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SUMÁRIO

LEGISLAÇÃO FEDERAL ............................................................................. 4


DEFESA SANITÁRIA VEGETAL ....................................................................... 4
Decreto n.º 24.114 - de 12 de abril de 1934 .............................................. 4
CATEGORIA DE RISCO PARA O INGRESSO DE PRODUTOS VEGETAIS ........... 30
Instrução Normativa nº 23, de 2 de agosto de 2004 ................................. 30
LEI DE POLÍTICA AGRÍCOLA ....................................................................... 42
Lei N° 8.171, de 17 de janeiro de 1991 .................................................... 42
SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA ................ 64
Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006 .............................................. 64
CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PROTEÇÃO DOS VEGETAIS .............. 117
Decreto nº 5.759, de 17 de abril de 2006 ............................................... 117
PERMISSÃO DE TRÂNSITO DE VEGETAIS ................................................... 132
Instrução Normativa nº 28, de 24 de agosto de 2016 .............................. 132
CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM.............................................. 138
Instrução Normativa nº 33, de 24 de agosto de 2016 .............................. 138
PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES-PQP ............................................. 156
Instrução Normativa nº 38, de 1º de outubro de 2018 (*) ....................... 156
Instrução Normativa nº 57, de 10 de dezembro de 2018 ......................... 160
Instrução Normativa nº 26, de 10 de setembro de 2019 .......................... 160
PRAGAS QUARENTENÁRIAS AUSENTES-PQA ............................................... 160
Instrução Normativa Nº 39, de 1 de outubro de 2018 .............................. 160
Instrução Normativa nº 7, de 2 de maio de 2019 .................................... 176
Instrução Normativa nº 29, de 18 de outubro de 2019 ............................ 177
CANCRO CÍTRICO ..................................................................................... 177
Instrução Normativa nº 21, de 25 de abril de 2018 .................................. 177
Resolução nº 1, de 7 de março de 2017.................................................. 200
Resolução nº 6, de 27 de março de 2017 ................................................ 200
HUANGLONGBING (HLB) – GREENING ........................................................ 201
Instrução normativa nº 53, de 16 de outubro de 2008 ............................. 201
PINTA PRETA DOS CITROS ........................................................................ 204
Instrução Normativa nº 3, de 8 de janeiro de 2008 ................................. 204
Instrução Normativa nº 1, de 5 de janeiro de 2009 ................................. 213
MORTE SÚBITA DOS CITROS ..................................................................... 214
Instrução Normativa nº 16, de 18 de março de 2003 ............................... 214
Instrução Normativa nº 64, de 10 dezembro de 2019 .............................. 215
SIGATOKA NEGRA ..................................................................................... 216
Instrução Normativa nº 17, de 31 de maio de 2005 ................................. 216
MOKO DA BANANEIRA ............................................................................... 225
Instrução Normativa nº 17, de 27 de maio de 2009 ................................. 225
LEGISLAÇÃO ESTADUAL ........................................................................ 235
DEFESA SANITÁRIA VEGETAL NO ESTADO DO PARÁ................................... 235
Lei nº 6.478, de 13 de setembro de 2002 ............................................... 235
Decreto nº 0392, de 11 de setembro de 2003 ......................................... 238
CFO E CFOC NO ESTADO DO PARÁ ............................................................ 253
Portaria nº 696/2019 – ADEPARÁ, 20 DE MARÇO DE 2019. .................... 253
GUIA DE TRÂNSITO VEGETAL (GTV) .......................................................... 262
Portaria ADEPARÁ nº 380, de 08-02-2012 ............................................... 262
GTV DO CITROS ........................................................................................ 265
Portaria ADEPARA nº 419 DE 26/02/2013 ............................................... 265
TRÂNSITO NOS POLOS CITRÍCOLAS .......................................................... 267
Decreto nº 1943 DE 21/12/2017 ............................................................ 267

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LEGISLAÇÃO FEDERAL

DEFESA SANITÁRIA VEGETAL

Decreto n.º 24.114 - de 12 de abril de 1934

Aprova o Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal

O Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil,


usando das atribuições que lhe confere o artigo 19 do Decreto n9 19.398, de 11 de
novembro de 1930, decreta:
Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal, que com
este baixa, assinado pelo Ministro de Estado dos Negócios da Agricultura e referendado
pelos da Fazenda, das Relações Exteriores e da Viação e Obras Públicas.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 12 de abril de 1934, 1139 da Independência e 46º da República,

GETÚLIO VARGAS.

Juarez do Nascimento Fernandes Távora.


Oswaldo Aranha
Felix de Barros Cavalcanti de Lacerda
José Américo de Almeida

REGULAMENTO DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º São proibidos, em todo o território nacional, nas condições abaixo


determinadas, a importação, o comércio, o trânsito e a exportação:

a) de vegetais e partes de vegetais, como sejam: mudas, galhos, estacas,


bacelos, frutos, sementes, raízes, tubérculos, bulbos, rizomas, folhas e flores, quando
portadores de doenças ou pragas perigosas;
b) de insetos vivos, ácaros, nematoides e outros parasitos nocivos às plantas,
em qualquer fase de evolução;
c) de culturas de bactérias e cogumelos nocivos às plantas;
d) de caixas, sacos e outros artigos de acondicionamento, que tenham servido
ao transporte dos produtos enumerados neste artigo;
e) de terras, compostos e produtos vegetais que possam conter, em qualquer
estado de desenvolvimento, criptógamos, insetos e outros parasitos nocivos aos
vegetais, quer acompanhem ou não plantas vivas.
§ 1º Para determinadas espécies vegetais, a critério do Serviço da Defesa
Sanitária Vegetal, poderá ser admitida a importação com terra, sujeitando-se as
mesmas, obrigatoriamente, à desinfecção e substituição da terra à chegada.
§ 2º Somente para fins experimentais em estabelecimentos científicos do país,
poderá o Ministério da Agricultura permitir a importação do material previsto nas
alíneas a, b e e deste artigo, observadas, porém as medidas preventivas que forem
prescritas em cada caso pelo Conselho Nacional de Defesa Agrícola.
§ 3º Ministério da Agricultura permitirá, por portaria, ouvido o Conselho
Nacional de Defesa Agrícola, a introdução no país, das espécies de insetos, fungos,
bactérias, etc., reconhecidamente úteis, aos quais não se aplicada a proibição contida
nas letras b e c deste artigo.

Art. 2º Independentemente do estabelecido no art. 1º, o Ministério da


Agricultura poderá proibir ou estabelecer condições especiais para a importação de
qualquer vegetais, partes de vegetais e produtos agrícolas que provenham de países
suspeitos ou assolados por doenças ou pragas, cuja introdução no país possa constituir
perigo para as culturas nacionais.
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura determinará em portaria quais os
produtos e respectivos países de procedência, compreendidos neste artigo.

CAPÍTULO II
IMPORTAÇÃO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 3º A Importação de vegetais e partes de vegetais somente será permitida


pelos portos ou estações de fronteiras em que houver sido instalado o Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal.
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura determinará, por portaria,
periodicamente, quais os portos ou estações que se acham aparelhados para os efeitos
do presente artigo.
Art. 4º Os cônsules brasileiros no estrangeiro não legalizarão faturas para
vegetais e partes de vegetais sem que tenham sido cumpridas todas as exigências da
legislação sanitária vegetal brasileira.
Art. 5º Além de outras medidas que venham ser tomadas pelo Ministério da
Agricultura, compete aos cônsules observar as seguintes:

a) exigir, para a legalização de faturas, que lhes seja apresentado para visar o
certificado oficial de origem e de sanitária vegetal, passado pela autoridade
competente da defesa sanitária vegetal do país de origem;
b) exigir constem nos certificados de sanidade as declarações especiais
estabelecidas por portarias do Ministério da Agricultura para a importação de
determinadas espécies e produtos vegetais;
c) dispensar somente o certificado de sanidade referido na alínea a deste artigo
quando se tratar de produtos destinados à alimentação, fins industriais, medicinais ou
de ornamentação que, nos termos do art. 13, tenham livre entrada no Brasil, em
virtude de portarias do Ministério da Agricultura;
d) verificar, nos termos do art. 3º e seu parágrafo único, se os produtos a serem
exportados se destinam a porto ou estação de fronteiras onde esteja instalado o
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal;

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e) averiguar se os vegetais e partes de vegetais não estão incluídos em
proibições determinadas por este regulamento ou por portarias do Ministério da
Agricultura;
f) conceder fatura para produtos de importação proibida, somente quando
autorizados pelo Ministério da Agricultura, por intermédio do das Relações Exteriores.

Art. 6º Para os fins previstos neste regulamento, o Ministério da Fazenda por


intermédio de suas alfândegas e postos aduaneiros, notificará imediatamente ao
técnico do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal com jurisdição no porte ou estação de
fronteira, a chegada, com procedência do estrangeiro, de quaisquer vegetais ou partes
de vegetais.
Parágrafo único. Idêntica notificação será feita pelo Ministério da Viação e Obras
Públicas, por intermédio do Departamento dos Correios e Telégrafos, com referência
aos vegetais e partes de vegetais importados por via postal.
Art. 7º Em caso algum as repartições referidas no artigo anterior e parágrafo
único permitirão o despacho de vegetais e partes de vegetais, sem a respectiva
autorização do técnico do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

§ 1º Essa autorização será impetrada mediante requerimento do importador ou


seu despachante, que deverá fornecer ao técnico do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal o seguinte:

a) o certificado de origem e sanidade vegetal do país de origem, legalizado pelo


cônsul brasileiro;
b) informações completas sobre os produtos a despachar, inclusive as que se
tornarem precisas par a estabelecer a sua identificação.

§ 2º O certificado a que se refere a alínea a do parágrafo 1º deste artigo deverá


ser assinado pela autoridade competente do serviço oficial de proteção aos vegetais
do país exportador e conter:

a) quantidade e natureza dos volumes;


b) peso e marca:
c) navio e data da partida;
d) discriminação dos vegetais e partes de vegetais;
e) indicação do lugar da cultura;
f) nome do exportador;
g) nome e endereço do destinatário;
h) data em que se realizou a inspeção;
i) atestado de que os produtos exportados são considerados isentos de doenças
e pragas nocivas às culturas;

§ 3º Para determinadas espécies de produtos vegetais, deverão ser incluídas no


certificado as declarações especiais exigidas por portarias do Ministério da Agricultura.

Art. 8º Poderão ser dispensadas das exigências do certificado de sanidade de


que trata o artigo anterior, as pequenas partidas de vegetais e partes de vegetais
importadas por via postal, inclusive encomendas postais, registrados, amostras sem

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valor, etc., ou trazidas na bagagem dos passageiros, procedentes do estrangeiro, não
podendo tais produtos ser entretanto desembaraçados, sem o competente exame do
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

§ 1º O Ministério da Agricultura poderá limitar as quantidades e determinar as


condições em que será permitida a dispensa do certificado de sanidade, nos termos
deste artigo.
§ 2º Os passageiros procedentes do estrangeiro e que, tragam, em suas
bagagens, plantas, sementes, estacas, rizomas, tubérculos, frutas, etc., são obrigados
a isso declarar às autoridades aduaneiras, para efeito da inspeção sanitária vegetal,
ficando tais volumes retidos até o competente exame e autorização de despacho,
concedido pelos técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.
§ 3º Em caso de sonegação ou de falsa declaração, ficam os infratores sujeitos
à apreensão dos produtos, além de outras penalidades previstas em leis.

Art. 9º Satisfeitas as exigências dos artigos anteriores, procederá o técnico do


Serviço de Defesa Sanitária Vegetal a inspeção dos produtos importados, autorizando
o seu despacho, no caso do haver verificado que os mesmos não incidem no dispositivo
do art. 1º e suas alíneas e artigo 2º e seu parágrafo único, deste regulamento.
Parágrafo único. As plantas vivas e os produtos vegetais de fácil deterioração
terão precedência na inspeção à chegada.
Art. 10. No caso de se verificar na inspeção à chegada que os vegetais ou partes
de vegetais estão compreendidos na proibição prevista no art. 1º e alíneas ou art. 2º
e parágrafo, ficarão desde logo sob a vigilância do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal,
em lugar por este indicado.

§ 1º Tais produtos serão reembarcados dentro de 15 dias, ou quando não, após


esse prazo, desnaturados ou destruídos.
§ 2º As despesas decorrentes das exigências estabelecidas neste artigo caberão
ao interessado, sem que ao mesmo assista direito a qualquer indenização.
§ 3º Tratando-se de praga ou doença perigosa ou de fácil alastramento, fará o
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal a apreensão e a destruição imediata dos produtos
condenados.
§ 4º A desnaturação, remoção e destruição de produtos condenados será feita
pelo Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, ou pelas alfândegas, nos portos em que
aquela não estiver para tal fim aparelhada.

Art. 11. Os produtos vegetais importados, infectados ou infestados, ou mesmo


suspeitos de serem veiculadores de fungos, insetos e outros parasitos, já existentes e
disseminados no país e reputados de importância econômica secundária, poderão ser
despachados, uma vez submetidos à situação ou expurgo, ou esterilização, segundo
as condições determinadas pelo Ministério da Agricultura.
Parágrafo único. Nos casos das infecções ou infestações, a que se refere este
artigo, terem maior intensidade, ficarão os vegetais ou partes de vegetais sujeitos ao
disposto no art. 10 e seus parágrafos.
Art. 12. Os vegetais ou partes de vegetais procedentes de países ou regiões
suspeitas, ou cujo estado sanitário à chegada, ofereça dúvidas, poderão ser plantados,
sob quarentena, em estabelecimento oficial, ou lugar que ofereça as garantias

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necessárias, a juízo do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, que os manterá sob
fiscalização não podendo os mesmos ser removidos sem autorização prévia.
Art. 13. O Ministério da Agricultura determinará, por portaria, quais os produtos
vegetais destinados à alimentação, fins industriais, medicinais ou de ornamentação,
cuja livre entrada no país não constitua perigo para as culturas nacionais, podendo
assim ficar dispensados de algumas ou de todas as exigências do presente
regulamento.
Art. 14. Por extravio, ou imperfeição, nos certificados de sanidade ou de
desinfecção, exigidos em virtude deste regulamento, para a importação de vegetais e
partes de vegetais, poderia ser facultado ao importador - a critério do Ministério da
Agricultura - assinar termo de responsabilidade e prestar caução em dinheiro,
mediante a condição de ser apresentado posteriormente e no prazo prefixado, o
certificado respectivo.

§ 1º Só será concedida a permissão do que trata este artigo, para produtos que
não incidam nas proibições do artigo 1º e suas alíneas, ou nas medidas de exclusão
em vigor.
§ 2º Em portaria especial serão reguladas as condições e taxas exigidas para a
concessão a que se refere este artigo.

Art. 15. As infrações referentes a importação, ficam sujeitas às seguintes


penalidades:

a) multa de 500$ a 5:000$ a todos aqueles que, em desobediência a este


regulamento, introduzirem ou tentarem introduzir no território nacional, vegetais,
partes de vegetais ou quaisquer produtos ou artigos de importação proibida, previstas
nos art. 1º e alínea e 2º e parágrafo;
b) multa de 500$ a 5:000$ para os que, sem a necessária autorização do Serviço
de Defesa Sanitária Vegetal, introduzirem ou tentarem introduzir, no país, vegetais,
partes de vegetais ou quaisquer produtos ou artigos capazes de serem transmissores
ou veiculadores de doenças ou pragas das plantas;
c) multa de 50$ a 500$ para os que, subtraindo-se à fiscalização a que se refere
o art. 8º e seus parágrafos, introduzirem ou procurarem introduzir pequenas partidas
de vegetais e partes de vegetais, importadas por via postal ou na bagagem;
d) multa de 200$ a 3:000$ para o importador de vegetais, sujeitos a
quarentena, nos termos do art. 12, que os remover sem autorização do funcionário
técnico do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal encarregado da fiscalização;
c) multa de 100$ a 1:000$ a todos aqueles que auxiliares, as infrações de que
trata, as alíneas a, b, c, e d deste artigo.

CAPITULO III
COMÉRCIO DE VEGETAIS E PARTE DE VEGETAIS

Art. 16. Todos os estabelecimentos que negociarem em vegetais e partes de


vegetais, como sejam: mudas, galhos, estacas, bacelos, frutos, sementes, raízes,
tubérculos, bulbos, rizomas, folhas, etc., estão sujeitos à fiscalização periódica do
Ministério da Agricultura por intermédio dos funcionários do Serviço de Defesa
Sanitária Vegetal.

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Parágrafo único. Todos os estabelecimentos referidos neste artigo são
obrigados a conservar expostos à vista dos compradores, no mesmo local em que
oferecerem à venda vegetais e partes de vegetais do seu comércio, o certificado de
sanidade, quadros murais e instruções relativas à profilaxia vegetal, que lhes forem
fornecidos pelo Ministério da Agricultura.
Art. 17. Os estabelecimentos referidos do artigo anterior deverão manter
escrituração dos produtos com que comerciam, exibindo-a aos funcionários do Serviço
de Defesa Sanitária Vegetal, sempre que lhes for solicitado.
Art. 18. Os vegetais e partes de vegetais expostos à venda deverão ser
acompanhados de etiqueta contendo o nome do produto e a localidade de onde
provêm.
Art. 19. As propriedades agrícolas mencionadas no artigo 16 deverão possuir
certificado de sanidade para que, possam negociar livremente com seus produtos.

§ 1º O certificado a que se refere este artigo será concedido mediante


requerimento feito ao Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, vigorará pelo prazo nele
estipulado e será exigido, inicialmente, nas localidades sob jurisdição de técnicos do
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.
§ 2º A obrigatoriedade do certificado de sanidade, de que trata este artigo, será
estendida a outros pontos do território nacional na medida dos recursos orçamentários.
§ 3º Em casos especiais, poderá o certificado de que cogita este artigo ser
anulado, antes da terminação do prazo nele consignado.

Art. 20. É livre, em todo o território nacional, o trânsito de plantas, partes de


vegetais ou produtos de origem vegetal. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 5.478, de
1943)
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, verificada a irrupção, no país, de
pragas ou doenças reconhecidamente nocivas às culturas, poderá, em qualquer tempo,
mediante portaria, proibir, restringir ou estabelecer condições para o trânsito de que
trata o presente artigo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 5.478, de 1943)
Art. 21 Verificada a existência, funcionário do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal, de qualquer doença ou praga perigosa e em qualquer grau de
desenvolvimento, em vegetais ou partes de vegetais destinados ao comércio, será
imediatamente interditada a venda desses produtos, bem como de outros que possam
estar contaminados, até que seja dado cumprimento ao disposto no § 1º deste artigo.

§ 1º O proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título, do


estabelecimento, é obrigado:

a) a realizar, no prazo e nas condições prescrita, a destruição ou tratamento


dos vegetais e partes de vegetais atacados;
b) a aplicar todas as medidas profiláticas, julgadas suficientes a critério do
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.

§ 2º Pelos trabalhos executados de conformidade com as exigências deste


artigo, não assistirá aos interessados direito a qualquer indenização.
§ 3º As interdições e consequentes medidas de defesa sanitária vegetal,
previstas neste artigo, aplicam-se igualmente aos vegetais e partes de vegetais

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existentes em fazendas, sítios, pomares, chácaras, quintais, jardins e quaisquer outros
estabelecimentos.
§ 4º Em se tratando de fungo, inseto ou outro parasito, que, por sua natureza
ou grau de desenvolvimento, seja dificilmente, reconhecido poderá o interessado
recorrer da decisão dos técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, para o
Conselho Nacional de Defesa Agrícola, mantenha-se, todavia, a interdição prevista
neste artigo até decisão final.

Art. 22. Independentemente da prévia verificação a que alude o art. 21, incidem
na proibição do art. 1º e suas alíneas, e são passiveis das penalidades estatuídas neste
regulamento, os proprietários de estabelecimentos que houverem vendido, ou
simplesmente exposto à venda, vegetais e partes do vegetais atacados por praga ou
doenças cujo reconhecimento não exija o exame de um especialista.
Art. 23. Não estão sujeitos às prescrições deste capítulo III os estabelecimentos
que negociam com produtos vegetais exclusivamente destinados à alimentação ou
outros fins domésticos, ou que tenham aplicações industriais e medicinais desde que
disso não decorra perigo para a economia nacional.
Art. 24 Aplicam-se os art. 16 a 22 aos estabelecimentos agrícolas que se
destinam a fornecer, para a reprodução, vegetais e partes de vegetais, como sejam:
mudas, galhos, estacas, bacelos, frutas, sementes, raízes, tubérculos, bulbos, rizomas,
folhas, etc.
Art. 25. O Governo Federal poderá entrar em acordo com os governos locais
para a execução das medidas constantes do presente capítulo.
Art. 26. As infrações deste capitulo serão sujeitas às seguintes penalidades:

a) multa de 50$000 a 300$000 para os proprietários dos estabelecimentos que


negociarem em vegetais e partes de vegetais (art. 16) que não cumprirem o disposto
nos artigos 17 e 18, mantendo declarações errôneas ou recusando o seu exame aos
funcionários incumbidos de inspecioná-los, nos termos deste regulamento;
b) multa de 50$ a 500$, para os proprietários dos estabelecimentos referidos
no art. 16, que comerciarem sem o certificado de sanidade previsto no art. 19 e seus
parágrafos;
c) multa de 200$ a 3:000$, para os proprietários de estabelecimentos indicados
no art. 16, que venderem, oferecerem à venda ou cederem produtos sob interdição
pronunciada na forma do art. 21, a despeito das providências consignadas no § 1º do
art. 21;
d) multa de 200$ a 2:000$, para os proprietários dos mesmos estabelecimentos
que tentarem esquivar-se à destruição ou ao tratamento previstos no § 1º da art. 21,
ou que opuserem qualquer obstáculo à execução das medidas no mesmo consignadas
e) multa de 100$ a 2:000$, para os proprietários dos mesmos estabelecimentos
que venderem ou oferecerem venda vegetais e partes de vegetais contaminados nos
termos previstos pelo art. 22;
f) multa de 50$ a 200$ para os proprietários dos estabelecimentos referidos no
art. 16 que deixarem de expor os quadros murais, organizados para o reconhecimento
de doenças e pragas, com desobediência ao prescrito no parágrafo único do art. 16.

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CAPÍTULO IV
ERRADICAÇÃO E COMBATE DAS DOENÇAS E PRAGAS DAS PLANTAS E
TRÂNSITO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 27. O Ministério da Agricultura, por intermédio dos técnicos encarregados


da execução das medidas de defesa sanitária vegetal, poderá inspecionar quaisquer
propriedades como sejam: fazendas sítios, chácaras, quintais, jardins, hortas, etc.,
com o fim de averiguar da existência de doenças e pragas dos vegetais e aplicar as
medidas constantes deste regulamento.
Art. 28. O Ministério da Agricultura, com os recursos de que dispuser e com a
colaboração dos governos estaduais e municipais, promoverá o reconhecimento
periódico e completo do estado sanitário vegetal de todo o país.
Art. 29. Verificada a irrupção, em qualquer ponto do país, de doenças ou pragas
reconhecidamente nocivas às culturas e cuja disseminação se possa estender à outras
regiões e constituir perigo para a lavoura nacional, o Ministério da Agricultura
procederá, imediatamente, à delimitação da área contaminada, que declarará zona
interditada, onde aplicará rigorosamente todas ás medidas de erradicação constantes
deste regulamento e de instruções complementares.
Art. 30. Em torno da zona declarada infestada, nos termos do artigo anterior,
poderá ser delimitada, sempre que o exigir a doença ou praga a erradicar, uma zona
suspeita, cujo perímetro, a critério do Ministério da Agricultura, poderá variar, quer na
demarcação inicial, quer durante os trabalhos de erradicação.
Parágrafo único. Na zona suspeita, as propriedades referidas no art. 27 serão
mantidas sob constante inspeção por todo o tempo da erradicação e nela o trânsito de
vegetais, partes de vegetais e produtos empregados na lavoura será regulado pelo art.
32 deste regulamento.
Art. 31. Aos proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer título de
estabelecimentos agrícolas, situados quer na zona interditada, quer na zona suspeita,
o Ministério da Agricultura divulgará as instruções para o reconhecimento, combate e
demais procedimentos em relação à doença ou praga em questão.
Art. 32. Será proibido o trânsito dentro da zona interditada e para fora dela, de
vegetais e partes de vegetais atacados, bem como de quaisquer objetos e até mesmo
veículos que não tenham sido desinfectados, susceptíveis de disseminar a doença ou
praga declarada.
Parágrafo único. Em se tratando de produtos para os quais a inspeção ou
tratamento, a juízo do Ministério da Agricultura, ofereça garantia suficiente contra a
disseminação da doença ou praga, poderá ser permitido o seu trânsito desde que os
mesmos venham acompanhados de certificados dos técnicos incumbidos da defesa
sanitária vegetal, atestando que foram inspecionados ou submetidos ao tratamento
prescrito.
Art. 33. Os proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer título de
estabelecimentos localizados em zona interditada, são obrigados, sob as penalidades
previstas neste regulamento, a executar, à sua custa e dentro das respectivas
propriedades e no prazo que lhes for cominado, todas as medidas de combate à
doença ou praga constantes deste regulamento e das instruções complementares que
o Ministério da Agricultura expedir, cuja aplicação lhes for determinada pelo técnico
incumbido da erradicação, com pessoal, material, aparelhos e utensílios de que
dispuserem ou que lhes forem fornecidos.

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Parágrafo único. No caso de se recusarem os proprietários ou ocupantes a
executar as medidas previstas neste artigo, ou as deixarem de executar no prazo
cominado, os funcionários incumbidos da defesa sanitária vegetal deverão aplicar
compulsoriamente as referidas medidas, por conta dos proprietários ou ocupantes.
Art. 34. Entre as medidas adotadas para a erradicação poderá o Ministério da
Agricultura incluir a destruição parcial ou total das lavouras, arvoredos ou matas
contaminadas ou passíveis de contaminação.

§ 1º Quando as plantas ou matas, cuja destruição for ordenada, ainda se


encontrarem indenes ou, embora contaminadas, ainda se mantiverem aptas ao seu
objetivo econômico, poderá ser arbitrada uma indenização ao seu proprietário,
baseada no custo de produção e levando-se em conta a depreciação determinada pela
doença ou praga, bem como o possível aproveitamento do material resultante da
condenação.
§ 2º As indenizações poderão consistir, em parte ou no todo, na substituição
das plantas destruídas por outras sadias e de qualidades recomendáveis para o lugar.
§ 3º Não terá o proprietário direito a indenização sempre que se apurar que a
doença ou praga, por sua natureza ou grau de intensidade, devesse causar a
destruição das plantações ou matas.
§ 4º Perderá direito a indenização todo o proprietário que houver infringido
qualquer dispositivo do presente regulamento ou das instruções especiais baixadas
para a erradicação.

Art. 35. O Governo Federal poderá entrar em acordo com o governo do Estado
ou do Município em cujos territórios houver irrompido a doença ou praga a erradicar
e dos Estados e Municípios circunvizinho ou mais diretamente ameaçados pela mesma,
para a execução das medidas de erradicação e custeio das despesas dela resultantes.

§ 1º A direção e fiscalização supremas dos trabalhos de erradicação de que


trata este artigo caberão, em todos os casos, ao Governo da União, por intermédio do
Ministério da Agricultura.
§ 2º Independente da conclusão de qualquer acordo, deverá o Ministério da
Agricultura aplicar desde logo as medidas de erradicação no território de qualquer
Estado ou Município, quando se trata de doença ou praga que obrigue a pronta
intervenção.

Art. 36. Quando se tratar de doença ou praga que já se encontre disseminada


a ponto de ser impossível a sua completa erradicação do país, competira
principalmente, aos governos estaduais e municipais diretamente interessados,
providenciar quanto as medidas de defesa agrícola a serem aplicadas nos respectivos
territórios visando a profilaxia e proteção das lavouras locais.
Parágrafo único. Ao Ministério da Agricultura caberá estimular e coordenar tais
trabalhos, prestando aos interessados, direta ou indiretamente, a necessária
assistência.
Art. 37. Em se tratando de doença ou praga que, embora mais ou menos
disseminada no país, exija, por sua importância econômica, medidas de caráter
rigoroso, poderá o Ministério da Agricultura equipará-la as de que tratam os artigos 29
e 34, baixando para tal fim as portarias que se fizerem necessárias.

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Art. 38. Sempre que os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou ocupantes,
a qualquer título, dos estabelecimentos agrícolas de uma determinada região
conjugarem esforços para o combate a uma doença ou praga que não passa ser
eficazmente combatida sem a generalização das respectivas medidas de controle a
uma área de determinada extensão, poderão dirigir-se ao Ministério da Agricultura,
solicitando- lhe, que declare obrigatório o combate à referida doença ou praga, dentro
de um perímetro circundando os seus estabelecimentos.

Art. 39. O Ministério da Agricultura verificará preliminarmente:

a) se a doença ou praga pode ser eficazmente combatida;


b) se o combate solicitado é realmente útil à lavoura da região;
c) se a área indicada é suficiente para o emprego eficaz das medidas profiláticas
e não excede às exigências das mesmas.

§ 1º O Ministério da Agricultura convidará os demais proprietários,


arrendatários, usufrutuários ou ocupantes, a qualquer título, de estabelecimentos sitos
na área na qual se pretende dar combate à doença ou praga a cooperarem
voluntariamente na execução das medidas e lhes determinará um prazo para
significarem a sua adesão.
§ 2º Findo o prazo, reunidas ou não novas adesões, o Ministério da Agricultura
acertará com os interessados a forma por que os mesmos devem dar aplicação às
medidas constantes das instruções complementares a este regulamento para o
combate da doença ou praga em questão, exigirá o compromisso escrito ou
testemunhado de que as executarão pela forma acordada e declarará obrigatório o
combate em apreço.
§ 3º O Ministério da Agricultura, por intermédio dos técnicos do Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal, orientará, auxiliará e fiscalizará os trabalhos dos que
houverem manifestado a sua adesão para o combate à doença ou praga e exigirá,
simultaneamente, a aplicação de medidas equivalentes por parte dos não aderentes.
§ 4º No caso de uns ou outros deixarem, de, executar as medidas que lhes
forem exigidas dentro do prazo combinado, deverá o Ministério da Agricultura praticá-
las compulsoriamente, por conta dos ocupantes dos terrenos, salvo a se forem os
mesmos notoriamente falhos de recursos.

Art. 40. O Ministério da Agricultura, dentro dos recursos orçamentários que lhe
forem atribuídos para esse fim e por todos os meios indicados pela técnica, pelas
condições locais e pela natureza e disseminação das doenças ou pragas, auxiliará os
ocupantes de terrenos ou suas associações, principalmente os situados nas zonas de
erradicação ou de combate, empregando maquinaria e aparelhamento não acessíveis
ao particular, fornecendo a baixo preço ou gratuitamente, se possível, máquinas,
inseticidas, fungicidas, utensílios, sementes e mudas sadias ou resistentes, etc.
Parágrafo único. Os particulares que voluntariamente se reunirem para o
combate de doenças ou pragas nas suas circunvizinhanças, terão preferência em todos
os auxílios que o Ministério da Agricultura puder proporcionar.
Art. 41. O Governo da União entrará em acordo com os governos locais para a
realização do combate dentro dos respectivos territórios.

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Art. 42. Fica proibida a expedição ou redespacho de plantas vivas ou partes
vivas de plantas, nos portos ou outras localidades em que existirem técnicos do Serviço
de Defesa Sanitária Vegetal, sem a apresentação da "permissão de transito" passada
pelos referidos técnicos, nas condições do art. 20 e parágrafos.
Parágrafo único. Os estabelecimentos que negociam com plantas e partes vivas
de plantas, para reprodução, poderão, a critério do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal, usar o "certificado de sanidade" disposto no art. 19, em substituição à
"permissão de trânsito".
Art. 43. Em nenhum caso as alfândegas, guardamorias, mesas de rendas e
companhias de transporte, dos lugares em que estiver proibido o livre trânsito de
plantas ou partes de plantas, permitirão o embarque ou despacho de plantas ou partes
vivas de plantas sem a autorização do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 44. Com o intuito de evitar a transmissão de determinada doença ou praga
a zonas de culturas ainda não infestadas poderá o Ministério da Agricultura determinar
rigorosas medidas preventivas e exigir que sejam desinfectados ou expurgados
determinados vegetais, partes de vegetais, sacaria vazia, outros objetos e até mesmo
veículos, que penetrem na referida zona não infestada e que sejam suscetíveis de
disseminar a doença ou praga.
Art. 45. As infrações deste, capitulo serão sujeitas as às seguintes penalidades:

a) multa de 200$ a 1:000$, aos proprietários, arrendatários ou ocupantes a


qualquer título dos estabelecimentos, a que se refere o art. 27, que impedirem ou
dificultarem os trabalhos de defesa sanitária vegetal;
b) multa de 300$ a 3:000$ para os proprietários de vegetais e partes de vegetais
e objetos suscetíveis de disseminar a doença ou praga, que infringirem as disposições
do art. 32 e parágrafo único;
c) multa de 200$ a 1:000$ aos proprietários, arrendatários, ou ocupantes a
qualquer título de propriedades localizadas em zona interditada, que se negarem a
executar as medidas de combate constantes deste regulamento e das instruções
complementares que o Ministério da Agricultura expedir, nos termos do art. 33 e
parágrafo único;
d) multa do 100$ a 1:000$ para os, que infringindo os §§ 3º e 4º, do art. 39,
deixarem de executar as medidas de combate determinadas pelos técnicos do Serviço
de Defesa Sanitária Vegetal;
e) multa de 200$ a 2:000$ para os particulares, empresas, e companhias de
transporte em geral, que depois de notificadas facilitarem ou executarem o transporte
de vegetais e partes de vegetais bem como de outros objetos sujeitos a inspeção,
desinfecção o expurgo, conforme prescrevem o art. 32. e parágrafo único e os arts.
42 e 44.

Art. 46. Nas instruções complementares a êste capítulo, expedidas com relação
a zonas de erradiação ou combate, serão estabelecidos o máximo e o mínimo das
penalidades que couberem por outras infrações.

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Capítulo V
EXPORTAÇÃO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 47. O Ministério da Agricultura, por intermédio do Serviço de Defesa


Sanitária Vegetal, concederá a quantos desejarem exportar para o estrangeiro,
vegetais ou partes de vegetais, como sejam: mudas, galhos estacas, frutos, sementes,
raízes, tubérculos, bulbos, rizomas, folhas, flores, etc., o certificado de sanidade da
sementeira ou plantação de origem e dos Produtos a serem exportados.

§ 1º Os certificados de origem e sanidade vegetal obedecerão aos modelos


aprovados pelo ministro da Agricultura.
§ 2º Poderá ser dispensado o certificado de sanidade para a exportação de
quaisquer dos produtos vegetais referidos neste artigo, quando destinados ao território
das nações com as quais o Brasil não se tenha comprometido a estabelecer tal
exigência, por acordo ou convenção internacional;

Art. 48. Os exportadores que pretenderem os certificados a que se refere o


artigo anterior deverão requerer com a necessária antecedência, ao Serviço de Defesa
Sanitária Vegetal, a inspeção da sementeira, plantação, etc., e, posteriormente, a dos
produtores que tencionem exportar.

§ 1º Nessas condições deverão ser realizadas duas inspeções pelos técnicos do


Serviço de Defesa Sanitária Vegetal: uma de sementeira ou plantação, no correr da
qual serão suficientemente verificadas as condições da cultura e identificados os
produtos a exportar, e outra por ocasião do embarque ou transporte dos referidos
produtos para o estrangeiro.
§ 2º Onde faltarem os técnicos indicados neste artigo, poderão essas inspeções
ser efetuadas por outros especialistas para esse fim designados pelo Ministério da
Agricultura.
§ 3º O Certificado de origem e sanidade vegetal será concedido aos vegetais e
parte de vegetais, inspecionados nas condições determinadas nos artigos anteriores e
encontrados, aparentemente, livres de doenças e pragas nocivas.

Art. 49. Serão comunicados aos representantes dos governos dos países
estrangeiros, acreditados no Brasil, e com função nos diferentes portos, as assinaturas
dos funcionários, técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, aos quais competira
firmar certificados.
Art. 50. O Ministério da Agricultura concederá o certificado de desinfecção ou
expurgo, por intermédio de estabelecimentos oficiais ou dos estabelecimentos
compreendidos nas alíneas b e c do art. 79 deste regulamento, para os produtos
vegetais destinados a exportação ou mesmo ao comercio no país.
Parágrafo único. Tais atestados deverão limitar-se a certificar o tratamento,
data e condições técnicas em que se realizou, não lhes competindo nenhum
pronunciamento direto sobre as condições de sanidade dos produtos.
Art. 51. Será aplicada a multa de 100$000 a 1:000$000, ao exportador de
vegetais e partes de vegetais, que procurar eximir-se das exigências estabelecidas
neste capitulo e em instruções completamente relativas a exportação,
independentemente de outras sanções a que possa ricas sujeito.

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CAPÍTULO VI
FISCALIZAÇÃO DE INSETICIDAS E FUNGICIDAS COM APLICAÇÃO NA
LAVOURA

Art. 52. Os fabricantes, importadores ou representantes de inseticidas e


fungicidas, com aplicação na lavoura, não poderão vende-los ou expo-los à venda,
sem o registro e licenciamento dos respectivos produtos ou preparados no Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal, nos termos dos artigos subseqüentes.
Art. 53. Para obter o registro e licença a que se refere o artigo anterior, deverão
os fabricantes, importadores ou representantes autorizados, apresentar ao serviço de
Defesa Sanitária Vegetal, um requerimento devidamente selado acompanhado do
seguinte:

a) amostras dos produtos ou preparados;


b) certidão de análise química realizada no Instituto de Química Agrícola ou
outra repartição oficial indicada pelo Serviço;
c) instruções para uso;
d) indicação da sede da fábrica ou estabelecimento;
e) marca comercial, si tiver, e outros esclarecimentos que se tornarem
necessários.

§ 1º O requerente, nos Estados, poderá encaminhar seu pedido por intermédio


das Inspetorias de Defesa Sanitária Vegetal ou das Inspetorias Agrícolas Federais.
§ 2º O registro será valido por cinco anos, devendo os interessados renová-lo
obrigatoriamente, decorrido esse prazo.
§ 3º Qualquer alteração na composição dos produtos ou preparados já
registrados obrigara a novo pedido de registro.
§ 4º Para os efeitos deste regulamento, ficam equiparadas as firmas comerciais
as associações cooperativas reconhecidas pelo Governo Federal.

Art. 54. Verificado que os produtos ou preparados correspondem as condições


de pureza, inocuidade, praticabilidade, eficácia e composição declaradas, serão os
mesmos registrados no Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, sendo expedida a licença
para efeito do art. 52.

§ 1º Será negada licença aos produtos ou preparados que, embora inócuos,


estejam, por sua composição, em desacordo com os conhecimentos existentes sobre
o valor terapêutico de seus componentes.
§ 2º - A licença expedida de acordo com este artigo não exime os produtos ou
preparados das exigências do Departamento Nacional de Saúde Publica.

Art. 55. O serviço de Defesa Sanitária Vegetal procedera aos ensaios que se
fizerem necessários quanto a praticabilidade e eficácia dos produtos e preparados,
solicitando, sempre que for conveniente, a colaboração cientifica do Instituto de
Biologia Vegetal e de outras repartições.

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§ 1º - Havendo necessidade ensaios que não possam ser realizados com os
recursos da repartição, caberá aos interessados fornecer os elementos indispensáveis
a esse fim.
§ 2º Preenchidas pelos interessados as formalidades do art. 53, poderá o
Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, si previr demora na conclusão dos ensaios
estabelecidos no artigo anterior, conceder um licenciamento provisório para ser o
produto ou preparado exposto à venda até que se torne efetivo o seu registro.

Art. 56. Os inseticidas e fungicidas não poderão ser vendidos ou expostos á


venda sem que tragam externamente, em etiquetas, bulas, rótulos ou invólucros, as
seguintes declarações:

a) nome e marca comercial do produto ou preparado;


b) declaração dos princípios ativos que contém e respectivas percentagens;
c) peso bruto e peso liquido, expressos no sistema decimal;
d) doses e indicações relativas ao uso;
e) firma e sede dos fabricantes e importadores;
f) declaração de registro de acordo com o art. 59, deste regulamento;
g) emblema exigido pelo Departamento Nacional de Saúde Pública para as
substâncias tóxicas.

§ 1º Não serão permitidas as declarações falsas ou exageradas quanto à eficácia


dos produtos ou preparados.
§ 2º Cada revendedor que negociar com os referidos produtos deverá carimbá-
los ou colar ao vasilhame um pequeno rótulo contendo a sua firma comercial e o
endereço da mesma.
§ 3º Será exigido de fabricantes, importadores e revendedores, embalagem
condizente com os interesses do agricultor, á juízo do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal.

Art. 57. No ato da apresentação do requerimento a que se refere o artigo 53,


cobrará o Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, por produto ou preparado, a taxa fixa
de 100$000.
Parágrafo único. As importâncias recebidas serão recolhidas aos cofres públicos,
de conformidade com a legislação em vigor.
Art. 58. Indeferido o pedido de registro e licenciamento, poderá ainda o
interessado, a critério do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, submeter a novo exame
o produto ou preparado.
Art. 59 - Nas bulas, etiquetas, anúncios ou quaisquer publicações referentes a
inseticidas e fungicidas, só poderá ser usada, quanto ao registro dos mesmos, a
expressão "Registrado em.............. de.......... 193......... sob o n............ pelo Serviço
de Defesa Sanitária Vegetal".
Art. 60. Os produtos químicos ou substâncias de uso generalizado nas indústrias
e outros misteres, quando destinados a venda como inseticidas ou fungicidas, ficam
igualmente sujeitos ao registro e licenciamento de que trata este capítulo.
Art. 61. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, ouvido o Instituto de Química
Agrícola, determinará, oportunamente, os limites para as percentagens de substâncias

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úteis, matérias inertes e impurezas admitidas nos produtos químicos e outras
substâncias vendidas ou expostas á venda como inseticidas ou fungicidas.
Art. 62. Os produtos químicos vendidos ou expostos á venda como inseticidas
ou fungicidas com aplicação na lavoura, sem adições ou manipulações especiais que
lhes modifiquem o modo de ação ou emprego, não podem trazer outra denominação
si não a usual, científica ou vulgar.
Art. 63. As funções atinentes á fiscalização de inseticidas e fungicidas com
aplicação na lavoura serão exercidas pelos técnicos do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal e ainda pelos de outras repartições do Departamento Nacional da Produção
Vegetal para esse fim designados.
Art. 64. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, por intermédio dos funcionários
incumbidos da fiscalização de inseticidas e fungicidas, nos termos do artigo anterior,
procederá, sempre que for necessário, à tomada de amostras de preparados ou
produtos vendidos ou expostos à venda como inseticidas ou fungicidas com aplicação
na lavoura, quer para efeitos de registro, quer para a posterior fiscalização dos
mesmos, podendo para tal fim solicitar a colaboração do Instituto de Química e de
outras repartições.
Parágrafo único. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, em sua função
fiscalizadora, tomará conhecimento de toda e qualquer infração e este regulamento,
que lhe for comunicada, quer por funcionários, quer por estranhos ao serviço público,
apurando a responsabilidade dos culpados.
Art. 65. Para efeitos da fiscalização, as análises dos inseticidas e fungicidas com
aplicação da lavoura poderão ser executadas, nos Estados, pelos laboratórios federais
e ainda pelos estaduais e municipais, mediante acordos com os respectivos Governos.
Parágrafo único. Na execução dessas análises serão seguidos os métodos
indicados pelo Instituto de Química Agrícola e mandados adotar pelo Ministério da
Agricultura.
Art. 66. O Serviço de Defesa Sanitária Vegetal condenará os produtos ou
preparados cujos exames revelarem falsificação ou deficiência em seus elementos
componentes, ou ainda si contiverem quaisquer substâncias nocivas às plantas,
independentemente das sanções previstas neste regulamento.
Art. 67. Compete aos funcionários incumbidos da fiscalização de inseticidas e
fungicidas proceder à apreensão, inutilização ou destruição, nos termos do artigo
anterior, sendo lavrado um termo assinado pelo funcionário que efetuar a diligência,
pelo dono do estabelecimento, e, na sua falta, se possível, por duas testemunhas.
Parágrafo único. A inutilização não se fará se o produto puder servir para outro
fim, a juízo do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, desde que, paga a multa, se
responsabilize o proprietário a dar-lhe o destino que for indicado.
Art. 68. Os funcionários incumbidos da fiscalização de inseticidas e fungicidas
poderão declarar interditas uma parte ou a totalidade do produto ou preparado, que
não poderá ser removido até ulterior decisão do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 69 Aos fabricantes, importadores, representantes, depositários ou
negociantes de inseticidas e fungicidas com aplicação na lavoura, já existentes na data
da publicação deste regulamento, será concedido um prazo de 3 a 12 meses para o
cumprimento das exigências deste capítulo, findo o qual ficarão sujeitos às penalidades
estabelecidas no artigo 72 letra a.

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Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo não se refere a inseticidas o
fungicidas de marcas a serem introduzidas no mercado posteriormente à publicação
deste regulamento, os quais deverão ser previamente registrados e licenciados.
Art. 70. Os funcionários incumbidos da fiscalização de inseticidas e fungicidas,
mediante a apresentação da carteira de identidade de funcionário do Ministério da
Agricultura, terão entrada livre nas fábricas, armazéns, depósitos e outros
estabelecimento comerciais em que sejam fabricados, manipulados ou vendidos
inseticidas ou fungicidas com aplicação na lavoura, para a fiscalização e tomada de
amostras dos produtos ou preparados e demais providências decorrentes da execução
do presente regulamento.
Art. 71. O Ministério da Agricultura entrará em entendimento com o Ministério
da Fazenda no sentido de ser concedida redução nas taxas de importação de
inseticidas fungicidas com aplicação na lavoura é, bem assim, para as matéria primas
empregadas no preparo dos mesmos.

§ 1º Só gozarão dos favores e vantagens aduaneiras eventualmente vigentes


na data da importação, os importadores de inseticidas e fungicidas com aplicação na
lavoura, cujos nomes figurarem no registro de que trata este capítulo.
§ 2º O Ministério da Agricultura reserva-se o direito de fiscalizar a aplicação
dada aos produtos ou preparados importados com redução de direitos nos termos
deste artigo, comunicando ao Ministério da Fazenda as irregularidades observadas
para efeito da anulação dos favores e vantagens aduaneiras de que trata o parágrafo
anterior, além da imposição de outras penalidades.

Art. 72. As infrações a este capítulo serão sujeitas às seguintes penalidades:

a) - multa de 100$000 a 1:000$000 a quem vender ou expuser à venda


inseticidas ou fungicidas com aplicação na lavoura sem o necessário registro de
licenciamento;
b) - multa de 100$000 a 1:00$000 aqueles que expuserem à venda inseticidas
ou fungicidas com aplicação na lavoura sem as declarações constantes do art. 56 ou
que de qualquer forma infringirem os §§ 1º, 2º e 3º do referido artigo;
c) - multa de 500$000 a 5:000$000 aos que falsificarem, venderem ou tentarem
vender inseticidas ou fungicidas com aplicação na lavoura, iludindo ou tentando iludir
o comprador, seja quanto a natureza, qualidade, autenticidade, origem ou procedência
dos referidos produtos, seja quanto à sua composição, alterada ou deficiente em
elementos úteis, ou ainda dando-lhes nomes que pelo uso pertençam a outras
substâncias;
d) multa de 500$ a 5:000$ àqueles que fizerem desaparecer os produtos ou
preparados interditados ou condenados, em virtude deste regulamento;
e) multa de 500$ a 3:000$ aos fabricantes, representantes, depositários e
negociantes de inseticidas e fungicidas com aplicação na lavoura, que se opuserem ao
cumprimento do disposto no art. 70;
f) multa de 100$ a 500$ aos que auxiliarem os infratores, ou de qualquer forma
infringirem as disposições deste capítulo.

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Art. 73. A critério do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, em virtude de
irregularidades verificadas, além das multas impostas, poderá ser cassada a licença de
que trata este capítulo.
Art. 74. Independentemente das sanções estabelecidas nos artigos 72 e alíneas
e 73, poderão os funcionários encarregados da fiscalização do inseticidas a fungicidas
proceder, no caso do art. 66, e em outros casos especiais, a imediata apreensão,
inutilização ou destruição dos produtos ou preparados que infligirem os dispositivos
deste capítulo, sem que ao infrator assista direito à indenização.
Art. 75. Poderá o Governo Federal entrar em entendimento e assinar acordos
com os governos estaduais para efeito apenas da fiscalização do comércio de
inseticidas e fungicidas, com aplicação na lavoura.

CAPÍTULO VII
DESINFEÇÃO DE VEGETAIS E PARTES DE VEGETAIS

Art. 76. Ao Serviço de Defesa Sanitária Vegetal compete orientar, superintender


e fiscalizar os trabalhos de fumigação, expurgo ou desinfecção de vegetais e partes de
vegetais, tendo como finalidade a defesa sanitária da produção agrícola.
Art. 77. Fica estabelecida a obrigatoriedade da desinfecção ou expurgo dos
cereais, grãos, leguminosos e sementes de algodão, destinados à exportação para o
estrangeiro, devendo tais produtos ser acompanhados do respectivo certificado
expedido de conformidade com o disposto no § 1º do art. 79.

§ 1º, Para isso, o Ministério da Agricultura promoverá a criação e regulará o


funcionamento de estações ou postos de desinfecção ou expurgo de plantas e produtos
agrícolas nos principais portos e centros comerciais do país.
§ 2º A obrigatoriedade tornar-se-á efetiva à medida que forem aparelhados,
para esses trabalhos, os portos ou centros comerciais do país e poderá estender-se,
em virtude de portaria do Ministério da Agricultura e mediante sugestão do Conselho
Nacional de Defesa Agrícola, ao comércio interestadual.
§ 3º O Ministério da Agricultura poderá, ainda, estender a medida a outros
produtos da lavoura e a materiais de acondicionamento, nas condições do parágrafo
anterior.

Art. 78. As alfândegas e mesas de rendas da República não permitirão a


exportação ou o trânsito interestadual de cereais, grãos, leguminosos, sementes de
algodão, sacaria usada e outros produtos que sejam sujeitos à desinfecção ou expurgo
obrigatório, nos termos do artigo anterior, sem que lhes seja presente, por ocasião
dos despachos, o respectivo certificado expedido pela autoridade competente.
Art. 79. As estações ou postos, de que trata o § 1º do art. 77, deverão ser
registrados e fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, podendo ser:

a) estabelecimentos federais, diretamente subordinados ao Ministério da


Agricultura;
b) estabelecimentos estaduais ou municipais, funcionando por concessão ou,
em casos especiais, por delegação temporária do Governo Federal;
c) estabelecimentos funcionando por concessão do Ministério da Agricultura às
empresas de estradas de ferro, de exploração de portos, sindicatos, cooperativas,

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sociedades agrícolas, associações comerciais, ou empresas particulares, que se
proponham a fundar e manter estações ou postos de desinfecção ou expurgo, de
acordo com este regulamento.

§ 1º Somente poderão fornecer o certificado de que trata o art. 77, as estações


e postos de desinfecção de plantas e produtos agrícolas federais a os estabelecimentos
compreendidos nas letras b e c do art. 79, devidamente registrados no Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal.
§ 2º As concessões e delegações de que cogitam as letras b e c deste artigo
não poderão ser substabelecidas sem prévia autorização do Ministério da Agricultura.

Art. 80. O pedido de registro e fiscalização deverá ser acompanhado de plantas


ou esquemas das instalações e conter informações completas sobre a capacidade das
mesmas, processos a empregar, natureza dos produtos a tratar e quaisquer outros
esclarecimentos que se tornarem necessários.
Art. 81. Aos estabelecimentos já existentes e em funcionamento no país na data
da publicação deste regulamento será dado um prazo do 3 a 12 meses para
requererem o registro e fiscalização necessários à validade dos certificados de
desinfecção ou expurgo.
Art. 82. Para a obtenção do registro deverão as estações ou postos de
desinfecção ou expurgo preencher integralmente, quanto às suas instalações e
funcionamento, as exigências estabelecidas neste regulamento.
Art. 83. As câmaras da desinfecção ou expurgo instaladas para uso privativo
dos proprietários estão isentas de registro, ficando, porém, sujeitas à fiscalização e à
observância das disposições que dizem respeito à segurança pessoal.
Parágrafo único. A fiscalização a que se refere o presente artigo será gratuita,
devendo, no entanto, os proprietários facultarem as inspeções e esclarecimentos
necessários.
Art. 84. O Ministério da Agricultura fixará, prévia e periodicamente, as taxas do
registro e fiscalização a serem cobradas das estações ou postos de desinfecção ou
expurgo de plantas e produtos agrícolas em funcionamento no país.

§ 1º A taxa de registro será paga no ato, variando com a classificação das


estações ou postos, e a de fiscalização será paga mensalmente e relativa ao
movimento de cada mês anterior, incidindo sobre os trabalhos de desinfecção ou
expurgo, expurgo e beneficiamento e de armazenagem, por unidade.
§ 2º As estações ou postos dos governos estaduais e municipais ficam sujeitos
unicamente a taxa de fiscalização.
§ 3º Fica isento do pagamento da taxa de fiscalização o expurgo de sacaria
vazia feito pelos governos estaduais e municipais.
Art. 85. As rendas provenientes das taxas de registro e fiscalização e as
arrecadadas pela Estação de Desinfecção de Plantas e Produtos Agrícolas no Distrito
Federal e por outras federais, serão recolhidas aos cofres públicos.

Art. 86. As estações ou postos de que cogita o art. 79 serão classificadas nas
classes A. e B.

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§ 1º Serão considerados da classe A os estabelecimentos que dispuserem de
aparelhamento para os trabalhos de desinfecção ou expurgo e de beneficiamento e da
classe B aqueles somente aparelhados para os trabalhos de desinfecção ou expurgo.
§ 2º Mediante acordo com outras repartições do Departamento Nacional da
Produção Vegetal, estabelecimentos da classe A poderão ter anexa uma secção de
classificação.

Art. 87. As câmaras para desinfecção ou expurgo devem preencher, na sua


construção ou montagem, entre outros, os seguintes requisitos:

a) não permitirem, quando em funcionamento, o escapamento dos gases;


b) serem dotadas de aparelhamento que permita a perfeita aplicação e
distribuição dos inseticidas, sem perigo para os operadores;
c) facultarem, após o expurgo, sem perigo de acidentas, a retirada dos gases
utilizados e a renovação do ar interior.

Art. 88. Nas câmaras em que se tornar necessária a iluminação artificial, para a
carga ou descarga, esta só poderá ser feita a eletricidade, obedecidas rigorosamente
as exigências técnicas.
Art. 89. As câmaras devem ser localizadas à distância mínima de 50 metros de
outras edificações.
Parágrafo único. Esta exigência poderá ser dispensada a critério do Serviço de
Defesa Sanitária Vegetal, desde que o escapamento dos gases se de a uma altura
mínima de 5 metros acima das edificações compreendidas num raio de 50 metros.
Art. 90. As câmaras de expurgo, quanto ao seu funcionamento, obedecerão à
seguinte classificação:

a) câmaras funcionando a vácuo;


b) câmaras sem vácuo.

Art. 91. As câmaras funcionando a vácuo devem, por sua natureza, ser
construídas com material que assegure a resistência à pressão atmosférica e a perfeita
impermeabilização de suas paredes.
Parágrafo único. A forma dessas câmaras deve obedecer, tanto quanto possível,
a moldes que assegurem a homogênea distribuição da pressão atmosférica e dos gases
inseticidas.
Art. 92. As câmaras sem vácuo poderão ser construídas de qualquer material,
desde que preencham as exigências dispostas nas letras a, b e c do art. 87.
Art. 93. As câmaras funcionando a vácuo serão dotadas de depósitos de
inseticidas instalados de maneira que somente após o fechamento e feito o vácuo seja
introduzido o inseticida no interior das mesmas.
Art. 94. As câmaras de funcionamento sem vácuo deverão, igualmente, ser
providas de depósitos para inseticidas com dispositivos para que a respectiva carga
seja feita do exterior e após o fechamento das mesmas.
Art. 95. Para efeito do disposto na letra c do art. 87, as câmaras referidas no
artigo anterior deverão ser providas de exaustores, dispensando-se esta instalação nas
câmaras a vácuo, por funcionarem como tal as bombas que o produzem.

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§ 1º As câmaras dotadas de aparelhamento para produção do gás cianídrico
devem ser munidas, para a exaustão, de tanques de neutralização do gás, podendo
essa exigência ser dispensada, a critério do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, de
acordo com as condições locais.
§ 2º Nas câmaras sem vácuo, localizadas fora dos edifícios e, pelo menos, a 50
metros de distância de habitações, poderá ser dispensada a instalação de exaustores,
desde que sejam providas de aberturas que permitam, após o funcionamento, a saída
dos gases e o indispensável arejamento.
§ 3º Quando se tornar necessária a entrada na câmara antes da completa
exaustão e arejamento, esta só poderá ser levada a efeito por duas pessoas, no
mínimo, devidamente protegidas por máscaras contra gases.
§ 4º Para o cumprimento do disposto no parágrafo anterior, todos os postos
deverão possuir pelo menos, duas máscaras contra gases e regular suprimento de
filtros apropriados e medicamentos para socorros de urgência.

Art. 96. Para a expedição dos certificados de desinfecção ou expurgo, os


estabelecimentos, qualquer que seja a sua categoria, deverão dispor de câmaras que
satisfaçam as condições prescritas nos arts. 87 a 95.
Parágrafo único. Para a expedição do certificado de expurgo e beneficiamento,
as estações ou postos deverão dispor, ainda, de instalações necessárias à retirada
dasimpurezas.
Art. 97. Os armazéns onde se acham instaladas as máquinas de beneficiamento
devem ser, obrigatoriamente, providos de exaustores de pó e renovadores de ar, afim
de salvaguardar a saúde das pessoas que neles trabalham.
Parágrafo único. Esta exigência será dispensada quando os aparelhos de
beneficiamento dispuserem de aspiradores.
Art. 98. Os métodos de desinfecção ou expurgo e beneficiamento, tipos do
aparelhos e reagentes a adotar nos estabelecimentos registrados, serão determinados
pelo Ministério da Agricultura, com a proibição expressa de emprego de processos que
não tenham sido previamente submetidos à sua aprovação.

§ 1º Fica permitido o emprego do bisulfureto de carbono e do ácido cianídrico


para a desinfecção em câmaras, além de outros reagentes de reconhecida eficácia e
aprovados pelo Serviço de Defesa Sanitária Vegetal.
§ 2º Fica igualmente permitida a desinfecção pelo calor e por imersão em
banhos químicos, observadas as disposições a elas referentes.
§ 3º A utilização de outros processos fica dependente de prévia autorização do
Ministério da Agricultura, após a verificação da conveniência do seu emprego.

Art. 99. O bisulfureto de carbono a ser utilizado no expurgo de cereais, grãos


Ieguminosos, sementes de algodão e outros produtos da lavoura, deverá ter a
densidade de 1,27 a temperatura de 15º C, e não conter resíduos apreciáveis de
enxofre, de ácido sulfúrico, de gás sulfuroso, de gás sulfídrico e de água.
Art. 100. O ácido cianídrico, respeitadas as disposições do Decreto nº 20.452,
de 28 de setembro de 1931, será empregado em estado gasoso, líquido, ou preparado
com substâncias inertes, de preferência sob pressão e de mistura com substâncias
estabilizadoras irritantes que revelem a sua presença.

23
§ 1º A exigência da mistura com substâncias estabilizadoras e irritantes,
referidas neste artigo, só poderá ser dispensada quando a produção e o emprego do
gás se der em aparelhamento que o distribua diretamente às câmaras de expurgo.
§ 2º O emprego do gás cianídrico pela reação do ácido sulfúrico sobre o
cianureto de sódio ou de potássio, e, bem assim o do ácido cianídrico líquido, fica
restrito aos estabelecimentos que dispuserem do necessário aparelhamento.
§ 3º O ácido cianídrico líquido deve ter no mínimo 95% de pureza e ser isento
de sais alcalinos, ácido sulfúrico, ácido nítrico e clorina livre.
§ 4º Fica proibido o uso, nas estações de desinfecção ou expurgo, do gás
cianídrico obtido pelo processo chamado de "vasilha", tendo-se em vista os perigos
decorrentes desse processo.

Art. 101. O expurgo por meio do calor só poderá ser realizado em


aparelhamento que mantenha temperatura constante e regulável.
Art. 102. Os certificados de expurgo e de expurgo e beneficiamento, quando
referentes a mercadorias destinadas ao estrangeiro, poderão ser expedidos, si houver
conveniência, em português e francês ou português e inglês.
Art. 103. O certificado de desinfecção ou expurgo será válido pelo prazo do 90
dias, contados da data em que foi realizada a desinfecção.
Art. 104. Nenhuma responsabilidade caberá ao estabelecimento que realizar a
desinfecção ou expurgo pelas infestações ou contaminações que forem verificadas,
dentro desse prazo, nas mercadorias portadoras de certificados:

a) quando forem depositadas com outras não tratadas;


b) quando armazenadas em depósitos não desinfectados;
c) quando transportadas com outras mercadorias infestadas ou contaminadas;
d) quando transportadas em vagões, porões de navios, etc., não desinfectados.

Art. 105. O certificado de desinfecção ou expurgo não supre nem substituem o


certificado de origem e sanidade vegetal.
Art. 106. O expurgo ou desinfecção de plantas vivas, partes vivas de plantas e
de produtos vegetais importados, poderá também ser realizado nas estações ou postos
que dispuserem do necessário aparelhamento, devendo o Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal determinar o tratamento a ser efetuado.
Art. 107. Sempre que se tratar de desinfecção ou expurgo de sementes
destinadas ao plantio, deverão as estações ou postos providenciar afim de que não
seja prejudicado o valor germinativo das sementes, procedendo, quando necessário,
a ensaios de germinação.
Art. 108. Nos volumes desinfectados ou expurgados, destinados à exportação,
será aposta, em tinta indelével, bem visível, a marca da estação ou posto que realizou
o tratamento e a localidade.
Parágrafo único. Esta marca, quando a mercadoria for acondicionada em sacos,
será aposta sobre a costura da boca.
Art. 109. Os estabelecimentos oficiais e os registrados, estaduais, municipais ou
particulares, ficam obrigados a remeter, mensalmente, boletins demonstrativos do seu
movimento, organizados de acordo com as instruções do Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal.

24
Art. 110. Os preços a serem cobrados pelas estações ou postos para os
trabalhos de desinfecção ou expurgo, e expurgo o beneficiamento e de armazenagem,
deverão ser previamente submetidos à aprovação do Ministério da Agricultura e serão
fixados:

a) por saco infracionável de 60 quilos - para os cereais, grãos leguminosos e


outras sementes de peso equivalente;
b) pela cubagem - para plantas vivas, frutas, sementes de algodão, de capins e
outros produtos acondicionados em caixas, engradados, encapados, amarrados, sacos,
etc.;
c) por unidade - para sacaria vazia.

§ 1º - A taxa de armazenagem recairá sobre a mercadorias que não tiver sido


retirada dentro de 48 horas, após a notificação da completa execução do trabalho, e
será cobrada por mês infracionável, iniciado em qualquer data.
§ 2º As taxas de desinfecção ou expurgo e de expurgo e beneficiamento
variarão com o número de volumes que constituir o lote, podendo ser gradativos.
§ 3º O lote será formado pela quantidade de produtos da mesma natureza e
marca, compreendidos na mesma remessa.
§ 4º No caso do lote ser constituído por volumes de peso inferior ou superior
ao da unidade fixada, o peso total será apurado é dividido por 60 para a cobrança da
importância respectiva.

Art. 111. As taxas de que trata o art. 110 serão cobradas pelas estações ou
postos da seguinte forma:

a) as de desinfecção ou expurgo e as de expurgo e beneficiamento, após a


comunicação de estar pronta a mercadoria;
b) a taxa de armazenagem, mensalmente, após o vencimento, ou no ato da
retirada da mercadoria armazenada.

Art. 112. Nenhuma mercadoria poderá ser retirada das estações ou postos de
desinfecção ou expurgo sem prévio pagamento das taxas referidas nas alíneas a e b
do artigo precedente.
Parágrafo único. As mercadorias responderão pelo pagamento das taxas acima
referidas.
Art. 113. Nenhuma mercadoria destinada a desinfecção ou expurgo e
beneficiamento será recebida nas estações ou postos sem que seja acompanhada da
respectiva carta de remessa, conformando-se o interessado com as diferenças que,
por ventura, resultem do tratamento ou beneficiamento a que for submetida.

§ 1º No ato do recebimento, a mercadoria será conferida, sendo então passado


o recibo ao entregador, com as indicações necessárias à sua identificação.
§ 2º Será obrigatória a pesagem, no ato da entrega, de toda a mercadoria
destinada ao beneficiamento.

25
Art. 114. A armazenagem dos produtos desinfectados ou expurgados será feita
em condições de assegurar-lhes a conservação e em compartimentos isolados, de
modo que seja evitada a reinfestação.
Art. 115. As estações ou postos, funcionando em virtude de acordos celebrados
entre o Ministério da Agricultura e os governos estaduais e municipais ficam, como os
demais, sujeitas às prescrições deste regulamento, podendo, nos casos de delegação,
ser isentadas de fiscalização permanente.
Parágrafo único. As delegações ou acordos não importam em proibição do
funcionamento das estações já existentes no Estado, sob fiscalização do Ministério da
Agricultura.
Art. 116. Sempre que em determinada zona for necessária a instalação de uma
estação e não convier ao Governo delegado fundá-la, poderá o Ministério da
Agricultura fazê-lo ou permitir sua instalação, nos termos das letras b e c do art. 79
deste regulamento.
Art. 117. As funções atinentes à fiscalização das estações ou postos de
desinfecção ou expurgo de plantas e produtos agrícolas serão exercidas pelos técnicos
do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal e ainda pelos de outras repartições do
Departamento Nacional da Produção Vegetal para esse fim designados.
Art. 118 As infrações deste capítulo serão sujeitas às seguintes penalidades,
graduadas conforme a gravidade das infrações:

a) advertência, por escrito, pelos técnicos encarregados da fiscalização, ou pelo


chefe da 2ª Secção Técnica do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal;
b) multa de 300$ a 3:000$000;
c) declaração, pelo diretor da Defesa Sanitária Vegetal, de invalidade dos
certificados por tempo determinado ou cancelamento definitivo da licença;
d) multa de 1:000$ a 5:000$ para os estabelecimentos que, não estando
devidamente autorizados pelo Ministério da Agricultura, expedirem os certificados de
desinfecção ou expurgo estabelecidos pelo art. 77 e seus parágrafos ou que,
submetidos a uma das penalidades estabelecidas na alínea c deste artigo, continuarem
expedindo os referidos certificados.
Art. 119. A aplicação de qualquer das penalidades aludidas no artigo anterior
não exime o responsável do que, com referência a segurança pessoal, possam dispor
outras leis, decretos e regulamentos.

CAPÍTULO VIII
CONSELHO NACIONAL DE DEFESA AGRÍCOLA

Art. 120. Fica instituído, no Ministério da Agricultura, o Conselho Nacional de


Defesa Agrícola, que terá por fim:

a) estudar e propor ao ministro as medidas de defesa sanitária vegetal


complementares e previstas neste regulamento, e, bem assim, outras que se fizerem
necessárias;
b) manifestar-se sobre casos omissos e interpretações relativas a execução do
presente regulamento;
c) julgar em grau de recurso as penalidades aplicadas por infração deste
regulamento.

26
Art. 121. O Conselho Nacional de Defesa Agrícola compor-se-á de membros
permanentes e consultivos.

§ 1º Serão membros permanentes:

a) Ministro da Agricultura;
b) Diretor-Geral do Departamento de Defesa e Inspeção Agropecuária;
c) Diretor do Serviço de Defesa Sanitária;
d) Diretor do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários e Materiais
Agrícolas;
e) Diretor do Serviço de Padronização e Classificação;
f) Diretor do Serviço de Produção e Semelhantes Mudas;
g) Diretor da Divisão de Fitotecnia. Alterado pelo Decreto nº 55817 de
08/03/1965

§ 2º Serão membros consultivos os demais diretores, assistentes chefes e


outros funcionários de repartições técnico-agrícolas do Ministério da Agricultura, que
só comparecerão quando convocados pelo presidente em exercício.
§ 3º Servirá de secretário do Conselho Nacional de Defesa Agrícola o funcionário
que for designado pelo ministro.

Art. 122. O Conselho Nacional de Defesa Agrícola reunir-se-á em dia, hora e


local previamente determinados, sob a presidência do ministro, ou, na sua ausência,
do diretor geral do Departamento Nacional da Produção Vegetal, que, nos seus
impedimentos, será substituído pelo membro mais graduado.
Art. 123. Todas as deliberações do Conselho Nacional de Defesa Agrícola serão
tomadas por maioria de votos dos membros permanentes.
Art. 124. Sobre questões propostas ao Conselho que suscitarem divergências,
cada um de seus membros deverá consignar por escrito a sua opinião, que constará
da ata a ser submetida ao ministro, o qual poderá livremente adotar qualquer das
opiniões expendidas.
Art. 125. O Conselho se reunirá com a maioria de seus membros e, não se
tratando de assunto urgente, no caso do artigo anterior poderá ser remetida ao
membros ausentes sessão a cópia da ata, para que estes manifestem a sua opinião
sobre e os assuntos debatidos dentro de quarenta oito horas.
Parágrafo único. As decisões tomadas relativamente a recursos ao Conselho
serão publicadas no Diário Oficial.
Art. 126. As decisões tomadas, quer na forma do art. 123, quer na do 124,
serão comunicadas aos funcionários encarregados de sua direta execução, por
intermédio do diretor membro do Conselho, a que os mesmos sejam hierarquicamente
subordinados.

CAPÍTULO IX
PENALIDADES E PROCESSO ADMINISTRATIVO DAS INFRAÇÕES

Art. 127. As infrações aos dispositivos deste regulamentos que não tiverem
penalidades especificadas, serão punidas com a multa de 100$000 a 1:000$000.

27
Art. 128. As penalidades estabelecidas no presente regulamento não excluem a
desnaturação, sequestro ou destruição dos vegetais e partes de vegetais
contaminados, a cobrança executiva de trabalhos realizados compulsoriamente, nem
a aplicação de outras medidas, da competência dos poderes locais e que tiverem de
ser instituídas, por acordo com o Governo Federal, para a perfeita execução do
regulamento.
Art. 129. As multas serão aplicadas pelo funcionário que verificar a infração e
for responsável pela fiscalização.
Art. 130. As multas serão impostas, à vista de denúncia de particular, dada por
escrito, selada, e com a firma reconhecida, cuja procedência tenha sido verificada, ou
em virtude de auto de infração, lavrado por funcionário técnico incumbido da
execução.
Parágrafo único. A denúncia deve ser acompanhada amostras ou outros
esclarecimentos que a autentifiquem ou permitam suspeitar de sua procedência.
Art. 131. O auto de infração será lavrado por funcionário técnico responsável
pela execução, com a precisa clareza, não conterá entrelinhas, rasuras, emendas ou
borrões, e relatará minuciosamente a ocorrência, indicando o local, dia e hora do
lavramento, bem como o nome do infrator, o das testemunhas e tudo mais que ocorrer
na ocasião e possa esclarecer o processo.

§ 1º A ausência de testemunhas e a recusa em assinar, de parte das que


existirem, e do proprietário, consignatário ou condutor de mercadoria, ou do infrator,
não invalidarão o auto, cumprindo, porém, que dessas circunstâncias seja feita menção
especial.
§ 2º Se as testemunhas, o proprietário, o consignatário, o condutor ou o
responsável pela mercadoria, ou o infrator, não souberem assinar, poderão outras
pessoas assinar por eles, declarando, cada uma, em nome de quem assina.
§ 3º As incorreções ou omissões do auto não acarretarão a nulidade do
processo, quando deste constarem elementos suficientes para determinar com
segurança a infração e o infrator.
§ 4º Os autos deverão ser sempre apresentado à assinatura dos autuados ou
seus representantes, não implicando a assinatura, que poderá ser lançada sob
protesto, em confissão da falta arguida.

Art. 132. Iniciado o processo, terá o interessado, vista do mesmo, por cinco
dias, na sede da repartição do Ministério da Agricultura, estabelecida no local da
infração ou mais próximo a ele.
Art. 133. Findo o prazo estabelecido no artigo anterior, será ainda concedido
um prazo de cinco dias, dentro do qual poderá o infrator apresentar recurso, mediante
prévio depósito da multa no Tesouro Nacional, suas delegacias, alfândegas ou
coletorias federais.
Parágrafo único. Terminado o prazo indicado neste artigo, não tendo o infrator
recorrido, será lavrado o termo de perempção, sendo o processo igualmente
encaminhado ao Conselho Nacional de Defesa Agrícola.
Art. 134. Caberá ao Conselho Nacional de Defesa Agrícola julgar, em grau de
recurso, todas as penalidades aplicadas por infrações a este regulamento.
Art. 135. Quando confirmada pelo Conselho Nacional de Defesa Agrícola a
penalidade imposta em virtude de infração a dispositivos deste regulamento e, não

28
tendo o infrator depositado previamente a importância correspondente à multa, ser
lhe-á concedido o prazo de 15 dias para recolhê-la aos cofres públicos, findo o qual,
será a mesma cobrada judicialmente.

CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIA

Art. 136. As funções técnico-administrativas atinentes à defesa sanitária vegetal


e constantes deste regulamento serão exercidas pelo Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal.

§ 1º Outras repartições técnicas do Ministério da Agricultura poderão colaborar


na execução das funções de defesa sanitária vegetal, mediante determinação especial
do citado Ministério.
§ 2º Na hipótese do parágrafo precedente, os funcionários designados poderão
dirigir-se diretamente ao Serviço de Defesa Sanitária Vegetal, em assuntos ao mesmo
atinentes, e dele receber as devidas instruções.

Art. 137. Os funcionários encarregados da execução do presente regulamento


terão livre acesso às propriedades rurais, estabelecimentos oficiais agrícolas, chácaras,
jardins, depósitos, armazéns, casas comerciais, estações de estradas de ferro,
aeroportos, bordo de navios atracados ou não, alfândegas, estações de encomendas
postais, ou qualquer outro lugar onde possam existir vegetais e partes de vegetais,
inseticidas, fungicidas, etc., a serem fiscalizados, mediante a apresentação da carteira
de identidade de funcionário do Ministério da Agricultura.
Parágrafo único. Os referidos funcionários poderão requisitar o auxílio da força
pública para as diligências que se fizerem necessárias na execução deste regulamento.
Art. 138. Tornando-se necessário realizar algum trabalho de caráter
experimental, ou adquirir conhecimentos relacionados com trabalhos que se realizem
em outros estabelecimentos, fica o Diretor do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal
autorizado a solicitar a colaboração do chefe do referido estabelecimento.
Art. 139. Sempre que houver necessidade, serão realizados exames e
experimentos sobre a praticabilidade e eficácia de máquinas e aparelhos com aplicação
na defesa sanitária vegetal.
Art. 140. São excluídos das atribuições do Serviço de Defesa Sanitária Vegetal
os exames e pareceres relativos à, concessão de patentes para máquinas ou aparelhos
de defesa agrícola e para inseticidas e fungicidas.
Art. 141. No caso de trabalhos extraordinários executados fora da horas de
expediente, por solicitação expressa de particulares, os funcionários perceberão
gratificações previamente determinadas por portaria do Ministro da Agricultura, e
anteriormente depositadas pelos interessados.
Art. 142. Será transferido ao Serviço de Defesa Sanitária Vegetal o registro, com
o respectivo arquivo, de produtos ou preparados inseticidas e fungicidas com aplicação
na lavoura, existente no Instituto de Química Agrícola, e criado pelo Decreto nº 16.271,
de 19 de dezembro de 1923.
Parágrafo único, Também será transferido para o Serviço de Defesa Sanitária
Vegetal o arquivo referente aos mesmos assuntos, existente no Instituto de Biologia
Vegetal e que pertenceu ao Instituto Biológico de Defesa Agrícola.

29
Art. 143. Os casos omissos ao presente regulamento ou que necessitarem de
posteriores instruções, serão resolvido por portaria do Ministro da Agricultura, ouvido
o Conselho Nacional de Defesa Agrícola.
Juarez Tavora.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

CATEGORIA DE RISCO PARA O INGRESSO DE PRODUTOS VEGETAIS

Instrução Normativa nº 23, de 2 de agosto de 2004

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da
Constituição, tendo em vista o disposto nos Capítulos I e II do Regulamento de Defesa
Sanitária Vegetal, aprovado pelo Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934,
Considerando o Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão no 06/96
do Conselho do Mercado Comum e a Resolução nº 60/94 do Grupo Mercado Comum;
Considerando que o Standard 3.7 Requisitos Fitossanitários Harmonizados por
Categoria de Risco para o Ingresso de Produtos Vegetais, aprovada por
Resolução/GMC nº 52/02, é de importância fundamental para o trabalho realizado no
âmbito regional;
Considerando que é necessário revisar e atualizar os standard relacionados com
a harmonização de medidas fitossanitárias por via de ingresso/produto, e o que consta
do Processo nº 21000.003748/2003-95, resolve:
Art. 1º Adotar o Standard 3.7 Requisitos Fitossanitários Harmonizados por
Categoria de Risco para o Ingresso de Produtos Vegetais, 2a revisão, anexo a esta
Instrução Normativa.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 3º Ficam revogadas as citações referentes ao Standard 3.7.A Intensidade
de Medidas Fitossanitárias, constantes da Portaria nº 124, de 15 de abril de 1997.

ROBERTO RODRIGUES

ANEXO
STANDARD FITOSSANITÁRIO MERCOSUL
SEÇÃO III - MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS

STANDARD 3.7. REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS HARMONIZADOS POR


CATEGORIA DE RISCO PARA O INGRESSO DE PRODUTOS VEGETAIS 2ª REVISÃO
COMISSÃO DE SANIDADE VEGETAL DO MERCOSUL OUTUBRO 2002 APROVAÇÃO
O Standard foi aprovado pela Reunião do Comitê de Sanidade do MERCOSUL
de 7 a 9 de novembro de 1994 em Assunção, Paraguai, e ratificado pela Resolução
GMC Nº 62/94.
REVISÃO
Este Standard Fitossanitário da Comissão de Sanidade Vegetal do Mercosul -
CSVM - está sujeito à revisão e modificações periódicas e não periódicas em função da
situação das pragas nos territórios dos Estados Partes do MERCOSUL.

30
A 1ª revisão foi realizada em maio de 1996 com base na Recomendação
realizada pelo GTP - Quarentena Vegetal em sua Reunião efetuada em Buenos Aires
de 4 a 8 de março de 1996. Foi recomendada pela Reunião do Sub-Comitê de Sanidade
Vegetal do MERCOSUL realizada de 6 a 8 de maio de 1996 em Assunção, Paraguai, e
aprovada pelo COMITÊ DE SANIDADE DO MERCOSUL de 9 de maio de 1996. A mesma
foi ratificada pela Resolução GMC Nº 88/96.
A 2ª Revisão foi realizada em Outubro de 2002 pela Comissão de Sanidade
Vegetal, com base nas recomendações efetuadas pelo GTP
Certificação de Material de Propagação e Multiplicação Vegetal, Ata 2/01 e do
GTP Quarentena Vegetal, Ata 2/02.
A data da revisão foi aprovada pela Resolução GMC Nº 52/02.

DISTRIBUIÇÃO

Este Standard é distribuído pela COMISSÃO DE SANIDADE VEGETAL DO


MERCOSUL a:
- Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria, SENASA, Argentina;
- Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal, DDIV, Brasil;
- Dirección de Defensa Vegetal, DDV, Paraguai;
- Dirección General de Servicios Agrícolas, DGSA, Uruguai;
- Secretaria da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária, CIPF - FAO;
- Asia and Pacific Plant Protection Comisión (APPC);
- Caribbean Plant Protection Comisión (CPPC);
- European and Mediterranean Plant Protection Organization (EPPO);
- Inter-African Phytosanitary Council (IAPC);
- Junta de Acordo de Cartagena (JUNAC);
- North American Plant Protection Organization (NAPPO);
- Organismo Internacional Regional de Sanidade Agropecuária (OIRSA);
- Comitê Regional de Sanidade Vegetal do Cone Sul (COSAVE);
- Secretaria da Organização Mundial de Comércio (OMC).

I. INTRODUÇÃO

1. ÂMBITO

Este Standard estabelece categorias de risco e requisitos fitossanitários


harmonizados para cada uma das categorias de risco, aplicados pelas Organizações
Nacionais de Proteção Fitossanitária - ONPFs dos Estados Partes do MERCOSUL para
o ingresso de Produtos Vegetais.

2. REFERÊNCIAS

-Novo texto revisado da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária,


CIPF, 1997, FAO, Roma;
-NIMF Nº 5 "Glossário de Termos Fitossanitários", FAO, 2002;
-Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da OMC;
-Standard COSAVE 3.15 "Harmonização das medidas fitossanitárias por via de
ingresso".

31
3. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

ANÁLISE OFICIAL Exame oficial não visual para determinar se existem pragas
presentes ou para identificar tais pragas.
APARELHAMENTO
Processo destinado a nivelar a superfície externa de tábuas de madeira serrada,
realizado com plaina.
CARBONIZAÇÃO
Ação e efeito de reduzir um corpo orgânico a carvão.
CATEGORIA DE RISCO FITOSSANITÁRIO
Classificação dos vegetais e produtos vegetais em relação a seu risco
fitossanitário, em função de seu nível de processamento e uso proposto.
CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA
Uso de procedimentos fitossanitários condizentes com a emissão de um
Certificado Fitossanitário.
C E RT I F I C A D O Documento oficial que atesta a situação fitossanitária de
qualquer envio sujeito a regulamentações fitossanitárias.
CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO (CF) Certificado desenhado segundo o modelo
de certificado da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária.
CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE REEXPORTAÇÃO (CFR)
Documento oficial que certifica a condição fitossanitária de um envio
proveniente de um terceiro país, acompanhado pelo Certificado Fitossanitário do país
de origem.
CIPF Abreviatura de Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária.
COCÇÃO Ação e efeito de fazer com que uma substância crua se torne
comestível mantendo-se em um líquido em ebulição.
CONFEITAÇÃO
Ação e efeito de confeitar.
CONFEITAR
Cobrir frutas e sementes com açúcar.
CONGELAMENTO
Ação e efeito de congelar.
CONGELAR
Submeter alimentos a temperaturas muito baixas para que se conservem em
boas condições até seu consumo.
CURTIMENTO
Ação e efeito de curtir.
CURTIR
Fazer que certos frutos e legumes tomem o sabor de vinagre e se conservem.
DECLARAÇÃO ADICIONAL (DA)
Declaração requerida por um país importador, que deve ser incorporada ao
Certificado Fitossanitário e que contenha informação adicional específica referente às
condições fitossanitárias de um envio.
DEPÓSITO QUARENTENÁRIO (DQ)
Recinto aprovado pela ONPF onde se confinará sob intervenção o envio, até que
se determine a medida quarentenária a aplicar.
DESCASCADO
Remoção da casca.

32
DESCORTIÇAR
Remoção da cortiça da madeira em rolo (a descortização não implica
necessariamente que a madeira fique livre de casca).
DESCUTICUTILIZAR
Remoção da cutícula.
DESIDRATAÇÃO
Ação e efeito de desidratar.
DESIDRATAR
Privar um corpo ou organismo de água que contém.
DESNATURAR
Alterar as propriedades ou condições naturais de um produto.
DESPOLPAMENTO
Ação de descaroçar e triturar a fruta fresca.
ENVIO
Quantidades de plantas, produtos vegetais e/ou outros artigos que se mobilizam
de um país a outro, e que estejam amparados, em caso necessário por um só
Certificado Fitossanitário (o envio pode estar composto por um ou mais produtos
básicos ou lotes) ESTERILIZAÇÃO Destruição dos germes nocivos para desinfetar
alimentos, através de calor (vapor, calor seco e água fervente), frio (suspende o
desenvolvimento microbiano) ou a dessecação.
EXTRAÇÃO
Ação e efeitos de extrair.
EXTRAIR
Separar algumas das partes de que se compõem os corpos.
FERMENTAÇÃO
Processo lento de mudança ou decomposição de substâncias vegetais produzido
pela ação catalítica de um fermento, acompanhado de efervescência e evolução de
calor.
HARMONIZAÇÃO
O desenvolvimento, reconhecimento e aplicação por diferentes países de
medidas fitossanitárias, baseadas em standard comuns.
IMPREGNAÇÃO
Ação e efeito de introduzir entre as moléculas de um corpo os de outro em
quantidade perceptível sem combinação.
INDUSTRIALIZAÇÃO
Aplicação dos processos que concorrem para a transformação da matériaprima,
desvitalizando-a e/ou desnaturalizandoa (cozimento, branqueamento, pasteurização,
esterilização, fermentação, secagem artificial e outros).
INSPEÇÃO
Exame visual oficial de plantas, produtos vegetais ou outros artigos
regulamentados para determinar se há pragas e/ou determinar o cumprimento das
regulamentações fitossanitárias.
LAMINAÇÃO
Ação e efeito de laminar.
LAMINAR
Aplica-se à estrutura de um corpo quando suas lâminas ou folhas estão
sobrepostas e paralelamente colocadas.
M ALTEAÇÃ O

33
Ação e efeito de maltear.
MALTEA R
Forçar a germinação das sementes dos cereais com o fim de melhorar a
palatabilidade de líquidos fermentados como a cerveja.
MOER
Quebrar um corpo reduzindo-o a pequeníssimas partes ou transformá-lo em pó.
MOÍDO
Ação e efeito de moer.
ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE PROTEÇÃO FITOSSANITÁRIA (ONPF)
Serviço oficial, estabelecido por um Governo, para desempenhar as funções
especificadas pela CIPF.
PARBOILIZADO
Processo que consta de duas etapas:
Maceração: manutenção do produto em tanques com água quente por um
período de 4 a 5 horas aproximadamente, a 65 graus centígrados, alternando períodos
de pressão e vácuo para umedecimento total do grão.
Cozido: realizado em um autoclave com vapor saturado a pressão, durante 3 a
12 minutos, a uma temperatura entre 110 e 115 graus centígrados ininterruptamente.
PASTEURIZAÇÃO
Tratamento de um líquido de acordo com o procedimento de Pasteur,
submetendo
o durante ¿ hora a uma temperatura de 63ºC a 65ºC ou a temperatura um
pouco maior por menos tempo e resfriá-lo rapidamente até 10ºC ou menos, quando
são destruídos os micróbios ativos sem alterar os fermentos e componentes do
produto, conservando o sabor natural e as propriedades nutritivas do produto
pasteurizado que foi submetido a um tratamento térmico específico por tempo
determinado para destruição total dos organismos patógenos que pode conter sem
alterar de forma considerável sua composição, sabor e valor alimentício.
PERMISSÃO FITOSSANITÁRIA DE IMPORTAÇÃO
Documento oficial que autoriza a importação de um produto básico em
conformidade com requisitos fitossanitários específicos.
POLIMENTO
Alisar ou lustrar uma coisa ou objeto.
PRENSAGEM
Ação e efeito de prensar.
PRENSAR
Comprimir algo em prensa.
PRESSURIZAÇÃO
Aplicação de pressão a um corpo.
QUARENTENA
Confinamento oficial de artigos regulamentados para observação e pesquisa, ou
para inspeção, teste e/ou tratamento adicional.
QUARENTENA POST-ENTRADA (QPE)
Quarentena aplicada a um envio, depois de sua entrada.
QUARENTENA VEGETAL
Toda atividade destinada a prevenir a introdução e/ou disseminação de pragas
quarentenárias para assegurar seu controle oficial.
REQUISITO FITOSSANITÁRIO

34
Condição necessária para o ingresso de um produto vegetal ou artigo
regulamentado.
SALGA
Ação e efeito de salgar.
SALGAR
Conservar em sal.
SECAGEM
Ação e efeito de secar. Pode ser a forno ou naturalmente.
SECAR
Extrair a umidade de um corpo.
SEMIPROCESSADO
Processo de industrialização física ou mecânica, que não permite a
transformação completa da matéria-prima (secagem natural, limpeza, separação,
descascamento, trituração ou outros).
SERRAÇÃO
Processo de corte de madeira em cantos retos, realizado com serras manuais
ou mecânicas.
SULFITAÇÃO
Ação e efeito de sulfitar.
SULFITO
Designação comum aos sais e ésteres do ácido sulfuroso, utilizado na fabricação
de pasta de papel.
TOSTA GEM
Ação e efeito de tostar.
TOSTAR
Expor algo à chama para que o calor penetre lentamente e vá dessecando, sem
queimar, até que adquira cor.
TRATAMENTO
Procedimento autorizado oficialmente para matar ou eliminar pragas ou para
esterilizá-las.
TRITURAR
Esmigalhar uma matéria sólida sem reduzi-la inteiramente a pó.
USO PROPOSTO
Finalidade declarada para a qual se importam, produzem ou utilizam as plantas,
produtos vegetais ou outros artigos regulamentados.
4. DESCRIÇÃO
Este Standard estabelece categorias de risco fitossanitário tendo como base o
nível de processamento e uso proposto, entre outros.
Com base nesta categorização, são definidos os requisitos fitossanitários para o
intercâmbio comercial de produtos vegetais entre países da região e com terceiros.

II. REQUISITOS PARA O INGRESSO DE ARTIGOS REGULAMENTADOS

Observação: Os Rs e DAs não aparecem em forma seqüencial, considerando


que alguns deles foram suprimidos da presente revisão, mantendo-se os demais com
a numeração original, devido ao uso dos mesmos na regulamentação dos Estados
Partes do MERCOSUL.

35
1. REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS (Rs)
Estes requisitos serão utilizados para a regulamentação do intercâmbio de
produtos vegetais. São os seguintes:
RO Requer Permissão Fitossanitária de Importação R1 Requer Inspeção
Fitossanitária no Ingresso.
R2 O envio deve vir acompanhado pelo CF ou pelo CFR correspondente, (e
poderia incluir a(s) seguinte(s) Declaração(ões) Adicional(is)).
R3 A emissão do CF deverá estar respaldada por um procedimento de
certificação fitossanitária oficial que garanta o lugar de produção.
R4 Sujeito à Análise Oficial de Laboratório no Ingresso.
R7 Ingressará consignado a (a ONPF do país importador).
R8 Ingressará para Depósito Quarentenário sob controle oficial.
R9 Sujeito à QPE sob as seguintes condições (especificando as mesmas):
R10 A madeira deve estar descascada.
R 11 As plantas devem estar livres de solo (terra).
R12 Deverá cumprir o disposto na (Regulamentação Fitossanitária).
(Nº ).

2. DECLARAÇÕES ADICIONAIS (DAs)


As Declarações Adicionais (DAs) estabelecem a intensidade das medidas
exigidas aos diferentes produtos de acordo com seu risco fitossanitário.
DA1 - O (envio) se encontra livre de (praga(s)).
DA2 - O (envio) foi tratado com (especificar: produto, dose ou concentração,
temperatura, tempo de exposição), para o controle de (praga(s)), sob supervisão
oficial.
DA3 (*) "As (plantas para plantar) apresentam uma porcentagem dentro dos
níveis de tolerância estabelecidos na Norma Nacional do (país importador) para
(PNQR), de acordo com as regulamentações regionais e internacionais vigentes".
DA5 "O (cultivo, viveiro, sementeira, lugar de produção, etc.) foi submetido à
inspeção oficial durante (período) e não foram detectadas a(s) (praga(s))".
DA7 (*) "Os (produtos básicos) foram produzidos em uma área reconhecida
pela ONPF do país importador como livre de (praga(s)), de acordo com a NIMF Nº 4
da FAO".
DA8 "A(s) (praga(s)) é/são praga(s) quarentenária(s) para (país) e constam da
lista de pragas quarentenárias".
DA9 (*) "Os (produtos básicos) foram produzidos em um (lugar/local de
produção) livre da(s) (praga(s)), de acordo com a NIMF Nº 10 da FAO e reconhecido
pelo país importador".
DA10 "As (plantas para plantar) foram produzidas conforme procedimentos de
certificação fitossanitária aprovados pela ONPF do país importador para (praga(s)),
utilizando-se indicadores apropriados ou métodos equivalentes, encontrando-se livres
de (praga(s))¿.
DA12 "As (plantas para plantar) são oriundas de uma Estação de Quarentena
do (país), reconhecida pela ONPF do país importador".
DA13 'As (plantas para plantar) são oriundas de plantas mães indexadas livres
de (praga(s))'.

36
DA14 'O (envio) não apresenta risco quarentenário com respeito à(s) (praga(s)),
considerando a aplicação do sistema integrado de medidas para diminuição do risco,
oficialmente supervisionado e acordado com o país importador'.
DA15 'O (envio) encontra-se livre de: a(s) (praga(s)), de acordo com o resultado
da análise oficial do laboratório Nº ()'.
(*) Não se exclui qualquer outra normativa regional ou internacional relacionada
com a matéria.

3. CATEGORIAS DE RISCO FITOSSANITÁRIO


Os produtos devem ser agrupados em categorias, de acordo com seu nível de
risco, com base no grau de processamento e uso proposto.

Produtos que mesmo sendo de origem vegetal, pelo seu grau de


processamento, não requerem nenhum tipo de controle fitossanitário
CATEGORIA 0 e, portanto, não requerem intervenção das ONPF e que não são
capazes de veicular pragas em material de embalagem ou de
transporte.
Produtos de origem vegetal industrializados, que foram submetidos
a qualquer processo tecnológico de desnaturalização que os
transforma em produtos incapazes de serem afetados diretamente
CATEGORIA 1
por pragas de cultivos, mas que podem veicular pragas de
armazenamento e em material de embalagem e meios de transporte,
destinados ao consumo, uso direto ou transformação.
Produtos vegetais semiprocessados (submetidos à secagem,
CATEGORIA 2 limpeza, separação, descascamento, etc.) que podem abrigar pragas
e destinados ao consumo, uso direto ou transformação.
Produtos vegetais "in natura" destinados a consumo, uso direto ou
CATEGORIA 3
transformação.
Sementes, plantas ou outros materiais de origem vegetal destinados
CATEGORIA 4
à propagação e/ou reprodução.
Qualquer outro produto de origem vegetal ou não vegetal, não
considerados nas categorias anteriores e que implicam um risco
CATEGORIA 5
fitossanitário, podendo ser comprovado de acordo com a
correspondente ARP.

Os processos que se mencionam a seguir se referem às categorias de risco


fitossanitário 0 (zero), 1 (um) e 2 (dois):

CATEGORIA 0:
- Carbonização;
- Cocção;
- Confeitação;
- Congelamento;
- Em calda/em salmoura/em óleo;
- Curtimento;
- Esterilização;
- Fermentação;

37
- Laminação melamínica;
- Pasteurização;
- Despolpamento;
- Salga.
- Sulfitação.

CATEGORIA 1
- Desidratação;
- Extração (por calor e química);
- Impregnação;
- Laminação;
- Laqueamento;
- Malteação;
- Moagem;
- Parboilização;
- Pintura;
- Pressurização;
- Polimento;
- Secagem a forno;
- Tostagem.

CATEGORIA 2
- Serração;
- Estilhaçagem;
- Aparelhamento;
- Descascamento;
- Descortização;
- Descuticulização;
- Extração (a frio);
- Picagem;
- Prensagem;
- Secagem natural.

4. CLASSES DE VEGETAIS E PRODUTOS VEGETAIS

CLASSE 1 Plantas para plantar, exceto as partes subterrâneas e as sementes.


Bulbos, tubérculos e raízes: porções subterrâneas destinadas à
CLASSE 2
propagação.
Sementes: sementes verdadeiras em sua definição botânica, destinadas à
CLASSE 3
propagação.
Frutas e hortaliças: partes frescas de plantas destinadas ao consumo ou
CLASSE 4
processamento e não para plantio.
Flores de corte e folhagens ornamentais: porções cortadas de plantas,
CLASSE 5
incluídas as inflorescências, destinadas à decoração e não à propagação.
Madeiras, casca, cortiça: processadas, semiprocessadas ou não
CLASSE 6
processadas.

38
Compreende o material de embalagem e suporte e se define como
produtos de origem vegetal e qualquer outro material usado para
CLASSE 7
transportar, proteger e/ou acondicionar mercadorias de origem vegetal e
não vegetal.
CLASSE 8 Solo, turfas e outros materiais de suporte.
Grãos: refere-se a sementes de cereais, oleaginosas, leguminosas e outras
CLASSE 9
sementes destinadas ao consumo e não à propagação.
CLASSE 10 Qualquer outra mercadoria que não se ajuste às classes anteriores.

5. LISTA POR CATEGORIAS DE RISCO FITOSSANITÁRIO DE PRODUTOS


AGRÍCOLAS.

CATEGORIA 0: Produtos que mesmo sendo de origem vegetal, dado seu grau
de processamento, não requerem nenhum tipo de controle fitossanitário e, portanto,
não requerem intervenção das ONPF, e não são capazes de veicularem pragas em
material de embalagem nem de transporte.
A título de exemplo enumeram-se alguns produtos que pertencem a esta
categoria:
- óleos;
- álcoois;
- frutos em calda;
- gomas;
- açúcares;
- carvão vegetal;
- celulose;
- sucos;
- lacas;
- melaço;
- corantes;
- congelados;
- enlatados;
- engarrafados a vácuo;
- palitos para dentes;
- palitos para picolés, para fósforos,
- essências;
- extratos;
- fios e tecidos de sublinguais;
- pastas (exemplo: cacau, marmelo);
- fibras vegetais processadas;
- frutas e - polpas;
- resinas;
- vegetais em hortaliças pré-cozidas e cozidas;
- vinagre, picles, conservas.

CATEGORIA 1: Produtos de origem vegetal industrializados, que tenham sido


submetidos a qualquer processo tecnológico de desnaturalização que os transforma
em produtos incapazes de serem afetados diretamente por pragas de cultivos, mas

39
que podem veicular pragas de armazenamento e em material de embalagem e meios
de transporte, destinados ao consumo, uso direto ou transformação.
Classe 6: Compreende madeiras, cascas e cortiças processadas.
- Serragem de madeira;
- Barris, ripas e lascas de madeiras tostadas;
- Briquetes;
- Instrumentos musicais de madeira;
- Lâminas de madeira desfolhadas, em chapas, de espessura inferior a 5 mm;
- Madeira seca no forno;
- Madeiras impregnadas mediante vácuo/pressão, imersão ou difusão com
creosoto ou outros ingredientes ativos autorizados no país importador;
- Madeiras perfiladas ou entalhadas, incluídas madeiras para piso, tacos e
paquets;
- Móveis, partes de móveis e peças para móveis fabricados com madeira seca a
forno e/ou com chapas de fibra, aglomerados, compensados ou reconstituídos;
- Pranchas de cortiças trituradas e tábuas de cortiças;
- Tabuleiros de fibras de partículas, de compensado e reconstituídos.
Classe 10: Compreende qualquer outra mercadoria que não se ajuste às classes
anteriores.
- Arroz parboilizado;
- Arroz polido, branco;
- Artesanatos de origem vegetal;
- Derivados de cereais, oleaginosas e leguminosas (desativados artificialmente,
pellets, tortas);
- Flores secas e tingidas;
- Frutos desidratadas artificialmente: pêssego, maçã, pêra, ameixa, etc;
- Farinhas, amido, féculas, sêmolas e semolinas;
- Ervas e especiarias moídas;
- Plantas e partes de plantas desidratadas;
- Erva-mate processada e semiprocessada.

CATEGORIA 2: Produtos vegetais semiprocessados (submetidos à secagem,


limpeza, separação, descascamento, etc.) que podem albergar pragas e cujo destino
é o consumo, uso direto ou transformação.
Classe 5: Flores de corte e folhagens ornamentais: porções cortadas de plantas,
incluídas as inflorescências, destinadas à decoração e não à propagação.
- flores de corte e folhagens ornamentais cortadas e secas.
Classe 6: Compreende os seguintes produtos de origem florestal:
madeiras, cortiças e semiprocessados.
- Lasca;
- Embalagens e suportes de madeira (declarados como carga ou não);
- Madeira serrada e pallets;
- Madeiras perfiladas ou entalhadas;
- Vigotas de madeira.
Classe 7: Compreende o material de embalagem e suporte e se define como
produtos de origem vegetal e qualquer outro material usado para transportar, proteger
e/ou acomodar mercadorias de origem vegetal e não vegetal.

40
Classe 10: Compreende qualquer outra mercadoria que não se ajuste às classes
anteriores.
- Algodão prensado sem semente;
- Arroz integral (descascado);
- Cacau em amêndoa;
- Derivados de cereais, oleaginosas e leguminosas (farelos, resíduos industriais,
etc.);
- Especiarias em grãos secos ou folhas secas;
- Frutas secas naturalmente: passas de uva, figos e tâmara;
- Frutos de natureza seca sem casca (amêndoa, avelã, etc.);
- Grãos descascados, limpos, picados, separados (arroz, palhas e cascas);
- Materiais e fibras vegetais semiprocessadas (linho, sisal, juta, cana, bambu,
junco, vime, ráfia, sorgo vassoura, etc);
- Plantas e partes de plantas secas;
- Fumo em folha, seco;
- Xaxim natural.

CATEGORIA 3: Produtos vegetais in natura destinados ao consumo, uso direto


ou transformação.
Classe 4: Compreende frutas e hortaliças: partes frescas de plantas destinadas
ao consumo ou processamento e não a serem plantadas.
Classe 5: Compreende flores de corte, folhagens ornamentais, porções cortadas
de plantas, incluídas as inflorescências, destinadas à decoração e não à propagação.
Classe 6: Compreende madeiras, cascas e cortiça não processados.
- cortiça natural (lâminas, tiras);
- casca;
- lenha;
- ramos e folhagem;
- tora de madeira com ou sem casca.
Classe 9: Compreende grãos; refere-se a sementes de cereais, oleaginosas,
leguminosas para consumo e outras sementes destinadas ao consumo e não à
propagação.
Classe 10: Compreende qualquer outra mercadoria que não se ajuste às classes
anteriores.
- algodão prensado com sementes, linters, desperdícios e sementes de algodão
(grãos);
- café em grão, cru, sem tostar;
- especiarias em frutos ou folhas frescas;
- frutos de natureza seca com casca;
- raízes forrageiras, fenos, fardos de alfafa, etc;
- fumo ao natural (em ramos ou resíduos).

CATEGORIA 4: Sementes, plantas ou outros materiais de origem vegetal


destinados à propagação e/ou reprodução.
Classe 1: Compreende plantas para plantar, exceto as partes subterrâneas e as
sementes.
Classe 2: Compreende bulbos, tubérculos e raízes: porções subterrâneas
destinadas à propagação.

41
Classe 3: Compreende sementes destinadas à propagação.
- Sementes hortícolas, frutícolas, cereais, forrageiras, oleaginosas, leguminosas,
florestais, florais e de especiarias.
CATEGORIA 5: Qualquer outro produto de origem vegetal ou não vegetal, não
considerado nas categorias anteriores e que implica um risco fitossanitário, podendo
ser comprovado com a correspondente ARP.
Classe 10: Miscelâneas.
- agentes de controle biológico;
- coleções botânicas;
- espécimes botânicos;
- inoculantes e inóculos para leguminosas e outros cultivos de microorganismos;
- pólen;
- turfa, substratos.

6. REQUISITOS FITOSSANITÁRIOS EXIGIDOS POR CATEGORIA DE RISCO

Com base nos antecedentes antes descritos, são apresentados os requisitos


fitossanitários exigidos em cada uma das distintas categorias de risco. Os requisitos
que se encontram entre parênteses () poderão ou não ser exigidos pelas ONPFs
dependendo da avaliação realizada para cada caso específico.

Categoria /
0 1 2 3 4 5
Requisito
R0 NÃO (SIM) (SIM) (SIM) (SIM) (SIM)
R1 NÃO SIM SIM SIM SIM SIM
R2 NÃO NÃO SIM (*) SIM SIM (SIM)
R3 NÃO NÃO NÃO (SIM) (SIM) (SIM)
R4 NÃO (SIM) (SIM) (SIM) SIM (SIM)
R7 NÃO NÃO (SIM) (SIM) (SIM) (SIM)
R8 NÃO (SIM) (SIM) (SIM) SIM (SIM)
R9 NÃO NÃO NÃO NÃO (SIM) (SIM)
R10 NÃO NÃO (SIM) (SIM) NÃO NÃO
R11 NÃO NÃO NÃO (SIM) (SIM) NÃO
R12 NÃO (SIM) (SIM) (SIM) (SIM) (SIM)

(*) Em caso de embalagem e suportes de madeira não declarados como carga


não será obrigatório o CF.
D.O.U., 03/08/2004

LEGISLAÇÃO FEDERAL

LEI DE POLÍTICA AGRÍCOLA


Lei N° 8.171, de 17 de janeiro de 1991

Dispõe sobre a política agrícola.

42
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º - Esta Lei fixa os fundamentos, define os objetivos e as competências


institucionais, prevê os recursos e estabelece as ações e instrumentos da política
agrícola, relativamente às atividades agropecuárias, agroindustriais e de planejamento
das atividades pesqueira e florestal.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, entende-se por atividade agrícola a
produção, o processamento e a comercialização dos produtos, subprodutos e
derivados, serviços e insumos agrícolas, pecuários, pesqueiros e florestais.
Art. 2º - A política agrícola fundamenta-se nos seguintes pressupostos:

I - a atividade agrícola compreende processos físicos, químicos e biológicos,


onde os recursos naturais envolvidos devem ser utilizados e gerenciados,
subordinando-se às normas e princípios de interesse público, de forma que seja
cumprida a função social e econômica da propriedade;
II - o setor agrícola é constituído por segmentos como: produção, insumos
agroindústria, comércio, abastecimento e afins, os quais respondem
diferenciadamente às políticas públicas e às forças de mercado;
III - como atividade econômica, a agricultura deve proporcionar, aos que a ela
se dediquem, rentabilidade compatível com a de outros setores da economia;
IV - o adequado abastecimento alimentar é condição básica para garantir a
tranqüilidade social, a ordem pública e o processo de desenvolvimento econômico-
social;
V - a produção agrícola ocorre em estabelecimentos rurais heterogêneos quanto
à estrutura fundiária, condições edafoclimáticas, disponibilidade de infra-estrutura,
capacidade empresarial, níveis tecnológicos e condições sociais, econômicas e
culturais;
VI - o processo de desenvolvimento agrícola deve proporcionar ao homem do
campo o acesso aos serviços essenciais: saúde, educação, segurança pública,
transporte, eletrificação, comunicação, habitação, saneamento, lazer e outros
benefícios sociais.

Art. 3º - São objetivos da política agrícola:

I - na forma como dispõe o art. 174 da Constituição, o Estado exercerá função


de planejamento, que será determinante para o setor público e indicativo para o setor
privado, destinado a promover, regular, fiscalizar, controlar, avaliar atividade e suprir
necessidades, visando assegurar o incremento da produção e da produtividade
agrícolas, a regularidade do abastecimento interno, especialmente alimentar, e a
redução das disparidades regionais;
II - sistematizar a atuação do Estado para que os diversos segmentos
intervenientes da agricultura possam planejar suas ações e investimentos numa
perspectiva de médio e longo prazos, reduzindo as incertezas do setor;
III - eliminar as distorções que afetam o desempenho das funções econômica
e social da agricultura;

43
IV - proteger o meio ambiente, garantir o seu uso racional e estimular a
recuperação dos recursos naturais;
V - (vetado);
VI - promover a descentralização da execução dos serviços públicos de apoio
ao setor rural, visando a complementariedade de ações com Estados, Distrito Federal,
Territórios e Municípios, cabendo a estes assumir suas responsabilidades na execução
da política agrícola, adequando os diversos instrumentos às suas necessidades e
realidades;
VII - compatibilizar as ações da política agrícola com as de reforma agrária,
assegurando aos beneficiários o apoio à sua integração ao sistema produtivo;
VIII - promover e estimular o desenvolvimento da ciência e da tecnologia
agrícola pública e privada, em especial aquelas voltadas para a utilização dos fatores
de produção internos;
IX - possibilitar a participação efetiva de todos os segmentos atuantes no setor
rural, na definição dos rumos da agricultura brasileira;
X - prestar apoio institucional ao produtor rural, com prioridade de atendimento
ao pequeno produtor e sua família;
XI - estimular o processo de agroindustrialização junto às respectivas áreas de
produção;
XII - (vetado);
XIII - promover a saúde animal e a sanidade vegetal; (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 10.298/2001)
XIV - promover a idoneidade dos insumos e serviços empregados na
agricultura; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 10.298/2001)
XV - assegurar a qualidade dos produtos de origem agropecuária, seus
derivados e resíduos de valor econômico; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 10.298/2001)
XVI - promover a concorrência leal entre os agentes que atuam nos setores e a
proteção destes em relação a práticas desleais e a riscos de doenças e pragas exóticas
no País; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 10.298/2001)
XVII - melhorar a renda e a qualidade de vida no meio rural. (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 10.298/2001)

Art. 4º - As ações e instrumentos de política agrícola referem-se a:

I - planejamento agrícola;
II - pesquisa agrícola tecnológica;
III - assistência técnica e extensão rural;
IV - proteção do meio ambiente, conservação e recuperação dos recursos
naturais;
V - defesa da agropecuária;
VI - informação agrícola;
VII - produção, comercialização, abastecimento e armazenagem;
VIII - associativismo e cooperativismo;
IX - formação profissional e educação rural;
X - investimentos públicos e privados;
XI - crédito rural;
XII - garantia da atividade agropecuária;
XIII - seguro agrícola;

44
XIV - tributação e incentivos fiscais;
XV - irrigação e drenagem;
XVI - habitação rural;
XVII - eletrificação rural;
XVIII - mecanização agrícola;
XIX - crédito fundiário.
Parágrafo único. Os instrumentos de política agrícola deverão orientar-se pelos
planos plurianuais. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 10.246/2001)

CAPÍTULO II - Da Organização Institucional

Art. 5º - É instituído o Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA, vinculado


ao Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA, com as seguintes atribuições:

I - (vetado);
II - (vetado);
III - orientar a elaboração do Plano de Safra;
IV - propor ajustamentos ou alterações na política agrícola;
V - (vetado);
VI - manter sistema de análise e informação sobre a conjuntura econômica e
social da atividade agrícola.

§ 1º - O Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA será constituído pelos


seguintes membros:

I - um do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento;


II - um do Banco do Brasil S/A;
III - dois da Confederação Nacional da Agricultura;
IV - dois representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura - CONTAG;
V - dois da Organização das Cooperativas Brasileiras, ligados ao setor
agropecuário;
VI - um do Departamento Nacional da Defesa do Consumidor;
VII - um da Secretaria do Meio Ambiente;
VIII - um da Secretaria do Desenvolvimento Regional;
IX - três do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA;
X - um do Ministério da Infra-Estrutura;
XI - dois representante de Setores Econômicos Privados abrangidos pela Lei
Agrícola, de livre nomeação do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA;
XII - (vetado).

§ 2º - (vetado).
§ 3º - O Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA contará com uma
Secretaria Executiva e sua estrutura funcional será integrada por Câmaras Setoriais,
especializadas em produtos, insumos, comercialização, armazenamento, transporte,
crédito, seguro e demais componentes da atividade rural.

45
§ 4º - As Câmaras Setoriais serão instaladas por ato e a critério do Ministro da
Agricultura e Reforma Agrária, devendo o Regimento Interno do Conselho Nacional de
Política Agrícola - CNPA fixar o número de seus membros e respectivas atribuições.
§ 5º - O Regimento Interno do Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA
será elaborado pelo Ministro da Agricultura e Reforma Agrária e submetido a aprovação
do seu plenário.
§ 6º - O Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA coordenará a organização
de Conselhos Estaduais e Municipais de Política Agrícola, com as mesmas finalidades,
no âmbito de suas competências.
§ 7º - (vetado).
§ 8º - (vetado).

Art. 6º - A ação governamental para o setor agrícola é organizada pela União,


Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, cabendo:

I - (vetado);
II - ao Governo Federal a orientação normativa, as diretrizes nacionais e a
execução das atividades estabelecidas em lei. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
10.327/2001)
III - às entidades de administração direta e indireta dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios o planejamento, a execução, o acompanhamento, o controle
e a avaliação de atividades específicas. (Renumerado(a) pelo(a) Lei 10.327/2001)

Art. 7º - A ação governamental para o setor agrícola desenvolvida pela União,


pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, respeitada a autonomia
constitucional, é exercida em sintonia, evitando-se superposições e paralelismos,
conforme dispuser lei complementar prevista no parágrafo único do art. 23 da
Constituição.

CAPÍTULO III - Do Planejamento Agrícola

Art. 8º - O Planejamento agrícola será feito em consonância com o que dispõe


o art. 174 da Constituição, de forma democrática e participativa, através de planos
nacionais de desenvolvimento agrícola plurianuais, planos de safras e planos
operativos anuais, observadas as definições constantes desta Lei.

§ 1º - (vetado).
§ 2º - (vetado).
§ 3º Os planos de safra e os planos plurianuais, elaborados de acordo com os
instrumentos gerais de planejamento, considerarão o tipo de produto, fatores e
ecossistemas homogêneos, o planejamento das ações dos órgãos e entidades da
administração federal direta e indireta, as especificidades regionais e estaduais, de
acordo com a vocação agrícola e as necessidades diferenciadas de abastecimento,
formação de estoque e exportação. (Redação dada pelo(a) Lei
10.246/2001)_______________________________ Redação(ões) Anterior(es)
§ 4º - Os planos deverão prever a integração das atividades de produção e de
transformação do setor agrícola, e deste com os demais setores da economia.

46
Art. 9º - O Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA coordenará, a
nível nacional, as atividades de planejamento agrícola, em articulação com os Estados,
o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios.
Art. 10 - O Poder Público deverá:

I - proporcionar a integração dos instrumentos de planejamento agrícola com


os demais setores da economia;
II - desenvolver e manter atualizada uma base de indicadores sobre o
desempenho do setor agrícola, a eficácia da ação governamental e os efeitos e
impactos dos programas dos planos plurianuais.

CAPÍTULO IV - Da Pesquisa Agrícola

Art. 11 -(Vetado).
Parágrafo único. É o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA
autorizado a instituir o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária - SNPA, sob a
coordenação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -EMBRAPA e em
convênio com os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, os Municípios, entidades
públicas e privadas, universidades, cooperativas, sindicatos, fundações e associações.
Art. 12 - A pesquisa agrícola deverá:

I - estar integrada à assistência técnica e extensão rural, aos produtores,


comunidades e agroindústrias, devendo ser gerada ou adaptada a partir do
conhecimento biológico da integração dos diversos ecossistemas, observando as
condições econômicas e culturais dos segmentos sociais de setor produtivo;
II - dar prioridade ao melhoramento dos materiais genéticos produzidos pelo
ambiente natural dos ecossistemas, objetivando o aumento de sua produtividade,
preservando ao máximo a heterogeneidade genética;
III - dar prioridade à geração e à adaptação de tecnologias agrícolas destinadas
ao desenvolvimento dos pequenos agricultores, enfatizando os alimentos básicos,
equipamentos e implementos agrícolas voltados para esse público;
IV - observar as características regionais e gerar tecnologias voltadas para a
sanidade animal e vegetal, respeitando a preservação da saúde e do meio ambiente.

Art. 13 - É autorizada a importação de material genético para a agricultura


desde que não haja proibição legal.
Art. 14 - Os programas de desenvolvimento científico e tecnológico, tendo em
vista a geração de tecnologia de ponta, merecerão nível de prioridade que garanta a
independência e os parâmetros de competitividade internacional à agricultura
brasileira.

CAPÍTULO V - Da Assistência Técnica e Extensão Rural

Art. 15 - (Vetado).
Art. 16 - A assistência técnica e extensão rural buscarão viabilizar, com o
produtor rural, proprietário ou não, suas famílias e organizações, soluções adequadas
a seus problemas de produção, gerência, beneficiamento, armazenamento,

47
comercialização, industrialização, eletrificação, consumo, bem- estar e preservação do
meio ambiente.
Art. 17 - O Poder Público manterá serviço oficial de assistência técnica e
extensão rural, sem paralelismo na área governamental ou privada, de caráter
educativo, garantindo atendimento gratuito aos pequenos produtores e suas formas
associativas, visando:

I - difundir tecnologias necessárias ao aprimoramento da economia agrícola, à


conservação dos recursos naturais e à melhoria das condições de vida do meio rural;
II - estimular e apoiar a participação e a organização da população rural,
respeitando a organização da unidade familiar, bem como as entidades de
representação dos produtores rurais;
III - identificar tecnologias alternativas juntamente com instituições de pesquisa
e produtores rurais;
IV - disseminar informações conjunturais nas áreas de produção agrícola,
comercialização, abastecimento e agroindústria.

Art. 18 - A ação de assistência técnica e extensão rural deverá estar integrada


à pesquisa agrícola, aos produtores rurais e suas entidades representativas e às
comunidades rurais.

CAPÍTULO VI - Da Proteção ao Meio Ambiente e da Conservação dos Recursos


Naturais

Art. 19 - O Poder Público deverá:

I - integrar, a nível de Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal, os


Territórios, os Municípios e as comunidades na preservação do meio ambiente e
conservação dos recursos naturais;
II - disciplinar e fiscalizar o uso racional do solo, da água, da fauna e da flora;
III - realizar zoneamentos agroecológicos que permitam estabelecer critérios
para o disciplinamento e o ordenamento da ocupação espacial pelas diversas
atividades produtivas, bem como para a instalação de novas hidrelétricas;
IV - promover e/ou estimular a recuperação das áreas em processo de
desertificação;
V - desenvolver programas de educação ambiental, a nível formal e informal,
dirigidos à população;
VI - fomentar a produção de sementes e mudas de essências nativas;
VII - coordenar programas de estímulo e incentivo à preservação das nascentes
dos cursos d'água e do meio ambiente, bem como o aproveitamento de dejetos
animais para conversão em fertilizantes.
Parágrafo único. A fiscalização e o uso racional dos recursos naturais do meio
ambiente é também de responsabilidade dos proprietários de direito, dos beneficiários
da reforma agrária e dos ocupantes temporários dos imóveis rurais.

Art. 20 - As bacias hidrográficas constituem-se em unidades básicas de


planejamento do uso, da conservação e da recuperação dos recursos naturais.
Art. 21 -(Vetado).

48
Art. 21-A. O Poder Público procederá à identificação, em todo o território
nacional, das áreas desertificadas, as quais somente poderão ser exploradas mediante
a adoção de adequado plano de manejo, com o emprego de tecnologias capazes de
interromper o processo de desertificação e de promover a recuperação dessas
áreas. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 10.228/2001)

§ 1º O Poder Público estabelecerá cadastros das áreas sujeitas a processos de


desertificação, em âmbito estadual ou municipal. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
10.228/2001)
§ 2º O Poder Público, por intermédio dos órgãos competentes, promoverá a
pesquisa, a geração e a difusão de tecnologias capazes de suprir as condições
expressas neste artigo. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 10.228/2001)

Art. 22 - A prestação de serviços e aplicações de recursos pelo Poder Público


em atividades agrícolas devem ter por premissa básica o uso tecnicamente indicado,
o manejo racional dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente.
Art. 23 - As empresas que exploram economicamente águas represadas e as
concessionárias de energia elétrica serão responsáveis pelas alterações ambientais por
elas provocadas e obrigadas a recuperação do meio ambiente, na área de abrangência
de suas respectivas bacias hidrográficas.
Art. 24 - (Vetado).
Art. 25. O Poder Público implementará programas de estímulo às atividades de
interesse econômico apícolas e criatórias de peixes e outros produtos de vida fluvial,
lacustre e marinha, visando ao incremento da oferta de alimentos e à preservação das
espécies animais e vegetais. (Redação dada pelo(a) Lei 10.990/2004)
_______________________________________________ Redação(ões)
Anterior(es)
Art. 26 - A proteção do meio ambiente e dos recursos naturais terá programas
plurianuais e planos operativos anuais elaborados pelos órgãos competentes, mantidos
ou não pelo Poder Público, sob a coordenação da União e das Unidades da Federação.

CAPÍTULO VII - Da Defesa Agropecuária

Art. 27 - (Vetado).
Art. 27-A. São objetivos da defesa agropecuária assegurar: (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )_______ Regulamentação

I - a sanidade das populações vegetais; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei


9.712/1998 )
II - a saúde dos rebanhos animais; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
III - a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na
agropecuária; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
IV - a identidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos
agropecuários finais destinados aos consumidores. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )

49
§ 1° Na busca do atingimento dos objetivos referidos no caput, o Poder Público
desenvolverá, permanentemente, as seguintes atividades: (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )

I - vigilância e defesa sanitária vegetal; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei


9.712/1998 )
II - vigilância e defesa sanitária animal; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
III - inspeção e classificação de produtos de origem vegetal, seus derivados,
subprodutos e resíduos de valor econômico; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998)
IV - inspeção e classificação de produtos de origem animal, seus derivados,
subprodutos e resíduos de valor econômico; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998)
V - fiscalização dos insumos e dos serviços usados nas atividades
agropecuárias. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )

§ 2° As atividades constantes do parágrafo anterior serão organizadas de forma


a garantir o cumprimento das legislações vigentes que tratem da defesa agropecuária
e dos compromissos internacionais firmados pela União. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )

Art. 28 - (Vetado).
Art. 28 - A. Visando à promoção da saúde, as ações de vigilância e defesa
sanitária dos animais e dos vegetais serão organizadas, sob a coordenação do Poder
Público nas várias instâncias federativas e no âmbito de sua competência, em um
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, articulado no que for atinente
à saúde pública, com o Sistema Único de Saúde de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990, do qual participarão: (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )_______________________________ Regulamentação

I - serviços e instituições oficiais; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )


II - produtores e trabalhadores rurais, suas associações e técnicos que lhes
prestam assistência; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
III - órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas
à sanidade agropecuária; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
IV - entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para
complementar as ações públicas no campo da defesa agropecuária. (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )

§ 1º A área municipal será considerada unidade geográfica básica para a


organização e o funcionamento dos serviços oficiais de sanidade
agropecuária. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
§ 2° A instância local do sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária
dará, na sua jurisdição, plena atenção à sanidade, com a participação da comunidade
organizada, tratando especialmente das seguintes atividades: (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )

I - cadastro das propriedades; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )

50
II - inventário das populações animais e vegetais; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
III - controle de trânsito de animais e plantas; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
IV - cadastro dos profissionais de sanidade atuantes; (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )
V - cadastro das casas de comércio de produtos de uso agronômico e
veterinário; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
VI - cadastro dos laboratórios de diagnósticos de doenças; (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )
VII - inventário das doenças diagnosticadas; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
VIII - execução de campanhas de controle de doenças; (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )
IX - educação e vigilância sanitária; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
X - participação em projetos de erradicação de doenças e
pragas. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )

§ 3º Às instâncias intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária competem as seguintes atividades: (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )

I - vigilância do trânsito interestadual de plantas e animais; (Acrescentado(a)


pelo(a) Lei 9.712/1998 )
II - coordenação das campanhas de controle e erradicação de pragas e
doenças; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
III - manutenção dos informes nosográficos; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
IV - coordenação das ações de epidemiologia; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
V - coordenação das ações de educação sanitária; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
VI - controle de rede de diagnóstico e dos profissionais de sanidade
credenciados. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998)

§ 4º À instância central e superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária compete: (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 e Regulamentado(a)
pelo(a) Decreto 5.741/2006)

I - a vigilância de portos, aeroportos e postos de fronteira


internacionais; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
II - a fixação de normas referentes a campanhas de controle e erradicação de
pragas e doenças; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
III - a aprovação dos métodos de diagnóstico e dos produtos de uso veterinário
e agronômico; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
IV - a manutenção do sistema de informações
epidemiológicas; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )

51
V - a avaliação das ações desenvolvidas nas instâncias locais e intermediárias
do sistema unificado de atenção à sanidade agropecuária; (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )
VI - a representação do País nos fóruns internacionais que tratam da defesa
agropecuária; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
VII - a realização de estudos de epidemiologia e de apoio ao desenvolvimento
do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998
VIII - a cooperação técnica às outras instâncias do Sistema
Unificado; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 e Regulamentado(a)
pelo(a) Decreto 5.741/2006)
IX - o aprimoramento do Sistema Unificado; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
X - a coordenação do Sistema Unificado; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )
XI - a manutenção do Código de Defesa Agropecuária. (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )

§ 5º Integrarão o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária


instituições gestoras de fundos organizados por entidades privadas para complementar
as ações públicas no campo da defesa agropecuária. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998
§ 6º As estratégias e políticas de promoção à sanidade e de vigilância serão
ecossistêmicas e descentralizadas, por tipo de problema sanitário, visando ao alcance
de áreas livres de pragas e doenças, conforme previsto em acordos e tratados
internacionais subscritos pelo País. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998)
§ 7º Sempre que recomendado epidemiologicamente é prioritária a erradicação
das doenças e pragas, na estratégia de áreas livres. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )

Art. 29 - (Vetado).
Art. 29-A. A inspeção industrial e sanitária de produtos de origem vegetal e
animal, bem como a dos insumos agropecuários, será gerida de maneira que os
procedimentos e a organização da inspeção faça por métodos universalizados e
aplicados eqüitativamente em todos os estabelecimentos
inspecionados. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.712/1998 )_______________________________________ Regulamentação

§ 1º Na inspeção poderá ser adotado o método de análise de riscos e pontos


críticos de controle. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.712/1998 )
§ 2º Como parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária,
serão constituído um sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem vegetal e
um sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal, bem como sistemas
específicos de inspeção para insumos usados na agropecuária. (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 9.712/1998 )

52
CAPÍTULO VIII - Da Informação Agrícola

Art. 30 - O Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA, integrado com


os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, manterá um sistema de
informação agrícola ampla para divulgação de:

I - previsão de safras por Estado, Distrito Federal e Território, incluindo


estimativas de área cultivada ou colhida, produção e produtividade;
II - preços recebidos e pagos pelo produtor, com a composição dos primeiros
até os mercados atacadistas e varejistas, por Estado, Distrito Federal e Território;
III - valores e preços de exportação FOB, com a decomposição dos preços até
o interior, a nível de produtor, destacando as taxas e impostos cobrados;
IV - valores e preços de importação CIF, com a decomposição dos preços dos
mercados internacionais até a colocação do produto em portos brasileiros, destacando
taxas e impostos cobrados;
V - cadastro, cartografia e solo das prioridades rurais; (Redação dada
pelo(a) Lei 9.272/1996)_______________________ Redação(ões) Anterior(es)
VI - volume dos estoques públicos e privados, reguladores e estratégicos,
discriminados por produtos, tipos e localização; (Redação dada pelo(a) Lei
9.272/1996)_________________________________ Redação(ões) Anterior(es)
VII - (vetado);
VIII - (vetado);
IX - dados de meteorologia e climatologia agrícolas;
X - (vetado);
XI - (vetado);
XII - (vetado);
XIII - pesquisas em andamento e os resultados daquelas já concluídas.
XIV - informações sobre doenças e pragas; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.272/1996)
XV - indústria de produtos de origem vegetal e animal e de
insumos; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.272/1996)
XVI - classificação de produtos agropecuários; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.272/1996)
XVII - inspeção de produtos e insumos; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
9.272/1996)
XVIII - infratores das várias legislações relativas à
agropecuária. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 9.272/1996)
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA
coordenará a realização de estudos e análises detalhadas do comportamento dos
mercados interno e externo dos produtos agrícolas e agroindustriais, informando sua
apropriação e divulgação para o pleno e imediato conhecimento dos produtores rurais
e demais agentes do mercado.

CAPÍTULO IX - Da Produção, da Comercialização, do Abastecimento e da


Armazenagem

53
Art. 31 - O Poder Público formará, localizará adequadamente e manterá
estoques reguladores e estratégicos, visando garantir a compra do produtor, na forma
da lei, assegurar o abastecimento e regular o preço do mercado interno.

§ 1º - Os estoques reguladores devem contemplar, prioritariamente, os


produtos básicos.
§ 2º - (vetado).
§ 3º - Os estoques reguladores devem ser adquiridos preferencialmente de
organizações associativas de pequenos e médios produtores.
§ 4º - (vetado).
§ 5º - A formação e a liberação destes estoques obedecerão regras pautadas
no princípio da menor interferência na livre comercialização privada, observando-se
prazos e procedimentos preestabelecidos e de amplo conhecimento público, sem ferir
a margem mínima do ganho real do produtor rural, assentada em custos de produção
atualizados e produtividades médias históricas.

Art. 32 - (vetado).
Art. 33 - (vetado).

§ 1º - (vetado).
§ 2º - A garantia de preços mínimos far-se-á através de financiamento da
comercialização e da aquisição dos produtos agrícolas amparados.
§ 3º - Os alimentos considerados básicos terão tratamento privilegiado para
efeito de preço mínimo.

Art. 34 - (vetado).
Art. 35 - As vendas dos estoques públicos serão realizadas através de leilões
em bolsas de mercadorias, ou diretamente, mediante licitação pública.
Art. 36 - O Poder Público criará estímulos para a melhoria das condições de
armazenagem, processamento, embalagem e redução de perdas em nível de
estabelecimento rural, inclusive comunitário.
Art. 37. É mantida, no território nacional, a exigência de padronização,
fiscalização e classificação de produtos animais, subprodutos e derivados e seus
resíduos de valor econômico, bem como dos produtos de origem animal destinados ao
consumo e à industrialização para o mercado interno e externo. (Redação dada
pelo(a) Lei 9.972/2000)________________________________ Redação(ões)
Anterior(es)
Parágrafo único. (vetado).
Art. 38 - (vetado).
Art. 39 - (vetado).
Art. 40 -(vetado).
Art. 41 - (vetado).
Art. 42 - É estabelecido, em caráter obrigatório, o cadastro nacional de unidades
armazenadoras de produtos agrícolas.

CAPÍTULO X - Do Produtor Rural, da Propriedade Rural e sua Função Social

Art. 43 - (vetado).

54
Art. 44 - (Vetado).

CAPÍTULO XI - Do Associativismo e do Cooperativismo

Art. 45 - O Poder Público apoiará e estimulará os produtores rurais a se


organizarem nas suas diferentes formas de associações, cooperativas, sindicatos,
condomínios e outras, através de:

I - inclusão, nos currículos de 1º e 2º graus, de matérias voltadas para o


associativismo e cooperativismo;
II - promoção de atividades relativas à motivação, organização, legislação e
educação associativista e cooperativista para o público do meio rural;
III - promoção das diversas formas de associativismo como alternativa e opção
para ampliar a oferta de emprego e de integração do trabalhador rural com o
trabalhador urbano;
IV - integração entre os segmentos cooperativistas de produção, consumo,
comercialização, crédito e de trabalho;
V - a implantação de agroindústrias.
Parágrafo único. O apoio do Poder Público será extensivo aos grupos indígenas,
pescadores artesanais e àqueles que se dediquem às atividades de extrativismo
vegetal não predatório.

Art. 46 - (vetado).

CAPÍTULO XII - Dos Investimentos Públicos

Art. 47 - O Poder Público deverá implantar obras que tenham como objetivo o
bem-estar social de comunidades rurais, compreendendo, entre outras:

a) barragens, açudes, perfuração de poços, diques e comportas para projetos


de irrigação, retificação de cursos d'água e drenagens de áreas alagadiças;
b) armazéns comunitários;
c) mercados de produtor;
d) estradas;
e) escolas e postos de saúde rurais;
f) energia;
g) comunicação;
h) saneamento básico;
i) lazer.

CAPÍTULO XIII - Do Crédito Rural

Art. 48 - O crédito rural, instrumento de financiamento da atividade rural, será


suprido por todos os agentes financeiros sem discriminação entre eles, mediante
aplicação compulsória, recursos próprios livres, dotações das operações oficiais de
crédito, fundos e quaisquer outros recursos, com os seguintes objetivos:

55
I - estimular os investimentos rurais para produção, extrativismo não predatório,
armazenamento, beneficiamento e instalação de agroindústria, sendo esta, quando
realizada por produtor rural ou suas formas associativas;
II - favorecer o custeio oportuno e adequado da produção, do extrativismo não
predatório e da comercialização de produtos agropecuários;
III - incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção,
visando ao aumento da produtividade, a melhoria do padrão de vida das populações
rurais e à adequada conservação do solo e preservação do meio ambiente;
IV - (vetado);
V - propiciar, através de modalidade de crédito fundiário, a aquisição e
regularização de terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendatários e
trabalhadores rurais;
VI - desenvolver atividades florestais e pesqueiras.
Parágrafo único. (Suprimido pela Lei 11.718/2008) Redações Anteriores

§ 1º Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, nos


termos do art. 3º da Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, o crédito rural terá por
objetivo estimular a geração de renda e o melhor uso da mão-de-obra familiar, por
meio do financiamento de atividades e serviços rurais agropecuários e não
agropecuários, desde que desenvolvidos em estabelecimento rural ou áreas
comunitárias próximas, inclusive o turismo rural, a produção de artesanato e
assemelhados. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 11.718/2008)
§ 2º Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, nos
termos do art. 3º da Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, o crédito rural poderá ser
destinado à construção ou reforma de moradias no imóvel rural e em pequenas
comunidades rurais. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 11.718/2008)

Art. 49 - O crédito rural terá como beneficiários produtores rurais extrativistas


não predatórios e indígenas, assistidos por instituições competentes, pessoas físicas
ou jurídicas que, embora não conceituadas como produtores rurais, se dediquem às
seguintes atividades vinculadas ao setor:

I - produção de mudas ou sementes básicas, fiscalizadas ou certificadas;


II - produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;
III - atividades de pesca artesanal e aqüicultura para fins comerciais;
IV - atividades florestais e pesqueiras.

§ 1º Podem ser beneficiários do crédito rural de comercialização, quando


necessário ao escoamento da produção agropecuária, beneficiadores e agroindústrias
que beneficiem ou industrializem o produto, desde que comprovada a aquisição da
matéria-prima diretamente de produtores ou suas cooperativas, por preço não inferior
ao mínimo fixado ou ao adotado como base de cálculo do financiamento, e mediante
deliberação e disciplinamento do Conselho Monetário Nacional. (Redação dada
pelo(a) Lei 11.775/2008_________________________________ Redação(ões)
Anterior(es)
§ 2º Para efeito do disposto no § 1º deste artigo, enquadramse como
beneficiadores os cerealistas que exerçam, cumulativamente, as atividades de limpeza,
padronização, armazenamento e comercialização de produtos agrícolas. (Redação

56
dada pelo(a) Lei 11.775/2008________________________________ Redação(ões)
Anterior(es)
Art. 50 - A concessão de crédito rural observará os seguintes preceitos básicos:

I - idoneidade do tomador;
II - fiscalização pelo financiador;
III - liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por intermédio de suas
associações formais ou informais, ou organizações cooperativas;
IV - liberação do crédito em função do ciclo da produção e da capacidade de
ampliação do financiamento;
V - prazos e épocas de reembolso ajustados à natureza e especificidade das
operações rurais, bem como à capacidade de pagamento e às épocas normais de
comercialização dos bens produzidos pelas atividades financeiras.

§ 1º - (vetado).
§ 2º - Poderá exigir-se dos demais produtores rurais contrapartida de recursos
próprios, em percentuais diferenciados, tendo em conta a natureza e o interesse da
exploração agrícola.
§ 3º - A aprovação do crédito rural levará sempre em conta o zoneamento
agroecológico.

Art. 51 - (vetado).
Art. 52 - O Poder Público assegurará crédito rural especial e diferenciado aos
produtores rurais assentados em áreas de reforma agrária.
Art. 53 - (vetado).
Art. 54 - (vetado).

CAPÍTULO XIV - Do Crédito Fundiário

Art. 55 - (vetado).

CAPÍTULO XV - Do Seguro Agrícola

Art. 56 - É instituído o seguro agrícola destinado a:

I - cobrir prejuízos decorrentes de sinistros que atinjam bens fixos e semifixos


ou semoventes;
II - cobrir prejuízos decorrentes de fenômenos naturais, pragas, doenças e
outros que atinjam plantações.
Parágrafo único. As atividades florestais e pesqueiras serão amparadas pelo
seguro agrícola previsto nesta Lei.

Art. 57 - (vetado).
Art. 58 - A apólice de seguro agrícola poderá constituir garantia nas operações
de crédito rural.

CAPÍTULO XVI DA GARANTIA DA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA

57
Art. 59. O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - PROAGRO será
regido pelas disposições desta Lei e assegurará ao produtor rural, na forma
estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional: (Redação dada pelo(a) Lei
12.058/2009)_______________________________ Redação(ões) Anterior(es)

I - a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural


de custeio cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais,
pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações; (Redação dada pelo(a) Lei
12.058/2009)_______________________________ Redação(ões) Anterior(es)
II - a indenização de recursos próprios utilizados pelo produtor em custeio rural,
quando ocorrer perdas em virtude dos eventos citados no inciso anterior.

Art. 60 - O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - PROAGRO será


custeado:

I - por recursos provenientes da participação dos produtores rurais;


II - por recursos do Orçamento da União e outros recursos que vierem a ser
alocados ao programa; (Redação dada pelo(a) Lei
12.058/2009)_______________________________ Redação(ões) Anterior(es)
III - pelas receitas auferidas da aplicação dos recursos dos incisos anteriores.

Art. 61 - (vetado).
Art. 62 - (vetado).
Art. 63 - (vetado).
Art. 64 - (vetado).
Art. 65 - O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - PROAGRO cobrirá
integral ou parcialmente:

I - os financiamentos de custeio rural;


II - os recursos próprios aplicados pelo produtor em custeio rural, vinculados
ou não a financiamentos rurais.
Parágrafo único. Não serão cobertas as perdas relativas à exploração rural
conduzida sem a observância da legislação e das normas do Proagro. (Redação dada
pelo(a) Lei 12.058/2009)_______________________________ Redação(ões)
Anterior(es)

Art. 65-A. Será operado, no âmbito do Proagro, o Programa de Garantia da


Atividade Agropecuária da Agricultura Familiar - PROAGRO Mais, que assegurará ao
agricultor familiar, na forma estabelecida pelo Conselho Monetário
Nacional: (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 12.058/2009)

I - a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural


de custeio ou de parcelas de investimento, cuja liquidação seja dificultada pela
ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e
plantações; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 12.058/2009)
II - a indenização de recursos próprios utilizados pelo produtor em custeio ou
em investimento rural, quando ocorrerem perdas em virtude dos eventos citados no
inciso I; (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 12.058/2009)

58
III - a garantia de renda mínima da produção agropecuária vinculada ao custeio
rural. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 12.058/2009)

Art. 65-B. A comprovação das perdas será efetuada pela instituição financeira,
mediante laudo de avaliação expedido por profissional habilitado. (Acrescentado(a)
pelo(a) Lei 12.058/2009)
Art. 65-C. Os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA e do
Desenvolvimento Agrário - MDA, em articulação com o Banco Central do Brasil,
deverão estabelecer conjuntamente as diretrizes para o credenciamento e para a
supervisão dos encarregados dos serviços de comprovação de perdas imputáveis ao
Proagro. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 12.058/2009)
Parágrafo único. O MDA credenciará e supervisionará os encarregados da
comprovação de perdas imputáveis ao Proagro, devendo definir e divulgar
instrumentos operacionais e a normatização técnica para o disposto neste artigo,
observadas as diretrizes definidas na forma do caput. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei
12.058/2009)
Art. 66 - Competirá à Comissão Especial de Recursos - CER, decidir, em única
instância administrativa, sobre recursos relativos à apuração de prejuízos e respectivas
indenizações no âmbito do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária -
PROAGRO.
Art. 66-A. O Proagro será administrado pelo Banco Central do Brasil, conforme
normas, critérios e condições definidas pelo Conselho Monetário
Nacional. (Acrescentado(a) pelo(a) Lei 12.058/2009)

CAPÍTULO XVII - Da Tributação e dos Incentivos Fiscais

Art. 67 - (vetado).
Art. 68 - (vetado).
Art. 69 - (vetado).
Art. 70 - (vetado).
Art. 71 - (vetado).
Art. 72 - (vetado).
Art. 73 - (vetado).
Art. 74 - (vetado).
Art. 75 - (vetado).
Art. 76 - (vetado).

CAPÍTULO XVIII - Do Fundo Nacional de Desenvolvimento Rural

Art. 77 - (vetado).
Art. 78 - (vetado).
Art. 79 - (vetado).
Art. 80 - (vetado).
Art. 81 - São fontes de recursos financeiros para o crédito rural:

I - (vetado);
II - programas oficiais de fomento;
III - caderneta de poupança rural operadas por instituições públicas e privadas;

59
IV - recursos financeiros de origem externa, decorrentes de empréstimos,
acordos ou convênios, especialmente reservados para aplicações em crédito rural;
V - recursos captados pelas cooperativas de crédito rural;
VI - multas aplicadas a instituições do sistema financeiro pelo descumprimento
de leis e normas de crédito rural;
VII - (vetado);
VIII - recursos orçamentários da União;
IX - (vetado);
X - outros recursos que venham a ser alocados pelo Poder Público.

Art. 82 - São fontes de recursos financeiros para o seguro agrícola:

I - os recursos provenientes da participação dos produtores rurais, pessoas física


e jurídica, de suas cooperativas e associações;
II - (vetado);
III - (vetado).
IV - (Revogado(a) pelo(a) Lei Complentar 137/2010) Redação(ões)
Anterior(es)
V - (Revogado(a) pelo(a) Lei Complentar 137/2010)__ Redação(ões)
Anterior(es)
VI - dotações orçamentárias e outros recursos alocados pela União; e
VII - (vetado).

Art. 83 - (vetado).

§ 1º - (vetado).
§ 2º - (vetado).

CAPÍTULO XIX - Da Irrigação e Drenagem

Art. 84 - A política de irrigação e drenagem será executada em todo o Território


Nacional, de acordo com a Constituição e com prioridade para áreas de comprovada
aptidão para irrigação, áreas de reforma agrária ou de colonização e projetos públicos
de irrigação.
Art. 85 - Compete ao Poder Público:

I - estabelecer as diretrizes da política nacional de irrigação e drenagem, ouvido


o Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA;
II - coordenar e executar o programa nacional de irrigação;
III - baixar normas objetivando o aproveitamento racional dos recursos hídricos
destinados à irrigação, promovendo a integração das ações dos órgãos federais,
estaduais, municipais e entidades públicas, ouvido o Conselho Nacional de Política
Agrícola - CNPA;
IV - apoiar estudos para a execução de obras de infra-estrutura e outras
referentes ao aproveitamento das bacias hidrográficas, áreas de rios perenizados ou
vales irrigáveis, com vistas a melhor e mais racional utilização das águas para irrigação;

60
V - instituir linhas de financiamento ou incentivos, prevendo encargos e prazos,
bem como modalidades de garantia compatíveis com as características da agricultura
irrigada, ouvido o Conselho Nacional de Política Agrícola - CNPA.

Art. 86 - (vetado).

CAPÍTULO XX - Da Habitação Rural

Art. 87 - É criada a política de habitação rural, cabendo à União destinar recursos


financeiros para a construção e/ou recuperação da habitação rural.

§ 1º - Parcela dos depósitos da Caderneta de Poupança Rural será destinada ao


financiamento da habitação rural.
§ 2º - (vetado).

Art. 88 - (vetado).
Art. 89 - O Poder Público estabelecerá incentivos fiscais para a empresa rural
ou para o produtor rural, nos casos em que sejam aplicados recursos próprios na
habitação para o produtor rural.
Art. 90 - (vetado).
Art. 91 - (vetado).
Art. 92 - (vetado).

CAPÍTULO XXI - Da Eletrificação Rural

Art. 93 - Compete ao Poder Público implementar a política de eletrificação rural,


com a participação dos produtores rurais, cooperativas e outras entidades associativas.

§ 1º - A política de energização rural e agroenergia engloba a eletrificação rural,


qualquer que seja sua fonte de geração, o reflorestamento energético e a produção
de combustíveis, a partir de culturas, da biomassa e dos resíduos agrícolas.
§ 2º - Entende-se por energização rural e agroenergia a produção e utilização
de insumos energéticos relevantes à produção e produtividade agrícola e ao bem-estar
social dos agricultores e trabalhadores rurais.

Art. 94 - O Poder Público incentivará prioritariamente:

I - atividades de eletrificação rural e cooperativas rurais, através de


financiamentos das instituições de crédito oficiais, assistência técnica na implantação
de projetos e tarifas de compra e venda de energia elétrica, compatíveis com os custos
de prestação de serviços;
II - a construção de pequenas centrais hidrelétricas e termoelétricas de
aproveitamento de resíduos agrícolas, que objetivem a eletrificação rural por
cooperativas rurais e outras formas associativas;
III - os programas de florestamento energético e manejo florestal, em
conformidade com a legislação ambiental, nas propriedades rurais;
IV - o estabelecimento de tarifas diferenciadas horozonais.

61
Art. 95 - As empresas concessionárias de energia elétrica deverão promover a
capacitação de mão-de-obra a ser empregada nas pequenas centrais referidas no
inciso II do artigo anterior.

CAPÍTULO XXII - Da Mecanização Agrícola

Art. 96 - Compete ao Poder Público implementar um conjunto de ações no


âmbito da mecanização agrícola, para que, com recursos humanos, materiais e
financeiros, alcance:

I - preservar e incrementar o parque nacional de máquinas agrícolas, evitando-


se o sucateamento e obsolescência, proporcionando sua evolução tecnológica;
II - incentivar a formação de empresas públicas ou privadas com o objetivo de
prestação de serviços mecanizados à agricultura, diretamente aos produtores e através
de associações ou cooperativas;
III - fortalecer a pesquisa nas universidades e institutos de pesquisa e
desenvolvimento na área de máquinas agrícolas, assim como os serviços de extensão
rural e treinamento em mecanização;
IV - aprimorar os centros de ensaios e testes para o desenvolvimento de
máquinas agrícolas;
V - (vetado);
VI - divulgar e estimular as práticas de mecanização que promovam a
conservação do solo e do meio ambiente.

CAPÍTULO XXIII - Das Disposições Finais

Art. 97 - No prazo de noventa dias da promulgação desta Lei, o Poder Executivo


encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre: produção,
comercialização e uso de produtos biológicos de uso em imunologia e de uso
veterinário, corretivos, fertilizantes e inoculantes, sementes e mudas, alimentos de
origem animal e vegetal, código e uso do solo e de água, e reformulando a legislação
que regula as atividades dos Armazéns Gerais.
Art. 98 - É o Poder Executivo autorizado a outorgar concessões remuneradas
de uso pelo prazo máximo de até vinte e cinco anos, sobre as faixas de domínio das
rodovias federais, para fins exclusivos de implantação de reflorestamentos.
Parágrafo único. As concessões de que trata este artigo deverão obedecer às
normas específicas sobre a utilização de bens públicos e móveis, constantes da
legislação pertinente.
Art. 99 - A partir do ano seguinte ao de promulgação desta Lei, obriga-se o
proprietário rural, quando for o caso, a recompor em sua propriedade a Reserva
Florestal Legal, prevista na Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, com a nova
redação dada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989, mediante o plantio, em cada
ano, de pelo menos um trinta avos da área total para complementar a referida Reserva
Florestal Legal - RFL.___________ Redação(ões) Anterior(es)

§ 1º - (Vetado). _______________ Redação(ões) Anterior(es)

62
§ 2º - O reflorestamento de que trata o "caput" deste artigo será efetuado
mediante normas que serão aprovadas pelo órgão gestor da
matéria._____________________ Redação(ões) Anterior(es)

Art. 100 - (Vetado).


Art. 101 - (Vetado).
Art. 102 - O solo deve ser respeitado como patrimônio natural do País.
Parágrafo único. A erosão dos solos deve ser combatida pelo Poder Público e
pelos proprietários rurais.
Art. 103 - O Poder Público, através dos órgãos competentes, concederá
incentivos especiais ao proprietário rural que:

I - preservar e conservar a cobertura florestal nativa existente na propriedade;


II - recuperar com espécies nativas ou ecologicamente adaptadas as áreas já
devastadas de sua propriedade;
III - sofrer limitação ou restrição no uso de recursos naturais existentes na sua
propriedade, para fins de proteção dos ecossistemas, mediante ato do órgão
competente, federal ou estadual.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, consideram-se incentivos:

I - a prioridade na obtenção de apoio financeiro oficial, através da concessão


de crédito rural e outros tipos de financiamentos, bem como a cobertura do seguro
agrícola concedidos pelo Poder Público.
II - a prioridade na concessão de benefícios associados a programas de infra-
estrutura rural, notadamente de energização, irrigação, armazenagem, telefonia e
habitação;
III - a preferência na prestação de serviços oficiais de assistência técnica e de
fomento, através dos órgãos competentes;
IV - adotar, em sua propriedade, sistemas integrados agroflorestais,
agropastoris ou agrossilvopastoris voltados para a recuperação de áreas degradas ou
em fase de degradação. (Redação dada pela Lei Ordinária
12805/2013)____________________________________ Redações Anteriores
V - o apoio técnico-educativo no desenvolvimento de projetos de preservação,
conservação e recuperação ambiental.

Art. 104 - São isentas de tributação e do pagamento do Imposto Territorial Rural


as áreas dos imóveis rurais consideradas de preservação permanente e de reserva
legal, previstas na Lei nº 4.771, de 1965, com a nova redação dada pela Lei nº 7.803,
de 1989.
Parágrafo único. A isenção do Imposto Territorial Rural - ITR estende-se às
áreas da propriedade rural de interesse ecológico para a proteção dos ecossistemas,
assim declarados por ato do órgão competente - federal ou estadual - e que ampliam
as restrições de uso previstas no "caput" deste artigo.
Art. 105 - (Vetado).
Art. 106 - O Ministério da Agricultura e Reforma Agrária - MARA autorizado a
firmar convênios ou ajustes com os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, os
Municípios, entidades e órgãos públicos e privados, cooperativas, sindicatos,

63
universidades, fundações e associações, visando ao desenvolvimento das atividades
agropecuárias, agroindustriais, pesqueiras e florestais, dentro de todas as ações,
instrumentos, objetivos e atividades previstas nesta Lei.
Art. 107 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 108 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 17 de janeiro de 1991; 170° da Independência e 103° da República.


FERNANDO COLLOR
Antonio Cabrera Mano Filho
D.O.U., 08/01/91
LEGISLAÇÃO FEDERAL

SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA

Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006

Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de


1991, organiza o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, alínea ¿a¿, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 27-
A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991,
DECRETA:

Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo deste Decreto, o Regulamento dos


arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991.
Art. 2º Compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a edição
dos atos e normas complementares previstos no Regulamento ora aprovado. (Redação
dada pelo(a) Decreto
6.348/2008)________________________________ Redação(ões) Anterior(es)
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 30 de março de 2006; 185º da Independência e 118º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Roberto Rodrigues
Miguel Soldatelli Rossetto

ANEXO

REGULAMENTO DOS ARTS. 27-A, 28-A E 29-A DA LEI Nº 8.171, DE 17 DE


JANEIRO DE 1991

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído, na forma definida neste Regulamento, o Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

64
§ 1º Participarão do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária:

I - serviços e instituições oficiais;


II - produtores e trabalhadores rurais, suas associações e técnicos que lhes
prestam assistência;
III - órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculados
à sanidade agropecuária; e
IV - entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para
complementar as ações públicas no campo da defesa agropecuária.

§ 2º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária opera em


conformidade com os princípios e definições da sanidade agropecuária, incluindo o
controle de atividades de saúde, sanidade, inspeção, fiscalização, educação, vigilância
de animais, vegetais, insumos e produtos de origem animal e vegetal.
§ 3º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária desenvolverá,
permanentemente, as seguintes atividades:

I - vigilância e defesa sanitária vegetal;


II - vigilância e defesa sanitária animal;
III - inspeção e classificação de produtos de origem vegetal, seus derivados,
subprodutos e resíduos de valor econômico;
IV - inspeção e classificação de produtos de origem animal, seus derivados,
subprodutos e resíduos de valor econômico; e
V - fiscalização dos insumos e dos serviços usados nas atividades agropecuárias.

§ 4º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária articular-se-á


com o Sistema Único de Saúde, no que for atinente à saúde pública.

Seção I
Dos Princípios e Obrigações Gerais

Art. 2º As regras e os processos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária contêm os princípios a serem observados em matéria de sanidade
agropecuária, especialmente os relacionados com as responsabilidades dos
produtores, dos fabricantes e das autoridades competentes, com requisitos estruturais
e operacionais da sanidade agropecuária.

§ 1º As regras gerais e específicas do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária têm por objetivo garantir a proteção da saúde dos animais e a sanidade
dos vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agropecuária, e
identidade, qualidade e segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos
agropecuários finais destinados aos consumidores.
§ 2º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária funciona de
forma integrada para garantir a sanidade agropecuária, desde o local da produção
primária até a colocação do produto final no mercado interno ou a sua destinação para
a exportação.

65
§ 3º Os produtores rurais, industriais e fornecedores de insumos, distribuidores,
cooperativas e associações, industriais e agroindustriais, atacadistas e varejistas,
importadores e exportadores, empresários e quaisquer outros operadores do
agronegócio, ao longo da cadeia de produção, são responsáveis pela garantia de que
a sanidade e a qualidade dos produtos de origem animal e vegetal, e a dos insumos
agropecuários não sejam comprometidas.
§ 4º A realização de controles oficiais nos termos deste Regulamento não exime
os participantes da cadeia produtiva da responsabilidade legal e principal de garantir
a saúde dos animais, a sanidade dos vegetais, a segurança, a qualidade e a identidade
dos produtos de origem animal e vegetal, e dos insumos agropecuários, nem impede
a realização de novos controles ou isenta da responsabilidade civil ou penal decorrente
do descumprimento de suas obrigações.
§ 5º Os produtores rurais e os demais integrantes das cadeias produtivas
cooperarão com as autoridades competentes para assegurar maior efetividade dos
controles oficiais e melhoria da sanidade agropecuária.
§ 6º Os processos de controle sanitário incluirão a rastreabilidade dos produtos
de origem animal e vegetal, dos insumos agropecuários e respectivos ingredientes e
das matérias-primas, ao longo da cadeia produtiva.
§ 7º As normas complementares de defesa agropecuária decorrentes deste
Regulamento serão fundamentadas em conhecimento científico.
§ 8º A importação e a exportação de animais e vegetais, de produtos de origem
animal e vegetal, dos insumos agropecuários e respectivos ingredientes e das
matérias-primas respeitarão as disposições deste Regulamento.
§ 9º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária respeitará as
especificidades regionais de produtos e das diferentes escalas de produção, incluindo
a agroindústria rural de pequeno porte. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)

Art. 3º A área municipal é a unidade geográfica básica para a organização do


Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e para o funcionamento dos
serviços oficiais de sanidade agropecuária.
Art. 4º Este Regulamento se aplica a todas as fases da produção,
transformação, distribuição e dos serviços agropecuários, sem prejuízo de requisitos
específicos para assegurar a sanidade agropecuária, a qualidade, a origem e
identidade dos produtos e insumos agropecuários.
Art. 5º Os participantes da cadeia produtiva estão obrigados a cientificar à
autoridade competente, na forma por ela requerida:

I - nomes e características dos estabelecimentos sob o seu controle, que se


dedicam a qualquer das fases de produção, transformação, distribuição e dos serviços
agropecuários;
II - informações atualizadas sobre os estabelecimentos, mediante a notificação
de qualquer alteração significativa das atividades e de seu eventual encerramento; e
III - ocorrência de alterações das condições sanitárias e fitossanitárias
registrada em seus estabelecimentos, unidades produtivas ou propriedades.

Art. 6º Este Regulamento estabelece as regras destinadas aos participantes do


Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e as normas para a realização
de controles oficiais destinados a verificar o cumprimento da legislação sanitária

66
agropecuária e a qualidade dos produtos e insumos agropecuários, levando em
consideração:

I - a garantia da saúde dos animais e sanidade dos vegetais;


II - a garantia da sanidade, qualidade e segurança dos produtos de origem
animal e vegetal ao longo da cadeia produtiva, a partir da produção primária;
III - a manutenção da cadeia do frio, em especial para os produtos de origem
animal e vegetal congelados ou perecíveis que não possam ser armazenados com
segurança à temperatura ambiente;
IV - a aplicação geral dos procedimentos baseados no sistema de Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC e análises de riscos;
V - o atendimento aos critérios microbiológicos;
VI - a garantia de que os animais, vegetais, insumos agropecuários e produtos
de origem animal e vegetal importados respeitem os mesmos padrões sanitários e de
qualidade exigidos no Brasil, ou padrões equivalentes;
VII - a prevenção, eliminação ou redução dos riscos para níveis aceitáveis;
VIII - o cumprimento das normas zoossanitárias e fitossanitárias;
IX - a observação dos métodos oficiais de amostragens e análises; e
X - o atendimento aos demais requisitos estabelecidos pela legislação sanitária
agropecuária.

§ 1º Os métodos oficiais de amostragem e análise utilizados como referência


serão estabelecidos observando norma específica.
§ 2º Enquanto não forem especificados os métodos oficiais de amostragem ou
de análise, podem ser utilizados métodos que sejam cientificamente validados em
conformidade com regras ou protocolos internacionalmente reconhecidos.

"Art. 7º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá


normas específicas de defesa agropecuária a serem observadas: (Alterado pelo
decreto 8471 de 22/06/2015 ) Redação anterior

I - na produção rural para a preparação, a manipulação ou a armazenagem


doméstica de produtos de origem agropecuária para consumo familiar, que ficará
dispensada de registro, inspeção e fiscalização;
II - na venda ou no fornecimento a retalho ou a granel de pequenas quantidades
de produtos da produção primária, direto ao consumidor final, pelo agricultor familiar
ou equivalente e suas organizações ou pelo pequeno produtor rural que os produz; e
III - na agroindustrialização realizada pela agricultura familiar ou equivalente e
suas organizações, inclusive quanto às condições estruturais e de controle de processo.

§ 1º As normas específicas de que trata o caput deverão ser editadas no prazo


de até:
I - noventa dias, no caso do inciso II do caput; e
II - cento e oitenta dias, no caso do inciso III do caput. § 2º As normas
específicas previstas neste artigo deverão observar o risco mínimo de disseminação de
doenças para saúde animal, de pragas e de agentes microbiológicos e químicos
prejudiciais à saúde pública e os interesses dos consumidores."

67
(NR)_________________________Inciso acrescentado pelo decreto 8471 de
22/06/2015

"Art. 7º-A. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá


classificar o estabelecimento agroindustrial de bebidas ou de produtos de origem
animal como agroindústria artesanal, considerados os costumes, os hábitos e os
conhecimentos tradicionais na perspectiva da valorização da diversidade alimentar e
do multiculturalismo dos povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares."
(NR)_________________________Acrescentado pelo decreto 8471 de 22/06/2015
Art. 8º Este Regulamento não desobriga o atendimento de quaisquer
disposições específicas relativas a outros controles oficiais não relacionados com
defesa agropecuária da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Parágrafo único. Entre os controles oficiais da União mencionados no caput
estão as disposições relativas ao controle higiênico-sanitário estabelecidas pelo
Sistema Único de Saúde - SUS.

CAPÍTULO II
DO SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA
Seção I
Das Instâncias

Art. 9º As atividades do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária


serão executadas pelas Instâncias Central e Superior, Intermediárias e Locais.

§ 1º A Instância Central e Superior responderá pelas atividades privativas do


Governo Federal, de natureza política, estratégica, normativa, reguladora,
coordenadora, supervisora, auditora, fiscalizadora e inspetora, incluindo atividades de
natureza operacional, se assim determinar o interesse nacional ou regional.
§ 2º As Instâncias Intermediárias serão responsáveis pela execução das
atividades de natureza estratégica, normativa, reguladora, coordenadora e operativa
de interesse da União, e também as privativas dos Estados ou do Distrito Federal, em
seus respectivos âmbitos de atuação e nos termos das regulamentações federal,
estadual ou distrital pertinentes.
§ 3º As Instâncias Locais responderão pela execução de ações de interesse da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, no âmbito de sua atuação,
nos termos das legislações federal, estadual, distrital ou municipal pertinentes.
§ 4º Cabe aos integrantes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária zelar pelo pleno cumprimento das legislações especificas vigentes, que
regulamentam as atividades de defesa agropecuária, as obrigações e os compromissos
assumidos pelos acordos internacionais.
§ 5º Atos de controle realizados por autoridades competentes das três
Instâncias são considerados atos diretos do Poder Público.
§ 6º Incumbe às autoridades competentes das três Instâncias assegurar:

I - a eficácia e a adequação dos controles oficiais em todas as fases das cadeias


produtivas;
II - a contratação, por concurso público, do pessoal que efetua os controles
oficiais;

68
III - a ausência de quaisquer conflitos de interesses por parte do pessoal que
efetua os controles oficiais;
IV - a existência ou o acesso a laboratórios com capacidade adequada para a
realização de testes, com pessoal qualificado e experiente em número suficiente, de
forma a realizar os controles oficiais com eficiência e eficácia;
V - a disponibilidade, a adequação e a devida manutenção de instalações e
equipamentos, para garantir que o pessoal possa realizar os controles oficiais com
segurança e efetividade;
VI - a existência dos poderes legais necessários para efetuar os controles oficiais
e tomar as medidas previstas neste Regulamento; e
VII - a existência de planos de emergência e de contingência, e a preparação
das equipes para executar esses planos.

§ 7º As autoridades competentes das três Instâncias garantirão imparcialidade,


qualidade e coerência dos controles oficiais.

Art. 10. As três Instâncias assegurarão que os controles oficiais sejam realizados
regularmente, em função dos riscos sanitários agropecuários existentes ou potenciais
e com freqüência adequada para alcançar os objetivos deste Regulamento, sobretudo:

I - riscos identificados ou associados;


II - antecedentes dos responsáveis pela produção ou pelo processamento;
III - confiabilidade de autocontroles realizados; e
IV - indícios de descumprimento deste Regulamento ou da legislação específica.

Art. 11. A critério da autoridade competente, os controles oficiais poderão ser


efetuados em qualquer fase da produção, da transformação, do armazenamento, do
transporte e da distribuição e abrangerão o mercado interno, as exportações e as
importações.

§ 1º As autoridades competentes de cada Instância verificarão o cumprimento


da legislação mediante controles não-discriminatórios.
§ 2º Para a organização dos controles oficiais, as autoridades competentes de
cada Instância solicitarão aos produtores documentos e informações adicionais sobre
seus produtos.
§ 3º Caso seja constatado qualquer descumprimento durante um controle
efetuado no local de destino, ou durante a armazenagem ou o transporte, as
autoridades competentes de cada Instância tomarão as medidas adequadas.
§ 4º As auditorias, inspeções e fiscalizações serão efetuadas sem aviso prévio,
exceto em casos específicos em que seja obrigatória a notificação prévia do
responsável pelo estabelecimento ou pelos serviços.

Art. 12. A adequação, formulação ou as alterações de normas de defesa


agropecuária observarão as disposições deste Regulamento, para o contínuo
aprimoramento do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

Seção II
Da Instância Central e Superior

69
Art. 13. As atividades da Instância Central e Superior são exercidas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e seus órgãos colegiados,
constituídos e disciplinados pelo Conselho Nacional de Política Agrícola, nos termos
do art. 5º da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991.

§ 1º Cabe ao Conselho Nacional de Política Agrícola assegurar que órgãos


colegiados sejam constituídos com participação de representantes dos governos e da
sociedade civil, garantindo funcionamento democrático e harmonizando interesses
federativos e de todos os participantes do sistema, e aprovar os regimentos internos
dos órgãos colegiados.
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, institucionalizará os órgãos colegiados no prazo máximo de noventa
dias após a constituição pelo Conselho Nacional de Política Agrícola.
§ 3º As Unidades Descentralizadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
e Laboratórios Nacionais Agropecuários - são integrantes da Instância Central e
Superior.
§ 4º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, constituirá, no prazo definido no § 2º, Comitês Executivos para
apoiar a gestão de defesa agropecuária de responsabilidade da Instância Central e
Superior.

Art. 14. À Instância Central e Superior do Sistema Unificado de Atenção à


Sanidade Agropecuária compete:

I - a vigilância agropecuária de portos, aeroportos e postos de fronteira


internacionais e aduanas especiais;
II - a fixação de normas referentes a campanhas de controle e de erradicação
de pragas dos vegetais e doenças dos animais;
III - a aprovação dos métodos de diagnóstico e dos produtos de usos veterinário
e agronômico;
IV - a manutenção do sistema de informações epidemiológicas;
V - a regulamentação, regularização, implantação, implementação, coordenação
e avaliação das atividades referentes à educação sanitária em defesa agropecuária,
nas três Instâncias do Sistema Unificado;
VI - a auditoria, a supervisão, a avaliação e a coordenação das ações
desenvolvidas nas Instâncias intermediárias e locais;
VII - a representação do País nos fóruns internacionais que tratam de defesa
agropecuária;
VIII - a realização de estudos de epidemiologia e de apoio ao desenvolvimento
do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária;
IX - o aprimoramento do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária;
X - a cooperação técnica às outras instâncias do Sistema Unificado de Atenção
à Sanidade Agropecuária;
XI - a manutenção das normas complementares de defesa agropecuária; e

70
XII - a execução e a operacionalização de atividades de certificação e vigilância
agropecuária, em áreas de sua competência.

Art. 15. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, é
responsável por:

I - elaborar os regulamentos sanitários e fitossanitários para importação e


exportação de animais, vegetais e suas partes, produtos e subprodutos, matérias
orgânicas, organismos biológicos e outros artigos regulamentados em função do risco
associado à introdução e à disseminação de pragas e doenças;
II - organizar, conduzir, elaborar e homologar análise de risco de pragas e
doenças para importação e exportação de produtos e matérias-primas;
III - promover o credenciamento de centros colaboradores;
IV - participar no desenvolvimento de padrões internacionais relacionados ao
requerimento sanitário e fitossanitário, e à análise de risco para pragas e doenças;
V - gerenciar, compilar e sistematizar informações de risco associado às pragas
e doenças; e
VI - promover atividades de capacitação nos temas relacionados ao risco
associado às pragas e doenças.

Art. 16. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, estabelecerá as normas operacionais, contemplando o
detalhamento das atividades do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, no âmbito de sua competência.
Art. 17. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios fornecerão as informações
solicitadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.
Art. 18. Para operacionalização e controle do Sistema Unificado de Atenção à
Sanidade Agropecuária, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior, deverá:

I - organizar e definir as relações entre as autoridades do Sistema Unificado de


Atenção à Sanidade Agropecuária;
II - estabelecer os objetivos e metas a alcançar;
III - definir funções, responsabilidades e deveres do pessoal;
IV - estabelecer procedimentos de amostragem, métodos e técnicas de controle,
interpretação dos resultados e decisões decorrentes;
V - desenvolver os programas de acompanhamento dos controles oficiais e da
vigilância agropecuária;
VI - apoiar assistência mútua quando os controles oficiais exigirem a intervenção
de mais de uma das Instâncias Intermediárias;
VII - cooperar com outros serviços ou departamentos que possam ter
responsabilidades neste âmbito;
VIII - verificar a conformidade dos métodos de amostragem, dos métodos de
análise e dos testes de detecção; e
IX - desenvolver ou promover outras atividades e gerar informações necessárias
para o funcionamento eficaz dos controles oficiais.

71
Seção III
Das Instâncias Intermediárias

Art. 19. As atividades das Instâncias Intermediárias serão exercidas, em cada


unidade da Federação, pelo órgão com mandato ou com atribuição para execução de
atividades relativas à defesa agropecuária.

§ 1º As atividades das Instâncias Intermediárias poderão ser exercidas por


instituições definidas pelos Governos Estaduais ou pelo Distrito Federal, podendo
representar:

I - regiões geográficas;
II - grupos de Estados, Estado ou o Distrito Federal, individualmente;
III - pólos produtivos; e
IV - região geográfica específica.

§ 2º As Instâncias Intermediárias designarão as autoridades competentes


responsáveis pelos objetivos e controles oficiais previstos neste Regulamento.
§ 3º Quando uma das Instâncias Intermediárias atribuir competência para
efetuar controles oficiais a uma autoridade ou autoridades de outra Instância
Intermediária, ou a outra instituição, a Instância que delegou garantirá coordenação
eficiente e eficaz entre todas as autoridades envolvidas.

Art. 20. Às Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção


competem as seguintes atividades:

I - vigilância agropecuária do trânsito interestadual de vegetais e animais;


II - coordenação e execução de programas e campanhas de controle e
erradicação de pragas dos vegetais e doenças dos animais;
III - manutenção dos informes nosográficos;
IV - coordenação e execução das ações de epidemiologia;
V - coordenação e execução dos programas, dos projetos e das atividades de
educação sanitária em sua área de atuação; e
VI - controle da rede de diagnóstico e dos profissionais de sanidade
credenciados.

Art. 21. A Instância Intermediária tomará as medidas necessárias para garantir


que os processos de controle sejam efetuados de modo equivalente em todos os
Municípios e Instâncias Locais.

§ 1º A autoridade competente da unidade da Federação de destino deve


verificar o cumprimento da legislação mediante controles não-discriminatórios.
§ 2º Caso seja constatado qualquer descumprimento durante o controle
efetuado no local de destino, ou durante a armazenagem ou o transporte, a Instância
Intermediária tomará as medidas adequadas.
Art. 22. As Instâncias Intermediárias coordenarão e compilarão as informações
referentes às atividades de sanidade agropecuária em seu âmbito de atuação.

72
Seção IV
Das Instâncias Locais

Art. 23. As atividades da Instância Local serão exercidas pela unidade local de
atenção à sanidade agropecuária, a qual estará vinculada à Instância Intermediária,
na forma definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior, e poderá abranger uma ou mais unidades geográficas
básicas, Municípios, incluindo microrregião, território, associação de Municípios,
consórcio de Municípios ou outras formas associativas de Municípios.

§ 1º A Instância Local dará, na sua jurisdição, plena atenção à sanidade


agropecuária, com a participação da sociedade organizada, tratando das seguintes
atividades:

I - cadastro das propriedades;


II - inventário das populações animais e vegetais;
III - controle de trânsito de animais e vegetais;
IV - cadastro dos profissionais atuantes em sanidade;
V - execução dos programas, projetos e atividades de educação sanitária em
defesa agropecuária, na sua área de atuação;
VI - cadastro das casas de comércio de produtos de usos agronômico e
veterinário;
VII - cadastro dos laboratórios de diagnósticos de doenças;
VIII - inventário das doenças e pragas diagnosticadas;
IX - execução de campanhas de controle de doenças e pragas;
X - educação e vigilância sanitária;
XI - participação em projetos de erradicação de doenças e pragas; e
XII - atuação em programas de erradicação de doenças e pragas.

§ 2º As Instâncias Locais designarão as autoridades competentes responsáveis


para efeitos dos objetivos e dos controles oficiais previstos neste Regulamento.

Art. 24. A Instância Local poderá ter mais de uma unidade de atendimento à
comunidade e aos produtores rurais em defesa agropecuária.
Art. 25. As Instâncias Locais, pelos escritórios de atendimento à comunidade e
pelas unidades locais de atenção à sanidade agropecuária, são os órgãos de notificação
dos eventos relativos à sanidade agropecuária.

CAPÍTULO III
DOS PROCESSOS DAS INSTÂNCIAS DO SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À
SANIDADE AGROPECUÁRIA
Seção I
Da Erradicação e Dos Controles de Pragas e Doenças

Art. 26. As estratégias e as políticas de promoção da sanidade e da vigilância


agropecuária serão ecossistêmicas e descentralizadas, por tipo de problema sanitário,

73
visando ao alcance de áreas livres de pragas e doenças, conforme previsto em acordos
e tratados internacionais subscritos pelo País.

§ 1º Sempre que recomendado epidemiologicamente, é prioritária a erradicação


das doenças e pragas na estratégia de áreas livres.
§ 2º Na impossibilidade de erradicação, serão adotados os programas de
prevenção, controle e vigilância sanitária e fitossanitária visando à contenção da
doença ou praga para o reconhecimento da condição de área de baixa prevalência ou
para o estabelecimento de sistema de mitigação de risco.

Art. 27. Para todos os casos relevantes, será adotado plano de contingência ou
plano emergencial ajustado ao papel de cada Instância do Sistema.
Art. 28. As campanhas nacionais ou regionais de prevenção, controle e
erradicação serão compatíveis com o objetivo de reconhecimento da condição de área,
compartimento, zona ou local livre ou área de baixa prevalência de praga ou doença.
Art. 29. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, estabelecerá e atualizará os requisitos sanitários e fitossanitários
para o trânsito nacional e internacional de animais e vegetais, suas partes, produtos e
subprodutos de origem animal e vegetal, resíduos de valor econômico, organismos
biológicos e outros produtos e artigos regulamentados, que possam servir de
substrato, meio de cultura, vetor ou veículo de disseminação de pragas ou doenças.
Art. 30. As Instâncias Intermediárias e Locais implantarão sistema de alerta e
comunicação para notificação de riscos diretos ou indiretos à saúde animal e sanidade
vegetal, e para troca de informações que facilitem ação de avaliação e gestão dos
riscos, rápida e adequada, por parte dos integrantes do Sistema Unificado de Atenção
à Sanidade Agropecuária.
Art. 31. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, disciplinará mecanismos que viabilizem a participação de consórcios
de entidades públicas e privadas, institutos e fundos, para a implementação de política
sanitária ou fitossanitária comuns, de forma a garantir maior inserção da microrregião
nos mercados regional, nacional e internacional.
Art. 32. As três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária desenvolverão mecanismos de mobilização, articulação e organização da
comunidade local, na formulação, implementação e avaliação das políticas sanitárias
ou fitossanitárias.
Art. 33. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, elaborará planos de contingência, de controle e de emergência
para doenças e pragas de impacto, e institucionalizará Grupos Nacionais de
Emergências Sanitária e Fitossanitária.

§ 1º Os planos de contingência, de controle e de emergência para doenças e


pragas de impacto serão elaborados de forma preventiva e constituirão prioridade para
as três Instâncias.
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, coordenará os Grupos Nacionais de Emergências Sanitária e
Fitossanitária e definirá as normas para sua constituição, seu funcionamento, seus
programas de capacitação, treinamento, hierarquia e competências específicas.

74
§ 3º Os Grupos Nacionais de Emergências Sanitária e Fitossanitária serão
constituídos, preferencialmente, por tipo de problema sanitário ou fitossanitário.
§ 4º Para o funcionamento dos Grupos Nacionais de Emergências Sanitária ou
Fitossanitária, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, garantirá equipes mínimas, capacitação permanente e condições
de mobilização para atuar nas ações de controle de emergências sanitárias e
fitossanitárias.
§ 5º Os Grupos Nacionais de Emergências Sanitária ou Fitossanitária poderão
ser auxiliados por equipes técnicas especializadas, na forma definida pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

Art. 34. As Instâncias Intermediárias institucionalizarão e coordenarão os


Grupos Estaduais ou Regionais de Emergências Sanitária e Fitossanitária.
Parágrafo único. Para sua atuação, os Grupos Estaduais ou Regionais de
Emergências Sanitária e Fitossanitária deverão ser reconhecidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.
Art. 35. Os Grupos Nacionais, Estaduais ou Regionais de Emergências Sanitária
e Fitossanitária atuarão como órgãos operativos e auxiliares às atividades das
autoridades competentes, apoiados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, funcionando como força-tarefa.

§ 1º Os Grupos Nacionais, Estaduais ou Regionais de Emergência Sanitária e


Fitossanitária iniciarão suas atividades de campo com a declaração de estado de alerta
ou de emergência sanitária ou fitossanitária, na forma definida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.
§ 2º Os Grupos Nacionais, Estaduais ou Regionais de Emergência Sanitária e
Fitossanitária estarão permanentemente articulados e em estado de prontidão,
independentemente das declarações de emergência, podendo realizar as ações
preventivas e corretivas recomendadas à contenção do evento sanitário ou
fitossanitário.

Art. 36. Os programas de capacitação e treinamento dos Grupos Nacionais,


Estaduais ou Regionais de Emergência Sanitária e Fitossanitária serão coordenados
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e
Superior, observando planos de contingência, de controle e de emergência.

Seção II
Da Saúde Animal

Art. 37. O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária manterá


serviço de promoção de saúde animal, prevenção, controle e erradicação de doenças
que possam causar danos à produtividade animal, à economia e à sanidade
agropecuária, e desenvolverá as seguintes atividades, respeitando as atribuições de
cada Instância do Sistema, de acordo com a legislação vigente:

I - avaliação de riscos e controle de trânsito de animais, seus produtos,


subprodutos, resíduos e quaisquer outros produtos ou mercadorias que possam servir
de substrato, meio de cultura, vetor ou veículo de doenças;

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II - elaboração de políticas, normas e diretrizes para os programas de
prevenção, controle e erradicação de doenças, objetivando o estabelecimento de área
livre ou controlada;
III - programação, coordenação e execução de ações de vigilância zoossanitária,
especialmente a definição de requisitos sanitários a serem observados no trânsito de
animais, produtos, subprodutos e derivados de origem animal;
IV - elaboração de planos de contingência, de controle e de emergência para
doenças de impacto, definindo as autoridades administrativas que intervirão, os
respectivos poderes e responsabilidades, e os canais e procedimentos para troca de
informações entre os diferentes intervenientes;
V - planejamento, coordenação e implementação do sistema de informação
zoossanitária e banco de dados correspondente, com o objetivo de facilitar a
coordenação das atividades, o intercâmbio de informações e a elaboração e execução
de projetos comuns;
VI - planejamento, coordenação e realização de estudos epidemiológicos para
doenças de interesse em saúde animal;
VII - realização de estudos e análises de dados zoossanitários e investigações
epidemiológicas correspondentes, para subsidiar as ações de planejamento, avaliação
e controle relacionadas aos programas sanitários e às estratégias para o
desenvolvimento da política nacional em saúde animal;
VIII - programação, coordenação e execução da fiscalização do trânsito de
animais, de produtos veterinários, de materiais de multiplicação animal, de produtos
destinados à alimentação animal, produtos, subprodutos e derivados de origem
animal, incluindo a aplicação de requisitos sanitários a serem observados na
importação e exportação;
IX - planejamento, coordenação e execução de ações relacionadas às
quarentenas animais e respectivos estabelecimentos quarentenários;
X - planejamento, coordenação e execução de ações relacionadas com a
realização de exposições, feiras, leilões e outras aglomerações animais;
XI - estabelecimento de procedimentos de controle, inclusive por meio de
auditorias, em qualquer Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, que auxiliem a gestão em saúde animal, a supervisão das atividades e
a revisão do planejamento;
XII - designação e habilitação, em trabalho conjunto com o sistema de vigilância
agropecuária internacional, de pontos específicos de entrada no território brasileiro de
animais e produtos importados que exijam notificação prévia à chegada, considerando
o risco associado, acesso às instalações de controle, armazenamento, local apropriado
para quarentena e presença de laboratório de apoio;
XIII - articulação com a rede de laboratórios credenciados, oficiais e acreditados
nas atividades relacionadas à saúde animal, visando a elevar a qualidade e
uniformidade dos resultados; e
XIV - coordenação do sistema de alerta zoossanitário para notificação de riscos
para a saúde animal e para informações que facilitem ação de gestão dos riscos rápida
e adequada.
Parágrafo único. A importação de animais, seus produtos, derivados,
subprodutos e resíduos de valor econômico, e de materiais de multiplicação animal,
órgãos, tecidos e células animais, atenderão aos preceitos definidos por meio de

76
análise de risco e procedimentos definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior.

Seção III
Da Sanidade Vegetal

Art. 38. O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária manterá


serviço de promoção da sanidade vegetal, prevenção, controle e erradicação de pragas
que possam causar danos à produtividade vegetal, à economia e à sanidade
agropecuária, e desenvolverá as seguintes atividades, respeitando as atribuições de
cada Instância do Sistema, de acordo com a legislação vigente:

I - avaliação de riscos e controle de trânsito de vegetais, seus produtos,


subprodutos, resíduos, material orgânico e organismos biológicos, e quaisquer outros
produtos, insumos ou mercadorias que possam servir de substrato, meio de cultura,
vetor ou veículo de pragas;
II - elaboração de políticas, normas e diretrizes para os programas de
prevenção, controle e erradicação de pragas, objetivando a erradicação ou o
estabelecimento de área livre, local livre, área de baixa prevalência ou sistema de
mitigação de risco de pragas regulamentadas;
III - programação, coordenação e execução de ações de vigilância fitossanitária,
especialmente a definição de requisitos a serem observados no trânsito de vegetais,
produtos, subprodutos, resíduos, material orgânico e organismos biológicos, e
quaisquer outros produtos, insumos ou mercadorias que possam servir de substrato,
meio de cultura, vetor ou veículo de pragas;
IV - elaboração de planos de contingência, de controle e de emergência para
pragas regulamentadas, definindo as autoridades administrativas que intervirão, os
respectivos poderes e responsabilidades e os canais e procedimentos para troca de
informações entre os diferentes intervenientes;
V - planejamento, coordenação e implementação do sistema de informação
fitossanitária e banco de dados correspondente, com o objetivo de facilitar a
coordenação das atividades, o intercâmbio de informações e a elaboração e execução
de projetos comuns;
VI - estabelecimento dos requisitos fitossanitários para a autorização de
importação e exportação de vegetais e seus produtos e subprodutos, e quaisquer
outros itens regulamentados, com finalidade comercial, científica, cultural e
diplomática;
VII - realização de estudos e análises de dados e investigações fitossanitários
correspondentes, para subsidiar as ações de planejamento, avaliação e controle
relacionadas aos programas e às estratégias para o desenvolvimento da política
nacional em sanidade vegetal;
VIII - programação, coordenação e execução da fiscalização do trânsito de
vegetais, produtos, subprodutos, resíduos, material orgânico, material de propagação
e multiplicação, organismos biológicos e quaisquer outros produtos, insumos ou
mercadorias que possam servir de substrato, meio de cultura, vetor ou veículo de
pragas, incluindo a aplicação de requisitos fitossanitários a serem observados na
importação e exportação;

77
IX - planejamento, coordenação, execução das atividades relacionadas à
quarentena vegetal e respectivos estabelecimentos quarentenários;
X - estabelecimento de procedimentos de controle, inclusive por meio de
auditorias, em qualquer Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, que auxilie a gestão em sanidade vegetal, a supervisão das atividades
e a revisão do planejamento;
XI - designação e habilitação, em trabalho conjunto com o sistema de vigilância
agropecuária internacional, de pontos específicos de entrada no território brasileiro de
vegetais e produtos importados que exijam notificação prévia à chegada, considerando
o risco associado, acesso às instalações de controle, armazenamento, local apropriado
para quarentena e presença de laboratório de apoio;
XII - articulação com a rede de laboratórios credenciados, oficiais e acreditados
nas atividades relacionadas à sanidade vegetal, visando a elevar a qualidade e
uniformidade dos resultados das análises;
XIII - regulamentação dos critérios e diretrizes para prestação de serviços de
tratamentos fitossanitários e quarentenários por empresas credenciadas, centros
colaboradores e estações quarentenárias, na forma da legislação pertinente; e
XIV - coordenação do sistema de alerta fitossanitário para notificação de riscos
para a fitossanidade e para o ambiente, e para informações que facilitem ação de
gestão dos riscos rápida e adequada.
Parágrafo único. A importação de vegetais, seus produtos, derivados,
subprodutos e resíduos de valor econômico, e de materiais orgânicos, biológicos, de
multiplicação vegetal, atenderão a procedimentos definidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

Seção IV
Da Educação Sanitária

Art. 39. A educação sanitária é atividade estratégica e instrumento de defesa


agropecuária no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, para garantir
o comprometimento dos integrantes da cadeia produtiva agropecuária e da sociedade
em geral, no cumprimento dos objetivos deste Regulamento.

§ 1º Para fins deste Regulamento, entende-se como educação sanitária em


defesa agropecuária o processo ativo e contínuo de utilização de meios, métodos e
técnicas capazes de educar e desenvolver consciência crítica no público-alvo.
§ 2º As três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária disporão de estrutura organizada para as ações de educação sanitária
em defesa agropecuária.
§ 3º As três Instâncias poderão apoiar atividades de educação sanitária
realizadas por serviços, instituições e organizações públicas e privadas.

Art. 40. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, desenvolverá, de forma continuada, gestão de planos, programas
e ações em educação sanitária em defesa agropecuária, de forma articulada com as
demais Instâncias e com os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos
Agropecuários.

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§ 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, instituirá, regulamentará, coordenará e avaliará periodicamente o
Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária.
§ 2º O Programa Nacional terá, entre outras, as seguintes diretrizes:

I - promoção da compreensão e aplicação da legislação de defesa agropecuária;


II - promoção de cursos de educação sanitária;
III - formação de multiplicadores;
IV - promoção de intercâmbios de experiências; e
V - utilização dos meios de comunicação como instrumento de informação e de
educação.

Art. 41. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, apoiará as ações de educação sanitária em defesa agropecuária
dos segmentos públicos e privados da cadeia produtiva agropecuária e da sociedade
em geral, e das instituições de ensino e de pesquisa, desde que estejam em
conformidade com o que determina o Programa Nacional de Educação Sanitária em
Defesa Agropecuária.

Seção V
Da Gestão dos Laboratórios

Art. 42. As autoridades competentes, em cada Instância do Sistema Unificado


de Atenção à Sanidade Agropecuária, designarão os laboratórios credenciados para
análise das amostras de controles oficiais, na forma definida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

§ 1º Os Laboratórios Nacionais Agropecuários são os laboratórios oficiais do


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§ 2º Os Laboratórios Nacionais Agropecuários e os laboratórios públicos e
privados credenciados constituem a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, coordenada pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.
§ 3º Os Laboratórios serão organizados em rede, de forma hierarquizada e
regionalizada, tendo como fundamento para a sua estruturação:

I - o nível de complexidade de suas instalações laboratoriais;


II - os critérios epidemiológicos, sanitários, demográficos e geográficos que
orientem a delimitação de suas bases territoriais; e
III - as atividades na sua respectiva jurisdição.

§ 4º O credenciamento de laboratórios atenderá à demanda por análises ou


exames, aos grupos de análises ou espécimes específicos, segundo critérios definidos
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e
Superior.
§ 5º A autoridade competente das três Instâncias do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária que credenciar o laboratório poderá, a qualquer

79
tempo, cancelar este credenciamento quando deixarem de ser cumpridas as condições
previstas no sistema de credenciamento.
§ 6º Qualquer laboratório, seja público ou privado, uma vez credenciado por
uma das três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária,
pode ser designado como referência, por um ou mais escopos, atendendo aos
requisitos exigidos.
§ 7º A Instância Intermediária, ao designar um laboratório como referência, por
escopo, para atuar na sua esfera de competência, empregará procedimento
documentado para verificar o cumprimento de critérios definidos por essa Instância,
visando a reconhecer e a aceitar formalmente a competência analítica desse
laboratório.
§ 8º As Instâncias Intermediárias e Locais podem estabelecer acordo de
cooperação técnica com laboratórios de referência situados em outras unidades da
Federação.

Art. 43. Fica proibida a manipulação de qualquer organismo patogênico de alto


risco sem a existência de laboratório com nível de biossegurança adequado e sem
prévia autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior.

Seção VI
Do Trânsito Agropecuário

Art. 44. É obrigatória a fiscalização do trânsito nacional e internacional, por


qualquer via, de animais e vegetais, seus produtos e subprodutos, qualquer outro
material derivado, equipamentos e implementos agrícolas, com vistas à avaliação das
suas condições sanitárias e fitossanitárias, e de sua documentação de trânsito
obrigatória.

§ 1º A fiscalização e os controles sanitários agropecuários no trânsito nacional


e internacional de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e
produtos de origem animal e vegetal, equipamentos e implementos agrícolas, nos
termos deste Regulamento, serão exercidos mediante procedimentos uniformes, em
todas as Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
§ 2º As autoridades responsáveis por transporte aéreo internacional e
doméstico, navegação internacional e de cabotagem, ferrovias, hidrovias e rodovias
assegurarão condições de acesso das equipes de fiscalização sanitária agropecuária às
áreas de embarque e desembarque de passageiros e recebimento e despacho de
cargas.
§ 3º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, estabelecerá as normas e coordenará a fiscalização do trânsito
nacional e internacional, por qualquer via, de animais e vegetais, seus produtos e
subprodutos, ou qualquer outro material destes derivado.
§ 4º As Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária atuarão na fiscalização agropecuária do trânsito interestadual, com base
nas normas fixadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior.

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§ 5º As Instâncias Intermediárias regulamentarão e coordenarão a fiscalização
agropecuária do trânsito intermunicipal e intramunicipal, com base nas normas fixadas
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e
Superior.
§ 6º As Instâncias Locais do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária atuarão na fiscalização agropecuária no âmbito de sua atuação.
§ 7º As Instâncias Locais do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária regulamentarão e coordenarão o trânsito intramunicipal, com base nas
normas fixadas pelas Instâncias Intermediárias e pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

Art. 45. A fiscalização do trânsito agropecuário nacional e internacional incluirá,


entre outras medidas, a exigência de apresentação de documento oficial de sanidade
agropecuária emitido pelo serviço correspondente, o qual conterá a indicação de
origem, destino e sua finalidade, e demais exigências da legislação.

Seção VII
Da Vigilância do Trânsito Agropecuário Interestadual

Art. 46. Os critérios técnicos para estabelecer a classificação ou categorização


de risco de disseminação e estabelecimento de pragas e doenças regulamentadas, por
unidade da Federação ou região geográfica, os quais orientarão a fiscalização do
trânsito interestadual, serão definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, com base nos seguintes fatores:

I - características epidemiológicas específicas das pragas e doenças;


II - histórico da ocorrência de casos ou focos das pragas ou doenças;
III - histórico das inconformidades verificadas na fiscalização do trânsito;
IV - definição da área geográfica incluída no programa a que se aplica a
classificação ou categorização;
V - avaliação da condição zoossanitária ou fitossanitária nas áreas geográficas
e das respectivas fronteiras, a serem classificadas ou categorizadas;
VI - estrutura, operacionalização e desempenho dos programas de prevenção,
erradicação e controle de pragas e doenças;
VII - organização do sistema de vigilância sanitária agropecuária;
VIII - condições e eficiência da fiscalização do trânsito agropecuário; e
IX - grau de articulação das estruturas de apoio institucional, incluindo a rede
laboratorial.

Art. 47. O planejamento das ações e a aplicação de medidas sanitárias e


fitossanitárias para cada doença ou praga, e a definição das normas de controle do
trânsito para movimentação de vegetais, animais, seus produtos e quaisquer outros
produtos ou mercadorias estarão baseadas na classificação ou categoria de risco
efetuada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.
Art. 48. A critério do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior, serão definidas rotas de trânsito e pontos específicos de
ingresso e egresso de vegetais, animais, produtos básicos e outros artigos

81
regulamentados, que possam atuar como vetor ou veículo de disseminação ou
dispersão de determinada praga ou doença.

§ 1º As Instâncias Intermediárias instalarão postos de fiscalização sanitária e


fitossanitária interestaduais ou inter-regionais, fixos ou móveis, para fiscalização do
trânsito, incluindo, entre outras medidas, os mecanismos de interceptação e exclusão
de doenças e pragas, destruição de material apreendido, em estreita cooperação com
outros órgãos, sempre que necessário.
§ 2º Nos casos de identificação de pragas, doenças ou vetores e veículos de
pragas ou doenças de alto potencial de disseminação, o material infestado será
imediatamente destruído ou eliminado, conforme definido em norma específica.
§ 3º As instâncias responsáveis pelo controle de trânsito, em sua área de
abrangência, identificarão e informarão ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, os locais e instalações destinados
a operações de fiscalização, inspeção, desinfecção, desinfestação, destruição ou
eliminação do material apreendido.

Art. 49. As autoridades competentes das Instâncias Intermediárias e Locais, ao


controlar o trânsito agropecuário, verificarão o cumprimento das obrigações definidas
neste Regulamento e nos demais atos normativos pertinentes.

§ 1º A autoridade competente das Instâncias Intermediárias organizará sua


atuação e a das Instâncias Locais, com base nos planos plurianuais elaborados nos
termos deste Regulamento e com base na categorização ou classificação de riscos.
§ 2º Os controles abrangerão todos os aspectos da legislação sanitária para
animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos de origem
animal e vegetal.
§ 3º Os controles serão realizados em todas as rotas de trânsito de vegetais,
animais, seus produtos e quaisquer outros produtos, mercadorias, equipamentos e
implementos agrícolas que possam atuar como vetor ou veículo de disseminação de
praga ou doença.
§ 4º Os servidores públicos das Instâncias Intermediárias, observando as
exigências previstas no § 6º do art. 9º deste Regulamento, serão autoridades
competentes para fiscalizar o trânsito de vegetais, animais, seus produtos e quaisquer
outros produtos ou mercadorias, equipamentos e implementos agrícolas que possam
atuar como vetor ou veículo de disseminação de praga ou doença, na circulação entre
as unidades da Federação.

Art. 50. Os controles sanitários agropecuários oficiais incluirão, a critério da


autoridade competente, o controle documental, de origem e físico, conforme norma
definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.

§ 1º A freqüência e a natureza desses controles serão fixadas em normas


específicas das três Instâncias.
§ 2º A freqüência com que os controles físicos serão efetuados dependerá dos:

82
I - riscos associados aos animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para
animais, e produtos de origem animal e vegetal;
II - antecedentes em matéria de cumprimento dos requisitos aplicáveis ao
produto em questão; e
III - controles efetuados pelos produtores de animais, vegetais, insumos,
inclusive alimentos para animais, produtos de origem animal e vegetal.

§ 3º As amostras retiradas pela fiscalização do trânsito agropecuário serão


manuseadas de forma a garantir a sua validade analítica.

Art. 51. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, definirá e divulgará lista de produtos agropecuários de risco
associado a pragas e doenças, e que exigem controles e notificação prévia de trânsito
entre Instâncias de origem e de destino.
Parágrafo único. As Instâncias responsáveis pela administração das barreiras de
fiscalização sanitária agropecuária suprirão as condições mínimas de funcionamento
das atividades de vigilância agropecuária no trânsito interestadual, intermunicipal e
intramunicipal.
Art. 52. Em caso de indícios de descumprimento da legislação ou de dúvidas
quanto à identidade ou o destino da produção, carga ou remessa, ou à
correspondência entre a produção, carga ou remessa e as respectivas garantias
certificadas, a autoridade competente nos postos sanitários agropecuários poderá reter
a remessa ou partida, até que sejam eliminados os indícios ou as dúvidas.

§ 1º A autoridade competente reterá oficialmente os animais, vegetais,


insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal
transportados, que não cumpram os requisitos da legislação.
§ 2º A autoridade competente notificará oficialmente os responsáveis pela carga
sobre a inconformidade constatada, cabendo recurso, na forma definida em norma
específica.
§ 3º A autoridade competente adotará, a seu critério, as seguintes medidas:

I - ordenar que os animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais,


produtos de origem animal e vegetal sejam submetidos a tratamento especial ou
quarentenário, devolvidos, sacrificados ou destruídos; e
II - destinar os animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e
produtos de origem animal e vegetal para outros fins que não aqueles a que
inicialmente se destinavam, dependendo do risco associado.

§ 4º No caso de equipamentos e implementos agrícolas que possam disseminar


doenças e pragas, a autoridade competente condicionará a liberação à sua desinfecção
ou desinfestação.
§ 5º No caso da detecção de inconformidades, a autoridade competente
notificará as demais Instâncias envolvidas e prestará informações definidas em normas
específicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.

83
§ 6º A autoridade competente assegurará que os tratamentos especial ou
quarentenário sejam realizados em conformidade com as condições estabelecidas
neste Regulamento e nas normas específicas aplicáveis.
§ 7º O prazo máximo para retenção de cargas ou partidas, por motivo de
controle sanitário agropecuário, será de quinze dias.
§ 8º O prazo de que trata o § 7º poderá ser ampliado, a critério da autoridade
competente, nos casos previstos em normas específicas.
§ 9º Decorrido o prazo de quinze dias, se a reexpedição não tiver sido feita,
salvo demora justificada, a remessa deve ser devolvida, sacrificada ou destruída.

Art. 53. A autoridade competente cientificará o Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, das suas decisões,
preferencialmente mediante sistema eletrônico oficial.
Art. 54. Os responsáveis pela contratação dos serviços de transporte e o
transportador de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais,
produtos de origem animal e vegetal, equipamentos e implementos agrícolas
responderão pelas despesas incorridas em decorrência das decisões das autoridades
competentes.

Seção VIII
Da Vigilância do Trânsito Agropecuário Internacional

Art. 55. As atividades de vigilância sanitária agropecuária de animais, vegetais,


insumos, inclusive alimentos para animais, produtos de origem animal e vegetal, e
embalagens e suportes de madeira importados, em trânsito aduaneiro e exportados
pelo Brasil, são de responsabilidade privativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

§ 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento coordenará e


executará as atividades do sistema de vigilância agropecuária internacional.
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento institucionalizará o
comitê gestor do sistema de vigilância agropecuária internacional e os subcomitês do
sistema de vigilância agropecuária internacional dos aeroportos internacionais, portos
organizados, postos de fronteira e aduanas especiais, os quais atuarão como órgãos
consultivos junto às autoridades competentes.
§ 3º Os Fiscais Federais Agropecuários são as autoridades competentes para
atuar na área da fiscalização da sanidade agropecuária das importações, exportações
e trânsito aduaneiro de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais,
e produtos de origem animal e vegetal.
§ 4º As normas gerais de vigilância agropecuária internacional previstas neste
Regulamento e nas legislações específicas são aplicáveis aos controles oficiais de
animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos de origem
animal e vegetal importados e exportados.
§ 5º Os controles oficiais abrangerão todos os aspectos da legislação sanitária
agropecuária para animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e
produtos de origem animal e vegetal.
§ 6º Os controles oficiais serão realizados em locais definidos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, incluindo pontos de ingresso e saída das

84
mercadorias em território nacional, entrepostos, instalações de produção, em regimes
aduaneiros ou destinadas a zonas francas, em entrepostos especiais, unidades
especiais de reexportação ou outros pontos da cadeia de produção e distribuição,
incluindo reembarques.

Art. 56. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, definirá as zonas primárias de defesa agropecuária e estabelecerá
os corredores de importação e exportação de animais, vegetais, insumos, inclusive
alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal, com base em análises
de risco, requisitos e controles sanitários, status zoossanitário e fitossanitário,
localização geográfica e disponibilidade de infra-estrutura e de recursos humanos.
Art. 57. Os controles sanitários agropecuários oficiais para exportação e
importação de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e
produtos de origem animal e vegetal incluirão, a critério da autoridade competente, o
controle documental, de identidade e físico, conforme norma definida pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

§ 1º A freqüência e a natureza desses controles serão fixadas pelo Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, e
dependerá:

I - dos riscos associados aos animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos


para animais, e produtos de origem animal e vegetal;
II - dos controles efetuados pelos produtores ou importadores;e
III - das garantias dadas pela autoridade competente do país exportador.

§ 2º As amostras devem ser manuseadas de forma a garantir a sua validade


analítica.
§ 3º Para organização dos controles oficiais de vigilância agropecuária
internacional, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, poderá exigir que os importadores ou responsáveis pelas
importações de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e
produtos de origem animal e vegetal, notifiquem previamente a sua chegada e
natureza, conforme norma específica.

Art. 58. Os responsáveis pela administração das áreas alfandegadas suprirão as


condições adequadas e básicas de funcionamento das atividades de vigilância
agropecuária internacional, para o funcionamento dos pontos de entrada e saída no
território nacional, em portos, aeroportos, aduanas especiais, postos de fronteiras e
demais pontos habilitados ou alfandegados, na forma definida pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.
Art. 59. Em caso de indícios de descumprimento ou de dúvidas quanto à
identidade, à qualidade, ao destino ou ao uso proposto dos produtos importados, ou
à correspondência entre a importação e as respectivas garantias certificadas, a
autoridade competente, nas unidades de vigilância agropecuária internacional, poderá
reter a remessa ou partida, até que sejam eliminados os indícios ou as dúvidas.

85
§ 1º A autoridade competente notificará oficialmente os responsáveis pela carga
sobre a inconformidade constatada, cabendo recurso, na forma definida em norma
específica.
§ 2º A autoridade competente poderá, a seu critério e conforme a legislação
pertinente:

I - ordenar que os animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais,


e produtos de origem animal e vegetal, sejam sacrificados ou destruídos, sujeitos a
tratamento especial ou quarentenário, devolvidos ou reexportados;
II - ordenar que os animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais,
e produtos de origem animal e vegetal sejam destinados para outros fins que não
aqueles a que inicialmente se destinavam, dependendo do risco associado; e
III - notificar os demais serviços aduaneiros das suas decisões de rechaço e
fornecer informações sobre o destino final da importação, no caso da detecção de não-
conformidades ou da nãoautorização da introdução de animais, vegetais, insumos,
inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal.

§ 3º As medidas descritas no inciso I do § 2º, a critério da autoridade


competente e conforme a legislação pertinente, serão:

I - tratamento ou transformação que coloque os animais, vegetais, insumos,


inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal, em
conformidade com os requisitos da legislação nacional, ou com os requisitos de um
país exportador de reexpedição, incluindo, se for o caso, a descontaminação,
excluindo, no entanto, a diluição; e
II - transformação, por qualquer outra forma adequada, para outros fins que
não o consumo animal ou humano, desde que atenda à legislação pertinente.

§ 4º A autoridade competente assegurará que o tratamento especial ou


quarentenário seja efetuado em estabelecimentos oficiais ou credenciados e em
conformidade com as condições estabelecidas neste Regulamento e nas normas
específicas aprovadas.
§ 5º A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, permitirá a reexportação de uma
remessa, desde que:

I - o novo destino tiver sido definido pelo responsável pela partida; e


II - o país de destino tenha sido informado, previamente, sobre os motivos e as
circunstâncias que impediram a internalização dos animais, vegetais, insumos,
inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal em questão
no Brasil.

§ 6º O prazo máximo para retenção de cargas ou partidas, por motivo de


controle sanitário agropecuário, será de quinze dias.
§ 7º O prazo de que trata o § 6º poderá ser ampliado, a critério da autoridade
competente, nos casos previstos em normas específicas.
§ 8º Decorrido o prazo de quinze dias, caso não tenha sido efetuada a
reexportação, salvo demora justificada, a partida ou remessa deverá ser destruída.

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§ 9º A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, notificará os serviços aduaneiros
das suas decisões, preferencialmente mediante a utilização de sistema informatizado.
§ 10. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, adotará medidas necessárias para prevenir a introdução no
território nacional das partidas rejeitadas ou rechaçadas, na forma definida em
legislação.
§ 11. Os responsáveis pela importação de animais, vegetais, insumos, inclusive
alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal proverão as despesas
decorrentes das decisões das autoridades competentes.

Art. 60. As autoridades competentes de vigilância agropecuária do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, e os demais
serviços aduaneiros, públicos e privados, cooperarão estreitamente na organização dos
controles oficiais referidos neste Regulamento.

§ 1º Os serviços aduaneiros não permitirão a introdução ou o manuseio, em


zonas primárias, zonas francas e em aduanas especiais, de remessas de animais,
vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e
vegetal, sem a concordância da autoridade competente de vigilância agropecuária
internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§ 2º A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, informará, por meio de documentos
previstos em normas específicas e próprias, aos serviços aduaneiros e aos
importadores, se os lotes podem ou não ser introduzidos em território nacional.
§ 3º A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento notificará, por meio de documentos previstos em normas específicas e
próprias, aos serviços aduaneiros e aos importadores e indicará se as mercadorias
podem ou não ser colocadas no território nacional antes de serem obtidos os
resultados das análises das amostras, desde que esteja garantida a rastreabilidade das
importações.

Art. 61. Serão estabelecidas, nos termos deste Regulamento, medidas


necessárias para garantir a execução uniforme dos controles oficiais da introdução de
animais, vegetais, inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e
vegetal.

Seção IX
Das Certificações

Art. 62. Compete às três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária e aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos
Agropecuários, em suas áreas de competência, implantar, monitorar e gerenciar os
procedimentos de certificação sanitária, fitossanitária e de identidade e qualidade, que
têm como objetivo garantir a origem, a qualidade e a identidade dos produtos
certificados e dar credibilidade ao processo de rastreabilidade.

87
§ 1º Os processos de controles assegurarão as condições para identificar e
comprovar o fornecedor do material certificado na origem e no destino dos produtos,
que serão identificados por códigos que permitam a sua rastreabilidade em toda a
cadeia produtiva, na forma definida em norma específica.
§ 2º Compete, na forma da lei, aos Fiscais Federais Agropecuários a emissão
dos certificados oficiais agropecuários exigidos pelo comércio internacional.

Art. 63. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, instituirá e coordenará bancos de dados de informações relativas à
certificação.
Parágrafo único. Os requisitos sanitários e fitossanitários para o trânsito
agropecuário intermunicipal, interestadual e internacional de animais, vegetais,
produtos e subprodutos de origem animal ou vegetal, e outros produtos que possam
servir de substrato, meio de cultura, vetor ou veículo de doenças ou pragas
regulamentadas, serão definidos em normas específicas de informações relativas à
certificação.
Art. 64. Será implantado o cadastro nacional dos responsáveis técnicos
habilitados a emitir a certificação sanitária de origem, fitossanitária de origem, de
identidade e de qualidade, a permissão de trânsito de vegetais e guias de trânsito de
animais, na forma definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
como Instância Central e Superior, e pela legislação pertinente.
Art. 65. Sem prejuízo dos requisitos gerais adotados para a sanidade
agropecuária e de normas brasileiras e internacionais, o processo de certificação
observará:

I - os modelos de certificados previstos nas normas vigentes;


II - os requisitos sanitários e fitossanitários e o respaldo legal para Certificação;
III - as qualificações dos responsáveis pela certificação;
IV - as garantias e a confiabilidade da certificação, incluindo a certificação
eletrônica;
V - os procedimentos para emissão, acompanhamento, desdobramento,
cancelamento, retificação e substituição de certificados; e
VI - os documentos que devem acompanhar a partida, remessa ou carga, após
a realização dos controles oficiais.

Art. 66. Nos casos em que for exigida certificação, deverá ser assegurado que:

I - existe relação e rastreabilidade garantida entre o certificado e a remessa, o


lote, o item ou a partida;
II - as informações constantes do certificado são exatas e verdadeiras; e
III - os requisitos específicos relativos à certificação foram atendidos.

Seção X
Dos Cadastros e Dos Registros

Art. 67. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, na forma por ele definida, promoverá a articulação, a coordenação
e a gestão de banco de dados, interligando as três Instâncias do Sistema Unificado de

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Atenção à Sanidade Agropecuária para o registro e cadastro único, com base em
identificação uniforme.
Art. 68. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, definirá os procedimentos a serem observados para o cadastro de
estabelecimentos ou organizações.

§ 1º O cadastro é obrigatório e será efetuado pelos serviços oficiais da esfera


competente do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, na forma
definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.
§ 2º O cadastro conterá identificação individual única no Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, que identificará o interessado em todos os
processos de seu interesse.
§ 3º Sempre que existirem cadastros oficiais previstos para outros fins, serão
utilizadas, preferencialmente, suas informações e bases de dados para subsidiar o
cadastro único, e as informações do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, para o efeito normalizado neste Regulamento.
§ 4º As autoridades competentes, nas três Instâncias do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, manterão atualizado o cadastro de
estabelecimentos e produtores de animais, vegetais, insumos agropecuários, inclusive
alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal, sejam pessoas físicas
ou jurídicas, empresas, prestadores de serviços ou organizações.

Art. 69. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, definirá os procedimentos a serem observados para o registro de
estabelecimentos, organizações ou produtos nas formas previstas neste Regulamento.

§ 1º A concessão do registro pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária envolverá fiscalização e auditoria oficial, com o objetivo de verificar se
as exigências legais e os requisitos deste Regulamento foram atendidos.
§ 2º O registro será utilizado exclusivamente para a finalidade para a qual foi
concedido, sendo proibida a sua transferência ou utilização em outras unidades ou em
outros estabelecimentos.
§ 3º O estabelecimento registrado fica obrigado a adquirir apenas material que
esteja em conformidade com as exigências da legislação vigente.
§ 4º O estabelecimento registrado fica obrigado a cooperar e a garantir o acesso
às instalações de pessoas habilitadas para realização de inspeção, fiscalização,
auditoria, colheita de amostras e verificação de documentos.

Seção XI
Do Credenciamento de Prestadores de Serviços Técnicos e Operacionais

Art. 70. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, definirá procedimentos a serem observados no credenciamento de
empresas ou organizações interessadas na prestação de serviços técnicos ou
operacionais, conforme legislação pertinente.

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§ 1º Sempre que receber pedido de credenciamento, a autoridade competente
efetuará visita ao local e emitirá laudo de vistoria e relatórios pertinentes na forma
regulamentada.
§ 2º A autoridade competente credenciará o prestador de serviço, desde que
esteja demonstrado o cumprimento dos requisitos pertinentes da legislação sanitária
agropecuária e das demais exigências legais.
§ 3º Cabe à autoridade competente avaliar se o prestador de serviço atende
aos requisitos de procedimentos, pessoal, infra-estrutura, equipamentos,
conhecimento técnico e outras exigências legais, na forma definida neste Regulamento
e na legislação sanitária e fitossanitária específica.

Art. 71. A autoridade competente, na forma definida pelo Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, auditará e
fiscalizará, a seu critério, as atividades do prestador de serviço.

§ 1º Caso detecte deficiências ou inconformidades, a autoridade competente


adotará medidas corretivas previstas em norma específica, podendo, a seu critério,
suspender a prestação dos serviços credenciados até a correção das deficiências, em
prazo definido.
§ 2º Decorrido o prazo definido no § 1º e mantidas as deficiências e
inconformidades, será iniciado processo de descredenciamento da empresa ou
organização, assegurando o direito de defesa, sem prejuízo da aplicação das
penalidades definidas na legislação pertinente.
§ 3º Na reincidência de inconformidades ou deficiências e nos casos de
constatação de inconformidades e deficiências consideradas graves, na forma definida
em norma específica, a autoridade competente suspenderá o credenciamento
imediatamente e iniciará processo de descredenciamento.

Art. 72. As autoridades competentes manterão cadastros atualizados,


preferencialmente em meio eletrônico, dos prestadores de serviço credenciados,
disponibilizando-os a todas as Instâncias do Sistema Unificado de Atenção Sanitária
Agropecuária e ao público em geral, no que couber.
Art. 73. Ao prestador de serviço credenciado competirá:

I - atender aos critérios, diretrizes, parâmetros e especificações de serviços,


materiais e produtos, instalações físicas, componentes de equipamentos e
modalidades de aplicação dos tratamentos e procedimentos, e medidas de segurança,
conforme normas específicas;
II - colocar à disposição da fiscalização sanitária agropecuária, das três
Instâncias, sempre que solicitada, documentação que comprove o credenciamento, a
relação de produtos e equipamentos utilizados, e o histórico das atividades e dos
serviços realizados;
III - assegurar o acesso às suas instalações, para que a autoridade competente
efetue visita ao local e emita laudo de vistoria e relatórios pertinentes, na forma
regulamentada, quando da solicitação de credenciamento ou a qualquer tempo;
IV - comunicar à Instância correspondente quaisquer alterações das
informações apresentadas em seu credenciamento, as quais serão submetidas à
análise para aprovação e autorização;

90
V - manter os registros e controles dos processos e serviços prestados e
realizados, por um período mínimo de cinco anos; e
VI - garantir supervisão por responsável técnico, observando legislação sanitária
agropecuária vigente.

Art. 74. Norma específica editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, como Instância Central e Superior, definirá os processos de
credenciamento, os serviços cujos credenciamentos serão obrigatoriamente
homologados e as regras específicas para a homologação, observando legislação
setorial.

Seção XII
Da Habilitação de Profissionais e Reconhecimentos

Art. 75. As três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária poderão habilitar profissionais para prestar serviços e emitir documentos,
conforme a legislação vigente, na forma definida pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

§ 1º Caberá às respectivas Instâncias promover e fiscalizar a execução das


atividades do profissional habilitado.
§ 2º A emissão de documentos e prestação de serviços por profissionais
privados habilitados será permitida em casos especiais regulamentados pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior,
observando as demais legislações específicas.

Seção XIII
Do Atendimento aos Compromissos Internacionais

Art. 76. As três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária são responsáveis pelo atendimento aos compromissos e obrigações
decorrentes de acordos internacionais firmados pela União, relativos às atividades de
sanidade agropecuária.

§ 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, coordenará e acompanhará a implementação de decisões relativas
ao interesse do setor agropecuário nacional, de organismos internacionais e de
acordos com governos estrangeiros.
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, sem prejuízo dos seus direitos e obrigações nos foros
internacionais, deverá:

I - contribuir para a formulação consistente de normas técnicas internacionais


relativas aos produtos agropecuários e alimentos para animais, e de normas sanitárias
e fitossanitárias;
II - promover a coordenação dos trabalhos sobre normas propostas por
organizações internacionais relativas à defesa agropecuária, quando justificada;

91
III - contribuir, sempre que relevante e adequado, para a elaboração de acordos
sobre o reconhecimento da equivalência de medidas específicas relacionadas com os
produtos de origem animal e vegetal, e os alimentos para animais;
IV - prestar especial atenção às necessidades específicas de desenvolvimento e
às necessidades financeiras e comerciais das unidades da Federação, com vistas a
garantir que as normas internacionais não criem obstáculos às suas exportações; e
V - promover a coerência entre as normas técnicas internacionais e a legislação
de atenção à sanidade agropecuária, assegurando simultaneamente que o nível de
proteção não seja reduzido.

Seção XIV
Da Formação de Pessoal

Art. 77. As três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária serão responsáveis pela capacitação do seu corpo de profissionais.

§ 1º Os eventos de capacitação serão utilizados para desenvolver abordagem


harmônica dos controles oficiais, nas três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção
à Sanidade Agropecuária.
§ 2º O programa de capacitação e treinamento abordará, entre outros, os
seguintes temas:

I - legislações nacional e internacional relativas à sanidade agropecuária;


II - métodos e técnicas de controle, a exemplo da auditoria de sistemas
concebidos pelos operadores, para dar cumprimento à legislação sanitária
agropecuária;
III - métodos e técnicas de produção e comercialização de insumos, inclusive
de alimentos para animais, e de produtos de origem animal e vegetal;
IV - meios, métodos e técnicas pedagógicas e de comunicação, para execução
das atividades dos educadores sanitaristas com os componentes da cadeia produtiva
e da sociedade em geral; e
V - outras ações específicas de competência de cada instância, a serem
definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.

§ 3º Os eventos de capacitação podem ser abertos a participantes de outros


países.

Art. 78. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, proporá a política de capacitação, ouvidas as Instâncias
Intermediárias e Locais.
Art. 79. A autoridade competente das três Instâncias do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária garantirá que todo o seu pessoal encarregado dos
controles oficiais:

I - tenha formação profissional exigida para as atividades de sanidade


agropecuária;

92
II - receba, na respectiva esfera de atuação, capacitação e mandatos adequados
para exercer as suas funções com competência, independência e isenção;
III - mantenha-se atualizado na sua esfera de competência e, se necessário,
receba regularmente formação suplementar; e
IV - esteja apto a trabalhar em cooperação multidisciplinar.

CAPÍTULO IV
DA METODOLOGIA E DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Seção I
Da Análise de Risco

Art. 80. A análise de risco será o método básico utilizado na definição dos
procedimentos de atenção à sanidade agropecuária.

§ 1º As análises de risco serão elaboradas utilizando as referências e os


conceitos harmonizados internacionalmente e aprovadas em acordos firmados pelo
Brasil.
§ 2º Para alcançar o objetivo geral de elevado nível de proteção à saúde animal
e à sanidade vegetal, a garantia da inocuidade dos produtos de origem animal e
vegetal, as medidas sanitárias e fitossanitárias serão baseadas em análise de risco,
exceto quando não for adequado às circunstâncias ou à natureza da medida.
§ 3º Nas análises de risco, serão levadas em consideração as informações
científicas disponíveis, os processos e métodos de produção pertinentes, os métodos
para testes, amostragem e inspeção pertinentes, a prevalência de pragas ou doenças
específicas, a existência de áreas e locais livres de pragas ou doenças, as condições
ambientais e ecológicas e os regimes de quarentena.
§ 4º A determinação da medida a ser aplicada para alcançar o nível adequado
de proteção sanitária e fitossanitária, para determinado risco, deverá considerar o dano
potencial à saúde animal e à sanidade vegetal, as perdas econômicas no caso do
ingresso, estabelecimento e disseminação de uma praga ou doença, os custos de
controle e erradicação no território, e a relação custo e benefício de enfoques
alternativos para limitar os riscos.

Art. 81. As autoridades competentes das três Instâncias do Sistema Unificado


de Atenção à Sanidade Agropecuária deverão estabelecer procedimentos para
identificação de riscos, nas áreas de sua competência.
Art. 82. Sempre que uma autoridade suspeitar que existe risco sanitário ou
fitossanitário, solicitará informações adicionais às outras Instâncias do Sistema
Unificado de Atenção Agropecuária, que deverão transmitir com urgência todas as
informações pertinentes de que disponham.
Art. 83. As medidas corretivas necessárias para determinar nível adequado de
proteção sanitária e fitossanitária para um local, Município, região ou Estado, para um
risco identificado, serão compatíveis com o objetivo de reduzir ao mínimo os efeitos
negativos para o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e para o
comércio entre as áreas e localidades envolvidas.

§ 1º Nos casos em que a evidência científica for insuficiente para as análises de


risco, a critério da autoridade competente poderão ser adotadas, provisoriamente,

93
medidas sanitárias ou fitossanitárias de proteção, com base em outras informações
disponíveis, incluindo as oriundas de organizações internacionais de referência e
também de medidas sanitárias e fitossanitárias aplicadas por outros países.
§ 2º Serão realizadas análises de risco para autorização de importação de
animais, vegetais e produtos, sempre que a condição sanitária ou fitossanitária do país
de origem, ou de seus países vizinhos, assim determinar, ou em caso de
descumprimento das condições sanitárias ou fitossanitárias estabelecidas.
§ 3º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, analisará as regiões brasileiras, formulará diagnósticos e proporá
linhas de ação como estratégia para o desenvolvimento do agronegócio local, regional
ou nacional, com base nos estudos de análise de risco.

Seção II
Da Análise de Perigo e Ponto Crítico de Controle

Art. 84. Os produtores de animais, vegetais, insumos agropecuários, inclusive


alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal observarão os
princípios do sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC,
conforme normas específicas.

§ 1º Os produtores de animais, vegetais, insumos agropecuários e produtos de


origem animal e vegetal, conforme normas específicas, devem:

I - fornecer à autoridade competente as provas da observância do requisito


estabelecido, sob a forma por ela exigida, considerando a natureza e a dimensão de
sua atividade;
II - assegurar que todos os documentos que descrevem os processos
desenvolvidos estejam sempre atualizados; e
III - conservar quaisquer outros documentos e registros, durante o período
definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.

§ 2º Serão definidas condições especiais para pequenos produtores de animais


e vegetais, estabelecendo a utilização de processos citados nas diretrizes, para
aplicação dos princípios do APPCC ou dos sistemas equivalentes.
§ 3º As condições devem especificar o período em que os produtores de animais
e vegetais deverão conservar documentos e registros.
§ 4º Serão reconhecidos no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, em atos específicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, ações, programas e projetos
implantados com o objetivo de valorizar as atividades de controle relacionadas com o
sistema APPCC.

CAPÍTULO V
DAS NORMAS COMPLEMENTARES DA DEFESA AGROPECUÁRIA
Seção I
Do Compromisso com o Consumidor e com o Produtor

94
Art. 85. As normas complementares nacionais e estaduais de defesa
agropecuária serão elaboradas com base nas diretrizes deste Regulamento, buscando
proteger os interesses dos consumidores, da produção agropecuária e dos produtores,
no que se refere à qualidade de matérias-primas, aos insumos, à proteção contra
fraudes, às adulterações de produtos e práticas que possam induzir o consumidor a
erro, contemplando a garantia da sanidade de animais e vegetais e a inocuidade de
produtos de origem animal e vegetal.
Parágrafo único. Nas normas complementares referidas no caput, serão
definidas e enfatizadas as responsabilidades do produtor em colocar no mercado
produtos e serviços seguros, o autocontrole da produção e os pontos críticos de
controle de cada processo aprovado.

Seção II
Da Elaboração de Normas Complementares de Boas Práticas

Art. 86. As três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária elaborarão normas complementares de boas práticas para a sanidade
agropecuária, incluindo procedimentos-padrão de higiene operacional para viabilizar a
aplicação dos princípios de análise de risco de pragas e doenças, e análise de perigos
e pontos críticos de controle, em conformidade com este Regulamento.

§ 1º O Conselho Nacional de Política Agrícola aprovará as normas


complementares nacionais e estaduais, e determinará suas revisões periódicas.
§ 2º O objetivo da revisão é assegurar que as normas complementares
continuem a ser aplicadas objetivamente e incorporem os desenvolvimentos científicos
e tecnológicos.
§ 3º Os títulos e as referências das normas complementares nacionais serão
publicados e divulgados em todo o território nacional
§ 4º As normas complementares nacionais de boas práticas serão elaboradas
por cadeia produtiva, e com a participação dos produtores e demais agentes dessa
cadeia, considerando também as normas complementares de práticas pertinentes dos
organismos internacionais de referência.

Art. 87. As Instâncias Intermediárias poderão elaborar, a seu critério e


observando interesses específicos, as suas próprias normas complementares de boas
práticas, as quais serão enviadas para o conhecimento do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, e das demais Instâncias
Intermediárias.

CAPÍTULO VI
DA OPERACIONALIZAÇÃO E DO CONTROLE
Seção I
Do Controle Laboratorial

Art. 88. Os métodos de análise devem obedecer aos seguintes critérios:

I - exatidão;
II - aplicabilidade (matriz e gama de concentrações);

95
III - limite de detecção;
IV - limite de determinação;
V - precisão;
VI - recuperação;
VII - seletividade;
VIII - sensibilidade;
IX - linearidade;
X - incerteza das medições; e
XI - outros critérios que possam ser selecionados, consoante as necessidades.

§ 1º Os valores que caracterizam a precisão referida no inciso V devem ser


obtidos a partir de ensaio coletivo, conduzido de acordo com protocolos nacionalmente
ou internacionalmente reconhecidos e, quando tenham sido estabelecidos critérios de
desempenho para os métodos analíticos, a precisão será baseada em testes de
conformidade.
§ 2º Os resultados do ensaio coletivo serão publicados ou acessíveis sem
restrições.
§ 3º Os métodos de análise uniformemente aplicáveis a vários grupos de
produtos serão preferidos em relação aos métodos aplicáveis unicamente a produtos
específicos.
§ 4º Serão definidas normas e diretrizes especiais, buscando harmonização,
para as situações em que:

I - os métodos de análise só possam ser validados em laboratórios credenciados


ou de referência; e
II - os critérios de desempenho para os métodos analíticos forem baseados em
testes de conformidade.

Art. 89. Os métodos de análise adaptados nos termos deste Regulamento serão
formulados de acordo com as especificações e os métodos de análise preconizados
nacional ou internacionalmente.

Seção II
Das Amostras

Art. 90. Os métodos de amostragem e de análise utilizados nos controles oficiais


devem respeitar as normas brasileiras aplicáveis.

§ 1º Os métodos de análise serão validados em laboratório, observando regra


nacional ou protocolo internacionalmente recomendado.
§ 2º Na ausência de normas nacionais, ou de normas ou protocolos
reconhecidos internacionalmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, aprovará normas ou instruções,
definindo métodos adequados para cumprir o objetivo pretendido.
§ 3º Os métodos de análise serão caracterizados pelos critérios definidos por
este Regulamento.

96
Art. 91. As autoridades competentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, regulamentarão os procedimentos
de contraprovas e estabelecerão procedimentos adequados para garantir o direito de
os produtores de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais,
produtos de origem animal e vegetal, cujos produtos sejam sujeitos à amostragem e
à análise, solicitarem o parecer de outro perito credenciado, na forma regulamentada,
sem prejuízo da obrigação das autoridades competentes tomarem medidas rápidas,
em caso de emergência.
Parágrafo único. Não se aplicam os procedimentos de contraprova e parecer de
outro perito, quando se tratar de riscos associados a animais, vegetais e produtos
agropecuários perecíveis.
Art. 92. As amostras serão adequadamente coletadas, manuseadas,
acondicionadas, identificadas e transportadas, de forma a garantir a sua validade
analítica.

Seção III
Dos Controles do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária

Art. 93. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, realizará auditorias gerais e específicas nas demais Instâncias, com
o objetivo de avaliar a conformidade dos controles e atividades efetuados com base
nos planos nacionais de controle plurianuais.

§ 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, pode nomear peritos das Instâncias Intermediárias ou Locais, se
necessário, para executar ou apoiar as auditorias gerais e específicas nas demais
Instâncias.
§ 2º As auditorias gerais e específicas serão organizadas em articulação e
cooperação com as autoridades competentes das Instâncias Intermediárias e Locais.
§ 3º As auditorias gerais serão efetuadas regularmente, com base nos planos
de controle plurianuais.
§ 4º A critério do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior, poderão ser solicitadas, antes das auditorias gerais,
informações atualizadas dos controles sanitários agropecuários elaborados pelas
Instâncias Intermediárias e Locais.

Art. 94. As auditorias gerais serão complementadas por auditorias e inspeções


específicas em uma ou mais áreas determinadas.

§ 1º As auditorias e inspeções específicas destinam-se a:

I - avaliar a aplicação do plano nacional de controle plurianual, da legislação em


matéria de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, produtos de
origem animal e vegetal e da legislação em matéria de sanidade vegetal e saúde dos
animais, e podem incluir, se for o caso, inspeções no local dos serviços oficiais e das
instalações associadas à cadeia produtiva objeto da auditoria;
II - avaliar as condições de funcionamento e a organização dos trabalhos das
Instâncias Intermediárias e Locais;

97
III - identificar, avaliar e propor planos de contingência ou de emergência, para
problemas relevantes, críticos ou recorrentes nas Instâncias Intermediárias e Locais;
e
IV - investigar situações de emergência, problemas emergentes, resolução de
planos de contingências ou aperfeiçoamentos adotados nas Instâncias Intermediárias
e Locais.

§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, elaborará relatório sobre os resultados de cada auditoria de que
participar.
§ 3º Os relatórios conterão, se for o caso, recomendações dirigidas às Instâncias
Intermediárias e Locais, para a melhoria do cumprimento da legislação em matéria de
defesa agropecuária.
§ 4º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, fornecerá à autoridade competente o projeto de relatório, para que
a Instância auditada formule, no prazo de trinta dias, parecer e observações.
§ 5º As manifestações das Instâncias Intermediárias e Locais farão parte do
relatório final, desde que sejam encaminhadas no prazo definido no § 4º
§ 6º Os relatórios serão divulgados observando a forma regulamentada pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

Art. 95. As Instâncias Intermediárias e Locais deverão:

I - participar das auditorias gerais e específicas, realizadas pelo Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior;
II - realizar suas próprias auditorias gerais e específicas;
III - adotar medidas corretivas, atendendo às recomendações resultantes das
auditorias;
IV - prestar toda a assistência necessária e fornecer toda a documentação e
qualquer outro apoio técnico solicitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior; e
V - garantir aos auditores do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, o acesso a todas as instalações ou
partes de instalações e às informações, incluindo sistemas de informação, relevantes
para a auditoria.

Art. 96. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como instância


central e superior, avaliará, a qualquer tempo, a condição sanitária ou fitossanitária,
ou a equivalência dos sistemas sanitários agropecuários, adotadas pelas instâncias
intermediárias e locais. (Redação dada pelo(a) Decreto
7.216/2010)________________________________ Redação(ões) Anterior(es)

Seção IV
Do Controle de Importação e Exportação

Art. 97. Os importadores de animais, vegetais, insumos agropecuários, inclusive


alimentos para animais, produtos de origem animal e vegetal e outros produtos que
possam constituir risco de introdução e disseminação de doenças e pragas, ficam

98
obrigados a observar os requisitos deste Regulamento e das normas definidas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.
Art. 98. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, elaborará e atualizará lista de pragas e doenças, animais, vegetais,
insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal,
com base em análise de risco, as quais estarão sujeitas a controles oficiais nos pontos
de ingresso do território nacional, a critério das autoridades.
Art. 99. As autoridades competentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, realizarão controles oficiais para
verificar a conformidade com os aspectos da legislação em matéria de importação e
exportação, definidos neste Regulamento.
Art. 100. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, definirá, em normas específicas, por país, controles especiais
prévios à exportação para o Brasil de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
para animais, e produtos de origem animal e vegetal, para verificar o atendimento dos
requisitos e demais exigências deste Regulamento.

§ 1º A aprovação será aplicável aos animais, vegetais, insumos, inclusive


alimentos para animais, e produtos de origem animal e vegetal originários de país,
desde que tenha acordo sanitário com o Brasil, e será concedida para um ou mais
produtos.
§ 2º Sempre que tenha sido concedida a aprovação de que trata o § 1º, os
controles na importação dos animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para
animais, e produtos de origem animal e vegetal serão simplificados e expeditos em
conformidade com o risco associado e com as regras específicas definidas pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.
§ 3º Os controles prévios à exportação realizados no país de origem
permanecem eficazes, podendo, a critério da autoridade competente, ser solicitada a
realização de novos controles oficiais para certificar a sanidade, a fitossanidade e a
qualidade dos animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e produtos
de origem animal e vegetal importados.
§ 4º A aprovação referida no § 1º será concedida, desde que:

I - auditorias ou procedimentos oficiais, realizados com base em especificações


definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, comprovem que os animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
para animais, e produtos de origem animal e vegetal, exportados para o Brasil,
cumprem os requisitos deste Regulamento ou requisitos equivalentes; e
II - controles efetuados no país de origem, antes da expedição, sejam
considerados suficientemente eficientes e eficazes para substituir ou reduzir os
controles documentais, de identidade e físicos previstos neste Regulamento.

§ 5º A aprovação identificará a autoridade competente do país de origem, sob


cuja responsabilidade os controles prévios à exportação são efetuados.
§ 6º A autoridade competente ou o organismo de controle especificado na
aprovação do país exportador são responsáveis pelos contatos com o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior.

99
§ 7º A autoridade competente ou o organismo de controle do país exportador
assegurarão a certificação oficial de cada remessa controlada, antes da respectiva
entrada em território nacional.
§ 8º A aprovação especificará modelo para os certificados.
§ 9º Quando os controles oficiais das importações sujeitas ao procedimento
referido revelarem qualquer descumprimento deste Regulamento, as autoridades do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior,
ampliarão as verificações e os controles, observando a gravidade do descumprimento,
realizando novas análises de riscos e notificando, de imediato, os países exportadores,
segundo os acordos sanitários agropecuários.
§ 10. Persistindo o descumprimento referido no § 9º, ou constatado que o
descumprimento coloca em risco os objetivos deste Regulamento, inclusive a sanidade
agropecuária, deixa de ser aplicável, imediatamente, o regime de controle simplificado
ou expedito.

Art. 101. No que se refere à exportação ou reexportação de animais, vegetais,


insumos, inclusive alimentos para animais, produtos de origem animal e vegetal,
deverão ser observados os requisitos deste Regulamento e da legislação sanitária
agropecuária vigente, além das exigências legais dos países importadores.
Art. 102. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, estabelecerá normas específicas para a execução dos controles da
importação para:

I - animais e vegetais sem valor comercial, quando for utilizado meio de


transporte internacional;
II - isenções ou condições específicas aplicáveis a determinados procedimentos
de processamento, industrialização e imediata reexportação;
III - produtos de origem animal e vegetal, para abastecimento da tripulação e
dos passageiros de meios de transporte internacionais;
IV - insumos, inclusive alimentos para animais e produtos de origem animal e
vegetal, encomendados por via postal, pelo correio, por telefone ou pela rede mundial
de computadores, e entregues ao consumidor;
V - alimentos para animais e produtos de origem animal e vegetal,
transportados por passageiros e pela tripulação de meios de transporte internacionais;
VI - remessas de origem brasileira, que sejam devolvidas por países
importadores; e
VII - documentos que devem acompanhar as remessas, quando tiverem sido
recolhidas amostras.

Art. 103. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, poderá, a qualquer tempo, avaliar a condição sanitária ou de
equivalência da legislação e dos sistemas sanitários agropecuários de países
exportadores e importadores, em relação à legislação de defesa agropecuária
brasileira.

§ 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, poderá nomear, a seu critério, peritos ou especialistas para tarefas
específicas e definidas no caput deste artigo.

100
§ 2º As avaliações incluirão, entre outras:

I - consistência e coerência da legislação de defesa agropecuária do país


exportador;
II - organização e funcionamento dos serviços oficiais, das autoridades
competentes do país exportador, suas competências e sua independência;
III - qualificação do pessoal e equipe para o desempenho dos controles oficiais;
IV - infra-estrutura disponível, incluindo laboratórios e instalações de
diagnóstico;
V - existência e funcionamento de procedimentos de controle;
VI - situação dos controles de saúde animal, zoonoses e no domínio
fitossanitário, e procedimentos de notificação de surtos, focos ou eventos de doenças
de animais e vegetais; e
VII - garantias que podem oferecer para o cumprimento dos requisitos nacionais
ou para a equivalência sanitária.

§ 3º A freqüência da avaliação sobre as condições sanitárias agropecuárias


vigentes nos países exportadores para o Brasil será determinada com base em:

I - análise de risco dos produtos exportados;


II - disposições da legislação brasileira;
III - volume e natureza das importações do país em questão;
IV - resultados das avaliações anteriores, efetuadas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior;
V - resultados dos controles na importação;
VI - informações recebidas de outros organismos;
VII - informações recebidas de organismos internacionalmente reconhecidos,
como a Organização Mundial de Saúde, o Codex Alimentarius, Convenção Internacional
de Proteção de Vegetais e a Organização Mundial de Saúde Animal;
VIII - detecção de doenças e pragas no país exportador;
IX - identificação de riscos associados a animais, vegetais e produtos
agropecuários perecíveis; e
X - necessidade de investigar situações de emergência num país exportador.

Art. 104. Quando forem identificados riscos associados a animais, vegetais e


produtos agropecuários perecíveis, na análise de risco, o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, adotará, de imediato,
medidas de emergência nos termos deste Regulamento ou nas disposições de proteção
à sanidade agropecuária previstas na legislação pertinente.
Art. 105. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, elaborará relatório sobre os resultados de cada avaliação efetuada,
incluindo recomendações pertinentes.
Art. 106. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, poderá solicitar aos países exportadores informações sobre a
organização e a gestão dos sistemas de controle sanitário agropecuário.

§ 1º As informações referidas estarão relacionadas aos resultados dos controles


do país exportador.

101
§ 2º Se um país exportador não fornecer essas informações ou se essas
informações não forem corretas, o Brasil exigirá, unilateralmente e de imediato, a
aplicação dos controles plenos de importação, sem quaisquer concessões.
§ 3º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, estabelecerá a forma como as informações serão coletadas,
preparadas, organizadas e apresentadas, e as medidas de transição destinadas a dar
tempo aos países exportadores para preparar tais informações.

Art. 107. Os acordos de equivalência reconhecem que as medidas aplicadas no


país exportador oferecem garantias equivalentes às aplicadas no Brasil.

§ 1º Para a determinação de equivalência, serão avaliados:

I - natureza e conteúdo dos certificados que devem acompanhar os produtos;


II - requisitos específicos aplicáveis à exportação para o Brasil; e
III - resultados de auditorias.

§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, elaborará e manterá atualizadas listas de regiões ou
estabelecimentos dos quais são permitidas importações pelo Brasil, observando o
sistema de equivalência.
§ 3º O reconhecimento de equivalência será revogado, de imediato e de forma
unilateral, sempre que deixem de ser cumpridas quaisquer das condições
estabelecidas.

Art. 108. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, fica autorizado a executar ações conjuntas e apoiar os países
vizinhos, em matéria de sanidade dos animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
para animais, e produtos de origem animal e vegetal, a fim de desenvolver a
capacidade institucional necessária para cumprir as condições referidas neste
Regulamento.

CAPÍTULO VII
DA COOPERAÇÃO E DA ASSISTÊNCIA

Art. 109. A pedido das autoridades competentes das Instâncias Locais e em


colaboração com elas, a Instância Intermediária prestará cooperação e assistência às
Instâncias Locais.
Art. 110. A pedido das autoridades competentes das Instâncias Intermediárias
e em colaboração com elas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
como Instância Central e Superior, prestará cooperação e assistência às Instâncias
Intermediárias.
Parágrafo único. A cooperação e assistência do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, contemplará, em
especial:

I - esclarecimentos sobre a legislação nacional de defesa agropecuária;

102
II - informações e dados disponíveis, em nível nacional, que possam ser úteis
para o controle nas Instâncias Intermediárias e Locais para garantir a universalidade,
a harmonização, a eqüidade e a efetividade dos controles e das ações de sanidade
agropecuária; e
III - suporte operacional necessário aos controles de responsabilidade das
Instâncias Intermediárias e Locais no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária.

Art. 111. A Instância Intermediária adotará medidas de assistência emergencial


e temporária, em caso de descumprimento, por parte das Instâncias Locais, de
obrigações estabelecidas na legislação sanitária agropecuária e neste Regulamento,
que comprometa os objetivos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária.
Art. 112. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, adotará medidas de assistência emergencial e temporária em caso
de descumprimento, por parte das Instâncias Intermediárias, de obrigações
estabelecidas neste Regulamento e na legislação sanitária agropecuária, que
comprometam os objetivos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

§ 1º Sempre que a autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária


e Abastecimento, como Instância Central e Superior, identifique descumprimento,
tomará medidas que garantam que as Instâncias Intermediárias ou Locais possam
resolver a situação.
§ 2º Ao decidir pela assistência, em função da incapacidade operacional ou
temporal das Instâncias Intermediárias em cumprir o que estabelece o § 1º, a
autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior, levará em consideração os antecedentes e a natureza do
descumprimento.
§ 3º A ação de assistência referida no caput pode incluir uma ou mais das
seguintes medidas:

I - adoção de procedimentos sanitários ou de quaisquer outras medidas


consideradas necessárias para garantir a segurança dos animais, vegetais, insumos,
inclusive alimentos para animais, produtos de origem animal e vegetal, e das normas
relativas à saúde dos animais;
II - restrição ou proibição da colocação de produtos no mercado;
III - acompanhamento e, se necessária, determinação de recolhimento, retirada
ou destruição de produtos;
IV - autorização de utilização de insumos, inclusive alimentos para animais,
produtos de origem animal e vegetal, para fins diferentes daqueles a que inicialmente
se destinavam;
V - suspensão do funcionamento ou encerramento da totalidade ou de parte
das atividades de produção ou de empresas;
VI - suspensão ou cancelamento do credenciamento concedido; e
VII - quaisquer outras medidas consideradas adequadas pela autoridade
competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior.

103
§ 4º O ônus decorrente das ações estabelecidas no § 3º será de
responsabilidade dos produtores de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
para animais, e produtos de origem animal e vegetal, cabendo recurso, na forma
regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Instância Central e Superior.

Art. 113. As sanções às infrações relacionadas com a sanidade agropecuária


serão aplicadas na forma definida em legislação específica, nas esferas federal,
estadual e municipal.
Art. 114. Todos os procedimentos do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária deverão ser documentados.
Art. 115. No caso de descumprimento das normas de sanidade agropecuária,
os produtores de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais,
produtos de origem animal e vegetal, serão formalmente notificados pela autoridade
competente.

Seção I
Dos Controles de Crises

Art. 116. O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária disporá de


Manual de Procedimentos de Gestão de Crises e de Grupos Especiais de Ação
Emergencial para Sanidade Agropecuária, que observarão normas específicas definidas
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 117. Para a implementação das orientações contidas no Manual de
Procedimentos de Gestão de Crises, as três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção
à Sanidade Agropecuária elaborarão, de forma proativa, planos de contingência e de
emergência que definam as medidas aplicáveis imediatamente, sempre que se
verifique risco para a sanidade agropecuária, quer diretamente, quer por intermédio
do ambiente.

§ 1º Os planos de contingência e de emergência especificarão as autoridades


administrativas que devem intervir, os respectivos poderes e responsabilidades, os
canais e os procedimentos para a troca de informações entre os diferentes
intervenientes.
§ 2º As Instâncias Intermediárias, em suas áreas de abrangência, revisarão e
adequarão os planos de contingência e de emergência às suas condições específicas.

Art. 118. As Instâncias Intermediárias prestarão assistência mútua, mediante


pedido ou por iniciativa própria, sempre que os resultados dos controles oficiais
impliquem adoção de medidas emergenciais em mais de uma Instância Intermediária.
Parágrafo único. A assistência mútua das Instâncias Intermediárias pode incluir,
se for o caso, a participação em controles no local, efetuados pela autoridade
competente de outras Instâncias Intermediárias.
Art. 119. Sempre que uma autoridade competente das três Instâncias tome
conhecimento de caso de descumprimento e esse caso possa ter implicações para o
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária para outra Instância
Intermediária, transmitirá imediatamente essas informações ao Ministério da

104
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, e à outra
Instância Intermediária, sem necessidade de pedido prévio.

§ 1º As Instâncias que receberem as referidas informações procederão a


investigações e informarão à Instância que as prestou os resultados das investigações
e, se for caso, as medidas adotadas, em especial a aplicação de assistência, sem
pedido prévio.
§ 2º Se as autoridades competentes das Instâncias envolvidas tiverem motivos
para supor que essas medidas não são adequadas, devem procurar, em conjunto, as
formas e os meios de solucionar o descumprimento.
§ 3º As Instâncias Intermediárias informarão ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, se não conseguirem
chegar a um acordo sobre as medidas adequadas e se a não-conformidade afetar o
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária como um todo.
§ 4º Constatada que a não-conformidade pode afetar a sanidade agropecuária
em âmbito regional ou nacional, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
como Instância Central e Superior, realizará assistência, sem pedido prévio, na área
identificada.

Art. 120. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, suspenderá a aplicação de medidas sanitárias ou fitossanitárias
injustificadas, ou contrárias à legislação de sanidade agropecuária, entre instâncias do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, adotando medidas
pertinentes.

CAPÍTULO VIII
DO PLANEJAMENTO

Art. 121. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, institucionalizará Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade
Agropecuária, estratégicos e executivos, articulados entre as três Instâncias do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, os quais serão:

I - elaborados de cinco em cinco anos, com a participação dos segmentos sociais


e dos governos envolvidos, com atualizações anuais;
II - referências para a elaboração do Plano Plurianual do Governo Federal,
planos equivalentes dos Governos estaduais e do Distrito Federal e dos Municípios, e
seus respectivos programas de ação; e
III - organizados e executados em função dos perigos identificados e
relacionados com animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para animais, e
produtos de origem animal e vegetal.

§ 1º Os Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária definirão as


metas, as responsabilidades respectivas de cada Instância, os recursos necessários,
inclusive contrapartidas financeiras, e fontes de financiamento.
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definirá a forma de
aplicação dos recursos da União, observando a legislação pertinente.

105
§ 3º As três Instâncias assumem a responsabilidade pela aplicação dos recursos
e total observância dos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária,
acordados conjuntamente.

Art. 122. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância


Central e Superior, estabelecerá calendário de elaboração e atualização dos Planos
Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária, de forma a subsidiar a elaboração do
Plano Plurianual do Governo Federal.

§ 1º O Plano Plurianual de Atenção à Sanidade Agropecuária deve conter


informações gerais sobre:

I - objetivos estratégicos do plano e a forma como estes se refletem na


atribuição de prioridades e de recursos;
II - categoria ou classificação de riscos das atividades;
III - designação das autoridades competentes e respectivas funções, nos
diversos níveis de atuação, e os recursos de que dispõem;
IV - organização e gestão dos controles oficiais, incluindo controles oficiais nos
diferentes estabelecimentos;
V - sistemas de controle aplicados e coordenação entre as autoridades
competentes, responsáveis pelos controles oficiais;
VI - eventual delegação de tarefas;
VII - métodos para assegurar o respeito aos critérios operacionais;
VIII - formação do pessoal encarregado dos controles oficiais;
IX - procedimentos documentados;
X - organização e funcionamento de planos de contingência e de emergência,
em caso de doenças e pragas de impacto, e de outros riscos;
XI - organização da cooperação e da assistência mútua;
XII - mecanismos de articulação institucional; e
XIII - órgãos colegiados e de cooperação e assistência, a exemplo da extensão
rural.

§ 2º Os Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária podem ser


alterados durante a sua aplicação.
§ 3º As alterações serão efetuadas levando em consideração, entre outros:

I - aparecimento de novas doenças ou pragas de impacto, ou de outros riscos;


II - nova legislação e ajustes definidos pela Instância Central e Superior;
III - alterações significativas na estrutura, na gestão ou no funcionamento das
autoridades competentes;
IV - resultados dos controles oficiais efetuados no Sistema Unificado de Atenção
à Sanidade Agropecuária;
V - descobertas científicas;
VI - sugestões de consultorias técnicas realizadas pelas três Instâncias ou de
missões técnicas internacionais; e
VII - resultado das auditorias efetuadas pela Instância Central e Superior.

§ 4º Os Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária contemplarão:

106
I - abordagem coerente, global e integrada da legislação;
II - prioridades em função de riscos;
III - critérios para categoria ou classificação de riscos das atividades;
IV - procedimentos de controle e correção;
V - compromissos internacionais, multilaterais ou bilaterais, relativos à sanidade
agropecuária;
VI - indicadores nas fases da cadeia produtiva que fornecerão as informações
representativas do cumprimento da legislação sanitária agropecuária;
VII - sistemas de boas práticas, em todas as etapas das cadeias produtivas;
VIII - sistemas de controle da rastreabilidade;
IX - sistemas de avaliação de desempenho e dos resultados das ações de
controle, com indicadores de desempenho;
X - normas e recomendações dos organismos internacionais de referência;
XI - critérios para realização das auditorias; e
XII - estrutura dos relatórios anuais e informações que neles devem ser
incluídas.

Art. 123. Após o primeiro ano do início da execução dos Planos Plurianuais de
Atenção à Sanidade Agropecuária e, posteriormente, a cada ano, serão preparados e
publicados relatórios indicativos da evolução dos trabalhos pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, com as
seguintes indicações:

I - alterações propostas ou introduzidas nos Planos Plurianuais de Atenção à


Sanidade Agropecuária;
II - resultados dos controles e das auditorias realizados no ano anterior,
conforme disposições dos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária;
III - tipo e número de casos de descumprimento identificados, e localização
geográfica dos principais eventos, preferencialmente utilizando mapas eletrônicos; e
IV - recomendações para o aperfeiçoamento da execução das atividades
previstas nos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária subseqüentes.

Art. 124. O relatório deverá ser submetido ao Conselho Nacional de Política


Agrícola, que o encaminhará, com suas recomendações, ao Ministro de Estado da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que o divulgará ao público em geral.

CAPÍTULO IX
DOS RECURSOS E DO FINANCIAMENTO

Art. 125. É responsabilidade das três Instâncias garantir os recursos necessários


para as atividades do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, em suas
respectivas jurisdições, observando a legislação pertinente.

§ 1º As Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária


podem cobrar taxas ou encargos, conforme suas respectivas legislações pertinentes,
para cobrir as despesas ocasionadas pelos controles oficiais, vedada a duplicidade de
cobrança pelos serviços prestados.

107
§ 2º Sempre que efetue simultaneamente vários controles oficiais no mesmo
estabelecimento, a autoridade competente deve considerá-los como uma única
atividade e cobrar uma única taxa.
§ 3º No ato do recolhimento de qualquer taxa relativa ao Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, será, obrigatoriamente, emitido um comprovante
do pagamento, na forma regulamentada.

Art. 126. As Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade


Agropecuária podem fixar, com base em legislação própria, taxas diferenciadas para
os serviços que prestam ou isentá-las em situações específicas.
Art. 127. As Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária devem tornar pública a tabela de taxas cobradas por serviços ou
atividades.
Art. 128. As Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária podem cobrar as despesas decorrentes de controles adicionais, sempre
que a detecção de uma não-conformidade dê origem a controles oficiais ou medidas
corretivas que excedam as atividades normais da autoridade competente, observando
legislação pertinente.
Parágrafo único. As atividades que excedem as atividades normais de controle
incluem medidas corretivas e outros controles adicionais, para verificar a dimensão e
a solução do problema.
Art. 129. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
Central e Superior, poderá suspender repasses de recursos para as Instâncias
Intermediárias e Locais nos seguintes casos:

I - descumprimento deste Regulamento e das demais normas específicas de


sanidade agropecuária;
II - descumprimento das atividades e metas previstas nos Planos Plurianuais de
Atenção à Sanidade Agropecuária, e em projetos específicos, quando não acatadas as
justificativas apresentadas pela autoridade das Instâncias Intermediárias ou Local
responsável;
III - falta de comprovação da contrapartida de recursos correspondente;
IV - emprego irregular dos recursos financeiros transferidos;
V - falta de comprovação da regularidade e oportunidade da alimentação e
retroalimentação dos sistemas de informação epidemiológica; e
VI - falta de atendimento tempestivo a solicitações formais de informações.
Parágrafo único. Após análise das justificativas apresentadas pelas Instâncias
Intermediárias e Locais que motivaram a suspensão dos repasses, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Central e Superior, com base
em parecer técnico fundamentado, poderá restabelecer o repasse dos recursos
financeiros, providenciar assistência sem pedido, manter a suspensão do repasse de
recursos, ou sustar o reconhecimento da instância inadimplente.

Art. 129-A. Para efeito do disposto no art. 26 da Lei no 10.522, de 19 de julho


de 2002, as atividades a que se refere o § 3o do art. 1o deste Regulamento, quando
voltadas à fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano,
bem como de insumos, produtos e substâncias que integrem sua cadeia produtiva,

108
constituem ações sociais voltadas à proteção da saúde e da segurança alimentar."
(NR) (Acrencentado pelo Decreto Nº 8.613/2015)

CAPÍTULO X
DA INSPEÇÃO DE PRODUTOS E INSUMOS AGROPECUÁRIOS

Art. 130. Como parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária


e com o objetivo de inspecionar e fiscalizar os produtos de origem animal e vegetal e
os insumos agropecuários, ficam constituídos os Sistemas Brasileiros de Inspeção de
Produtos e Insumos Agropecuários, na seguinte forma:

I - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal;


II - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal; e
III - Sistemas Brasileiros de Inspeção de Insumos Agropecuários.

§ 1º Os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários


desenvolverão atividades de:

I - auditoria, fiscalização, inspeção, certificação e classificação de produtos de


origem vegetal, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico;
II - auditoria, fiscalização, inspeção, certificação e classificação de produtos de
origem animal, seus derivados, subprodutos, e resíduos de valor econômico; e
III - auditoria, fiscalização, inspeção e certificação dos insumos e dos serviços
usados nas atividades agropecuárias.

§ 2º As atividades dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos


Agropecuários serão executadas conforme a legislação vigente de defesa agropecuária
e os compromissos internacionais firmados pela União.
§ 3º As auditorias, inspeções e fiscalizações serão efetuadas sem aviso prévio,
exceto em casos específicos em que seja obrigatória a notificação prévia do
responsável pela produção.
§ 4º As auditorias, inspeções e fiscalizações serão efetuadas em qualquer fase
da produção, da transformação, do armazenamento e da distribuição.
§ 5º Excetuam-se das auditorias, inspeções e fiscalizações previstas no § 4º as
relacionadas com alimentos, bebidas e água para o consumo humano, que estão a
cargo das instituições de vigilância sanitária integrantes do Sistema Único de Saúde -
SUS.
§ 6º Na inspeção, a critério da autoridade competente, poderá ser adotado o
método de análise de riscos e pontos críticos de controle.
§ 7º As auditorias, inspeções e fiscalizações abrangem todos os produtos de
origem animal e vegetal e insumos agropecuários importados ou produzidos em
território nacional, destinados ou não às exportações.
§ 8º A critério das autoridades competentes, as inspeções poderão ser
realizadas de forma permanente, nas próprias instalações industriais ou
agroindustriais.

Art. 131. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento coordenará os


Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários.

109
§ 1º Os Estados e o Distrito Federal, por adesão, poderão integrar os Sistemas
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários.
§ 2º Os Municípios, por adesão, poderão integrar o Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal e o Sistema Brasileiro de Inspeção de
Produtos de Origem Vegetal.
§ 3º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá, no
prazo de cento e vinte dias da publicação deste Regulamento, os requisitos e demais
procedimentos necessários para a adesão aos Sistemas Brasileiro de Inspeção de
Produtos e Insumos Agropecuários. (Redação dada pelo(a) Decreto
5.830/2006)_________________________________ Redação(ões) Anterior(es)
§ 4º Para aderir aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos
Agropecuários, as unidades da Federação deverão adequar seus processos e
procedimentos de inspeção e fiscalização.

Art. 132. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que ainda não tenham
aderido ou decidirem pela não-adesão aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de
Produtos e Insumos Agropecuários terão suas inspeções e fiscalizações de produtos
de origem animal e vegetal, e insumos agropecuários, reconhecidas apenas no âmbito
de sua jurisdição.

§ 1º Desde que haja solicitação formal, a União poderá cooperar tecnicamente


com os Estados e com o Distrito Federal, da mesma forma que os Estados poderão
cooperar com os Municípios.
§ 2º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizará auditorias
anualmente nos serviços de inspeção dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios
e dos Municípios.
§ 3º Os Estados realizarão auditorias anuais nos Municípios em sua jurisdição.

Art. 133. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios que aderirem aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de
Produtos e Insumos Agropecuários assegurarão:

I - eficácia e adequação das inspeções e fiscalizações, em todas as fases das


cadeias produtivas;
II - que o pessoal técnico e auxiliar que efetua as inspeções e fiscalizações seja
contratado por concurso público;
III - que o pessoal técnico e auxiliar que efetua as inspeções e fiscalizações não
tenha quaisquer conflitos de interesses;
IV - existência ou acesso a laboratórios oficiais ou credenciados, com
capacidade adequada para realização de testes, com pessoal qualificado e experiente,
em número suficiente, de forma a realizar os controles oficiais com eficiência e eficácia;
V - existência de instalações e equipamentos adequados e sua manutenção, de
forma a garantir que o pessoal possa realizar as inspeções e fiscalizações com
segurança e efetividade;
VI - previsão dos poderes legais necessários para efetuar as inspeções e
fiscalizações, e adoção das medidas previstas neste Regulamento;
VII - realização de controles e ações de educação sanitária;

110
VIII - que nenhum estabelecimento industrial ou entreposto poderá funcionar
no País, sem que esteja previamente registrado no órgão competente, para a
fiscalização da sua atividade;
IX - ação efetiva de combate a atividades clandestinas; e
X - que os produtores rurais, industriais e fornecedores de insumos,
distribuidores, cooperativas, associações, industriais e agroindustriais, atacadistas e
varejistas, importadores, exportadores, empresários e quaisquer outros operadores ao
longo da cadeia de produção se submetam a qualquer inspeção ou fiscalização
efetuada nos termos deste Regulamento e apóiem o pessoal da autoridade competente
no desempenho da sua missão.
Parágrafo único. Para integrar os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos
e Insumos Agropecuários, os Estados e os Municípios ficam obrigados a seguir a
legislação federal ou dispor de regulamentos equivalentes para inspeção de produtos
de origem animal e vegetal, e de insumos, aprovados na forma definida por este
Regulamento e pelas normas específicas.

Art. 134. Os Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos


Agropecuários terão a responsabilidade de assegurar que os procedimentos e a
organização da inspeção de produtos de origem animal e vegetal, e dos insumos
agropecuários, se façam por métodos universalizados e aplicados eqüitativamente em
todos os estabelecimentos inspecionados.
Art. 135. Auditorias e avaliações técnicas serão realizadas para organizar,
estruturar e sistematizar adequadamente as ações de inspeção e fiscalização no
território nacional e para buscar o aperfeiçoamento dos Sistemas Brasileiros de
Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários, sendo observados os seguintes
procedimentos:

I - os serviços públicos de inspeção dos Estados e do Distrito Federal serão


avaliados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e
II - os serviços públicos de inspeção dos Municípios serão avaliados pelos
Estados, observando sua área de atuação geográfica.

§ 1º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá orientar os


serviços públicos de inspeção dos Estados, do Distrito Federal e do Município para o
cumprimento dos dispositivos legais estabelecidos neste Regulamento.
§ 2º Eventuais medidas de correção adotadas serão comunicadas às
organizações representativas da sociedade, da região ou setores afetados.

Art. 136. As atividades dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e


Insumos Agropecuários que cabem aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
serão exercidas por instituições públicas e reconhecidas pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Art. 137. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios designarão servidores
públicos para integrar as equipes para as funções de autoridades responsáveis pelas
inspeções e fiscalizações previstas neste Regulamento.
Art. 138. A autoridade competente dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios pode delegar competências relacionadas com inspeção e fiscalização a uma
ou mais instituições públicas.

111
Art. 139. As autoridades competentes dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de
Produtos e Insumos Agropecuários garantirão a imparcialidade, a qualidade e a
coerência dos controles oficiais.
Art. 140. Sempre que as funções de controle oficial forem atribuídas a diferentes
instituições públicas, a autoridade competente que delegou as funções assegurará a
coordenação e a cooperação entre elas.
Art. 141. Serão criados mecanismos de inter-relacionamento entre os Sistemas
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários, instituições de ensino
e pesquisa, para a formação, capacitação e educação continuada dos profissionais
integrantes.

Seção I
Da Inspeção e da Fiscalização de Produtos de Origem Animal

Art. 142. A inspeção higiênico-sanitária, tecnológica e industrial dos produtos


de origem animal é da competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

§ 1º Fica estabelecida a obrigatoriedade prévia de fiscalização, sob o ponto de


vista industrial e sanitário, de todos os produtos de origem animal, comestíveis ou não-
comestíveis, sejam ou não adicionados de produtos vegetais.
§ 2º A inspeção abrange a inspeção ante e post mortem dos animais,
recebimento, manipulação, transformação, elaboração, preparo, conservação,
acondicionamento, embalagem, depósito, rotulagem, trânsito e consumo de quaisquer
produtos, subprodutos e resíduos de valor econômico, adicionados ou não de vegetais,
destinados ou não à alimentação humana.

Art. 143. Nenhum estabelecimento industrial ou entreposto de produtos de


origem animal poderá funcionar no País, sem que esteja previamente registrado no
órgão competente, para fiscalização da sua atividade.
"Art. 143-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar
normas específicas relativas às condições gerais de instalações, equipamentos e
práticas operacionais de estabelecimento agroindustrial de pequeno porte, observados
o disposto no art. 7º, os princípios básicos de higiene dos alimentos e a garantia da
inocuidade dos produtos de origem animal.
Parágrafo único. Entende-se por estabelecimento agroindustrial de pequeno
porte de produtos de origem animal aquele que, cumulativamente:

I - pertence, de forma individual ou coletiva, a agricultores familiares ou


equivalentes ou a produtores rurais;
II - é destinado exclusivamente ao processamento de produtos de origem
animal;
III - dispõe de instalações para:

a) abate ou industrialização de animais produtores de carnes;


b) processamento de pescado ou seus derivados;
c) processamento de leite ou seus derivados;
d) processamento de ovos ou seus derivados; ou

112
e) processamento de produtos das abelhas ou seus derivados; e

IV - possui área útil construída não superior a duzentos e cinquenta metros


quadrados." (NR)_________________________ Alterado pelo Decreto 8471 de
22/06/2015 (Redações anteriores)

Art. 143-B. Fica instituído, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, o Comitê Técnico Consultivo do Sistema Brasileiro de Inspeção de
Produtos de Origem Animal. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)
Art. 143-C. Ao Comitê Técnico Consultivo do Sistema Brasileiro de Inspeção de
Produtos de Origem Animal compete: (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)

I - avaliar periodicamente as diretrizes e as condições técnicas e operacionais


do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal; (Acrescentado(a)
pelo(a) Decreto 7.216/2010)
II - apreciar e propor modificações nas normas que regulamentam o Sistema
Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal; e (Acrescentado(a)
pelo(a) Decreto 7.216/2010)
III - emitir pareceres técnicos para subsidiar a tomada de decisões relacionadas
às regras e procedimentos do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
Animal. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)

Art. 143-D. O Comitê Técnico Consultivo do Sistema Brasileiro de Inspeção de


Produtos de Origem Animal será composto pelos seguintes
membros: (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)

I - dois representantes do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem


Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento; (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)
II - dois representantes do Ministério do Desenvolvimento
Agrário; (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)
III - um representante da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto
7.216/2010)
IV - representantes da sociedade civil, indicados, em ato próprio, pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto
7.216/2010)

§ 1º Os membros do Comitê poderão indicar técnicos dos Serviços Oficiais de


Inspeção, bem como representantes de entidades afins para participar das
reuniões. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)
§ 2º A coordenação do Comitê caberá ao Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal, que deverá organizar duas reuniões ordinárias por
ano. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)
§ 3º Os membros do Comitê e seus respectivos suplentes serão indicados pelos
titulares dos órgãos que representam e designados pelo Secretário de Defesa
Agropecuária. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)

113
Seção II
Da Inspeção e Fiscalização de Produtos de Origem Vegetal

"Art. 144-A. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definirá o


estabelecimento agroindustrial de pequeno porte de bebidas, que deverá pertencer,
de forma individual ou coletiva, a agricultores familiares ou equivalentes ou a
produtores rurais e dispor de instalações destinadas à produção de bebidas. Parágrafo
único. A definição de que trata o caput deverá considerar a escala de produção e a
área útil construída." (NR)
_________________________ Alterado pelo decreto 8471 de
22/06/2018 (Redação Anterior)
Art. 145. O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal tem
por objetivo assegurar a identidade, a qualidade, a conformidade, a idoneidade e a
segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos de origem vegetal, seus
subprodutos, derivados e resíduos de valor econômico, por meio das ações de
inspeção, fiscalização e classificação de produtos, sistemas, ou cadeia produtiva,
conforme o caso.

Seção III
Da Inspeção e Fiscalização de Insumos Agropecuários

Art. 146. A inspeção e a fiscalização de insumos agropecuários são da


competência da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando as atribuições
definidas em lei específica.
Art. 147. Ficam instituídos o Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de
Insumos Agrícolas e o Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos
Pecuários, estruturados e organizados sob a coordenação do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, responsáveis pelas atividades de inspeção e fiscalização de
insumos agropecuários.
Art. 148. O Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos Agrícolas
e o Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos Pecuários têm por
objetivo assegurar a identidade, a qualidade, a conformidade, a idoneidade e a
segurança higiênicosanitária e tecnológica dos insumos agropecuários, por meio das
ações de inspeção, fiscalização e classificação de produtos, sistemas, processos ou
cadeia produtiva, conforme o caso.

Seção IV
Da Equivalência dos Serviços

Art. 149. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os Estados da


Federação, o Distrito Federal e os Municípios adotarão medidas necessárias para
garantir que inspeções e fiscalizações dos produtos de origem animal e vegetal, e dos
insumos, sejam efetuadas de maneira uniforme, harmônica e equivalente em todos os
Estados e Municípios.
Parágrafo único. Para fins deste Regulamento, considera-se equivalência de
serviços de inspeção o estado no qual as medidas de inspeção higiênico-sanitária e
tecnológica aplicadas por diferentes serviços de inspeção permitem alcançar os

114
mesmos objetivos de inspeção, fiscalização, inocuidade e qualidade dos
produtos. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)
Art. 150. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento cuidará que as
inspeções e fiscalizações sejam realizadas mediante regras e critérios de controles
predefinidos nos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos
Agropecuários.
Art. 151. Os serviços públicos de inspeção vinculados aos Estados da Federação,
ao Distrito Federal e aos Municípios solicitarão ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento a verificação e o reconhecimento de sua equivalência para a realização
do comércio interestadual, na forma definida pelos procedimentos de adesão aos
Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários.
Parágrafo único. Após a análise e aprovação da documentação prevista, serão
realizadas auditorias documentais e operacionais nos serviços de inspeção estaduais,
distritais ou municipais, pelas autoridades competentes do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento para reconhecer a adesão ao Sistema.
Art. 152. Os serviços de inspeção dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios que aderirem aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos
Agropecuários serão reconhecidos como equivalentes, para suas atividades e
competências, desde que sigam as normas e regulamentos federais e que atendam
aos requisitos estabelecidos pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária e implantados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
conservando suas características administrativas originais.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios garantirão que todos os


produtos, independentemente de estarem destinados ao mercado local, regional ou
nacional, sejam inspecionados e fiscalizados com o mesmo rigor.
§ 2º As autoridades competentes nos destinos devem verificar o cumprimento
da legislação de produtos de origem animal e vegetal, por meio de controles não-
discriminatórios.
§ 3º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem solicitar informações
técnicas específicas aos serviços oficiais que tenham procedido à entrega de
mercadorias provenientes de outros Estados, Distrito Federal ou Municípios.
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios que, nos termos da sua
legislação, aprovarem estabelecimentos situados no seu território, devem informar ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e aos demais Estados e Municípios.

Art. 153. São condições para o reconhecimento da equivalência e habilitação


dos serviços de inspeção de produtos nos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos
e Insumos Agropecuários:

I - formalização do pleito, com base nos requisitos e critérios definidos pelo


Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; (Redação dada
pelo(a) Decreto 7.216/2010)___________________ Redação(ões) Anterior(es)
II - apresentação de programa de trabalho de inspeção e fiscalização; e
III - comprovação de estrutura e equipe compatíveis com as atribuições.

§ 1º A solicitação de reconhecimento da equivalência dos serviços de inspeção


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios será analisada pelo Ministério da

115
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que realizará auditorias técnico-
administrativas. (Redação dada pelo(a) Decreto
7.216/2010)________________________________ Redação(ões) Anterior(es)
§ 2º O serviço de inspeção solicitante apresentará lista com os estabelecimentos
que servirão como base para aferição da eficiência e eficácia do Serviço de
Inspeção. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)
§ 3º Os Serviços de Inspeção que obtiverem o reconhecimento de sua
equivalência terão autonomia na indicação de novos estabelecimentos para integrar o
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal. (Acrescentado(a)
pelo(a) Decreto 7.216/2010)
§ 4º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento terá prazo de
sessenta dias, a contar do protocolo do requerimento de reconhecimento de
equivalência e habilitação do serviço de inspeção devidamente instruído, para analisar
a documentação entregue, realizar as auditorias técnico-administrativas de que trata
o §1º e manifestar-se quanto ao deferimento do pedido. (Acrescentado(a)
pelo(a) Decreto 7.524/2011 )
§ 5º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá solicitar a
realização de diligências, o que ensejará a interrupção do prazo de que trata o §4º,
que será reaberto a partir do protocolo da documentação que comprove seu
atendimento. (Acrescentado(a) pelo(a) Decreto 7.216/2010)

Art. 154. Os serviços públicos de inspeção dos Sistemas Brasileiros de Inspeção


de Produtos e Insumos Agropecuários serão desabilitados, na comprovação dos
seguintes casos:

I - descumprimento das normas e das atividades e metas previstas e aprovadas


no programa de trabalho, que comprometam os objetivos do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária;
II - falta de alimentação e atualização do sistema de informação; e
III - falta de atendimento tempestivo a solicitações formais de informações.

Art. 155. Para cumprir os objetivos dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de


Produtos e Insumos Agropecuários, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento desenvolverá, de forma continuada, o planejamento e o plano de
gestão dos programas, ações, auditorias e demais atividades necessárias à inspeção
animal, vegetal e de insumos.

CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 156. As autoridades competentes das três Instâncias do Sistema Unificado


de Atenção à Sanidade Agropecuária e dos serviços públicos vinculados aos Sistemas
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários assegurarão que as suas
atividades sejam realizadas com transparência, devendo, para esse efeito, facultar ao
público o acesso às informações relevantes que detenham, em especial as atividades
de controle.
Parágrafo único. As três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária e as autoridades responsáveis pelos serviços públicos vinculados aos

116
Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários disporão de
mecanismo para impedir que sejam reveladas informações confidenciais a que tenham
tido acesso na execução de controles oficiais e que, pela sua natureza, sejam
abrangidas pelo sigilo profissional.
Art. 156-A. Os produtos de origem animal inspecionados por serviço de inspeção
executado por consórcios públicos de Municípios, atendidos os requisitos estabelecidos
em ato do Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, poderão ser
comercializados em quaisquer dos Municípios integrantes do consórcio.

§ 1º Caso o consórcio de Municípios não adira ao Sistema Brasileiro de Inspeção


de Produtos de Origem Animal no prazo de três anos, os serviços de inspeção dos
Municípios consorciados terão validade apenas para o comércio realizado dentro de
cada Município.
§ 2º O prazo de que trata o § 1º será contado a partir do cadastramento do
consórcio de Municípios no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
(REDAÇÃO DADA PELO(A) DECRETO Nº 10.032, DE 1º DE OUTUBRO DE 2019)

Art. 157. Fica o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na forma


da lei e no âmbito de sua atuação, autorizado a celebrar convênios com entes públicos,
para apoiar, subsidiariamente, as ações no campo da defesa agropecuária.
D.O.U., 31/03/2006

LEGISLAÇÃO FEDERAL

CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PROTEÇÃO DOS VEGETAIS


Decreto nº 5.759, de 17 de abril de 2006

Promulga o texto revisto da Convenção Internacional para a Proteção dos


Vegetais (CIVP), aprovado na 29a Conferência da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação - FAO, em 17 de novembro de 1997.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,
inciso IV, da Constituição, e
Considerando que o Congresso Nacional aprovou o texto revisto da Convenção
Internacional para a Proteção dos Vegetais (CIVP), por meio do Decreto Legislativo nº
885, de 30 de agosto de 2005;
Considerando que o texto revisto entrou em vigor internacional e para o Brasil
em 2 de outubro de 2005, nos termos do parágrafo 4 de seu Artigo XXI;

DECRETA:
Art. 1º O texto revisto da Convenção Internacional para a Proteção dos
Vegetais, de 17 de novembro de 1997, apenso por cópia ao presente Decreto, será
executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém.
Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que
possam resultar em revisão da referida Convenção ou que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do art. 49, inciso I, da
Constituição.

117
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 17 de abril de 2006; 185º da Independência e 118º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Celso Luiz Nunes Amorim

CONVENÇÃO INTERNACIONAL PARA A PROTEÇÃO DOS VEGETAIS


(Texto aprovado na 29ª Conferência da FAO)
ÍNDICE
ASSUNTO
PREÂMBULO
ARTIGO I - Propósitos e Responsabilidades
ARTIGO II - Terminologia Utilizada
ARTIGO III - Relação com Outros Acordos Internacionais
ARTIGO IV - Disposições Gerais Relativas aos Acordos Institucionais de
Proteção Fitossanitária Nacional
ARTIGO V - Certificação Fitossanitária
ARTIGO VI - Pragas Regulamentadas
ARTIGO VII - Disposições Relativas à Importação
ARTIGO VIII - Cooperação Internacional
ARTIGO IX - Organizações Regionais de Proteção Fitossanitária
ARTIGO X - Normas
ARTIGO XI - Comissão de Medidas Fitossanitárias
ARTIGO XII - Secretaria
ARTIGO XIII - Solução de Controvérsias
ARTIGO XIV - Substituição de Acordos Anteriores
ARTIGO XV - Aplicação Territorial
ARTIGO XVI - Acordos Suplementares
ARTIGO XVII - Ratificação e Adesão
ARTIGO XVIII - Partes Não Contratantes
ARTIGO XIX - Idiomas
ARTIGO XX - Assistência Técnica
ARTIGO XXI - Emendas
ARTIGO XXII - Vigência
ARTIGO XXIII - Denúncia
ANEXO
Modelo de Certificado Fitossanitário
Modelo de Certificado Fitossanitário para Reexportação
PREÂMBULO
As partes contratantes,
- reconhecendo a necessidade da cooperação internacional para controlar e
prevenir as pragas de plantas e produtos vegetais, bem como sua disseminação
internacional, e especialmente sua introdução em áreas ameaçadas;
- reconhecendo que as medidas fitossanitárias devem estar tecnicamente
justificadas, ser transparentes e não devem ser aplicadas de maneira a constituir um
meio de discriminação arbitrária ou injustificada ou ainda uma restrição implícita ao
comércio internacional em particular;
- desejando assegurar uma estreita coordenação das medidas tomadas para
tais fins;

118
- desejando estabelecer um marco para a formulação e aplicação de medidas
fitossanitárias harmonizadas e para a elaboração de normas internacionais com esta
finalidade;
- tendo em conta os princípios aprovados internacionalmente que regem a
proteção das plantas, da saúde humana e dos animais e do meio ambiente; e
- observando os acordos concluídos durante as Negociações Comerciais
Multilaterais da Rodada do Uruguai e, particularmente, os relativos ao Acordo sobre
Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias;
convencionaram o seguinte:
Art. 1º Propósitos e Responsabilidades
1. Com o propósito de atuar eficaz e conjuntamente para prevenir a
disseminação e introdução de pragas de plantas e de produtos vegetais, bem como
promover medidas apropriadas para controlá-las, as partes contratantes
comprometem-se a adotar as medidas legislativas, técnicas e administrativas
especificadas na presente Convenção e em outros acordos suplementares para dar
cumprimento ao Artigo XVI;
2. Cada parte contratante assumirá a responsabilidade de fazer cumprir em seu
território as medidas prescritas pela presente Convenção sem prejuízo das obrigações
assumidas em virtude de outros acordos internacionais;
3. A divisão das responsabilidades para o cumprimento dos requisitos desta
Convenção entre as Organizações Membros da FAO e seus Estados membros, que
sejam partes contratantes da presente Convenção, far-se-á de conformidade com suas
competências respectivas.
4. As disposições da presente Convenção podem, quando as partes contratantes
julgarem-nas apropriadas, ser aplicadas não só aos vegetais e seus produtos, mas
também a locais de armazenamento, de embalagem, aos meios de transporte,
containers, solo e todo outro organismo, objeto ou material capaz de abrigar ou
disseminar pragas de plantas, em particular quando envolver o transporte
internacional.
Art. 2º Terminologia Utilizada
1. Na presente Convenção, os termos especificados terão o significado conforme
definido a seguir:
"Análise de Risco de Pragas" - processo de avaliação de provas biológicas,
científicas e econômicas para determinar se uma praga deve ser regulamentada e a
intensidade de quaisquer medidas fitossanitárias que devem ser adotadas para
controlá-la;
"Área de Baixa Prevalência de Pragas" - área delimitada pelas autoridades
competentes, que pode corresponder à totalidade de um país, parte de um país ou à
totalidade ou partes de vários países, em que uma determinada praga se encontra em
baixo nível e que está sujeita a medidas de efetiva vigilância, controle ou erradicação;
“Área em Perigo" - Área na qual os fatores ecológicos favorecem o
estabelecimento de uma praga cuja presença dentro da área dará como resultado
importantes perdas econômicas;
"Artigo Regulamentado" - qualquer planta, produto vegetal, lugar de
armazenamento, de embalagem, meio de transporte, container, solo e qualquer outro
organismo, objeto ou material capaz de abrigar ou disseminar pragas que se julgue
dever estar sujeito a medidas fitossanitárias, especialmente quando estiver envolvido
o transporte internacional;

119
"Comissão" - a Comissão de Medidas Fitossanitárias, estabelecida conforme o
disposto no Artigo XI;
"Estabelecimento" - perpetuação, em um futuro previsível, de uma praga dentro
de uma área depois da sua entrada;
"Introdução" - entrada de uma praga que resulta no seu estabelecimento;
"Medida fitossanitária" - qualquer legislação, regulamento ou procedimento
oficial que tenha o propósito de prevenir a introdução e/ou a disseminação de pragas;
"Medidas fitossanitárias harmonizadas" - medidas fitossanitárias estabelecidas
pelas partes contratantes tendo como base normas internacionais;
"Normas Internacionais" - normas internacionais estabelecidas de conformidade
com o disposto no Artigo X, parágrafos 1 e 2;
"Normas Regionais" - normas estabelecidas por uma organização regional de
proteção fitossanitária para servir de guia aos seus membros;
"Plantas" - plantas vivas e partes delas, incluindo-se suas sementes e o seu
germoplasma;
"Praga" - qualquer espécie, raça ou biótipo vegetal ou animal ou agente
patogênico daninho para as plantas ou produtos vegetais;
"Praga Quarentenária" - praga de importância econômica potencial para uma
área em perigo, quando ainda a praga não existe ou, se existe, não está dispersa e
encontra-se sob controle oficial;
"Praga Não Quarentenária Regulamentada - praga não quarentenária cuja
presença em plantas para plantio influi no seu uso proposto, com repercussões
economicamente inaceitáveis e que, portanto, está regulamentada no território da
parte contratante importadora;
"Praga Regulamentada" - praga quarentenária ou praga não quarentenária
regulamentada;
"Produtos Vegetais" - material não manufaturado de origem vegetal (inclusive
os grãos) e aqueles produtos manufaturados que, por sua natureza ou por sua
elaboração, podem gerar um risco de introdução e disseminação de pragas;
"Secretário" - Secretário da Comissão nomeado em conformidade com o Artigo
XII;
"Tecnicamente Justificado" - justificado com base nas conclusões de uma
apropriada análise de risco de pragas ou, quando aplicável, outro exame e avaliação
comparável da informação científica disponível;
2. Considerar-se-á que as definições que figuram neste Artigo, dada a sua
limitação à aplicação da presente Convenção, não afetam as definições contidas nas
leis nacionais ou regulamentações das partes contratantes.
Art. 3º Relação com Outros Acordos Internacionais
O disposto na presente Convenção não afetará os direitos e obrigações das
partes contratantes em virtude dos acordos internacionais relevantes.
Art. 4º Disposições Gerais Relativas aos Acordos Institucionais de Proteção
Fitossanitária Nacional
1. Cada parte contratante compromete-se a tomar as medidas necessárias para
estabelecer da melhor forma possível, uma organização nacional oficial de proteção
fitossanitária, cujas principais responsabilidades são estabelecidas no presente Artigo.
2. Dentre as responsabilidades de uma organização nacional oficial de proteção
fitossanitária incluem-se as seguintes:

120
a) a emissão de certificados referentes à regulamentação fitossanitária do país
importador para o envio de plantas, produtos vegetais e outros artigos
regulamentados;
b) a vigilância de vegetais tanto os cultivados, (por exemplo campos,
plantações, viveiros, jardins, casas de vegetação e laboratórios) como os da flora
silvestre, das plantas e produtos vegetais em armazenamento ou em transporte,
particularmente com o objetivo de informar da presença, do foco e da disseminação
de pragas, bem como controlá-las, incluindo a apresentação dos informes referidos no
parágrafo 1 a) do Artigo VIII;
c) a inspeção das cargas de vegetais e de seus produtos envolvidos nas trocas
internacionais e, quando for apropriado, a inspeção de outros artigos regulamentados,
particularmente com vistas a prevenir a introdução e/ou a disseminação de pragas;
d) a desinfestação ou desinfecção das cargas de plantas, produtos vegetais, e
outros artigos regulamentados, particularmente aqueles que estejam envolvidos no
trânsito internacional, para cumprir os requisitos fitossanitários;
e) a proteção de áreas em perigo e a identificação, manutenção e vigilância de
áreas livres de pragas e as de baixa prevalência de pragas;
f) a realização das análises de risco de pragas;
g) assegurar, mediante procedimentos apropriados, que a segurança
fitossanitária das cargas, depois da certificação fitossanitária, com respeito à
composição, substituição e reinfestação, seja mantida antes da exportação; e
h) a capacitação e formação de pessoal.
3. Cada parte contratante tomará as medidas necessárias, da melhor forma
possível, para:
a) a distribuição, dentro do território da parte contratante, de informação sobre
pragas regulamentadas e meios de preveni-las e controlá-las;
b) a pesquisa no campo da proteção fitossanitária;
c) a promulgação da regulamentação fitossanitária; e
d) o desempenho de qualquer outra função que possa ser necessária para a
aplicação desta Convenção.
4. Cada uma das partes contratantes apresentará ao Secretário, uma descrição
de sua organização nacional encarregada oficialmente da proteção fitossanitária e das
modificações que nela sejam introduzidas.
Uma parte contratante proporcionará à outra parte contratante que a solicite,
uma descrição de seus acordos institucionais em matéria de proteção fitossanitária.
Art. 5º Certificação Fitossanitária
1. Cada parte contratante adotará disposições para a certificação fitossanitária,
com o objetivo de garantir que as plantas, produtos vegetais e outros artigos
regulamentados exportados e suas partidas estejam de acordo com a declaração de
certificação que deve ser feita em cumprimento do parágrafo 2 b) deste Artigo.
2. Cada parte contratante adotará providências para a emissão de certificados
fitossanitários de acordo com as disposições seguintes:
a) A inspeção e outras atividades a ela relacionadas que conduzam à emissão
de certificados fitossanitários, serão efetuadas somente pela organização oficial
nacional de proteção fitossanitária ou sob sua autoridade. A emissão de certificados
fitossanitários estará a cargo de funcionários públicos tecnicamente qualificados e
devidamente autorizados pela organização oficial nacional de proteção fitossanitária
para que atuem em seu nome e sob seu controle, dispondo dos conhecimentos e das

121
informações necessárias, de tal forma que as autoridades das partes contratantes
importadoras possam aceitar os certificados fitossanitários como documentos dignos
de fé;
b) os certificados fitossanitários ou sua versão eletrônica se esta for aceita pela
parte contratante importadora, deverão ser redigidos de acordo com os modelos
constantes no anexo à presente Convenção. Estes certificados serão preenchidos e
emitidos levandose em conta as normas internacionais pertinentes; e
c) as correções ou supressões não certificadas invalidarão os certificados.
3. Cada parte contratante compromete-se a não exigir que as partidas de
plantas ou produtos vegetais ou outros artigos regulamentados importados para o seu
território, sejam acompanhados de certificados fitossanitários que não estejam de
acordo com os modelos Anexos a esta Convenção. Toda a declaração adicional exigida
deverá limitar-se ao que estiver tecnicamente justificado.
Art. 6º Pragas Regulamentadas
1. As partes contratantes poderão exigir a aplicação de medidas fitossanitárias
para as pragas quarentenárias e não quarentenárias regulamentadas, sempre que tais
medidas sejam:
a) não mais restritivas que as medidas aplicadas às mesmas pragas, se elas
estiverem presentes no território da parte contratante importadora; e
b) limitadas ao que seja necessário para proteger a sanidade vegetal e/ou
salvaguardar o uso proposto e esteja tecnicamente justificado pela parte contratante
interessada.
2. As partes contratantes não exigirão a aplicação de medidas fitossanitárias no
comércio internacional para as pragas não regulamentadas.
Art. 7º Disposições Relativas à Importação
1. Com a finalidade de prevenir a introdução e/ou a disseminação de pragas
regulamentadas nos seus respectivos territórios, as partes contratantes terão
autoridade soberana para regulamentar, de conformidade com os acordos
internacionais em vigor, a entrada de plantas, produtos vegetais e outros artigos
regulamentados e, para esse fim, podem:
a) prescrever e adotar medidas fitossanitárias com respeito à importação de
plantas, produtos vegetais e outros artigos regulamentados, incluindo, por exemplo,
inspeção, proibição da importação e tratamento;
b) proibir a entrada, reter ou exigir tratamento, destruição ou retirada do seu
território, de plantas, produtos vegetais e outros artigos regulamentados, bem como
de cargas que não estejam em conformidade com as medidas fitossanitárias prescritas
ou adotadas nos termos da alínea "a" deste Artigo;
c) proibir ou restringir o movimento de pragas regulamentadas em seus
territórios; e
d) proibir ou restringir em seus territórios, o movimento de agentes de controle
biológico e outros organismos de interesse fitossanitário que sejam considerados
benéficos.
2. Com a finalidade de minimizar a interferência no comércio internacional, as
partes contratantes, no exercício de sua autoridade e tendo em vista o disposto no
parágrafo 1 deste Artigo, comprometemse a proceder de acordo com as disposições
seguintes:
a) as partes contratantes, ao aplicarem sua legislação fitossanitária, não
tomarão nenhuma das medidas especificadas no parágrafo 1 deste Artigo, a não ser

122
que sejam necessárias por razões fitossanitárias e que sejam tecnicamente
justificáveis;
b) as partes contratantes deverão publicar e divulgar os requisitos, restrições e
proibições fitossanitárias imediatamente após sua adoção a quaisquer das partes
contratantes que considerem que possam ser diretamente afetadas por tais medidas;
c) as partes contratantes deverão, se alguma delas solicitar, colocar a disposição
os fundamentos dos requisitos, restrições e proibições fitossanitárias;
d) no caso de uma parte contratante exigir que as cargas de certas plantas ou
produtos vegetais sejam importados em determinados pontos de ingresso, tais pontos
deverão ser selecionados de maneira que não dificultem desnecessariamente o
comércio internacional.
A respectiva parte contratante publicará uma lista dos referidos pontos de
entrada e a enviará ao Secretário, a qualquer organização regional de proteção
fitossanitária a que ela pertença, a todas as partes que poderiam ver-se diretamente
afetadas, e a outras partes contratantes que solicitarem a referida lista. Estas
restrições sobre os pontos de ingresso não serão aplicadas a menos que as plantas,
produtos vegetais ou outros artigos regulamentados em questão, necessitem ser
amparados por certificados fitossanitários ou serem submetidos a inspeção ou
tratamento;
e) qualquer inspeção ou outro procedimento fitossanitário exigido pela
organização de proteção fitossanitária de uma parte contratante para uma remessa de
plantas, produtos vegetais ou outros artigos regulamentados que sejam ofertados para
importação, deverá efetuar-se o mais rápido possível tendo devidamente em conta a
sua perecibilidade;
f) as partes contratantes importadoras deverão informar, com a antecedência
possível, os casos importantes do não cumprimento da certificação fitossanitária pela
parte contratante exportadora interessada ou, quando aplicável, pela parte contratante
reexportadora interessada.
A parte contratante exportadora ou, quando aplicável, a parte contratante
reexportadora em questão, investigará e comunicará à parte contratante importadora
em questão, quando solicitado, as conclusões de sua investigação;
g) as partes contratantes deverão estabelecer somente medidas fitossanitárias
que estejam tecnicamente justificadas, adequadas ao respectivo risco de pragas e que
se constituam nas medidas menos restritivas disponíveis e determinem um
impedimento mínimo ao deslocamento internacional de pessoas, produtos básicos e
meios de transporte;
h) as partes contratantes deverão assegurar, quando as condições se
modificarem e se disponha de novos dados, que procederão a pronta modificação das
medidas fitossanitárias ou sua supressão, caso elas não sejam mais necessárias;
i) as partes contratantes deverão estabelecer e atualizar, da melhor forma
possível, listas de pragas regulamentadas, com seus nomes científicos e colocá-las
periodicamente à disposição do Secretário, das organizações regionais de proteção
fitossanitária a que pertençam e a outras partes contratantes, caso elas as solicitem;
e
j) as partes contratantes deverão conduzir, da melhor forma possível, uma
vigilância de pragas, desenvolver e manter informação adequada sobre a situação
delas para facilitar sua categorização, assim como para que sejam elaboradas medidas
fitossanitárias apropriadas.

123
Esta informação será colocada à disposição das partes contratantes que a
solicitarem.
3. Uma parte contratante poderá aplicar as medidas especificadas neste Artigo
a pragas que possam não ter a capacidade de estabelecerse em seus territórios mas
que, caso consigam neles entrar, causariam danos econômicos. As medidas a serem
adotadas para controlar tais pragas devem estar tecnicamente justificadas.
4. As partes contratantes poderão aplicar as medidas especificadas neste Artigo
às partidas em trânsito pelos seus territórios, só quando elas estiverem tecnicamente
justificadas e sejam necessárias para prevenir a introdução e/ou disseminação de
pragas.
5. Nada do disposto neste Artigo impedirá às partes contratantes importadoras
ditar disposições especiais, estabelecendo as salvaguardas adequadas para a
importação com fins de pesquisa científica ou de ensino, de plantas e, produtos
vegetais, outros artigos regulamentados e pragas de plantas.
6. Nada do disposto neste Artigo impedirá a qualquer parte contratante adotar
medidas apropriadas de emergência ante a detecção de uma praga que represente
uma possível ameaça para seus territórios ou a notificação de tal detecção. Qualquer
medida nesse sentido deverá ser avaliada o mais breve possível para assegurar que
esteja justificada a sua manutenção. A medida tomada será notificada imediatamente
às partes contratantes interessadas, ao Secretário e a qualquer organização regional
de proteção fitossanitária a que pertença a parte contratante.
Art. 8º Cooperação Internacional
1. As partes contratantes cooperarão entre si o máximo possível para o
cumprimento das finalidades da presente Convenção e deverão, em particular:
a) cooperar no intercâmbio de informações sobre pragas de plantas,
principalmente comunicando a presença, o foco ou a disseminação de pragas que
possam constituir uma ameaça imediata ou potencial, de conformidade com os
procedimentos que possam ser estabelecidos pela Comissão;
b) participar, sempre que possível, em quaisquer campanhas especiais para
controlar as pragas que possam ameaçar seriamente a produção de cultivos e que
requeiram medidas internacionais para fazer frente às emergências; e
c) cooperar, na medida do possível, no fornecimento de informações técnicas e
biológicas necessárias para as análises de risco de pragas.
2. Cada parte contratante designará um ponto de contato para o intercâmbio
de informações relacionado com a aplicação da presente Convenção.
Art. 9º Organizações Regionais de Proteção Fitossanitária
1. As partes contratantes comprometem-se a cooperar mutuamente para
estabelecer organizações regionais de proteção fitossanitária nas regiões apropriadas.
2. As organizações regionais de proteção fitossanitária funcionarão como
organismos de coordenação nas regiões de sua jurisdição, participarão nas diversas
atividades para alcançar os objetivos desta Convenção e, quando convier, reunirão e
divulgarão informações.
3. As organizações regionais de proteção fitossanitária cooperarão com o
Secretário na consecução dos objetivos da Convenção e, quando for o caso, também
com o Secretário e com a Comissão na elaboração de normas internacionais.
4. O Secretário convocará Consultas Técnicas periódicas de representantes das
organizações regionais de proteção fitossanitária para:

124
a) promover a elaboração e utilização de normas internacionais relevantes para
medidas fitossanitária; e
b) estimular a cooperação inter-regional para a promoção de medidas
fitossanitárias harmonizadas destinadas a controlar pragas e impedir sua disseminação
e/ou sua introdução.
Art. 10º Normas
1. As partes contratantes acordam em cooperar na elaboração de normas
internacionais de conformidade com os procedimentos adotados pela Comissão.
2. A aprovação das normas internacionais estará a cargo da Comissão.
3. As normas regionais devem ser consistentes com os princípios desta
Convenção; tais normas poderão ser depositadas na Comissão para sua consideração
como possíveis normas internacionais sobre medidas fitossanitárias caso elas sejam
de aplicação mais ampla.
4. Quando forem empreendidas atividades relacionadas com esta Convenção,
as partes contratantes deverão ter em conta, se for o caso, as normas internacionais.
Art. 11º Comissão de Medidas Fitossanitárias
1. As partes contratantes comprometem-se a criar a Comissão de Medidas
Fitossanitárias no âmbito da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação - FAO.
2. As funções da Comissão serão as de promover a plena consecução dos
objetivos da Convenção, e em particular:
a) examinar a situação da proteção fitossanitária no mundo e a necessidade de
medidas para controlar a disseminação internacional de pragas e sua introdução em
áreas em perigo;
b) estabelecer e manter sob revisão, os mecanismos e procedimentos
institucionais necessários para a elaboração e aprovação de normas internacionais e
aprová-las;
c) estabelecer regras e procedimentos para a solução de controvérsias de
conformidade com o disposto no Artigo XIII;
d) estabelecer os órgãos auxiliares da Comissão que possam ser necessários
para a apropriada implementação de suas funções;
e) aprovar diretrizes relativas ao reconhecimento das organizações regionais de
proteção fitossanitária;
f) estabelecer cooperação com outras organizações internacionais relevantes
sobre assuntos compreendidos no âmbito da presente Convenção;
g) adotar as recomendações que sejam necessárias para a aplicação da
Convenção; e
h) desempenhar outras funções que possam ser necessárias para o alcance dos
objetivos desta Convenção.
3. Poderão pertencer à Comissão todas as partes contratantes.
4. Cada parte contratante poderá ser representada nas reuniões da Comissão
por um só delegado, que pode estar acompanhado de um suplente e por especialistas
e assessores. Os suplentes, especialistas e assessores poderão tomar parte nos
procedimentos da Comissão, mas não terão direito a votar, exceto no caso de um
suplente devidamente autorizado para substituir ao delegado.
5. As partes contratantes farão todo o possível para alcançar um acordo sobre
todos os assuntos por consenso. No caso em que se esgotem todos os esforços para

125
alcançá-lo e não se haja chegado a um acordo, a decisão adotar-se-á, em última
instância, pela maioria de dois terços das partes contratantes presentes e votantes.
6. Uma Organização Membro da FAO que seja parte contratante e os Estados
Membros desta Organização que sejam partes contratantes exercerão os direitos e
cumprirão suas obrigações que lhes correspondam como membros, em conformidade,
mutatis mutandis, com as disposições da Constituição e o Regulamento Geral da FAO.
7. A Comissão poderá aprovar e emendar, caso necessário, seu próprio
regulamento, que não deverá ser incompatível com a presente Convenção e com a
Constituição da FAO.
8. O Presidente da Comissão convocará uma reunião ordinária anual da
Comissão.
9. As reuniões extraordinárias da Comissão serão convocadas pelo seu
Presidente por solicitação de pelo menos um terço dos seus membros.
10. A Comissão elegerá seu Presidente e não mais do que dois Vice-Presidentes,
cada um dos quais ocupará o cargo por um período de dois anos.
Art. 12º Secretaria
1. O Secretário da Comissão será nomeado pelo Diretor Geral da FAO.
2. O Secretário contará com a ajuda do pessoal de secretaria que seja
necessário.
3. O Secretário se encarregará de implementar as políticas e atividades da
Comissão e de desempenhar quaisquer outras funções que lhe sejam designadas na
presente Convenção, mantendo a Comissão informada a esse respeito.
4. O Secretário divulgará:
a) normas internacionais, dentro de um prazo de 60 dias a partir de sua
aprovação, a todas as partes contratantes;
b) listas de pontos de ingresso comunicadas pelas partes contratantes, tal como
se estipula no parágrafo 2 d) do Artigo VII, a todas as partes contratantes;
c) listas de pragas regulamentadas cuja introdução está proibida ou a que se
faz referência no parágrafo 2 i) do Artigo VII, a todas as partes contratantes e às
organizações regionais de proteção fitossanitária; e
d) informação recebida das partes contratantes sobre requisitos, restrições e
proibições, conforme estabelece o parágrafo 2 b) do Artigo VII, e descrições das
organizações nacionais de proteção fitossanitária, de acordo com o que estabelece o
parágrafo 4 do Artigo IV.
5. O Secretário proporcionará traduções nos idiomas oficiais da FAO da
documentação para as reuniões da Comissão e das normas internacionais.
6. O Secretário cooperará com as organizações regionais de proteção
fitossanitária, para alcançar os objetivos da Convenção.
Art. 13º Solução de Controvérsias
1. No caso de surgir uma controvérsia a respeito da interpretação ou aplicação
desta Convenção ou se uma das partes contratantes considera que a atitude de outra
parte contratante está em conflito com as obrigações que a ela impõe os Artigos V e
VII desta Convenção e, especialmente, no que se refere às razões que tenha para
proibir ou restringir as importações de plantas, produtos vegetais ou outros artigos
regulamentados procedentes de seus territórios, as partes contratantes interessadas
deverão consultar-se com a brevidade possível com o objetivo de solucionar a
controvérsia.

126
2. Na hipótese da controvérsia não poder ser solucionada pelos meios indicados
no parágrafo 1, a parte ou partes contratantes interessadas poderão solicitar ao Diretor
Geral da FAO que nomeie um Comitê de especialistas para examinar a questão, em
conformidade aos regulamentos e procedimentos que possam ser adotados pela
Comissão.
3. Cada parte contratante interessada deverá designar representantes para
integrar o Comitê. O Comitê examinará o objeto da controvérsia, Considerando todos
os documentos e demais meios de prova apresentados pelas partes contratantes
interessadas. O Comitê deverá preparar um relatório sobre os aspectos técnicos da
controvérsia visando buscar uma solução. A preparação do relatório e sua aprovação
deverão ajustar-se aos regulamentos e procedimentos estabelecidos pela Comissão e
será transmitido pelo Diretor Geral às partes contratantes interessadas. O relatório
poderá ser apresentado também, quando solicitado, ao órgão competente da
organização internacional encarregada de solucionar as controvérsias comerciais.
4. As partes contratantes acordam que as recomendações do referido Comitê,
embora não tenham caráter obrigatório, constituirão a base para que as partes
contratantes interessadas examinem novamente as questões que geraram o
desacordo.
5. As partes contratantes interessadas dividirão os gastos dos especialistas.
6. As disposições do presente Artigo serão complementares e não derrogarão
os procedimentos de solução de controvérsias estipulados em outros acordos
internacionais relativos a assuntos comerciais.
Art. 14º Substituição de Acordos Anteriores
Entre as partes contratantes, a presente Convenção põe fim e substitui a
Convenção Internacional relativa às medidas que devem ser tomadas contra a
Phylloxera vastatrix, subscrita em 3 de novembro de 1881, à Convenção adicional
firmada em Berna a 15 de abril de 1889 e à Convenção Internacional de Proteção
Fitossanitária firmada em Roma em 16 de abril de 1929.
Art. 15º Aplicação Territorial
1. Qualquer parte contratante pode, no momento da ratificação, da adesão ou
posteriormente, enviar ao Diretor Geral da FAO a declaração de que esta Convenção
estender-se-á a todos ou a alguns dos territórios de cujas relações internacionais sejam
responsáveis, e esta Convenção aplicar-se-á a todos os territórios especificados na
referida declaração a partir do trigésimo dia de sua recepção pelo Diretor Geral.
2. Qualquer parte contratante que enviou ao Diretor Geral da FAO uma
declaração de acordo com o parágrafo 1 deste Artigo, poderá, em qualquer momento,
remeter uma nova declaração que modifique a abrangência de qualquer declaração
anterior ou que faça cessar a aplicação das disposições da presente Convenção a
qualquer território.
A citada modificação ou cancelamento surtirá efeito trinta dias após a data em
que a declaração tenha sido recebida pelo Diretor Geral.
3. O Diretor Geral da FAO informará a todas as partes contratantes de qualquer
declaração recebida relativa a este Artigo.
Art. 16º Acordos Suplementares
1. As partes contratantes poderão, com a finalidade de resolver problemas
especiais de proteção fitossanitária que necessitem particular atenção ou cuidado,
celebrar acordos suplementares. Tais acordos poderão ser aplicáveis a regiões
específicas, a determinadas pragas, a certas plantas e produtos vegetais, a

127
determinados métodos de transporte internacional de plantas, produtos vegetais, ou
que seja complementar de qualquer outra forma às disposições desta Convenção.
2. Qualquer acordo suplementar deste tipo entrará em vigor para cada parte
contratante interessada, depois de ser aceito em conformidade aos acordos
suplementares pertinentes.
3. Os acordos suplementares promoverão o alcance dos objetivos desta
Convenção e se ajustarão aos seus princípios e disposições, assim como aos princípios
de transparência, não discriminação e de evitar restrições implícitas, especialmente ao
comércio internacional
Art. 17º Ratificação e Adesão
1. Esta Convenção ficará aberta para assinatura de todos os Estados até 1º de
maio de 1952 e deverá ser ratificada com a maior brevidade possível. Os instrumentos
de ratificação serão depositados no Escritório do Diretor Geral da FAO, que comunicará
a todos os Estados signatários a data em que se verificou tal depósito.
2. Imediatamente após ter entrado em vigor esta Convenção, conforme o
disposto no Artigo XXII, ficará aberta para a adesão dos Estados não signatários e
Organizações Membros da FAO. A adesão efetuar-se-á mediante a entrega do
instrumento de adesão ao Diretor Geral da FAO, que comunicará o fato a todas as
partes contratantes.
3. Quando uma Organização Membro da FAO torna-se parte contratante desta
Convenção, ela deverá, de acordo com o disposto no parágrafo 7 do Artigo II da
Constituição da FAO, segundo a qual ela se convenciona, notificar, no momento de
sua adesão, as modificações e esclarecimentos a sua declaração de competências de
acordo com o parágrafo 5 do Artigo II da Constituição da FAO, caso seja necessário,
tendo em conta sua aceitação nesta Convenção. Qualquer parte contratante desta
Convenção poderá, em qualquer momento, solicitar a uma Organização Membro da
FAO que seja parte contratante nesta Convenção, que facilite informação sobre quem,
entre a Organização Membro e seus Estados membros, é responsável pela aplicação
de determinado assunto regulado por esta Convenção. A Organização Membro deverá
fornecer esta informação dentro de um prazo razoável.
Art. 18º Partes não Contratantes
As partes contratantes encorajarão a qualquer Estado ou Organização Membro
da FAO que não seja parte da presente Convenção a aceitá-la e encorajarão a qualquer
parte não contratante a aplicar medidas fitossanitárias que estejam de acordo com
esta Convenção e com toda norma internacional adotada em virtude da citada
Convenção.
Art. 19º Idiomas
1. Serão textos autênticos da Convenção os redigidos nos idiomas oficiais da
FAO.
2. Nenhuma das disposições da presente Convenção será interpretada como
uma exigência às partes contratantes de proporcionar e publicar documentos ou
proporcionar cópias deles em idiomas distintos daqueles da parte contratante, com as
exceções das indicadas no parágrafo 3 do presente Artigo.
3. Os seguintes documentos serão redigidos ao menos em uma das línguas
oficiais da FAO:
a) informação feita de acordo com o disposto no parágrafo 4 do Artigo IV;
b) notas contendo dados bibliográficos transmitidas de acordo com o disposto
no parágrafo 2 b) do Artigo VII;

128
c) informação comunicada com vistas ao disposto nos parágrafos 2 b), d), i) e
j) do Artigo VII;
d) notas com dados bibliográficos e um breve resumo sobre documentos de
interesse relativos à informação proporcionada de acordo com o disposto no parágrafo
1 a) do Artigo VIII;
e) solicitações de informação aos pontos de contato, assim como às respectivas
respostas, excluídos os documentos anexados; e
f) todo documento colocado à disposição das partes contratantes para as
reuniões da Comissão.
Art. 20º Assistência Técnica
As partes contratantes comprometem-se em fomentar a prestação de
assistência técnica mútua, especialmente àquelas que sejam países em
desenvolvimento, de maneira bilateral ou por meio das organizações internacionais
apropriadas, com o objetivo de facilitar a aplicação da presente Convenção.
Art. 21º Emendas
1. Qualquer proposta que uma parte contratante faça para emendar esta
Convenção deverá ser comunicada ao Diretor Geral da FAO.
2. Qualquer proposta de emenda a esta Convenção recebida pelo Diretor Geral
da FAO de uma parte contratante deverá ser apresentada durante um período
ordinário ou extraordinário de sessões da Comissão para sua aprovação e, se a emenda
implica mudanças técnicas de importância ou impõe obrigações adicionais às partes
contratantes, deverá ser estudada por um comitê consultivo de especialistas
convocado pela FAO antes da reunião da Comissão.
3. O Diretor Geral da FAO notificará às partes contratantes qualquer proposta
de emenda à presente Convenção, que não seja ao seu Anexo, no máximo na data
em que for enviado o programa do período de sessões da Comissão na qual será
apreciada a referida emenda.
4. Qualquer proposição de emendas a esta Convenção exigirá a aprovação da
Comissão e entrará em vigor após 30 dias de sua aprovação por dois terços das partes
contratantes. Todo instrumento depositado por uma Organização Membro da FAO, não
será considerado adicional aos depositados pelos Estados Membros da referida
organização.
5. Entretanto, as emendas que impliquem novas obrigações para as partes
contratantes somente entrarão em vigor, para cada uma das referidas partes, depois
que elas as aceitem e após transcorridos trinta dias dessa aceitação. Os instrumentos
de aceitação das emendas que impliquem novas obrigações deverão ser depositados
junto ao Diretor Geral da FAO que, por sua vez, deverá informar a todas as partes
contratantes, do recebimento das aceitações e da entrada em vigor das emendas.
6. As propostas de emendas aos modelos de certificado fitossanitário que
figuram no Anexo a esta Convenção, serão enviadas ao Secretário e examinadas pela
Comissão para sua aprovação. As emendas ao Anexo a esta Convenção que a
Comissão aprovar, entrarão em vigor noventa dias após a sua notificação pelo
Secretário às partes contratantes.
7. Durante um período que não exceda doze meses, contados a partir do
momento da entrada em vigor de uma emenda aos modelos de certificado
fitossanitário constantes no Anexo a esta Convenção, as versões anteriores do
certificado permanecerão legalmente válidas.
Art. 22 Vigência

129
Tão logo esta Convenção tenha sido ratificada por três Estados signatários,
entrará em vigor entre eles. Para cada Estado ou Organização Membro da FAO que a
ratifique ou que a ela adira posteriormente, entrará em vigor a partir da data do
depósito do seu instrumento de ratificação ou adesão.
Art. 23 Denúncia
1. Qualquer parte contratante poderá a qualquer momento denunciar esta
Convenção mediante notificação dirigida ao Diretor Geral da FAO, que por sua vez
informará imediatamente a todas as partes contratantes.
2. A denúncia surtirá efeito um ano após a data em que o Diretor Geral da FAO
tiver recebido a notificação.

ANEXO
Modelo de Certificado Fitossanitário Nº__________

Organização de Proteção Fitossanitária _____________________________________


A: Organização de Proteção Fitossanitária de _________________________________
I. Descrição da Partida
Nome e endereço do exportador: __________________________________________
Nome e endereço do destinatário: _________________________________________
Número e descrição dos volumes: __________________________________________
Marcas que os distinguem: _______________________________________________
Lugar de origem: _______________________________________________________
Meios de transporte declarados: ___________________________________________
Ponto de ingresso declarado: _____________________________________________
Quantidade declarada e nome do produto: ___________________________________
Nome científico das plantas: ______________________________________________
Pelo presente certifica-se que as plantas, produtos vegetais ou outros artigos
regulamentados aqui descritos, foram inspecionados e/ou testados, de acordo com os
procedimentos oficiais adequados e considera-se que estão livres das pragas
quarentenárias especificadas pela parte contratante importadora e que cumprem os
requisitos fitossanitários vigentes da parte contratante importadora, incluídos os
relativos às pragas não quarentenárias regulamentadas.
Considera-se que estão substancialmente livres de outras pragas (*)
II. Declaração Adicional
III. Tratamento de Desinfestação e Desinfecção
Data ___________ Tratamento ____ Produto químico (ingrediente ativo) __________
Duração e Temperatura _____________________ Concentração _________________
Informação adicional ____________________________________________________
Lugar da expedição _____________________________________________________
(Carimbo da Organização) Nome do servidor autorizado ________________________
Data ____________ ___________________________
Assinatura ____________________________________________________________
Esta Organização __________________________ (nome da organização de proteção
fitossanitária), seus servidores e representantes declinam de toda a responsabilidade
financeira resultante deste certificado. (*)
(*) Cláusula facultativa

130
Modelo de Certificado Fitossanitário para Reexportação Nº__________

Organização de Proteção Fitossanitária de ___________ (parte contratante de


reexportação)
A: Organização de Proteção Fitossanitária de __________ (parte(s) contratante(s) de
importação)
I. Descrição da Carga
Nome e endereço do exportador: __________________________________________
Nome e endereço do destinatário: _________________________________________
Número e descrição dos volumes: __________________________________________
Marcas que os distinguem: _______________________________________________
Lugar de origem: _______________________________________________________
Meios de transporte declarados: ___________________________________________
Ponto de ingresso declarado: _____________________________________________
Quantidade declarada e nome do produto: ___________________________________
Nome científico das plantas: ______________________________________________
Pelo presente certifica-se que as plantas, produtos vegetais ou outros artigos
regulamentados descritos acima, foram importados de ______________ (parte
contratante de reexportação) desde ____________ (parte contratante de origem)
baseado no Certificado Fitossanitário Nº ________________ do qual o original * [ ] a
cópia autenticada * [ ] está anexa ao presente certificado; que são embalados * [ ]
reembalados * [ ] dentro das embalagens iniciais * [ ] dentro de novas embalagens *
[ ]; que segundo o certificado fitossanitário original * [ ] e a inspeção adicional * [ ] ,
são considerados em conformidade com as exigências fitossanitárias em vigor da parte
contratante importadora, e que durante o armazenamento em _________________
(parte contratante de reexportação) a partida não foi exposta ao risco de infestação
ou infecção.
II. Declaração Adicional
III. Tratamento de Desinfestação e Desinfeção
Data _________ Tratamento _____________ Produto químico (ingrediente ativo) ___
Duração e Temperatura __________________ Concentração____________________
Informação adiciona l____________________________________________________
Lugar da expedição _____________________________________________________
(Carimbo da Organização) Nome do servidor autorizado ___________________
Data __________ ______________________________________________________
Assinatura ____________________________________________________________
Esta Organização __________________________ (nome da organização de
proteção fitossanitária), seus servidores e representantes declinam de toda a
responsabilidade financeira resultante deste certificado. (**)
(**) Cláusula facultativa* [ ]: Pôr uma cruz na alternativa [ ] que corresponde.
D.O.U., 18/04/2006

131
LEGISLAÇÃO FEDERAL

PERMISSÃO DE TRÂNSITO DE VEGETAIS

Instrução Normativa nº 28, de 24 de agosto de 2016

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da
Constituição, tendo em vista o disposto no art. 2º do Decreto no 5.741, de 30 de março
de 2006, no Decreto no 24.114, de 12 de abril de 1934, e o que consta do Processo
no 21000.006486/2013-92, resolve:
Art. 1º Fica Aprovada a Norma Técnica para a utilização da Permissão de
Trânsito de Vegetais - PTV desta Instrução Normativa.

CAPÍTULO I
DA UTILIZAÇÃO DA PTV
Seção I
Da Exigência e do Uso da PTV

Art. 2º A PTV é o documento emitido para acompanhar o trânsito da partida de


plantas ou produtos vegetais, de acordo com as normas de defesa sanitária vegetal, e
para subsidiar, conforme o caso, a emissão do Certificado Fitossanitário - CF e do
Certificado Fitossanitário de Reexportação - CFR, com declaração adicional do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.
Parágrafo único. O controle do trânsito de plantas ou de produtos vegetais
envolve o transporte interno rodoviário, aéreo, hidroviário e ferroviário.
Art. 3º A PTV será exigida para o trânsito de partida de plantas ou de produtos
vegetais com potencial de veicular praga quarentenária presente, praga não
quarentenária regulamentada, praga de interesse da Unidade da Federação - UF e por
exigência de país importador, salvo quando for dispensada em norma específica da
praga.
Parágrafo único. Entende-se por praga de interesse de UF aquela de
importância econômica, cuja disseminação possa ocorrer por meio de trânsito de
plantas e de produtos vegetais e que seja objeto de programa oficial de prevenção ou
controle na mesma UF, reconhecido pelo Departamento de Sanidade Vegetal - DSV.
Art. 4º A emissão da PTV será fundamentada em Certificado Fitossanitário de
Origem - CFO ou em Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado - CFOC para o
trânsito de partidas de plantas ou de produtos vegetais, nos seguintes casos:

I - para as pragas regulamentadas, na UF de ocorrência ou derisco


desconhecido, salvo quando a normativa específica dispensar a certificação;
II - para comprovar a origem de Área Livre de Praga - ALP, Local Livre de Praga
- LLP, Sistema de Mitigação de Riscos de Praga- SMRP ou Área de Baixa Prevalência
de Praga - ABPP, reconhecida pelo MAPA; e
III - para atender exigência específica de certificação fitossanitária de origem
para praga de interesse de UF, com aprovação do DSV, ou por exigência de
Organização Nacional de Proteção Fitossanitária - ONPF de país importador.

132
Parágrafo único. Entende-se por UF de risco desconhecido como sendo aquela
em que o Órgão Estadual de Defesa Sanitária OEDSV, não realiza levantamentos
anuais para comprovação da não ocorrência de praga regulamentada.

Art. 5º Não será exigido PTV para plantas e produtos vegetais cuja exigência
seja laudo laboratorial, certificado de tratamento, atestado de origem genética, termo
de conformidade ou certificado de sementes ou mudas.
Parágrafo único. Para material de propagação com níveis de tolerância
estabelecidos para pragas não quarentenárias regulamentadas, serão utilizados o
Atestado de Origem Genética, ou o Termo de Conformidade, ou o Certificado de
Sementes ou de Mudas, conforme a categoria da semente ou da muda, previstos na
legislação de sementes e mudas, como documentos de trânsito.
Art. 6º A PTV fundamentará a emissão do CF e do CFR, quando houver exigência
de Declaração Adicional - DA referente a inspeção na origem.
Parágrafo único. Esta exigência não se aplica quando houver a emissão do CF
na origem, por força de acordo bilateral ou de norma específica.
Art. 7º A partida acompanhada de CF ou de CFR emitido por Fiscal Federal
Agropecuário - FFA do MAPA, na origem, deverá ser lacrada, ficando isenta da
exigência da emissão da PTV durante o trânsito interno até o ponto de egresso.
Art. 8º Os termos da utilizados na emissão da PTV serão fornecidos pelo MAPA
ou farão parte do requisito oficial da ONPF do país importador.

Seção II
Da Emissão e Controle da PTV

Art. 9º O OEDSV deverá utilizar o formulário da PTV, conforme o modelo


apresentado no Anexo I e I-A, desta Instrução Normativa.

§ 1º A identificação numérica da PTV será em ordem crescente, com código


numérico da UF, seguida do ano, com dois dígitos, e número sequencial de seis dígitos.
§ 2º O código numérico da UF seguirá o padrão do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE.

Art. 10. O OEDSV, como Instância Intermediária do Sistema Unificado de


Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA, estabelecerá procedimentos próprios de
controle sobre a impressão do formulário da PTV, sua distribuição, assinatura e a
emissão pelos Responsáveis Técnicos habilitados.

CAPÍTULO II
DA HABILITAÇÃO DE RESPONSÁVEL TÉCNICO DE OEDSV

Art. 11. Para oficializar a habilitação, o Responsável Técnico - RT, deverá


preencher e assinar duas vias do Termo de Habilitação TH, conforme o Anexo II,
ficando a cargo do OEDSV o encaminhamento de uma via à Superintendência Federal
de Agricultura SFA na UF, para sua inclusão no Cadastro Nacional dos Responsáveis
Técnicos Habilitados para emissão da PTV.

133
§ 1º O número do Termo de Habilitação fornecido pelo OEDSV será composto
do código numérico da UF, ano da habilitação, com dois dígitos, e numeração
sequencial.
§ 2º O MAPA disponibilizará o Cadastro Nacional dos Responsáveis Técnicos
Habilitados para a emissão da PTV, do qual constará o nome do RT, o número do
termo de habilitação, OEDSV de lotação, local de atuação e a assinatura.
§ 3º O RT habilitado para a emissão da PTV deverá ser submetido, no máximo
a cada três anos, a curso de treinamento e de capacitação técnica sobre normas de
sanidade vegetal.

CAPÍTULO III
DA EMISSÃO DA PTV

Art. 12. A PTV, no caso de emissão manual, somente poderá ser emitida e
assinada por um Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal, em suas respectivas
áreas de competência profissional, habilitado e inscrito no Cadastro Nacional dos
Responsáveis Técnicos Habilitados para a emissão da PTV, pertencentes ao quadro do
OEDSV e que exerçam atividade de fiscalização agropecuária

§ 1º O CFO ou CFOC deverá ser anexado à via da PTV destinada ao OEDSV,


para fins de rastreabilidade no processo.
§ 2º Será dispensada a exigência prevista no parágrafo anterior quando houver
sistema informatizado que permita a verificação dos documentos que fundamentem a
PTV e a rastreabilidade do processo.

Art. 13. A PTV poderá ser emitida eletronicamente em sistema informatizado,


desde que a certificação fitossanitária de origem seja fiscalizada permanentemente e
homologada pelo RT habilitado para emissão de PTV.

§ 1º O OEDSV deverá garantir a segurança do sistema informatizado e


disponibilizar consulta ao site para verificar a autenticidade dos documentos.
§ 2º A homologação da certificação fitossanitária de origem pelo RT habilitado
para emissão de PTV se dará mediante uso de senha pessoal, de assinatura eletrônica
ou de outra medida de segurança equivalente.
§ 3º A PTV eletrônica dispensará a assinatura se estiver vinculada ao Engenheiro
Agrônomo ou Florestal habilitado que homologar a certificação fitossanitária de
origem.
§ 4º A emissão da PTV poderá ser realizada pelo produtor de Unidade de
Produção - UP ou proprietário de Unidade de Consolidação - UC, através de sistema
informatizado disponibilizado pelo OEDSV.

Art. 14. Na emissão de PTV fundamentada em outra PTV, deverá ser assegurada
a manutenção da identidade, da rastreabilidade e da condição fitossanitária do
produto.
Art. 15. A PTV será emitida para o produto importado com potencial de veicular
Praga Quarentenária Presente, a partir da UF declarada como destino da partida pelo
importador, devendo ainda obedecer às exigências a seguir:

134
I - a partida importada seguirá no trânsito interno, do ponto de ingresso ao
ponto de destino declarado, amparada pela cópia autenticada do CF ou do CFR, o
Requerimento para Fiscalização de Produtos Agropecuários, emitido pelo Serviço de
Vigilância Agropecuária do MAPA do ponto de ingresso da partida;
II - a partida importada poderá ser distribuída para outra UF desde que o OEDSV
estabeleça mecanismos de controle para assegurar a manutenção da conformidade
fitossanitária e a rastreabilidade no processo de certificação;
III - a declaração adicional constante do CF ou do CFR será transcrita para o
campo específico da PTV, devendo ser incluído o número do CF e do Requerimento
para Fiscalização de Produtos Agropecuários, nos casos em que houver exigência para
o trânsito interno;
IV - o OEDSV deverá arquivar cópia do CF ou do CFR e cópia do Requerimento
para Fiscalização de Produtos Agropecuários, junto à via da PTV destinada ao controle
do OEDSV, para efeito de rastreabilidade; e
V - o produto importado poderá compor lote de produto formado em UC,
devendo ser incluído nos registros do livro de acompanhamento o número do CF ou
do CFR e do TF, para a manutenção da rastreabilidade no processo de certificação.

Art. 16. A PTV poderá ser emitida para a partida embarcada na mesma UF de
produção, quando houver necessidade de constar do CF ou do CFR declaração
adicional do MAPA para atender exigência da ONPF do país importador.
Art. 17. A PTV será emitida nas barreiras fitossanitárias estaduais, móveis ou
fixas, ou em unidade do OEDSV.
Art. 18. A PTV será emitida em duas vias, com a seguinte destinação:

I - 1ª via: acompanha a partida no trânsito; e


II - 2ª via: OEDSV, para arquivo junto com o CFO, CFOC, PTV, CF, CFR,
Requerimento para Fiscalização de Produtos Agropecuários.

§ 1º No caso de emissão eletrônica será admitida a emissão de uma única via


para acompanhar a partida no trânsito de vegetais.
§ 2º A PTV terá validade de até 30 (trinta) dias, ficando a cargo do emitente
estabelecer o prazo.
§ 3º Cada produto deverá estar relacionado individualmente, por nome
científico, nome comum e cultivar ou clone, sendo exigida a identificação da UP ou do
lote consolidado, a relação da quantidade correspondente e a respectiva Declaração
Adicional.
§ 4º Uma PTV poderá contemplar mais de um produto e mais de uma UP.
§ 5º A PTV será emitida preenchendo-se sem rasuras cada campo existente,
não sendo permitida a utilização do verso do documento.
§ 6º Os campos não utilizados devem ser anulados de forma a evitar a
adulteração do documento.
§ 7º O Anexo I-A será utilizado para informações complementares dos campos
da PTV, quando for necessário.

Art. 19. A legislação específica da praga ou o acordo bilateral firmado pelo MAPA
poderá estabelecer a exigência do uso de lacre no ato da emissão da PTV.

135
Parágrafo único. O número do lacre da partida certificada ou do meio de
transporte deverá constar do campo específico da PTV.
Art. 20. Não poderá ser delegada a emissão da PTV a profissional de instituições
estaduais que atuem na área de assistência técnica, extensão rural, fomento ou
pesquisa agropecuária ou de competência profissional não prevista por esta Instrução
Normativa.
Parágrafo único. Após autorização do MAPA, em casos especiais e a pedido do
OEDSV, a PTV poderá ser emitida por FFA, designado por um período determinado.

CAPÍTULO IV
DAS OBRIGAÇÕES PARA O USO DA PTV

Art. 21. O OEDSV deverá encaminhar relatório semestral consolidado à SFA na


UF, conforme Anexo III, até o último dia do mês subsequente ao semestre respectivo.
Art. 22. O OEDSV não emitirá a PTV para o trânsito de partida de plantas, ou
produtos vegetais, que se encontrar em desacordo com o previsto nesta Instrução
Normativa.
Art. 23. O OEDSV não exigirá a PTV para o trânsito interestadual de vegetais,
em desacordo com legislação federal.

§ 1º A inobservância a este artigo deverá ser comunicada ao MAPA, o qual,


como instância central e superior do SUASA, averiguará a não conformidade no prazo
de 10 (dez) dias.
§ 2º O descumprimento do previsto no caput inviabilizará repasses de recursos
financeiros pelo MAPA ao OEDSV.

Art. 24. O MAPA realizará auditoria nos procedimentos adotados pelos OEDSV
na emissão da PTV nas Unidades da Federação.
Art. 25. Aprovar o modelo da PTV e os demais modelos, conforme os Anexos I
a III.
Art. 26. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 27. Fica revogada a Instrução Normativa nº 54, de 4 de novembro de 2007.
BLAIRO MAGGI

136
ANEXO I
MODELO DA PTV

SÍMBOLO DO OEDSV ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL


PERMISSÃO DE TRÂNSITO DE VEGETAIS: Nº
Nome do interessado:
Endereço:
Município: UF:
CNPJ / CPF:
Produto:
Nome Vulgar:
Nome Científico:
Cultivar/Clone:
Produto Quantidade Unidade CFO nº CFOC nº PTV nº CF/CFR nº TF nº

Partida lacrada: sim ( ) não ( ) nº lacre nº porão nº contêiner


Nome do destinatário:
Endereço:
Município: UF:
CNPJ/CPF:
Declaração adicional:

Tipo de Transporte: Rodoviário ( ) Aéreo doméstico ( ) Ferroviário ( ) Hidroviário ( ) Outros ( )


Identificação do veículo nº
Rota de trânsito definida: sim ( ) não ( ) Itinerário:
Apresentação de Nota Fiscal: sim ( ) nº não ( )
Nome do Responsável Técnico Habilitado:
Nº da habilitação:

Local e data:
Assinatura, nº do CREA e carimbo do Responsável
// Técnico

ANEXO I-A
FORMULÁRIO PARA INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DA PERMISSÃO TRÂNSITO DE
VEGETAIS - PTV

SÍMBOLO DO OEDSV Nome do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal - OEDSV


Informação (ões) Complementar (es) Vinculada(s) ao à permissão de trânsito de vegetais PTV Nº
de ......./....../20......, que obrigatoriamente está anexada
N° de / / 20 , que obrigatoriamente está anexado
Nome do responsável Técnico:
N° da habilitação: N° do CREA:
Local e data:
Assinatura e carimbo do Responsável Técnico:

ANEXO II
MODELO DO TERMO DE HABILITAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PARA A EMISSÃO
DA PTV

137
SÍMBOLO DO OEDSV Nome do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal
TERMO DE HABILITAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO HABILITADO PARA EMISSÃO A PTV
Habilitação N°:

Nome do Responsável Técnico:

FOTO

3X4 Formação Profissional: n° CREA:

CPF: RG:

Endereço Residencial:
Município: UF: CEP:
Endereço:
Tel. Residêncial : Tel Comercial: Cel.:
Email:
Assinatura do Responsável Técnico Habilitado:

Reconheço a assinatura do responsável Técnico acima identificado, estando o mesmo habilitado


para emitir Permissão de Trânsito de Vegetais - PTV, pela Unidade da Federação.

Local e data:Assinatura, e carimbo do dirigente do OEDSV

ANEXO III
Relatório Técnico - OEDSV

DATA Nº PTV PRODUTO QUANTIDADE UNIDADE DESTINO

Nome do OEDSV: ..............................................................

Estado: ___________________________
Local e data: Assinatura do servidor autorizado pelo OEDSV
______________ ____/____/_____ _____________________________
D.O.U., 25/08/2016 - Seção 1, Página 6.
LEGISLAÇÃO FEDERAL

CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM

Instrução Normativa nº 33, de 24 de agosto de 2016

138
O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,
no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da
Constituição, tendo em vista o disposto no art. 2º do Decreto nº 5.741, de 30 de
março de 2006, no Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, e o que consta do
Processo nº 21000.006487/2013-37, resolve:
Art. 1º Fica Aprovada a Norma Técnica para a utilização do Certificado
Fitossanitário de Origem - CFO e do Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado
- CFOC desta Instrução Normativa.

CAPÍTULO I
DA EXIGÊNCIA, USO E CONTROLE DO CFO E DO CFOC

Art. 2º O Certificado Fitossanitário de Origem - CFO e o Certificado


Fitossanitário de Origem Consolidado - CFOC são os documentos emitidos na origem
para atestar a condição fitossanitária da partida de plantas ou de produtos vegetais
de acordo com as normas de sanidade vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento - MAPA.

§ 1º A origem no CFO é a Unidade de Produção - UP, de propriedade rural ou


de área de agroextrativismo, a partir da qual saem partidas de plantas ou de produtos
vegetais certificados.
§ 2º A origem no CFOC é a Unidade de Consolidação - UC, que poderá ser
beneficiadora, processadora ou embaladora, a partir da qual saem partidas
provenientes de lotes de plantas ou de produtos vegetais certificados.

Art. 3º O CFO ou o CFOC fundamentará a emissão da Permissão de Trânsito


de Vegetais - PTV, nos seguintes casos:

I - para as pragas regulamentadas, nas Unidades de Federação - UF com


ocorrência registrada ou nas UF de risco desconhecido, salvo quando a normativa
específica dispensar a certificação;
II - para comprovar a origem da partida de plantas ou de produtos vegetais de
Área Livre de Praga - ALP, de Local Livre de Praga - LLP, de Sistema de Mitigação de
Riscos de Praga- SMRP ou de Área de Baixa Prevalência de Praga - ABPP, reconhecidos
pelo MAPA; e
III - para atender exigência específica de certificação fitossanitária de origem
para praga de interesse de Unidade da Federação, com aprovação do Departamento
de Sanidade Vegetal - DSV, ou por exigência de Organização Nacional de Proteção
Fitossanitária - ONPF de país importador.
Parágrafo único. Entende-se por UF de risco desconhecido como sendo aquela
em que o Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal - OEDSV, não realiza
levantamentos anuais para comprovação da não ocorrência de praga regulamentada.

Art. 4º O texto de Declaração Adicional, utilizado na emissão do CFO ou do


CFOC, será informado pelo MAPA ou fará parte do requisito fitossanitário de ONPF de
país importador.
Parágrafo único. Quando se tratar de Declaração Adicional - DA15 (análise
laboratorial), fica dispensada a emissão de CFO e de CFOC, tendo em vista que o

139
laudo emitido por laboratório de diagnóstico fitossanitário credenciado pelo MAPA é
documento oficial para subsidiar a emissão de Certificado Fitossanitário - CF.
Art. 5º A identificação numérica do CFO e do CFOC será dada em ordem
crescente, com código numérico da UF, seguida do ano com dois dígitos, e número
sequencial de quatro dígitos. § 1º Os formulários do CFO e do CFOC que serão
utilizados pelo Responsável Técnico habilitado seguirão os modelos apresentados nos
Anexos I, I-A, II e II-A, respectivamente. § 2º O código numérico da UF e do município
seguirá o padrão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

CAPÍTULO II
DO CURSO PARA HABILITAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Art. 6º O CFO e o CFOC serão emitidos e assinados por Engenheiro Agrônomo


ou Engenheiro Florestal, em suas respectivas áreas de competência profissional, após
aprovação em curso, específico para habilitação, organizado pelo OEDSV e aprovado
pelo MAPA.

§ 1º O OEDSV deverá submeter o programa do curso à área de sanidade


vegetal da Superintendência Federal de Agricultura - SFA, da UF onde se realizará o
curso, para emissão de parecer técnico.
§ 2º O prazo para emissão do parecer técnico pela área de sanidade vegetal
da SFA será de 15 dias, com encaminhamento ao DSV, que terá também 15 dias para
manifestação sobre o curso. § 3º O curso deverá abordar duas partes:

I - Orientação Geral: normas sobre certificação fitossanitária de origem e de


origem consolidada (CFO e CFOC), trânsito de plantas ou de produtos vegetais
(Permissão de Trânsito de Vegetais - PTV), noções sobre normas internacionais e
certificação (Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais - CIPV, Acordo sobre
Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias - SPS, noções de ALP, SMRP e Análise
de Risco de Praga-ARP); e
II - Orientação Específica: aspectos sobre classificação taxonômica da praga,
monitoramento, tipos de armadilhas, levantamento e mapeamento da praga em
condições de campo, identificação, coleta, acondicionamento e transporte da amostra,
bioecologia, sintomas, sinais, plantas hospedeiras, ações de prevenção e métodos de
controle.

§ 4º No caso de pragas amplamente disseminadas só será necessário abordar


no curso para habilitação a orientação geral.
Art. 7º No ato da inscrição no curso para habilitação, o Engenheiro Agrônomo
ou Engenheiro Florestal deverá apresentar comprovante de seu registro, ou visto,
junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA.
Art. 8º Será exigida frequência integral do profissional interessado no curso,
como condição para que seja submetido à avaliação final.

§ 1º A avaliação final abordará prova teórica e quando houver possibilidade


prova prática, sendo necessário obter no mínimo, setenta e cinco por cento de
aproveitamento para aprovação.

140
§ 2º O profissional poderá participar de curso específico em qualquer UF,
podendo ser habilitado para atuar em outra UF, desde que apresente declaração ou
certificado de aprovação no curso do OEDSV organizador do curso.

Art. 9º Para oficializar a habilitação, o Responsável Técnico - RT, deverá assinar


duas vias do Termo de Habilitação - TH, conforme o Anexo III, devendo o OEDSV
encaminhar uma via à área de sanidade vegetal da SFA, que fará sua inclusão no
Cadastro Nacional dos Responsáveis Técnicos Habilitados para emissão de CFO e de
CFOC.

§ 1º O número do Termo de Habilitação fornecido pelo OEDSV será composto


do código numérico da UF, ano da primeira habilitação, com dois dígitos, e numeração
sequencial.
§ 2º As pragas para as quais o Responsável Técnico está habilitado para emitir
CFO ou CFOC constarão no Anexo do Termo de Habilitação, conforme Anexo IV.
§ 3º O OEDSV fornecerá ao Responsável Técnico habilitado carteira de
habilitação, conforme Anexo V desta Instrução Normativa.
§ 4º A habilitação terá validade de cinco anos, considerando a data inicial
aquela correspondente ao treinamento específico da (s) praga (s) para a (s) qual (is)
o RT se habilitou, sendo renovada por igual período, através de solicitação escrita do
RT habilitado ao OEDSV, com 30 (trinta) dias, no mínimo, antes da data do
vencimento.
§ 5º No caso de renovação, a validade da habilitação do RT para a praga será
contada a partir da data da concessão da habilitação.
§ 6º O RT poderá atuar em UF diferente daquela em que foi habilitado, desde
que seja concedida a extensão de sua habilitação pelo OEDSV na UF onde pretender
atuar.
§ 7º O OEDSV que receber solicitação de extensão de habilitação deverá
informar-se sobre a regularidade da situação do Responsável Técnico Habilitado junto
ao OEDSV de origem, para avaliação da concessão da extensão da atuação.
§ 8º A identificação do Termo de Habilitação de extensão de atuação do RT
será o número de sua habilitação atual, acrescido da sigla da UF de extensão.
§ 9º O RT poderá solicitar a renovação da habilitação para a praga no OEDSV
da UF onde foi habilitado inicialmente ou no OEDSV da UF onde foi concedida a
extensão de habilitação.

Art. 10. O MAPA disponibilizará o Cadastro Nacional de RTs habilitados para


emissão do CFO e do CFOC, onde constará o nome do RT, o número da habilitação,
a relação da (s) praga (s) para a (s) qual (is) está habilitado, o prazo de validade da
habilitação, por praga, UF da habilitação, UF de extensão de habilitação e a assinatura.
Art. 11. O OEDSV será responsável pela notificação ao RT habilitado sobre a
necessidade da participação em treinamento específico, a ser realizado em período
preestabelecido, para atualizar sua habilitação para novas pragas regulamentadas ou
de interesse da ONPF do país importador.

§ 1º O Responsável Técnico habilitado poderá solicitar, a qualquer momento,


a inclusão em sua habilitação das pragas previstas no caput deste artigo.

141
§ 2º Para obter a inclusão da nova praga em sua habilitação, o RT deverá
solicitar treinamento, por escrito, ao OEDSV, que o encaminhará a um especialista,
com pós-graduação relacionada a essa praga, após obter parecer técnico favorável da
SFA.
§ 3º Após o treinamento e atendidos os critérios de avaliação, o especialista
emitirá um certificado de aprovação, para que o OEDSV atualize o Anexo do Termo
de Habilitação do RT.
§ 4º O especialista interessado em ministrar curso específico de praga ou
treinamento de RT habilitado, previsto no §2º , será incluído no Cadastro Nacional de
Especialista na Praga, que será disponibilizado pelo MAPA.
§ 5º Pesquisador lotado em Centro de Pesquisa, que necessitar de CFO, por
exigência de país importador, poderá participar de treinamento em legislação
fitossanitária para que possa ser habilitado junto ao OEDSV, sendo dispensado da
orientação específica mencionada no art. 6º , §3º , inciso II desta Instrução
Normativa, após obter parecer técnico favorável da área de sanidade vegetal da SFA.

CAPÍTULO III
DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO

Art. 12. A Unidade de Produção - UP, deverá ser inscrita no OEDSV, por RT, no
prazo previsto na legislação específica da praga ou em plano de trabalho bilateral
firmado pelo MAPA, para se habilitar à certificação fitossanitária de origem.

§ 1º Não havendo prazo para inscrição de UP definido em legislação específica,


como prevê o caput, o requerimento de inscrição de UP de culturas anuais deverá ser
protocolado no OEDSV, no mínimo 30 (trinta) dias antes do plantio, sendo permitido
até o quinto dia útil após o início do plantio, em caso excepcional, devidamente
justificado pelo RT.
§ 2º O requerimento de inscrição de UP de cultura perene deverá ser
protocolado no OEDSV, no mínimo 120 (cento e vinte) dias antes do início da colheita,
quando não houver medidas fitossanitárias a serem cumpridas antes desse prazo, por
exigência de país importador.
§ 3º Se houver medida fitossanitária a ser cumprida em cultura perene, como
dispõe o parágrafo anterior, o prazo de inscrição da UP será de 30 (trinta) dias antes
da adoção da primeira medida.
§ 4º A UP padrão é a área contínua, de tamanho variável e identificada por um
ponto georreferenciado, plantada com a mesma espécie, cultivar, clone e estádio
fisiológico, sob os mesmos tratos culturais e controle fitossanitário.
§ 5º A UP no agroextrativismo é a área contínua, de tamanho variável e
identificada por um ponto georreferenciado, que representa a espécie a ser explorada.
§ 6º A UP no cultivo de planta ornamental, olerícola e medicinal é a área plantada
com a mesma espécie, em que:

I - poderão ser agrupados para a caracterização de uma UP tantos talhões


descontínuos, de um mesmo produto, desde que a soma dos talhões agrupados não
exceda a 20 hectares, devendo esta UP ser identificada por um ponto
georreferenciado de um dos talhões que a compõe e por croqui de localização dos
talhões; e

142
II - talhões descontínuos de um mesmo produto que possuam área igual ou
superior a 20 hectares deverão constituir UPs individualizadas, e cada UP deverá ser
identificada por um ponto georreferenciado.

Art. 13. RT e o produtor deverão preencher e assinar a Ficha de Inscrição da


UP, conforme os Anexos VI e VII desta Instrução Normativa, anexando cópia da
carteira de identidade e do Cadastro de Pessoa Física - CPF do interessado pela
habilitação da UP e croqui de localização das UPs.

§ 1º A propriedade receberá identificação numérica que será formada pelo


código numérico da UF, código numérico do município e o número sequencial com
quatro dígitos.
§ 2º O OEDSV fornecerá o (s) código (s) da (s) UP (s) no ato da inscrição, que
será composto pelo código numérico da propriedade, ano com dois dígitos, e número
sequencial com quatro dígitos.
§ 3º O RT poderá solicitar ao OEDSV a manutenção do número da habilitação
da UP de cultura perene, anualmente, conforme o Anexo VIII desta Instrução
Normativa, nos prazos previstos no artigo 11, §§ 2º e 3º .
§ 4º As leituras das coordenadas geográficas, latitude e longitude, serão
obtidas no Sistema Geodésico SIRGAS 2000 ou, na ausência desse, o WGS 84.
§ 5º Durante a colheita, o lote formado deve ser identificado no campo com o
número da UP para garantir a origem e a identidade do produto.
§ 6º Na UP ou na UC agroextrativista deverá ocorrer a identificação do produto
ou da embalagem com rótulo, onde conste o nome do produto e o código da UP ou
do lote, para permitir a rastreabilidade no processo de certificação.
§ 7º O material coletado para análise fitossanitária oriundo de UP ou UC, por
exigência do processo de certificação, deverá ser encaminhado a laboratório de
diagnóstico fitossanitário da Rede Nacional de Laboratórios do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, com ônus para o produtor ou consolidador. § 8º A
UP e a UC poderão ter mais de um RT habilitados junto ao OEDSV.

CAPÍTULO IV
DAS UNIDADES DE CONSOLIDAÇÃO

Art. 14. A UC deverá ser inscrita no OEDSV da UF onde estiver localizada, para
se habilitar à certificação fitossanitária de origem consolidada.

§ 1º O RT e o representante legal da UC deverão preencher e assinar a Ficha


de Inscrição da UC, conforme Anexo IX desta Instrução Normativa, anexando cópia
da carteira de identidade e do CPF.
§ 2º O OEDSV deverá emitir Laudo de Vistoria da UC, conforme o Anexo X
desta Instrução Normativa, para validar a sua inscrição.
§ 3º A UC receberá identificação numérica, que será formada pelo código
numérico da UF, código numérico do município e o número sequencial com quatro
dígitos.

Art. 15. A legislação específica da praga definirá as exigências a serem


cumpridas no armazenamento dos produtos certificados, no sentido de manter a sua

143
condição fitossanitária de origem. Parágrafo único. Na ausência de legislação
específica devem ser adotados critérios mínimos para manter a segurança
fitossanitária dos produtos certificados, os quais são: I - local específico para
armazenamento de lotes de produtos certificados; II - higienização das instalações,
máquinas, equipamentos e pessoal; e III- destruição de resíduos.

CAPÍTULO V
DA EMISSÃO DO CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM - CFO E DO
CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM CONSOLIDADO - CFOC

Art. 16. O CFO será emitido para a partida de plantas e de produtos vegetais,
de acordo com as normas da praga, por exigência do MAPA ou de ONPF de país
importa d o r.

§ 1º Cada produto deverá estar relacionado individualmente, por nome


científico, comum e cultivar ou clone, sendo exigida a identificação da UP, a relação
da quantidade correspondente e a respectiva Declaração Adicional.
§ 2º Um CFO poderá contemplar mais de um produto e mais de uma UP.
§ 3º O CFO será emitido preenchendo-se sem rasuras cada campo existente,
não sendo permitida a utilização do verso do documento.
§ 4º Os campos não utilizados devem ser anulados de forma a evitar a
adulteração do documento.
§ 5º O CFO poderá ser emitido também para a produção total estimada no
início da colheita da UP, sendo que em cada CFO emitido posteriormente deve constar
o saldo remanescente da produção da
U P.
§ 6º O Anexo I-A desta Instrução Normativa, será utilizado para informações
complementares dos campos do formulário do CFO, quando for necessário.
§ 7º O OEDSV, como Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção
à Sanidade Agropecuária, deverá estabelecer procedimentos próprios de controle para
assegurar a emissão da PTV apenas para a produção estimada da UP inscrita no
OEDSV.

Art. 17. O CFOC será emitido para a partida de plantas e de produtos vegetais,
formada a partir de lotes de produtos certificados com CFO, ou CFOC, ou PTV, ou CF,
ou Certificado Fitossanitário de Reexportação - CFR, de acordo com as normas da
praga, por exigência do MAPA ou de ONPF de país importador.
§ 1º Cada produto deve estar relacionado individualmente, sendo obrigatória a
identificação do lote, a relação da quantidade correspondente e a respectiva
Declaração Adicional.
§ 2º Um CFOC poderá contemplar mais de um produto e mais de uma UP.
§ 3º O CFOC será emitido preenchendo-se sem rasuras cada campo existente,
não sendo permitida a utilização do verso do documento.
§ 4º Os campos não utilizados deverão ser anulados.
§ 5º O Anexo II-A será utilizado para informações complementares dos campos
do formulário do CFOC, se necessário.
§ 6º Define-se lote, para fins de CFOC, como o conjunto de produtos da mesma
espécie, cultivar ou clone, de tamanho definido e que apresentam conformidades

144
fitossanitárias semelhantes, formado por produtos previamente certificados com CFO,
CFOC, PTV, CF ou CFR.
§ 7º Cada lote formado deverá estar identificado com um número, composto
pelo código da inscrição da Unidade de Consolidação, ano, com dois dígitos, e número
sequencial com quatro dígitos.
§ 8º O RT deverá manter no Livro de Acompanhamento os registros do CFO,
CFOC, PTV, CF ou CFR dos produtos que deram origem a cada lote formado e o
número do (s) CFOC (s) emitidos para as partidas formadas a partir dele.
§ 9º O CFOC poderá ser emitido também para a quantidade total do lote de
produto consolidado na Unidade de Consolidação, sendo que em cada CFOC emitido
posteriormente deve constar o saldo remanescente da quantidade do lote
consolidado.

Art. 18. O CFO e o CFOC deverão ser emitidos em três vias, com a seguinte
destinação:

I - 1ª via: destinada a acompanhar a partida até o momento da emissão da


PTV, ficando retida pelo OEDSV para ser anexado à cópia da PTV;
II - 2ª via: destinada ao emitente; e
III - 3ª via: destinada ao produtor ou a UC.
Parágrafo único. No caso de emissão eletrônica será admitida a emissão em
uma única via.

Art. 19. O CFO e CFOC terão prazo de validade de até trinta dias, a partir das
datas de suas emissões, e somente serão válidos nos modelos oficiais, originais e
preenchidos corretamente.
Art. 20. A legislação específica da praga ou plano de trabalho bilateral firmado
pelo MAPA poderá estabelecer exigência do uso de lacre, no ato da emissão do CFO
ou CFOC.

CAPÍTULO VI
DAS OBRIGAÇÕES PARA O USO DO CFO E CFOC

Art. 21. O RT de UP realizará inspeções de acordo com a legislação específica


da praga e, na ausência de normativa, deverá realizar inspeções periódicas para a
certificação de plantas e de produtos vegetais.
Art. 22. O RT de UC realizará inspeções de acordo com a legislação específica
da praga e, na ausência de normativa, deverá realizar inspeções em cada partida
certificada, antes da formação do lote.
Art. 23. O OEDSV, como Instância Intermediária do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, deverá estabelecer procedimentos próprios de
controle para assegurar a efetiva assistência do RT, nos locais de atuação da UF.
Art. 24. O RT deverá elaborar e manter à disposição dos órgãos de fiscalização
o Livro de Acompanhamento numerado com páginas numeradas, com registro das
inspeções realizadas e orientações prescritas, além das informações técnicas exigidas
por esta Instrução Normativa e pela legislação específica da praga ou do produto,
devendo ser assinado pelo RT e pelo contratante ou representante legal. § 1º O Livro

145
de Acompanhamento citado neste artigo deverá conter, no mínimo, as seguintes
informações, por UP, para fundamentar a emissão do CFO:

I - dados da origem da semente, muda ou porta-enxerto; II - espécie;


III - cultivar ou clone;
IV - área plantada por cultivar ou clone;
V - dados do monitoramento da praga;
VI - resultados das análises laboratoriais realizadas;
VII - anotações das principais ocorrências fitossanitárias;
VIII - ações de prevenção e método de controle adotado;
IX - estimativa da produção;
X - tratamentos fitossanitários realizados para a praga, anotando os agrotóxicos
utilizados, dose, data da aplicação e período de carência;XI - quantidade colhida e,
quando exigido, o manejo pós-colheita; e
XII- croqui de localização da UP na propriedade e respectivas coordenadas
geográficas.

§ 2º O Livro de Acompanhamento deverá estar em local de fácil acesso na


propriedade da UP; não havendo sede na propriedade, o RT definirá o local no
município de localização da UP.
§ 3º O Livro de Acompanhamento da UC deverá conter, no mínimo, as
seguintes informações para fundamentar a emissão do CFOC:

I - anotações de controle de entrada de produtos na UC, com os respectivos


números dos CFO, CFOC, PTV, CF e CFR que compuseram cada lote, conforme Anexo
XII desta Instrução Normativa, e a legislação específica;
II - espécie;
III - cultivar ou clone;
IV - quantidade do lote;
V - controle de saída das partidas certificadas com o CFOC; e
VI - registro das inspeções realizadas pelo RT e por fiscal estadual ou federal.

§ 4º A UP ou a UC que aderir ao sistema de Produção Integrada do MAPA


poderá substituir o livro, citado neste artigo, pelos cadernos de campo e de pós-
colheita, previstos nas Diretrizes Gerais para a Produção Integrada de Frutas - DGPIF,
desde que as informações mínimas obrigatórias para cada UP ou lote estejam
abrangidas pelos registros.
§ 5º As anotações de acompanhamento, quando elaboradas e mantidas na
forma eletrônica, devem ser impressas e numeradas, formando um Livro de
Acompanhamento, para efeito de fiscalização e auditoria.
§ 6º Os documentos comprobatórios das atividades realizadas pelo RT deverão
estar à disposição da fiscalização.

Art. 25. As irregularidades verificadas em relação ao CFO e ao CFOC serão


formalmente apuradas pelo OEDSV.

§ 1º As irregularidades comprovadas acarretarão advertência por escrito, sendo


a reincidência motivo de suspensão ou desabilitação.

146
§ 2º Não havendo comprovação de má-fé, o profissional poderá ser novamente
habilitado após novo treinamento.
§ 3º Os casos de comprovada má-fé resultarão em desabilitação imediata e
irreversível do RT, sendo notificado o fato ao CREA e o encaminhamento do processo
ao Ministério Público Federal, para enquadramento nas penalidades previstas no Art.
259, do Código Penal Brasileiro, e no art. 61 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de
1998 (Lei de Crimes Ambientais).

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 26. O RT deverá encaminhar, mensalmente, ao OEDSV, até o vigésimo dia


do mês subsequente, relatórios sobre CFO e CFOC emitidos no mês anterior, conforme
os Anexos XI e XII desta Instrução Normativa.
Art. 27. O OEDSV deverá encaminhar relatórios consolidados com informações
sobre os CFO e CFOC emitidos a cada semestre à área de sanidade vegetal da SFA na
UF, até o último dia do mês subsequente ao semestre, conforme o Anexo XIII desta
Instrução Normativa.
Art. 28. Havendo sistema informatizado para emissão de CFO e de CFOC, os
formulários, documentos e relatórios serão emitidos ou anexados eletronicamente.
Art. 29. O OEDSV estabelecerá sistema de controle interno e fiscalizará as
atividades dos RTs credenciados, cabendo ao MAPA realizar auditoria em todo o
processo de Certificação Fitossanitária de Origem.
Art. 30. Aprovar o modelo do CFO, do CFOC e dos demais modelos, conforme
os Anexos I a XIII desta Instrução Normativa.
Art. 31. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 32. Fica revogada a Instrução Normativa nº 55, de 04 de novembro de
2007.

BLAIRO MAGGI

147
ANEXO I
MODELO DO CFO
NOME DO ÓRGÃO ESTADUAL DE
SÍMBOLO DO OEDSV
DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM: Nº
Nome do produtor/nome empresarial:
Endereço:
Município: UF:
CNPJ / CPF/ Identificação da propriedade:
Identificação do Produto Nome Científico Cultivar/Clone
Quantidade Unidade Período de
Código da UP Produto
colheita
Certifico que, mediante acompanhamento técnico, o(s) produto(s) acima especificado(s) se
apresenta(m):1) () livre(s) da(s) Praga(s) Quarentenária(s) A2; 2) () dentro do(s) limite(s)
de tolerância para a(s)Praga(s) Não Quarentenária(s) Regulamentada(s); 3) () livre(s) da(s)
PA.
Praga(s) específica(s), por exigência interna; 4) () livre(s) da(s) Praga(s) específica(s), por
exigência do país importador; conforme regulamentação do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - MA
Declaração adicional:
Partida lacrada na origem: sim () não () n Lacre n porão n conteiner
Este certificado é válido por dias e será nulo se rasurado
Dados do responsável Técnico habilitado:
Nome do Responsável Técnico Habilitado:
N da habilitação: N do CREA)
Local e data: Assinatura e carimbo

ANEXO I-A
Formulário para informações complementares do Certificado Fitossanitário de Origem - CFO
SÍMBOLO DO OEDSV Nome do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal - OEDSV
Informações Complementares Vinculada(s) ao Certificado Fitossanitário de Origem:
N de / / 20 , que obrigatoriamente está anexado
Assinatura e carimbo do Responsável Técnico:
ANEXO II
MODELO DO CFOC

SÍMBOLO DO OEDSV Nome do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal


CERTIFICADO FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM CONSOLIDADO: N
Unidade de Consolidação
Nome empresarial:
Endereço:
Município: UF:
CNPJ: Identificação da UC:
Data da
Código(s) do(s) lote(s) Produto(s) Quantidade Unidade consolidação do
lote
Nome Cientifico
Cultivar/Clone
Certifico que, mediante reinspeção, acompanhamento do recebimento e conferência do CFO,CFOC, PTVCFR das cargas que compuseram
o(os) lote(s) acima especificados(s), este(s) se apresenta(m): 1) () livre(s) da(s) Praga(s) Quarentenária(s) A2; () dentro do(s) limites (s)
de tolerância para a(s) Praga (s) não Quarentenária(s)Regulamentada(s); 3) ()livre(s) da(s) Praga(s) específica(s), por exigência do país
importador
, CF ou, conforme regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
Declaração Adicional:
Partida lacrada na origem: sim () não () n lacre_______
Nº porão__________ nº
contêiner__________
Este certificado é válido por dias e será
nulo se rasurado.
Dados do responsável técnico habilitado
Nome do RT:
N da habilitação: N CREA:
Local e data:
Assinatura e carimbo:

149
ANEXO II-A
FORMULÁRIO PARA INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DO CERTIFICADO
FITOSSANITÁRIO DE ORIGEM CONSOLIDADO - CFOC

ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA


SÍMBOLO DO OEDSV
VEGETAL
Informações complementar(es) vinculada(s) ao
Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado nº
de / / 20 que obrigatoriamente está anexado.
Nome do Responsável Técnico:
N da habilitação: Nº do CREA

Local e data: Assinatura e Carimbo do Responsável Técnico


//

ANEXO III
MODELO DO TERMO DE HABILITAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PARA A
EMISSÃO DE CFO/CFOC

SÍMBOLO DO Nome do Órgão Estadual de Defesa Sanitária


OEDSV Vegetal
TERMO DE HABILITAÇÃO DO RT PARA
EMISSÃO DE CFO E CFOC
Habilitação Nº
Nome do Responsável
Técnico:
FOTO 3X 4
Formação Profissional: n CREA:
CPF: RG:

Endereço:
Tel. Residêncial : Tel Comercial: Cel.:
Email:
Registro no CREA/UF ou visto:
Extensão de Habililtação:
() não () sim N da habilitação de origem:
Assinatura do Responsável Técnico Habilitado:
Reconheço a assinatura do responsável Técnico acima identificado, estando o
mesmo habilitado para emitir o Certificado Fitossanitário de Origem - CFO ou
Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado - CFOC, para a (as) praga (s) listadas
(s) conforme Anexo a este Termo de Habilitação.
Local e data: / /
Assinatura, e carimbo do agente do OEDSV
ANEXO IV
MODELO ANEXO AO TERMO DE HABILTAÇÃO

ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA


SÍMBOLO DO OEDSV
SANITÁRIA VEGETAL - OEDSV
Anexo Termo de Habiltação: Nº
Lista de Pragas Autorizadas para as quais o
Responsável Técnico Possui Habilitação:
Vinculada à Habilitação N :
Nome Científico:
Nome Comum:
Produto Hospedeiro:
Data da Realização do Curso: Data de Validade:
Observação:
Assinatura do Responsável Técnico Habilitado:
Assinatura, e carimbo do Dirigente do
Local e data: //
OEDSV

MODELO DA CARTEIRA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO


HABILITADO
Nome do Órgão Estadual de
SÍMBOLO DO OEDSV
Defesa Sanitária Vegetal
Habilitação N
Nome:
CPF: RG:
FOTO
RG:
3X 4
CREA:
Data da expedição: / /
Assinatura do R.T. Habilitado:
O portador deste
documento está
habilitado a emitir o
Certificado
Fitossanitário de Consolidado - CFOC para as
Origem-CFO ou pragas constantes do anexo do
Certificado seu Termo de
Fitossanitário Co
Habilitação, de
acordo com a
legislação vigente
Observações
adicionais:
Local e data Titular do OEDSV//

151
ANEXO VI
MODELO DA FICHA DE INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO
SÍMBOLO DO OEDSV ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
FICHA DE INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO N°
Nome do proprietário:
Identificação da propriedade:
Endereço: Nº :
Bairro: Gleba:
Vias de acesso:
Município: Estado: CEP:
Telefone: Fax:
Email:
CPF: CNPJ:
Local em que o livro deverá estar disponível:
Código da U.P. Latitude Longitude Altitude Estimativa de Produção
Data do plantio
Área (hectare) Espécie (Outros)
(t)

Local e data: Assinatura e carimbo do dirigente do OEDSV

ANEXO VII

MODELO DA FICHA DE INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO -


AGROEXTRATIVISMO
SÍMBOLO DO OEDSV ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
FICHA DE INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO NO AGROEXTRATIVISMO
N
Nome do responsável pelo o extrativismo:
N do CPF:
Identificação da àrea do extrativismo:
Vias de acesso:
Endereço:
Município: Estado CEP:
Telefone: Fax:
Email:
Local em que o livro deverá estar disponivel:
Cod. da UP:
Latitude Longitude Altitude
Nome Científico Período da Extração Estimativa de Produção
Cultivar/Clone (t) (outros)

Àrea (hectare)
Assinatura do responsável técnico:
Assinatura do produtor:
Local e data: Assinatura e carimbo do dirigente do OEDSV
//

152
ANEXO VIII
MODELO DA FICHA DA MANUTENÇÃO DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO PARA
CULTURAS PERENES
ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL SÍMBOLO DO OEDSV
FICHA DA MANUTENÇÃO DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO PARA CULTURAS
PERENES N
Culturas perenes N :
Bairro: Gleba:
Município: Estado: CEP:
Telefone: Fax:
Email:
CPF: CNPJ:
Manutenção da U.P. Latitude Longitude Altitude
Vias de acesso:
Ano de Estimativa de
Área (hectare) Espécie
Produção Produção
(t) (Outros )
Nome Científico:
Cultivar Clone:
Assinatura do R.T.:
Assinatura do Produtor:
Local e data: Assinatura e carimbo
//
do dirigente do OEDSV

153
ANEXO IX
MODELO DA FICHA DE INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE CONSOLIDAÇÃO

SÍMBOLO
DO ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
OEDSV

FICHA DE INSCRIÇÃO DA UNIDADE DE CONSOLIDAÇÃO Nº

Nome da Empresa N :

CNPJ:

Munícipio : Estado: CEP:

Telefone: Fax::

Email:

Município: Estado: CEP:

Nome do Representante Legal da Empresa:

CPF:

Endereço do local de armazenamento, beneficiamento ou processamento da empresa:

Rua:

Número:

Bairro:

Tipo de apresentação do produto e forma de identificação:


Assinatura do R.T.:
Assinatura do representante legal da empresa:
Local e data: Assinatura e carimbo do dirigente do OEDSV
ANEXO X

MODELO DO LAUDO DE VISTORIA PARA FINS DE CERTIFICAÇÃO FITOSSANITÁRIA DE


ORIGEM CONSOLIDADA
SÍMBOLO DO OEDSV NOME DO ÓRGÃO ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
LAUDO DE VISTORIA PARA FINS DE CERTIFICAÇÃO FISTOSSANITÁRIA DE ORIGEM
CONSOLIDADA Nº
Nome da empresa:
CNPJ:
Endereço: N:
Bairro:
Município: Estado: CEP:
Telefone: Fax:
Email:
Nome do representante legal da empresa: CPF:
RG:
Nome do responsável técnico habilitado: CPF:
RG:

Localização do beneficiamento/armazenamento da empresa


:

Descrição das instalações :

Exigências a serem cumpridas :

Prazo :

Conclusão da vistoria :

Data da vistoria : / /
Assinatura do R
T habilitado do OEDSV

Local e data://

155
ANEXO XI
RELATÓRIO TÉCNICO DO RT - UP

Data Produto Código da UP CFO nº Quantidade Unidade

Local e data
Assinatura do Responsável Técnico

ANEXO XII
RELATÓRIO TÉCNICO DO RT - UC
Local e data: Assinatura Responsável Técnico

ANEXO XII
RELATÓRIO TÉCNICO DO RT - UC

Data Produto Origem Código lote Nº CFOC Quantidade Unidade


CFO CFO PTV CF

Observação:
Local e data: Assinatura Responsável Técnico

ANEXO XIII
RELATÓRIO
RELATÓRIO TÉCNICO - OEDSV

Data Produto Nº CFO Nº CFOC Nº CFOC Quantidade Unidade

Observação:
Local e data:Assinatura do servidor autorizado pelo OEDSV

D.O.U., 25/08/2016 - Seção 1 Pagina 18.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES-PQP

Instrução Normativa nº 38, de 1º de outubro de 2018 (*)

ALTERADA PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 57, DE 10 DE DEZEMBRO DE


2018
ALTERADA PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 10 DE SETEMBRO DE
2019

156
O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO
DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os arts. 18 e 53 do Anexo I do Decreto n.º 8.852, de 20 de setembro de
2016, tendo em vista o disposto no Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, no
Decreto nº 1.355, de 30 de dezembro de 1994, no Decreto nº 5.759, de 17 de abril
de 2006, na Instrução Normativa nº 23, de 2 de agosto de 2004, na Instrução
Normativa nº 6, de 16 de maio de 2005, na Instrução Normativa nº 45, de 29 de
agosto de 2018, e o que consta do Processo nº 21000.036807/2018-98, resolve:
Art. 1º Estabelecer, na forma do Anexo desta Instrução Normativa, a lista de
Pragas Quarentenárias Presentes (PQP) para o Brasil.
Parágrafo único. A divulgação da lista de que trata ocapute de suas atualizações
será feita periodicamente, por meio digital, no portal institucional do MAPA -
www.agricultura.gov.br.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

ANEXO
PRAGAS QUARENTENÁRIAS PRESENTES - PQP
Unidades da
Federação com
Pragas Hospedeiros
Ocorrência da
Praga
ÁCARO
Acácia (Acacia sp.)
Cinamomo (Melia azedarach)
Schizotetranychus Citros (Citrus sp.)
Roraima
hindustanicus Coqueiro (Cocos nucifera)
Nim (Azadirachta indica)
Sorgo (Sorghum bicolor)
INSETOS
Abiu (Pouteria caimito)
Acerola (Malpighia emarginata)
Ajuru (Chrysobalanus icaco)
Ameixa-roxa (Syzygium cumini)
Amendoeira (Terminalia catappa)
Araçá-Boi (Eugenia stipitata)
Biribá (Rollinia omucosa)
Caimito (Chrysophyllum cainito)
Amapá, Pará e
Bactrocera carambolae Caju (Anacardium occidentale)
Roraima
Carambola (Averrhoa carambola)
Cutite (Pouteria macrophylla)
Fruta-pão (Artocarpus altilis)
Goiaba (Psidium guajava)
Goiaba-araçá (Psidium guineense)
Gomuto (Arenga pinnata)
Jaca (Artocarpus integrifolia)
Jambo rosa (Syzygium samarangense)

157
Jambo d'água ou Jambosa (Syzygium
aqueum)
Jambo amarelo (Syzygium jambos)
Jambo vermelho (Syzygium
malaccense)
Jujuba ou Maçã-de-pobre (Ziziphus
mauritiana)
Jujuba chinesa (Ziziphus jujuba)
Laranja da terra, Laranja amarga,
Laranja caipira Laranja (Citrus auratium)
Laranja doce (Citrus sinensis)
Licania (Licania sp.)
Limão cayena, Bilimbi, Carambola
Amarela (Averrhoa bilimbi)
Manga (Mangifera indica)
Murici ou Muruci (Bysonima crassifolia)
Pimenta-de-Cheiro (Capsicum chinense)
Pimenta picante ou Pimenta do Diabo
(Capsicum annum)
Pitanga vermelha (Eugenia uniflora)
Sapotilha ou Sapoti (Manilkara zapota)
Tangerina, Mexerica, Mandarina,
Bergamota, Poncã (Citrus reticulata
Blanco)
Tapereba, Cajá-mirim, Cajá (Spondias
mombin sinon. Spondias lutea)
Tomate (Solanum lycopersicum sinon.
Licopersicum esculentum)
Toranja ou Toronja (Citrus paradisi)
Bacupari (Garcinia dulcis)
Anthonomus tomentosus Amapá e Roraima Acerola (Malpighia spp.)
Sternochetus mangiferae Rio de Janeiro Manga (Mangifera indica)
FUNGOS
Amazonas, Bahia,
Espirito Santo,
Goiás, Minas Gerais,
Mato Grosso
do Sul, Mato
Phyllosticta citricarpa Grosso,
Citros (Citrus spp.)
(Guinardia citricarpa) Pernambuco,
Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande
do Sul, Santa
Catarina e São
Paulo
Pseudocercospora Acre, Amazonas, Bananeira (Musa spp.) Heliconia spp
fijiensis Amapá, Bahia, Exceto: Heliconia rostrata, H. bihai, H.

158
(Mycosphaerella fijiensis) Espirito Santo, augusta, H.chartaceae, H.
Goiás, Maranhão, spathocircinada, H. librata, H.
Minas Gerais, Mato psittacorum cultivar Red Opal e H.
Grosso do Sul, Mato stricta
Grosso, Pará,
Paraná, Rio de
Janeiro,
Rondônia, Roraima,
Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São
Paulo e Tocantins
Paraná, Rio Grande
Neonectria ditissima
do Sul e Santa Maçã (Malus spp.)
(Neonectria galligena)
Catarina
PROCARIONTES
Citros (Citrus spp.)
Candidatus liberibacter Mato Grosso do
Fortunella spp.
americanus e Candidatus Sul, Minas Gerais,
Murta (Murraya paniculata)
liberibacter asiaticus Paraná e São Paulo
Poncirus spp.
Alagoas, Amazonas,
Ralstonia solanacearum Amapá, Pará, Bananeiras (Musa spp.) e
raça 2 Rondônia, Roraima Heliconia spp.
e Sergipe
Ceará, Maranhão,
Minas Gerais, Mato
Grosso do Sul, Mato
Citros (Citrus spp.),
Xanthomonas citri subsp. Grosso, Piauí,
Fortunella spp. e
citri Paraná, Roraima,
Poncirus spp.
Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e
São Paulo
Bahia, Ceará,
Xanthomonas campestris
Pernambuco e Videira (Vitis spp.) e seus híbridos
pv. viticola
Roraima
PLANTA INFESTANTE
Algodão (Gossypium sp.),
Amaranthus palmeri Mato Grosso Soja (Glycine max) e
Milho (Zea mays)

JORGE CAETANO JUNIOR


Republicada no D.O.U., 04/10/2018 - Seção 1 Página 08, por ter saído, do DOU
nº 190, de 02-10-2018, Seção 1, pág. 14, com o texto da tabela incompleto. (*)

D.O.U., 02/09/2018 - Seção 1 Página 14.

159
LEGISLAÇÃO FEDERAL

Instrução Normativa nº 57, de 10 de dezembro de 2018

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os arts. 18 e 53, do Anexo I do Decreto nº 8.852, de 20 de setembro de
2016, o Inciso I do Art. 219 do Regimento Interno da SDA, e tendo em vista o que
consta dos processos nº 21000.052859/2018-10 e 21008.001845/2018-50, resolve:
Art. 1º. Excluir Algodão (Gossypiumsp.), Soja (Glycine max) e Milho (Zea mays),
da lista de hospedeiros da praga quarentenária presente Amaranthus palmeri,
constante do anexo da Instrução Normativa nº 38, de 1º de outubro de 2018.
Art. 2º. Incluir o Estado do Amapá como Unidade da Federação com ocorrência
da praga quarentenária presenteAnthonomus tomentosus, no anexo da Instrução
Normativa nº 38, de 1º de outubro de 2018.
Art. 3º. Esta Instrução Normativa entra em vigor, na data da sua publicação.
LUIS EDUARDO PACIFICI RANGEL
D.O.U. DE 12/12/2018, SEÇÃO 1 PÁGINA 04.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Instrução Normativa nº 26, de 10 de setembro de 2019

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os Arts. 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 9.667, de 02 de janeiro de 2019,
considerando o disposto no Art. 4º da Instrução Normativa nº 45, de 22 de agosto de
2018, e tendo em vista o que consta do processo nº 21026.002701/2017-11, resolve:
Art. 1º. Incluir o Estado do Mato Grosso do Sul como Unidade da Federação
com ocorrência da praga quarentenária presente Candidatus liberibacter asiaticus, no
anexo da Instrução Normativa nº 38, de 1º de outubro de 2018.
Art. 2º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL

DOU 13/09/2019, SEÇÃO 1, PÁGINA 03.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

PRAGAS QUARENTENÁRIAS AUSENTES-PQA

Instrução Normativa Nº 39, de 1 de outubro de 2018

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO


DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe

160
conferem os arts. 18 e 53 do Anexo I do Decreto n.º 8.852, de 20 de setembro de
2016, tendo em vista o disposto no Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, no
Decreto nº 1.355, de 30 de dezembro de 1994, no Decreto nº 5.759, de 17 de abril
de 2006, na Instrução Normativa nº 23, de 2 de agosto de 2004, na Instrução
Normativa nº 6, de 16 de maio de 2005, na Instrução Normativa nº 45, de 29 de
agosto de 2018 e o que consta do Processo nº 21000.30910/2018-24, resolve:
Art. 1º Estabelecer, na forma do Anexo desta Instrução Normativa, a lista de
Pragas Quarentenárias Ausentes (PQA) para o Brasil.
Parágrafo único. A divulgação da lista de que trata o caput e de suas
atualizações será feita periodicamente, por meio digital, no portal institucional do
MAPA - www.agricultura.gov.br.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

ANEXO
PRAGAS QUARENTENÁRIAS AUSENTES - PQA
ACARINA
Acarus siro
Aceria oleae
Aleuroglyphus beklemishevi
Amphitetranychus viennensis (Tetranychus viennensis)
Brevipalpus chilensis
Brevipalpus cuneatus
Brevipalpus lewisi
Calacarus citrifolii
Cenopalpus pulcher
Cheiracus sulcatus
Eotetranychus carpini
Eotetranychus lewisi
Epitrimerus pyri
Eutetranychus orientalis
Halotydeus destructor
Microtydeus hylinus
Oligonychus afrasiaticus
Oligonychus bicolor
Rhizoglyphus robini
Rhizoglyphus setosus
Steneotarsonemus panshini
Steneotarsonemus spinki
Tarsonemus cuttacki
Tenuipalpus punicae
Tetranychus kanzawai
Tetranychus mcdanieli
Tetranychus pacificus
Tetranychus truncatus
Tetranychus turkestani

BLATTODEA
Microtermes spp.

161
Croptotermes spp.

COLEOPTERA
Acalymma vittatum
Aegorhinus phaleratus
Aegorhinus superciliosus
Agrilus sinuatus
Agriotes lineatus
Agriotes mancus
Alaus oculatus
Alcidodes sedi
Alphitobius laevigatus
Ampedus collaris
Amphicerus bimaculatus
Anoplophora spp.
Anthonomus spp.(excetoA. grandis e A. tomentosus)
Brachycerus spp.
Brontispa longissima
Bruchidius spp.
Bruchus spp.
Byturus tomentosus
Callidiellum rufipenne
Callosobruchus chinensis
Caryedon serratus
Chaectonema basalis
Conoderus vespertinus
Conotrachelus nenuphar
Cryptorhynchus lapathi
Dendroctonus spp.
Dexicrates robustus
Diabrotica balteata
Diabrotica barberi
Diabrotica undecimpunctata howardi
Diabrotica virgifera virgifera
Diocalandra frumenti
Diocalandra taitense
Epicaerus cognatus
Eutyrhinus meditabundus
Haptoncus luteolus
Holotrichia serrata
Hylesinus oleiperda
Hylobius abietis
Hylobius pales
Hylotrupes bajulus
Ips spp.
Latheticus oryzae
Leptinotarsa decemlineata
Limonius californicus

162
Lissorhoptrus oryzophilus
Melanotus communis
Melolontha melolontha
Monochamus spp.
Monolepta australis
Nathrius brevipennis
Odoiporus longicollis
Ootheca bennigseni
Ootheca mutabilis
Orthorrhinus klugii
Oryctes rhinoceros
Osphilia tenuipes
Otiorhynchus cribricollis
Otiorhynchus ligustici
Otiorhynchus ovatus
Otiorhynchus rugosostriatus
Otiorhynchus sulcatus
Pagiocerus frontalis
Palorus ratzeburgi
Phonapate frontalis
Phyllophaga spp.
Plocaederus ferrugineus
Popillia japonica
Premnotrypes spp.
Prostephanus truncatus
Rhabdoscelus obscurus
Rhizotrogus majalis
Rhynchophorus ferrugineus
Rhyparida caeruleipennis
Rhyparida clypeata
Rhyparida discopunctulata
Saperda spp.
Sinoxylon spp. (excetoS. unidentatum)
Sitophilus granarius
Smicronys sordidus
Smicronyx fulvus
Sphenophorus venatus
Stegobium paniceum
Tetropium fuscum
Thorictodes heydeni
Tomicus piniperda
Trogoderma spp.
Tropinota squalida
Vesperus luridus
Vesperus xatarti
Xyleborus dispar
Xylopertha retusa

163
DIPTERA
Acanthiophilus helianthi
Anastrepha ludens
Anastrepha suspensa
Atherigona soccata
Bactrocera spp. (excetoB. carambolae)
Ceratitis spp. (excetoC. capitata)
Chromatomyia horticola
Contarinia pyrivora
Contarinia tritici
Dacus spp.
Delia spp. (excetoD. platura)
Eumerus strigatus
Liriomyza bryoniae
Mayetiola destructor
Neosilba batesi
Ophiomyia phaseoli
Orseolia oryzae
Orseolia oryzivora
Prodiplosis longifila
Rabdophaga saliciperda (Helicomyia saliciperda)
Rhagoletis spp. (excetoR. adusta, R. blanchardi, R. ferruginea, R. macquarti)
Sitodiplosis mosellana
Tipula paludosa
Toxotrypana curvicauda

HEMIPTERA
Aleurocanthus spp. (excetoA. woglumi)
Aleurodicus floccissimus (Lecanoideus floccissimus)
Anoplocnemis curvipes
Aonidiella citrina
Aphis punicae
Blissus insularis
Cacopsylla pyri
Ceresa alta
Ceroplastes destructor
Ceroplastes japonicus
Ceroplastes rubens
Ceroplastes rusci
Cicadulina mbila
Clavigralla shabadi
Clavigralla tomentosicollis
Crisicoccus matsumotoi
Dialeurodes citri
Diaspidiotus ostreaeformis
Diaspidiotus pyri
Diuraphis noxia
Dysaphis pyri

164
Dysdercus superstitiosus
Eulecanium tiliae
Eurigaster integriceps
Helopeltis anacardii
Helopeltis antonii
Helopeltis bradyi
Helopeltis schoutedeni
Homalodisca vitripennis (Homalodisca coagulata)
Homoecerus pallens
Icerya aegyptiaca
Icerya seychellarum
Lepidosaphes chinensis
Leptocoris rufomarginata
Leptocoris tagalica
Mercetaspis halli
Metcalfa pruinosa
Nipaecoccus viridis
Parlatoria pseudaspidiotus
Perkinsiella saccharicida
Philaenus spumarius
Piezodorus lituratus
Planchonia stentae
Planococcoides njalensis
Planococcus kraunhiae
Planococcus lilacinus
Pollinia pollini
Prosapia bicincta
Pseudococcus calceolariae
Pseudotheraptus devastans
Pseudotheraptus wayi
Rastrococcus invadens
Riptortus dentipes
Scaphoideus titanus
Siphoninus phillyreae
Targionia vitis
Thysanofiorinia nephelii (Fiorinia nephelii)
Unaspis yanonensis

HYMENOPTERA
Ametastegia glabrata
Cephus cinctus
Cephus pygmaeus
Hoplocampa brevis
Megastigmus spp. (ExcetoM. transvaalensis e M. brasiliensis)
Nematus desantisi
Neodiprion spp.
Systole albipennis
Tremex spp.

165
LEPIDOPTERA
Acrobasis pyrivorella
Adoxophyes orana
Agrius convolvuli
Agrotis lineatus
Agrotis segetum
Amsacta lactinea
Amyelois transitella
Anarsia lineatella
Apomyelois ceratoniae (Ectomyelois ceratoniae)
Archips spp.
Argyrogramma signata
Argyrotaenia pulchellana
Batrachedra amydraula
Cacoecimorpha pronubana
Carposina sasakii (Carposina niponensis)
Cephonodes hylas
Chilecomadia moorei
Chilecomadia valdiviana
Chilo partellus
Chilo supressalis
Choristoneura spp.
Conogethes punctiferalis
Conopomorpha cramerella
Copitarsia consueta
Copitarsia naenoides
Copitarsia turbata
Cossus cossus
Cryptophlebia ombrodelta
Cydia spp. (excetoC. araucariae)
Deilephila elpenor
Diaphania indica
Dyspessa ulula
Earias biplaga
Eldana saccharina
Epichoristodes acerbella
Epiphyas postvittana
Erionota thrax
Eudocima fullonia (Othreis fullona)
Eupoecilla ambiguella
Euzophera bigella
Gortyna xanthenes
Grapholita dimorpha
Grapholita funebrana
Hedya dimidioalba
Hippotion celerio
Hyphantria cunea
Ichneumenoptera chrysophanes

166
Keiferia lycopersicella
Lampides boeticus
Leucinodes orbonalis
Leucoptera malifoliella
Leucoptera meyricki
Lobesia botrana
Lymantria dispar
Lymantria monacha
Malacosoma spp.
Mythima separata
Mythimna loreyi
Nacoleia octasema
Orgyia postica
Ostrinia furcanalis
Ostrinia nubilalis
Pandemis heparana
Paranthrene tabaniformis
Parasa lepida
Pectinophora scutigera
Pediasia trisecta
Peribatodes rhomboidaria
Platynota stultana
Prays citri
Proeulia auraria
Proeulia chrysopteris
Rhyacionia spp.
Scirpophaga incertulas
Sesamia inferens
Sparganothis pilleriana
Spilonota albicana
Spilonota ocellana
Spodoptera albula
Spodoptera exigua
Spodoptera littoralis
Spodoptera litura
Thaumetopoea pityocampa
Thaumatotibia leucotreta (Cryptophlebia leucotreta)
Vitaceae polistiformis
Xestia c-nigrum
Zeuzera pyrina

ORTHOPTERA
Atractomorpha psittacina
Gryllotalpa gryllotalpa
Schistocerca gregaria

PSOCOPTERA
Liposcelis paeta

167
THYSANOPTERA
Dichromothrips corbetti
Drepanothrips reuteri
Frankliniella bispinosa
Frankliniella intonsa
Haplothrips aculeatus
Limothrips cerealium
Limothrips denticornis
Pezothrips kellyanus
Scirtothrips aurantii
Scirtothrips dorsalis
Scirtothrips inermis
Scirtothrips mangiferae
Thrips hawaiiensis

FUNGI E OOMYCOTA
Albugo macrospora
Albugo tragopogonis
Alternaria gaisen
Alternaria gossypina
Alternaria linicola
Alternaria triticina
Alternaria vitis
Apiosporina morbosa
Armillaria luteobubalina
Armillaria ostoyae
Arthuriomyces peckianus
Ascochyta sorghi
Atelocauda digitata
Balansia clavula
Balansia oryzae-sativae (Ephelis oryzae)
Boeremia foveata (Phoma exiguavar.foveata)
Botryosphaeria berengeriana f.sp. pyricola
Botrytis elliptica
Botrytis fabae
Botrytis tulipae
Ceratobasidium cereale (Rhizoctonia cerealis)
Cercospora insulana
Chondrostereum purpureum
Cilioplea fulgurata (Teichospora fulgurata)
Cladosporium cladosporioides f.sp.pisicola(Cladosporium pisicola)
Cladosporium gossypiicola
Cladosporium variabile
Colletotrichum echinochloa
Colletotrichum higginsianum
Colletotrichum impatientis
Colletotrichum kahawae
Colletotrichum linicola

168
Coniella diplodiella
Coniothyrium glycines (Pyrenochaeta glycines;Dactuliochaeta glycines)
Coniothyrium hellebori
Cryptosporiopsis sp.
Cronartium spp.
Curvularia australiensis (Bipolaris australiensis)
Curvularia uncinata
Curvularia verruculosa
Cylindrosporium phalaenopsidis
Desarmillaria tabescens (Armillaria tabescens)
Diaporthe tanakae
Dichotomophthoropsis safeeulaensis
Didymella zeae-maydis (Mycosphaerella zeae-maydis)
Discosia maculicola
Discula pyri (Phacidiopycnis pyri)
Drepanopeziza populi-albae (Marssonina castagnei)
Drepanopeziza populorum (Marssonina populi)
Drepanopeziza punctiformis (Marssonina brunnea)
Endocronartium harknessii
Epichloe coenophiala (Neotyphodium coenophialum)
Fusarium camptoceras
Fusarium circinatum (Gibberella circinata)
Fusarium crookwellense
Fusarium oxysporum f.sp.asparagi
Fusarium oxysporum f.sp.carthami
Fusarium oxysporum f.sp.cubenseraça 4 tropical (R4T) (Grupo de
Compatibilidade vegetativa: 01213/16)
Fusarium oxysporum f.sp.lagenariae
Fusarium oxysporum f.sp.lilii
Fusarium oxysporum f.sp.ranunculi
Fusarium oxysporum f.sp.spinaciae
Fusarium paspali
Fusarium redolens
Fusarium roseum (Gibberella pulicaris)
Fusarium xylarioides (Gibberella xylarioides)
Gibellulopsis nigrescens (Verticillium nigrescens)
Globisporangium paroecandrum (Pythium paroecandrum)
Globisporangium sylvaticum (Pythium sylvaticum)
Gloeotinia granigena
Glomerella manihotis
Guignardia baccae
Guignardia fulvida
Gymnosporangium spp.
Haplobasidion musae
Helicobasidium longisporum (Helicobasidium mompa)
Helicoceras spp.
Hemileia coffeicola
Hendersonia oryzae

169
Heterobasidium annosum
Hymenoscyphus scutula
Hymenula cerealis (Cephalosporium gramineum)
Kabatiella lini (Polyspora lini)
Lecanosticta acicola (Mycosphaerella dearnessii)
Leptographium procerum
Leptosphaeria libanotis
Marasmius palmivorus
Marssonina occidentallis
Melampsora sp.
Metasphaeria aulica
Monilinia fructigena
Monilinia vaccinii-corymbosi
Moniliophthora roreri
Monosporascus eutypoides
Mycocentrospora acerina
Mycosphaerella gibsonii
Mycosphaerella rabiei (Didymella rabiei)
Nectria cinnabarina
Neofabraea vagabunda (Neofabraea alba)
Neonectria obtusispora (Cylindrocarpon obtusisporum)
Neottiosporina paspali (Stagonospora paspali)
Oospora oryzetorum
Periconia circinata
Peronosclerospora sacchari
Peronospora farinosa
Peronospora impatientis
Peronospora viciae
Phaeosphaerella paspali
Phomopsis impatientis
Phomopsis orchidophila
Phyllosticta solitaria
Phymatotrichopsis omnivora
Phytophthora erythroseptica (Phytophthora erythrosepticavar.erythroseptica)
Phytophthora fragariae
Phytophthora megasperma
Phytophthora ramorum
Phytophthora syringae
Plasmopara constantinescui (Bremiella sphaerosperma)
Plasmopara obducens
Plenodomus tracheiphilus (Phoma tracheiphila)
Podosphaera aphanis
Podosphaera balsaminae
Podosphaera fusca (Sphaerotheca fusca)
Polyscytalum pustulans (Oospora pustulans)
Protomyces macrosporus
Pseudopezicula tracheiphila (Pseudopeziza tracheiphila)
Puccinia argentata (Puccinia impatientis)

170
Puccinia carthami
Puccinia erianthi
Puccinia komarovii
Puccinia rubigo-vera f.sp.impatientis
Pyrenophora graminea
Pythium tracheiphilum
Ramularia collo-cygni
Rhizoctonia theobromae (Oncobasidium theobromae)
Sclerospora graminicola
Septoria citri
Septoria noli-tangere
Sphaerulina phalaenopsidis
Sporisorium sacchari (Sphacelotheca sacchari)
Stagonospora sacchari
Stagonosporopsis andigena (Phoma andigena)
Synchytrium endobioticum
Synchytrium impatientis
Taphrina populina
Thecaphora solani (Angiosorus solani)
Tilletia indica
Tilletia laevis
Trematosphaeria pertusa
Urocystis agropyri
Valsa nivea
Venturia populina

NEMATODA
Anguina agrostis
Anguina pacificae
Anguina tritici
Aphelenchoides blastophthorus
Belonolaimus longicaudatus
Bursaphelenchus mucronatus
Bursaphelenchus xylophilus
Criconema mutabile
Ditylenchus africanus
Ditylenchus angustus
Ditylenchus destructor
Ditylenchus dipsaci (todas as raças, exceto as do alho)
Ditylenchus emus
Ditylenchus equalis
Ditylenchus fotedari
Globodera pallida
Globodera rostochiensis
Heterodera avenae
Heterodera cajani
Heterodera ciceri
Heterodera goettingiana

171
Heterodera mediterranea
Heterodera oryzae
Heterodera oryzicola
Heterodera sacchari
Heterodera schachtii
Heterodera trifolii
Heterodera zeae
Longidorus attenuatus
Longidorus elongatus
Meloidogyne chitwoodi
Meloidogyne fallax
Nacobbus aberrans
Nacobbus dorsalis
Pratylenchus fallax
Pratylenchus goodeyi
Pratylenchus pratensis
Pratylenchus scribneri
Pratylenchus thornei
Punctodera chalcoensis
Punctodera punctata (Heterodera punctata)
Rotylenchulus macrodoratus
Rotylenchulus parvus
Subanguina radicicola
Trichodorus viruliferus
Xiphinema diversicaudatum
Xiphinema italiae
Xiphinema rivesi
Xiphinema vuittenezi
Zygotylenchus guevarai

BACTERIA
Apple chat fruit phytoplasma
Brenneria salicis (Erwinia salicis)
Burkholderia glumae
Candidatus Liberibacter africanus
Candidatus Liberibacter solanacearum
Candidatus Phytoplasma palmae (Palm lethal yellowing phytoplasma)
Candidatus Phytoplasma mali (Apple proliferation phytoplasma)
Candidatus Phytoplasma pruni (Peach X-disease phytoplasma)
Candidatus Phytoplasma pyri (Pear decline phytoplasma)
Clavibacter michiganensis subsp.insidiosus
Clavibacter michiganensis subsp.sepedonicus
Clavibacter michiganensis subsp.nebraskensis
Dickeya sp.
Erwinia amylovora
Erwinia rhapontici (Pectobacterium rhapontici)
Grapevine flavescence dorée phytoplasma
Grapevine yellows phytoplasma

172
Pantoea cypripedii (Pectobacterium cypripedii)
Pantoea stewartii subsp.stewartii(Erwinia stewartii;Pantoea stewartii)
Peach rosette phytoplasma
Peach yellows phytoplasma
Pseudomonas syringae pv.aptata
Pseudomonas syringae pv.atrofaciens
Pseudomonas syringae pv.atropurpurea
Pseudomonas syringae pv.primulae
Pseudomonas syringae pv.tagetis
Rhodococcus fascians
Spiroplasma citri
Xanthomonas axonopodis pv.khayae
Xanthomonas campestris pv.aberrans
Xanthomonas cassavae (Xanthomonas campestrispv.cassavae)
Xanthomonas fuscans subsp.aurantifoliigrupo B (Xanthomonas
axonopodispv.aurantifoliiraça B)
Xanthomonas oryzae pv.oryzae
Xanthomonas oryzae pv.oryzicola
Xanthomonas populi
Xanthomonas translucens pv.graminis
Xanthomonas vasicola pv.musacearum
Xylella fastidiosa subsp.fastidiosa
Xylophilus ampelinus

VÍRUS E VIRÓIDES
African cassava mosaic virus (ACMV)
African oil palm ringspot virus (AOPRV)
Andean potato latent virus (APLV)
Arabis mosaic virus (ArMV)
Arracacha virus A (AVA)
Arracacha virus B (AVB)
Artichoke Italian latent virus (AILV)
Artichoke latent virus (ArLV)(ranunculus latent virus)
Artichoke mottled crinkle virus (AMCV)
Artichoke yellow ringspot virus (AYRSV)
Asparagus virus 2 (AV2)
Banana bract mosaic virus (BBrMV)
Banana bunchy top virus (BBTV)
Barley stripe mosaic virus (BSMV)
Beet curly top virus (BCTV)
Beet pseudoyellows virus (BPYV )
Blueberry leaf mottle virus (BLMoV)
Blueberry mosaic associated virus (BlMaV)
Blueberry red ringspot virus (BRRV)
Blueberry scorch virus (BlScV)
Blueberry shock virus (BlShV)
Blueberry shoestring virus (BSSV)
Broad bean wilt virus (BBWV)

173
Cacao swollen shoot virus (CSSV)
Capsicum chlorosis virus (CaCV)
Celery latent virus (CeLV)
Chicory yellow mottle virus (ChYMV)
Citrus impietratura agent
Citrus leaf rugose virus (CiLRV)
Citrus variegation virus (CVV)
Clover yellow vein virus (ClYVV)
Coconut cadang-cadang viroid (CCCVd)
Coleus blumei viroid 5 (CbVd-5)
Cucumber green mottle mosaic virus (CGMMV)
Fiji disease virus (FDV)
Impatiens necrotic spot virus (MNSV)
Lily virus X (LVX)
Pea early-browning virus (PEBV)
Peach rosette mosaic virus (PRMV)
Peanut stunt virus (PSV)
Pepino mosaic virus (PepMV)
Perlargonium zonate spot virus (PZSV)
Phalaenopsis chlorotic spot virus (PhCSV)
Plum pox virus (PPV)
Poplar mosaic virus (PopMV)
Potato mop-top virus (PMTV)
Potato spindle tuber viroid (PSTVd)
Potato virus A (PVA)
Potato virus T (PVT)
Potato yellowing virus (PYV)
Potyvirus sp.
Ranunculus leaf distortion virus (RanLDV)
Ranunculus mild mosaic virus (RanMMV)
Ranunculus mosaic virus (RanMV)
Ranunculus white mottle virus (RWMV)
Raspberry ringspot virus (RpRSV)
Red clover vein mosaic virus (RCVMV)
Spinach latent virus (SpLV)
St. Augustine grass decline virus strain / Panicum mosaic virus (PMV)(St.
Augustine decline virus- SAD)
Strawberry latent ringspot virus (SLRSV)
Tobacco rattle virus (TRV)
Tobacco ringspot virus (TRSV)
Tomato black ring virus (TBRV)
Tomato bushy stunt virus (TBSV)
Tomato ringspot virus (ToRSV)
Tulip breaking virus (TBV)

PLANTAS INFESTANTES E PARASITAS


Alopecurus myosuroides
Amaranthus albus

174
Amaranthus blitoides
Amaranthus graecizans
Apera spica-venti
Arceuthobium spp.
Arctotheca calendula
Asphodelus tenuifolius
Bonnaya antipoda (Lindernia antipoda)
Bonnaya ciliata (Lindernia ciliata)
Brassica tournefortii
Bromus rigidus
Carduus acanthoides
Carduus pycnocephalus
Centaurea diffusa
Chondrilla juncea
Cirsium arvense
Cleome viscosa
Crassocephalum crepidioides
Cuscuta australis
Cuscuta campestris
Cuscuta epithymum
Cuscuta europaea
Cuscuta reflexa
Descurainia pinnata
Descurainia sophia
Elymus repens (Agropyron repens)
Euphorbia esula
Euphorbia helioscopia
Fumaria bastardii
Fumaria densiflora
Fumaria muralis
Galeopsis speciosa
Heliotropium europaeum
Hibiscus trionum
Hirschfeldia incana
Hordeum murinum subsp.leporinum(Hordeum leporium)
Imperata cylindrica
Kochia scoparia
Lepidium draba (Cardaria draba)
Leptochloa chinensis
Lindernia procumbens
Lolium rigidum
Ludwigia adscendens
Melochia corchorifolia
Monochoria vaginalis
Myagrum perfoliatum
Orobanche spp.
Persicaria barbata (Polygonum barbatum)
Persicaria nepalensis (Polygonum nepalense)

175
Phalaris paradoxa
Pilosella officinarum (Hieracium pilosella)
Rhaponticum repens (Acroptilon repens)
Rumex hypogaeus (Emex australis)
Salsola kali (Salsola tragus)
Senecio vulgaris
Setaria pumila
Sisymbrium loeselii
Sisymbrium orientale
Solanum rostratum
Sonchus arvensis
Sphenoclea zeylanica
Stachytarpheta jamaicensis
Striga spp.
Taeniatherum caput-medusae
Urochloa glumaris (Brachiaria paspaloides)
Vulpia ciliata
JORGE CAETANO JUNIOR

D.O.U., 02/10/2018 - Seção 1 Página 11.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Instrução Normativa nº 7, de 2 de maio de 2019

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os arts. 21 e 63 do Anexo I do Decreto n.º 9.667, de 2 de janeiro de 2019,
tendo em vista o disposto no Decreto nº 24.114, de 2 de abril de 1934, o Decreto nº
5.759, de 17 de abril de 2006, na Instrução Normativa nº 6, de 16 de aio de 2005, na
Instrução Normativa nº 45, de 29 de agosto de 2018 o que consta do Processo nº
21000.020077/2019-94, resolve:
Art. 1º Excluir da Lista de Pragas Quarentenárias Ausentes - (PQA), constantes
do Anexo da Instrução Normativa SDA nº 39, de 1º de outubro de 2018, publicada no
D.O.U de 2 de outubro de 2018, as pragas Fumaria muralis, Sphenoclea zeylanica e
Stachytarpheta jamaicensis.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ GUILHERME TOLLSTADIUS LEAL

DOU 08/05/2019, SEÇÃO 1, PÁGINA 06.

176
LEGISLAÇÃO FEDERAL

Instrução Normativa nº 29, de 18 de outubro de 2019

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO


DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
conferem os arts. 21 e 63 do Anexo I do Decreto n.º 9.667, de 2 de janeiro de 2019,
tendo em vista o disposto no Decreto nº 24.114, de 2 de abril de 1934, o Decreto nº
5.759, de 17 de abril de 2006, na Instrução Normativa nº 6, de 16 de aio de 2005, na
Instrução Normativa nº 45, de 29 de agosto de 2018 o que consta do Processo nº
04165.000010/2019-31, resolve:
Art. 1º Incluir na Lista de Pragas Quarentenárias Ausentes - (PQA), constantes
do Anexo da Instrução Normativa SDA nº 39, de 1º de outubro de 2018, publicada no
D.O.U de 2 de outubro de 2018, as pragas Candidatus Phytoplasma palmicola (Palm
lethal yellowing phytoplasma) eCandidatus Phytoplasma cocostanzania (Palm lethal
yellowing phytoplasma) (BACTERIA), Impatiens necrotic spot virus (INSV), e
Bradybaena tourannensis, Laevicaulis alte e Theba pisana (MOLLUSCA).
Art. 2º Incluir na Lista de Pragas Quarentenárias Ausentes - (PQA), constantes
do Anexo da Instrução Normativa SDA nº 39, de 1º de outubro de 2018, publicada no
D.O.U de 2 de outubro de 2018 a família "PSOCODEA" e a respectiva espécie
"Liposcelis paeta".
Art. 3º Excluir da Lista de Pragas Quarentenárias Ausentes - (PQA), constantes
do Anexo da Instrução Normativa SDA nº 39, de 1º de outubro de 2018, publicada no
D.O.U de 2 de outubro de 2018 a espécie "Impatiens necrotic spot virus (MNSV)".
Art. 4º Excluir da Lista de Pragas Quarentenárias Ausentes - (PQA), constantes
do Anexo da Instrução Normativa SDA nº 39, de 1º de outubro de 2018, publicada no
D.O.U de 2 de outubro de 2018 a familia "PSOCOPTERA" com a respectiva espécie
"Liposcelis paeta".
Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

FERNANDO AUGUSTO PEREIRA MENDES

DOU 05/11/2019, SEÇÃO 1, PÁGINA 06.

LEGISLAÇÃO FEDERAL

CANCRO CÍTRICO

Instrução Normativa nº 21, de 25 de abril de 2018

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da
Constituição, tendo em vista o disposto no Decreto nº 8.852, de 20 de setembro de
2016, no Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, no Decreto nº 75.061, de 9 de
dezembro de 1974, no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, no Decreto nº

177
5.759, de 17 de abril de 2006, na Instrução Normativa MAPA nº 52, de 20 de
novembro de 2007, e o que consta do Processo nº 21000.004701/2018-25, resolve:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Ficam instituídos, em todo o território nacional, na forma desta


Instrução Normativa, os critérios e procedimentos para o estabelecimento e
manutenção do status fitossanitário relativo à praga denominada Cancro
Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri).
Parágrafo único. As opções de status fitossanitário de que trata o caput são:

I. Área Sem Ocorrência;


II. Área Livre de Praga - ALP;
III. Área sob Sistema de Mitigação de Risco - SMR; e
IV. Área sob Erradicação.

Art. 2º As medidas de erradicação ou supressão do Cancro Cítrico, obrigatórias


para todos os imóveis públicos ou privados que possuam plantas de espécies ou
híbridos dos gêneros Citrus, Fortunella ou Poncirus, para fins comerciais ou não,
situados em zona rural ou urbana, serão executadas conforme o disposto nesta
Instrução Normativa.

§ 1º Em áreas onde seja epidemiologicamente inviável a adoção de medidas


de erradicação, para viabilizar o trânsito de material de propagação vegetativa e de
frutos cítricos com destino às áreas previstas no art. 1º, serão adotadas as medidas
constantes nesta Instrução Normativa.
§ 2º O Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal - OEDSV poderá requerer
reconhecimento de status fitossanitário para distintas áreas da Unidade da Federação
- UF, observado o cumprimento das disposições desta Instrução Normativa.

Art. 3º O reconhecimento do status fitossanitário para o Cancro Cítrico das


áreas previstas no art. 1º desta Instrução Normativa fica condicionado à observância,
pelos respectivos OEDSV, dos requisitos estabelecidos nesta norma.

§ 1º Até o reconhecimento oficial pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento - MAPA, do status fitossanitário requerido pelo OEDSV, a respectiva
Unidade da Federação (UF) será definida como de status fitossanitário desconhecido
para o Cancro Cítrico.
§ 2º Não poderá ser emitida Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) para as
partidas de material de propagação vegetativa e de frutos cítricos, provenientes de
área com status fitossanitário desconhecido para o Cancro Cítrico.
§ 3º A unidade da sanidade vegetal da Superintendência Federal de Agricultura
- SFA/MAPA/UF supervisionará os trabalhos relativos aos procedimentos para
caracterização e manutenção do status fitossanitário requerido pelo OEDSV.
§ 4º O envio de amostra de controle oficial para diagnóstico fitossanitário em
Laboratório Oficial ou credenciado pelo MAPA não se caracteriza como trânsito
vegetal.

178
§ 5º O envio de que trata o parágrafo anterior deverá ser realizado em
condições de acondicionamento adequadas, de tal forma que garanta a integridade
da amostra e a segurança fitossanitária do seu transporte.

CAPÍTULO II
PROCEDIMENTOS PARA CARACTERIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DO STATUS
FITOSSANITÁRIO DE ÁREA SEM OCORRÊNCIA DE CANCRO CÍTRICO
Seção I

Do procedimento para reconhecimento oficial do status fitossanitário de Área


Sem Ocorrência de Cancro Cítrico
Art. 4º Denomina-se como Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico aquela onde
a ausência da praga foi demonstrada por meio de levantamento fitossanitário de
detecção.
Art. 5º O reconhecimento, pelo MAPA, do status fitossanitário de Área Sem
Ocorrência de Cancro Cítrico fica condicionado à realização de levantamentos
fitossanitários na respectiva área, pelo OEDSV.

§ 1º Os levantamentos fitossanitários serão realizados em, no mínimo, dez por


cento dos imóveis com produção comercial de cítricos, de maneira a se obter uma
cobertura geográfica representativa.
§ 2º A inspeção deve ser realizada em, no mínimo, vinte por cento das plantas
cítricas de cada imóvel, de acordo com uma das seguintes alternativas, percorrendo-
se:

I. todas as ruas e inspecionando-se uma a cada cinco plantas; ou


II. uma a cada cinco ruas e inspecionando-se todas as plantas da rua,
necessariamente iniciando-se na rua da bordadura.

§ 3º Para cada imóvel com produção comercial de citros inspecionado, dentro


do raio mínimo de um quilômetro, serão inspecionadas todas as plantas cítricas
existentes em imóveis de produção não comercial, imóveis urbanos e áreas públicas.
§ 4º Serão inspecionadas todas as plantas cítricas nos:

I. viveiros;
II. campos de plantas fornecedoras de material de propagação sem origem
genética comprovada;
III. campos de produção de porta-enxertos;
IV. jardins clonais; e
V. borbulheiras.

§ 5º As plantas com sintomas suspeitos de Cancro Cítrico, detectadas durante


os levantamentos a que se refere este artigo, deverão ter amostras coletadas e
enviadas a Laboratório Oficial ou credenciado pelo MAPA, para análises de diagnóstico
fitossanitário.
§ 6º Comprovada oficialmente a ocorrência de Cancro Cítrico na localidade
reconhecida como Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico, o OEDSV deverá,
imediatamente, comunicar a unidade de sanidade vegetal da Superintendência

179
Federal de Agricultura, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na UF
(SFA/MAPA/UF), que notificará o Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de
Defesa Agropecuária (DSV/SDA/MAPA), observando-se as disposições desta Instrução
Normativa.

Art. 6º Além dos levantamentos fitossanitários, o OEDSV deverá também


realizar:

I. cadastramento de todos os imóveis de produção comercial de citros, com os


seguintes dados:

a) nome do(s) produtor(es);


b) endereço e localização geográfica do imóvel, com base no datum oficial
brasileiro (SIRGAS2000);
c) identificação das cultivares e idade dos plantios de citros em produção e em
formação;
d) estimativa da produção anual, em toneladas; e
e) nome do Responsável Técnico (RT), quando couber;

II. cadastramento de todos os viveiros, campos de plantas fornecedoras de


material de propagação sem origem genética comprovada, campos de produção de
porta-enxertos, jardins clonais e borbulheiras de plantas cítricas, com os seguintes
dados:

a) nome do produtor;
b) endereço e localização geográfica, com base no datum oficial brasileiro
(SIRGAS2000);
c) estimativa da produção anual, por tipo de material propagativo; e
d) nome do RT.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Instrução Normativa considera-se
produtor o proprietário, arrendatário ou ocupante do imóvel a qualquer título.

Art. 7º É condição, para avaliação do status fitossanitário de Área Sem


Ocorrência de Cancro Cítrico, o encaminhamento pelo OEDSV à unidade de sanidade
vegetal da SFA/MAPA/UF, que fará posterior encaminhamento ao DSV/SDA/MAPA,
dos seguintes documentos:

I. ofício do OEDSV solicitando a avaliação de reconhecimento;


II. mapa indicando localização das barreiras fitossanitárias existentes para o
controle do trânsito de vegetais;
III. descrição dos recursos materiais e humanos de cada barreira fitossanitária
e regime de escalas de funcionamento; e
IV. relatório das atividades concernentes aos levantamentos fitossanitários e
os resultados obtidos.
Parágrafo único. Os documentos relativos aos levantamentos descritos no art.
5º, inclusive os laudos de diagnóstico fitossanitário, e os cadastros descritos no art.
6º deverão estar devidamente arquivados e disponíveis à fiscalização.

180
Art. 8º A unidade de sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF que receber a
documentação prevista no art. 7º desta Instrução Normativa, deverá instruir processo
administrativo próprio, elaborar parecer técnico sobre o cumprimento das disposições
desta norma e encaminhar a demanda ao DSV/SDA/MAPA.
Parágrafo único. No parecer técnico de que trata o caput deverá constar a
manifestação técnica sobre os documentos mencionados no parágrafo único do art.
7º.
Art. 9º O DSV/SDA/MAPA analisará o processo e emitirá parecer técnico de
avaliação quanto ao cumprimento dos requisitos para reconhecimento do status
fitossanitário de Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico.
Art. 10. A SDA/MAPA, mediante parecer técnico conclusivo favorável do
DSV/SDA/MAPA, publicará ato de reconhecimento oficial do status fitossanitário de
Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico.

Seção II
Da manutenção do status fitossanitário de Área Sem Ocorrência de Cancro
Cítrico

Art. 11. A manutenção do reconhecimento oficial do status fitossanitário de


Área Sem Ocorrência de <Cancro Cítrico> fica condicionada à realização, pelo OEDSV
de, no mínimo, um levantamento fitossanitário por ano, conforme procedimento
descrito no art. 5º desta Instrução Normativa.

§ 1º Com base nos levantamentos fitossanitários, será elaborado relatório


técnico, contendo as seguintes informações:

I. período de referência do relatório;


II. relação dos imóveis produtores de citros inspecionados; e
III. quantidade e resultado de laudos de diagnóstico fitossanitário, quando
houver coleta de amostras para fins de diagnóstico fitossanitário.

§ 2º O relatório deverá ser encaminhado pelo OEDSV à unidade de sanidade


vegetal da SFA/MAPA/UF correspondente, que instruirá processo administrativo
próprio, emitirá parecer técnico e enviará o processo contendo toda a documentação
ao DSV/SDA/MAPA.
§ 3º A documentação será analisada pelo DSV/SDA/MAPA, que emitirá parecer
técnico de avaliação quanto ao cumprimento dos requisitos para manutenção do
status fitossanitário de Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico.
§ 4º A SDA/MAPA, mediante parecer técnico favorável do DSV/SDA/MAPA,
comunicará oficialmente ao OEDSV a manutenção do status fitossanitário de Área Sem
Ocorrência de Cancro Cítrico.

Art. 12. O descumprimento das disposições previstas nesta Seção implicará na


mudança do status fitossanitário de Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico para
status fitossanitário desconhecido.

Seção III
Do Trânsito de Material Vegetal

181
Art. 13. Na emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) ou de
Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC), deverá ser adotada uma das
seguintes Declaração Adicional (DA):

I. para fruto: "Os frutos são originários de Área Sem Ocorrência de Cancro
Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri), oficialmente reconhecida"; ou
II. para material de propagação: "O material de propagação é originário de
Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri), oficialmente
reconhecida".

Art. 14. Para o trânsito, o material vegetal de propagação e frutos cítricos


provenientes de Área Sem Ocorrência de Cancro Cítrico, deverá ser acompanhado de
Permissão de Transito de Vegetais - PTV, embasada em CFO ou CFOC, com a
transcrição das DAs especificadas no art. 13 desta Instrução Normativa.

CAPÍTULO III
PROCEDIMENTOS PARA CARACTERIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO
DO STATUS FITOSSANITÁRIO DE ÁREA LIVRE DE PRAGA PARA O CANCRO CÍTRICO
Seção I
Do Procedimento para reconhecimento oficial do status fitossanitário de Área
Livre da Praga (ALP) para o Cancro Cítrico

Art. 15. Denomina-se como ALP para o Cancro Cítrico, uma área onde não
ocorra a referida praga, demonstrado por evidência científica, e na qual, de forma
apropriada, essa condição é oficialmente mantida.
Art. 16. O reconhecimento, pelo MAPA, do status fitossanitário de ALP para
o Cancro Cítrico, fica condicionado à realização de levantamentos fitossanitários pelo
OEDSV na pretendida área, obedecidos os procedimentos previstos nos parágrafos
1º, 2º, 3º, 4º e 5º, do art. 5º, e do cadastramento previsto no art. 6º desta Instrução
Normativa.
Art. 17. É condição, para avaliação do status fitossanitário de ALP para o Cancro
Cítrico, o encaminhamento pelo OEDSV à unidade de sanidade vegetal da
SFA/MAPA/UF, dos documentos e informações previstos nos incisos I, II, III e IV, do
art. 7º, desta Instrução Normativa, e ainda o que segue:

I. documento descritivo da delimitação da ALP para o Cancro Cítrico,


considerando limites territoriais, acidentes geográficos, rodovias, ferrovias e hidrovias;
e
II. plano emergencial a ser aplicado em caso de surgimento de foco de Cancro
Cítrico na ALP.

Art. 18. Mesmo que a ALP para o Cancro Cítrico não corresponda à totalidade
da área da UF, deverão ser fornecidas as seguintes informações relativas à citricultura
em toda a UF:

I. área plantada por variedade, em hectares;


II. área e distribuição dos locais de produção de material propagativo;
III. mapa da UF, identificando:

182
a) as regiões de produção comercial de citros; e
b) áreas com ocorrência de Cancro Cítrico;

IV. distâncias de isolamento entre a ALP e locais de ocorrência de Cancro


Cítrico, com informações do embasamento técnico desse isolamento.

Art. 19. A unidade de sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF que receber a


solicitação de reconhecimento, acompanhada da documentação prevista nos arts. 17
e 18 desta Instrução Normativa, deverá instruir processo administrativo próprio,
elaborar parecer técnico sobre o cumprimento das disposições desta norma e
encaminhar o processo ao DSV/SDA/MAPA.
Parágrafo único. No parecer técnico deverá constar, além de outras,
informações sobre os documentos mencionados no parágrafo único do art. 7º.
Art. 20. O DSV/SDA/MAPA deverá analisar o processo e proceder à auditoria
técnica, para verificar a conformidade dos procedimentos estabelecidos por esta
Instrução Normativa.
Parágrafo único. A auditoria de que trata o caput deste artigo poderá ser
realizada, a critério do DSV, por Auditor Fiscal Federal Agropecuário - AFFA, de outras
unidades de sanidade vegetal das SFA/MAPA/UF.
Art. 21. O DSV/SDA/MAPA deverá analisar o relatório da auditoria e emitir
parecer técnico de avaliação sobre o cumprimento dos requisitos de reconhecimento
do status fitossanitário de ALP para o Cancro Cítrico.
Art. 22. A SDA/MAPA, mediante parecer técnico favorável, publicará ato de
reconhecimento oficial do status fitossanitário de ALP para o Cancro Cítrico.

Seção II
Da manutenção do status fitossanitário de ALP para o Cancro Cítrico

Art. 23. A manutenção do reconhecimento oficial do status fitossanitário de ALP


para o Cancro Cítrico fica condicionada à realização, pelo OEDSV de, no mínimo, um
levantamento fitossanitário por ano, obedecidos os procedimentos previstos nos
parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º, do art. 5º desta Instrução Normativa.

§ 1º Com base no levantamento fitossanitário, será elaborado relatório técnico,


contendo as seguintes informações:

I. período de referência do relatório;


II. relação dos imóveis com produção de citros inspecionados;
III. número e resultados de laudos laboratoriais de diagnóstico fitossanitário,
quando houver coleta de amostras para diagnóstico fitossanitário relativo a Cancro
Cítrico;
IV. quantidade de CFO e PTV emitidos no período de referência do relatório;
V. quantidade de partidas de citros inspecionadas nas barreiras fitossanitárias;
e
VI. ocorrências fitossanitárias relacionadas a <Cancro Cítrico> observadas nas
barreiras.

183
§ 2º O relatório deverá ser encaminhado à unidade de sanidade vegetal da
SFA/MAPA/UF correspondente, que instruirá processo administrativo próprio, emitirá
parecer técnico e enviará toda a documentação ao DSV/SDA/MAPA.
§ 3º A documentação será analisada pelo DSV/SDA/MAPA, que emitirá parecer
técnico de avaliação quanto ao cumprimento dos requisitos de reconhecimento da
manutenção do status fitossanitário de ALP para o Cancro Cítrico.
§ 4º A SDA/MAPA, mediante parecer técnico favorável do DSV/SDA/MAPA,
comunicará oficialmente ao OEDSV a manutenção do status fitossanitário de ALP para
o Cancro Cítrico.

Art. 24. O descumprimento das disposições previstas nesta Instrução


Normativa implicará na mudança do status fitossanitário de ALP para o Cancro
Cítrico para o de status fitossanitário desconhecido, devendo ser adotadas as medidas
previstas nesta Instrução Normativa.

Seção III
Das ações de supervisão e auditoria

Art. 25. Além das supervisões realizadas pela unidade de sanidade vegetal da
SFA/MAPA/UF, conforme previsto no parágrafo 3º do art. 3º, o DSV/SDA/MAPA, em
conjunto com a unidade de sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF, deverá realizar, no
mínimo, uma auditoria por ano na ALP.
Parágrafo único. A auditoria de que trata o caput deste artigo poderá ser
realizada, a critério do DSV, por Auditor Fiscal Federal Agropecuário - AFFA, de outras
unidades de sanidade vegetal das SFA/MAPA/UF.
Seção IV
Do trânsito de material vegetal
Art. 26. Na emissão do CFO/CFOC, deverá ser adotada as seguintes DAs:

I. para frutos: "Os frutos são originários de Área Livre de Praga para o Cancro
Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) oficialmente reconhecida"; e
II. para material de propagação: "O material de propagação é originário de
Área Livre de Praga para o Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) oficialmente
reconhecida".

Art. 27. O trânsito de frutos e de material de propagação proveniente de ALP


deverá ser acompanhado de PTV, embasada em CFO ou CFOC, com a transcrição das
DAs especificadas no art. 26.

CAPÍTULO IV
CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA CARACTERIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO,
MANUTENÇÃO E RECONHECIMENTO DO STATUS FITOSSANITÁRIO DE ÁREA SOB
SISTEMA DE MITIGAÇÃO DE RISCO (SMR) PARA O CANCRO CÍTRICO
Seção I
Da caracterização para implantação do SMR para o Cancro Cítrico e dos seus
objetivos

184
Art. 28. Denomina-se Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para o Cancro
Cítrico a integração de diferentes medidas de manejo de risco, pelo menos duas das
quais atuam independentemente, e que, cumulativamente, atingem o nível apropriado
de proteção contra a praga.
Art. 29. O estabelecimento do SMR para o Cancro Cítrico tem como objetivo:

I. reduzir o potencial de inóculo visando à proteção de áreas ainda sem a


ocorrência da praga Cancro Cítrico;
II. permitir o trânsito, para outras UFs, de frutos cítricos oriundos de áreas de
ocorrência da praga Cancro Cítrico; e
III. permitir a exportação de frutos cítricos oriundos de áreas de ocorrência da
praga Cancro Cítrico para países que reconheçam o SMR como medida fitossanitária.

Art. 30. O SMR para o Cancro Cítrico de que trata esta Instrução Normativa
consiste na aplicação das seguintes medidas:

I. cadastro de imóveis com produção comercial de citros;


II. inscrição de Unidade de Produção (UP) e Unidade de Consolidação (UC);
III. aplicação de medidas de manejo durante o ciclo de cultivo;
IV. habilitação da UP, mediante vistoria prévia, para colheita;
V. emissão de CFO, CFOC e PTV;
VI. vistoria e inspeção de frutos nas UPs e UCs; e
VII. tratamento higienizante de frutos, pós-colheita.

Seção II
Da implantação e manutenção do status fitossanitário de Área sob SMR para
o Cancro Cítrico

Art. 31. O reconhecimento, pelo MAPA do status fitossanitário de Área sob SMR
para o Cancro Cítrico, fica condicionado à realização de levantamento fitossanitário
pelo OEDSV na pretendida área, obedecidos os procedimentos previstos nos
parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º e 5º do art. 5º desta Instrução Normativa.
Art. 32. Para implantação do status de Área sob SMR para o Cancro Cítrico, o
OEDSV deverá cadastrar os imóveis que produzam e comercializem frutos cítricos
localizados na área pretendida.

§ 1º O imóvel identificado como sem ocorrência de <Cancro Cítrico>, poderá


ter discriminada essa situação em seu cadastro.
§ 2º A discriminação referida no parágrafo anterior poderá ser solicitada pelo
RT, desde que apresente relatório de vistoria realizada para identificar plantas
suspeitas de contaminação, conforme procedimento descrito no parágrafo 2º do art.
5º desta Instrução Normativa, com resultado negativo para a presença de Cancro
Cítrico.
§ 3º A vistoria referida no parágrafo anterior será realizada, no mínimo, uma
vez por trimestre, devendo o RT encaminhar ao OEDSV relatório semestral, com os
resultados de cada UP, desde que não tenham sido encontradas plantas com sintomas
de Cancro Cítrico.

185
§ 4º O relatório do primeiro semestre deverá ser entregue até quinze de julho
e o do segundo semestre até quinze de janeiro.
§ 5º Caberá ao OEDSV padronizar o formato e o controle do recebimento do
relatório das vistorias.
§ 6º A solicitação de que trata o parágrafo 2º deste artigo deverá ser
homologada pelo OEDSV, que poderá estabelecer critérios para atendimento da
demanda.
§ 7º Os imóveis mencionados no parágrafo 1º deste artigo deverão adotar as
medidas previstas nos incisos I, III, IV, V e VI do art. 41, ficando desobrigadas
daquelas estabelecidas nos arts. 42 e 43 desta Instrução Normativa.
§ 8º Diagnosticada a presença de Cancro Cítrico, o imóvel fica sujeito a cumprir
também as medidas estabelecidas nos arts. 42 e 43 desta Instrução Normativa.

Art. 33. Para adesão ao SMR para o Cancro Cítrico, o produtor deverá solicitar
ao OEDSV o cadastramento de seu imóvel com produção comercial de citros e a
inscrição de todas as UPs.

§ 1º Para o cadastramento do imóvel e inscrição da UP, referidos no caput


deste artigo, o produtor apresentará solicitação formal ao OEDSV, conforme disposto
na legislação de Certificação Fitossanitária de Origem, no mínimo cento e vinte dias
antes da colheita, fornecendo as seguintes informações:

a) nome(s) do(s) produtor(es);


b) denominação do imóvel, área total, endereço e localização geográfica com
base no datum oficial brasileiro (SIRGAS2000);
c) identificação das cultivares e idade dos plantios de citros em produção e
formação;
d) estimativa da produção anual, em toneladas; e
e) nome do Responsável Técnico.

§ 2º Caso o imóvel já esteja cadastrado ou as UPs já estejam inscritas no


OEDSV, poderão ser aproveitados os dados para compor o cadastro do SMR para
o <Cancro Cítrico>.
§ 3º É condição para manutenção da UP no SMR para o Cancro Cítrico a
renovação anual da inscrição, respeitando-se o prazo de, no mínimo, sessenta dias
antes do início da colheita.

Art. 34. Para inscrição da UC destinada ao processamento de frutos cítricos


provenientes de UP sob SMR para o Cancro Cítrico, deverá ser observado o que
determina a legislação de CFO/CFOC e deverá ter equipamentos e instalações:

I. apropriados para a higienização de frutos, embalagens e veículos;


II. para desvitalização do Cancro Cítrico; e
III. para destruição de frutos imprestáveis e dos demais restos vegetais.

Parágrafo único. Caso a UC já esteja inscrita no OEDSV, poderão ser


aproveitados os dados para compor o cadastro das UC inscritas no SMR.

186
Art. 35. Para inscrição da UC destinada ao recebimento de fruto processado e
embalado, e que tenha por finalidade o envio de frutos cítricos para outras UFs, deverá
ser observado o que determina a legislação de CFO/CFOC, não sendo exigido os
equipamentos e instalações previstas no artigo anterior.

§ 1º A UC descrita no caput desse artigo não poderá realizar operação de


classificação e reembalagem, ficando suas operações restritas ao fracionamento e
reorganização de cargas.
§ 2º A UC deverá manter o registro de origem e destino de cada lote de citros
comercializado.

Art. 36. O OEDSV deverá encaminhar relação atualizada das UCs habilitadas
para o processamento ou distribuição de frutos cítricos provenientes de SMR à unidade
de sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF, até a primeira quinzena do mês de maio de
cada ano.
Art. 37. É condição para avaliação do status fitossanitário de Área sob SMR
para o Cancro Cítrico, o encaminhamento pelo OEDSV de solicitação de
reconhecimento e do relatório do levantamento determinado nos parágrafos 1º, 2º,
3º, 4º e 5º do art. 5º, à unidade de sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF, que elaborará
parecer técnico de avaliação quanto ao cumprimento dos requisitos para
reconhecimento do status fitossanitário e encaminhará ao DSV/SDA/MAPA.
Parágrafo único. A unidade de sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF que receber
a documentação prevista no caput deste artigo, deverá instruir processo
administrativo próprio, elaborar parecer técnico sobre o cumprimento das disposições
desta norma e encaminhar ao DSV/SDA/MAPA.
Art. 38. O DSV/SDA/MAPA deverá analisar o processo e emitir parecer técnico
de avaliação quanto ao cumprimento dos requisitos para reconhecimento do status
fitossanitário de Área Sob SMR de Cancro Cítrico.
Art. 39. A SDA/MAPA, mediante parecer técnico conclusivo favorável do
DSV/SDA/MAPA, publicará ato de reconhecimento oficial do status fitossanitário de
Área Sob SMR de Cancro Cítrico.
Art. 40. A manutenção do reconhecimento oficial do status fitossanitário de
SMR para o Cancro Cítrico fica condicionada ao cumprimento do disposto nesta
Instrução Normativa, comprovada por meio de auditoria realizada pela unidade de
sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF.
Parágrafo único. A auditoria de que trata o caput deste artigo poderá ser
realizada, a critério do DSV/SDA/MAPA, por AFFA de outras unidades de sanidade
vegetal das SFA/MAPA/UF.

Seção III
Das medidas a serem adotadas

Art. 41. Para reduzir o potencial de inóculo da praga e, consequentemente, o


número de frutos contaminados na área, devem ser adotadas durante o cultivo as
seguintes medidas de manejo para as plantas cítricas nos imóveis sob SMR:

I. uso, preferencialmente, de cultivares menos suscetíveis ao Cancro Cítrico,


recomendadas pela pesquisa, para novos plantios;

187
II. retirada de frutos infestados, os quais serão destruídos ou enviados para
unidades de processamento de suco;
III. tratamentos fitossanitários preventivos;
IV. manejo integrado do minador dos citros (Phyllocnistis citrella);
V. descontaminação de ferramentas e máquinas; e
VI. uso de quebra ventos, com espécies recomendadas pela pesquisa, quando
necessário.

§ 1º O OEDSV poderá determinar a adoção de medidas complementares de


manejo, desde que tecnicamente fundamentadas.
§ 2º As medidas de manejo adotadas durante o cultivo em UP, em imóveis sob
SMR, serão informadas pelo RT no livro de acompanhamento de campo.
§ 3º Os frutos descritos no inciso II poderão ser encaminhados para indústria
localizada em UF limítrofe, exceto se estiver localizada em ALP ou Área Sem
Ocorrência de Cancro Cítrico, desde que sejam transportados em veículo fechado ou
coberto, lacrado, acompanhados de PTV, na qual deverá constar o número do lacre e
a DA: "Frutos contaminados com Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri)
destinados exclusivamente à indústria".
§ 4º Cabe ao OEDSV regulamentar o trânsito interno de frutos provenientes de
suas áreas sob o SMR para o Cancro Cítrico e destinados à indústria localizada dentro
do seu território.

Seção IV
Da habilitação para colheita

Art. 42. Para habilitação da UP ou de seus talhões específicos para colheita,


deverá ser realizada vistoria prévia com objetivo de verificar a incidência do Cancro
Cítrico nos frutos.

§ 1º A vistoria prévia de que trata o caput deste artigo será supervisionada


pelo RT, e será realizada, no máximo, trinta dias antes da colheita.
§ 2º Caso a colheita se estenda por vários meses, a vistoria deverá ser repetida
a cada noventa dias.

Art. 43. Deverão ser vistoriados dez mil frutos por UP, observando vinte frutos
por planta, com caminhamento aleatório dentro da UP e inspecionando todos os lados
da planta.

§ 1º Em UP com até quinhentas plantas, todas as plantas deverão ser


vistoriadas, observando-se, no mínimo, vinte frutos por planta.
§ 2º O RT fará as anotações no livro de acompanhamento de campo, sob
supervisão do OEDSV.
§ 3º O RT deverá apresentar ao OEDSV o relatório de vistoria das UPs em até
dez dias após o término da vistoria.
§ 4º Caberá ao OEDSV padronizar o formato e o controle do recebimento do
relatório a ser apresentado pelo RT.

188
Art. 44. Após o recebimento do relatório de vistoria, o OEDSV emitirá, em até
sete dias, o Termo de Habilitação de Colheita para cada UP ou para seus talhões
específicos, que apresentem, no máximo, um por cento de frutos com sintomas
de Cancro Cítrico.
Parágrafo único. Os frutos de UP ou de seus talhões específicos que tiverem
sua habilitação de colheita indeferida, somente poderão:

I. transitar dentro da UF de acordo com o que for estabelecido pelo OEDSV; ou


II. ser enviados para indústria de suco localizada em UF limítrofe, exceto em
Área Livre ou Área Sem Ocorrência, desde que o transporte seja realizado de acordo
com o estabelecido no parágrafo 3º do art. 41 desta Instrução Normativa.

Art. 45. O OEDSV encaminhará relação atualizada das UPs ou de seus talhões
específicos dentro de cada UP, habilitadas para colheita, à unidade de sanidade
vegetal da SFA/MAPA/UF, semestralmente ou sempre que solicitado pelo
DSV/SDA/MAPA.

Seção V
Do processamento dos frutos

Art. 46. Os frutos cítricos produzidos em UP ou em seus talhões específicos,


com habilitação de colheita deferida, deverão ingressar na UC localizada dentro da
mesma área homologada para o SMR onde está a UP, acompanhados de CFO com a
seguinte DA: "Os frutos foram produzidos em UP, de imóvel cadastrado no SMR para
o Cancro Cítrico, que apresentou até um por cento de frutos com sintomas de Cancro
Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri)".

§ 1º Os frutos na UC deverão ser separados e armazenados de acordo com o


respectivo CFO.
§ 2º Caso o processamento seja em UC ou indústria localizada em UF limítrofe,
a partida deverá ser transportada em veículo fechado ou coberto, lacrado e
acompanhada de PTV contendo o número do lacre e a DA constante no CFO, conforme
descrito no caput deste artigo, acrescida de:

I. "e se destinam a indústria.", quando for esse o destino; ou


II. "e se destinam ao beneficiamento em Unidade de Consolidação.".

§ 3º Cabe ao OEDSV regulamentar o trânsito interno de frutos provenientes de


suas áreas sob o SMR para o Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) e
destinados à indústria localizada dentro do seu território.

Art. 47. Os frutos provenientes de imóveis sem ocorrência do Cancro


Cítrico poderão ingressar em UC ou indústria localizada em outras UFs, transportados
em veículo fechado ou coberto e acompanhados de PTV embasada em CFO ou CFOC,
com a seguinte DA: "Os frutos são provenientes de imóvel sem ocorrência do Cancro
Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri), localizado em Área sob SMR", acrescida de "e
se destinam a indústria"; ou "e se destinam ao beneficiamento em Unidade de
Consolidação", conforme o destino.

189
I. ocorrendo interceptação, no destino, de frutos com sintomas, esses serão
enviados, pelo OEDSV, para análise de diagnóstico de Cancro Cítrico e o fato
comunicado ao OEDSV de origem;
II. até a obtenção do laudo laboratorial com resultado da análise para Cancro
Cítrico, não poderá ser emitida PTV para partidas provenientes da UP de origem;
III. o OEDSV comunicará o resultado da análise laboratorial ao OEDSV de
origem que, em caso positivo, fará a mudança no cadastro do imóvel, o qual passará
a executar, também, as medidas estabelecidas nos arts. 42 e 43 desta Instrução
Normativa.

Art. 48. Na chegada da partida de frutos à UC e durante o processamento,


deverão ocorrer vistorias, para detecção de frutos com sintomas de Cancro Cítrico,
sob supervisão do RT.

§ 1º A partida que tiver, na chegada à UC ou no processamento, frutos com a


presença de sintomas de Cancro Cítrico, para que possa ser incluída no CFOC, deverá
ser reprocessada para retirada de frutos sintomáticos, os quais deverão ser destruídos
ou encaminhados a indústria de suco, localizada dentro da área de SMR, desde que
transportado em veículo fechado ou coberto.
§ 2º Os frutos contaminados e restos de material vegetal provenientes da
limpeza da UC e dos veículos transportadores deverão ser diariamente segregados e
destruídos, no mínimo, semanalmente, devendo o RT registrar no livro de
acompanhamento da UC, o peso dos frutos contaminados destruídos, a data e a forma
da destruição.
§ 3º Caso os frutos contaminados sejam destinados à indústria e não sejam
transportados no mesmo dia, esses deverão ser armazenados de forma segura, fora
da área de processamento, para que não venham a ser fonte de contaminação.

Art. 49. Durante o processamento, os frutos deverão ser submetidos à


higienização, conforme as seguintes opções:

I. imersão em solução com Hipoclorito de Sódio a duzentos ppm, pH sete,


durante dois minutos; ou
II. outros métodos ou produtos para higienização, homologados pela pesquisa
e reconhecidos pelo DSV/SDA/MAPA.

Seção VI
Do trânsito de material vegetal

Art. 50. Na emissão do CFOC, deverá ser adotada a seguinte DA: "Os frutos
são originários de Unidade de Produção onde foi implantado o Sistema de Mitigação
de Risco (SMR) reconhecido oficialmente, foram higienizados por imersão em solução
com Hipoclorito de Sódio a duzentos ppm, pH sete, durante dois minutos e se
encontram sem sintomas de Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri)".
Art. 51. O trânsito de frutos cítricos deverá ser realizado em veículo fechado ou
coberto, seja para transporte a granel, em embalagens descartáveis ou em caixas
plásticas retornáveis.

190
§ 1º Na opção pela caixa plástica retornável, as caixas deverão ser higienizadas
por pulverização ou imersão em solução de cloreto de benzalcônio (amônio
quaternário), cento e vinte e cinco gramas por litro, na concentração de um décimo
percentual.
§ 2º O RT encarregado da certificação na origem deverá acrescentar no CFO e
CFOC, além do disposto no art. 50 a seguinte DA:

I. se higienizadas por pulverização: "As caixas plásticas retornáveis foram


higienizadas por pulverização em solução de cloreto de benzalcônio (amônio
quaternário) 125 (cento e vinte e cinco) gramas/litro, na concentração de 0,1% (um
décimo percentual)";
II. se higienizadas por imersão: "As caixas plásticas retornáveis foram
higienizadas por imersão em solução de cloreto de benzalcônio (amônio quaternário)
125 (cento e vinte e cinco) gramas/litro, na concentração de 0,1% (um décimo
percentual)".

§ 3º Poderá ser utilizado outro produto de eficácia comprovada para


higienização das caixas plásticas retornáveis, desde que reconhecido pelo
DSV/SDA/MAPA.

Art. 52. Os materiais de propagação de cítricos somente poderão transitar para


outras UFs ou para ALP quando produzido:

I. em ambiente protegido, desde que distante, no mínimo, trinta metros de


qualquer planta cítrica, observada a legislação específica da UF para esse sistema de
cultivo;
II. a céu aberto, desde que distante, no mínimo, trinta metros de qualquer
planta cítrica e mil e duzentos metros de foco de Cancro Cítrico

§ 1º Verificada a ocorrência de Cancro Cítrico em material de propagação sob


ambiente protegido, serão aplicadas as medidas previstas no art. 82 desta Instrução
Normativa.
§ 2º Verificada a ocorrência de Cancro Cítrico em material de propagação à céu
aberto, todo material será destruído, ficando a área interditada por um período de
cento e oitenta dias para produção desse material.
§ 3º Verificada a ocorrência de foco de Cancro Cítrico na área de isolamento
prevista no inciso II, o material de propagação não poderá ser comercializado para
outras UF ou ALP.
§ 4º O material que atender as exigências acima mencionadas, poderá transitar
para outras UF ou para ALP acompanhado de PTV, embasada em CFO, com a seguinte
DA: "O material de propagação é proveniente de Área sob SMR, se encontra livre
de Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) e foi produzido conforme preconiza
a legislação específica em vigor".

Seção VII
Outras medidas

191
Art. 53. A UP e a UC terão suas inscrições canceladas quando não forem
atendidas as exigências previstas nesta Instrução Normativa.
Art. 54. Em Áreas sob SMR para Cancro Cítrico, no imóvel com produção
comercial de plantas cítricas que o produtor não aderiu ao SMR e nos imóveis com
plantas cítricas sem finalidade comercial, deverão ser executadas as seguintes
medidas:

I. pulverização de todas as plantas cítricas, no raio de trinta metros a partir da


planta diagnosticada contaminada com Cancro Cítrico, com calda cúprica na
concentração de um décimo percentual de cobre metálico;
II. descontaminação de máquinas e ferramentas com solução de Hipoclorito de
Sódio a duzentos ppm, pH sete durante dois minutos ou solução de cloreto de
benzalcônio (amônio quaternário), cento e vinte e cinco gramas por litro, na
concentração de um décimo percentual; e
III. adoção, preferencialmente, de cultivares menos suscetíveis ao Cancro
Cítrico, recomendadas pelos órgãos de pesquisas, para implantação de novos plantios.

§ 1º Caso o OEDSV verifique, a qualquer tempo, o não cumprimento do que


determina este artigo, deverá notificar imediatamente o produtor a executar as
medidas ali especificadas, dentro do prazo determinado.
§ 2º Encerrado o prazo a que se refere o parágrafo 1º deste artigo, e
persistindo as inconformidades, o OEDSV executará as medidas fitossanitárias
necessárias, às custas do produtor, o que poderá incluir a eliminação de plantas
diagnosticadas com Cancro Cítrico.

Art. 55. O DSV/SDA/MAPA, em conjunto com a unidade de sanidade vegetal


das SFA/MAPA/UF, poderá a qualquer tempo, realizar auditoria no SMR para o Cancro
Cítrico.
Parágrafo único. A auditoria de que trata o caput deste artigo poderá ser
realizada, a critério do DSV/SDA/MAPA, por AFFA de outras unidades de sanidade
vegetal das SFA/MAPA/UF.
Art. 56. O descumprimento das disposições previstas nesta Instrução
Normativa implicará na mudança do status fitossanitário de Área sob SMR para
o Cancro Cítrico para o de status fitossanitário desconhecido.

CAPÍTULO V
PROCEDIMENTOS PARA CARACTERIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO
DO STATUS FITOSSANITÁRIO DE ÁREA SOB ERRADICAÇÃO DO CANCRO CÍTRICO
Seção I
Do Procedimento para reconhecimento oficial do status fitossanitário como
Área Sob Erradicação do Cancro Cítrico

Art. 57. Denomina-se como status fitossanitário de Área sob Erradicação


do Cancro Cítrico, uma área onde a praga ocorre, porém não se encontra amplamente
distribuída, e na qual são empregadas medidas oficiais de prevenção, de vigilância e
de controle por meio da eliminação sistemática de plantas cítricas contaminadas e
daquelas suspeitas de contaminação com Cancro Cítrico, com o objetivo de erradicar
a praga.

192
Art. 58. O reconhecimento, pelo MAPA, do status fitossanitário de Área Sob
Erradicação do Cancro Cítrico, fica condicionado à realização de levantamento
fitossanitário na área de interesse pelo OEDSV e dos cadastramentos previstos no art.
6º desta Instrução Normativa.

§ 1º O levantamento fitossanitário será realizado em, no mínimo, cinco por


cento das Unidades de Produção (UP) com produção comercial de citros, de maneira
a se obter uma cobertura geográfica representativa.
§ 2º Para cada imóvel com produção comercial de citros que contém a UP
inspecionada, dentro do raio mínimo de duzentos metros, serão inspecionadas todas
as plantas cítricas existentes em imóveis rurais de produção não comercial de citros,
imóveis urbanos e áreas públicas.
§ 3º O levantamento fitossanitário será realizado de acordo com os
procedimentos previstos nos parágrafos 2º, 4º e 5º, do art. 5º desta Instrução
Normativa.
§ 4º Também deverão ser fornecidas as seguintes informações:

I. área e distribuição dos locais de produção de material propagativo;


II. mapeamento das áreas de ocorrência de Cancro Cítrico; e
III. Distância de isolamento entre os locais de produção de material de
propagação e as áreas de ocorrência de Cancro Cítrico, com informações do
embasamento técnico desse isolamento.

Art. 59. É condição, para avaliação do status fitossanitário de Área Sob


Erradicação para o Cancro Cítrico, o encaminhamento pelo OEDSV à unidade de
sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF dos documentos e dados previstos nos incisos I e
IV, do art. 7º, desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. Além dos documentos previstos no caput, a solicitação deve
estar acompanhada do documento descritivo de delimitação da Área Sob Erradicação
para o Cancro Cítrico, considerando limites territoriais, acidentes geográficos,
rodovias, ferrovias e hidrovias.
Art. 60. A unidade de sanidade vegetal da SFA/MAPA/UF que receber a
documentação prevista no art. 59 desta Instrução Normativa, deverá instruir processo
administrativo próprio, elaborar parecer técnico sobre o cumprimento das disposições
desta norma e encaminhar o processo ao DSV/SDA/MAPA.
Parágrafo único. No parecer técnico deverá constar, além de outras,
informações sobre os documentos mencionados no parágrafo único do art. 7º desta
Instrução Normativa.
Art. 61. O DSV/SDA/MAPA deverá analisar o processo e emitir parecer técnico
de avaliação sobre o cumprimento dos requisitos para reconhecimento oficial do status
fitossanitário de Área sob Erradicação do Cancro Cítrico.
Art. 62. A SDA/MAPA, mediante parecer técnico favorável do DSV/SDA/MAPA,
publicará ato de reconhecimento oficial do status fitossanitário de Área sob
Erradicação do Cancro Cítrico.

Seção II
Da manutenção do status fitossanitário de Área Sob Erradicação do Cancro
Cítrico

193
Art. 63. A manutenção do reconhecimento oficial do status fitossanitário de
Área sob Erradicação para o Cancro Cítrico fica condicionada à realização, pelo
OEDSV, de no mínimo um levantamento fitossanitário por ano, conforme
procedimento descrito no art. 58 desta Instrução Normativa.

§ 1º Com base nos levantamentos fitossanitários será elaborado relatório


técnico, contendo as seguintes informações:

I. período de referência do relatório;


II. listagem de imóveis inspecionados com produção comercial de citros e
respectivas UPs;
III. número de plantas cítricas inspecionadas;
IV. número de plantas cítricas infectadas;
V. número de plantas cítricas eliminadas; e
VI. quantidade de CFO e PTV emitidos no período de referência do relatório.

§ 2º O relatório deverá ser encaminhado pelo OEDSV à unidade de sanidade


vegetal da SFA/MAPA/UF correspondente, que instruirá processo administrativo
próprio, emitirá parecer técnico e enviará o processo ao DSV/SDA/MAPA.
§ 3º O processo será analisado pelo DSV/SDA/MAPA que emitirá parecer
técnico de avaliação sobre o cumprimento dos requisitos para manutenção do status
fitossanitário de Área sob Erradicação do Cancro Cítrico, de acordo com os critérios
técnicos dispostos nesta Instrução Normativa.
§ 4º A SDA/MAPA, mediante parecer técnico favorável do DSV/SDA/MAPA,
comunicará oficialmente ao OEDSV a manutenção do status fitossanitário de Área sob
Erradicação do Cancro Cítrico.

Art. 64. O descumprimento das disposições previstas nesta Seção implicará na


mudança do status fitossanitário de Área sob Erradicação do Cancro Cítrico, para o de
status fitossanitário desconhecido, não podendo, nesse caso, ser emitida a PTV para
plantas cítricas e suas partes.
Art. 65. Além das supervisões realizadas pela unidade de sanidade vegetal da
SFA/MAPA/UF, conforme previsto no parágrafo 3º do art. 3º, essa unidade deverá
realizar, no mínimo, uma auditoria por ano na Área sob Erradicação do Cancro Cítrico.
Parágrafo único. A auditoria de que trata o caput deste artigo poderá ser
realizada, a critério do DSV/SDA/MAPA, por AFFA de outras unidades de unidade de
sanidade vegetal das SFA/MAPA/UF.

Seção III
Do trânsito de material vegetal proveniente de Área Sob Erradicação
de Cancro Cítrico

Art. 66. Os frutos das plantas cítricas que não apresentaram contaminação
por Cancro Cítrico, provenientes de imóvel interditado, conforme disposto no art. 72,
somente poderão transitar para outras UF ou para ALP após realizada a erradicação
do foco, conforme prescrito no art. 79, e procedendo-se à higienização dos frutos em
UC inscrita, conforme as seguintes opções:

194
I. imersão em Hipoclorito de Sódio a duzentos ppm, pH sete, durante dois
minutos; ou
II. outros produtos ou métodos de higienização reconhecidos pelo
DSV/SDA/MAPA.

§ 1º O CFO deverá conter a seguinte Declaração Adicional (DA): "Os frutos são
provenientes de plantas sadias de imóvel sob supervisão oficial, localizado em Área
sob Erradicação, e encontram-se livres de Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp.
citri)".
§ 2º A PTV será embasada em CFO ou CFOC com a seguinte DA: "Os frutos
são provenientes de plantas sadias de imóvel sob supervisão oficial, localizado em
Área sob Erradicação, foram higienizados com Hipoclorito de Sódio a duzentos ppm,
pH sete, durante dois minutos e encontram-se livres de Xanthomonas citri subsp.
citri".
§ 3º O trânsito de frutos cítricos de imóvel sob supervisão oficial deverá ser
realizado conforme o descrito no art. 51 desta Instrução Normativa.
§ 4º Para frutos destinados à indústria não se aplica a higienização prevista no
caput desse artigo.
§ 5º A PTV, no caso previsto no parágrafo anterior, será embasada em CFO ou
Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) com a seguinte DA: "Os
frutos são provenientes de plantas sadias de imóvel sob supervisão oficial, localizado
em Área sob Erradicação, e se destinam à indústria.".

Art. 67. Os frutos cítricos provenientes de imóveis sem ocorrência do Cancro


Cítrico poderão transitar para outras UFs ou para ALP acompanhados de PTV,
fundamentada em CFO ou CFOC, com a seguinte DA: "Os frutos são provenientes de
imóvel sem ocorrência do Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri), localizado
em Área sob Erradicação.".
Art. 68. Os materiais de propagação de espécies cítricas somente poderão
transitar para outra UF ou para ALP quando produzidos em imóvel sem ocorrência
de Cancro Cítrico, e acompanhados de PTV, embasada em CFO, com a seguinte DA:
"O material de propagação é proveniente de Área sob Erradicação e foi produzido em
imóvel sem ocorrência de Cancro Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri), conforme
preconiza a legislação específica vigente".

CAPÍTULO VI
CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA ERRADICAÇÃO DO CANCRO CÍTRICO
Seção I
Da execução dos levantamentos

Art. 69. Nos imóveis com produção comercial de citros, deverá ser realizada,
sob supervisão do RT, no mínimo, uma vistoria por trimestre, para identificar plantas
suspeitas de contaminação com Cancro Cítrico.

§ 1º O RT deverá apresentar ao OEDSV relatório semestral com os resultados


das vistorias nos imóveis, dentro do prazo previsto no parágrafo 4º, do art. 32 desta
Instrução Normativa.

195
§ 2º Ocorrendo detecção de plantas suspeitas de contaminação, o RT deverá
comunicar de imediato ao OEDSV, para coleta e envio de amostras ao laboratório de
controle oficial ou credenciado pelo MAPA, para análises de diagnóstico fitossanitário.
§ 3º Caberá ao OEDSV padronizar o formato e o controle do recebimento do
relatório a ser apresentado pelo produtor.

Art. 70. O OEDSV deverá fiscalizar os imóveis com produção comercial de citros
para verificar à realização das vistorias estipuladas no art. 69 desta Instrução
Normativa, a veracidade das informações dos relatórios entregues, e, principalmente,
a existência de plantas que possam estar contaminadas com Cancro Cítrico.
Parágrafo único. Na inspeção, qualquer planta com sintomas de Cancro Cítrico
será identificada, terá amostra coletada e encaminhada para diagnóstico fitossanitário
em laboratório de controle oficial ou credenciado pelo MAPA, adotando-se os critérios
previstos nesta Instrução Normativa.
Art. 71. Em imóveis com produção não comercial de citros, localizados em áreas
urbanas ou rurais, públicas ou privadas, compete ao OEDSV a realização de inspeções
e, caso haja suspeita de ocorrência de Cancro Cítrico, a adoção das medidas previstas
no parágrafo único do art. 70 desta Instrução Normativa.

Seção II
Da interdição

Art. 72. No caso da suspeita de Cancro Cítrico, o OEDSV coletará amostra a ser
enviada a laboratório de controle oficial ou credenciado pelo MAPA, e, como medida
cautelar, interditará imediatamente o imóvel, mediante lavratura de Auto de
Interdição, ficando temporariamente proibida a saída de frutos cítricos e de qualquer
material de propagação.
Parágrafo único. Para cada imóvel rural ou urbano, com finalidade comercial
ou não, com suspeita da ocorrência do Cancro Cítrico, o OEDSV deverá instruir
processo administrativo próprio, contendo os seguintes documentos:

I. Termo de Fiscalização do Imóvel;


II. Ficha de Coleta de Amostra para diagnóstico fitossanitário ou documento
equivalente; e
III. Auto de Interdição do Imóvel.

Art. 73. O imóvel em que o laudo de diagnóstico fitossanitário do laboratório


for positivo para a presença de Cancro Cítrico permanecerá interditado, devendo o
referido laudo ser juntado ao processo a que se refere o parágrafo único do art. 72
desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. Caso o laudo de diagnóstico fitossanitário for negativo, o
imóvel será desinterditado mediante a lavratura de Termo de Desinterdição.
Art. 74. Confirmada a presença de Cancro Cítrico, os imóveis vizinhos com
presença de plantas cítricas ou material de propagação, na área abrangida pelo raio
de erradicação previsto nos arts. 80 e 81, serão também interditados e notificados
para vistoria imediata de todas as plantas cítricas.

196
§ 1º Os demais imóveis limítrofes serão notificados para vistoria imediata de
todas as plantas cítricas.
§ 2º A vistoria de que trata este artigo será realizada sob supervisão do RT e
do OEDSV, atendido os dispostos nos arts. 69, 70 e 72 desta Instrução Normativa.

Art. 75. Para cada imóvel limítrofe interditado em função da abrangência do


raio de erradicação, o OEDSV deverá instruir processo administrativo próprio,
contendo os seguintes documentos:

I. original do Termo de Fiscalização do Imóvel;


II. cópia do Laudo de Diagnóstico Fitossanitário; e
III. original do Auto de Interdição do Imóvel.

Art. 76. Nos imóveis interditados serão aplicadas as medidas para erradicação
do foco, previstas nos arts. 79 a 83 desta Instrução Normativa.

§ 1º A saída de frutos cítricos do imóvel interditado, só será permitida após a


erradicação do foco, passando o imóvel a ser considerado sob supervisão oficial.
§ 2º Somente será permitido o plantio de plantas hospedeiras do Cancro
Cítrico na área perifocal após a desinterdição do imóvel.
§ 3º No período de interdição, será permitido o plantio de plantas cítricas nas
demais áreas do imóvel, exceto a instalação de viveiros de mudas cítricas, que só
poderá ocorrer após a desinterdição.

Art. 77. O OEDSV dará continuidade aos processos administrativos citados no


parágrafo único do art. 72 e no art. 75, desta Instrução Normativa, juntando o Auto
de Destruição de Plantas.
Art. 78. O OEDSV encaminhará semestralmente à unidade de sanidade vegetal
da SFA/MAPA/UF, o relatório dos trabalhos realizados.

Seção III
Da erradicação do Cancro Cítrico

Art. 79. Comprovada oficialmente a ocorrência do Cancro Cítrico, serão


adotadas todas as medidas para a sua erradicação, por um dos seguintes métodos:

I. eliminação da planta foco e pulverização de todas as plantas cítricas, no raio


de trinta metros, com calda cúprica na concentração de um décimo percentual de
cobre metálico; ou
II. eliminação da planta foco e de todas as plantas cítricas contidas na área
perifocal de raio mínimo de trinta metros;

§ 1º Entende-se por foco a planta ou as plantas cítricas contaminadas,


mediante a comprovação por laudo de diagnóstico fitossanitário.
§ 2º Após a eliminação das plantas, deverão ser efetuadas vistorias,
supervisionadas pelo RT habilitado para emissão de CFO e pelo OEDSV, observando-
se o seguinte:

197
I. as vistorias devem ser realizadas em todas as plantas cítricas do imóvel, até
completar dois anos sem a constatação de novos focos de Cancro Cítrico; e
II. para o método de eliminação da planta foco, prevista no inciso I do caput
deste artigo, as vistorias serão realizadas mensalmente, e no máximo a cada sessenta
dias para o método previsto no inciso II.

§ 3º Nos imóveis rurais e urbanos que tiverem plantas cítricas erradicadas,


ficam os produtores obrigados a manejar o pomar de modo a evitar novas brotações
dessas plantas.

Art. 80. Existindo viveiros, campos de plantas fornecedoras de material de


propagação sem origem genética comprovada, campos de produção de porta-
enxertos, jardins clonais e borbulheiras de plantas cítricas a céu aberto, num raio
mínimo de duzentos metros a partir do foco, a propriedade será interditada e todo o
material de propagação deverá ser eliminado pelo produtor, sob supervisão do
OEDSV.

§ 1º As áreas a que se refere o caput deste artigo, se existentes num raio de


mil metros a partir do foco, serão interditadas pelo OEDSV.
§ 2º As áreas interditadas permanecerão sob vigilância e responsabilidade do
seu RT, por um período de cento e oitenta dias, com vistorias a cada trinta dias, sendo
supervisionadas pelo OEDSV.

Art. 81. Existindo produção de material de propagação de citros em estruturas


individualizadas protegidas por tela de malha e com cobertura impermeável, num raio
de duzentos metros a partir do foco em planta cítrica, todo o imóvel será interditado
por um período de cento e vinte dias, e permanecerá sob vigilância e responsabilidade
do seu RT, com vistorias a cada trinta dias, sendo supervisionado pelo OEDSV.
Art. 82. Verificada a ocorrência do Cancro Cítrico em material de propagação
sob estruturas individualizadas protegidas por tela de malha e com cobertura
impermeável, deverão ser eliminadas todas as plantas da estrutura onde foi detectado
o foco do Cancro Cítrico, permanecendo todo o imóvel interditado por um período de
cento e vinte dias.

§ 1º A estrutura individualizada onde for detectada o foco de Cancro Cítrico,


deverá permanecer sem plantas durante todo o período de interdição.
§ 2º As demais estruturas individualizadas, por ventura existentes, deverão ser
vistoriadas, a cada trinta dias, com supervisão do RT e do OEDSV.

Art. 83. O imóvel com produção comercial de fruto e com viveiros, campos de
plantas fornecedoras de material de propagação sem origem genética comprovada,
campos de produção de porta-enxertos, jardins clonais ou borbulheiras, será
interditado se detectada a presença da praga em material de propagação.

I. comprovada oficialmente a ocorrência de Cancro Cítrico, todo o material de


propagação vegetativa será eliminado;
II. após a eliminação do foco, deverá ser realizada vistoria, sob a supervisão
do RT e do OEDSV, de todas as plantas cítricas da área de produção.

198
III. não sendo detectada a presença de Cancro Cítrico, os frutos poderão
transitar para outras UF ou para ALP desde que seja realizada a higienização prevista
no art. 66 desta Instrução Normativa.
IV. somente poderá ser cultivado citros na área erradicada, se após o período
de cento e oitenta dias, com vistorias realizadas a cada trinta dias, sob supervisão do
RT e do OEDSV, não for detectada a ocorrência de Cancro Cítrico.

Seção IV
Da desinterdição

Art. 84. Para a desinterdição do imóvel devem ser atendidas as seguintes


condições:

I. parecer conclusivo do OEDSV relacionado a finalização dos trabalhos de


erradicação e ao cumprimento das vistorias previstas nos artigos 79 a 83 desta
Instrução Normativa; e
II. constatação da ausência:

a) de replantio de plantas cítricas na área perifocal;


b) do surgimento de novos focos; e
c) de rebrotas ou sementeiras das plantas removidas, durante o período de
interdição.

Art. 85. Atendido o que consta no art. 84 desta Instrução Normativa o OEDSV
emitirá Termo de Desinterdição, que deverá ser juntado ao respectivo processo
administrativo.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 86. Aos imóveis que tenham sido interditados com base na Portaria nº 291,
de 23 de julho de 1997, deverão ser aplicadas as medidas previstas nesta Instrução
Normativa, correspondentes ao status assumido pela área onde eles estão inseridos.
Art. 87. Os proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer título, de
imóveis rurais ou urbanos, são obrigados a executar, às suas custas, nos respectivos
imóveis e no prazo que lhes for determinado, todas as medidas de erradicação
do Cancro Cítrico constantes desta Instrução Normativa.

§ 1º Quando não executadas as medidas previstas no caput deste artigo, o


OEDSV deverá aplicá-las, compulsoriamente, por conta dos proprietários,
arrendatários ou ocupantes a qualquer título.
§ 2º Os proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer título, cujos
imóveis tenham plantas cítricas eliminadas por força das ações de erradicação
do Cancro Cítrico, não terão direito a qualquer tipo de indenização.

Art. 88. As DAs, presentes nesta Instrução Normativa poderão ser alteradas, a
qualquer tempo, pelo DSV/SDA/MAPA, para adequação ou para atender requisitos
fitossanitários de importação específicos.

199
Art. 89. Fica revogada a Instrução Normativa nº 37, de 5 de setembro de 2016.
Art. 90. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
BLAIRO MAGGI

DOU 11 05 2018, Seção 1, Página 9

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Resolução nº 1, de 7 de março de 2017

O Secretário de Defesa Agropecuária, de acordo as atribuições que lhe confere


o art. 18 do Anexo I do Decreto nº 8.852, de 20 de setembro de 2016, considerando
o disposto no art. 22 da Instrução Normativa nº 37, de 5 de setembro de 2016, e o
que consta do Processo nº 21030.000411/2017-74, resolve:
Art 1º Reconhecer os municípios de Ourém, Irituia, Garrafão do Norte, Capitão
Poço e Nova Esperança do Piriá, do estado do Pará, como Área Livre de Cancro Cítrico
(Xanthomonas citri subsp. citri).
Art 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

LUIS EDUARDO PACIFICI RANGEL

D.O.U., 08/03/2017 - Seção 1, Página 4

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Resolução nº 6, de 27 de março de 2017

O Secretário de Defesa Agropecuária, de acordo as atribuições que lhe confere


o art. 18 do Anexo I do Decreto nº 8.852, de 20 de setembro de 2016, considerando
o disposto no art. 22 da Instrução Normativa nº 37, de 5 de setembro de 2016, e o
que consta do Processo nº 21030.001005/2017-29, resolve:
Art 1º Reconhecer os municípios de Alenquer, Belterra, Mojuí dos Campos,
Monte Alegre, Prainha e Santarém, do estado do Pará, como Área Livre de Cancro
Cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri).
Art 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

LUIS EDUARDO PACICIF RANGEL


D.O.U., 28/03/2017 - Seção 1, Página 3

200
LEGISLAÇÃO FEDERAL

HUANGLONGBING (HLB) – GREENING

Instrução normativa nº 53, de 16 de outubro de 2008

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da
Constituição, tendo em vista o disposto no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006,
no Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, e o que consta dos Processos nº
21000.011498/2005-29 e nº 21028.006791/2005-66, resolve:
Art. 1º Aprovar os critérios e procedimentos para a realização, por parte dos
Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal OEDSVs das Instâncias Intermediárias
integrantes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, dos
levantamentos de ocorrência da praga denominada Huanglongbing (HLB>) -
Greening, que tem como agente etiológico a bactéria Candidatus Liberibacter sp., em
plantas hospedeiras constantes da lista oficial de pragas quarentenárias presentes,
visando à delimitação da extensão das áreas afetadas e à adoção de medidas de
prevenção e erradicação.
Art. 2º O OEDSV delimitará e oficializará, no âmbito de sua competência, as
áreas citadas no art. 1º, com base em informações técnicas da ocorrência da praga.

§ 1º O OEDSV deverá comunicar, semestralmente, ao Serviço de Sanidade


Agropecuária na Superintendência Federal de Agricultura - SFA a delimitação da área
com ocorrência da praga.
§ 2º Nas Unidades da Federação - UFs sem ocorrência da praga, o OEDSV
deverá realizar levantamentos semestrais de detecção, encaminhando relatório, por
via impressa, ao Serviço de Sanidade Agropecuária na SFA, que encaminhará cópia
do relatório à Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA.

Art. 3º A produção de material propagativo de citros, nas áreas onde for


constatada a ocorrência do HLB, obedecerá às normas estabelecidas pela legislação
estadual e federal de defesa sanitária vegetal e aos seguintes critérios:

I - a manutenção de plantas básicas, plantas matrizes e borbulheiras, bem


como a produção de mudas, somente será permitida em ambiente protegido por tela
de malha com abertura de, no máximo, 0,87 x 0,30mm (zero vírgula oitenta e sete
por zero vírgula trinta milímetros), considerando que a praga é disseminada pelo
inseto vetor Diaphorina citri;
II - as plantas básicas e plantas matrizes deverão ser anualmente indexadas
para comprovação da ausência da bactéria causadora do HLB.

Art. 4º O OEDSV fiscalizará os viveiros e borbulheiras, no máximo, a cada seis


meses, enviando amostras de material suspeito para análise em laboratório da Rede
Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, que emitirá laudo conclusivo.

201
§ 1º Quando comprovada a presença da bactéria, todas as plantas básicas,
matrizes ou de borbulheiras deverão ser eliminadas.
§ 2º Em viveiro, será eliminado o lote de produção no qual for confirmada, por
laudo laboratorial oficial, a presença da bactéria, sendo os demais lotes liberados
somente após quatro meses, se nesse período não for constatada, em inspeções
mensais, a ocorrência de material com sintoma, o qual deverá ser submetido à análise
laboratorial oficial para confirmação da presença da bactéria.

Art. 5º O trânsito de material propagativo de plantas hospedeiras oriundo de


UF onde for constatada a praga obedecerá à legislação de certificação fitossanitária
de origem e permissão de trânsito de vegetais.
Parágrafo único. O material propagativo apreendido pela fiscalização de defesa
sanitária vegetal, em desacordo com o previsto nesta Instrução Normativa, será
sumariamente destruído, não cabendo ao infrator qualquer tipo de indenização, sem
prejuízo das demais sanções estabelecidas pela legislação estadual e federal de defesa
sanitária vegetal.
Art. 6º A Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária poderá, em caráter de emergência e no âmbito de sua jurisdição, proibir
a produção, o comércio e o trânsito de material propagativo e de plantas de murta
(Murraya paniculata) nos municípios de ocorrência da praga.
Art. 7º Nas áreas delimitadas com ocorrência da praga, em todas as
propriedades onde existam plantas hospedeiras, o proprietário, arrendatário ou
ocupante a qualquer título promoverá obrigatoriamente, no mínimo, vistorias
trimestrais, objetivando identificar e eliminar as plantas com sintomas de HLB.

§ 1º O proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título do


estabelecimento deverá apresentar dois relatórios anuais, comunicando ao OEDSV os
resultados das vistorias referentes ao semestre imediatamente anterior, sendo o
primeiro até 15 de julho e o segundo até 15 de janeiro.
§ 2º Caberá ao OEDSV padronizar o formato e o controle do recebimento do
relatório apresentado pelo proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título do
estabelecimento.

Art. 8º Caberá ao proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título do


estabelecimento eliminar, às suas expensas, as plantas hospedeiras contaminadas,
mediante arranquio ou corte rente ao solo, com manejo para evitar brotações, não
lhe cabendo qualquer tipo de indenização.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto no caput deste artigo
acarretará ao infrator as sanções estabelecidas pela legislação estadual e federal de
defesa sanitária vegetal.
Art. 9º O OEDSV fiscalizará as propriedades produtoras de citros objetivando
identificar a existência de plantas contaminadas com HLB.

§ 1º Na inspeção, por meio de exame visual oficial, sendo detectadas plantas


com sintomas de HLB, as mesmas serão identificadas e será coletada amostra
composta do material suspeito, referente a 10% do total de plantas identificadas em

202
cada Unidade de Produção - UP, para exame laboratorial oficial, observando-se o
seguinte:

I - se o resultado laboratorial da amostra composta for positivo e o percentual


de plantas com sintomas de HLB for inferior ou igual a 28%, o OEDSV providenciará
a eliminação das plantas sintomáticas identificadas; ou
II - se o resultado laboratorial da amostra composta for positivo e o percentual
de plantas com sintomas de HLB for superior a 28%, o OEDSV providenciará a
eliminação de todas as plantas da UP.

§ 2º Entende-se por exame visual oficial a inspeção de plantas para determinar


se existem sintomas da praga visando ao cumprimento das regulamentações
fitossanitárias.
§ 3º Para efeito do disposto neste artigo, entende-se por Unidade de Produção
uma área contínua, de tamanho variável e identificada por um ponto
georreferenciado, plantada com a mesma espécie, estágio fisiológico, sob os mesmos
tratos culturais e controle fitossanitário.
§ 4º O ônus desta operação será do proprietário, arrendatário ou ocupante,
sem prejuízo das demais sanções estabelecidas pela legislação estadual e federal de
defesa sanitária vegetal.

Art. 10. Caso o OEDSV, em fiscalizações subseqüentes, constate a presença de


plantas com sintomas do HLB, serão adotadas as medidas previstas no art. 9º, § 1º e
incisos, ficando o infrator sujeito às penas descritas no art. 61, da Lei nº 9.605, de 12
de fevereiro de 1998.
Art. 11. Ao OEDSV caberá implementar os trabalhos de fiscalização e inspeção
fitossanitária, objetivando dar cumprimento ao estabelecido nesta Instrução
Normativa.
Art. 12. A Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária poderá estabelecer procedimentos complementares visando ao controle
da praga.
Art. 13. O OEDSV encaminhará ao Serviço de Sanidade Agropecuária na SFA,
a cada seis meses, relatório dos trabalhos realizados.
Parágrafo único. O Serviço de Sanidade Agropecuária na SFA deverá
encaminhar à SDA cópia dos relatórios recebidos.
Art. 14. Os projetos de pesquisa envolvendo o HLB deverão ser encaminhados
à SDA para autorização.
Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 16. Fica revogada a Instrução Normativa nº 32, de 29 de setembro de
2006.

REINHOLD STEPHANES
D.O.U., 17/10/2008 - Seção 1

203
LEGISLAÇÃO FEDERAL
PINTA PRETA DOS CITROS

Instrução Normativa nº 3, de 8 de janeiro de 2008

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


no uso da atribuição que lhe confere o art. 2º do Decreto nº 5.741, de 30 de março
de 2006, nos termos do disposto no Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal,
Capítulos IV e V, aprovado pelo Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, e tendo
em vista o que consta do Processo nº 21000.009605/2002-14, resolve:
Art. 1º Aprovar os Critérios e Procedimentos para Aplicação das Medidas Integradas
em um Enfoque de Sistemas para o Manejo de Risco - SMR da Praga Mancha Preta ou
Pinta Preta dos Citros (MPC) Guignardia citricarpa Kiely (Phyllosticta citricarpa Van der
Aa) em espécies do gênero Citrus destinadas à exportação e quando houver exigência
do país importador. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa nº
1/2009/MAPA)______ Redação(ões) Anterior(es)

§ 1º Os critérios e procedimentos do SMR previstos nesta Instrução Normativa


não se aplicam aos frutos de Citrus latifolia Tanaka (lima-ácida Tahiti). (Redação dada
pelo(a) Instrução Normativa nº
1/2009/MAPA)_______________________________ Redação(ões) Anterior(es)
§ 2º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, por meio das
Instâncias Intermediárias nas Unidades da Federação - UF, delimitará e publicará, em
legislação complementar, as áreas com ocorrência da praga com base em
levantamentos oficiais. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa nº
1/2009/MAPA)______________________________ Redação(ões) Anterior(es)
§ 3º As Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária enviarão à Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA os resultados dos
levantamentos referentes ao semestre imediatamente anterior, sendo o primeiro até
15 de julho e o segundo até 15 de janeiro. (Redação dada pelo(a) Instrução
Normativa nº 1/2009/MAPA)______________________________ Redação(ões)
Anterior(es)

Art. 2º A produção dos frutos cítricos sob o SMR da Praga Mancha Preta ou
Pinta Preta dos Citros atenderá o disposto no Anexo I desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. Para garantir o cumprimento dos critérios e procedimentos do
SMR da Praga Mancha Preta ou Pinta Preta dos Citros, são atribuídas competências
previstas no Anexo II desta Instrução Normativa.
Art. 3º O trânsito e o comércio de material de propagação de citros
provenientes de áreas da UF com registro oficial de ocorrência de Guignardia citricarpa
somente serão permitidos quando a produção desse material atender às medidas de
prevenção descritas no art. 1º do Anexo I desta Instrução Normativa, comprovado
por Certificado Fitossanitário de Origem - CFO.
Art. 4º Frutos cítricos provenientes de UF com registro oficial de Guignardia
citricarpa, ainda que apresentem sintomas da MPC poderão transitar para outras UF,
inclusive aquelas reconhecidas como livres de ocorrência da praga, desde que isentos
de material vegetativo e originados de Unidades de Produção que adotem as práticas

204
de Manejo Integrado preconizadas no § 2º, do art. 2º, do Anexo I, desta Instrução
Normativa, devidamente registradas pelo Responsável Técnico no Livro de
Acompanhamento da certificação fitossanitária. (Redação dada pelo(a) Instrução
Normativa nº 1/2009/MAPA)______________________________ Redação(ões)
Anterior(es)
Parágrafo único. Para o trânsito, será exigido Certificado Fitossanitário de
Origem (CFO) ou Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) com a
seguinte Declaração Adicional: "Os frutos foram produzidos sob Manejo Integrado de
Guignardia citricarpa e submetidos a processo de seleção para a retirada de folhas e
partes de ramos. (Acrescentado(a) pelo(a) Instrução Normativa nº 1/2009/MAPA)
.Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
REINHOLD STEPHANES

ANEXO I
CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO DAS MEDIDAS
INTEGRADAS EM UM ENFOQUE DE SISTEMAS PARA O MANEJO DE RISCO DA
PRAGA Guignardia citricarpa

Art. 1º São medidas de prevenção necessárias à produção e ao comércio de


material de propagação livre da praga MPC:

I - construir barreiras físicas ou quebra-ventos para isolar o viveiro de áreas


próximas cultivadas com citros;
II - manter o viveiro com cobertura adequada para evitar o molhamento foliar
por chuva ou orvalho, e orientar a disposição das bancadas dentro do telado para
evitar que chuvas laterais molhem as plantas;
III - restringir e controlar o trânsito de pessoas, animais, veículos e
equipamentos na área, e instalar dispositivos na entrada do viveiro para a
desinfestação de veículos, equipamentos e calçados;
IV - manter ferramentas, equipamentos, calçados e vestuário de funcionários
para uso exclusivo no viveiro;
V - utilizar na enxertia de porta-enxertos somente borbulhas certificadas e
provenientes de matrizes ou borbulheiras registradas no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento-MAPA; todo material de propagação utilizado na formação
e produção de mudas deverá estar em conformidade com as legislações federais e
das Unidades da Federação - UFs em que está localizado;
VI - manter pisos, paredes e bancadas sempre limpos;
VII - impedir a entrada de qualquer material vegetal não certificado no interior
do viveiro;
VIII - remover e incinerar, imediatamente, restos vegetais provenientes de
podas, de desbrotas e de outras operações de rotina no viveiro;
IX - pulverizar as plantas cítricas periodicamente com fungicidas que
apresentem comprovada eficiência e que estejam registrados no MAPA, seguindo
recomendações técnicas;
X - transportar mudas e porta-enxertos de citros em veículos fechados ou
totalmente protegidos por lona; e

205
XI - as mudas estarão em conformidade fitossanitária após a comprovação por
intermédio de laudo laboratorial de que estão isentas de Guignardia citricarpa, e terem
cumprido todas as exigências da legislação fitossanitária vigente.

Art. 2º As medidas de prevenção e de controle da praga Guignardia citricarpa


no pomar deverão levar em consideração as fontes de inóculo do patógeno e o período
de suscetibilidade dos frutos cítricos, desde a fase de queda das pétalas até
aproximadamente 24 semanas de idade.

§ 1º Visando à preservação das áreas ainda livres do patógeno, deverão ser


adotadas as seguintes medidas preventivas:

I - utilização de mudas sadias de citros provenientes de viveiros registrados no


MAPA e em conformidade fitossanitária;
II - utilização de material de colheita, equipamentos e vestimentas
pertencentes estritamente à propriedade ou devidamente desinfestados quando
anteriormente utilizados em outra propriedade;
III - bloqueio da entrada de veículos com frutos cítricos e restos vegetais nos
pomares, e redução do trânsito destes veículos quando for necessário retirar material
vegetal dos pomares;
IV - realização de visitas periódicas pelo Responsável Técnico - RT nas Unidades
de Produção - UP, para detecção visual da MPC, adotando os procedimentos de
amostragem previstos no § 1º do art. 7º deste Anexo; e
V - exclusão da UP do processo de certificação, na safra em que for detectado
um único fruto com sintoma da MPC.

§ 2º Nas áreas de ocorrência da MPC, deverão ser adotadas as seguintes


medidas de controle:

I - execução de poda de plantas contaminadas, em áreas de constatação


recente da praga, mantendo-se apenas o tronco e os ramos primários e secundários
em formação, e incinerando-se todo material podado em local próximo;
II - redução da queda de folhas causada por déficit hídrico, utilizando irrigação,
quando possível;
III - roçagem das ervas invasoras nas entrelinhas do pomar, utilizando este
material cortado como cobertura morta a ser depositada sobre as folhas de citros
caídas embaixo da saia da planta; e
IV - pulverização de todas as plantas da Unidade de Produção com fungicidas
registrados no MAPA, visando proteger os frutos desde a queda de pétalas até
aproximadamente 24(vinte e quatro) semanas de idade.

Art. 3º Os produtores de frutos cítricos in natura sob o SMR deverão requerer


seu cadastramento anualmente, junto à Superintendência Federal de Agricultura -
SFA/MAPA na Unidade da Federação - UF, ou por meio das Instâncias Intermediárias
do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

206
§ 1º Para o cadastramento, é necessário preencher na íntegra os campos
previstos no modelo apresentado no Anexo III desta Instrução Normativa; a
efetivação do cadastramento se dará após o cumprimento da legislação fitossanitária
vigente.
§ 2º O período para o cadastramento é até 03 (três) meses antes do início da
colheita.
§ 3º Qualquer alteração nas informações prestadas com a finalidade de
cadastramento do produtor e da unidade de produção deve ser comunicada
oficialmente à SFA/MAPA na UF, ou nas Instâncias Intermediárias do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

Art. 4º O cadastramento da Unidade de Produção deverá ser requerido


anualmente à SFA/MAPA ou à Instância Intermediária do Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária, pelo Responsável Técnico habilitado, conforme
estabelecido na Seção I do Capítulo III do Anexo I da Instrução Normativa nº 55, de
4 de dezembro de 2007, que aprova a Norma Técnica para a Utilização do Certificado
Fitossanitário de Origem - CFO, e do Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado
- CFOC. Devem ser utilizados os modelos previstos nos Anexos VII e IX da Instrução
Normativa nº 55, de 2007, com a finalidade de obtenção e de manutenção de um
número de registro para cada UP, respectivamente.
Art. 5º O RT da Unidade de Consolidação - UC, que poderá ser beneficiadora,
processadora ou embaladora, deverá requerer seu cadastramento junto à SFA/MAPA
ou por meio da Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, que encaminhará o requerimento à SFA, para realização de vistoria.

§ 1º Unidades de Consolidação poderão ser cadastradas desde que não estejam


localizadas em Entrepostos, Armazéns, Centrais de Abastecimento ou locais similares,
para garantir a condição fitossanitária de origem.
§ 2º Para o cadastramento, é necessário atender ao disposto na Seção II do
Capítulo III do Anexo I da Instrução Normativa nº 55, de 2007, e preencher todos os
campos previstos no modelo apresentado no Anexo X da Instrução Normativa nº 55,
de 2007.
§ 3º A UC somente será cadastrada após o cumprimento da legislação
fitossanitária vigente.
§ 4º O período para cadastramento da UC é de 1º de janeiro a 30 de abril de
cada ano.

Art. 6º A SFA/MAPA na UF, antes do início da safra, deverá realizar vistoria na


Unidade de Consolidação e emitir Laudo de Vistoria conforme modelo previsto
no Anexo XI da Instrução Normativa nº 55, de 2007.
Parágrafo único. O RT emissor do Certificado Fitossanitário de Origem
Consolidado - CFOC deverá estar presente durante as operações na UC, previstas
nesta Instrução Normativa.
Art. 7º Os frutos cítricos in natura procedentes de Unidades de Produção
cadastradas junto ao MAPA devem ser produzidos, manipulados, classificados,
embalados, armazenados e transportados de forma que sejam garantidas a
identidade, rastreabilidade e a conformidade fitossanitária dos frutos.

207
§ 1º Deverão ser adotados os seguintes procedimentos nas Unidades de
Produção - UP:

I - as UPs deverão ser inspecionadas pelas Instâncias Central ou Intermediária


do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, visando assegurar que
não apresentem incidência de Guignardia citricarpa desde o início do ciclo vegetativo;
II - o RT da propriedade, para fundamentar a emissão de CFO, deverá realizar
inspeções de campo em todas as fases da cultura e registrar no Livro de
Acompanhamento, para cada UP, todas as informações exigidas no art. 23 do Anexo
I da Instrução Normativa nº 55, de 2007; estes dados deverão estar atualizados e
disponíveis para fiscalização sempre que solicitados;
III - para a detecção visual de sintomas de MPC, deverão ser adotados os
seguintes procedimentos:

a) selecionar preferencialmente as plantas debilitadas por pragas ou por


deficiência nutricional, nas quais a incidência da MPC em geral é maior; e
b) realizar inspeção visual minuciosa dos frutos fixos na parte externa e inferior
da planta, na sua face mais exposta ao sol, na qual a incidência de MPC em geral é
maior;

IV - para a retirada de frutos para teste de indução de sintomas de MPC,


deverão ser adotados os seguintes procedimentos de amostragem:

a) o RT deverá selecionar frutos fixos na parte externa e inferior da planta, na


sua face mais exposta ao sol; selecionar preferencialmente as plantas debilitadas por
pragas ou por deficiência nutricional, nas quais a incidência da MPC em geral é maior;
b) os frutos deverão estar maduros ou terem atingido o seu desenvolvimento
total, em tamanho; os frutos verdes e pequenos não respondem à indução de
sintomas, mesmo estando infectados pelo fungo; e
c) os frutos deverão ser coletados pelo menos 30 (trinta) dias antes da colheita,
em 1% (um por cento) das plantas da área, colhendo-se no mínimo um fruto por
planta; as amostras deverão ser compostas no mínimo por 20 (vinte) frutos;

V - o RT deverá retirar uma amostra de frutos para teste laboratorial de indução


de sintomas de MPC, durante a inspeção de campo, para fins de detecção da praga,
seguindo os procedimentos constantes do inciso IV deste parágrafo, comunicando
previamente, no mínimo 7 (sete) dias antes da coleta, às Instâncias Central ou
Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, a data da
coleta e a quantidade de amostras; as amostras deverão ser encaminhadas para
laboratório de instituição oficial ou credenciado junto ao MAPA, com ônus para o
interessado, acompanhadas da Ficha de Coleta de Amostra de Frutos para Teste
Laboratorial de Indução de Sintomas de MPC, preenchida conforme o modelo previsto
no Anexo IV desta Instrução Normativa;
VI - o RT da propriedade deverá obter do laboratório os laudos com os
resultados dos testes de indução de sintomas, e remetêlos à SFA/MAPA e à Instância
Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; ao ser

208
confirmada a presença do fungo Guignardia citricarpa em um único fruto amostrado,
a SFA/MAPA deverá providenciar a exclusão imediata da UP do processo de
certificação nesta safra e comunicar oficialmente a medida tomada à Instância
Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; o laudo do
teste de indução terá validade por 60(sessenta) dias;
VII - os dados da inspeção pré-colheita deverão ser registrados no Livro de
Acompanhamento da propriedade, devendo constar o número de registro da UP, a
data e o resultado da inspeção; e
VIII - a colheita deverá ser realizada utilizando-se embalagens devidamente
identificadas com o respectivo número de registro da UP.

§ 2º Deverão ser adotados os seguintes procedimentos para o teste laboratorial


de indução de sintomas de MPC:

I - imersão dos frutos em solução contendo ethephon a 750 ppm, por cinco
minutos, e posterior incubação dos frutos em temperaturas acima de 25ºC, durante
um período mínimo de 28(vinte e oito) dias; e
II - observações visuais e microscópicas deverão ser realizadas semanalmente
nos frutos em incubação, a fim de constatar sintomas da doença; no caso de
ocorrência desses sintomas, o diagnóstico será confirmado com o isolamento do fungo
agente causal, utilizando-se meio de cultura de cenoura-ágar suplementado com
dextrose, ou aveia-ágar.

§ 3º Deverão ser adotados os seguintes procedimentos para o transporte e o


processamento dos frutos:

I - durante o transporte do campo até a UC, todo lote de frutos cítricos deverá
manter a identificação de origem permitindo a rastreabilidade; o código do lote deverá
ser numerado de acordo com a Instrução Normativa nº 55, de 2007;
II - os frutos frescos de citros, quando provenientes de UP localizada em uma
Unidade da Federação distinta daquela onde serão realizados processamento e
embalagem, deverão atender a todos os procedimentos descritos nesta Instrução
Normativa e o seu transporte até o destino se dará por meio de veículos fechados ou
totalmente protegidos por lona e lacrados na origem pelo RT da propriedade;
III - o RT comunicará o número de caixas de frutos, os números de lacre e de
licença do veículo à Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à
Sanidade Agropecuária, que repassará a informação ao Fiscal Federal Agropecuário -
FFA do MAPA na UC de destino;
IV - o FFA fará a conferência documental e física do lote, para efeito de
autorização de ingresso dos frutos na UC;
V - a identidade da UP, a rastreabilidade e a classificação dos frutos terão que
ser mantidas durante o processamento na UC, por meio de um sistema de registro;
as embalagens deverão conter o número de registro da UP de origem dos frutos;
VI - durante o processamento, o FFA deverá acompanhar, com inspeções
visuais, e selecionar as amostras a serem inspecionadas; e

209
VII - no processamento, os frutos cítricos deverão ser desprovidos de
pedúnculo e de folhas e tratados com fungicidas e cera; os restos vegetais, inclusive
refugos de frutos, deverão ser inspecionados pelo FFA com o objetivo de detectar
possíveis sintomas de MPC.

§ 4º Deverão ser adotados os seguintes procedimentos para a amostragem e


certificação fitossanitária dos frutos na Unidade de Consolidação - UC:

I - para dar início aos procedimentos, o Responsável Técnico da UC deverá


apresentar ao FFA o Requerimento para Fiscalização de Produtos Agropecuários,
devidamente preenchido e assinado, conforme Formulário V do Anexo da Instrução
Normativa nº 36, de 10 de novembro de 2006, que aprova o Manual de Procedimentos
Operacionais da Vigilância Agropecuária Internacional;
II - o FFA fará amostragem do lote, já embalado, para a detecção visual de
sintomas de MPC, conforme os seguintes procedimentos:

a) deverão ser inspecionadas no mínimo 0,2% (dois décimos) por cento do


total de caixas que compõem o contêiner, ou no mínimo uma caixa de cada UP que
compõe o contêiner; todos os frutos das caixas selecionadas deverão ser examinados;
e
b) a fiscalização deverá ser realizada exclusivamente por Fiscais Federais
Agropecuários;

III - para os lotes que atendem ao disposto nesta Instrução Normativa, o FFA
deverá lacrar a carga e transcrever o número do lacre e o número do CFO para o
Certificado Fitossanitário - CF; e
IV - ao ser detectado um único fruto com sintoma da MPC, a UP de origem do
lote será preventivamente excluída do processo de certificação para aquela safra; será
instaurada, pelo MAPA, uma comissão para apurar o ocorrido, determinar as medidas
corretivas a serem adotadas e o prazo para adequação.

ANEXO II
DAS COMPETÊNCIAS

Art. 1º Compete às Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção


à Sanidade Agropecuária:

I - cadastrar os produtores, as UPs e as UCs, quando assim for autorizado pelo


MAPA, enviando cópia do cadastro à SFA/MAPA;
II - acompanhar periodicamente, com inspeções in loco, os procedimentos de
monitoramento da praga Guignardia citricarpa e de emissão de CFO;
III - realizar o controle do trânsito por meio da exigência de Permissão de
Trânsito de Vegetais - PTV, prevista na Instrução Normativa nº 54, de 4 de dezembro
de 2007, que aprova a Norma Técnica para a utilização da PTV;
IV - manter em pleno funcionamento os postos de vigilância fitossanitária; e

210
V - elaborar e enviar relatórios trimestrais para a SFA/MAPA na UF, com
informações sobre as atividades de acompanhamento previstas no inciso II deste
artigo.

Art. 2º Compete ao produtor:

I - cadastrar-se junto à SFA/MAPA ou às Instâncias Intermediárias do Sistema


Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, conforme previsto no art. 3º do Anexo
I desta Instrução Normativa;
II - manter as estruturas físicas e as condições de operacionalidade do
monitoramento da Guignardia citricarpa; e
III - executar as ações fitossanitárias de acordo com o previsto nesta Instrução
Normativa.

Art. 3º Compete ao Responsável Técnico - RT da Unidade de Produção - UP:

I - acompanhar todas as fases da cultura e manter os registros do Livro de


Acompanhamento atualizados de acordo com o disposto no art. 23 do Anexo I da
Instrução Normativa nº 55, de 2007;
II - emitir o CFO ou CFOC;
III - manter, por um período de dois anos, os registros das medidas de
prevenção e de controle da praga, previstas no art. 2º do Anexo I desta Instrução
Normativa, e disponibilizar estas informações à fiscalização sempre que solicitado; e
IV - encaminhar à SFA/ MAPA e à Instância Intermediária do Sistema Unificado
de Atenção à Sanidade Agropecuária os laudos com os resultados das análises
laboratoriais referentes ao teste de indução de sintomas para Guignardia citricarpa,
mantendo cópias destes no Livro de Acompanhamento.

Art. 4º Compete ao Responsável Técnico - RT da Unidade de Consolidação -


UC:

I - requerer o cadastramento da UC conforme previsto no art. 5º do Anexo I


desta Instrução Normativa;
II - manter, por um período de dois anos, os registros de toda a movimentação
da UC quanto ao ingresso e egresso de partidas de frutos cítricos e disponibilizar estas
informações à fiscalização sempre que solicitado;
III - comunicar imediatamente à SFA/MAPA e à Instância Intermediária do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária a ocorrência de Guignardia
citricarpa na UP; e
IV - cumprir todas as recomendações do art. 7º do Anexo I, visando assegurar
a detecção de frutos com sintomas de MPC.

Art. 5º Compete ao responsável pela Unidade de Consolidação - UC:

211
I - solicitar à SFA/ MAPA na UF vistoria prévia anual da UC, conforme o previsto
no art. 6º do Anexo I desta Instrução Normativa;
II - assegurar que os frutos cítricos sejam manipulados, classificados,
embalados, armazenados e transportados de forma a permitir a identidade, a
rastreabilidade e a conformidade fitossanitária; e
III - disponibilizar um espaço físico adequado ao FFA para o desempenho de
suas funções.

Art. 6º Compete ao Laboratório Oficial ou Credenciado junto ao MAPA


comunicar imediatamente, após a conclusão dos testes de indução, à SFA/MAPA e à
Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária os
resultados positivos das análises laboratoriais referentes ao teste de indução de
sintomas para Guignardia citricarpa, encaminhando cópia do respectivo laudo.

ANEXO III
MODELO DE FICHA DE SOLICITAÇÃO DE CADASTRO DO PRODUTOR
2. CÓDIGO DA
1. NOME DO PRODUTOR: USO EXCLUSIVO MAPA
PROPRIEDADE RURAL:
3. NÚMERO DO CNPJ/CPF:
4. ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA:
5. MUNICÍPIO: 6. UF: 7. CEP:
8. TELEFONE: 9. FAX:
10. ENDEREÇO ELETRÔNICO:
11. NOME DA PROPRIEDADE:
12. MUNICÍPIO: 13. UF:
14. COORDENADAS 14.1. UTM - N:
GEOGRÁFICAS: 14.2. UTM - E:
15. VIAS DE ACESSO - ANEXAR CROQUIS DA ÁREA:
16. ASSINATURA DO PRODUTOR / REPRESENTANTE LEGAL:
17. TERMO DE ADESÃO

O produtor acima identificado requer o cadastramento de sua propriedade, manifesta interesse em


aderir Aplicação das Medidas Integradas em um Enfoque de Sistemas para o Manejo de Risco da
Praga Guignardia citricarpa e declara sujeitar-se a todas as especificações estabelecidas nos dispositivos
legais que versam sobre o assunto, bem como aceitar todas as conseqüências decorrentes do não
cumprimento dos mesmos. Declara ainda estar ciente de que deverá arcar com os custos de eventuais
auditorias internacionais e executar todas as ações fitossanitárias preconizadas pelas Instâncias
Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
Local, de de .
Assinatura do Produtor (se Representante Legal, apor Nome e Identificação)

18. NOME DO REPRESENTANTE LEGAL


19. IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE LEGAL
20. Parecer das Instâncias Intermediárias do Sis- tema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária:
21. SEDESA:
DEFERIDO ¬ INDEFERIDO Responsável / carimbo
__________________ Data:__/__/__
Responsável / carimbo
Data:__ /__ /__
1ª via: PRODUTOR 2ª via: Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária 3ª via: SEDESA

212
ANEXO IV
FICHA DE COLETA DE AMOSTRA DE FRUTOS PARA TESTE LABORATORIAL DE
INDUÇÃO DE SINTOMAS DE MPC

MATERIAL COLETADO:
CÓDIGO DA PROPRIEDADE:

PROPRIEDADE: FICHA Nº
MUNICÍPIO: BAIRRO:
Nº TOTAL DE Nº DE FRUTOS
UP VARIEDADE ANO DE PLANTIO
PLANTAS AMOSTRADOS

TOTAL
OBS.:
DATA / / COLETADO POR:
D.O.U., 09/01/2008 - Seção 1

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Instrução Normativa nº 1, de 5 de janeiro de 2009

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


no uso da atribuição que lhe confere o Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006,
nos termos do disposto no Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal, capítulos IV e
V, aprovado pelo Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, e tendo em vista o que
consta do Processo nº 21000.009605/2002-14, resolve:
Art. 1º Alterar o art. 1º, da Instrução Normativa nº 03, de 8 de janeiro de 2008,
que passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 1º Aprovar os Critérios e Procedimentos para Aplicação das Medidas
Integradas em um Enfoque de Sistemas para o Manejo de Risco - SMR da Praga
Mancha Preta ou Pinta Preta dos Citros (MPC) Guignardia citricarpa Kiely (Phyllosticta
citricarpa Van der Aa) em espécies do gênero Citrus destinadas à exportação e quando
houver exigência do país importador.

§ 1º Os critérios e procedimentos do SMR previstos nesta Instrução Normativa


não se aplicam aos frutos de Citrus latifolia Tanaka (lima-ácida Tahiti).
§ 2º O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, por meio das
Instâncias Intermediárias nas Unidades da Federação - UF, delimitará e publicará, em
legislação complementar, as áreas com ocorrência da praga com base em
levantamentos oficiais.
§ 3º As Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária enviarão à Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA os resultados dos
levantamentos referentes ao semestre imediatamente anterior, sendo o primeiro até
15 de julho e o segundo até 15 de janeiro". (NR)

213
Art. 2º O art. 4º, da Instrução Normativa nº 03, de 8 de janeiro de 2008, passa
a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 4º Frutos cítricos provenientes de UF com registro oficial de Guignardia
citricarpa, ainda que apresentem sintomas da MPC poderão transitar para outras UF,
inclusive aquelas reconhecidas como livres de ocorrência da praga, desde que isentos
de material vegetativo e originados de Unidades de Produção que adotem as práticas
de Manejo Integrado preconizadas no § 2º, do art. 2º, do Anexo I, desta Instrução
Normativa, devidamente registradas pelo Responsável Técnico no Livro de
Acompanhamento da certificação fitossanitária.
Parágrafo único. Para o trânsito, será exigido Certificado Fitossanitário de
Origem (CFO) ou Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) com a
seguinte Declaração Adicional: "Os frutos foram produzidos sob Manejo Integrado de
Guignardia citricarpa e submetidos a processo de seleção para a retirada de folhas e
partes de ramos". (NR)
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
REINHOLD STEPHANES
D.O.U., 06/01/2009 - Seção 1

LEGISLAÇÃO FEDERAL

MORTE SÚBITA DOS CITROS

Instrução Normativa nº 16, de 18 de março de 2003

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere
o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria
Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, nos termos dispostos nos capítulos III
e IV, do Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal, aprovado pelo Decreto nº 24.114,
de 12 de abril de 1934,
Considerando a importância econômica da cultura dos citros para o Brasil, que
constitui uma das principais fontes de divisas para o país;
Considerando a ocorrência de uma nova praga na cultura dos citros, de causa
ainda desconhecida, identificada como Morte Súbita dos Citros - MSC, que vem
atingindo pomares cítricos em municípios dos Estados de Minas Gerais e São Paulo, e
o que consta do Processo nº 21000.002471/2002-01, resolve:
Art. 1º Proibir a saída de material propagativo de citros (mudas, borbulhas,
porta-enxertos), formado ou produzido em viveiros telados e a céu aberto nos
Municípios de Comendador Gomes, Frutal, Uberlândia, Monte Alegre de Minas, Prata,
Campo Florido e Planura do Estado de Minas Gerais, e em Altair, Barretos, Colômbia,
Guarací, Olímpia e Nova Granada, do Estado de São Paulo, e outros onde for
constatada a ocorrência da Morte Súbita dos Citros, exceção feita ao material
produzido em ambiente protegido com tela antiafídeos de malha de, no máximo,
0,64mm por 0,20mm.

214
§ 1º O transporte de material depropagação de citros (mudas e porta-enxertos)
produzido em ambiente protegido, nos municípios com ocorrência da praga, deverá
ser realizado em veículo com proteção de tela antiafídeos, acompanhado de
Certificado Fitossanitário de Origem - CFO ou Permissão de Trânsito de Vegetal - PTV,
com declaração adicional de que procede de viveiro telado.
§ 2º O transporte de material de propagação de citros (mudas e porta-
enxertos) produzido em municípios indenes que passar por municípios afetados
deverá ser realizado em veículo com proteção de tela antiafídeos.

Art. 2º Novos focos de Morte Súbita dos Citros que vierem a ser detectados em
áreas isoladas, distantes de áreas contaminadas, serão sumariamente erradicados, às
expensas do proprietário, arrendatário ou ocupante de imóveis rurais e urbanos, assim
como as mudas, borbulhas, sementes e porta-enxertos, não cabendo qualquer tipo
de indenização.

§ 1º As mudas, borbulhas, sementes e porta-enxertos que estiverem em


desacordo com esta Instrução Normativa serão sumariamente destruídos, não
cabendo aos infratores qualquer indenização.
§ 2º Os órgãos executores de defesa vegetal deverão encaminhar à
Coordenação de Proteção de Plantas - CPP, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - MAPA, a listagem dos municípios onde for constatada a praga.

Art. 3º Determinar aos órgãos executores de defesa vegetal das Unidades da


Federação a continuidade dos trabalhos de levantamento de ocorrência desta praga
e a responsabilidade da manutenção dos registros de mudas, borbulhas, sementes e
porta-enxertos produzidos em municípios onde for constatada a ocorrência desta
praga, objetivando o rastreamentoe a identificação das áreas afetadas e indenes.
Art. 4º As ações preventivas, tanto no âmbito da fitossanidade e da fiscalização,
como no do apoio à pesquisa, assistência técnica e extensão rural, deverão ser
empreendidas como componentes fundamentais para evitar o avanço da praga para
áreas indenes.
Art. 5º O não-cumprimento do estabelecido nesta Instrução Normativa poderá
ensejar sanções, previstas no art. 259, parágrafo único, do Código Penal, e art. 61,
da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
Art. 6º Esta Instrução Normativaentra em vigor na data de sua publicação.
MAÇAO TADANO
(Of. El. nº OF-SDA066-03)

D.O.U., 19/03/2003 - Edição Extra

Instrução Normativa nº 64, de 10 dezembro de 2019

Declara revogação, para fins do disposto no art. 9º do Decreto nº 9.759, de 11


de abril de 2019, de atos normativos.

215
A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,
no uso das atribuições previstas no art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição,
tendo em vista o disposto no art. 9º do Decreto 9.759, de 11 de abril de 2019, e o
que consta do Processo nº 21000.022084/2019-21, resolve:
Art. 1º Declarar a revogação:
I - da Instrução Normativa nº 13, de 17 de maio de 2012;
II - da Instrução Normativa nº 47, de 24 de setembro de 2013;
III - da Instrução Normativa nº 35, de 27 de outubro de 2015;
IV - da Instrução Normativa nº 34, de 25 de agosto de 2016;
V - da Instrução Normativa nº 43, de 13 de agosto de 2018;
VI - da Portaria nº 95, de 24 de agosto de 2016;
VII - da Portaria n° 1.361, de 16 de junho de 2017;
VIII - da Portaria nº 637, de 23 de abril de 2018;
IX - da Portaria nº 63, de 14 de maio de 2018;
X - da Portaria nº 108, de 3 de outubro de 2018.
Art. 2º As atribuições dos órgãos colegiados criados pelas instruções
normativas e instituídas pelas portarias constantes no art. 1º ficam transferidas aos
órgãos responsáveis.
Parágrafo único. Considera-se órgão responsável o Departamento de Sanidade
Vegetal e Insumos Agrícolas, que exerce a função de coordenação do colegiado.
Art. 3º Os colegiados abrangidos por esta Instrução Normativa são aqueles
listados no Anexo.
Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
TEREZA CRISTINA CORRÊA DA COSTA DIAS

ANEXO
Lista dos Colegiados
Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária para a Moniliophthora roreri
Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária para o Candidatus Phytoplasma
palmae
Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária para a Cydia pomonella
Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária para a Erwinia amylovora
Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária para o Fusarium oxysporum f.sp
cubense raça 4 tropical

DOU 11/12/2019, SEÇÃO 1, PÁGINA 31.

SIGATOKA NEGRA

Instrução Normativa nº 17, de 31 de maio de 2005

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere
o art. 42, do Anexo I, do Decreto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em vista
o disposto no Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal, Capítulo IV, aprovado pelo

216
Decreto nº 24.114, de 12 de abril de 1934, e o que consta do Processo nº
21000.010414/2004-59, resolve:
Art. 1º Aprovar os PROCEDIMENTOS PARA A CARACTERIZAÇÃO,
IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ÁREA LIVRE DA SIGATOKA NEGRA e os
PROCEDIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE
MITIGAÇÃO DE RISCO PARA SIGATOKA NEGRA - Mycosphaerella fijiensis (Morelet)
Deighton, constantes dos Anexos I e II desta Instrução Normativa.

§ 1º Nas Unidades da Federação onde a praga não foi detectada, deverá ser
comprovada a condição de Área Livre da Sigatoka Negra ao Departamento de
Sanidade Vegetal - DSV, desta Secretaria, para reconhecimento oficial, no prazo de
180 (cento e oitenta) dias, a partir da data de publicação desta Instrução Normativa.
§ 2º Ficam convalidados os prazos vincendos estabelecidos conforme a
Instrução Normativa nº 41, de 21 de junho de 2002, para a manutenção dos Locais
de Produção Livres e das Áreas Livres da Sigatoka Negra reconhecidos pelo MAPA.

Art. 2º O trânsito de frutos de bananeira nas Unidades da Federação - UF


somente poderá ocorrer nos seguintes casos: (Redação dada pela Instrução
Normativa 4/2012/SDA/MAPA)___________________ Redações Anteriores

I - entre Áreas Livres de Sigatoka Negra; (Acrescentado pela Instrução


Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
II - entre UF sem ocorrência de Sigatoka Negra, ressalvadas as Áreas
Livres; (Acrescentado pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
III - de Área Livre de Sigatoka Negra para área com ocorrência da
praga; (Acrescentado pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
IV - de UF sem ocorrência de Sigatoka Negra para área com ocorrência da
praga;(Acrescentado pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
V - entre áreas com ocorrência de Sigatoka Negra, vedada a passagem por
Área Livre ou UF considerada de ocorrência da praga, que tenha solicitado a revisão
de sua condição fitossanitária, nos termos do § 1º do art. 11; ou (Acrescentado
pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
VI - de Unidade de Produção sob Sistema de Mitigação de Risco para Sigatoka
Negra para as demais áreas. (Acrescentado pela Instrução Normativa
4/2012/SDA/MAPA)

Art. 3º Proibir o trânsito de mudas de Musa spp e seus cultivares


micropropagados, entre as Unidades da Federação, que não forem:

I - pré-aclimatadas ou aclimatadas em estufas ou casas de vegetação; e


II - tratadas com fungicidas registrados, 10 (dez) dias antes de sua expedição
para as Unidades da Federação.
III - transportadas ainda in vitro. (Acrescentado(a) pelo(a) Instrução
Normativa 21/2005/SDA/MAPA)

Art. 4º Proibir o trânsito de mudas de bananeira, não micropropagadas, que


não sejam provenientes de bananais de Áreas Livres de Sigatoka Negra. (Redação

217
dada pela Instrução Normativa
4/2012/SDA/MAPA)____________________________ Redações Anteriores
Art. 5º No interesse de instituições de pesquisa científica, será permitido o
trânsito de material genético de Musa spp e seus cultivares, para estudo,
acompanhado de Autorização Declaratória emitida pela Área de Sanidade Vegetal da
Superintendência Federal da Agricultura - SFA na Unidade da Federação de origem do
material.

§ 1º O material genético de que trata o caput deste artigo deverá ser


transportado em recipiente lacrado, devendo o número do lacre constar da
Autorização Declaratória.
§ 2º A SFA no Estado emitente deverá comunicar, à SFA no Estado de destino,
a remessa do material.
§ 3º O interessado deverá comunicar a SFA de destino quando do recebimento
do material para que haja inspeção do mesmo.

Art. 6º Proibir o trânsito de bananas em cacho em todo o território nacional.


Art. 7º O trânsito de plantas ou partes de plantas de Helicônias obedecerá aos
mesmos critérios e medidas previstos para o trânsito de mudas, partes de plantas e
frutos de banana.
Art. 8º O trânsito de plantas, mudas micropropagadas ou partes de plantas de
bananeira (Musa spp e seus cultivares) obedecerá à legislação de certificação
fitossanitária de origem, a certificação fitossanitária de origem consolidada e
permissão de trânsito de vegetais vigente.
Parágrafo único. Fica proibido o trânsito de folhas de bananeira ou parte da
planta no acondicionamento de qualquer produto.
Art. 9º Os órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal serão responsáveis por
garantir que, nas áreas infestadas, os bananais abandonados, as bananeiras
abandonadas e os cultivos de Helicônias abandonados e sem controle da praga serão
eliminados, não cabendo aos proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer
título, de imóveis ou propriedades, indenização no todo ou em parte das plantas
eliminadas.
Parágrafo único. Os bananais e bananeiras abandonados e cultivos plantas e
partes de plantas de Helicônias deverão ser inspecionados e, sendo comprovada a
presença da praga Sigatoka Negra, serão eliminados por métodos mecânicos ou
químicos.
Art. 10. O DSV, por intermédio da Coordenação Geral de Proteção de Plantas -
CGPP, coordenará as atividades de prevenção e controle da Sigatoka Negra em todo
o território nacional e as Secretarias de Agricultura ou os órgãos estaduais de defesa
sanitária vegetal fiscalizarão e executarão as atividades no âmbito estadual, em
cumprimento a esta Instrução Normativa.
Art. 11. As ocorrências da praga Sigatoka Negra deverão ser notificadas às
autoridades fitossanitárias federais ou estaduais, que repassarão imediatamente as
informações ao DSV, desta Secretaria de Defesa Agropecuária.

218
§ 1º A UF onde ocorreu detecção de Sigatoka Negra poderá solicitar a revisão
de sua condição fitossanitária após 5 (cinco) anos sem a presença da
praga. (Acrescentado pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
§ 2º O reconhecimento de Área Livre de Sigatoka Negra em município onde
houve detecção da praga somente poderá ocorrer após 10 (dez) anos sem novas
detecções. (Acrescentado pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
§ 3º O Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal - OEDSV, responsável pela
solicitação, deverá realizar levantamento fitossanitário anual em 5% (cinco por cento)
das propriedades produtoras de banana e 2% (dois por cento) das propriedades
produtoras de helicônias, abrangendo áreas homogêneas onde a praga é considerada
presente. (Acrescentado pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)
§ 4º A unidade de sanidade vegetal da respectiva SFA deverá supervisionar os
levantamentos realizados pelo OEDSV, emitindo Parecer Técnico acerca de sua
realização. (Acrescentado pela Instrução Normativa 4/2012/SDA/MAPA)

Art. 12. O descumprimento das exigências desta Instrução Normativa


configurará os crimes previstos no art. 259, do Código Penal, e no art. 61, da Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, podendo implicar o cancelamento do
reconhecimento oficial de Área Livre da Sigatoka Negra.
Art. 13. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 14. Fica revogada a Instrução Normativa nº 41, de 21 de junho de 2002.
GABRIEL ALVES MACIEL

ANEXO I
PROCEDIMENTOS PARA CARACTERIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO
DE ÁREA LIVRE DA SIGATOKA NEGRA - Mycosphaerella fijiensis (Morelet) Deighton
PARA EFEITO DESTES PROCEDIMENTOS,

CONSIDERA-SE:
ÁREA LIVRE DE PRAGA - área onde uma praga específica não ocorre, sendo
esse fato demonstrado por evidência científica e na qual, de forma apropriada, essa
condição está sendo mantida oficialmente.
ÁREA INFESTADA - área urbana ou rural, com a delimitação de seus limites,
onde foi detectada a praga.

1 - CARACTERIZAÇÃO DA CULTURA DA BANANA E SITUAÇÃO DA SIGATOKA


NEGRA NA UNIDADE DA FEDERAÇÃO (realizado pelo Órgão Estadual de Defesa de
Sanidade Vegetal - OEDSV, da Unidade da Federação)

1.1 - Descrever a situação da cultura da banana na Unidade da Federação (área


plantada, variedades cultivadas, estimativa de produção, destino da produção,
sistemas de cultivo - tecnologias aplicadas e procedimentos de colheita e pós-colheita,
quantidade de mão-de-obra empregada na cadeia produtiva - direta e indireta).
1.2 - Apresentar, em mapa cartográfico, as rotas de trânsito de banana no
estado.
1.3 - Elaborar mapa georreferenciado, identificando:

219
1.3.1 - Áreas de produção comercial; e
1.3.2 - Focos de ocorrência da praga.
1.4 - Fornecer informações sobre dados climatológicos da região.

2 - DIRETRIZES PARA LEVANTAMENTOS FITOSSANITÁRIOS DA SIGATOKA


NEGRA

2.1 - Levantamento para Detecção da Praga (conduzido pelo OEDSV da


Unidade da Federação, em uma área sem relato de ocorrência da praga, para
determinar se a praga está presente).

2.1.1 - Amostragem das áreas a serem inspecionadas:

2.1.1.1 - Em área sem relato de ocorrência da praga, inspecionar 1% das


propriedades ou quarteirões; e
2.1.1.2 - Em Área Livre, inspecionar 2% das propriedades ou quarteirões.

2.1.2 - Amostragem das plantas a serem inspecionadas:

2.1.2.1 - Em área urbana e área rural não comercial, inspecionar no mínimo 3


plantas adultas, próximas do florescimento, por hectare; e
2.1.2.2 - Em área de produção comercial, inspecionar no mínimo 5 plantas
adultas, próximas do florescimento, por hectare.

2.1.3 - Periodicidade dos levantamentos nas propriedades rurais com produção


não comercial e zonas urbanas as inspeções deverão ser realizadas pelo OEDSV a
cada 3 meses.

2.2 - Levantamento para Delimitação da Praga (conduzido pelo OEDSV da


Unidade da Federação para estabelecer os limites de uma área considerada como
infestada por uma praga).

2.2.1 - Num raio de 0 a 10 km do foco da praga, inspecionar 3 plantas adultas,


próximas do florescimento, por hectare, em 50% das propriedades.
2.2.2 - Num raio de 10 a 30 km do foco da praga, inspecionar 3 plantas adultas,
próximas do florescimento, por hectare, em 30% das propriedades.
2.2.3 - Num raio de 30 a 70 km do foco da praga, inspecionar 3 plantas adultas,
próximas do florescimento, por hectare, em 10% das propriedades.
2.2.4 - Nas estradas que sejam rotas de risco para a praga, inspecionar 3
plantas adultas, próximas do florescimento, por hectare, em 50% das propriedades
existentes às suas margens.

2.3 - Monitoramento para certificação da produção e manutenção do


reconhecimento de Área Livre da Sigatoka Negra:

220
2.3.1 - A metodologia de monitoramento será definida de acordo com as
condições do produtor, podendo ser adotada:

2.3.1.1 - estações de pré-aviso bioclimático (modelo da Empresa de Pesquisa


Agropecuária de Santa Catarina);
2.3.1.2 - pré-aviso biológico (modelo da Empresa de Pesquisa Agropecuária de
Minas Gerais); e
2.3.1.3 - bosques de bananeiras de cultivares indicadoras, resistentes à
Sigatoka Amarela, mas suscetíveis à Sigatoka Negra (no mínimo 20 mudas das
cultivares Terra, D'Angola, Nam, Pioneira e Tropical), que serão observadas
semanalmente pelo técnico responsável, que deverá comunicar ao OEDSV qualquer
suspeita.

3 - DELIMITAÇÃO E MEDIDAS OFICIAIS ADOTADAS PARA CARACTERIZAÇÃO


DA ÁREA LIVRE DA SIGATOKA NEGRA

3.1 - Considerar uma distância mínima de 70km de possíveis fontes de


infestação da praga.
3.2 - Obedecer aos limites oficialmente reconhecidos (estradas, rios, etc.).
3.3 - Descrever a existência de possíveis barreiras naturais que dificultem o
avanço da praga.
3.4 - Documentar os levantamentos oficiais realizados para a declaração de
Área Livre da Praga.
3.5 - Elaborar Plano Emergencial a ser aplicado em caso de surgimento de foco
da praga na Área Livre da Praga.
3.6 - Elaborar mapa georreferenciado com as propriedades que possuem
plantios comerciais de banana dentro dos limites da Área Livre da Sigatoka Negra.
3.7 - Fazer o cadastramento das propriedades da Área Livre da Praga
atendendo os seguintes itens:

3.7.1 - Nome do produtor;


3.7.2 - Situação fundiária da propriedade;
3.7.3 - Localização da propriedade com GPS;
3.7.4 - Identificação das cultivares e idade dos plantios de banana em produção
e formação;
3.7.5 - Estimativa da produção anual (kg);
3.7.6 - Destino da produção; e
3.7.7 - Nome do Responsável Técnico.

3.8 - Relacionar os Fiscais Estaduais cadastrados para emissão da Permissão


de Trânsito de Vegetais - PTV, designados para atuar na região da Área Livre da
Praga, que deverão:

3.8.1 - Fiscalizar as Casas de Embalagens para garantir que nelas não tenham
sido processadas bananas de áreas não cadastradas;

221
3.8.2 - Inspecionar as propriedades cadastradas para verificação da
conformidade com as medidas fitossanitárias estabelecidas por este regulamento; e
3.8.3. A fiscalização de defesa vegetal, quando necessário, deverá lacrar a
carga emitindo as PTVs nas próprias casas de embalagens ou nas barreiras de
fiscalização fitossanitárias mais próximas das casas de embalagens, anotando o
número dos lacres nas PTVs. (Redação dada pela Instrução Normativa
4/2012/SDA/MAPA)_________________ Redações Anteriores

3.9 - Mapa georreferenciado das barreiras fitossanitárias existentes para o


controle do trânsito, com descrição dos recursos materiais e humanos de cada barreira
e escalas de plantão dos Fiscais Estaduais.
3.10 - Regulamentação, pela autoridade competente da Unidade da Federação,
de medidas de prevenção a serem adotadas obrigatoriamente, entre as quais:

3.10.1 - Implantar mecanismos que garantam que os veículos que entrem na


Área Livre sejam desinfetados;
3.10.2 - Aplicar os métodos de manejo recomendados;
3.10.3 - Introduzir somente material de propagação livre da praga;
3.10.4 - Manter o registro dos procedimentos de cultivo, medidas e
levantamentos fitossanitários executados no período de reconhecimento; e
3.10.5 - Notificar ao OEDSV qualquer presença suspeita ou efetiva da praga.

3.11 - O OEDSV da Unidade da Federação deverá encaminhar ao DSV, por meio


da Superintendência Federal da Agricultura - SFA, relatórios bimensais sobre todas as
atividades desenvolvidas na Área Livre da Sigatoka Negra.

4 - SUPERVISÃO PARA MANUTENÇÃO DA SITUAÇÃO DE ÁREA LIVRE DA


SIGATOKA NEGRA

4.1 - O OEDSV da Unidade da Federação deverá supervisionar todos os setores


envolvidos no processo de certificação, garantindo a realização de todos os
levantamentos e medidas fitossanitárias de controle estabelecidas por este
regulamento.
4.2 - O DSV, em conjunto com ÁREA DE SANIDADE VEGETAL DA IFA na
Unidade da Federação, deverá realizar, no mínimo, uma auditoria por ano nas Áreas
Livres.

5 - IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E SEGURANÇA FITOSSANITÁRIA DA


PARTIDA

5.1 - Utilizar embalagens plásticas higienizadas.


5.2 - As embalagens de madeira deverão ser novas, de primeiro uso ou de
papelão.
5.3 - A identificação nas embalagens deverá ser fixa e não colada, em
conformidade com as normas específicas.

222
5.4. A carga destinada à outra Área Livre de Sigatoka Negra, que transitar por
Unidade da Federação com ocorrência da praga, deverá estar amarrada e lacrada,
garantindo a origem do produto. (Redação dada pela Instrução Normativa
4/2012/SDA/MAPA)____________________ Redações Anteriores
5.5 - Declaração Adicional constando que a partida é originária de Área Livre
da Sigatoka Negra.

6 - RECONHECIMENTO DA SITUAÇÃO DE ÁREA LIVRE DA SIGATOKA NEGRA

6.1 - O DSV deverá analisar o processo e proceder à auditoria técnica para


verificar a conformidade na aplicação das medidas fitossanitárias estabelecidas por
este regulamento.
6.2 - A Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA deverá publicar ato de
reconhecimento oficial da situação da área e dar ampla divulgação a todas as SFAs e
aos OEDSVs.

ANEXO II
PROCEDIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE
MITIGAÇÃO DE RISCO PARA A PRAGA SIGATOKA NEGRA - Mycosphaerella fijiensis
(Morelet) Deighton

1 - SISTEMA DE MITIGAÇÃO DE RISCO - SMR: integração de diferentes


medidas de manejo de risco de pragas das quais pelo menos duas atuam
independentemente com efeito acumulativo, para atingir o nível apropriado de
segurança fitossanitária.
2 - IMPLANTAÇÃO: o SMR poderá ser implantado nas áreas onde for detectada
a presença da Sigatoka Negra, possibilitando ao produtor a manutenção de sua
atividade e comercialização do seu produto nas Unidades da Federação.
3 - IDENTIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE (levantamento realizado pelo OEDSV):

3.1 - nome do proprietário / meeiro / arrendatário;


3.2 - nome da propriedade;
3.3 - localização georreferenciada;
3.4 - área total da propriedade, em hectares;
3.5 - área com bananeiras (idade, cultivares, estimativa de produção); e
3.6 - área com outras culturas (especificar: idade, variedades).

4 - CADASTRAMENTO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO

4.1 - Unidade de Produção - UP: área cultivada com bananeiras, cadastrada


junto ao OEDSV para implantação do SMR.
4.2 - O proprietário deverá solicitar o cadastramento da UP ao OEDSV.
4.3 - Para efeito de rastreabilidade, o OEDSV, após o cadastramento da UP,
emitirá para cada UP um código alfanumérico.

223
4.4 - Identificar o Responsável Técnico - RT e número do seu cadastramento
no OEDSV.
4.5 - Identificar o destino da produção.
4.6 - O proprietário deverá assinar o Termo de Adesão junto ao OEDSV.
4.7 - O proprietário deverá informar no prazo máximo de 30 (trinta) dias, ao
OEDSV, a mudança do RT, quando ocorrer.

5 - EXECUÇÃO DE PRÁTICAS AGRÍCOLAS

5.1 - Executar Práticas Agrícolas para a cultura da banana.


5.2 - A parte da folha que apresentar sintomas da Sigatoka Negra deverá ser
podada.
5.3 - Adotar o manejo integrado da Sigatoka Negra, incluindo, se necessário,
controle químico com produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - MAPA.
5.4 - Poderão ser utilizados métodos alternativos de aplicação de agrotóxicos
recomendados por entidades oficiais de pesquisa.
5.5 - Fazer o plantio de cultivares tolerantes recomendadas pela pesquisa e
certificadas.
5.6 - A metodologia de monitoramento será definida de acordo com as
condições do produtor, para indicar o momento mais propício para executar o controle
químico.
5.7 - Adotar, quando for o caso, sistemas orgânicos de produção ou o sistema
de produção integrada de banana (PIB).

6 - CUIDADOS NO PÓS-COLHEITA NAS CASAS DE EMBALAGEM

6.1 - Identificar, com base no Certificado Fitossanitário de Origem - CFO, os


lotes de banana que entram na Casa de Embalagem quando originários de outras UPs.
6.2 - Os cachos deverão ser previamente despencados na UP.
6.3 - As pencas deverão ser higienizadas com produtos recomendados por
entidades oficiais de pesquisa.
6.4 - Utilizar caixas plásticas higienizadas acompanhadas de declaração de
higienização emitida por empresa credenciada pelo OEDSV; caixas de madeira
somente novas e não retornáveis ou caixas de papelão descartáveis.
6.5 - A emissão do CFO, Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado -
CFOC e PTV obedecerão à legislação vigente.

6.5.1 - Para as cargas que atendem ao disposto nesta Instrução Normativa, os


Responsáveis Técnicos e os Fiscais Estaduais, nos documentos de suas competências,
farão constar a seguinte declaração adicional:
"A partida é originária de Unidade de Produção onde foi
implantado o Sistema de Mitigação de Risco para Sigatoka Negra"

224
6.6 - Todos os procedimentos deverão ser registrados por seus respectivos
responsáveis.
6.7 - As bananas que não passarem por Casas de Embalagens só poderão ser
comercializadas no próprio estado de origem.

7 - VISTORIA DA CASA DE EMBALAGEM

7.1 - As Casas de Embalagem que beneficiam frutos para exportação deverão


ser cadastradas junto ao OEDSV da UF.
7.2 - O OEDSV da UF fará a vistoria da Casa de Embalagem emitindo o Laudo
de Vistoria que, não havendo nada em contrário, receberá o cadastramento.
7.3 - É proibido o cadastramento de Casas de Embalagem localizadas em
Centrais de Abastecimento - CEASAs ou locais similares.

8 - INSPEÇÃO / FISCALIZAÇÃO

8.1 - O OEDSV realizará as inspeções nas UPs e Casas de Embalagens


cadastradas.

9 - CONTROLES E RELATÓRIOS

9.1 - O RT responsável pelo acompanhamento da UP deverá elaborar relatório


trimestral, encaminhando-o ao OEDSV ate o 5º dia útil.
9.2 - Os relatórios enviados pelos RTs serão analisados pelo OEDSV, que
determinará a necessidade ou não da implementação de ações corretivas.
9.3 - O OEDSV encaminhará, trimestralmente, relatórios à SFA.
9.4 - A SFA, após análise e consolidação das informações, enviará,
trimestralmente, os relatórios ao DSV para acompanhamento, avaliação e parecer.

10 - PENALIDADES

10.1 - A UP, a Casa de Embalagem ou o RT poderão ter os seus cadastros


cancelados quando não forem atendidas as exigências e responsabilidades previstas,
respectivamente, nesta Instrução Normativa.
D.O.U., 03/06/2005

MOKO DA BANANEIRA

Instrução Normativa nº 17, de 27 de maio de 2009

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA


AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da competência que lhe
confere o inciso IV, art. 103, Anexo da Portaria nº 45, de 22 de março de 2007, tendo
em vista o disposto no art. 12, da Instrução Normativa nº 52, de 20 de novembro de

225
2007, com as alterações da Instrução Normativa nº 41, de 1º de julho de 2008, e o
que consta do Processo nº 21000.003714/2007-24, resolve:
Art. 1º Regulamentar os critérios para reconhecimento e manutenção de Áreas
Livres da Praga Ralstonia solanacearum raça 2 (ALP Moko da Bananeira), visando
atender exigências quarentenárias de países importadores, na forma do Anexo I, desta
Instrução Normativa.
Art. 2º Regulamentar os critérios para implantação e manutenção da aplicação
de medidas integradas em um enfoque de Sistemas para o Manejo de Risco de pragas
para Moko da Bananeira (SMR Moko da Bananeira), visando atender exigências
quarentenárias de países importadores, na forma do Anexo II, desta Instrução
Normativa.
Art. 3º Proibir o trânsito de mudas e rizomas de bananeira e helicônias,
produzidas em Unidades da Federação (UF) com ocorrência de Ralstonia solanacearum
raça 2, salvo nos casos de mudas:

I - produzidas em ALP Moko da Bananeira, existente na UF;


II - transportadas ainda in vitro; e
III - micropropagadas, desde que sem contato com o solo local, da aclimatação
ao transporte.

Art. 4º As condições previstas nos incisos II e III, do art. 3º, desta Instrução
Normativa, deverão ser descritas no documento para informações complementares do
Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), que conterá a seguinte declaração
adicional: "As mudas encontram- se livres de Ralstonia solanacearum raça 2.".
Parágrafo único. Em caso de trânsito interestadual, a fiscalização estadual
deverá lacrar a carga, emitindo a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), nos locais
de produção ou nas barreiras de fiscalização fitossanitária mais próximas destes,
anotando o número do lacre na mesma, e transcrevendo as informações
complementares e a declaração adicional, constante do caput.
Art. 5º Para o trânsito interestadual de mudas produzidas em ALP Moko da
Bananeira, será exigida a PTV, fundamentada em CFO, contendo a seguinte declaração
adicional: "As mudas foram produzidas em Área Livre de Ralstonia solanacearum raça
2, oficialmente reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.".
Parágrafo único. A carga das mudas previstas no caput deverá ser lacrada pela
fiscalização estadual, anotando o número do lacre na PTV.
Art. 6º Para o trânsito interestadual de mudas produzidas em UF com ausência
de Ralstonia solanacearum raça 2, será exigida a PTV contendo a seguinte declaração
adicional: "As mudas se encontram livres de Ralstonia solanacearum raça 2.".
Parágrafo único. Quando em trânsito por UF com a presença da praga, tendo
como destino ALP Moko da Bananeira ou UF sem presença de Ralstonia solanacearum
raça 2, a carga deverá ser lacrada na UF de origem, devendo o fiscal responsável
anotar o número do lacre na PTV.
Art. 7º Restringir a entrada, em ALP Moko da Bananeira, de frutos de banana e
inflorescências de helicônias produzidos em UF com ocorrência de Ralstonia
solanacearum raça 2.
Parágrafo único. Para entrada dos produtos a que se refere o caput, em ALP
Moko da Bananeira, será exigida a PTV, contendo uma das seguintes declarações
adicionais: "Os frutos ou inflorescências foram produzidos em Área Livre de Ralstonia

226
solanacearum raça 2 oficialmente reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento" ou "Os frutos ou inflorescências foram produzidos sob aplicação de
medidas integradas em um enfoque de Sistemas para o Manejo de Risco da praga
Ralstonia solanacearum raça 2".
Art. 8º Para o trânsito interestadual de frutos de banana e inflorescências de
helicônias produzidos em UF com ausência de Ralstonia solanacearum raça 2, será
exigida a PTV apenas para comprovação da origem.
Art. 9º Para a entrada em UF com ausência de Ralstonia solanacearum raça 2,
de frutos de banana e inflorescências de helicônias produzidos em UF com presença
da praga, será exigida a PTV, fundamentada em CFO.

§ 1º No caso de frutos ou inflorescências não produzidos sob SMR Moko da


Bananeira, o CFO deverá conter a seguinte declaração adicional: "Os frutos ou
inflorescências foram produzidos em UP onde não foi observada a presença de
Ralstonia solanacearum raça 2, nos últimos doze meses".
§ 2º Para frutos ou inflorescências produzidos sob SMR Moko da Bananeira, o
CFO deverá conter a seguinte declaração adicional: "Os frutos ou inflorescências foram
produzidos sob aplicação de medidas integradas em um enfoque de Sistemas para o
Manejo de Risco da praga Ralstonia solanacearum raça 2".

Art. 10. O trânsito de plantas de bananeira e helicônias e de suas partes, para


estudo em instituições de pesquisa científica, deverá ser autorizado pela área de
sanidade vegetal da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (SFA), na UF de origem do material.

§ 1º Não se aplica o disposto no caput deste artigo no caso de trânsito entre


UF's com ocorrência de Moko da Bananeira.
§ 2º O material de que trata o caput deste artigo deverá ser transportado em
compartimento lacrado.
§ 3º A SFA na UF de origem deverá comunicar a remessa do material previsto
no caput, com no mínimo setenta e duas horas de antecedência, à SFA na UF de
destino.
§ 4º A instituição destinatária quando do recebimento do material deverá
comunicar imediatamente a SFA na UF de destino, para inspeção do mesmo.
§ 5º Caso o material inspecionado apresente sintomas de Moko da Bananeira,
serão coletadas amostras para realização de análise em laboratório oficial ou
credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), devendo
o material ficar retido na instituição destinatária até a emissão do laudo laboratorial
conclusivo.
§ 6º Confirmada contaminação por Ralstonia solanacearum raça 2, do material
constante do parágrafo anterior, serão adotadas as seguintes providências:

I - o material retido será destruído, não cabendo qualquer tipo de indenização;


e
II - não serão expedidas novas autorizações para a instituição de origem do
material contaminado pelo prazo de um ano.

227
Art. 11. O material propagativo, os frutos de banana ou as inflorescências de
helicônia apreendidos pela fiscalização de defesa sanitária vegetal, em desacordo com
o previsto nesta Instrução Normativa, serão sumariamente destruídos, ou determinado
o retorno à origem, não cabendo ao infrator qualquer tipo de indenização, sem prejuízo
das demais sanções estabelecidas pela legislação própria.
Parágrafo único. A destruição citada no caput deste artigo deverá ser feita com
emprego de métodos e materiais que assegurem a completa inutilização do material
propagativo, frutos ou inflorescências, com eliminação do patógeno.
Art. 12. Detecção de Moko da Bananeira em UF na qual a praga estiver ausente
ou em ALP Moko da Bananeira deverá ser imediatamente comunicada à SFA da UF
correspondente, que informará ao Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal
(OEDSV), da Instância Intermediária do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, bem como à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do MAPA.

§ 1º O OEDSV deverá realizar levantamentos fitossanitários anuais, na UF sem


presença de Ralstonia solanacearum raça 2, exceto ALP Moko da Bananeira,
informando os resultados à SFA correspondente.
§ 2º Caso sejam detectados focos de Ralstonia solanacearum raça 2, deverão
ser aplicadas as medidas previstas nas seções IV e V, do Anexo I, desta Instrução
Normativa.

Art. 13. Em casos excepcionais, com aprovação ou por determinação da


SDA/MAPA, quaisquer atividades atribuídas às Instâncias Intermediárias do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, por esta Instrução Normativa e seus
Anexos, poderão ser executadas pela Instância Central e Superior.
Art. 14. A SDA/MAPA, diretamente ou representada pela área de sanidade
vegetal da SFA na UF correspondente, deverá realizar, no mínimo, uma auditoria por
ano nas ALP's Moko da Bananeira e nas UF's que implantarem o SMR Moko da
Bananeira.
Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor cento e oitenta dias da data
de sua publicação.
INÁCIO AFONSO KROETZ

ANEXO I
CAPÍTULO I
DO RECONHECIMENTO E MANUTENÇÃO DE ALP MOKO DA BANANEIRA
Seção I
Das definições

Art. 1º Denominar-se-á ALP Moko da Bananeira, uma área onde a praga


Ralstonia solanacearum raça 2 não ocorre, sendo isto demonstrado por evidência
científica e na qual, de forma apropriada, esta condição está sendo mantida
oficialmente.
Art. 2º Denominar-se-á praga ausente, quando não for detectada pela vigilância
geral a presença desta em determinada área, condição que deve ser comprovada por
meio de registros específicos.
Art. 3º Entender-se-á por erradicação da doença, as medidas a serem adotadas
para eliminação completa da bactéria Ralstonia solanacearum raça 2.

228
Art. 4º Denominar-se-á área perifocal, aquela abrangida pela distância de dez
metros a partir do foco ou do perímetro dos viveiros contaminados, podendo ser
ampliada até o máximo de vinte metros ou reduzida até o mínimo de cinco metros, a
critério das Instâncias Intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, nas áreas geográficas sob sua circunscrição.
Art. 5º Denominar-se-á foco, a planta ou as plantas infectadas por Ralstonia
solanacearum raça 2.

Seção II
Do procedimento para reconhecimento oficial de ALP Moko da Bananeira

Art. 6º O OEDSV deverá realizar levantamento fitossanitário nas áreas a serem


reconhecidas como livres de Moko da Bananeira.

§ 1º Os levantamentos deverão ser realizados em cada uma das regiões


homogêneas da UF, de maneira a se obter uma cobertura geográfica representativa.
§ 2º O levantamento será realizado em dez por cento da área cultivada com
banana e cinco por cento da área cultivada com helicônia, na UF, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de maneira proporcional à
produção das regiões citadas no parágrafo anterior.
§ 3º Será inspecionado um por cento das touceiras de cada propriedade
amostrada, selecionando pontos aleatórios, georreferenciados, a partir dos quais serão
examinadas cinco touceiras consecutivas.
§ 4º Caso sejam observadas plantas com sintomas de Moko da Bananeira,
devem ser coletadas amostras para diagnóstico em laboratório oficial ou credenciado
pelo MAPA.

Art. 7º As atividades concernentes ao levantamento fitossanitário e os


resultados obtidos, inclusive laudos laboratoriais, devem constar em relatório
específico.
Art. 8º O OEDSV deverá encaminhar à SFA, para posterior encaminhamento à
SDA/MAPA, visando o reconhecimento de ALP Moko da Bananeira, solicitação
acompanhada dos seguintes documentos:

I - ofício solicitando o reconhecimento da ALP Moko da Bananeira;


II - delimitação da ALP Moko da Bananeira, considerando limites
administrativos, acidentes geográficos, rodovias, ferrovias e hidrovias;
III - mapa com indicação das regiões que possuem plantios comerciais de
banana ou helicônias dentro dos limites da ALP Moko da Bananeira;
IV - mapa indicando as rotas de risco e barreiras fitossanitárias existentes para
o controle do trânsito de vegetais;
V - descrição dos recursos materiais e humanos de cada barreira fitossanitária
e escalas de plantão dos Fiscais Estaduais;
VI - número de propriedades cadastradas para produção de banana e
helicônias;
VII - área cultivada com banana e helicônia na UF, e produção segundo
estatísticas oficiais; e
VIII - relatórios específicos dos levantamentos fitossanitários realizados.

229
Art. 9º A área de sanidade vegetal da SFA que receber a solicitação
acompanhada da documentação prevista no art. 8º, deste Anexo II, deverá
providenciar a formalização de processo administrativo, anexar parecer técnico sobre
o cumprimento das disposições desta Instrução Normativa e encaminhar o processo à
SDA/MAPA.
Art. 10. A SDA/MAPA deverá analisar o processo e proceder à auditoria técnica,
para verificar a conformidade na aplicação das medidas fitossanitárias estabelecidas
por esta Instrução Normativa.
Parágrafo único. A realização da auditoria de que trata o caput deste artigo
poderá ser delegada à área de sanidade vegetal da SFA.
Art. 11. A SDA/MAPA deverá analisar o relatório da auditoria e emitir parecer
técnico conclusivo sobre a possibilidade de reconhecimento da ALP Moko da Bananeira.
Art. 12. A SDA/MAPA deverá publicar, em meio oficial, ato de reconhecimento
da ALP Moko da Bananeira, por tempo indeterminado.

Seção III
Da manutenção da Área Livre de Ralstonia solanacearum raça 2

Art. 13. Após o reconhecimento oficial da ALP Moko da Bananeira, o OEDSV


deverá realizar inspeções fitossanitárias semestrais, no mínimo, em bananais
comerciais ou domésticos, localizados tanto na zona rural como urbana, bem como em
viveiros produtores de mudas de banana e helicônias, objetivando manter a condição
de ALP.

§ 1º Com base nas inspeções semestrais, deverá ser elaborado relatório técnico,
apresentando as seguintes informações:

I - período de referência do relatório;


II - número de propriedades cadastradas;
III - listagem das propriedades inspecionadas;
IV - cópias de laudos laboratoriais, quando houver coleta de amostras para
diagnóstico fitossanitário de Ralstonia solanacearum raça 2;
V - focos erradicados;
VI - quantidade de CFO e PTV emitidos no período de referência do relatório;
VII - quantidade de partidas de banana e helicônias inspecionadas nas barreiras
fitossanitárias; e
VIII - ocorrências fitossanitárias nas barreiras.

§ 2º Outras informações poderão ser acrescentadas a critério do OEDSV.


§ 3º O relatório deverá ser encaminhado à SFA correspondente, que emitirá
parecer técnico sobre o mesmo e enviará toda a documentação à SDA/MAPA.
§ 4º A documentação será analisada pela SDA/MAPA que, se for o caso, poderá
determinar a adoção de ações corretivas.

Art. 14. O descumprimento das disposições previstas nesta seção III, implicará
na perda do reconhecimento oficial da ALP Moko da Bananeira.

230
Seção IV
Da inspeção e erradicação de focos no campo

Art. 15. Nas inspeções realizadas pelo OEDSV, sendo detectada planta com
sintoma de Moko da Bananeira, deverá ser coletada amostra que será encaminhada
para análise em laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA, para emissão de laudo
conclusivo.
Art. 16. De posse do laudo conclusivo, e em caso de resultado positivo, o OEDSV
notificará o proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título do
estabelecimento, determinando prazo para realização de vistoria e eliminação de todas
as plantas sintomáticas, bem como daquelas adjacentes localizadas dentro da área
perifocal, mediante métodos mecânicos ou químicos, com manejo para evitar rebrota,
não podendo ocorrer replantio na área durante um ano.

§ 1º A eliminação de que trata o caput deste artigo compete ao proprietário,


arrendatário ou ocupante a qualquer título do estabelecimento, não lhe cabendo
qualquer tipo de indenização.

2º As propriedades onde for comprovada a presença do Moko da Bananeira


serão interditadas, pelo OEDSV, não podendo ocorrer saída de plantas e partes de
plantas de bananeira e helicônia, até que sejam tomadas as providências necessárias
à erradicação dos focos.

§ 3º Os proprietários, arrendatários ou ocupantes a qualquer titulo de imóveis


rurais e urbanos, que tiverem bananeiras erradicadas, ficam obrigados a eliminar, às
suas expensas, as rebrotas que porventura apareçam após a erradicação das plantas.
§ 4º Se o proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título do
estabelecimento ou seu representante legal não eliminar as plantas no prazo definido
na notificação, o OEDSV providenciará a eliminação das mesmas nas áreas
amostradas, sendo imputados ao proprietário, arrendatário ou ocupante os custos
decorrentes dessa operação, sem prejuízo das demais sanções estabelecidas pelas
legislações estadual e federal de defesa sanitária vegetal.

Art. 17. A não erradicação das plantas na área perifocal, em até sessenta dias
após a data de emissão do laudo laboratorial, implicará na perda do reconhecimento
oficial da condição de ALP Moko da Bananeira.
Art. 18. O OEDSV deverá realizar inspeção fitossanitária na área abrangida por
um raio de cinco quilômetros a partir do foco de Moko da Bananeira.

Seção V
Da inspeção e erradicação de focos em viveiros de bananeiras

Art. 19. O OEDSV promoverá inspeções semestrais em dez por cento do número
de viveiros existentes na ALP Moko da Bananeira, enviando material suspeito para
análise em laboratório oficial ou credenciado pelo MAPA, objetivando manter a
condição de área livre.

231
Art. 20. O local do viveiro deve estar delimitado, com boas condições de
drenagem, para não possibilitar a entrada de águas invasoras e, ser protegido contra
o acesso de pessoas não autorizadas e de animais.
Art. 21. A área reservada para a instalação do viveiro não pode ser aproveitada
simultaneamente para qualquer outra finalidade diferente da produção de mudas, e
nem apresentar histórico da ocorrência de Moko da Bananeira, nos últimos dois anos.
Art. 22. Os viveiros onde for comprovada a presença do Moko da Bananeira
serão interditados pelo OEDSV, e será feita a eliminação total das suas plantas, bem
como dos demais viveiros situados na área perifocal, não podendo ocorrer replantio
dos mesmos nos próximos dois anos.
Parágrafo único. Existindo bananal próximo a viveiros contaminados, serão
eliminadas as plantas situadas na área perifocal.
Art. 23. As eliminações de que trata o art. 21, deste Anexo I, compete ao
proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título do estabelecimento, não
cabendo qualquer tipo de indenização.
Art. 24. Se o proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título do
estabelecimento ou seu representante legal não eliminar as mudas no prazo definido
na notificação, o OEDSV providenciará a eliminação das mesmas, sendo imputados ao
proprietário, arrendatário ou ocupante, os custos decorrentes dessa operação, sem
prejuízo das demais sanções estabelecidas pelas legislações estadual e federal de
defesa sanitária vegetal.
Art. 25. A não erradicação dos viveiros com plantas infectadas, em até sessenta
dias após a data de emissão do laudo laboratorial, implicará na perda do
reconhecimento oficial da ALP Moko da Bananeira.

ANEXO II
CAPÍTULO I
DA IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SMR MOKO DA BANANEIRA
Seção I
Das definições

Art. 1º Denominar-se-á SMR Moko da Bananeira, à integração de diferentes


medidas de manejo de risco de pragas, das quais pelo menos duas atuam
independentemente, com efeito acumulativo, para atingir o nível apropriado de
segurança fitossanitária.
Art. 2º Entender-se-á por erradicação, as medidas a serem adotadas para
eliminação completa da bactéria Ralstonia solanacearum raça 2.

Seção II
Do procedimento para aplicação de medidas integradas em um enfoque de
Sistemas para o Manejo de Risco para Moko da Bananeira (SMR Moko da Bananeira)

Art. 3º O SMR Moko da Bananeira, poderá ser implantado de modo a evitar


restrições ao trânsito de frutos de banana e inflorescências de helicônias.
Art. 4º Caberá ao OEDSV promover e organizar a inscrição das UP's que
adotarem o SMR Moko da Bananeira.

232
§ 1º O proprietário interessado, deverá solicitar a inscrição da UP, no SMR Moko
da Bananeira, ao OEDSV.
§ 2º Caso a UP já esteja inscrita em algum outro cadastro do OEDSV, poderão
ser aproveitados os dados para compor o cadastro de SMR Moko da Bananeira.
§ 3º O código de identificação da UP inscrita no SMR Moko da Bananeira, deverá
ser o mesmo instituído pelas normas referentes à certificação fitossanitária de origem.

Art. 5º Deverão ser adotadas as seguintes práticas:

§ 1º Nos cultivos de bananeiras:

I - nas regiões onde ocorrem estirpes transmissíveis por insetos, proteger as


inflorescências, imediatamente ao seu surgimento, envolvendo-as com sacos de
polietileno, mantendo-os até a emissão da última penca, caso retire a proteção,
remover a inflorescência masculina (mangará, coração ou umbigo);
II - em caso de planta suspeita, realizar corte nos frutos para confirmar a
presença ou ausência de sintomas; e
III - comercializar os frutos sempre despencados, descartando os cachos que
apresentarem sintomas durante o despencamento.

§ 2º Nos cultivos de helicônias:

I - inspecionar periodicamente touceiras e novas brotações, por meio de corte


do pseudocaule, desinfestando os equipamentos de corte; e
II - tratar a água dos tanques de lavagem das inflorescências com dois por
cento de hipoclorito de sódio ativo, antes do descarte, para evitar a disseminação do
patógeno na área;

§ 3º Nos cultivos de bananeiras e helicônias:

I - plantar mudas produzidas em ALP Moko da Bananeira;


II - proceder desinfestação de ferramentas utilizadas em desbaste, desfolha,
corte do coração e colheita, após o trabalho em no máximo dez touceiras, utilizando
uma das seguintes soluções:

a) formaldeído/água (1:3);
b) formaldeído (5%);
c) formol (10%); e
d) desinfestantes à base de creosol, hipoclorito de sódio ou cálcio, álcool ou
amônia quaternária;

III - substituir capina manual ou mecânica por roçagem do mato ou uso de


herbicidas; e
IV - erradicar imediatamente os focos de Moko da Bananeira, bem como as
plantas existentes no raio de cinco metros dos mesmos, não podendo ocorrer replantio
durante um ano.

233
Art. 6º O OEDSV não aceitará inscrição de UP localizada numa distância inferior
a vinte metros de um foco de Moko da Bananeira.

Seção III
Dos controles e sanções

Art. 7º A inscrição de nova UP no cadastro de SMR Moko da Bananeira deverá


ser comunicada à SFA pelo OEDSV em um prazo de cinco dias úteis.
Art. 8º A listagem atualizada das UP's incluídas no SMR Moko da Bananeira
deverá ser encaminhada à SFA, por meio de mídia impressa e eletrônica,
trimestralmente ou sempre que solicitado pela SDA/MAPA.
Parágrafo único. A SFA encaminhará a listagem de que trata o caput à
SDA/MAPA.
Art. 9º O responsável técnico pela UP informará ao OEDSV sobre a ocorrência
de focos de Moko da Bananeira, e os respectivos procedimentos de erradicação
adotados.
Art. 10. O OEDSV realizará inspeções trimestrais em amostra aleatória das UP's
cadastradas, determinando a necessidade ou não da implementação de ações
corretivas.
Art. 11. O OEDSV encaminhará relatórios trimestrais à SFA, apresentando os
resultados das inspeções realizadas.

§ 1º Após análise e emissão de parecer técnico, pela SFA, os relatórios deverão


ser encaminhados à SDA/MAPA.
§ 2º A SDA/MAPA poderá determinar a necessidade de ações corretivas,
inclusive a exclusão de UP do cadastro de SMR.

Art. 12. São consideradas irregularidades na manutenção do SMR Moko da


Bananeira:

I - localização geográfica (coordenadas) da UP em desacordo com o informado;


II - área de plantio em desacordo com o informado na inscrição da UP;
III - emissão de CFO sem registro no Livro de Acompanhamento;
IV - inexistência do Livro de Acompanhamento;
V - não realização das práticas previstas no art. 5º, deste Anexo II; e
VI - emissão de CFO com declaração adicional de SMR Moko da Bananeira para
frutos produzidos em UP que não esteja regularmente inscrita no sistema.

Art. 13. Constatada qualquer das situações previstas nos incisos I, II, III e IV,
art. 12, deste Anexo II, o OEDSV notificará o proprietário, estabelecendo prazo de
trinta dias para correção das irregularidades.

§ 1º A não correção da irregularidade prevista no inciso I, implica na suspensão


do registro da UP, no SMR Moko da Bananeira, até que seja atendida a determinação
do OEDSV.
§ 2º A não correção das irregularidades previstas nos incisos II, II, e IV implica
na suspensão do registro da UP, no SMR Moko da Bananeira, pelo período de seis
meses.

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