Ocorrência: Canquelifa, Boé, Varela e outras Habitus: Vive só no seu território
Cr. Lebre zonas Incluir nas licencas de caça amadora
Pr. Lebre de White
Fr. Lievre de Whyte ou Lievre a
oreilles de lapin
Euxerus erythropus (E; Geofroy) Comum Habita: floresta ou locais onde as florestas Habitus :exclusivamente terrestre;
Pr. Saninho terrestre deram lugar as savanas
Fr.Ecureuil fonisseur - grande depredador de culturas;
ou rat palmiste
- não e de grande interesse;

- permitir caca desportiva ao longo do ano.


Heliosciurus gambianus comum Habita: Savana arbórea Habitus: arborícola;
gambianus (Ogilby) palmares
Pr. Saninho gambiano - grande depresasor de culturas.
Fr. Heliosciure de gambie
Heliosciurus rufobrachium Comum Habita: Floresta densa - não existe nenhuma pressão sobre esta espécie.
caurinus Tomas
Pr. Saninho Multicolor
Fr. Ecureuil a patte rouges
Heliosciure a pate rousses
Finiusciurus becrofyi (Fraser) Comum Habita: Palmares e
Pr. Rato voador, esquilo voador ou Floresta aberta
pára-quedista
Anomalurops beecrofti (Frase) Raro Anexo III1 do CITES - proteger devido a sua raridade
Pr. rato voador, esquilo voador ou
pára-quedista
Fr. Anomalure de beecroft
Ecureuil volants de beecroft
Hystrix cristata senegalica Abundante Anexo III do CITES Habita: Florestas sobretudo florestas primarias Habitus: nocturno
(Cuvier) do norte;
Pr. Porco espinho - grande depredador de culturas
Fr. Porc epic de’ Afrique du nord Ocorrência: Pelundo Candjanbari, Mansoa e
Boé - permitir caça para profissionais em todo o pais

- Estim ular a criação em cativeiro.


Crycetomys gambianus gambianus Abundante Ocorrência: Em todo o pais com excepção do - Permitir a caca todo o ano.
(Watehouse) leste.
Cr. Djoquindor
Pr. Joaquim doido, rato gigante
Fr. Rat Giant de Gambie, rat de
Gambie
Thryonomys swinderianus Abundante Ocorrência: Canquilifa Habitus: Activo de manhã cedo e vive em família de 8 indivíduos;

62
- Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a
la loi sur la chasse. Bissau, 1989.

113
114

swinderianus (Temminck )
Cr. Farfana - grande depredador de arrozais;
Pr. Rata de canavial maior
Fr. Aulacode commum ou Grand - Permitir caca ao longo do ano
aulacode

CARNÍVOROS63

Espécie Estatuto Habitat e Zona de Ocorrência Observações e Recomendações

Nacional Outros
canis adustus (Sundevall) Comum Ocorrência: Savanas Habitus: Só ou em pequenos grupos;
Cr. Djurto ou dondo
Pr.Chacal raiado Ocorrência: Savanas do nordeste dopais. Ameaça: Outros depredadores (Ex. Iena,etc.) e criadores de gado por ser grande
Fr. Chacal a flanc rayes depredador de cabras e bezerros

- Carece de estudos específicos para valorar os impactos de sua depredação;

- Útil como consumidor de animais mortos


Canis aureus anthus (G. Cuvier) Extinto Habita: Savanas. - Carecem estudos específicos para confirmar a sua extinção.
cr. cachorro do mato
Pr. chacal comum
Fr. Chacal commum ou Chacal
dore
Lycaon pictus (Temminck ) Ameaçados Habitat: Savanas; Habitus: Pequenos grupos de 4 a 8 indivíduos
Pr. Ciniena
Fr. Cynhiene, chien sauvage Ocorrência : área de Canjadude; Ameaça: doenças caninas e caca pelos criadores de gado;
(antigamente comum
de’Afrque, Loup peint, Lycaon .
em toda a África,
- Incluir na lista de espécies a proteger devido a sua raridade;
segundo a UICN, 1986)
- Carecem estudos específicos sobre o seu habitat
Mellivora capensis (Schreber) Raro Anexo III1 da CITES Ocorrência : área de Candjadude. - Incluir na lista de espécies protegidas.
Pr. Rate
Fr; Ratel
Aonix capensis capensis (Schinz) Raro Anexo II da CITES Habitat: adaptação a diferentes habitates; Ameaça: Caca por causa da sua pele e destruição
dos seus habitates pelas culturas;
Ocorrência : Candjadude, Pelundo, Arquipélago
dos Bijagos. Presente em todo o pais. - Carece de estudos específicos sobre a sua população;

- Incluir na lista de espécies protegidos.

63
- Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a la loi sur la chasse. Bissau, 1989.

114
115

Genetta thierryi Género Habitat: floresta clara e savanas. - Grande depredador de aves de capoeira;
(Matschie)
Gato lagaria
abundante, - Carece de estudos específicos para melhor conhecimento do estatuto de cada espécie.
Pr. Gineta de villiers espécie raro
Fr. Genette de villiers

Genetta pardina pardina (I. Habita: Floresta densa


Geoffroy) e floresta primaria.
Cr. Gato lagaria
Pr. Geneta selvática
Fr; Genette pardine
Viverra civetta civetta (Schreber) Abundantes Habita: Savanas e florest as; - Depredador de pequenos animais e aves de capoeira;
Cr. Gineta
Pr. gato almiscarado ou de algalia Ocorrência: Todo o pais. - Permitir a caca.
Fr; Civette d’Afrique e Civette
Nandinia binotata binotata Raro Habita : Florestas e savanas arbóreas; - Incluir na lista de espécies a proteger.
(Reinwardt)
Fr. Nandinie, Nandinie a deux Ocorrência: Em todo o pais com excepção das
taches savanas abertas;
Herpestes ichneumon occidentalis Comum Habitus: diurno.
(Monard)
Cr; Mangusso - Devastas as plantações com as suas tocas;
Pr. Mangusto comum
Fr.Manguste icheumon - Permitir a sua caca.
Herpestes sanguineus (Ruppel) Raro Habitus: diurno.
Pr; Mangusto vermelho
Fr; Manguste naine - Incluir nas espécies a proteger.
Herpestes paludinosus (G.
Cuvier)
Cr. cachorro de mango
Pr. Mangusto do pântano
Fr. Manguste des marais
Icheumia albicauda albicauda Abundante Ocorrência :Presente em todo pais. Habitus: Nocturno e solitário e ou em grupo ate 6 indivíduos;
(Gcuvier) e Icheumia albicauda
loempo (Temminck) - Depredador de pequenos animais de criação;
Cr. cachorro de mango
Pr. Mangusto de rabo branco - Liberar para a caca.
Fr. Manguoste a queue blanche
Mungos Mungo caurinus Raro Ocorrência : Áreas de Candjambari e Mansoa. Habitus: diurno.
(Thomas)
Pr. Mangusto raiado - Incluir na lista de espécies a proteger pela sua raridade.
Fr. Manguerayee
Mungus gambianus (Ogilby ) Raro Ocorrência : Na área de Cufada Habitus: em grupo.
Pr. Mangusto de gambia
Fr. Mangue de Gambie - Incluir na lista de espécies a proteger e criação de áreas protegidas para o efeito;
Crocuta crocuta (Erxleben) Raro Ocorrência : Na área Candjambari e Mansoa. Habitus: em grupo.
cr. Lobo
Pr. Hiena manchada - Incluir na lista de espécie a proteger e criação de áreas protegidas para o efeito
Fr. Hyene tachetee

115
116

Panthera leo senegalensis Raro Anexo II da CITES Habita: Savanas e certas florestas abertas do Sul - Ataca o gado;
(Mayer) Muito raros na floresta densa;
Pr. Leao - Reproduzem-se nas áreas de Boé;
Fr. Lion Ocorrência : Em Guiledge, Cantanhez e todo o
país a excepção do Arquipélago - Protecção em grande parques nacionais por carecerem de grandes espaços de
sobrevivência.
Panthera pardus leopardus Ameaçado Anexo I da CITES Habita: Savanas e certas florestas abert as do sul. Ameaça: Caca por causa de sua pele e por atacar o gado;
(Schreber)
Cr. Onca Classe B da Convenção - Incluir na lista de espécies a proteger e efectuar controle activo do trafico e venda de
Pr. Leopardo Africana objectos confeccionados com a sua pele.
Fr. Leopphard ou Panthere
Caracol caracol (Schreber) Rara Anexo I da CITES Habita: Savana ; - Incluir na lista de espécies a proteger.
Cr. Lince
Pr. Caracal Ocorrência : Áreas de Bafata , Dulombi.
Fr. Caracal
Leptailurus serval senegalensis Rara Anexo II da CITES Habita: Savana Ameaça: caca por causa da sua pele;
(Lesson)
Cr. Onça de baga-baga Classe B da Convenção - Incluir na lista de espécies a proteger e efectuar controle activo do trafico e venda de
Pr. gato-lagar Africana objectos confeccionados com as sua pele
Fr; Chat -tigre, serval
"TUBULIDENTE"64
Espécie Estatuto Habi tat e Zona de Ocorrência Observações e Recomendações

Nacional Outros
Oricteropus afer senegalensis Comum Anexo II da CITES Habita: adapta-se a todos os ambientes; - Papel ecológico muito importante na escavação das termiteiras, que são utilizados
(Lesson) quando abandonados por outras espécies;
Cr. Timba Classe B da Convenção Ocorrência :Todo o pais com excepção do
Pr. Porco Formigueiro Africana Arquipélago dos Bijagos - Conservar pela sua utilidade ecológica.
Fr. Cochon de terre ou Orycterope

SERENIDIO65
Espécie Estatuto Habitat e Zona de Ocorrência Observações e Recomendações

Nacional Outros
Trichechus senegalensis Link Ameaçado Anexo II da CITES Habita: Rios, rias e estuários. Ameaças: Pesca acidental Caca.
Cr. Peixe buce
Pr. Manatim, Vaca marinha Classe A da Convenção - Incluir na lista de espécies a proteger ;
Fr. Lamantim d’Afrique ou Africana
lamantin - Criação de parques marinho-aquaticos para o efeito.

64
- Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a
la loi sur la chasse. Bissau, 1989.
65
- Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a
la loi sur la chasse. Bissau, 1989.

116
117

UNGULADOS66
Espécie Estatuto Habitat e Zona de Ocorrência Observações e Recomendações

Nacional Outros
Loxodonta africana cyclotis Ameaçado Anexo I da CITES Ocorrência : Corubal e Cantantez e Norte de rio Ameaça: caca.
(Blumenbach ) Corubal e Dulombi.
cr. Lifanti Classe B da Convenção - Só 1 a 4 indivíduos frequentam o território Guineense na época das chuvas;
Pr. Elefante de África ou Elefante Africana
da floresta - Pode desaparecer brevemente na nossa região;
Fr. Elephant africain ou des forets Classe A e B da
Convenção de Londres1 - Criação de áreas protegidas e/ou corredores para sus protecção e para garantir sua
tranquilidade;
Pothamocherus porcos porcos Abundante Habita: Cerrado e floresta densa e savanas; Habitus: Em grupo de 10 indivíduos;
(Linne)
Cr. Porco de mato vermelho Ocorrência : Todo o pais com excepção das - Grande depredador de plantações;
Pr. Javali de rio ilhas;
Fr. Potamochere a pinceaux - Abundante devido a fraca presença de inimigos naturais e ao fraco consumo de sua
carne por motivos religiosos;

- Incluir na lista das presas de caca e permitir a caca de subsistência;

- Introduzir sistemas organizados de abate transporte e venda para os centros de


consumo.
Pacocheros aethiopicos africanus Abundante Ocorrência : Todo o pais com excepção das Habitus: em família de 4 a 7 indivíduos;
(Gmelin) ilhas.
Cr. Porco de mato - Grande de predador de plantações
Pr. Javali rugoso - Incluir na lista das presas de caca e permitir a caca de subsistência;
Fr. Phacochere
- Introduzir sistemas organizados de abate transporte e venda para os centros de
consumo.
Hippopotamus amphibius Linne Comum Anexo III1 da CITES Habita:: Rios; - Pode vir a ser raro;
cr. Peixe cabalo
Pr. Hipopótamo Classe B da Convenção Ocorrência : Lagoas e bolons do Arquipélago - Dejectos constituem base de uma cadeia alimentar importante nas lagoas e rios onde
Fr. Hippopotame Africana 67 frequentam;
Bolama-Bijagos ,
Rio Corubal e seus afluentes.
- Abate de 1 individuo por por ano com autorização de grande caça e permissão de caca
em situações de ameaça de pessoas e bens.
Cephalophus rufilatus rufilatos Abundante Habita: Floresta aberta e savanas; Habitus: Solitário;
(Gray)
Cr. Frintamba Ocorrência : Muito respandido no nordeste e - Autorizar caca só com licença profissional de 3 exemplares por mês;
Pr. cefalofo de flancos ruivos ou sul do pais (pouco no oeste);
cabra vermelha de mato
Fr. cefphalophe a flancs roux
Cephalophus monticula maxwuellii Comum Anexo II da CITES Habita: Floresta; Habitus: Solitário.
(Smith)

66
- Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a
la loi sur la chasse. Bissau, 1989.
67
- Apresenta habitus marinhos no Arquipelago Bolama-Bijagós.

117
118

Cr. cabrito azul Ocorrência : Muito respandido em todo o pais - Permitir caca.
Pr Cefalofo azul com excepção as savanas do noroeste; Ilhas de
Fr. Cephalopfe de Maxwuell ou Canhabaque e caravela; Abundante em Pelundo
bleu e varela.
Cephalophus dorsalis dorsalis Ameaçada Anexo II da CITES Ocorrência : Áreas de Mansoa, Boé, Pelundo e - Espécie rara a proteger.
(Gray) Cufada.
Pr. cefalofo bajo
Fr. Cephalophe a bande dorsal
noire
Cephalophe bai
Cephalophus sylvicultor Comum Anexo II da CITES Habita: Floresta densa e sub- húmida. - Espécie rara a proteger
sylvicultor (Afzelius)
Cr. Muntum Classe B da Convenção
Pr. Cefalofo de lombo amarelo o Africana
cabra grande do mato
Fr. Cephalo phe a dos jaune
Cephalophus grimmia coronata Abundante 1 Ocorrência : Área de Canquelifa. Habitus: Solitário o u aos pares.
(Gray)
Cr. Cabra cinzenta - Permitir a sua caca.
Pr. cefalofo de Grimm
Fr. Cephalophe couronee ou de
grimm
Orebia ourebi nigricaudata Raro Habita: Planos rochosos e/ou pedregosos - Espécie a proteger pela sua raridade
(Brooke) (campada de pedra).
Cr; gazela de pedra
Pr. Oribi ou ourebia , cabra das Ocorrência : Área de Canquelifa, Canjadude,
pedras ou cabra da campada Boé, Dulombi e Corubal.
fr. Ourebi
Tragelaphus scriptus scriptus Abundante 1 Habita: Presente em todos os lugares como nos Ameaça: Caca muito intensiva.
(Pallas) limites das florestas primarias e nas zonas
Cr. Gazela pintada arbustivas; - Permitir a Caca aos dois sexos com licença profissional e com interdição no período
Pr. Antílope Jeroglifico de reprodução;
Fr. Guib harnaché Ocorrência : Área de Dulombi;
muito respandido em toda a Guiné-Bissau.
Tragelaphus spekei (Sclater) Ameaçado Anexo III1 da CITES Habita: Proximidade das zona aquáticas; Ameaça: Caça muito intensiva;
Pr. Sitatonga
Fr. Guib d’eau Classe B da Convenção Ocorrência : Corubal, Norte e Sul do rio - Conservação das lagoas e do mangal que são habitates desta espécie
Africana Cacheu
Trqgelaphus oryx derbianus Extinto Ocorrência : Área de Corubal e Boé. - Protecção onde a sua espécie for observada.
(Gray)
Pr. Elan de derby
Fr. Eland de derby
Hippotragus equinus koba (Gray) Raro Anexo II da CITES Ocorrência : Candjadude, Boé, Dulombi, Habitus: Em pequenos grupos.
Cr. boca branco Corubal; repartido em todo o território da
Pr. Antílope equino ou palanca Guiné-Bissau. Ameaça: Sobre-caça e pressão demográfica.
Fr. Antilope rouanne, antilope-
cheval, hippotrague - Caça só com autorização de grande caça
Kobus ellipsiprymnus unctuosus Raro Habita: Floresta galeria; Habitus: 1 a 4 indivíduos por grupo;
(Laurilland)
Pr. Sim-sim Ocorrência : Todo o Norte com excepção da - Caça só com autorização de grande caça.
Fr. Cobe a croissant, cobe sing- área de Mansoa;
sing, ou cobe defassa

118
119

Kobus Kob Kob (Erxleben) Raro Habita: Meio húmido (lagoas e alqueives Ameaça: Diminuição do seu habita pela agricultura e pela Caça;
Pr. Gazela de lala antigos);
Fr. Cobe de buffon - Caça só com licença profissional e não excedendo a 3 indivíduos por ano.
Ocorrência : Área de Canquilifa; todo o
Noroeste da Guiné-Bissau; introduzido em
Pecixe e Jeta
Redunca redunca redunca (Pallas) Raro Ocorrência : Este da Guiné-Bissau. - Caça só com licença profissional e não excedendo a 3 indivíduos por ano.
Cr. Gazela de lala
Pr. Redunca, gazela nagor, gazela
corno de gaúcho
Fr. redunca nagor, redunca
Alcephalus busephalus major Ameaçado Ocorrência : Cuntabane, Boé e Norte de - Incluir na lista de espécies a proteger pela sua raridade e criação de áreas para a sua
(Blyth) Contubuoel. conservação.
Cr. Tancon
Pr. Bubalo, bubal
Fr. Bubale
Syncerus caffer nanus (Sperrman) Raro Classe B da Convenção Ocorrência : Norte e Este da Guiné-Bissau1 ; - Depredador de arrozais;
Cr. Bufre Africana áreas de Boé, Cufada e cantanhez
Pr. Búfalo - Caça só com licenças de grande caça.
Fr.Buffle nain

Compilado a partir dos trabalhos seguintes:

Paris P. (1993)Liste des especes animales (moin les oiseaux) inventoriees dans l’Archipel des Bijagos. Plan. Costeira, Bubaque, 1993.

Limoges, B. & Robillard, M. J. (1991) Proposition d’un plan d’amenagement de la Reserva de Biosphere de l’Archipel des
Bijagos.(vol.I,II,III)Bissau, 1991.

Limoges, B.(1989) Resultats de l’inventeair faunique au niveau national et proposition de modifications a la loi sur la chasse. Bissau, 1989.

De Naurois, R. (1969) Peuplements et cycles de reprodution des oiseaux de la cote occidentale d’Afrique du Cap Barbas, Sahara Espanhol,
a la frontiere de la Republique de Guinée. Mem. Mus. Hist. Nat. Sér. A, Zoologie 56; 1-32

Limoges, B. & Robillard, M. J. & ali(1990) Proposition d’un Reseau d’aire protegees en Guinée-Bissau (Zone continentale). DGFC-
MDRA, CECI, UICN. 1990.

119
120

Tab. 2.: Famílias e Número de Espécies da Flora Recenseadas na Guiné -Bissau, segundo a
literatura
Família Espécies Família Espécies Família Espécies Família Espécies
Recenseadas Recenseadas Recenseadas Recenseadas
(N.º) (N.º) (N.º) (N.º)

Butomaceae 1 Melastomataceae 8
Acantaceae 21 Caesalpinaceae 36 Cyperaceae 25 Halarrhagaceae 1
Agavaceae 3 Campanulaceae 3 Davalliaceae. 1 Hippocrateaceae 6
Amarantaceae 11 Capparidaceae 7 Delleniaceae 2 Hydrocharitaceae 2
Amarylidaceae 1 Caricaceae 1 Dichapetalaceae 1 Hydrophyllaceae 3
Ampelidaceae 9 Caryophyllaceae 5 Dioscoreaceae 6 Hypericaceae 2
Anacardiaceae 13 Celastraceae 1 Droseraceae 1 Hypoxidaceae 1
Anagraceae 2 Centianaceae 2 Ebenaceae 4 Icacinaceae 3
Annonaceae 16 Ceratophyllaceae 1 Eriocaulaceae 1 Ir:idaceae 2
Apocynaceae 36 Chrysobalanaceae 1 Euphorbiaceae 35 Labiatae 10
Apolynaceae 2 Cochlospermaceae 1 Fabaceae 1 Lauraceae 1
Aponogetonacea 2 Combretaceae 21 Ficoidaceae 2 Leeaceae 1
e
Aracaceae 2 Commelinaceae 9 Flacourtiaceae 2 Leguminosae 5

Araceae 10 Compositae 17 Gentianaceae 4 Lejeuneaceae 5


Aristolochiaceae 1 Connaraceae 10 Goodeniaceae 1 Lentibulariaceae 3
Asclepiadaceae 15 Convolvulaceae 25 Gramineae 97 Liliaceae 7
Asteraceae 1 Cucurbitaceae 10 Guttiferae 9 Linaceae 2
Avicenniaceae 3 Cuttiferae 1 Meliaceae 8 Nymphaeaceae 3
Balanophoraceae 1 Loganiaceae 7 Melianthaceae 2
Begoniaceae 1 Lomariop 2 Menispermaceae 5 Ochnaceae 6
Beliaceae 1 Lythraceae 3 Mimosaceae 29 Ochydaceae 1
Bignoniaceae 5 Lythruceae 2 Molluginaceae 1 Olacaceae 3
Bombacaceae 4 Malpighiaceae 6 Moraceae 38 Olaraceae 1
Boraginaceae 3 Malvaceae 20 Moringaceae 1 Oleaceae 5
Burmanniaceae 1 Marantaceae 2 Myristicaceae 3 Onagraceae 3
Burseraceae 1 Marsiliaceae 1 Myrsinaceae 2 Opiliaceae 1
Papilionaceae 131 Parkeriaceae 1 Myrtaceae 7 Oragraceae 3
Orchidaceae 9 Oxalidaceae 1 Palmae 8 Pandanaceae 2
Podostemonacea 1 Polygaceae 1 Passifloraceae 6 Pedaliaceae 1
e
Piperaceae 2 Plumbaginaceae 1 Poaceae 3 Polygonaceae 3
Potallaceae 1 Ranunculaceae 2 Polygalaceae 6 Polypodiaceae 6
Pontederaceae 2 Pteridaceae 1 Rhamnaceae 2 Rosaceae 6
Portulacaceae 1 Pypoxidaceae 1 Rhizophoraceae 4 Rubiaceae 73
Turneraceae 1 Ulmaceae 2 Ribiaceae 1 Rutaceae 12
Salicaceae 1 Sapindaceae 9 Selaginelacea 1 Solanaceae 13
Samidaceae 2 Sapotaceae 8 Simarubaceaae 3 Sopindaceae 1
Scrophulariaceae 12 Schizaeaceae 1 Smilacaceae 2 Sterculiaceae 6
Syperaceae 1 Taccaceae 1 Umbeliferae 1 Violaceae 2
Xyridaceae 1 Zingiberaceae 6 Urticaceae 3 Vitaceae 2

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121

LISTA DE PLANTAS RECENSEADAS NA GUINE-BISSAU


NOME REFER. OBSERVAÇÕES

CIENTIFICO CRIOULO FAMILIA


Abelmoschus esculentus Linn Candja 1 Utilizado como Legume
Abrus canescens Welm 11
Abrus precatorius Linn 9,11,13,14 Medicinal
Abrus pulchellus Wall 9,11,14
Acacia albida Del Po de fedida 1, 2,4,5 Característico na savana pomar, folhas e frutos utilizados como
branca Fedida complemento na alimentação do gado e é reconhecida como e
branco fertilizadora de solos.
Acacia arabica Willd 11
Acacia ataxacantha DC 11
Acacia bivenosa 4
Acacia macrostachya Reichenb. ex Benth . 10,11 Medicinal
Acacia macrothyrsa Harm s 11
Acacia mellifera 4.5
Acacia nilotica var. adansonii 12 Medicinal
Acacia pennata Willd 11
Acacia sclerospera 4
Acridocarpus plagiopterus(Guill. & Perr.) 1,9,11,14
Acridocarpus smeatmannii Guill. & Perr 11
Acrocephalus buettneri Gurke 11
Acroceras amplectens Stapf 10,11 Boa forrageira.
Acroceras zizaniodes Dandy 11
Acrosticum aureum Linn 11
Adansonia digitata L Cabaçera 1,2,3,5,8,9,11, Medicinal, folhas utilizadas como alimento, fruta para sumos e a fibra da
12,13 casca para cordoaria.
Adelostigma senegalense Benth 11
Adenia cissampeloides Harms 11
Adenia lobata (Jack.) Engl. 9,11,14
Adenium honghel A.. DC 11
Adenopus breviflorus Benth 11
Adenostemma perrottetii DC 11
Adiantum aethiopicum Linn 11
Adiantum philippense L. 9
Aedesia glabra O. Hoffm 11
Aerangis cf. biloba (Lindl.) Schltr. 9
Aeschynomene indica Linn 11
Aeschynomene lateritia Harms 11
Aeschynomene puchella Planch 11
Aeschynomene sensitiva Swartz 11
Aframomum alboviolaceum (Ridley) K. Sacum. 9,13
Aframomum granum-paradisi K. Schum 11
Aframomum sp. 14

121
122

Aframomum subsericeum (Oliv. Hanbury) K. Belem cufa 10 Fruta utilizada como alimento
Schum
Afrormosia laxiflora Harms 9,11
Afzelia africana Po de conta 2,9 Madeira de construção e comercial.
Agelaea pentagyna (Lam) Baillon 13 Medicinal
Agelaea trifolia Gilg 1,11
Ageratum conyzoides Linn Balquiama 1,9,14
Agrostis spp. 11
Aidia geniflora (DC.) Dandy 9
Alafia landolphioides K. Schum 11
Alafia schumannii Stapf 11
Albizia glaberrima Benth 11
Albizia gummifera C. A. Smith 11
Albizzia adianthifolia (Schum.) W. F. Wight Farroba de lala 1,6,9 Fruta e semente fermentada utilizados como alimentos e/ou condimentos
respectivamente. É reconhecida como e fertilizadora de solos. Folhas
utilizadas como complemento na alimentação do gado
Albizzia ferruginea (Guill & Perr.) Benth Faroba de lala 1.,2
Albizzia zygia (DC) J.F.Macr Po de raio 1,9,11,13 Medicinal
Alchornea cordifolia (Schum. & Thonn.) Muell. Po d'arco, po 1,.2,8,9,11,12, Medicinal e utilizada no fabrico de instrumentos de trabalho.
Arg. de tindji saia 13,14
Alectra senegalensis Benth 11
Allium cepa Cebola 1
Allophyllus africanus P. Beauv. 1,9,11,13 Medicinal
Alloteropsis paniculata Stapf 11
Alphania senegalenses (A. Juss) Radl Cereça
Alstonia boonei De Wild. tagara 9
Alstonia congensis Engl Pó de tagara 8,11,13,14 Medicinal. Muito utilizado na construção tradicional e no artesanato
(estatuária religiosa).
Alysicarpus glumaceus DC 11
Alysicarpus ovalifolius (Schumach.) J. Léonard 10 Bom alimento para todas as espécies de animais domésticos.
Alysicarpus rugosus (Willd) DC 14 Condimento.
Alysicarpus vaginalis DC 11
Amaranthus caudatus L. 13
Amaranthus hibridus subp. cruentus (Linn.) Thell Bredo femea 1
Amaranthus hybridus Badjiki, 1,3,2 Folha utilizada como legume e flor para confecção de sumos e chá.
Baguidji
Amaranthus sp. 13 Condimento.
Amaranthus spinosus Linn Bredo 1
Ammannia gracilis Guill & Perr 11
Ammannia senegalensis Lam 11
Amorphophallus sp . 9
Ampelocissus pentaphylla Gilg 11
Anacardium occidentale Linn Cajú 1,2,.5,8,12,13 Casca tem uso medicinal.
Anadelphia afzeliana (Rendle) Stapf 13 Madeira de cofragem.
Ananas comosus Ananas Fruta utilizada como alimento.
Anchomanes difformis (Blume) Engl. 9,14
Anchomanes spp 11
Ancistrophyllum secundiflorum Wendl 11
Andira inermis H. B. & K. 11
Andropogon gayanus Kunth 11 Boa forrageira quando jovem, pode ser também ensilada.

122
123

Andropogon pseudapricus Sampf 10,11 Boa forrageira.


Aneilema beninense (P. Beauv.)Kunth 9,11
Aneilema sinicum Lindl 11
Angelaea pentagyna ( Lam.) Baill 9
Angraecum spp. 11
Aningeria robusra (A. Chev.) Aubrev. & Pellegr. 13,14 Lenha e fabrico de instrumentos de trabalho.
Aniseia martinicensis (Jacq.) Choisy 14 Medicinal e utilizada na alimentação.
Anisophylea laurina R. Br. Pó de miséria 1,2,9,11,13 Madeira utilizada na construção tradicional e fruta utilizada como
alimento.
Anisopus efulensis (N. E. Br.) Goyder 9
Annona glabra L 13
Annona muricata Linn Pinha 1,3,13 Folha tem uso medicinal e a fruta como alimento
Annona palustris Linn 11
Annona reticulata Linn 1
Annona senegalensis Mancuba, 1, 5,8,11 Raízes e folhas tem uso Medicinal.
Mambumba
Anthocleista frezoulsii A. Chev 11
Anthocleista vogelti Planch 8 Medicinal
Anthontha crassifolia (Baill.) J. Léonard 9
Anthostema senegalense A. Juss. Po de lite 1,9,11,12 Medicinal
Anthrocleista procera Lepr. 9
Antiaris africana Po de bitcho 2,11,12 Madeira utilizada como material de construção
branco
Antiaris toxicaria Leschen. subsp. africana 9,14
(Engl.) C. C. Berg var. africana
Antidesma mambranaceum Muell , Arg. 9,11
Antocarpus communis J.R. & G. Forsk fruta pom 1 Fruta utilizada como alimento
Antocleista procera Caboupa 1
matcho
Anubias heterophylla Engl. 9
Aphania senegalensis Radlk 1,11
Aponogeton subconjugatus Schum & Thonn 11
Arachis hypogea Linn Mancarra 1 Semente utilizada como alimento e parte vegetativa como complemento
de ração para o gado.
Aristida spp. 11
Artabotrys velutinus Scott-Elliot 9,11
Arthrosolem foliosus H. H. W. Pearson 11
Artocarpus communis J. R & G. Forsk 1
Artocarpus heterophyllus Lam. 14
Artocarpus incisa
Asparagus africanus Lam 11
Asparagus flagellaris (Kunth ) Baker 14
Asystasia gangetica (L.) T. Anders 13,14 Medicinal
Asystasia oenotheroides Dum. 9
Atroxima afzeliana Stapf 11
Aviceinnia africana Tarafe 1,2,14
Avicennia germinas (L.) L. Tarafe 13 Fruto utilizado na alimentação. Madeira, bom material de construção.
Avicennia nitida Jacq 11
Avicennia sp. Tarrafe 9
Axonopus campressus SW. P. Beauv. 10 É uma das melhores gramineas para estabelecimento de pastagens.

123
124

Azfelia africana Po de conta 2 Madeira utilizado como material de construção e comercial.


Bacopa decumbens (Fernand) F. N. Williams 14
Bacopa erecta Hutch & Dalz 11
Baissea laxiflora Stapf 11
Baissea leonensis Benth. 9
Baissea multiflora A. DC 9,11
Bakerophyton lateritium Harms 14
Banisteria leona Cav 11
Barleria flava Jacq. 11
Bauhinia reticulata DC. 11
Bauhinia rufescens Lam 11
Beckeropis uniseta K. Schum 11
Begonia chevalieri Warb 11
Bersama abyssinica Fresen ssp. paullinioides 9
(Planch .) verde.
Bersamu paullinioides Bak 11
Bertiera spicata Wernham 11
Beta vulgaris Cenoura 3 Uso como alimento
Biophytum apodiscias Edgew & Hook 11
Blepharis maderaspatensis (L) Heyne ex Roth 9,11
subsp. rubiifolia (Schum.) Napper
Blighia sapida 1,11
Blighia unijugata Bak. 9
Blumia aurita DC. 11
Blutaparon vermiculare (L.) Mears var. 9
vermiculare
Bolbitis acrostichoides (Swartz) Ching. 9
Bolbitis gemmifera (Hieron.) C. Chr. 9
Bombax buonopuzense P. Beauv 11
Bombax costatum Pelleg & Vuillet Polom foro 1,9,12
Bonamia cymosa Hall 11
Borassus aethiopium Mart. Cibe 1.,5,9,13 Tronco utilizado como material de construção; fruta como alimento e
folha na cestaria.
Borreria compressa Hutch & Dalz 11
Borreria ruelliae K. Schum 11
Borreria verticillata G. F. W. Mey 11,12,14 Medicinal
Brachiaria deflexa (Scum.) C. E. Hubb. ex 10 Boa forrageira das regiões áridas pela sua resistência a secura.
Robyns
Brachiaria fulva Stapf 11
Brachiaria jubata (Fig. & De Not.) Stapf 10 Boa graminea para pastagens
Brachiaria regularis Stapf 11
Brachiaria villosa (Lam.) A.. Camus 10 Boa espécie forrageira.
Brachypteris ovata Small 11
Brassica oleracae Repolho 3 Utilizado como legume.
Bridelia micrantha (Hochst) Bissaca 1,8,11,13,14 Medicinal e casca utilizada na construção naval tradicional..
Bryapsis lupulina Duvign 14
Buchnera hispidia Buch-Ham ex D. Don 14
Burmannia bicolor Mart 11
Butyrospemum parkii Kotschy 11
Byrsocarpus viridis 1

124
125

Caesalpinia bondue (L.) Roxb 1,9,14


Caesalpinia crista Linn 11
Cajanus cajan Millsp Fidjon congo 1,4
Caladium bicolor (Aiton) Vent. 13 Planta protectora dos homens (pára-raios
Calanchoe crenta (Andr.) Haw. 13
Calanus deerratus Mann & Wendl Mantampa de 1,9,11,14 Uso na cestaria e industria de moveis.
sera
Calonyction muricatum G. Dons 11
Calopogonium mucunoides Desv. 10,14 Forrageira.
Calotropis procera Ait Bombardera 1
Calyptrochilum christyanum (Reichenb. F.) 14 Medicinal
Summerh
Campylospermum squamosum 9,14
Canarium scweinfurthii Engl 11
Canavalia maritima (Aubl .) Urb 14
Canavalia obtusifolia DC 11
Canavalia rosea 1
Canocarpus eerectus L. 9
Canscora decussata Roem & Schult 11
Canscora diffusa R. Br 11
Canthium acutiflorum Hiern 11
Canthium afzelianum Hiern 11
Canthium glabriflorum Hiern 11
Canthium mannii Hiern 11
Canthium rubens Hiern 11
Canthium setosum Hiern 11
Canthium sp. 13 Medicinal
Caperonia senegalensis Muell 11
Capparis afzelii Pax 11
Capparis erythrocarpa Isert 9,11,13 Medicinal
Capsicum annum Malagueta 3 Condimento.
Capsicum frutescens Linn. Piripire/ 1,3 Condimento.
Malagueta
Carapa procera Dc. Cola amorjoso 1,11,14
Carica papaya L. Pé de papaia 1,3,8,12,13 Raízes tem uso medicinal e fruta como alimento.
Carpodinus dulcis Sabine 11
Carpodinus hirsuta Hua 11
Carpolobia alba G. Don 11
Cassia absus L. 10,11 Medicinal
Cassia alata Linn 11,12
Cassia mimosoides L 10,11,14 Forrageira.
Cassia nigricans Vahl 11
Cassia obtusifolia L. Pintheira do 10,14
Mato
Cassia occidentalis linn Padja santa 1,8,11,12 Medicinal.
Cassia podocarpa Guill &Perr Planta do 8,11,14 Medicinal.
regulo
Cassia sieberiana DC. Canafistra 8,9,11 Condimento de bebidas e é medicinal.
Cassia singueana De l 11
Cassia tora Linn Pintchera de 1,9,11

125
126

mato
Cassytha filiformis Linn Redea de 1,8,11,13,14 Medicinal.
santcho
Catharanthus roseus 12 Medicinal
Cathormion altissimum (Hook. f.) Huntch. & 9
Arn . subsp. platycarpa (Welw. ex Bull) Brennan
& Brumitt var.
Cathormion dinklagei Hutch & Dalz 11
Caudalejeunae hanningtonii (Mitt.) Schffn. 9
Caudalejeunea lehmanniana (Gottsche) Evans 9
Cebtella asiatica Linn 11
Ceiba pentandra (L) Roxb Poläo 9,11,12,13,14 Uso na construção naval tradicional, objectos domésticos e é medicinal.
Folhas usadas como alimentação.
Celosia trigyna L. 14
Cenchrus biflorus Roxb. 10,14 Excelente forrageira, comida pelo gado em todos os estádios, mesmo
quando em sementes.
Centella asiatica 12
Centotheca lappacea Desv: 10,11 Boa forrageira.
Centrosema pubescens Benth . 10 É a mais interessante leguminosa para forragem verde.
Cephaelis peduncularis Salisb. 9
Cephalostigma perrottetii A.. DC 11
Ceratophyla demersum Linn 11
Ceratopteris cornuta (P. Beauv.) Lepr. 9
Cercestes afzelii Schott 9,13,14 Medicinal
Cercetis spp 11
Ceropegia peuhlorum A. Chev. 9
Ceropegia spp. 11
Cheirostylis lepida Rolfe 11
Chlorophora excelsa Benth Po de bitcho 1,11,15 Material de construção tradicional.
branco
Chlorophora regia A. Chev Po de bitcho 1,2,12,15 Material de construção tradicional.
amarelo
Chlorophytum sp. 9
Chrosophora senegalensis A. Juss 11
Chrysobalanus ellipticus Soland 11
Chrysobalanus orbicularis 1,2,11,14
Cissampelos mucronata A. Rich Oredja de rato 1,8,11,13 Medicinal
Cissus aralioides (Wel.) Planch 9,11,14
Cissus barteri Planch 11
Cissus debilis Planch 11
Cissus diffusiflora (Bak.) Planch 9
Cissus gracilis Guill & Perr. 14
Cissus producta Afzel 9
Cissus quadrangulus Linn 11
Cissus rufescens Guill. & Perr. 9,13 Medicinal.
Cissus vogelii Hook. f. 11
Citrullus vulgaris Maläo 3
Citrus aurantifolia Swingle Limao 1 Fruta utilizada como alimento e folhas para chá.
Citrus limon Pé de limon 8,13 Fruta utilizada como alimento e folhas para chá.
Citrus paradisi Macf Toranja 1.3 Fruta utilizada como alimento.

126
127

Citrus reticulata L. Tangerina 1,3 Fruta utilizada como alimento.


Citrus sinensis (Linn) Osbeck Laranja 1,3 Fruta utilizada como alimento.
Clapertonia ficifolia Decne 11
Clematis hirsuta Guill & Perr 11
Clematis sp . 9
Cleredendron capitatum Schum & Thonn 11,14
Cleredendron scandens Beauv 11
Cleredendron splendens G. Don 11,13 Medicinal
Cleredendron streptocaulom Hutch & Dalz 11
Clerodendrum sinuatum Hook. 14
Clerodendrum thyrsoideum 9
Clitandra mannii Stapf 11
Clitoria rubiginosa Juss 11
Cnestis corniculata Lam 8,14 Medicinal
Cnestis ferruginae Vahl ex DC. coccineus Scum Ojo de onça 1,9,11,13 Medicinal
& Thonn
Coccinia cordifolia Cogn 11 Medicinal
Cochlospermum tinctorium A. Rich 11,12
Cocos nucifera Coco 1 Fruta utilizada como alimento; Planta também como ornamento.

Coelocaryon oxycarpum Stapf 11


Coix lacryma-jobi L. 10 É uma excelente forrageira para ensilar.
Cola cordifolia Cola 1 Fruta utilizada como estimulante.
Cola laurifolia Mast 11
Cola nitida (Vent.) Schott. & Endl 12,13,14 Medicinal
Coldenia procumbens Linn 11
Colocasia esculenta Manfafa 1.6 Tubérculo utilizada como alimento.
Cololejeunnea pusilla Steph. var. obtusifoloia E. 9
W. Jones
Combretum glutinosum 12 Medicinal
Combretum grandiflorum G. Don 9,11
Combretum ghasalense 15
Combretum micranthum G. Don. Buco 1.5,8,11,12,13,14 Medicinal
Combretum mucronatum Schum & Thonn 11
Combretum nigrican Lepr 11
Combretum paniculatum Vent 11
Combretum racemosum P. Beauv 9,11
Combretum tomentosum G. Don 11
Combretum sp. 15
Commelina diffusa Burm. f. 9
Commelina nigritana Benth. var gambiae (CB. 14
CL ) Brenan
Commelina nudiflora Linn 11
Commelina sp. 14
Connarus africanus Lam Cadjime 1.,9,11
Conocarphus erectus Jacq 11,14
Conopharyngia longiflora 1,11
Conopharyngia penduliflora Stapf 12
Copaifera copallifera Milne-Redhead 11
Copaifera salikounda Heckel 9

127
128

Corchorus olitorius 12
Cordia myxa 12
Cordyla africana Lour 11
Cordyla pinnata (Lepre.) Milne-Redh 12
Costus afer Ker-Gawl 9,11,13
Crataeva adansonii DC 11
Crataeva religiosa Forst. F Pó de Bola 1
Craterispermum laurinum Benth 9,11,12
Cremaspora triflora Hutch & Dalz 11,12
Crescentya cujete L. Kabas 12,13 Construção de artefactos.
Crinum spp. 11
Cristina africana DC. 9
Crossopteryx febrifuga Benth 11,12,13 Medicinal
Crotalaria glauca Wild 11
Crotalaria goreensis Guil & Perr 11,14
Crotalaria hyssopifolia Klotzch 14
Crotalaria lathyroides Guill. & Perr. 10,14
Crotalaria ochroleuca G. Don 10 Planta melhorador de solos e bom alimento para coelhos.
Crotalaria ononoides Benth 11
Crotalaria retusa L. 10,11,14 Medicinal e forrageira quando jovem e boa fertilizante de solos.
Crotalaria sphaerocarpa Perr 11
Crotalaria striata DC 11
Croton lobatus Linn 11
Crudia senegalensis Planch . ex Benth . 1,9,11
Cryptolepis sanguinolenta (Lindl.) Schltr. 9,11,12
Ctenium canescens Benth 11
Ctenium elegans Kunth 10,14 Serve para cobertura de casas e construção de colmeias tradicionais.
Ctenium newtonii Hackel 11
Cucumis sativus Linn. Pepino 1 Fruta utilizada como alimento.
Cucurbita pepo Bobra 2,3,12 Medicinal, fruta utilizada como alimento.
Cucurbita sp. 3 Fruta utilizada como alimento.
Culcasia sp 9
Curculigo pilosa Engl 11
Cussonia longissima Hutch. & Dalz Papaia de mato 1
Cuviera acutiflora DC 11
Cyanotis lanata Benth 11
Cyanotis rubescens A. Chev 11
Cyclocarpa stellalis Afz 11
Cymbopogon Citratus (D.C) Stapf Belgata 1,12,13 Medicinal
Cymbopogon giganteus Chiov. 12 Medicinal
Cynodon dactylon (L.) Pers . 10,12 Boa forrageira e protege bem os solos.
Cynometra vogelii Hook. f. 11
Cyperus articulatus L. Mampufa 1,11,12,13 Cordoaria e cestaria e como material de construção.
Cyperus bolbosos Vahl 11
Cyperus difformis Linn
Cyperus distans Linn 11
Cyperus Haspan Linn 11,12
Cyperus maritimus Poir 11
Cyperus sphacelatus Rottb 11

128
129

Cyperus uncinatus Poir 11


Cyrtospesmum senegalense Engl 11,12
Cysposthemma adenocaule (Steud.) Descoings 9
Dactyloctenium aegipticum (L) Willd 10 Excelente forrageira em todos os estados.
Dalbergia afzeliana G. Don 11
Dalbergia albiflora A. Chev 11
Dalbergia boehmii Taub. 13 Medicinal
Dalbergia ecastaphyllum 1,14
Dalbergia macrothyrsa Harms 11
Dalbergia saxatilis Hook 1,11,12
Dalbergia sp. 12
Daniallia ogea (Harms) Rolfe 12
Daniellia oliveri (Rolfe ) Hntch & Dalz. Po incenso 2,9,11,12,14
Dariellia thurifera Benn. Pó de incenso 1
Datura metel Linn Burbuica 1
Desmodium abyssinicum Hutch & Dalz 11
Desmodium adscendens (SW) DC. 10 Forrageira e boa para cobertura de solos.
Desmodium gangeticum (L) DC 9,11
Desmodium hirtum Guill. & Perr. 10,11,14 Boa forrageira e multiplica-se facilmente através das sementes.
Desmodium lasiocarpum DC 11
Desmodium salicifolium DC 11
Desmodium triflorum DC 11
Desmodium velutinum (Willd) DC 9,13,14 Medicinal
Detarium microcarpum Guil & Perr 12,13 Medicinal
Detarium senegalense Gmelin Mambode 1,9,11,12,14
Detarium guineense 15
Dialium guineense Willd. Po de veludo 1,2, 8,9,11,12, 14 Medicinal, comestível.
Dianella ogea 12
Diascorea phaehensilis Benth . 14
Dichapetalum johnsonii Engl 11
Dichrostachya cinerea (L.) Wigt & Arn Fidida branco 8,12,13,14 Medicinal
Dichrostachys glumerata Chiov 11
Dicranolepis disticha Planch 9
Digitaria gayana (Kunth) Stapf ex Chev. 10 Forrageira em todos os estados, semente comestível em tempos de
escassez.
Digitaria longiflora Pers . Fundo bravo
Dijitaria exilis Fundo 2 Fruto usado como alimento. Graminea antiga que prevalece ainda em
determinadas áreas da Guiné Bissau.
Dioclea reflexa Hook f. 11
Diodia maritima Thonn 11
D. Scandens Swartz
Diodia scandens SW 14
Diodia serrulata (P. Beauv.) G. Tayl. 14
Dioscorea alata Linn 11
Dioscorea bulbifera Niambé de 2
mato
Dioscorea domentorum Pax 11
Dioscorea hirtifora Benth
Dioscorea spuria Manfafa, 3,2,6
Nhambi,

129
130

Nhambé
Dioscoreophyllum cumminsii (Stapf) Diels var. 9,11 Fruto apreciado pelas crianças.
leptotrichos Troupai
Dioscoreophyllum lobatum Diels 11
Diospyros heudelotii Hiern 9,13,14 Medicinal e comestível.
Diospyrus mespiliformis Hochst 12
Dissotis capitata Hutch 11,12
Dissotis grandiflora (Afzel ex SM.) Benth. 13 Raiz utilizada no fabrico de vinho e açúcar.
Dissotis Lambii Hutch 11
Dissotis rotundifolia Triana 11
Dodonea viscosa L. 1,12
Dombeya senegalensis Planch 11,12
Dracaena mannii. Baker 8,9,11,14 Medicinal
Drepanocarpus lunatus G. F. W. Meyer 1,11,12
Drosera indica Linn 11
Dryspetes ovata Hutch 11
Dyalis zenkeri Gillg 9
Ecastaphyllum brownei Pers 11

Echinochloa Pyramidalis (Lam.) Hitche & 10,11 Boa forrageira quando jovem.
Chase
Echinochloa stagnina (Retz.) P. Beauv. 10 Forrageira
Echinoclo a colona Link 11,13 Indicadora de baixa salinidade das bolanhas.
Echinocloa stagnina Beauv 11
Eclipta prostrata L 12
Ekebergia senegalensis A. Juss 1,11
Elaeis guineensis Jacq. Palmera 1, 2,11,12,13,14 Fruta utilizada como alimento; folha na cestaria e produção de utensílios
diversos e vedação de quintais; tronco na construção e Raízes como
medicamentos.
Elaeophorbia grandifolia (Haw.) Croizat 9
Eleocharis geniculata (L.) Roem & Schultz 14
Elephantopus scaber Linn 11

Eleusine indica (L) Gaertn . 10 Forrageira


Eliocharis spp. 11
Elytraria marginata Vahl. 9
Embelia guineesis Bak 11
Embelia Rowlandii Gilg 11
Enneastemon barteri 1
Entada africana Guill & Perr 1,11,12
Entada flexuosa Hutch & Dalz 11
Entada gigas Fawcett & Rendle 11,12
Entada mannii (Oliv.) Tisserant 14
Entada pursaetha DC 1,14
Eragrostis Albida Hitche 11
Eragrostis atrovirens (Dest.) Trin. ex Steud 10
Eragrostis namaquensis Nees var. diplachnoides 10
(Steud.) W. D. Cayton
Eragrostis pilosa Beauv 11
Eragrostis squamata Steud 11

130
131

Eragrostis tremula Hochst. ex Steud 10,11 Forrageira.


Erichornea natansSolms 11
Eriocaulon bifistulosum Vam Heurck & Muell 11
Eriocoelum Kerstingii Gilg 11
Eriosema glumeratum Hook. f. 11,14
Eriosema psoralioides Don 11
Eriosema spicatum Hook. f. 11
Erismadelphus exsul Mildbr. 9
Erithrophleum guineense G. Don Mancone 2,12
Erythrina senegalensis DC. Bissaca, Po de 1,2,5,9,11,12, 13 Medicinal
osso
Erythrina sigmoides Hua 9
Erythrococca anomala (Juss. ex Poir.) Prain 9
Erythrococca chevalieri Prain 11
Erythrophleum africanum Harms 11,12
Erythrophleum Guineense G. Don 11
Erythrophleum suaveolens (Guill. & Perr.) 9
Brenan
Eucaliptus Spp. Calito 1
Eucalyptus camaldunensis 4
Euclinia longiflora Salisb. 9
Eugenia jambo Linn. Jambô 1 Folhas usadas como legumes.
Eugenia kerstingii 1
Eugenia spp. 11
Eugenia uniflora Linn Pitanga 1 Fruta utilizada como alimento.
Eulophia cuculata Steud 11
Eulophia sp. 1
Euphorbia drupifera Stapf 12
Euphorbia galucophylla Poir 11,14
Euphorbia hirta 12
Exalobus monopetalus 15
Fagara angolensis Engl 11
Fagara Attiensis Hutch & Dalz 11
Fagara leprieurii (Guill & Perr) Engl 12,13,14 Medicinal
Fagara melanacantha Engl 11
Fagara xanthoxiloides Lam. Butonque/bito 1,8,11,12,14 Medicinal
nque
Ficus macrosperma 1,2,8 Medicinal
Ficus capensis Thunb 11
Ficus elasticoides De Wild 11
Ficus exasperata Vahl Lingua de baca 9,11,12,13 Medicinal
Ficus gnaphalocarpa A. Rich 11
Ficus ingens Mig 11
Ficus Leprieuri Miq 1,11
Ficus macuso Welw 11
Ficus natalensis Hochst. subsp. leprieuri Miq. 9,11
Ficus nekbudu Warb 11
Ficus ombellata 1
Ficus Ovata Vahl 11
Ficus persicifolia Welw 11

131
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Ficus platyphylla Del 11


Ficus platyphylla Del Quibeba Welw 11
Ficus sagittifolia Warb 11
Ficus schefferi Warb 11
Ficus sp. Cf. Figuéra 1,2,8,12,13,14 Medicinal
Ficus sp. cf. F. Polit Vahl 14
Ficus sur Forssk 13 Medicinal e Utilizados na alimentação.
Ficus thonningii Blume 11
Ficus umbellata Rottb Cago 1
Ficus urceolaris Welw 11
Ficus urceolaris Welw 11
Ficus valls-choudae Del 11
Ficus glumosa 15
Ficus vogelii Miq 11,14
Ficus wildemaniana Warb 9
Fimbristylis ferruginea (L) Vahl 9,14
fimbristylis quinquangularis Kunt 11
Flabellaria paniculata Cav. 11
Flemingia faginea Baker 11,12
Fluggea virosa Baill 11
Fuirema umbellata Rottb 9,11,13,14 Indicadora de salinidade nas bolanhas.
Funtumia africana Atapf 11
Garcinia baikeana Vesque 11
Garcinia elliotii Engl 11
Garcinia polyantha Hutch 11,12
Gardenia erubescens Stapf. cité Malato-Beliz 9
Gardenia nitida Hook. 1,9
Gardenia sokotensis Hutch 11
Gardenia sp. 12
Gardenia ternifolia Schum & Thonn ssp. jois 9,11
tonantis (Welw.) Verdc
Gardenia triancantha DC 11
Geissais psittacorhyncha Taub 11
Geohila obvallata (Schum.) F. Didr. 9
Geophila hirsuta Benth. 9
Geophila lancistipula Hierne 11
Gladiolus deleniivan Geel 14
Gladiolus spp 11
Glinus lotoides Zoefl 11
Gliricidia sepium 4
Globinetula cupulata (Dc) Van Tiegh Pó de fidalgo 1
Gloriosa superba Linn 9,11,12
Glyphaea lateriflora Hutch & Dalz 11
Grewia molis Juss 11
Guibourtia copalifera J.J. Benn. Po de ferro 1,9,12,15

Guiera senegalensis Lam. Badosdoce 1,8,11,12,13,14 Medicinal


Gymnosporia senegalensis Loes 11
Habenaria spp. 11
Hackelochloa granularis (L) O. Kuntze 10,11 Boa forrageira.

132
133

Haemanthus multiflorus Martyn 11,12


Hannoa undulata Planch 1,11,12
Harugana madagascariensis Lam. ex. Poir. Po de faia 1,8,9,11,12,14 Medicinal
Heisteria parvifolia Reichb 11
Heliotropium indicum L. 12
Hexabolus monopelatus Benth 11
Hibiscus squamosus Hochr 11
Hibiscus abelmoschus Linn Suymaré 1,12
Hibiscus cannabinus Linn Narcino branco 1
Hibiscus esculentus Candja 3 Fruta usada como legume.
Hibiscus liliaceus 1
Hibiscus physaloides Guill & Perr 11
Hibiscus sabdariffa Linn. Baguitche 1,12,13 Folhas usadas como legumes.
Hibiscus sp. 14
Hibiscus sterculiifolius (Guill. & Perr) Steud. 9,11,13 Construção de casa a artefactos.
Hibiscus surattensis Linn 9,11,14
Hibiscus tiliaceus Linn. 9,11,14
Hippocratea paniculata Vahl
Hippocratea richardianna Combess 11
Hippocratea welwitchii Oliv 11
Holarrhena africana A. DC 11
Holarrhena floribunda 1,9,12,13 Medicinal e utilizada na construção de artefactos.
Homalium dolichophyllum Gilg 11
Homalium spp 11
Hoslundia oppositiva Vahl 12
Hugonia planchonii Hook. f. 9,11
Hunteria ellioti (Stapf) Pichon 9
Hydrolea graminifolia A. W. Bennett 11
Hydrolea guineensis Ghoisy 11
Hydrolea macrosepala A. W. Bennett 11
Hygrophila barbata T. Anders 11,14
Hygrophila senegalensis T. Anders 11
Hygrophila spinosa T. Anders 11,12
Hymenocardia acida Tull 1,11,12,13,14 Medicinal
Hymenocardia chevalieri Beille 11
Hymenocardia heudelotii Planch . ex Mull. Arg. 9
Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf 10,11 Forrageira
Hyperthelia dissoluta (Steud.) W. D. Clayton 10 Boa forrageira principalmente no estado jovem.
Hypoestes verticillaris R. br. 11
Hypoxis camerooniano Baker 11
Hyptis brevipes Poit 11
Hyptis spicigera Lam 11
Hyptis suaveolens Poir 12,14
Icacina senegalenses A. Juss. Manganace 1.6,11,12,13 Fruta e semente utilizados como alimento.
Imperata cylindrica Beauv 11,13 Medicinal e usado na construção tradicional.
Indigofera arrecta Hochst 12
Indigofera barhautiana Gillett 14
Indigofera bracteolata DC 11
Indigofera congesta Welw ex Baker 11,14

133
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Indigofera dasycephala Baker. f. 11


Indigofera dendroides Jacq 11
Indigofera echinata Willd 11
Indigofera heudelotii Benth 11
Indigofera hirsuta Linn 11
Indigofera macrocalyx Guill & Perr 11
Indigofera macrophylla Schum & Thonn 11,14
Indigofera nummularifolia (L) Livera ex Alston 10 Pastada pelos caprinos e serve para fazer relvados
Indigofera oblongifolia Forsk 11
Indigofera pilosa Poir 11
Indigofera pulchra willd 14
Indigofera simplicifolia Lam 11
Indigofera sp. cf. I. heudelotti Benth 14
Indigofera subulata Vahl ex Poir 10 Alto rendimento de forragens e utilizada para pastoreio de bois e
carneiros.
Indigofera tinctoria L. 12
Indigorefa sp. 12
Ipomea batatas Batata doce 1 Tubérculo utilizada como alimento.
Ipomea mauritiana Jacq 14
Ipomea pes-caprae (L.) R. Br. subsp. brasiliensis 14
(L.) van Ostr. str.
Ipomea tuba (Schecht) G. Don 14
Ipomoca repens Lam Lacacom 1 Parte vegetativa utilizada como complemento de alimentação para
coelhos.
Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. 12
Ipomoea brasiliensis (L) Sweet 12
Ipomoea digitata Linn 11
Ipomoea involucrata P. Beauv 11,14
Ipomoea pestaprae 2
Ipomoea repens Lam 11
Ipomoea reptans Poir 11
Ipomoea stonolifera Gmel 11,14
Ipomoea sulphurea Hochst 11
Irvingia gabonensis Baill Mango bravo 1,11
Isodichyophorus chevalieri Brig 11
Isonema smeathmannii Roem & Schultes 11
Ixora laxiflora Smith 11
Ixora radiata Hiern 11,12
Jaaundea pinnata Schellenb 11
Jasminum dichotomum Vahl 9,11
Jasminum parciflorum Benth 11
Jatropha curcas L. Pulga 8,12,14 Medicinal
Jussiaea acuminata SW 11
Jussiaea diffusa Forsk 11
Jussiaea linifolia Vahl 11
Jussiaea pilosa H. B . & K. 11
Jussiaea suffruticosa Linn 11
Justicia flava Vahl 11
Justicia kotschyi (Hochst) Dandy 14
Justicia tenella T. Anders 11

134
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Kampferia aethiopica Benth 11,12


Khaya anthotheca (welw) C.DC. Bissilom 11 .
Khaya senegalensis (Dest) A. Juss Bissilão 1,2, 4,5,8,9,11, 12 Madeira comercial. Medicinal
Klainedoxa gabonensis Pierre ex Engl Manpatas di 9,11
porco
Kyllinga squamulata Vahl 11
Lachnera rosea Reich Sempre noiva
Lactuea sativa Alfaci 3 Folhas utilizadas como legumes
Lagenaria siceraria Cabaça 1 Fruta utilizada na confecção de utensílios domésticos e artesanato.
Lagenaria vulgaris Ser. 12
Laggera alata Sch Bip 11
Laguncularia racemosa Gaertn Tarrafe 1,11,13,14 Medicinal
Landholphia dulcis (Sabine) Pichon Mambimba/ 8,9,12,13,14 Medicinal
Cibode
Landholphia heudelotti A. DC. Fole 1,2,3,8,9,11,12, Medicinal e fruta consumida e utilizada na industria de sumos.
13,14
Landholphia incerta (K. Schum.) Persoon 9
Landholphia owariensis P. Beauv. Fole de elefnte 1,2,3,9,11 Medicinal, fruta consumida a fresco ou usada na confecção de sumos
Landolphia bracteata Dewevre 11
Landolphia florida Benth 11
Landolphia senegalensis Kotchy & Peyer 11
Lannea acida A. Rich 11,12
Lannea afzelia Engl Mantede 1,11
Lannea barteri Engl 11
Lannea micropila Engl 12
Lannea velutina A. Rich . Mantede 1,11,12
Laurembergia engleri Schindler 11
Leea guineensis G. Don 9
Leersia hexandra Swartz 1, 10, 11 Boa forrageira principalmente no estado jovem.
Lejeunea ulicina (Taylor) Gottsche & 9
Lindenberg
Leonotis nepatifolia (L.) R. Br. 14
Lepisenthes senegalensis (Juss & Perr.) Jeanh 12
Lepistemon owuriensis Hall f. 11
Leptadenia heterophylla Decne 11
Leptadenia lancifolia Decne 11,12
Leptadenis hastata (Pers.) Decne 12
Leptalus daphnoides Benth.
Leptoderris brachyptera Dunn 11
Leptoderris fasciculata Dunn 11
Leptoleujeunea astroidea (Mitt.) Steph .
Leucaena sp. 4.,5
Limnanthemum senegalense N. E. Br 11
Limnophila barteri Skan 11
Limnophila dasyantha (Engl. & Gilg) Skan 9
Lippia chevalieri Moldenke 12 Medicinal
Lippia nodiflora Rich 11
Lonchocarpus cyanescens Benth 11,12
Lonchocarpus laxiflora Guill & Perr 11
Lonchocarpus sericeus (Poir.) H. B. & K Po de linguana 1,9,11,12,14

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Lophira alata Banks 11


Lophira lanceolata Van Tiegh. ex Keay 9,12,14
Loranthus spp 11
Loudetia annua (Stapf) C. E. Hubbard 10 Comida pelo gado só quando jovem.
Loudetia phragmitoides C. F. Hubbard 11
Ludwigia hyssopifolia (Don.) Exell. 14
Ludwigia pubescens (L.) Hara var. linearis 14
(Willd) A. & R. Fernandes
Luffa aegyptica Djadar 1
Luffa cylindrica (L.) M. S. Roem. 14
Lupinophyllum lupinifolium (DC) Hutch 10
Lychnodiscus reticulatus Radlk 11
Lycopersicam esculentum Mill. Var. Camate 3
Lygopodium scandens Sw 11
Maba lancea Hiern 11
Maba mannii Hiern 11
Macaranga heterophylla (Muell. Arg.) Muell. 9,11
Arg.

Macaranga heudelotii Baill 11


Macrolobium heudelotii Planch 11
Macrosphira longistylla Hook. f. 1,11
Malacantha heudelotiana Pierre 11
Malcantha alnifolia (Bak.) Pierre 9
Mangenotia eburnea Pichon 9
Mangifera indica Linn Mango 3,8,12,13 Fruta comestível e casca medicinal.
Manhiot esculenta Crantz. Mandioka 13 Condimento, legume e medicinal.
Manihot utilissima Mandioca 3 Folha e raiz comestível.
Maratochloa holostachya Hutch 11
Mareya micrantha (Benth .) Muell. Arg. 9
Mariscus ligularis (L.) Urban 14
Mariscus umbellatus Vahl 11
Markhamia tomentosa (Benth .) K. Scum 9,11,12
Marsilia sp. 11
Melaleuca leucodendron L. 14
Melastomastrum capitatum (Vahl.) A. & R. 14
Fernandes
Melia azedarach L. 12
Melliniella macrantha Harms 11
Melochia corchorifolia Linn 11
Melochia melissifolia Benth 11,14
Melothria maderaspatensis Cogn 11
Memecylon polyanthenos Hook. f. 11
Memecylon spatandra Blume 11
Merremia aegyptia Urb 11,14
Merremia angustifolia Hall. f. 11
Merremia hederacea Hall. f. 11
Merremia pinnata Hall. f. 11
Merremia umbelata Hall. f. 11
Mesanthemum radicans Koernicke 11,14

136
137

Mezoneuron benthamianum Baill 1,9,11,12,13,14 Medicinal


Micrargeria filiformis Hutch & Dalz 11
Microchloa indica (L. F.) P. Beauv. 10 Pastada pelos cavalos e ovelhas.
Microgramma lycopioides (L) Copel. 9

Mikania cordata (Burm. f.) B. L. Robinson 9,14


Mikania scandens Willd 11,12
Milletia barteri Dunn 11
Mimosa asperata Linn 11
Mimusops warnackei Engl 11
Mitracarpus hirtus (L.) DC 14
Mitracarpus scarber Zucc Baturla 1,11,12 Medicinal
Mitragyna inermis O. Kuntze 11
Mitragyna stipulosa (DC) O. Kuntze Caboupa Cobalumba 1,11,12 Medicinal
Momordica charantia Linn Sancaetano 11,12
Momordica cissoides Palnch . ex Benth. 9,11
Monechma hispidum Hochst 11
Monochoria vaginalis var. plantagina Solms 11
Monodora myristica Dunal 11,12
Monodora tenuifolia Benth 11
Morinda confusa Hutch 11
Morinda geminata DC 1,8,9,12,13 Medicinal
Morinda lucida Benth. 9
Morinda morindoides (Bak.) Milne-Renh. 9,12,13 Medicinal
Moringa oleifera Lam Nené badadje 8,12,14 Medicinal
Morus mesozygia Stapf 1,11
Mucuna pruriens Dc. & M. Urens (Linn) Dc Ganhoma 1,11,12
Mucuna sloanei Fawc, & Rendle 9
Mucuna urens Ganhoma 1,11
Musa cavendishii Lam. Banana anã 1
Musa paradisiaca Linn. Banana pom 1
Musa sapientum Linn. Banana de 1
cubisseque
Musa spp. Banana 1
Mussaenda afzelii G. Don 11
Mussaenda elegans Schum & Thonn 9,11,13 Fruto apreciado pelas crianças.
Myrianthus serratus Benth & Hook. f. 11
Nauclea latifolia Afz 12
Nelsonia canescens (Lam) Spreng 14
Neocarya macrophylla (Sabine) Prance ex. 9,14
White .
Nephrolepis undulata (Afzel. ex. Sm.) J. Sm. 9
Nephthytis spp. 11
Nervilia purpurata Schltr 11
Nesaea erecta Guill & Perr 11
Nesaea radican Guill & Perr 11
Neurotheca loeselioides Oliv 11,14
Newbouldia laevis P. Beauv. Seem & Bureau Manduco de 1,8,12,13,14 Medicinal
feiticeiro
Nicotiana tabacum L. 12

137
138

Nymphaea heudelotii Planch 11


Nymphaea lotus L. 9,11,12,14
Nymphaea micrantha Guill & Perr 13 Fruto dos meninos e medicinal.
Ochthocosmus africanus Hook 11
Ocimum basilicum L. Doréda 12 Medicinal
Ocimum gratissimum L. Nata 8,14 Medicinal
Ocimum viride Willd Doreda 1,12
Octodon setosum Hiern 11
Olax gambecola Baill. 9
Oldenlandia goreensis Summerhayes 11
Oldenlandia grandiflora Hiern 11
Oldenlandia hediotoides Boiss 11
Oldenlandia herbacea Rotb 11,14
Oldenlandia macrophylla DC 11
Oldenlandia senegalensis Hiern 11
Olyra latifolia Linn 9,11,13,14
Oncinotis nitida Benth 11
Oncoba spinosa Forsk 11
Opilia celtidifolia Endl 11,12
Oplismenus burmannii (Retz.) Beauv. 9
Oplismenus hirtellus P. Beauv. 11
Ormocarpum guineense Hutch & Dalz 11
Ormocarpum verrugosum P. Eauv 11
Oryza barthii A. Chev 11
oryza longistaminata Chev. & Roehr 13 Indicadora de boas bolanhas.
Oryza sativa Arus 1,3.6
Oryza sativa Linn. spp Japonica Arroz de ganga 1
Oryza sativa Linn. spp.var. Arroz de serra 1
leoa
Osbeckia senegambiensis Guill & Perr 11
Ostryocarpus major Stapf 11
Ostryoderris chevalieri Dunn 11
Ostryoderris sp. 15
Ottelia ulvifolia Valp 11
Ouratia flava Hutch & Dalz 11
Ouratia reticulata Engl 11
Ouratia vogelii Engl 11
Oxyanthus racemosus (Schumach & Thonn) 14
Keay.
Oxyanthus speciosus DC 11
Oxyanthus tubiflorus DC 11
Oxymitra velutina Sprague 11
Oxytenantheca abyssinica (A. Rich .) Munro Bambu 1,9,11,13 Medicinal
Pachystela argentea 15
Pachystela brevipes Baill 11
Palisota hirsuta (Thunb, & K. Scum 9,11,13 Medicinal
Pancratium trianthum Herb 11
Pandanus candelabrum Beauv 11
Pandanus guineabissauensis Huynh 9
Pandiaka involucrata (Moq.) Hook. f. 14

138
139

Panicum afzelli Sw. 10 Pastagem muito valiosa.


Panicum brevifolium L. 10 Boa forrageira em forma de pastagem directa.
Panicum gracicaule Rendle 10 Boa forrageira de pastagem.
Panicum maximum Jacq. Erva da Guiné 10 Boa forrageira expontânea na África Ocidental.
Panicum repens L. 10,11 Forrageira de boa qualidade
Paranteria prostata Griseb 11
Pararistolochia goldiena Hutch & Dalz 11
Parinari curatellaefolia Planch 11,12
Parinari excelsa Sabine Mampatace 1,2,8,11,12,13,14 Fruto comestível e casca medicinal.
Parinari macrophylla Sabine Tambacumba 1,2,8,11,12 Fruto comestível e casca medicinal.
Parinari subcordata Oliv 11
Parkia biglobosa (Jacq.) Benth Faroba 1,2,5,8,9,11,12, Fruto comestível e casca medicinal.
13,14
Parquetina nigrescens (Afzel.) Bullock 9
Paspalidium geminatum (Forssk.) Stapf 10 Valiosa forrageira
Paspalum scrobiculatum Linn 11,14
Paspalum vaginatum 2,11
Passiflora foetida Linn 11,12,13 Fruto apreciado pelas crianças.
Passiflora quadrangularis Marracuja 1
Paulinia pinnata Linn Cinco fôdja 1,8,9,11,12,13 Medicinal
Pavetta corymbosa F. N. Willians 8,13,14 Medicinal
Pavetta nitida Hutch & Dalz 11
Pennisetum hordeoides (Lam.) Steud. 10 Forrageira
Pennisetum pedicellatum Trin. 10,14 Forrageira
Pennisetum Polystachyon (L) Schult. 10,11 Forrageira
Pennisetum setaceum Chiov 11
Pennisetum Typhoides (Burm. F.)stap. Midjo preto 1
Pennisetum unisetum (Nees) Benth. 10 Excelente forrageira.
Pentaclethra macrophylla Benth 11,12,13,14
Pentadesma butyracea Sabine 11
Pergularia extensa N. E. Br 11
Pergularia tomentosa Linn 11
Pericopsis laxiflora (Benth .) Van Meeuwen 12
Perotis indica (L) Kuntze 10,14 Boa forrageira comida pelo gado em todos os estados.
Persea americana Abacate 3
Phaseolus adenanthus G. F. W. Mey. 10,11 Boa forrageira perene.
Phaseolus lunatus Linn Fidjon faba 1,10 Forrageira.
Phaulopsis barteri T. Anders 9,14
Phaulopsis falcisepala C. B. Cl. 9,14
Phialodiscus unijugatus Radlk 11
Philoxerus vermiculatus R. Br. 11
Phoenix reclinata Jacq 1,9,11
Phragmites vulgaris Druce 11
Phyllanthus acidus (Linn) Skeels. 1
Phyllanthus discoideus Muell 11
Phyllanthus floribundus Muell 11
Phyllanthus mullerianus (O. Kuntze) Exell 13 Medicinal
Phyllanthus niruroides Muell 11
Phyllanthus pentandrusSchum & Thonn 11

139
140

Phyllanthus welwitsichianus Muell. Arg.var 11


beillei Rediliffe-Smith
Physalis angulata Linn Tau-tau 1,13 Comestível pelas crianças.
Physialis micrantha Link. 12
Piliostigma reticulatum (D.C.) Hochst. 12
Piliostigma thonningii (Schum.) Milne-Redh. Fara, pano de 1.,5,8,9,12,13, 14 Medicinal
Kankuran
Piper guineense Schum & Thonn 11,12
Piperomia pelucida H. P. & K 11
Pistia stratiotis Linn 11
Platycerium stemmaria Desv 11,14
Platycorine paludosa Rolf 11
Platystoma africanum P. Beauv 11
Pleiocarpa bicarpellata Stapf 11
Pleiocarpa flavescens Stapf 11
Pleiocarpa pycnantha (K. Schum.) Stapf var. 9
tubicina (Stapf) Pichon
Plumabago zeylanica L. 14
Polycarpaea corymbosa Var. affusa Lam 11
Polycarpaea eriantha Hochst. ex A. Rich. var. 14
eriantha
Polycarpaea glabrifolia DC 11
Polycarpaea linearifolia (DC.) DC 14
Polycarpon loeflingii Benth & Hook. f. 11
Polygala arenaria Willd 11,14
Polygala micrantha Guill & Perr 11
Polygala rarifolia DC 11,12
Polygonum acuminatum H. B. & K. 11
Polygonum lanigerum R. Br 11
Polypodium spp. 11
Popowia heudelotii Baill 11
Popowia nigritana Bak. f. 11
Postulaca oleracea Linn Baldrega 1,11
Potulaca oleracea L. 12
Pouchetia africana DC
Premma hispida Benth 11,13
Premma quadrifolia Schum & Thonn 11
Prevostia africana Benth 11
Prosopis africana (Guill. & Perr.) Taubert Po de carväo 2.,5, 9,10,11, 12, 14 Vagens utilizadas como forragens e a madeira para a produção do
carvão. Medicinal.
Psidium guajava Linn Guaiaba 3,12,13
Psophocarpus palmetorum Guill & Thonn 11
Psophocarpus palustris Desv. 10,12 Planta procurada pelo gado bovino e ovino.
Psorospermum alternifolium Hook 11
Psorospermum corymbiferum Hochr.
Psorospermum glaberrimum Hochr 13 Medicinal
Psorospermum guineense Hochr 11
Psorospermum senegalenses Spach 12
Psychotria abouabouensis Schnell 9
Psychotria peduncularis (Salisb) Steiyern 8,13,14 Medicinal

140
141

Psychotria reptans 9
Pteris friesii Hieron 9
Pterocarpus erinaceus Poir. Pó de sangue 1,11,12,13 Medicinal e fabrico de instrumentos de trabalho.
Pterocarpus pycnostachya (DC.) Meikle 9
Pterocarpus santalinoides L´Her ex DC 11,14
Pupalia lappacea (L.) Juss var lappacea 14
Pycnanthus angolensis (Welw.) Warb. 9
Pycnanthus kombo Warb 11,12
Pycreus Mundtii Nees 11
Pycreus pumilus Nees 11
Randia maculata Benth 11
Randia maleifera Benth 11
Raphia exica Tara, Tare 1.,2
Raphia spp. 11
Raphionacme brownii 15
Raphionacme sudanica A. Chev 11
Raphiostylis beninensis Planch 11
Rauwolfia vomitora Afz Po de bras 1,9,11,12,13 Medicinal e construção de artefactos.
Remirea maritima Aublet 14
Remusatia vivipara Schott 11
Rhinacanthus virens (Nees) Milne-Redhead 9
Rhizophora harrisonii Leechman 14
Rhizophora mangle L Tarafe 1,.2,9
Rhizophora racemosa G. F. W. Mey 11,14
Rhynchosia calcyna Guill & Perr 11
Rhynchosia pycnostachya (DC) Meikle 14
Rhynchosia viscosa DC 11
Rhynchospora alba Vahl 11
Rhynchospora candida C. B. Clake 11
Rhynchospora corymbosa Britton 11
Rhytacne rottboellioides Desv 11
Rhytacne triaristata Stapf 11
Ricinodendron africanum Muell 11
Ricinus communis Linn Djaque-Djaque 1,8,12 Medicinal
Rinorea ilicifolia (Welw. ex Oliv.) O. Kze 9
Rinorea subintegrifolia O. Kuntz 11,13 Material de construção.
Ritchiea capparoides (Andr.) Britten. 1,12
Ritchiea fragrans R. Br 11
Ritchiea ongipedicellata Gilg 11
Robynsiochloa purpurascens (Robyns) 13 Indicadora do tempo seco.

Rotala decussata DC 11
Rothia hirsuta Bak 11
Rothmannia whitfieldii (Lindl .) Dandy 9,13 Uso higiénico.
Rottboellia cochinchinensis (Lour.) W. D. 10 Boa forrageira.
Clayton
Rottboellia exaltata Linn 11
Rourea coccinea (Thonn. ex Schum.) Benth . 9
supsp. Coccinea var, coccinea
Rourea minor (Gaertn .) Alston 9

141
142

Rourea thonsonii (Bak.) Jongkind 9


Rungia grandis T. Anders
Rungia guineensis Heine 9

Rungia pobeguinii Hutch & Dalz 11


Rutidea parviflora DC 11
Rutidea smithei Hiern 11
Saba senegalensis (A. DC) Pichon Tole 1,13,14 Medicinal e usado na alimentação.

Sabicea discolor Stapf 11


Sabicea vogelii Benth 11
Saccharum oficinalis Cana 3
Sacciolepis africana C. E. Hubbard & Snowden 10 Boa forrageira, apreciada pelo gado em todos os estados (não
cultivavel).
Sacciolepis chevalieri Stapf 10
Sacciolepis cymbiandra Stapf 10
Sacciolepis interrupta Stapf 11
Salacia cornifolia Hook. f. 1
Salacia senegalensis (Lam.) DC. 1,11,12,13,14 Utilizados na alimentação.
Salix subserrata Wild 12
Samanea diklagei (Harms) Keay Po de bitxa 13,14 Lenha e utilizada no fabrico de instrumentos de trabalho.
Sansevieria senegambica Baker 11,14
Sansevieria sp. 9
Sarcocephalus exculentus Afz 1,11
Sarcocephalus latifolius (Smith ) Bruce Madronha 8,9,13,14 Medicinal
Sauvagesia erecta Linn 11
Scaevola plumieri Vahl 11
Schizachyrium platyphyllum (Franch.) Stapf 10 Boa forrageira.
Schizachyrium rupestre (K. Scum.) Stapf 10 É uma das dominantes das pastagens juntamente com Panicum afzelii e
Pobeguinea arrecta e algumas Cyperaceae
Schrebera arborea A. Chev 11
Schrebera chevalierii Hutch & Dalz Pó guiaba 1,11,12 Medicinal
Schrebera golungensis Welw. 9
Schultesia stenophylla var. latufolia Mast Fel da terra 1,11,12 Medicinal
Schwenkia americana L. 12
Scirpus spp. 11
Scleria depressa (C.B. Cl.) Nelmes 9
Scleria racemosa Poir 9,11,13 Medicinal
Scleria spp. 9,11
Sclerocarya birrea (A. Rich.) Hochst 12
Scoparia dulcis Linn 11,12,13 Medicinal
Sebaea oligantha (Gilg) Schinz 9
Secamone afzelii (Schultt) K. Schum 8,13,14 Medicinal
Securidaca longipedunculata Fresen Djurtu 1,11,12 Medicinal
Securinega rirosa (Roxb.) Baill. 12
Selanginella kalbreyeri Bak, 9
Senna occidentalis (L.) Link. 13 Sementes substitutos do café.
Sesamum radiatum Schumach . & Thonn. 13 Folha alimento para mulheres gravidas
Sesbania aculeata Pers 11
Sesbania pachycarpa DC. 10 Utilizada como estrume verde e na produção de cordas.

142
143

Sesuvium portucalastrum Linn 2,9,11,14


Setaria anceps Stapf ex Massey 10 Forrageira.
Setaria barbata (Lam.) Kunth 10,11 Uma boa forrageira e muito apreciada pelo gado.
Setaria chevalieri Stapf 11
Setaria megaphylla (Steud.) Dur. & Schinz 10 Boa forrageira.
Setaria pallidifusca Stapf & C. E. Hubbard 11
Setaria pumila (Poir.) Roem. & Schult. 10 Forrageira de qualidade regular mas com rendimento medíocre.
Sida acuta Burm. F. Vassoura de 8,13,14 Medicinal
câmara
Sida carpinifolia Linn 11
Sida cordifolia Linn 11
Sida linifolia Cav 11,14
Sida rhombifolia Linn 11,12
Sida stipulata Cav. 12
Sida urens Linn 11
Sida verocinifolia Lamark 11
Simicratea welwitschii (Oliv.) N. Hallé 9
Smeathmannia laevigata Soland ex R. Br. var 1,11,14
nigerica A. Chev ex Hutch & Dalz
Smeathmnnia pubescens Soland 11
Smilax anceps Willd 9
Smilax kraussiana Meisn 11,12,13 Medicinal
Smithia ochreata Taub 11
Solanum aculiatissimum Jacq 11
Solanum anomalum Thonn 11
Solanum incanum Linn 11,12
Solanum indicum Linn. Jagatu 1
Solanum melongena Beringel 3
Solanum nigrum Linn 11
Solanum Spp. Limon de mato 8 Medicinal.
Sopubia parviflora Engl 11
Sorghum vulgare Milho preto 3.,2
Sorindeia jungladifolia (A. Rich.) Planch . ex 9,13,14 Medicinal e usado na alimentação.
Oliv.
Sparagus africanus Lam 11
Sparganophurus Vaillantii Gaernt 11
Spatodea campanulata Beauv 11,12
Sphaeranthus senegalensis 11,14
Sphenoclea zeylanica Gaertn 11
Spondias cytherea Sonner Cajamanga 1
Spondias monbin Linn Mandiple 1,2,8,9,11,12,14 Medicinal e fruta usada no fabrico de sumos.
Spondias purpurea Linn. Mandiple de 11
sera leoa
Sporobolus Molleri Hackel 11
Sporobolus pyramidalis P. Beauv. 10 Boa forrageira e comestível em tempos de escassez.
Sporobolus robustus Kunt 11
Sporobolus virginicus Kunt 11
Sporospermum glaberrimum Hochr. 13 Utilizada na alimentação.
Srindeia grandifolia Engl 11
Steptogyne gerontogaea Hook. f. 11

143
144

Sterculia setigera Del 11,12


Sterculia tragacantha Lindl 1,11,12,14 Medicinal
Stereospermum kunthianum Cham. 12
Stigmaphyllon ovatum (Cav.) Niedenzu 9
Strichnos afzelii Gilg 11
Strichnos cooperi Hutch 11
Strichnos lecomtei A. Chev 11
Strichnos spinosa Lam 11,12
Striga aspera Benth 11
Striga hermonthreca (Del.) Benth . 14
Striga rowlandii Engl 11
Strombosia pustulata Oliv. var. pustulata 9,13 Material de construção.
Strophanthus hispidus A. DC 9,11,12,13 Medicinal
Strophanthus sarmentosus A. DC var. 1,9,11,12,14 Medicinal
sarmentosus
Stylosanthes fruticosa (Retz .) Alston 10 Forrageira.
Stylosanthes guineensis Schum & Thonn 11
Swartzia madagascariensis Desv. 10,11 As folhas servem de forragem para os bovinos mas venenosas para os
pequenos ruminantes.
Symmeria paniculatra Benth 11
Syzygium guineense (Willd.) DC subsp . Po brancho 1,9,11,12
Tabernaemontana africana Hook 9,13,14 Medicinal, usado na alimentação e construção de artefactos.
Tacazzea apiculata Nhandurrabo 1
Tacca involucrata Schum & Thonn 11
Tamarindus indica L. Tambarina 1,2,5,6 Medicinal e fruta comestível.
Tapinanthus bangwensis (Engl. & Krause) Dans 14
Tapinanthus pentagonia (DC.) Danser 9
Tapinanthus dodoneaefolius (DC.) Danser 9
Tectona sp. 4
Telanthera maritima Moq 11
Tenogocharis latifolia Buchenau 11
Tephrosia barbigera Welw 11
Tephrosia bracleolata Guill & Perr 11
Tephrosia concina Baker 11
Tephrosia deflexa Bak 11
Tephrosia elegans Schum & Thonn 11
Tephrosia flexuosa G. Don 10,14 Forragem, e serve para adubação verde.
Tephrosia linearis (Willd.) Pers . 10,11 Forrageira.
Tephrosia lupinifolia DC 11,12,14
Tephrosia nana Kotschy ex Schweinf. 10
Tephrosia vogelii Hook. f. 11,12
Terminalia avicenioides Guill & Perr 11,12
Terminalia catappa Linn Amendoeira da 1
India
Terminalia glaucescens Planch 11,12 Medicinal
Terminalia laxiflora Engl. 12
Terminalia macroptera Guill & Perr Massite 1,8,11,12,13 Medicinal
Terminalia scutifera Planch Salangue 1,11,14
Termionalia albida Schott-Elliot 14
Tetracera alnifolia Wild 1,11

144
145

Tetracera potatoria Afz ex G. Don subsp. 9,11,13,14 Condimento


potatoria
Tetrapleura tetraptera (Schum. & Thonn.) 9,11
Taubert
Tetrochidium spp. 11
Tetrorchidium didymostemon (Baill.) Pax & K. 9
Hoffm.
Thalia geniculata Linn 9,11
Thevetia peruviana 12
Thonningia sanguinea Vahl 9,11
Thunbergia erecta T. Anders
Tiliacora spp. 11
Tocazzea apiculata Oliv
Trapa bispinosa Roxb 11
Treculia africana Decne subsp . 9,11,12,13
Trema guineensis Fic 11,13,14 Medicinal
Trema orientalis (L.) Blume 9
Treptogyne crinita 9
Trianthema portulacastrum Linn 11
Tricalysia reticulata Hihern 11
Trichilia emetica Vahl 11,12
Trichilia heudelotii Planc h 1,11
Trichilia monadelpha (Thonn) J.J. De Wilde 9
Trichilia prieureana A. Juss. subs. prieureana 1,9,11,12,14
Trichosanthes anguena Linn Camatom 1
Triclisia patens Oliv. 13 Fruto dos meninos e medicinal.
Tristicha hypnoides Spreng 11
Triumfetta cordifolia Guill & Perr 11
Triumfetta pentandra A. Rich. 9
Triumfetta rhomboidea Jacq 11,14
Triumphetta sp. 14
Tylohora oculata N. E. Br. 9
Typha australis Schum & Thom Mampufa 1,11
matcho
Uncaria africana G. Don Var. africana 9,11
Upaca guineensis Muell 11,14
Upaca heudelotii Baill 11
Uragoga peduncularis K. Schum 11
Uraria picta Desv 11
Urena lobata L. 1,9,12,13,14 Utilizada na construção de art efactos.
Urena oblongifolia Benth
Urera hypselodendron Vedd 1,11
Urophyllum afzelii Hiern 11
Urophyllum hirtellum Benth 11
Usteria guineensis Willd 1,9,11,13,14 Medicinal
Utricularia spiralis Smith 11
Utricularia spp. 11
Utricularia sublata Linn 11
Uvaria chamae P. Beauv. Banana sancho 2,.3,8,9,11,12, 13,14 Medicinal e fruto é comestível

145
146

Vallisneria spiralis Linn 11


Ventilago africana Exell 11
Vernonia ambigua Kotschy & Peyr 11
Vernonia amygdalina Delilc. 12
Vernonia colorata (Willd) Drake Pó de sabom/ 1,8,11,14 Medicinal
Sukumadera
Vernonia guineensis Benth 11
Vernonia nigritiana Oliv & Hiern 11,12
Vernonia perrottetii Sch Bip 11
Vetiveria nigritana Stapf 11
Vigna gracilis Hook. f. 11
Vigna lancifolia Hutch 11
Vigna luteola (Jacq.) Benth. 10 Boa forrageira perene
Vigna unguiculata (Linn) Walp Fidjon 1,2,3,6,10 Excelente forrageira para o gado. Fruta comestível
mancanha
Vigna violacea Hutch 11
Virecta multiflora Smith 11
Vismia leonensis Hook 11
Vitellaria paradoxa Gaertn 12
Vitex barbata Planch 11
Vitex cuneata ) Schum & Thonn Cetona 1.,5,11,12
Vitex doniana Sweet 9,12,13 Medicinal e utilizada na alimentação.
Vitex madiensis Oliv. Cetona 1
Voacanga africana Stapf 9,11,12 Medicinal
Voacanga thouarsii Roem. 12
Voandzeia subterranea Thouars mancarra de 1,2,3 Fruto comestível
bijago
Wahlembergia arguta Hook. f. 11
Waltheria indica L. 12
Waltheria indica L.
Wissadula amplissima (L.) R. E. Fries var. 9
rostrata (Schum. & Thonn) R. E. Fries
Wormskioldia pilosa Schweinf 11
Ximenia americana Linn 1,911,12
Xylopia aethiopica A. Rich Malagueta 1,2,8,9,12,13 Medicinal.
preta, da Guiné

Xylopia quintasii Engl 11


Xylopia vollotii Hutch & Dalz 11
Xyris aceps Lam 11
Zanthoxylum leprieurii Guill. & Perr.
Zanthoxylum xanthoxyloides Lam. 9
Zea mays Milho bacil 3 Comestível
Zizyphus mauritiana Lam 11 Medicinal
Zornia diphylla Pers 11, 12
Zornia glo chidiata Reichb. ex DC. 10 Forrageira

146
147
Anexo IV

Ministério de Desenvolvimento Rural e


Agricultura, Recursos Naturais e Ambiente Secretaria
de Estado
dos
Recursos

Direcção Geral de Florestas e


Caça Direcção
Direcção
Geral de geral de
Pecuária
Agricultura Director Geral de
Floresta e Caça

Divisão de Divisão de
Estudos e Administração e
Projectos Finanças

Direcção Direcção de serviço


Serviço de fauna de Recursos
e Apicultura Florestais

Divisão de
inventários

Divisão da
Fauna e Divisão de
Avifauna exploração

Divisão de
Divisão de repovoamento
Apicultura

Divisão
de
Silvicul
tura

147
148

Estrutura do Conselho Nacional do Ambiente

PRESIDENTE DA
REPUBLICA

“Estrutura Inerministeris de Conceeracao


sobre o Sector Ambientl”

MINISTRO COORDENADOR DA
DO SECTOR AMBIENTAL
(Ministro do Desenvolvimento
Rural e Agricultura)
SECRETARIO EXECUTIVO
COMITÉ TÉCNICO DO
DO CNA
CNA

Representação de
Estruturas Sectoriais do Ministérios com Intervenções no
Governo e da Sociedade Sector Ambiental
Civil

SECRETARIADO DO CNA
e respectiva estrutura
Administrativa

148
149

Secretaria de Estado dos Recursos Naturais e


Ambiente

Direcção Geral de
Director Geral do Ambiente Recursos Naturais

Núcleo de Concepção e
Secção dos Serviços Administrativos
Coordenação da Política Ambiental
e Finanças

Direcção de S serviço Direcção de Serviço de Centro de Documentação,


de Ambiente Urbano Conservarão e Gesto Informação, Formação e
Ambiental Educação Ambiental

Divisão de Divisão do Divisão de Divisao da Divisao de Etudos e Secção de Secção de


Informação e Controle Gestão e Conservacao da Proteccao de Formação, Documentação
Defesa do Ambiental Ordenamento Biodiversidade Ecossitemas Educação e e Informação e
Consumidor Urbano Participação do seguimento das
Secção de Cidadão Convenções
Secção do Secção de Áreas Secção de Estudos
Controle a Ordenamento Protegidas Biológicos e
Poluição do Espaço Conservação de
Secção de
Industrial e Físico Estudo e Habitas
Urbana Conservação
Secção de da Centro de
Espaços Biodiversidad
Secção do
e Estudos sobre a
Saneamento Verdes
alteração
Básico Secção de
Ornitologia Climática e Luta
Contra a Seca e
Desertificação 149
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

REFERENCIAS

Referências de 1 a 7 copilados por:

PARIS, B. (1994). Cabinet de la Planification Côtière (UICN/MDRA). Bissau, através das literaturas seguintes:

1. SANTO, J. do E. 1963. Nomes vernáculos de algumas plantas da Guiné Portuguesa. Junta de Investigações Coloniais, Estud., Ens. e Doc. No 104. Lisboa

2. LIMOGES, B. et ROBILLARD M. J. (1991). Proposition d'un plan d'aménagement de la Réserve de la Biosphère de l'Archipel des Bijagos. Volume 1: Les
secteurs de développement, zonage et recommandations. CECI/UICN/MDRA. Bissau.

3. DEMERS, J. et CÔTÉ M.. (1982). Repères pour un développement rural intégré dans la région de Bolama, Guinée-Bissau. Essai présenté à l’Université Laval
pour l'obtention de la Maîtrise en aménagement du territoire. Québec.

4. Granja de Bubaque

5. MAYDELL, H.-J. von. 1990. Arbres et arbustes du Sahel. Verlag Josef Margraf. Weinersheim.

6. ROUGÉ, J.L. (1988). Petit dictionaire étymologique du kriol. INEP, Kacu Martel 5. Bissau.

7. Spécimens collectés à Ancopado et identifiés par "KATY", via T. Agardy.

Referências de 8 a 14 copilados por:

INDJAI, B. (1996). Centro de Estudos Ambientais e Tecnologia Apropriada do INEP, Bissau, através das literaturas seguintes:

1. SANTO, J. do E. 1963. Nomes vernáculos de algumas plantas da Guiné Portuguesa. Junta de Investigações Coloniais, Estud., Ens. e Doc. No 104. Lisboa.

8. CAMPOS A. V. T. M. & INDJAI, B. (1996) Inventario das Plantas Medicinais da Ilha de Bubaque. Reserva da Biosfera do Arquipélago Bolama-Bijagós.
Bubaque, 1996.

9. MALAISSE F. (1996) Caractérisation Phytogéographique et Écologique des Forêts de Cantanhez (Region de Tombali, Guinée-Bissau). AD, IC. Universidade de
Gembloux. Cadernos de Meio Ambiente nº 1. Mai 1996 .

10. BANCESSI, Q. (1991) Identificação e Descrição de Leguminosas e Gramineas da Guiné-Bissau. INEP, Colecção Cachu Marte, serie B, Ciências Naturais e
Exactas, nº 1. Bissau, 19921.

11. SANTO, E. D. J. (1949) Contribuição para o Conhecimento Fitogeografico da Guiné Portuguesa. Separata do Boletim cultural da Guiné Portuguesa, nº 13 -
Janeiro de 1949. Bissau.

Intr1
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

12. Possibilités d´Utilisation des Plantes Medicinales de Guiné-Bissau (sem nome)

13. MOREIRA A. F. (1995) Usos e Concepções das Plantas no “Mato de Cantanhez”. Iniciativa de Cantanhez e Acção para o Desenvolvimento. Junho 1995

14. IICT & INEP (1995) Plantas identificadas na região Bolama-Bijagos. ????, Bubaque, Lisboa, 1995.

15. Atlanta consult (1986) Inventaire et classement des forets de Guinée-Bissau, Vol. I, Hamburg, 1985.

Intr1
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Anexo V: Lista de alguns documentos legais 68

(Leis decretos e regulamentos)

Lista de alguns documentos legais (leis, decretos e regulamentos)

MATERIA TITULO DO DIPLOMA DATA E No


DO BOLETIM OFICIAL
Criada a Comissão Nacional de Higiene do Meio Ambiente 02.10.82 - No. 40
Criação do CETA - Centro de Estudo e Tecnologia Apropriada 05.09.88 - No. 30
Ambiente (Geral) Cria o Conselho Nacional do Ambiente 23.03.92 - No. 12
Extingue o Conselho Nacional do Ambiente e cria a Conferencia Nacional do Ambiente 07.10.96 - N0. 41
Cria a Empresa Publica, EAGB - Electricidade e Aguas da Guiné-Bissau 19.11.83 - No 47
Aguas Aprovado o Código de Aguas. 17.09.92 - No. 37
Cria o Conselho Nacional de Aguas. Comité internacional das Aguas e Comité Técnico das Aguas. 05.10.92 - No. 40
Lei quadro das áreas protegidas (Aprovada - ainda não publicada ?
Áreas Protegidas Decreto de Criação do Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu (Aprovado - ainda não Publicado) ?
Decreto de Criação do Parque Nacional das ilhas de Orango (Aprovado - ainda não Publicado) ?
Caca Insere disposição a observar quanto a caca de toda a fauna selvagem por um período de dois anos. 09.08.75 - No. 32
Aprova o regulamento de caca 17.05.80 - No. 20
Energia Determina que, doravante e acessoriamente com o seu objectivo principal, compete a PETROGUIN, EP - 28.08.95 - No. 35
Empresa Nacional de Pesquisa e Exploração petrolíferas, promover o aproveitamento dos mineiros já
confirmados no pais
E aprovado o Estudo Regulador das Actividades de Importação e Distribuição por grosso de Produtos 04.03.96 - No. 10
Petrolíferos.
Indica sanções relativas a devastação das florestas por meio de queimadas e incêndios 20.05.78 - No 20
Indica sanções relativas a devastação das florestas por meio de queimadas e incêndios 09.06.87 - No 23
Aprova a Lei Florestal 29.10.91 - No 43
Aprova o regulamento do fundo florestal 04.11.91 - No 44
Florestas Aprova o regulamento de taxação Florestal 04.11.91 - No 44
Aprova do a venda por concurso publico dos activos líquidos da Folbi 06.11.95 - No 45

Autorizado a Direcção Geral de Florestas e Caca a elaborar com a SOCOTRAM um contrato de concessão 06.11.95 - No 45
de gestão e aproveitamento florestal
Elaborado um anteprojecto de Regulamento de Gestão de Floresta Comunitária 31.03.97 - No 13

68
- CYSNES, M.: Lista de Legislação Nacional em Vigor com Relevância Ambiental. Doc. Apresentado a Conferencia
sobre Legislação Ambiental, 27 de Março, 1998.
Intr1
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Delimita o mar territorial e a zona económica exclusiva. 20.05.78 - No 20


Aprova o estatuto da Junta dos Portos da Guiné-Bissau 04.07.83 - No 27
Aprova-se as alterações introduzidas nas tabelas que indica do livro de Tarifas do Portos da Guiné-Bissau 04.07.83 - No 27
Criado um grupo de trabalho para proceder ao estudo com vista ao saneamento das empresas pesqueiras 14.03.81 - No 11
Delimita o mar territorial da Republica da Guiné-Bissau e a Republica da Guiné. 17.05.85 - No 19
Pescas Fixa fronteiras marítimas entre a Republica da Guiné-Bissau e a Republica da Guiné 17.05.85 - No 19
Aprovado a Lei Geral sobre Pescas 29.03.86 - No 13
Regulamenta a Lei Geral sobre a pesca 26.04.86 - No 17
Ratifica a convenção relativa a criação de uma comissão sub-regional das Pescas assinada aos 29 de Marco 24.06.92 - No 25
de 1995, em Dakar, Senegal
Aprova a Lei Geral das Pescas 02.08.94 - No 31
Aprovar : a) A convenção visando a criação de uma Comissão Sub-regional da Pescas ; b) A convenção 04.12.95 - No 31
relativa a determinação das condições de acesso e de exploração dos recursos haliêuticos ao largo das costas
do estados membros da comissão sub-regional das Pescas ; c) A convenção sobre a Cooperação sub-regional
na pratica do Direito de Perseguição Marítima, d) A adenda a convenção de 29 de marco de 1985 visando a
criação da comissão sub -regional das Pescas
Aprovado o Plano de Gestão de Recursos Pesqueiros da Guiné-Bissau para 1996 10.06.96 - No 24
Estabelece os princípios gerais da política de aproveitamento dos recursos haliêuticas nacionais 02.09.96 - No 36
A efectivação de um serviço de fiscalização permanente ou a 30.09.96 - No 40
ocasional das actividades pesqueiras dentro da Zona Económica Exclusiva.
Regulamento da Pesca Artesanal ?

regulamento da Comissão de fiscalização Marítima - FISCMAR


Minas Aprova Código de Minas 15.08.94 - No 33
Fixa o regime de explorarão de Pedreiras. 29.0386 - No 13
Pedreiras Regulamenta algumas normas contidas no decreto Lei No 86, de 29 de Marco que fixa o regime de 30.12.87 - No 52
exploração das pedreiras.
Solo Determina o regime fiscal e Disciplinar de Ocupação de terras 09.11.92 - No 45

Intr1
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Projectos de Diplomas69
PROJECTOS DE DIPLOMAS

Projectos de Leis e regulamentos Lei da Terra - Aprovada pela ANP em Marco de 1998, ainda não está ratificada nem publicada
Lei sobre o Mangal
Ante Projecto Lei da Fauna
Anterior a independência - Regimen jurídico da conservação, gestão e exploração da fauna bravia (caca)
Regulamento da Pesca Desportiva
Regulamento de funcionamento da conferencia Nacional do Conselho de Ministros para Assuntos Ambientais e
Comité Técnico Internacional para o Ambiente.
Proposta de Decreto de Criação do Comité Nacional MAB
Proposta de Decreto de Criação da Reserva de Biosfera do Arquipélago de Bolama-Bijagos.
Proposta de decreto de Criação do Parque Nacional marinho-insular João Vieira-Poilão.

69
- CYSNES, M.: Lista de Legislação Nacional em Vigor com Relevância Ambiental. Doc. Apresentado a Conferencia
sobre Legislação Ambiental, 27 de Março, 1998.
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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

Lista de convenções assinadas pela Guiné-Bissau70


A) - LISTA DE CONVENCOES ASSINADAS PELA GUINE-BISSAU

Convenções Data
de
entrad
a em
vigor
Convenção sobre o Comercio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens 14.08.90
Convenção Sobre as Zonas Húmidas de Importância Especialmente como Habitat de Aves Selvagens 14.05.90
A Lei do Mar 16.11.94
Convenção sobre a Protecção do Património Mundial Natural e Cultural em vigor ?
Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteriços de lixos Perigosos e a sua Eliminação (Base) em vigor
Convenção sobre a Conservação de espécies Migradoras da Fauna Selvagem 01.09.95
Convenção sobre a Diversidade Biológica 25.01.96

B) - PRINCIPAIS CONVENCOES REGIONAIS E SUB -REGIONAIS

Convenções Estatuto na Guiné-Bissau


Convenção Africana sobre a Conservação da Natureza e os Recursos Naturais Não está em vigor
Convenção sobre a importação de lixos Perigosos em África e o Controle do seu Movimento Transfronteriços Não está em vigor, mais foi assinada em 03.06.91
Comunidade Económica Africana Não está em vigor, mais foi assinada em 03.06.91
Convenção para Cooperação na Protecção e Desenvolvimento do Ambiente Marinho e Costeiro na África Está em vigor
Ocidental e Central
Convenção sobre operações Cooperativista de Execução dirigida em Contra ao Comercio Ilegal de Fauna e Está em vigor
Flora Selvagem
Comunidade Sulafricana do Desenvolvimento Está em vigor

70
- CYSNES, M.: Lista de Legislação Nacional em Vigor com Relevância Ambiental. Doc. Apresentado a Conferencia
sobre Legislação Ambiental, 27 de Março, 1998.
Intr1
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

ESTRATEGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAL PARA


A DIVERSIDADE BIOLOGICA

SEMINARIO REGIONAL DE BUBA

PROGRAMA

1º Dia Terça-feira (16 de Maio de 2000)


14 : 00 Abertura
- Discurso da Representação do PNUD
- Discurso do Directo Geral do Ambiente

14 : 30 – 15 :00 Apresentação do Documento do Consultor Nacional

15 : 30 – 17 : 45 Debate

18 : 00 Fim de Sessão

2º Dia Quarta-feira (17 de Maio de 2000)


9 :00 – 11 : 00 Continuação do debate

11 :00 – 11 : 15 Pausa Café

11 : 15 – 13 : 00 Continuação do debate

13 : 00 – 14 : 00 Almoço

15 : 00 - 18 : 00 Trabalhos de Grupos por Regiões


- Bolama -Bijagós
- Quinará
- Tombali

Temas :
- Processos e actividades que ameaçam a Diversidade Biológica
- Consequência da má gestão dos recursos da Biodiversidade
- Recomendação e medidas de conservação e utilização durável da Biodiversidade

3º Dia Quinta-feira (18 de Maio de 2000)


9 :00 – 18 : 00 Continuação trabalhos de Grupos

4º Dia Sexta-feira (19 de Maio de 2000)


9 : 00 - 10 : 00 Produção de sínteses
11 : 00 - 12 : 00 Encerramento

Intr1
Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

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Plano de Acção para a Biodiversidade na Guiné-Bissau

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