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ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

MINISTÉRIO DA CULTURA

PROJETO RESGATE DE DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA BARÃO DO RIO BRANCO

ICONOGRAPHIA BRASILIENSIS
O Brasil no Arquivo Histórico Ultramarino (Lisboa)

JÚLIO CAIO VELLOSO

BRASÍLIA
2006
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

1- ENSAIO BOTÂNICO DE ALGUMAS PLANTAS DA PARTE INFERIOR DO MARANHÃO E DO PIAUÍ ( PRIMEIRA


PARTE )

[ Ensaio Botanico de algumas plantas da parte inferior do Maranhão e do Piauhij / oferecidas ao Il.mo e Ex.mo Snr. D.
Diogo de Souza , do Concelho do Principe Regente Nosso Senhor , Governador e Capitão General do Maranhão ; por
Vicente Jorge Dias Cabral , Baxarel em Filosofia , Direito Civil e opozitor aos lugares de letras . – São Luís ? , 1801 ] –
24 desenhos : ms , aquarela e nanquim , color. ; dimensões variáveis

Original. – Desenhos sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelados com tonalidades diversas, mas predominando os
tons de amarelo, azul, castanho, cinza, róseo e verde. – Os suportes apresentam a mesma textura, com pontusais e vergaturas
equivalentes e duas distintas marcas de água. – Os desenhos refletem as características dominantes da pintura naturalista do final
do século XVIII, o traço evidencia a mesma escola mas provavelmente com autorias diferentes, figurando na imagem nº 4 a
assinatura “Silv. f.” e o enquadramento é conseguido com frisos ou molduras decoradas com motivos geométricos. – As pinturas
acompanham o Ofício de 22.3.1803 do Governador e Capitão-General do Maranhão e Piauí, D. Diogo de Souza, mais tarde 1º
Conde de Rio Pardo, para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, João Rodrigues de Sá e Melo Souto Maior, Visconde de
Anadia, remetendo os conhecimentos e os diários das diligências feitas pelo Bacharel Vicente Jorge Dias Cabral e pelo Vigário de
Valença, Joaquim José Pereira, referentemente a uma viagem de exploração nos sertões da Capitania. – Trata-se da primeira parte
de desenhos de plantas medicinais e ornamentais do sertão, mais precisamente das regiões compreendidas entre a Serra das
Alpercatas e os rios Grajaú, Parnaíba, Pindaré, Urucuí-Preto, a Serra da Capivara e a Chapada das Mangabeiras. A outra metade
dos desenhos, com 31 representações, acha-se na Biblioteca do Museu Nacional de História Natural do Jardim Botânico de
Lisboa e sua descrição está na memória intitulada “Ensaio Botânico de algumas plantas...”, e igualmente oferecida a D. Diogo de
Souza e o texto é da responsabilidade do Bacharel Vicente Jorge Dias Cabral. – A reconstituição da folha de rosto com a atribuição
de título, autor secundário e ano, tem por base a comparação com as demais memórias dedicadas ao Governador da Capitania,
como resultado das viagens exploratórias às partes inferiores dos sertões. – A identificação das espécies botânicas, com a citação
dos nomes científico e popular, é realizada segundo a bibliografia.

Contém:
Nº 01 : [ Rubiaceae : Randia L. = Jasmim do campo ] . – 33,8 x 21,9 cm
Nº 02 : [ Moraceae : Dorstenia asaroides Gardn. = Figueirinha ] . – 34,7 x 21,8 cm
Nº 03 : [ Moraceae : Dorstenia brasiliensis Lam. = Contra – erva – do – brasil ] . – 34,6 x 22,2 cm
Nº 04 : [ Rubiaceae = Jasmim ? ] / Silv. f. ; Dedicadas ao Exllmo Snr. D. Diogo de Souza . – 34,7 x 22,1 cm
Nº 05 : [ Rubiaceae : Alibertia edulis ( Rich. ) A. Rich ex DC. = Marmelinho ] . – 34,7 x 22,2 cm
Nº 6 - 7 : [ Sapindaceae : Paulinia Cupana Kunth = Guaraná ] . – 34,7 x 22,1 cm
Nº 08 : [ Sapindaceae : Serjania Mill. = Timbó ] . – 34,5 x 22,2 cm
Nº 09 : [ Anacardiaceae : Spondias mombin L. = Cajazeiro ] . – 34,7 x 22,1 cm
Nº 10 : [ Caryocaraceae : Caryocar coriaceum Wittm. = Pequi – branco do Brasil ]. – 34,7 x 21,9 cm
Nº 11 : [ Bignoniaceae : Jacaranda brasiliana ( Lam. ) Pers. = Jacarandá – boca – de – sapo ] . – 34,7 x 22,1 cm
Nº 12 : [ Bignoniaceae : Jacaranda duckei Vattimo = Caroba ] . – 37,8 x 22,2 cm
Nº 13 : [ Bignoniaceae : Jacaranda caroba ( Vell. ) = Carobinha ] . – 34,7 x 22,2 cm
Nº 14 : [ Bignoniaceae : Jacaranda Juss. = Jacarandá ] . – 34,8 x 22,1 cm
Nº 15 : [ Bignoniaceae : Tabebuia capitata ( Bureau & K. Schum ) Sandwith = Pau d’arco ] . – 34,8 x 22,1 cm
Nº 16 : [ Euphorbiaceae ] : – 34,7 x 22 cm
Nº 17 : [ Euphorbiaceae ] : Croton L. ] . – 34,7 x 22,1 cm
Nº 18 : [ Euphorbiaceae ] : Croton L. ] . – 34,7 x 21,9 cm
Nº 19 : [ Euphorbiaceae ] : Jatropha L. ] . – 34,8 x 22,1 cm
Nº 20 : [ Espécie não identificada ] . – 34,8 x 22,2 cm
Nº 21 : [ Dioscoreaceae : Dioscorea trifida L. f. = Cará – mimoso ] . – 34,7 x 22,2 cm
Nº 22 : [ Sterculiaceae : Guazuma ulmifolia Lam. = Mutamba ] . – 34,8 x 22,1 cm
Nº 23 : [ Apocynaceae ] . – 34,1 x 22,1 cm
Nº 25-26 : [ Leguminosae : Mimosoideae : Anadenanthera colubrina ( Vell. ) Brenan var. cebil ( Griceb ) Altschul =
Angico ] . – 34,8 x 22 cm

Restaurados em 1996. – Falta a pintura no Nº 24. – Os desenhos encontram-se em excelente estado de conservação; as folhas
apresentam vestígios de manchas de acidez e de sujidade, tendo no verso o carimbo da Instituição. – Os documentos iconográficos
estão acondicionados em caixa de cartão de ph neutro, de tonalidade cinza azulado. – Proveniência: Maranhão, Cx. 90 (918) 23
espécies, Cx. 90 (915) 1 espécie, nº 25-26.

Cat. Manuscritos Maranhão AHU_ACL_CU_009, Cx. 127, D. 09555, Plantas do Brasil p. 15-63

AHU_ICONm_009/016, D. 1-24.
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

2- ENSAIO BOTÂNICO DE ALGUMAS PLANTAS DA PARTE INFERIOR DO PIAUÍ ( SEGUNDA PARTE )

Ensaio Botanico de algumas plantas da parte inferior do Piauhij acrescentado com varias madeiras finas e de
construção para navios / oferecido ao Il.mo e Ex.mo Snr. D. Diogo de Souza do Concelho do Principe Regente Nosso
Senhor , Governador e Capitão General do Maranhão por Vicente Jorge Dias Cabral , Baxarel em Filozofia , Direito
Civil , opozitor aos lugares de letras . – [ São Luís ? ] , 1801 . – 31 desenhos : ms , aquarela e nanquim , color. ;
dimensões variáveis

Original. – Desenhos sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelados com tonalidades diversas, mas com nítida
predominância dos tons de amarelo, azul, castanho, cinza, róseo e verde. – Os suportes apresentam a mesma contextura, com
vergaturas e pontusais equivalentes e em princípio duas distintas marcas de água. – Os desenhos expressam as características
dominantes da pintura naturalista do final do século XVIII, o traço evidencia a mesma escola mas muito provavelmente com
autorias distintas, sendo o enquadramento obtido com frisos ou molduras decoradas com motivos geométricos e transmitindo no
conjunto a idéia de leveza e de equilíbrio existentes nas próprias plantas, ostentando no final a assinatura “Silva f.”. – As pinturas
acompanham em anexo o Ofício de 22.3.1803 do Governador e Capitão-General do Maranhão e Piauí, D. Diogo de Souza, mais
tarde 1º Conde de Rio Pardo, para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, João Rodrigues de Sá e Melo Souto Maior,
Visconde de Anadia, remetendo os conhecimentos e os diários das diligências feitas pelo Bacharel Vicente Jorge Dias Cabral e
pelo Vigário de Valença, Joaquim José Pereira, acerca da viagem exploratória aos sertões da Capitania. – Trata-se da segunda
parte dos desenhos de plantas medicinais e ornamentais do interior, mais concretamente das regiões compreendidas entre a Serra
das Alpercatas e os rios Grajaú, Parnaíba, Pindaré, Urucuí-Preto, a Serra da Capivara e a Chapada das Mangabeiras. – As
representações foram arbitrariamente separadas na Metrópole, ficando os primeiros 24 desenhos no Arquivo Histórico Ultramarino
e os 31 restantes na Biblioteca do Museu Nacional de História Natural do Jardim Botânico de Lisboa. – O “Ensaio Botânico” foi
provavelmente redigido em São Luís, as pinturas seguiram para a Corte dois anos após a viagem exploratória às regiões inferiores
da Capitania. – A identificação das espécies botânicas, com a citação dos nomes científicos e popular, é realizada segundo a
bibliografia.

Contém:
Nº 01 : [ Zingiberaceae : Aframomum Schum. : Amomum aquaticum = Bananeira-brava-de-tineta ] . – 34,1 x 22,1
cm
Nº 02 : [ Acanthaceae : Justicia Marvensy = Caninana-de-marvão ] . – 33,9 x 22,2 cm
Nº 03 : [ Apocynaceae : Allamanda blanchetii A. DC : Symphytum Purgans = Quatro-patacas-vermelhas ] . – 34,1
x 22,2 cm
Nº 04 : [Apocynaceae : Allamanda cathartica L. : Symphytum vulgare = Quatro-patacas-amarelas ] . – 34,1 x 21,8
cm
Nº 05 : [Apocynaceae : Himatanthus drasticus ( Mart. ) Plumel : Genauba ilustre = Pau-de-leite ] . – 34,1 x 21,9
cm
Nº 06 : [ Palmae : Copernicia prunifera ( Mill. ) H.E Moore : Corypha Excelsa coutinia = Carnaúba ou carnaiba-
vulgar ] . – 33,9 x 22,1 cm
Nº 07 : [ Bromeliaceae : Neoglaziovia variegata ( Arruda ) Mez : Bromelia pinguin = Coroá ] . – 34 x 22,2 cm
Nº 08 : [ Bromeliacea : Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. f. = Macambira-rasteira ] . – 33,9 x 22,2 cm
Nº 09 : [ Leguminosae – Caesalpinioidea : Bauhinia vulgary = Paratudo – cascudo ou unhas – d’anta – de –
minas – gerais ]. – 34 x 22,2 cm
Nº 10 : [ Leguminosae – Caesalpinioideae : Bauhinia Levis ] . – 34 x 22 cm
Nº 11 : [ Cactaceae : Opuntia cochenillifera ( L. ) Mill. : Cactus parvus Cochenilifer = Palmatória – de – cochonilha
] . – 34,1 x 22 cm
Nº 12 : [ Cactaceae : Opuntia Mill. : Cactus Ficus Indica = Palmatória – comprida ] . – 34,1 x 22 cm
Nº 13 : [ Labiatae : Marsypianthes chamaedrys ( Vahl ) Kuntze : Phryma : Phryma Repens = Betónica – do –
piauí : alfovaca – de – cheiro : erva – de – cobra : erva – de – paracari : hortelã – do – campo ] . – 34,1 x
22,2 cm
Nº 14-15 : [ Bombacaceae : Bombax Castanea = Castanheira – do – piauí ] . – 34,1 x 22,2 cm
Nº 16 : [ Malvaceae : Pavonia cancellata ( L. ) Cav. : Hibiscus spinifex = Chainana ou baba – de – veado ] : – 34,1
x 21,9 cm
Nº 17 : [ Violaceae : Hybanthus calceolaria ( L. ) Oken : Viola Ipecacuanha = Ipecacuanha – branca ] . – 34,1 x
22,1 cm
Nº 18 : [ Passifloraceae : Passiflora foetida L. = Maracujá – de – moita ] . – 34,1 x 22 cm
Nº 19 : [ Euphorbiaceae : Cotron L. : Ad’minister Rodericus = Velame – preto ] . – 34,1 x 22,1 cm
Nº 20 : [ Euphorbiaceae : Cotron L. : Ad’minister Souza = Velame – branco ] . – 34,1 x 22,2 cm
Nº 21 : [ Euphorbiaceae : Cotron L. : Ad’minister coutinica = Velame – miúdo ] . – 34,1 x 22,2 cm
Nº 22 : [ Ad’minister odoralissimus = Velame – cheiroso ] . – 33,9 x 22 cm
Nº 23-24 : [ Anacardiaceae , um espécime feminino ( 23 ) e outro masculino ( 24 ) : Arueira Insectifera = Aroeira –
vulgar ] . – 34 x 22 cm
Nº 25-26 : [ Anadenanthera colubrina ( Vell. ) Brenan var. cebil ( Griseb. ) Altschul : Mimosa Alkalina rubra : Mimosa
alcalina alba = Angico – branco ] . – 34 x 22 cm
Nº 27 : [ Menispermaceae ] . – 34,1 x 22 cm
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

Nº 28 : [ Alstroemeriaceae : Bomarea Mirb. : Lachenalia tricolor = Flor – de – jardim ] . – 34,2 x 22 cm


Nº 29 : [ Bignoniaceae : Macfadyena A. DC : M. uncata ( Andr. ) Spregue & Sandw : Sesamum ? = Cipó – de –
grajal – amarelo ] . – 34,3 x 22,3 cm
Nº 30 : [ Bignoniaceae : Mansoa difficilis ( Cham. ) Bureau & Schum. : Sesamum ? = Cipó – de –grajal –
arroxeado ] . – 34 x 22,2 cm
Nº 31 : [ Rubiaceae : Coutarea luxandra ( Jacq ) K. Schum. = Quina – do – piauí ] . – 34,1 x 22,1 cm

Os desenhos encontram-se em excelente estado de conservação; as folhas estão em boa condição, apresentando alguma mancha
própria do tempo. – Na página de rosto “Plantas do Piauhy”, em letra do século XIX e, mais abaixo, o carimbo do “Real Jardim
d’Ajuda”. – Encadernação portuguesa do século XIX, em pasta de papelão de tonalidade cinza azulada e a lombada e extremidades
em pele castanha, e decorada com frisos dourados e o título em dourado sobre marroquim vermelho. – Cota antiga: 166 – 24.
Cat. Manuscritos Maranhão AHU_ACL_CU_009, Cx. 127, D. 09555, Plantas do Brasil p. 65-127.
Encontra-se na Biblioteca do Museu Nacional de História Natural do Jardim Botânico de Lisboa com a seguinte cota:
E. 11 , P. 2 , 0.10 – G

3- [ Frutos tropicais. – S. l. , ca. 1780 ? ] . – 8 desenhos : ms. , aquarela e nanquim , color. ; dimensões variáveis

Original. – Desenhos sobre papel a pena com tinta preta e aquarelados com tonalidades diversas, com nítida predominância dos
tons de amarelo, azul, castanho, verde e vermelho. – Os suportes têm a mesma textura, com vergaturas e pontusais equivalentes,
mas três distintas marcas de água. – As estampas apresentam as linhas dominantes que caracterizam as naturezas mortas do último
quartel do século XVIII, como o traçado em grandes ângulos e o contraste conseguido com as cores amarelo ouro e o verde
azulado, como se tentasse reproduzir a policromia existente no mosaico da derradeira fase do Barroco. – Os desenhos foram feitos
muito provavelmente para o olhar da Metrópole, da Corte e dos dignatários que iriam ocupar os altos cargos da administração no
Brasil, pois a intenção foi a de transmitir a beleza e o colorido das frutas dos trópicos e também o exotismo da plumagem dos
pássaros. O autor não manifesta preocupação com o enquadramento da pintura, nem com a aproximação da real dimensão ou da
cor natural dos objetos, mas tão somente com o efeito espetacular proporcionado pelo conjunto, em flagrante contraste com as
frutas conhecidas na Europa. – Título atribuído de acordo com os elementos decorativos e pictóricos dos documentos. – Datação
estabelecida com base no estilo dos desenhos, no estudo paleográfico da letra e no tipo de papel. – Na descrição das espécies
botânicas é referenciado primeiramente o nome científico entre parênteses retos e, em seguida, a legenda como se encontra na
obra.

Contém :
Nº 01 : [ Bromeliaceae : Ananas L. ] = Ananá . – 27,5 x 43,2 cm
Representa a planta do ananás e dois frutos , de cores amarelo ouro e ocre , entre ramos .
Nº 02 : [ Musaceae : Musa L. ] = 1 – Banannas da terra , 2 – ditas de S. Thomé , 3 – Gorinhatá . – 27,5 x 43 cm.
Pintura de duas pencas de bananas , de cor amarelo esverdeado , sem folhas e tendo ao alto um pássaro
de tons ouro e azul .
Nº 03 : [ Anacardiaceae ] = 1 – Cajueiro , 2 – Cajú , 3 – Castanha . – 27,4 x 38,7 cm
Desenho da planta do cajueiro , com dois ramos entrecruzados , com um fruto amarelo e outro vermelho ,
e tendo numa das pontas um pássaro de plumagem castanha .
Nº 04 : [ Elaeis guineensis Jacq. ] = 1 – Dendezeiro , 2 – Dendê . – 27,7 x 43,1 cm
Representa a copa do dendezeiro , com três cachos e sobre a relva um fruto , com um pássaro de penas
azuis .
Nº 05 : [ Anonaceae : Anona squamosa ] = Fruteira de Conde . – 27,1 x 43 cm
Desenho da fruta–do–conde , com dois ramos entrecruzados , e tendo ao centro um pássaro de
plumagem azul.
Nº 06 : [Mirtaceae : Psidium guajava L. ] = 1 – Guaiabeira , 2 – guaiaba ja madura , 3 – sabiá-cóca . – 27,6 x 43,2
cm
Pintura de um galho de goiabeira , com folhas e dois frutos , e tendo ao cimo um pássaro de penas
acastanhadas .
Nº 07 : [Carica papaya Lin. ] = 1 – Mamoeiro , 2 – mamão maduro , 3 – sanhasso . – 27,8 x 43,2 cm
Representa uma parte do tronco do mamoeiro , com dois frutos , um ainda verde e outro muito maduro ,
de tonalidade amarelo ouro e com um pássaro de penas azuis .
Nº 08 : [ Passiflora L. ] = 1 – Maracujazeiro , 2 – Maracujá maduro , 3 – Beija – flor . – 27,6 x 43,2 cm
Imagem de um ramo com folhas e dois frutos, sendo que um está ainda verde e outro maduro, de tons
amarelo esverdeado e ao centro uma flor e um pequeno pássaro.

Os desenhos apresentam excelente estado de conservação; as folhas acham-se com algumas manchas de acidez e de sujidade nas
margens. – Os documentos iconográficos estão acondicionados em pasta de cartão de ph neutro, de tonalidade cinza azulado.

Cruz e Silva 125 – 130

AHU_ICONm_E, D. 25-32.
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4- CASTRO, Joaquim de Amorim de,? – 1817

Relaçam das madeiras descriptas que se comprehendem no termo da Villa da Caxoeira : com amostras e estampas
exactas das mesmas / [ Joaquim de Amorim Castro ] . – [ Villa da Caxoeira ] , 1790 . – 46 desenhos : ms. , aquarela e
nanquim , color. ; 33,2 x 21,6 cm

Original. – Desenhos sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelados com tonalidades diversas, com nítida predominância
dos tons de amarelo, azul, castanho, cinza, ocre e verde. – Os suportes apresentam texturas distintas, mas com vergaturas,
pontusais e marcas de água semelhantes. – As estampas expressam as linhas gerais da fase de transição da pintura primitiva para o
desenho de caráter científico, que prevaleceu em grande parte na última década do século XVIII. – Os desenhos ilustram a
Memória apresentada por Joaquim de Amorim de Castro à Rainha Dna. Maria I, acerca das madeiras nobres ou madeiras-de-lei
existentes no termo da Vila de Cachoeira, na região do Recôncavo Bahiano. A obra descreve as espécies florestais do tipo arbóreo
de clima tropical, formado por madeiras folhosas, que são compostas de material lenhoso proveniente das dicotiledôneas. As
pinturas realçam exatamente a parte correspondente ao tronco, procurando assumir um colorido que se aproxima dentro do
possível do original, visando facilitar a caracterização e identificação das respectivas árvores. A copa e os galhos encontram-se
esbatidos ou pouco definidos, apesar das reconhecidas propriedades medicinais ou ornamentais dos ramos e folhas. As madeiras
referencidas têm sido muito justamente consideradas, no decorrer do tempo, como as de superior qualidade para a construção,
indústria naval, decoração de interiores e mobiliário. – Nome do autor e local de redação no final da Dedicatória. – Na
identificação das espécies botânicas é atribuído primeiramente o nome científico entre parênteses retos e, em seguida, a expressão
popular como se acha no documento.

Contém:
Nº 01 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Peltogyne angustiflora Ducke ] = Pau Roxo.
Nº 02 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Apuleia leiocarpa ( Vogel) J. F. Macbr. ] = Gitahi
Preto.
Nº 03 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Hymenaea courbaril var. stilbocarpa ( Hayne ) Y.
T. Lee & Langenh. ] = Gitahi Amarelo.
Nº 04 : [ Leguminosae – Papilionoideae ( Fabaceae ) : Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth. ] = Putû
Mujû.
Nº 05 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Caesalpinia peltophoroides Benth. ] = Sipipira
Mirim.
Nº 06 : [ Simaroubaceae : Simarouba amara Aubl. ] = Parahiba.
Nº 07 : [ Caryocaraceae : Caryocar villosum ( Aubl. ) Pers. ] = Piquiâ Amarelo.
Nº 08 : [ Anacardiaceae : Astronium graveolens Jacq. ] = Aderno.
Nº 09 : [ Chrysobalanaceae : Couepia grandiflora ( Mart. & Zucc.) Benth. Ex Hook. f. ] = Oiti Sica.
Nº 10: [ Lauraceae : Persea pyrifolia Nees & Mart. Ex Nees ] = Massaranduba.
Nº 11 : [ Lecythidaceae : Lecythis lurida ( Miers ) S. A. Mori ] = Inhahiba.
Nº 12 : [ Gutiferae : Caraipa fasciculata Cham. ] = Camassarî.
Nº 13 : [ Moraceae : Maclura tinctoria ( L. ) D. Don. Ex Steud. ] = Amoreira.
Nº 14 : [ Lecythidaceae : Cariniana estrellensis ( Raddi ) Kuntze ] = Giquitibay.
Nº 15 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Caesalpinia peltophoroides var. ( ? ) Benth. ] =
Sipipira Assû.
Nº 16 : [ Bignoniaceae : Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. ] = Pau d’Arco.
Nº 17 : [ Leguminosae – Papilionoideae : Vatairea macrocarpa ( Benth. ) Ducke ] = Amargozo.
Nº 18 : [ Meliaceae : Cedrela fissilis Vell. ] = Cedro.
Nº 19 : [ Lecythidaceae : Lecythis pisonis Cambess. ] = Sapucaia.
Nº 20 : [ Leguminosae – Papilionoideae ( Fabaceae ) : Myrocarpus frondosus Allemao ] = Pau de oleo xamado de
Dentadura de Engenho.
Nº 21 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Copaifera langsdorffii Desf. ] = Pau de oleo de
folha de Arruda.
Nº 22 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Pterogyne nitens Tul. ( ? ) ] = Balsamo.
Nº 23 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Caesalpinia ferrea Mart. ] = Pau ferro.
Nº 24 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Cassia aculeata Pohl ( ? ) ] = Espinheiro amarello.
Nº 25 : [ Anacardiaceae : Schinus Molle L. ] = Arueira.
Nº 26 : [ Bignoniaceae : Jacaranda Brasiliana Pernonn. ] = Jacarandâ.
Nº 27 : [ Leguminosae – Papilionoideae ( Fabaceae ) : Dalbergia nigra ( Vell. ) Allemao ex Benth. ] = Caviuna.
Nº 28 : [ Leguminosae – Papilionoideae ( Fabaceae ) : Machaerium firmum Benth. ( Nissolia firma Vell. ) ] =
Jacarandâ Pitanga.
Nº 29 : [ Leguminosae – Mimosoideae ( Mimosaceae ) : Plathymenia foliolosa Benth. ] = Vinhatico.
Nº 30: [Leguminosae – Mimosoideae ( Mimosaceae ) : Enterolobium contortisiliquum ( Vell. ) Morang ] = Tamburî.
Nº 31 : [ Bignoniaceae : Tecoma papyrophloes Schum. ] = Taipoca.
Nº 32 : [ Boraginaceae : Cordia alliodora Cham. ] = Louro de capa preta.
Nº 33 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae ( Caesalpinaceae ) : Caesalpinia echinata Lam. ] = Brazilete.
Nº 34 : [ Rubiaceae : Genipa americana L. ] = Genipapo.
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Nº 35 : [ Lauraceae : Ocotea odorifera ( Vell. ) Rohwer ] = Salsafrás.


Nº 36 : [ Rubiaceae : Simira sampaioana ( Standl. ) Steyerm. ] = Arariba.
Nº 37 : [ Leguminosae – Papilionoideae ( Fabaceae ) : Dalbergia decipularis Rizz. et Matt. ] = Sebastião d Arruda.
Nº 38 : [ Caryocaraceae : Caryocar brasiliense Camb. ] = Piquî.
Nº 39 : [ Meliaceae : Guarea guidonia ( L.) Sleumer ] = Assafram.
Nº 40 : [ Apocynaceae : Aspidosperma parvifolium A. DC. ] Piquiâ Marfim.
Nº 41 : [ Euphorbiaceae : Hyeronima alchorneoides Allemao ] = Iuerána.
Nº 42 : [ Cecropiaceae : Cecropia sciadophylla Mart. ] = Matatauba.
Nº 43 : [ Malpighiaceae : Byrsonima crassifolia H.B.R. ( ? ) ] = Murussuca.
Nº 44 : [ Sapotaceae : Chrysophyllum buranhem ] = Burahem.
Nº 45 : [ Burseraceae : Commiphora leptophloeos ( Mart. ) J. B. Gillet ( ? ) ] = Emborá Castelhano.
Nº 46 : [ Leguminosae – Caesalpinoideae : Goniorrhachis ] = Tapicurû.

Os desenhos encontram-se em excelente estado de conservação; as folhas estão em boa condição, apresentando na frente uma
numeração sequencial e o carimbo da Instituição. – Encadernação do século XIX em pasta de papelão e revestida em tecido de
seda vermelha e tendo ao alto o título manuscrito. – O códice está acondicionado em cartão de ph neutro de tonalidade
avermelhada.

Alberto Iria 123 – 168 , Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 13768 – 13815 , Correia v.1 e 6 , Cruz e
Silva 21 , Inventário Plantas Medicinais Bahia v. 1 e 2 , Lorenzi v. 1 e 2

AHU_ICONm_005_E, D. 33-78.

5- FÁBRICAS DE ANIL NOS DISTRITOS DO RIO DE JANEIRO


Nove estampas das Fábricas do Anil nos destritos do Rio de Janeiro. – [ Rio de Janeiro ? , post. a 12 de Julho de
1770 ]. – 9 desenhos : ms , aquarela, nanquim e sépia, p & b ; dimensões variáveis

Original. – Desenhos sobre papel a bico de pena com tinta preta, aquarelados a negro e traçados a sépia, formando tonalidades
escuras acinzentadas em contraste com o branco. – Os suportes apresentam as mesmas texturas, vergaturas, pontusais e marcas de
água. – As representações manifestam no conjunto o traço do desenho de caráter técnico da segunda metade do século XVIII. Os
documentos iconográficos descrevem com grande riqueza de detalhes o processo de fabrico de anil na Capitania do Rio de Janeiro,
tendo ao alto uma legenda e, no número um, uma exposição mais desenvolvida acerca dos diversos níveis do trabalho. – Os
desenhos são enquadrados por frisos ou molduras. – Títulos na folha dupla que envolve os documentos. – O texto foi
provavelmente redigido no Rio de Janeiro. – Data segundo a bibliografia.

Contém:
Nº 01 : Fabrica de Bateria de Pecota , e agoa do Rio Corrente . – 34,2 x 21,5 cm
Nº 02 : Fabrica de coxos com Bateria de maó e agoa lavada a maô . – 34,1 x 21,6 cm
Nº 03 : Fabrica Ligeira de Canoas com Bateria de roda de maõ . – 34,1 x 21,5 cm
Nº 04 : Fabrica de Bateria de rodo ( sic ) de mão , e agoa levada p[o]r Nora . – 34,2 x 21,6 cm
Nº 05 : Fabrica de Bateria de Pendula com agoa Levada p[o]r bomba . – 34,5 x 21,8 cm
Nº 06 : Fabrica de Bateria de Roda . – 34,3 x 21,5 cm
Nº 07 : Fabrica de Bateria de Balanço com Roda de Nora . – 34,2 x 21,5 cm
Nº 08 : Fabrica de Roda de Balandeira . – 34,6 x 21,6 cm
Nº 09 : Prença de espremer o Anil . – 34,3 x 21,5 cm

Os desenhos estão em excelente estado de conservação; as folhas apresentam nas margens algumas manchas de acidez e na parte
inferior o carimbo da Instituição. – Os documentos iconográficos encontram-se dispostos em pasta de cartão de ph neutro de
tonalidade cinza azulada.

Alberto Iria 81 – 90 , Cruz e Silva 131 – 139

AHU_ICONm_017_E, D. 79-87.

6- EÇA , Augusto Carlos de , 18– –

[ Dendém ] / feito p[o]r Augusto Carlos d’Eça . – [ S. l. , 18– – ? ] . – 1 pintura : ms. , aquarela e grafite , color. ; 26,3 x
41 cm

Original. – Desenho sobre papel a lápis e aquarelado com tonalidades diversas, com nítida predominância dos tons de amarelo,
azul, castanho e verde. – O suporte é provavelmente do início do século XIX, de qualidade secundária. – O traçado reflete o estilo
da transição do século XVIII para o século XIX. – Descreve a copa do dendezeiro ou “palmeira-do-azeite”, com folhas
penatissectas de grandes dimensões e dispostas em coroa, tendo dois cachos de frutos de formato ovóide. A pintura está inacabada
e sem enquadramento, sendo inclusive possível distinguir o traço a lápis das restantes palmas que não foram aquareladas. – Título
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

atribuído de acordo com os motivos decorativos e pictóricos do documento. – Datação estabelecida com base no tipo de papel.

A pintura encontra-se em geral em bom estado de conservação, mas a parte superior está esfolada, perfurada e rasgada; a folha está
em péssima condição, apresentando manchas de acidez e de sujidade e as margens danificadas. – Proveniência: adquirido na
Livraria Histórica e Ultramarina.

Sem referência bibliográfica.

AHU_ICONm_013_E, D. 88.

7- PRIMAVERA

Primavera : Esta Planta se enlaça inteiram[en]te com os seus braços , tecendo , e cobrindo completam[en]te tudo o
q[ue] com ella se quer ornar ; e o verda da sua folha , he mais fechado do q[ue] não aqui se mostra . – [ Pará , ca.
1775 ] . – 1 pintura : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 28,5 x 18,2 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, verde e vermelha. –
Suporte da segunda metade do século XVIII, de excepcional qualidade. – Pintura da planta ornamental, do tipo trepadeira dos
trópicos, com vários ramos e três flores e dois botões. – O desenho está enquadrado por dois frisos, formando uma moldura, tendo
ao alto o título e na margem inferior a descrição das características botânicas. – A pintura acompanha o Ofício de 27.6.1775 do
Governador e Capitão General do Estado do Pará e Rio Negro, João Pereira Caldas para o Secretário de Estado da Marinha e
Ultramar, Martinho de Melo e Castro, junto com outros géneros da Capitania para Lisboa . – Local de redação e data no
documento em anexo.

A pintura está em excelente estado de conservação; a folha encontra-se em condição razoável, apresenta manchas de acidez e de
sujidade em especial nas margens interior e superior. – No verso as notas manuscritas a lápis “cat. 287”, “110” e “Pará. Officio de
João Pereira Caldas. 27 junho de 1775”, em letra do século XX. – Proveniência: AHU_ACL_CU_013, Cx. 74, D. 6230.– O
documento acha-se disposto em folha dupla do AHU, de ph neutro e de tonalidade bege.

Alberto Iria 116 , Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv. Cabral 242

AHU_ICONm_013_E, D. 89.

8- QUINA DO BRASIL (7)

[ Quina do Brasil ] . – [ Bahia ? , ca. 1800 ] . – 2 pinturas : ms. , aquarela , grafite e nanquim , color. ; 34,5 x 21,8 cm

Original. – Desenho sobre papel a lápis e a bico de pena e aquarelado com as tonalidades amarela, bege, preta, verde e vermelha. –
Os suportes apresentam texturas e marcas de água diferentes, mas as mesmas vergaturas e pontusais. – A pintura descreve em
cores naturais os ramos, folhas, flores e frutos da árvore encontrada na comarca de Ilhéus e que tem grandes semelhanças com a
quina. – O traçado expressa as características do período de transição do século XVIII para o século XIX. – A primeira pintura está
enquadrada por frisos, formando uma moldura, e a segunda que reproduz os frutos, ocupa a parte superior da margem direita da
folha. – As pinturas acompanham o Ofício de 12.5.1800 do Governador e Capitão General da Capitania da Bahia, D. Fernando
José de Portugal, 1º Conde de Aguiar, para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, 1º
Conde de Linhares, no qual se refere a descoberta de uma árvore que se imaginava ser a quineira, mas que os boticários mais
experientes discordavam. – Título atribuído de acordo com os motivos decorativos e pictóricos do documento. – Local de redação
e data segundo a bibliografia.

As pinturas estão em ótimo estado de conservação; as folhas acham-se em boa condição, mas apresentando algumas manchas de
acidez e de sujidade nas extremidades, uma numeração sequencial e o carimbo da Instituição. – Os documentos encontram-se
acondicionados em folha dupla do AHU, de ph neutro e de tonalidade bege.

Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 20.517 – 20.520

AHU_ICONm_005_E, D. 90-91.

9- ESTAMPA DA CONTRA–ERVA

Estampa da contra–erva . – [ S. l. , 17– – ] . – 2 pinturas : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 21,5 x 15,5 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, castanha e verde. – O
suporte é provavelmente de meados do século XVIII, apresentando ótima textura e excepcional qualidade. Em relação à filigrana,
é possível notar apenas uma pequena parte, junto à margem esquerda, mas insuficiente para ser identificada com relativa
segurança. – Desenho de duas plantas da espécie das passiflóreas, com raiz, folhas e flores , enquadradas por friso e tendo o título
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

em maiúsculas a preto. – Trata-se da Dorstenia brasiliensis Lamk., também conhecida por caapiá, caiapiá, capiá, carapiá ou
cayapiá dos Brasileiros e é largamente encontrada em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Parece que inicialmente o
nome de contra – erva era atribuído indistintamente a várias plantas que se empregavam para combater a mordedura de ofídeos.
Pode-se referenciar dentre as conhecidas a Psoralea pentaphylla Lin., a Dorstenia contrayerva Lin., às Aristolochia serpentaria
Lin., trilobata. Porém, a autêntica contra-erva é a Dorstenia brasiliensis Lamk. (Contrayerva officinal – Radix contrayervae). A
droga é constituída pela raiz, que se administra diluída em pó, infuso ou xarope. O ilustre médico João Curvo Semedo, na obra
Polyanthea Medicinal, Lisboa, 1727, aconselha o uso dessa planta e recomenda-a no combate à peste, em que “he soberano
medicamento”. O notável sábio judeu Jacob de Castro Sarmento, no trabalho Matéria Médica, Londres, 1735, compôs um
bezoártico especial, muito em voga nas Cortes européias, cuja base era a contra-erva ou contrayerva. – A pintura expressa o
traçado da escola naturalista portuguesa do século XVIII, procurando por um lado fazer sobressair os princípios que identificam a
espécie e, por outro, as suas propriedades medicinais. – Datação estabelecida de acordo com o estilo dos desenhos, o estudo
paleográfico da letra e do tipo de papel.

A pintura encontra-se em bom estado de conservação, mas notando-se a parte superior direita parcialmente raspada; a folha
contém manchas de acidez e de sujidade, as margens direita e inferior esfoladas e as demais com vestígios de ter passado pela
guilhotina. – Na frente, no canto inferior esquerdo, a anterior marca de posse “Arquivo Histórico Colonial M. DAS C.”. – O
documento iconográfico está acondicionado em folha dupla da Instituição, de ph neutro e de cor bege. – Proveniência: Doc. 497,
anexo a documento sem data da Capitania da Bahia.

Alberto Iria 115, Cat. Exp. Baía 78, Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv. Cabral 241, Cruz e Silva 124, Grande Enc.
Portuguesa e Brasileira v. 7 p. 573

AHU_ICONm_005_E, D. 92

10- CASTRO , Joaquim de Amorim de , ? – 1817

[ Indústria do tabaco / Joaquim de Amorim de Castro ] . – [ Bahia ? , ca. 27 de Julho de 1789 ] . – 3 esboços do
processo de fabricação do tabaco : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 35 x 44,4 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, branca, castanha e preta,
mas formando no conjunto tonalidades acastanhadas. – O suporte é do último quartel do século XVIII, de excelente textura e de
insígne qualidade. – A pintura tem o traço inicial vincado que caracteriza o desenho científico do Século das Luzes, sem
enquadramento, frisos ou molduras. – A representação descreve uma prensa cilíndrica para as folhas do tabaco, posta em
movimento por um homem. Há ainda, na parte superior esquerda, uma Barrica para guardar o tabaco quando sai da prensa e, mais
abaixo, um volume de folhas de tabaco após a prensagem. – O desenho acompanha a Carta de 27.7.1789 do Juiz de Fora da Vila
de Cachoeira, Joaquim de Amorim de Castro, para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, em
que refere uma Memória sobre a cochonilha e também a obra Historia Natural do Brasil, cujo primeiro volume enviava à
Academia Real das Ciências de Lisboa. – Título atribuído com base nos motivos decorativos e pictóricos. – Nome do autor e data
estabelecidos de acordo com o documento em anexo.

Contém:
Nº 01 : Barrica feita p.[e]lo diametro da Imprensa p.[ar]a / receber os volumes de tabaco que se retiraõ da mesma.
Nº 02 : Volume do Tabaco de Folha tira – / do da imprensa silindrica.
Nº 03 : Tumo de folha preparado em / malocas p.[ar]a se meter dentro / da imprensa.

O desenho está em bom estado de conservação; a folha apresenta algumas manchas de acidez e de sujidade, um traço a lápis na
margem exterior e vestígios de adesivos. – Na margem interior ou medianiz a numeração “13302” e no canto superior direito os
dois carimbos da Instituição. – O documento fica acondicionado em cartão duplo do AHU, de ph neutro de tonalidade bege.

Alberto Iria 119 , Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 13.297 e 13.302 , Cat. Exp. Baía 94 , Cruz e Silva
140

AHU_ICONm_005_G, D. 93.

11- CARVALHO, José Simões de, 17– –

Configuração da boca inferior da prim.[ei]ra Cachoeira do rio dos Enganos, obtida no anno de 1782 / por J.[osé]
S.[imões] C.[arvalho] . – [Cachoeira do Rio dos Enganos?] , 1782 . – 1 mapa : ms , nanquim , p & b ; 36,8 x 53,2 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e formando contrates de tonalidades acinzentadas. – O suporte é do
último quartel do século XVIII, apresentando excelente textura e superior qualidade. – O desenho tem o traço característico dos
projetos científicos da escola portuguesa da segunda metade do século XVIII, e sendo enquadrado por friso. – A pintura descreve a
enseada onde estão ancoradas algumas embarcações, diversas canoas típicas da região e veleiros de maior porte. Pode-se notar ao
fundo dois montes, dentre os quais desce o rio, formando a cachoeira do rio dos Enganos ou Cumian. – O desenho acompanha o
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

Ofício de 21.2.1785 do encarregado das demarcações do Rio Negro e Capitão-General, João Pereira Caldas para o Secretário de
Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro. – Nome do autor e local de redação no documento em anexo.

O desenho encontra-se em bom estado de conservação; o papel contém manchas de acidez e de sujidade e vestígios de fita adesiva.
– Na margem superior a numeração a lápis “6” e, mais abaixo, o carimbo da Instituição. No verso a numeração “90” e “Catalogo
364.”. – O documento está acondicionado em folha dupla, de ph neutro de cor bege. – Proveniência: Doc. nº 505.

Alberto Iria 95 , Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv. Cabral 222 , Cat. Rio Negro: AHU_ACL_CU_020, Cx. 9, D. 374

AHU_ICONm_020_I, D. 94.

12- CARVALHO , José Simões de , 17– –

Configuraçaõ da Cachoeira de Cupáti no Rio Japurá, obtida no anno de 1781 / por J.[osé] S.[imões] C.[arvalho] . –
[Cachoeira de Cupati?] , 1781 . – 1 mapa: ms. , nanquim , p & b ; 36,6 x 53 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e formando contrates de tonalidades acinzentadas. – O suporte é do
último quartel do século XVIII, apresentando excelente textura e grande qualidade. – O projeto tem o traçado característico do
desenho científico da escola portuguesa da segunda metade do século XVIII, e sendo enquadrado por friso. – A pintura descreve
uma paisagem com vegetação do tipo mata-galeria, uma cachoeira em primeiro plano e, mais para junto da margem direita, uma
corredeira. – O desenho acompanha o Ofício de 21.2.1785 do encarregado das demarcações do Rio Negro e Capitão-General, João
Pereira Caldas para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro. – Nome do autor e local de redação
no documento em anexo.

O desenho encontra-se em excelente estado de conservação; o papel contém algumas perfurações, manchas de acidez, vestígio de
fita adesiva e a margem exterior parcialmente rasgada. – Na margem superior a numeração a lápis “7” e, mais à esquerda, o
carimbo da Instituição. No verso a numeração “89”, “Rio Negro. Barcellos – 21 de fevereiro de 1785. N/2 de João Pereira Caldas”
e “Catalogo 365”. – O documento está acondicionado em folha dupla, de ph neutro de cor bege. – Proveniência: Doc. nº 504.

Alberto Iria 94 , Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv. Cabral 221 , Cat. Rio Negro: AHU_ACL_CU_020, Cx. 9, D. 374

AHU_ICONm_020_I, D. 95.

13- MODO DE MINERAR PARA SE TIRAREM DIAMANTES

Modo de minerar p[ar]a se tirarem Diam.[an]tes . – [ Arraial do Tejuco , ca. 1775 ] . – 1 pintura : ms. , aquarela e
nanquim , color. ; 17 x 22 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidades diversas, mas com nítida
predominância dos tons de azul, castanho, verde e vermelho. – O suporte é da segunda metade do século XVIII, apresentando
excelente textura e excepcional qualidade. – A pintura tem o traçado característico da escola portuguesa do último quartel do
Setecentos, com o preenchimento de todo o espaço com motivos alusivos ao tema e enquadrado por friso. – A representação
descreve uma mina de diamantes, com dois feitores vigiando os negros que trabalham na extração. Tendo ao alto, à esquerda o
“Bicâme” e a roda para tirar a água e ao fundo, à direita, está a rancharia. – A pintura acompanha o Ofício de 15.2.1775 do
Intendente Geral dos Diamantes, João da Rocha Damas e Mendonça para o Secretário da Marinha e Domínios Ultramarinos,
Martinho de Melo e Castro, no qual remete as relações de todos os habitantes da demarcação diamantina da Capitania. – Local de
redação e data no documento em anexo.

Restaurado em 1999. – A pintura está em excelente estado de conservação; o papel contém alguns vestígios de acidez e de
sujidade. – O desenho apresenta uma numeração sequencial de 1 a 6, em letra da época, que corresponde a explicação acerca da
exploração dos diamantes. – No verso da estampa o carimbo da Instituição. – O documento iconográfico fica acondicionado em
pasta de cartão de ph neutro, de cor acinzentada. – Proveniência: Minas Gerais, Cx. 108, doc. 9.

Alberto Iria 76 , Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv. Cabral 205 , Invent. Minas Gerais Cx. 108 – Doc. 9

AHU_ICONm_011_D, D. 96.

14- MODO DE LAVAR OS DIAMANTES

Modo de lavar os Diamantes . – [ Arraial do Tejuco , ca. 1775 ] . – 1 pintura : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 17 x
22 cm
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidades diversas, mas com predominância
dos tons de azul, branco, castanho, verde e vermelho. – O suporte é da segunda metade do século XVIII, apresentando excelente
textura e excepcional qualidade. – A pintura reflete o traço característico da escola portuguesa do último quartel do Século das
Luzes, com o preenchimento do espaço com motivos alusivos ao tema e a alternância de duas cores de fortes contrastes, como o
castanho e o verde, e enquadrado por friso. – A representação descreve a lavagem dos diamantes, tendo ao centro um feitor sob um
alpendre a vigiar um grupo de negras, vestidas de azul, que procedem à limpeza das pedras. – A pintura acompanha o Ofício de
15.2.1775 do Intendente Geral dos Diamantes, João da Rocha Damas e Mendonça para o Secretário da Marinha e Domínios
Ultramarinos, Martinho de Melo e Castro, no qual remete as relações de todos os habitantes da demarcação diamantina da
Capitania. – Local de redação e data no documento em anexo.

Restaurado em 1999. – A pintura encontra-se em excelente estado de conservação; o papel está em boa condição, mas com
vestígios de acidez na margem interior. – O desenho apresenta uma numeração sequencial de 1 a 8, em letra da época, que
corresponde a explicação acerca da explorção dos diamantes. – O documento iconográfico fica acondicionado em pasta de cartão
de ph neutro, de cor acinzentada. – Proveniência: Minas Gerais Cx. 108 – Doc. 9.

Alberto Iria 77 , Invent. Minas Gerais Cx. 108 – Doc. 9

AHU_ICONm_011_D, D. 97.

15- MOLDURA ORNAMENTAL COM A SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DE VILA BOA DE GOIÁS

[ Moldura ornamental com a situação geográfica de Vila Boa de Goiás ] . – [ Vila Boa , ant. a 19 de Outubro de 1757 ]
. – 1 moldura : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 13,2 x 16,1 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, preta e vermelha. – O
suporte é de meados do século XVIII, de qualidade secundária e encontra-se colado em cartão de papelão da primeira metade do
século XX. – Moldura ornamental, em estilo barroco, e decorada com grinaldas, festões e ramos e tendo ao centro o espaço
reservado para a inscrição lapidar. – A moldura ilustra e enquadra a descrição da posição geográfica de Vila Boa e da distância, em
léguas, que se encontra da Vila de Cuiabá e do Rio Grande. – O desenho acompanha o requerimento de 19.10.1757, de Domingos
Rodrigues e Paulo de Oliveira, ao Rei D. José I solicitando o pedido de confirmação da carta de sesmaria no riacho das Lages,
distrito de Natividade. – Título atribuído com base nos elementos decorativos do documento. – Data estabelecida de acordo com o
requerimento ao Rei D. José I.

O desenho está em excelente estado de conservação; o papel apresenta algumas manchas de acidez e de sujidade nas margens
interior e superior. – Proveniência: o carimbo de “A.M. Antunes. Lisboa. 88 R. Garrett (Chiado)” 29; “Tem a ver c. a planta nº 868
do Cat. Ms.”.

Cat. Verbetes Capitania de Goiás: AHU_ACL_CU_008, Cx. 14, D. 868.

AHU_ICONm_008_J, D. 98

16- BRAUN , João Vasco Manuel de , 17– –

[ Instrumento ou máquina para retirar do mar cofres reais e volumes que se perderam no Baixo da Tijióca, no
naufrágio do Dom Alexandre ] / João Vasco M.[ anu]el de Braun , Inv. et Del . – Pará , 4 de Jan. [eir]o de 1870 . – 2
planos : ms. , aquarela , grafite e nanquim , color. ; 35,4 x 21,8 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e colorido com lápis de cor amarelo e azul e aquarelado com as
tonalidades acastanhada e cinza. – O suporte é do último quartel do século XVIII, apresentando excelente textura e grande
qualidade. – O projeto reflete o traçado dos desenhos de caráter científico da escola portuguesa, mas com nítida influência dos
planos divulgados pelo enciclopedismo francês. – Desenho detalhado de instrumento em forma vertical, em dois planos, para
retirar objetos de naufrágio do fundo do mar. – A pintura descreve primeiramente a peça com todos os seus elementos e partes
mecânicas e, em seguida, exemplifica como deve funcionar na recuperação dos objetos. – O desenho ilustra o texto acerca da
máquina que João Vasco Manuel de Braun inventou para salvar a carga do navio “Dom Alexandre”, naufragado nos baixios da
costa do Pará. – Título no início do documento em anexo.

Os desenhos encontram-se em excelente estado de conservação; o papel contém algumas manchas de acidez e a margem superior
ligeiramente esfolada. – Os desenhos apresentam uma numeração sequencial de 1 a 8, em letra da época, que corresponde a
explicação sobre o funcionamento do aparelho. – Na frente, entre os planos, os carimbos da “Biblioteca Nacional de Lisboa” e do
“Arquivo Histórico Colonial”. – Os documentos iconográficos ficam acondicionados em folha dupla, de ph neutro de cor bege.
Cat. Manuscritos Capitania do Pará AHU_ACL_CU_0013, Cx. 96, D. 7614

AHU_ICONm_013_G, D. 99.
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

17- CAÇA AOS PÁSSAROS

[ Caça aos pássaros . – S. l. , ca. 1778 ? ] . – 1 desenho : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 33,3 x 21,8 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidades diversas, mas com nítida
predominância dos tons de amarelo, azul, castanho, cinza e verde. – A marca de água é do último quartel do século XVIII, o
suporte apresenta excelente textura e grande qualidade. – Desenho representando um índio à caça de pássaros, servindo-se para o
efeito de setas de sopro. – A pintura é enquadrada por friso, tendo um índio do Pará à esquerda e, mais para a extremidade direita,
uma árvore sem folhas com os pássaros azuis nos últimos galhos. – A representação descreve com beleza e equilíbrio uma das
atividades dos indígenas, procurando ressaltar através das cores acastanhadas que predominam no conjunto, a plumagem garrida
das aves. – Título atribuído de acordo com os motivos decorativos e pictóricos do documento. – Datação estabelecida com base no
estilo do desenho e no tipo de papel.

Restaurado em 1999. – A pintura está em excelente estado de conservação; o papel contém vestígios de acidez e de sujidade, em
especial na margem interior. – Na parte superior esquerda o carimbo do “Arquivo Histórico Colonial”. – Proveniência: Doc. nº
491, Enc. XXI. – O documento iconográfico fica acondicionado em folha dupla, de ph neutro de cor bege.

Alberto Iria 80 , Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv. Cabral 207 , Cruz e Silva 113

AHU_ICONm_013_D, D. 100.

18- GOIÁS . Vila Boa ( Câmara )

Deçanho da Moeda provincial , e dos seus diferentes valores que se pertende para a Capitania de Goyás avendo S.
Magestade por bem mandar premitir que na dita Capitania se cunhe a dita Moeda para o curço do seu comercio
enterior : Primeira façe : Segunda façe . – [ Vila Boa : ca. 1780 ] . – 1 projeto : ms. , nanquim , p & b ; 34,1 x 22,1 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e formando contrastes de tonalidades acinzentadas. – A marca de
água é do último quartel do século XVIII, apresentando o suporte excelente textura e grande qualidade. – Desenho de cinco
moedas, com frente e verso, para circulação na Capitania de Goiás. – As moedas foram desenhadas muito provavelmente a mando
da Câmara de Vila Boa, dentro da tradição da numismática portuguesa, para serem aprovadas pela Rainha D. Maria I. As moedas
ostentam na primeira face o valor (600), o ano de 1783, o nome da Capitania e o M (de Maria I), tudo encimado pela Coroa Real
Portuguesa. Na segunda face está a Cruz de Cristo com a esfera armilar e ao centro a letra “G”, com as inscrições latinas referentes
ao valor. – Os desenhos acompanham a Carta de 21.6.1780 dos oficiais da Câmara de Vila Boa à Rainha D. Maria I sobre os
diminutos pesos de vintém, de dois, de quatro e de um quarto de peso e solicitam moeda provincial de prata e cobre para a
Capitania. – O projeto foi evidentemente feito em Vila Boa. – Datação estabelecida com base no documento em anexo.

Restaurado em 2000. – Os desenhos encontram-se em excelente estado de conservação; o papel contém vestígios de acidez e de
sujidade e está com a margem exterior ligeiramente esfolada. – Na parte inferior da folha o carimbo “Biblioteca Nacional –
Archivo de Marinha e Ultramar” e o atual carimbo da Instituição. – O documento iconográfico fica conservado em pasta de ph
neutro, de cor acinzentada.

Cat. Verbetes Capitania de Goiás: AHU_ACL_CU_008, Cx. 32, D. 2000

AHU_ICONm_008_B, D. 101.

19- MAPA DO CABEDAL QUE VEM REMETIDO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO PARA SUA MAJESTADE

Mapa do cabedal q[ue] vem Remetido da Cid.[ad]e do R.[i]o de Jan[ei]r.o p.[ar]a S.[ua] Mag.[esta]de e p.[resen]tes na
Fragata Real N.[ossa] S.[enho]ra das Brotas. Comendada pelo Cap.[ita]m de Mar e Guerra Joaõ da Costa Brito. – Rio
de Janeiro, 1760 . – 1 mapa : ms. , aquarela , grafite e nanquim , color. ; 27,9 x 20,5 cm

Original. – Desenho sobre papel a lápis e a bico de pena com tinta preta e vermelha e aquarelado com as tonalidades amarela, ouro,
preta, rósea e vermelha. – O suporte é de meados do século XVIII, apresentando excelente textura e grande qualidade. – Desenho,
enquadrado por moldura dourada, de coluna quadrangular em estilo neoclássico, com peanha, e com a seguinte legenda:
“Diamantes. 2 Cofres / Ouro em pó de S.[ua] Mag.[estad]e. 1.537.399 C 080. / Em barra p.[ar]a o d.[i]to Sen.[ho]r . 13.126 C 000. /
Donativo Real. 187.229 C 683 / Dinh[ei]ro p.[ar]a F.[azenda] Re[a]l 1.140.181 C 211 / Ouro Lavrado de P.[arte]s. 4.385 C 200 /
Barras de Partes 8.372 C 220 / Dinheiro Manifesto 45.002 C 400 / Prata. 766.002 C 400 / Soma total 3.701.258 C 834 [soma
errada; o total é de 3.701.698 C 194 cruzados]. / Milhões. Mil Cruzados / Anno 1760”. Tendo à margem do desenho, em anotação:
“Saõ 396 C 000 / Tem mais erros”. – O mapa estatístico dos rendimentos enviados do Rio de Janeiro, com a relação dos
diamantes, ouro em pó e em barras, dinheiro arrecadado, donativos e prata, obedece o traçado e o gosto da fase mais expressiva do
barroco colonial. – Trata-se de uma pintura com recursos aos tons-sobre-tons de amarelo e dourado e reservando as cores mais
fortes do róseo e do avermelhado para ressaltar os elementos relativos ao conteúdo, que constituem os verdadeiros ornamentos que
decoram e embelezam a coluna.
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

Restaurado em 2000. – A pintura está em ótimo estado de conservação; o papel contém na margem interior e no verso alguns
vestígios de manchas de acidez. – Na parte superior direita o carimbo da Instituição. – O documento iconográfico fica
acondicionado em pasta de cartão de ph neutro e de cor acinzentada.

Cruz e Silva 141

AHU_ICONm_017_J, D. 102.

20- RIBEIRO , Joaquim Inácio , Capitão da Armada

Rezumo da carga q[ue] transporta o Brigue Flor d’Amizade da Bahia p.[ar]a L[i]x[ bo]a : Sahimos da Cidade da Bahia
14 de Outubro de 1815 : Emtramos ( sic ) na Cidade de Lisboa a 4 de Janeiro de 1816 / J.[oaquim] I[nácio] Ribeiro .
1815. ; [ del. e pinxit ] J.B.S. , B.F.A. – Lisboa , [ post. a 4 de Janeiro de ] 1816 . – 1 pintura : ms. , aquarela , grafite e
nanquim , color. ; 20,3 x 15,8 cm

Original. – Desenho sobre papel a lápis e a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidades diversas, mas com nítida
predominância dos tons de azul, castanho, róseo avermelhado e verde água. – O suporte é do início do século XIX, de textura fina
e qualidade secundária. – Desenho em estilo Império ao gosto da segunda década de Oitocentos, decorado com motivos
arcaizantes e profusamente ornamentado com florões, grinaldas, palmas e corações e tendo por enquadramento dois frisos que
formam uma elegante e primorosa moldura. – A pintura representa primeiramente a divindade da mitologia grega Posídon,
reclinado entre folhas, tendo ao alto as datas extremas da rota marítima e, na parte superior, com grande realce o vaso ostentando
as seguintes legendas: “Caixas de Asucar = 351 / Feixas de Asucar = 30 / Saccas de Algodão = 66 / Saccas de Arros = 669 / Saccas
de Caffé = 42 / Coiros de Cabello = 400 / Capueiras de Jacarandá = 70”. – A representação acompanha o Ofício do Juiz-da-Visita-
do-Ouro, Pedro Duarte da Silva ao Secretário do Governo do Reino de Portugal das Repartições da Marinha, Negócios
Estrangeiros e Guerra, Miguel Pereira Forjas Coutinho, sobre a visita aos brigues Flor da Amizade e Paquete de Pernambuco,
vindos da Bahia e de Pernambuco e sob o comando dos Capitães Joaquim Inácio Ribeiro e António Inácio Ramos. – Nome do
autor no documento em anexo.

Restaurado em 2000. – A pintura encontra-se em ótimo estado de conservação; o papel está igualmente em boa condição, mas
contendo alguns vestígios de acidez e de sujidade nas margens. – O documento iconográfico permanece acondicionado em pasta
de cartão, de ph neutro, de cor acinzentada. – Proveniência: AHU_ACL_CU_005, Cx. 258, D. 17.952.

Cat. Exp. Baía 96 , Cat. Manuscritos da Bahia AHU_ACL_CU_005, D. 17952

AHU AHU_ICONm_005_J, D. 103.

21- PORTUGAL . Desembargo do Paço ( Carta de Brasão )

Carta de Brazão de Armas de Nobreza e Fidalguia concedida pela Rainha D. Maria I ao Coronel Francisco Xavier
Carneiro da Cunha , natural da Vila Santo António do Recife , da Capitania de Pernambuco / por António Rodrigues
de Leão , Cavaleiro da Casa Real e Rei de Armas de Portugal ; Frei Manuel de Santo António e Silva , da Ordem de
São Paula a fez . – Em Lisboa , 25 de Setembro de 1783 . – 1 capital , 1 moldura e 1 brasão : ms. , aquarela ,
nanquim e ouro , color. ; dimensões variáveis

Original. – Desenhado em pergaminho . – Desenho a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidades diversas, mas
predominando os tons de azul, verde, vermelho e iluminado a ouro. – Desenhos de capital inicial, moldura e brasão decorados com
matizes vivos e contrastantes, profusamente dourados a ouro para enquadrar e exaltar o texto da Carta de Armas de Nobreza e
Fidalguia que D. Maria I concedeu ao Coronel Francisco Xavier Carneiro da Cunha. – O autor dos desenhos pretendeu ao escolher
uma ornamentação com ramagens intercaladas com ouro – conseguido através da chamada técnica da douragem a quente –
proporcionar ao conjunto um estilo gracioso, mais inspirado certamente nas Cartas emanadas das Chancelarias Reais dos reinados
anteriores, de D. José I e de D. João V, do que propriamente nos documentos de nobilitação da época, que refletiam o exagero do
Barroco ou então copiavam os padrões renascentistas das Cortes de D. João II, de D. Manuel I ou de D. João III. Há igualmente
uma referência explícita nos motivos pictóricos à origem brasileira do nobilitado, pois a Colônia Portuguesa da América do Sul
simboliza no imaginário europeu um verdadeiro Éden de opulência e exotismo. – A capital maiúscula ocupa 6 espaços
interlineares e tem a função de iniciar a arenga com o nome da Soberana que outorga os privilégios, a moldura ou tarja completa a
cercadura do espaço reservado às palavras e, como última pintura, o brasão representa as quatro origens familiares ou costados do
fidalgo. – A Carta de Nobreza assemelha-se intencionalmente a um códice de períodos recuados de formato “in-quarto” de grandes
dimensões, sem a assinatura dos cadernos e sem os reclamos no final das páginas, mas proporcionando um visual de rara beleza. –
A Carta de Brasão acompanha o Requerimento do Coronel reformado de Milícias de Pernambuco, Francisco Xavier Carneiro da
Cunha, ao Príncipe-Regente D. João, pedindo o título de alcaide-mor de Igaraçu, em atenção aos serviços prestados. – Título no
começo do discurso da Rainha D. Maria I. – Nome dos autores secundários no final do texto.

Contém:
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

Nº 01 : Capital maiúscula inicial . – 5,9 x 5,5 cm


Nº 02 : Moldura decorada com motivos florais enquadrando o texto . – 24,3 x 15,4 cm
Nº 03 : Brasão de armas com elmo de fidalgo . – 24,3 x 15,4 cm

Restaurado em 1999. – As pinturas encontram-se em ótimo estado de conservação; os pergaminhos estão em boa condição,
apresentando contudo alguns vestígios de sujidade. – No fólio [1] “Nº 5”, em letra da época; na parte superior de todos os fólios
“Biblioteca Nacional – Secção Ultramarina”; na última linha e em letra do século XVIII as seguintes assinaturas “Eu Bernardo
Joze Agostinho de Campos, Escrivão da Nobreza a fiz escrever” e “Portugal Rey de Armas Principal An[t]onio Rodr[i]guez de
Leão”; no fólio em branco Reg[ista]da no L. 3º do Reg[is]to dos Brazoens e Armas da Nobreza e Fidalguia destes Reynos e suas
Conq[uis]tas. As P. 105. Lisboa 2 de Outubro de 1783”. – O documento iconográfico está acondicionado em pasta de cartão de ph
neutro, de cor acinzentada. – Proveniência: D. 20008.

Cat. Manuscritos Capitania de Pernambuco AHU_ACL_CU_015, Cx. 243, D. 16300.

AHU_ICONm_015_B, D. 104-105.

22- REAL DE SAN LORENZO : CRUZ QUE REPRESENTA UM MARCO DEIXADO PELOS ESPANHÓIS

Real de S.[a]m Lorenzo : cruz que representa um marco deixado pelos espanhóis . – [ Vila Bela ? ] , 15 de Agosto de
1783 . – 1 cruz : ms. , nanquim , p & b ; 33,7 x 21,9 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e formando contrastes de tonalidades acinzentadas. – A marca de
água é do último quartel do século XVIII, tendo o papel excelente contextura e muito boa qualidade. A filigrana apresenta
semelhanças com as de outros suportes utilizados na mesma altura para reproduzir a fauna, a flora ou outros motivos que
ilustrassem o interior do Brasil. – O desenho reproduz uma cruz latina ou alta, de madeira aparada e de haste superior pequena,
sem a figura de N. S. Jesus Cristo e assentada sobre uma peanha e sendo enquadrada por dois frisos, que formam uma fina e
elegante moldura. – A cruz simboliza um distintivo de nacionalidade que os espanhóis implantaram, para demarcar e
posteriormente auferir o terreno, na região fronteiriça da Bolívia com Mato Grosso. O desenho traz inscrito nos braços a data de
feitura, mas em português “Agosto 15 1783 Anos” e, no corpo central a origem, em espanhol “Re / Al / de / S.[a]m / Lo / Ren / Zo”.
E contém no canto inferior esquerdo da folha, a seguinte legenda “N.B. O Título Real S. Louren/ço que tem a Cruz, seria
provavelm[ent]e / intençaõ de quem a poz, ou fez por q[u]e / correspondesse ao de S. Lourenzo / el Real, como vulgarm[em]te
denomi / nam os Espanhoes a Cidade de / S[an]ta Cruz de la Sierra, de don / de estes vieram expedidos.”. – A estampa é o
documento em anexo nº 8, que acompanha o Ofício de 24.11.1783 do Governador e Capitão – General da Capitania de Mato
Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres ao Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e
Castro sobre a chegada de alguns oficiais espanhóis ao rio dos Barbados. – O documento foi provavelmente redigido em Vila Bela.

O desenho encontra-se em ótimo estado de conservação; o papel está em excelente condição, mas com a margem inferior
ligeiramente esfolada. – Na parte superior “N. 8”, em letra da época; no lado esquerdo, junto à margem interior o carimbo
“Arquivo Histórico Colonial. M. das C.”. – O documento iconográfico fica preservado em folha dupla da Instituição, de ph neutro
e de cor bege. Proveniência: Mato Grosso, Cx. 21, doc. 42.

Cat. Verbetes Capitania de Mato Grosso AHU_ACL_CU_010, D. 1428

AHU_ICONm_010_G, D. 106.

23- MINAS GERAIS .Comarca do Rio das Velhas ( Carta de Usança )

Carta de Uzança passada pelo Desembargador , Ouvidor Geral e Corregedor da Comarca do Rio das Velhas , Jozé
Caetano Cezar Manitti , na qual nomeia o Furriel António Novaes de Campos , Procurador do Senado da Câmara da
Villa Nova da Raynha do Caeté . – Villa Real do Sabará , 14 de Dezembro de 1784 . – 1 moldura , 1 escudo e letras
capitais : ms. , aquarela , nanquim e ouro, color. ; dimensões variáveis

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidades diversas, mas com clara
predominância dos tons de amarelo, azul, verde e vermelho. – O suporte é do último quartel do século XVIII, de textura fina e
qualidade secundária. A filigrana apresenta semelhança com as marcas de água de papéis utilizados na mesma altura para ilustrar
documentos oficiais ou para reproduzir motivos alegóricos e temas acerca da fauna e da flora do interior da Capitania de Minas
Gerais. – Desenhos de moldura, escudo das armas reais de Portugal e de letras capitais decorados com matizes vivos e com fortes
contrastes, profusamente dourados a ouro, para enquadrar e realçar o texto do documento concedido pelo Desembargador da
Comarca do Rio das Velhas ao Furiel António Novaes de Campos. – O autor dos desenhos pretendeu muito certamente que a
decoração refletisse o momento em que vivia a sociedade colonial, que era a do apogeu da mineração e da exuberância das formas
generosas do Barroco, escolhendo para tanto uma ornamentação opulenta e intencionalmente vistosa, situando ao centro o escudo
real envolto em alegorias, com as letras maiúsculas que acentuam o sentido solene da Carta e optando por envolvimento de todo o
conjunto as ramagens verdes de flores vermelhas, que formam juntamente com as vieiras de tom-sobre-tom, em moldura de
extrema singeleza. O escudo das armas reais de Portugal figura como o elemento de maior grandeza, circundado pelas simbologias
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

inerentes à realeza bragantina, como a pomba branca alusiva à paz em que vivia a sociedade colonial e as demais insígnias, como
as bandeiras e canhões, que têm a função de exaltar o triunfo e a glória da dinastia reinante. As letras formalizam uma verdadeira
mancha de ouro de quatro espaços interlineares – conseguida através da técnica de douragem a quente – que têm a intenção de
referir a existência das minas e da riqueza circulante. – Título no início da Carta outorgada pelo Desembargador José Caetano
Cézar Manitti. – Local de redação no final do texto.

Contém:
Nº 01 : Moldura decorada com motivos florais enquadrando o texto . – 43,1 x 35,2 cm
Nº 02 : Escudo das armas reais de Portugal . – 20,3 x 22 cm
Nº 03 : Letras maiúsculas douradas . – 18,6 x 33,3 cm

Restaurado em 1995. – As pinturas encontram-se em ótimo estado de conservação; o papel está em boa condição, apresentando
porém vestígios de sujidade nas margens exterior e interior. – Na frente e no verso os carimbos “Biblioteca Nacional – Secção
Ultramarina” e “Arquivo Histórico Colonial M. Das C.”. – O documento iconográfico fica guardado em pasta de cartão, de ph
neutro e de cor acinzentada.

Invent. Minas Gerais Cx. 122, doc. 53.

AHU_ICONm_011_J, D. 107.

24- MINAS GERAIS . Comarca do Rio das Velhas ( Carta de Usança )

Carta de Uzança passada pelo Desembargador , Ouvidor Geral e Corregedor da Comarca do Rio das Velhas , Jozé
Caetano Cezar Manitti , na qual nomeia o Furriel António Novaes de Campos , Juiz Ordinário da Villa do Caeté . –
Villa Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará , 30 de Dezembro de 1786 . – 1 moldura e 4 capitais : ms. ,
aquarela , grafite e nanquim , color. ; dimensões variáveis

Original. – Desenho sobre papel a lápis e a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidades diversas, mas com nítida
preponderância dos tons de amarelo, rosa, verde e vermelho. – O suporte é do último quartel do século XVIII, de excelente
contextura e de grande qualidade. A filigrana apresenta semelhanças com as marcas de água de papéis utilizados em documentos
oficiais, em projetos de caráter científico e também para reproduzir aspectos variados da fauna e da flora do interior da Capitania
de Minas Gerais. – Desenhos de moldura e de capitais maiúsculas iniciais, em estilo Rococó, para enquadrar e exaltar o texto do
documento outorgado pelo Desembargador da Comarca do Rio das Velhas ao Furriel António Novaes de Campos. – A intenção
que está explícita no conjunto é, muito evidentemente, de que a ornamentação incidisse na valorização do conteúdo, através do
exagero decorativo das capitais que iniciam o nome do jurisconsulto, o princípio do primeiro parágrafo, e o selo que confere
autenticidade, ficando reservada à moldura uma posição subsidiária, isto é, a de completar a mensagem do discurso. A moldura
assume uma coloração verde água e de fino traçado, sendo a junção das extremidades conseguida com a maleabilidade das vieiras
e figurando nas margens externas duas cariátides. As figurações antropomórficas devem simbolizar a impassibilidade do rosto da
Justiça, que mesmo nas adversidades sabe permanecer com o semblante sereno. – Título no começo da Carta concedida pelo
Desembargador José Caetano Cézar Manitti. – Local de redação no final do texto.

Contém:
Nº 01 : Moldura decorada com motivos florais e antropomórficos enquadrando o texto . – 42,4 x 32,3 cm
Nº 02 : Capital maiúscula inicial. – 3,7 x 4,7 cm
Nº 03 : Capital maiúscula inicial. – 3,8 x 4,7 cm
Nº 04 : Capital maiúscula inicial. – 5,0 x 7,2 cm
Nº 05 : Capital maiúscula inicial. – 7,5 x 8,8 cm

Restaurado em 1995. – As pinturas apresentam ótimo estado de conservação; o papel encontra-se em boa condição, apesar de
conter nas margens alguns vestígios de sujidade. – No verso as notas manuscritas em letra da época “Registada na f. 52 do L[ivr]o
de / Registo de Cartas de uzanças / neste Juizo da Ouvidoria G[era]l aos / 30 do mez de Dez[em]br.o de 1786 / M[anu]el Bernardez
Varella da Fon[se]ca” e, mais ao lado, os numerários “F.rs 600, Reg.o 1 rs 280, Assign. 1 rs 400” e o total “3 rs 280”. – Na frente e
no verso os carimbos “Biblioteca Nacional – Secção Ultramarina” e “Arquivo Histórico Colonial M. DAS C.”. – O documento
iconográfico está acondicionado em pasta de cartão, de ph neutro e de cor acinzentada.

Invent. Minas Gerais Cx. 125, doc. 75.

AHU_ICONm_011_J, D. 108.

25- NICOTIANA FRUTICOSA

Nicotiana Fruticosa . – [ Villa da Caxoeira ? , ca. 1791 ] . – 1 pintura : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 33,8 x 43,7
cm
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, castanha, preta, rosa e
verde, mas com acentuada predominância dos tons de verde e rosa. – O suporte pertence ao último quartel do século XVIII, de
excelente textura e grande qualidade. A filigrana apresenta semelhanças com as marcas de água de papéis utilizados na mesma
época para documentos oficiais ou para reproduzir aspectos diversos da sociedade, desenhos de caráter científico ou pinturas
relativas à fauna e a flora da Capitania da Bahia. – Desenho da planta ou pequeno arbusto da família das Solanáceas e subfamília
das Cestroídeas, a que pertence o tabaco, tendo dois troncos e galhos com folhas de grande formato e com as flores e botões
avermelhados reunidos em panículas terminais, tendo a forma de um cálice de cinco sépalas e unidas na base. A pintura está
enquadrada por dois frisos que formam uma graciosa moldura de estilo clássico, de cores acastanhada e preta e em evidente
contraste com os matizes esverdeados de todo o conjunto. – O desenho expressa o traçado da pintura naturalista que surgiu com o
enciclopedismo, na segunda metade do século XVIII. – A representação acompanha como material ilustrado a Carta de 16.3.1791
do Juiz de Fora da Vila de Cachoeira, Joaquim de Amorim de Castro, para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar,
Martinho de Melo e Castro, em que refere as experiências da cultura de diversas espécies de tabaco na região do Recôncavo
Bahiano. – Local de redação e data estabelecidos de acordo com o documento em anexo.

A pintura encontra-se em ótimo estado de conservação; o papel contém algumas manchas de acidez e de sujidade, duas
perfurações junto a margem esquerda e vestígio de fita adesiva. – Na frente, próximo a margem direita, a numeração “14295”, em
tinta do século XX; no canto inferior direito, a seguir ao título, o carimbo da Instituição; no verso o número de chamada “112”, em
letra do século XX. – O documento iconográfico está acondicionado em folha vegetal e em pasta de cartão, de ph neutro e de cor
bege.

Alberto Iria 169 , Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 14924 e 14925 , Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv.
Cabral 243 , Cruz e Silva 122.

AHU_ICONm_005_E, D. 109.

26- NICOTIANA GLUTINOSA . LIN.

Nicotiana Glutinosa . Lin . – [ Villa da Caxoeira ? , ca. 1791 ] . – 1 pintura : ms. , aquarela , grafite e nanquim , color. ;
33,8 x 43,6 cm

Original. – Desenho sobre papel a lápis e a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, azul, castanha,
preta e verde, mas com nítida predominância dos tons de amarelo e verde. – O suporte é do último quartel do século XVIII,
apresentando excelente contextura e inigualável qualidade. A filigrana tem semelhanças com as marcas de água de papéis
utilizados em documentos de caráter oficial ou para reproduzir cartas geográficas, desenhos ou pinturas da mesma época de
motivos alusivos ao interior da Capitania da Bahia. – Desenho da planta ou pequeno arbusto da família das Solanáceas e
subfamília das Cestroídeas, a que pertence o tabaco, também conhecida como “tabaco-de-folha-de-couve” ou “tabaco-de-folha-
larga”, com três troncos e com flores e botões amarelos reunidos em cacho composto de forma cônica ou em pirâmide, na parte
terminal dos galhos. A pintura está enquadrada por dois frisos que formam uma elegante e sóbria moldura de estilo clássico, de
cores acastanhada e preta, em manifesto contraste com a profusão amarela e esverdeada de todo o conjunto. – A representação
reflete o traço que tem caracterizado o desenho naturalista surgido com o Iluminismo, na segunda metade do século XVIII. – A
estampa faz parte do material ilustrado que acompanha a Carta de 16.3.1791 do Juiz de Fora da Vila de Cachoeira, Joaquim de
Amorim de Castro, para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, em que informa sobre as
experiências com a cultura de várias espécies de tabaco na região do Recôncavo Bahiano. – Local de redação e data estabelecidos
de acordo com o documento em anexo.

A pintura acha-se em ótimo estado de conservação; o papel apresenta manchas de acidez e de sujidade nas margens e duas
perfurações junto a margem esquerda. – Na frente, próximo a margem direita, a numeração “14296”, em tinta do século XX; no
canto inferior direito o carimbo da Instituição; no verso o número de chamada “111”, em letra do século XX. – O documento
iconográfico está guardado em folha vegetal e em pasta de cartão, de ph neutro e de cor bege.

Alberto Iria 170 , Castro e Almeida (Bahia) AHU_ACL_CU_005-01, D. 14924 e 14926 , Cat. Exp. V Cent. Pedro Álv.
Cabral 244 , Cruz e Silva 123

AHU_ICONm_005_E, D. 110.

27- CASTRO , Joaquim de Amorim de , ? – 1817

[ Cactus Tuna Linei : vulgarmente denominada cochonilha / por Joaquim de Amorim Castro , Juiz de Fora da Caxoeira
. – Bahia , 27 de Julho de 1789 ] . – 1 pintura : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 34,6 x 44,5 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades azul, castanha, cinza, preta e
verde, mas com acentuada preponderância dos tons de acastanhados sobre o verde azulado. – O suporte pertence ao último quartel
do século XVIII, de contextura fina e qualidade secundária. A filigrana apresenta semelhanças com as marcas de água de papéis
utilizados nessa época para transcrever documentos oficiais e reproduzir motivos alegóricos, desenhos de caráter científico e
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

figurações acerca da fauna e da flora do interior da Capitania da Bahia. – Desenho de planta da família das Cactáceas, espécie das
dicotiledôneas, da ordem das opunciales, de caule carnudo simples, mais ou menos ramificado, cilíndrico e por vezes comprido e
articulado, com as folhas transformadas em espinho e chegando a atingir quase a altura dos arbustos. A pintura não está
enquadrada, mas ocupando todo o espaço reservado à imagem, como se o autor tivesse a intenção de transmitir a idéia de que
cresce espontaneamente nas várias direções. – A representação expressa o traçado da escola naturalista, surgida em Portugal com o
Iluminismo, na segunda década do século XVIII. – A estampa ilustra a “Memória sobre a planta Cactus Tuna Linei” que
acompanha a Carta de 27.7.1789 enviada pelo Juiz de Fora da Vila de Cachoeira, Joaquim de Amorim de Castro, para o Secretário
de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, em que informa acerca da cochonilha, conhecida nos arredores de
Jacuípe, na região do Recôncavo Bahiano pelo nome de palmatória e da sua importância econômica. – Descrição estabelecida com
base no documento em anexo.

A pintura encontra-se em ótimo estado de conservação; o papel contém algumas manchas de acidez e de sujidade, as margens
esfoladas, vestígios de fita adesiva e uma perfuração no canto inferior direito. – Na frente o carimbo da Instituição e no verso, em
grande formato, a anterior marca de posse “Arquivo de Marinha e Ultramar. B.N.L.”. – O documento iconográfico está guardado
em pasta de cartão, de ph neutro de cor bege.

Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 13297 e 13301

AHU_ICONm_005_E, D. 111.

28- CASTRO , Joaquim de Amorim de , ? – 1817

[ Cactus Tuna Linei : vulgarmente denominada cochonilha / por Joaquim de Amorim Castro , Juiz de Fora da Caxoeira
. – Bahia , 1 de Agosto de 1789 ] . – 1 pintura : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 34,6 x 44,3 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com as tonalidades amarela, azul, castanha, cinza,
preta e verde, mas com nítida preponderância dos tons de acastanhados sobre o verde azulado. – O suporte corresponde ao último
quartel do século XVIII, de textura fina e qualidade secundária. A filigrana apresenta semelhanças com as marcas de água de
papéis utilizados nesse mesmo período para transcrever documentos oficiais, descrever cenas com motivos alegóricos, desenhos de
caráter científico e pinturas e figurações diversas respeitantes à fauna e a flora do interior da Capitania da Bahia. – Desenho de
planta da família das Cactáceas, espécie das dicotiledôneas, da ordem das opunciales, de caule carnudo simples, mais ou menos
ramificado, de forma cilíndrica e algumas vezes comprido e articulado, com as folhas transformadas em espinhos e podendo
alcançar a altura de um arbusto. – A pintura não tem enquadramento ou friso, abrange todo o espaço disponível da folha e espalha-
se nas mais variadas direções, fazendo chegar a mensagem de que se alastra por todo o terreno. – A pintura expressa o traço
vincado do desenho naturalista da escola portuguesa, da fase mais representativa do Iluminismo, na segunda metade do século
XVIII. – A representação ilustra a “Memória sobre a cochonilha” de autoria do Juiz de Fora da Vila de Cachoeira, Joaquim de
Amorim de Castro, que acompanha o Ofício de 1.8.1789 do Governador e Capitão General da Capitania da Bahia, D. Fernando
José de Portugal, 1º Conde de Aguiar, para o Secretário de Estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro, em que faz
considerações acerca da importância econômica dessa exploração agrícola para a Coroa Portuguesa. – Descrição estabelecida de
acordo com o documento em anexo.

A pintura encontra-se em excelente estado de conservação; o papel está com manchas de acidez e de sujidade, algumas pequenas
perfurações e as margens esfoladas. – Na parte superior o carimbo da Instituição e no verso, em grande formato, a anterior marca
de posse “Biblioteca Nacional. Secção Ultramarina”. – O documento iconográfico fica preservado em pasta de cartão, de ph neutro
de cor bege.

Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 13308 – 13310

AHU_ICONm_005_E, D. 112.

29- LOPES , José Maria dos Santos , fl. 1803

Plano da Nova Maquina da moagem de Cana de Assucar / por Joze Maria dos Santos Lopes. – Bahia , 12 de Agosto
de 1803 . – 1 esboço de projeto : ms. , aquarela e nanquim , color. ; 20,9 x 32 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidade acinzentada. – O suporte é do período
de transição do século XVIII para o século XIX, de textura fina e de qualidade secundária. A filigrana contém semelhanças com as
marcas de água de papéis dessa época utilizados para transcrever documentos oficiais, reproduzir cenas com motivos alegóricos,
desenhos de caráter científico e pinturas e representações acerca da fauna e da flora do interior da Capitania da Bahia. – Desenho
da etapa final do esboço do plano elevado de um engenho para moer cana-de-açúcar. O autor inventou e colocou em execução dois
novos engenhos para o trabalho de moagem e que considera de grande interesse para os agricultores, pois enquanto são necessários
100 bois para uma produção de 1.800 pães de açúcar por safra pelo método tradicional, pelo novo processo mecânico é possível
conseguir a mesma quantia por apenas 20 bois. – O desenho está enquadrado por friso ou moldura e tendo na parte inferior a
seguinte legenda “Elevação de hum Engenho de moer cana de asucar, ideado, e Posto em execução por Joze Maria dos Santos
ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO

Lopes, commerciante / matriculado, e estabelecido na Cidade da Bahia; o qual engenho puxado por quatro bestas com suavidade
se movem as cinco moendas; que apprezenta á Meza da Inspeçaõ, segundo a condição do seu Privilegio. / Explicaçaõ (...)”. Bahia
12 de Agosto de 1803.” – O projeto apresenta muitas analogias no traçado, na cor pretendida e na escala com as propostas
desenvolvidas nessa fase da Revolução Industrial na Europa, muito especialmente em Portugal, na Espanha e na França. – A
representação acompanha os Requerimentos de José Maria dos Santos Lopes ao Governador e Capitão General da Capitania da
Bahia, João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes de Brito, 6º Conde da Ponte, em que solicita autorização para efetuar
vários empreendimentos ligados à escravatura e ao comércio do açúcar. – Título no verso do documento, como foi registrado no
Livro terceiro das Ordens Régias.

O desenho está em ótimo estado de conservação; o papel encontra-se em boa condição, mas com manchas de acidez e de sujidade
e algumas perfurações na margem superior. – Na frente o carimbo da Instituição e, em maior formato, a antiga marca de posse
“Arquivo Histórico Colonial. M. das C.”. – No verso as notas manuscritas “Foi entregue este Exemplar do Plano da Nova Maquina
da moagem de Cana de Assucar a seu Proprietario na Conformidade da Provizão do Seu Privilegio Registada a folha cento e vinte
duas verço do Livro terceiro das Ordens Regias. Bahia Seis de Agosto de mil oito Centos e tres = Joze da Silva Lisboa” e, mais
abaixo, o reconhecimento do Registro Civil “E trasladado o Concertei com o que me foi aprezentado que se achava encerto em
hum Mappa de hum Engenho de Assucar (...). Lisboa doze de Outubro de mil oito Centos e quatro. Manoel Joaq[ui]m Simpliciano
B. de Brito, Tabelliaõ que a Sobrescrevy e assignei em publico.” . – O documento iconográfico fica acondicionado em pasta de
cartão, de ph neutro e de cor bege.

Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 28366 – 28370 e 28374 – 28375

AHU_ICONm_005_G, D. 113.

30- LOPES , José Maria dos Santos , fl. 1803

Elevação de hum Engenho de moer cana de asucar / ideado e posto em execução por Joze Maria dos Santos Lopes ,
Commerciante matriculado e estabelecido na Cidade da Bahia . – [ Bahia , ca. 1803 ] . – 1 esboço de projeto ms. ,
aquarela e nanquim , color. ; 22,5 x 33,4 cm

Original. – Desenho sobre papel a bico de pena com tinta preta e aquarelado com tonalidade acinzentada. – O suporte é do período
de transição do século XVIII para o século XIX, com excelente textura e grande qualidade. – Não foi possível determinar a
filigrana, mas a distância entre os pontusais e o tipo de vergaturas indicam tratar-se muito provavelmente de papel de distinta
proveniência. – Desenho da fase final do esboço do plano elevado de um engenho para moer cana-de-açúcar. O autor idealizou e
pôs em funcionamento dois engenhos para a atividade de moagem e considera, no Requerimento às autoridades, de imenso
interesse para os agricultores. Afirma igualmente que pelo sistema tradicional são necessários 100 bois para se atingir uma
produção de 1.800 pães de açucar por safra, enquanto que pelo processo mecânico consegue-se a mesma quantia por apenas 20
bois. – O desenho está enquadrado por uma moldura de estilo clássico, de sóbria elegância, e tendo na parte inferior a seguinte
legenda “Elevação de hum Engenho de moer cana de asucar, ideado e posto em execuçaõ por Joze Maria dos Santos Lopes,
Commerciante / matriculado e estabelecido na Cidade da Bahia, o qual engenho puchado por quatro bestas com suavidade se
movem as cinco moendas, que apprezenta á Meza / da Inspeçaõ segundo a condição do seu Privilegio. / Explicaçaõ (...)”. – O
projeto apresenta muitas semelhanças no traçado, na cor obtida nos contrastes e na escala com as propostas desenvolvidas nesse
momento da Revolução Industrial na Europa, muito em particular em Portugal, na Espanha e na França. – A representação
acompanha os Requerimentos de José Maria dos Santos Lopes ao Governador e Capitão General da Capitania Geral da Bahia,
João de Saldanha da Gama Melo Torres Guedes de Brito, 6º Conde da Ponte, em que solicita autorização para realizar diversos
empreendimentos relacionados com o tráfico de escravos e o comércio do açucar. – Lugar de redação e data atribuídos por
comparação com o plano de engenho de 12.8.1803 e os requerimentos ao Conde da Ponte.

O desenho encontra-se em excelente estado de conservação; o papel contém manchas de acidez e de sujidade, algumas perfurações
na moldura e na margem superior e a margem inferior rasgada e esfolada. – Na frente, junto a margem direita, a anterior marca de
posse “ Arquivo Histórico Colonial. M. DAS C.”; no verso o carimbo da Instituição. – O documento iconográfico está preservado
em pasta de cartão, de ph neutro e de cor bege.

Castro e Almeida-BA: AHU_ACL_CU_005-01, D. 28366 – 28370 e 28374 – 28375

AHU_ICONm_005_G, D. 114.

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