Acessibilidade / Reportar erro

Espécies de Parmeliaceae (Ascomycota) ciliadas e sem máculas reticulares em costões rochosos dos estados do Paraná e de Santa Catarina, Brasil

Ciliate species of Parmeliaceae (Ascomycota) without reticular maculae from rocky shores in Paraná and Santa Catarina states, Brazil

Resumos

Nos costões rochosos dos Estados do Paraná e de Santa Catarina foram encontradas 10 espécies distribuídas nos seguintes gêneros: Bulbothrix (1), Parmelinopsis (1), Parmotrema (7) e Relicina (1). Parmotrema laciniellum é citada pela primeira vez no Brasil e Bulbothrix subdissecta, Parmotrema flavescens, Parmotrema aff. margaritatum e Relicina abstrusa são novas citações para o Estado de Santa Catarina. Com exceção de Parmotrema flavescens, todas as demais espécies são mencionadas pela primeira vez para costões rochosos brasileiros.

diversidade; liquens; taxonomia


We found 10 species in the rocky shores of the States of Paraná and Santa Catarina,distributed in the following genera: Bulbothrix (1), Parmelinopsis (1), Parmotrema (7), and Relicina (1). Parmotrema laciniellumis reported for the first time in Brazil and Bulbothrix subdissecta, Parmotrema flavescens, Parmotrema aff. margaritatum, and Relicina abstrusa are reported as new records for the state of Santa Catarina. With the exception of Parmotrema flavescens, all other species are mentioned the first time for the Brazilian rocky shores.

diversity; lichen; taxonomy


ARTIGOS

Espécies de Parmeliaceae (Ascomycota) ciliadas e sem máculas reticulares em costões rochosos dos estados do Paraná e de Santa Catarina, Brasil1 * Autor para correspondência: alice_gerlach@yahoo.com.br 1 . Parte de Dissertação de Mestrado da primeira Autora

Ciliate species of Parmeliaceae (Ascomycota) without reticular maculae from rocky shores in Paraná and Santa Catarina states, Brazil

Alice da Cruz Lima Gerlach* * Autor para correspondência: alice_gerlach@yahoo.com.br 1 . Parte de Dissertação de Mestrado da primeira Autora ; Sionara Eliasaro

Universidade Federal do Paraná, Departamento de Botânica, Laboratório de Liquenologia, Caixa Postal 19031, 81531-970 Curitiba, PR, Brasil

RESUMO

Nos costões rochosos dos Estados do Paraná e de Santa Catarina foram encontradas 10 espécies distribuídas nos seguintes gêneros: Bulbothrix (1), Parmelinopsis (1), Parmotrema (7) e Relicina (1). Parmotrema laciniellum é citada pela primeira vez no Brasil e Bulbothrix subdissecta, Parmotrema flavescens, Parmotrema aff. margaritatum e Relicina abstrusa são novas citações para o Estado de Santa Catarina. Com exceção de Parmotrema flavescens, todas as demais espécies são mencionadas pela primeira vez para costões rochosos brasileiros.

Palavras-chave: diversidade, liquens, taxonomia

ABSTRACT

We found 10 species in the rocky shores of the States of Paraná and Santa Catarina,distributed in the following genera: Bulbothrix (1), Parmelinopsis (1), Parmotrema (7), and Relicina (1). Parmotrema laciniellumis reported for the first time in Brazil and Bulbothrix subdissecta, Parmotrema flavescens, Parmotrema aff. margaritatum, and Relicina abstrusa are reported as new records for the state of Santa Catarina. With the exception of Parmotrema flavescens, all other species are mentioned the first time for the Brazilian rocky shores.

Keywords: diversity, lichen, taxonomy

Introdução

Parmeliaceae é a maior família de fungos liquenizados com aproximadamente 2.726 espécies distribuídas em cerca de 80 gêneros (Thell et al. 2012). São suportados nesta família sete grupos monofiléticos: parmelioide, usneoide, cetrarioide, alectorioide, hipogimnioide, letarioide e psiloparmelioide (Thell et al. 2009, 2012, Crespo et al. 2010). Os fungos liquenizados parmelioides compreendem o maior destes grupos com cerca de 1.850 espécies IDEM: autor escreveu cerca de 1.854 espécies (Thell et al. 2012) em 27 gêneros (Crespo et al. 2010).

Estudos filogenéticos recentes (Divakar et al. 2006, Crespo et al. 2007) demonstraram que vários caracteres morfológicos que foram amplamente utilizados para circunscrever gêneros de fungos parmelioides, como a presença e tipo de cílios (Hale 1975, 1976a,b, Elix 1993, 1994) e a presença e tipo de máculas da superfície superior (Elix & Hale 1987, Hale & Fletcher 1990), não são sinapomórficos, tendo sido ganhos e/ou perdidos em vários grupos. No entanto, como estes caracteres foram amplamente utilizados para circunscrever gêneros em fungos parmelioides (Elix 1993), mostram-se úteis para delimitar grupos morfológicos entre estes liquens.

Os costões rochosos estão incluídos entre os ambientes menos pesquisados no país (Ministério do Meio Ambiente 2010) e de acordo com Marcelli (1998), são conhecidas apenas cerca de 25 das 200 espécies de fungos liquenizados esperadas para este ambiente.

Para os costões rochosos do sul do Brasil são conhecidos apenas os trabalhos de Osorio & Fleig (1984a,b) para o Estado do Rio Grande do Sul e de Gumboski & Eliasaro (2011a, 2012a, b, c), Gerlach & Eliasaro (2012) e Gumboski et al. (2013) para os Estados do Paraná e Santa Catarina. Outros estudos envolvendo o gênero Parmotrema A. Massal, em costões rochosos do Estado de São Paulo, podem ser conferidos em Gerlach & Eliasaro (2012).

Devido à escassez de informações, foi proposto um primeiro levantamento das espécies de fungos liquenizados parmelioides nos costões rochosos dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. Neste trabalho são apresentados os resultados obtidos sobre as espécies providas de cílios marginais e com a superfície superior emaculada ou ao menos sem máculas reticulares.

Material e métodos

As coletas foram realizadas em costões rochosos de 10 municípios ao longo do litoral dos Estados do Paraná (quatro localidades) e de Santa Catarina (20 localidades) e seguiram a metodologia descrita em Brodo et al. (2001). Os materiais foram incorporados ao Herbário UPCB da Universidade Federal do Paraná após serem secos à temperatura ambiente ou estufa em baixa temperatura.

As análises morfológicas foram realizadas sob microscópio estereoscópico (20-50×) e para as análises anatômicas, cortes feitos à mão livre foram observados sob microscópio fotônico (400-1000×), ambos dotados de ocular com retículo graduado. Para a identificação de metabólitos secundários de importância taxonômica foram utilizados: testes de coloração de córtex e medula, observação do talo sob lâmpada UV (Taylor 1967, 1968) e cromatografia em camada delgada (CCD) seguindo Culberson & Ammann (1979) e Elix & Ernst-Russell (1993).

Na distribuição geográfica de cada espécie foram mencionados os continentes, os países da América do Sul e os Estados brasileiros em que a espécie ocorre. Buscou-se mencionar apenas a primeira referência para cada local. Para maiores informações da abrangência sugere-se consultar os checklists de Eliasaro (2006), Spielmann (2006) e Gumboski & Eliasaro (2011b).

Resultados e Discussão

Foram encontradas 10 espécies: Bulbothrix subdissecta (Nyl.) Hale, Parmelinopsis minarum (Vain.) Elix & Hale, Parmotrema flavescens (Kremp.) Hale, P. fumarprotocetraricum Marcelli & Hale, P. internexum (Nyl.) DePriest & B.W.Hale, P. laciniellum (L.I. Ferraro & Elix) O. Blanco et al., P. madilynae Fletcher, Parmotrema aff. margaritatum (Hue) Hale, Parmotrema cf. sancti-angeli (Lynge) Hale e Relicina abstrusa (Vain.) Hale.

Em algumas espécies, como em Parmelinopsis minarum, Parmotrema fumarprotocetraricum, P. internexum e P. laciniellum, os cílios são difíceis de serem visualizados por serem muito escassos e curtos. Em Parmotrema flavescens, embora sejam esparsos, são maiores e mais fáceis de serem percebidos.

Parmotrema laciniellum, anteriormente somente conhecida para a Argentina (Ferraro & Elix 2000), é adicionada a micota liquenizada do Brasil.

Com exceção de Parmelinopsis minarum, todas as espécies foram encontradas nos costões rochosos do Estado de Santa Catarina sendo que Bulbothrix subdissecta, Parmotrema flavescens, Parmotrema aff. margaritatum e Relicina abstrusa são novas ocorrências para este Estado. Dentre as espécies encontradas, somente quatro ocorrem nos costões rochosos do estado do Paraná, sendo já conhecidas para outras áreas do Estado.

Todas as espécies são verificadas pela primeira vez em costões rochosos brasileiros, exceto Parmotrema flavescens, citada sobre costões rochosos do Estado de São Paulo por Benatti & Marcelli (2009).

Chave para espécies de Parmeliaceae ciliadas e sem máculas reticulares em costões rochosos nos Estados do Paraná e Santa Catarina

1. Cílios com base bulbada

2. Talo verde acinzentado a esbranquiçado (atranorina cortical) ......................................... 1. Bulbothrix subdissecta

2. Talo verde amarelado (ácido úsnico cortical) ..................................................................... 10. Relicina abstrusa

1. Cílios com base simples

3. Talo laciniado, lacínias até 1,0 mm de largura ............................................................ 2. Parmelinopsis minarum

3. Talo lobado, lobos maiores que 1,5 mm de largura

4.Talo sem propágulos vegetativos, lacínulas marginais conspícuas, 3,0-8,0 mm de comprimento ............................................................................................................................................... 6. Parmotrema laciniellum

4. Talo com propágulos vegetativos, lacínulas marginais inconspícuas

5. Talo com pústulas ou isídios

6. Talo com pústulas ............................................................................................ 7. Parmotrema madilynae

6. Talos com isídios

7. Talo verde-amarelado (ácido úsnico cortical) ............................................... 3. Parmotrema flavescens

7. Talo verde acinzentado a esbranquiçado (atranorina cortical)

8. Medula K+ amarelo (ácido estíctico), superfície inferior negra ............... 5. Parmotrema internexum

8. Medula K+ marrom (ácidos fumarprotocetrárico e protocetrárico), superfície inferior marrom ....................................................................................... 4. Parmotrema fumarprotocetraricum

5. Talo com sorais

9. Sorais localizados no ápice de curtas lacínulas, medula K+ amarelo→vermelho (ácido salazínico) ............................................................................................. 8. Parmotrema aff. margaritatum

9. Sorais marginais, medula K+ amarelo sujo, C+ e KC+ rosa (ácido girofórico) ................................................................................................................................................. 9. Parmotrema cf. sancti-angeli

1. Bulbothrix subdissecta (Nyl.) Hale, Phytologia 28: 481. 1974. Parmelia subdissecta Nyl., J. Linn. Soc., Bot. 20: 51. 1884. Tipo: Malásia, Malacca, Tanjong, A. C. Maingay 2865 (holótipo: H-NYL; isótipo: BM) fide Benatti & Elix (2012).

Figura 1


Talo: laciniado, frouxo-adnato, 4,0-12,0 cm de diâmetro, subcoriáceo, quebradiço, branco acinzentado. Lacínias: subimbricadas, sublineares, 0,3-1,5 mm de largura, ramificação de dicotômica a tricotômica, margem lisa, inteira e plana, ápice truncado; lacínulas ausentes; cílios com base bulbada, de simples a apicalmente bifurcados ou irregularmente ramificados, até 0,7 mm de comprimento e bulbo ca. 0,08 mm de largura, abundantes e distribuídos por toda a margem. Superfície superior: de brilhosa a opaca no centro, inteira, de lisa a densamente isidiada; máculas tênues, puntiformes, laminais; pruína ausente. Pústulas e sorais ausentes. Isídios laminais, cilíndricos, de simples a raramente pouco ramificados, até 0,5 × 0,08 mm, ápice eciliado, marrom, intacto. Medula: branca. Superfície inferior: negra, lisa; margem estreita, até 1,0 mm de largura, marrom claro, lisa e rizinada; rizinas abundantes, de simples a dicotômicas e entrelaçadas, quase como um tomento próximo às margens a esparsas no centro, negras, até 0,4 × 0,03 mm. Apotécios: ausentes. Picnídios: ausentes.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K-, C+ rosa, KC+ rosa, UV-. CCD: atranorina, ácidos girofórico, lobárico e no exemplar E. Gumboski 1677 outro composto, relacionado ao girofórico, com RfC ≈ 14.

Distribuição: América Central, Caribe (Benatti & Elix 2012), América do Sul e Ásia (Nylander & Crombie 1884). Na América do Sul: Brasil (Jungbluth et al. 2008, como Bulbothrix lobarica Jungbluth, Marcelli & Elix), Guiana Francesa (Nylander & Crombie 1884) e Peru (Benatti & Elix 2012). No Brasil: GO, MT (Benatti & Elix 2012) e SP (Jungbluth et al. 2008, como B. lobarica). Este é o primeiro registro para SC.

Comentários: Bulbothrix subdissecta caracteriza-se por possuir lacínias estreitas, máculas tênues, puntiformes, isídios eciliados em geral simples, cílios de simples a apicalmente ramificados, superfície inferior negra com rizinas abundantes de simples a ramificadas e ácidos girofórico e lobárico na medula.

Dentre as espécies mais próximas, Bulbothrix apophysata (Hale & Kurokawa) Hale e B. laevigatula (Nyl.) Hale, também isidiadas, diferem pela formação apenas de ácido lobárico medular na primeira e pelas lacínias mais largas, 0,5-2,0 mm, ausência de máculas (Hale 1976a) e presença apenas de ácido lecanórico na segunda (Benatti & Elix 2012).

Bulbothrix scortella (Nyl.) Hale é morfo-logicamente muito semelhante, diferindo praticamente somente pela superfície inferior toda marrom e de acordo com Benatti & Elix (2012) estudos moleculares são necessários para comprovar a integridade destas espécies.

Embora os exemplares da área de estudo apresentem lacínias de 0,3 a 1,5 mm de largura, pouco mais largas que as descritas por Hale & Kurokawa (1964) e Benatti & Elix (2012) entre (0,3-)0,4-1,1(-1,2) mm, todos os demais caracteres, condizem com a descrição feita por Benatti & Elix (2012).

Bulbothrix subdissecta, embora rara nos costões rochosos, pode ser encontrada formando talos bem desenvolvidos, de 4,0 a 12,0 cm de diâmetro, em locais protegidos do spray marinho, pouco sombreados, úmidos, e às vezes próximos à vegetação arbustiva.

Espécimes examinados: BRASIL. SANTA CATARINA: São Francisco do Sul, Morro da Enseada, 19-III-2008, E. Gumboski 54, 426 (UPCB); ibid, 19-VI-2008, E. Gumboski 448 (UPCB); ibid, 4-IX-2009, E. Gumboski 1677, 1688 (UPCB).

2. Parmelinopsis minarum (Vain.) Elix & Hale, Mycotaxon 29: 243. 1987. Parmelia minarum Vain., Acta Soc. Fauna Flora fenn. 7(1): 48. 1890. Tipo: Brasil, Minas Gerais, Antônio Carlos (Sítio), ad truncos arborum, Vainioin Lich. Brasil. Exs. 1040 (holótipo: TUR, Vainio herbarium 2689; isótipos: BM, FH, UPS), fide Hale (1971).

Figura 2

Talo: laciniado, adnato, ca. 5,0 cm de diâmetro, subcoriáceo, quebradiço, marrom acinzentado. Lacínias: subimbricadas, sublineares, 0,3-1,0 mm de largura, margem lisa, inteira, de plana a pouco convexa, ápice truncado; lacínulas ausentes; cílios simples, curtos, até 0,5 mm de comprimento, escassos, localizados principalmente nas axilas das lacínias. Superfície superior: brilhosa, inteira, de moderada a densamente isidiada em direção ao centro do talo; máculas ausentes; pruína ausente. Pústulas e sorais ausentes. Isídios laminais, cilíndricos, de geralmente simples a pouco ramificados, 0,3-0,5 mm de comprimento, ápice eciliado, marrom escuro, intacto, eretos e firmes. Medula: branca. Superfície inferior: negra, lisa; margem até 0,8 mm de largura, marrom, lisa, parcialmente rizinada; moderadamente rizinada, rizinas de simples a raramente furcadas, negras, esparsas, até 1,0 × 0,08 mm. Apotécios: ausentes. Picnídios: ausentes.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K-, C+ rosa, KC+ rosa, UV-. CCD: atranorina, ácidos girofórico, 5-O-metiliáscico, 3 metoxi-2,4-di-O-metilgirofórico; 2,4,5, tri-O-metiliáscico.

Distribuição: África (Swinscow & Krog 1988, como Hypotrachyna minarum (Vain.) Krog & Swinscow), América do Norte, América Central, América do Sul, Ásia, Europa (Hale 1976b, como Parmelinadissecta (Nyl.) Hale) e Oceania (Elix 1994a). Na América do Sul: Argentina (Adler & Elix 1992), Bolívia (Feuerer & Sipman 2005), Brasil (Vainio 1890), Colômbia, Venezuela (Hale 1976b, como P. dissecta) e Uruguai (Osorio 1975, como Parmelia dissecta Nyl.). No Brasil: MG (Vainio 1890), PR (Hale 1976b, como P. dissecta), RS (Osorio et al. 1980) e SP (Marcelli 1993).

Comentários: Parmelinopsis minarum caracteriza-se por possuir talo laciniado, isídios eciliados, ausência de máculas, cílios simples e escassos, superfície inferior negra e ácidogirofórico juntamente com substâncias do complexo relacionadas ao ácido 3 metoxi-2,4-di-O-metilgirofórico.

Parmelinopsis horrescens (Taylor) Elix & Hale é a espécie mais próxima e pode ser diferenciada principalmente por apresentar isídios ciliados (Hale 1976b; Marcelli 1993; Eliasaro & Adler 2000).

Parmelinopsis minarum apresenta química medular complexa, tendo sido descrita com substâncias relacionadas ao ácido 3 metoxi-2,4-di-O-metilgirofórico, referida como horrescens unknown por Hale (1976b). Além dos ácidos citados para o material analisado, os quais também foram encontrados por Elix (1994a), são mencionados por Adler & Elix (1992), Kurokawa & Lai (2001) e Nash & Elix (2002) os ácidos umbilicárico e 4,5-di-O-metiliáscico, enquanto que Eliasaro & Adler (2000) encontraram também ácido hiáscico.

O único exemplar encontrado possui lacínias mais estreitas, de 0,3 a 1,0 mm, quando comparado aos dados da literatura: 0,5-2,0 mm de largura (Marcelli 1993; Eliasaro & Adler 2000), 1,0-4,0 mm (Vainio 1890) e 1,0-3,0 mm (Hale 1976b; Kurokawa & Lai 2001; Chen et al. 2003). Todos os demais caracteres, tais como os cílios irregularmente distribuídos, às vezes restritos às axilas e curtos, os isídios eciliados, de simples a pouco ramificados e menores que 0,5 mm de comprimento estão conforme as descrições feitas por Hale (1976b), Adler & Elix (1992), Marcelli (1993) e Elix (1994a).

É uma espécie corticícola ou saxícola relativamente frequente em cerrados dos Estados de São Paulo e Paraná (Marcelli 1993, Eliasaro & Adler 2000). Nos costões rochosos estudados, no entanto foi encontrado apenas um exemplar crescendo sobre fragmento de Xanthoparmelia sp.

Espécime examinado: BRASIL. PARANÁ: Paranaguá, Parque Estadual da Ilha do Mel, 28-VIII-2009, S. Eliasaro & E. Gumboski 3181 (UPCB).

3. Parmotrema flavescens (Kremp.) Hale, Phytologia 28(4): 336. 1974. Parmelia glaberrima var. flavescensm Kremp., Flora 52 (14): 223. 1869. Tipo: Brasil, Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Glaziou 1833 (holótipo: M; isótipo: H-NYL 35454) fide Spielmann (2009).

Figura 3

Talo: lobado, frouxo-adnato, 10,0-20,0 cm de diâmetro, subcoriáceo, verde-amarelado. Lobos: de subimbricados a imbricados, 6,5-16,5 mm de largura, ramificação irregular, margem com frequência densamente isidiada, de inteira a crenada, ascendente e revoluta, delineada de marrom, ápice rotundo; lacínulas ausentes; cílios raros, de simples a pouco ramificados, 0,3-2,0 mm de comprimento, de ausentes na maior parte da margem a frequentes em alguns trechos. Superfície superior: brilhosa, de inteira a pouco fissurada, de lisa a isidiada; máculas ausentes; pruína raramente presente. Pústulas e sorais ausentes. Isídios abundantes nas margens e submargens, raramente podem alcançar a lâmina, cilíndricos, de simples a variando de pouco a muito ramificados, 0,1-1,0(-2,0) × 0,05-0,1 mm, ápice de eciliado a raramente ciliado, marrom, intacto, de firmes a caducos. Medula: branca. Superfície inferior: negra, de lisa a papilada; margem ampla, 1,0-6,5 mm de largura, marrom, de lisa a pouco rugosa, sem rizinas; rizinas moderadas, simples, agrupadas, negras, 0,2-2,5 × 0,03-0,1 mm. Apotécios: ausentes. Picnídios: raros, submarginais; conídios ausentes.

Química - Testes de coloração: córtex superior K-, UV-; medula K+ amarelo → vermelho, C-, KC-, UV-. CCD: ácidos úsnico, salazínico e girofórico.

Distribuição: África (Müller 1880), América do Norte, América do Sul (Hale 1965), América Central (Hue 1899). Na América do Sul: Argentina (Calvelo & Liberatore 2002), Brasil Colômbia e Venezuela (Hale 1965). No Brasil: MG (Ribeiro 1998), MS (Fleig & Riquelme 1991), PR (Eliasaro 2001), RJ (Krempelhuber 1869), RS (Fleig 1995), SP (Zahlbruckner 1909). Primeiro registro para SC.

Comentários: Parmotrema flavescens é a única espécie do gênero com ácido úsnico que ocorre nos costões rochosos estudados. Caracteriza-se pelas margens dos lobos frequentemente com isidios eciliados, os cílios esparsos, a superfície inferior negra e pelos ácidos salazínico e girofórico medulares.

Conforme Spielmann (2009), somente P. neotropicum Kurok. também produz isídios e os ácidos úsnico e salazínico. Contudo esta espécie possui a superfície superior verde acinzentada e K+ amarelo devido à presença de atranorina como principal composto cortical, além disto, os isídios frequentemente são ciliados e a superfície inferior apresenta rizinas dimórficas (Kurokawa 1991).

Parmotrema flavescens foi encontrada por Benatti & Marcelli (2009b) no litoral centro-sul do Estado de São Paulo unicamente sobre costões rochosos. Esta é a espécie ciliada e sem máculas reticulares mais frequente e abundante na área de estudo podendo ser encontrada formando grandes talos em locais ensolarados protegidos do spray marinho.

Espécimes selecionados: BRASIL. PARANÁ: Guaratuba, Praia de Brejatuba, 2-IX-2011, E. Gumboski & F. Beilke 2587 (UPCB). Paranaguá, Parque Estadual da Ilha do Mel, próximo a Fortaleza, 27-VIII-2009, S. Eliasaro & E. Gumboski 3165 (UPCB). Matinhos, Praia do Farol, 3-II-2011, A. Gerlach, E. Gumboski & F. Beilke 632a (UPCB). Santa Catarina: São Francisco do Sul, Morro da Enseada, 22-IV-2008, E. Gumboski 105 (UPCB). Governador Celso Ramos, Praia do Sicial, 2-IV-2011, A. Gerlach 653 (UPCB). Bombinhas, Praia de Quatro ilhas, 7-XII-2010, A. Gerlach 584 (UPCB).

4. Parmotrema fumarprotocetraricum Marcelli & Hale, Mycotaxon 25(1): 88. 1986. Tipo: Brasil, São Paulo, Itanhaém, corticícola, M.P. Marcelli 8 (holótipo: US; parátipos: G, US) fide protólogo.

Figura 4

Talo: lobado, de adnato a frouxo-adnato, 3,0 cm de diâmetro, de membranáceo a subcoriáceo, verde-acinzentado. Lobos: de contíguos a subimbricados, 3,0-8,0 mm de largura, ramificação irregular, margem de lisa a isidiada, de inteira a crenada, de plana a pouco ascendente; lacínulas ausentes; cílios simples, curtos, até 0,5 mm de comprimento, ausentes na maior parte do talo. Superfície superior: opaca, irregularmente fissurada, de lisa a moderadamente isidiada; máculas de nítidas a tênues, de puntiformes a lineares, laminais; pruína ausente. Pústulas e sorais ausentes. Isídios de marginais a submarginais e também laminais, de cilíndricos a granulados, de simples a pouco ramificados, muito curtos, até 0,3 × 0,08 mm, ápice eciliado, marrom e intacto. Medula: branca. Superfície inferior: de marrom claro a marrom enegrecido no centro, de lisa a rugosa; margem indistinta do restante do talo; rizinas moderadas, dimórficas, as menores, simples e mais finas, localizadas nas margens e as maiores, de simples a ramificadas, mais espessas e agrupadas principalmente no centro do talo, negras, 0,2-1,5 × 0,08-0,2 mm. Apotécios: ausentes. Picnídios: raros, submarginais; conídios ausentes.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K+ marrom, C-, KC-, UV-. CCD: atranorina, ácidos fumarprotocetrárico e protocetrárico.

Distribuição - Conhecida apenas para o Brasil: BA, SC, SP (Hale 1986), PR (Kurokawa 1991) e RS (Fleig 1997, como Rimeliella fumarprotocetrarica (Marcelli & Hale) Kurokawa).

Comentários: Parmotrema fumarprotocetraricum é a única espécie do gênero encontrada na área de estudo que possui a superfície inferior marrom; possui talo isidiado, cílios esparsos, rizinas dimórficas e os ácidos fumarprotocetrárico e protocetrárico medulares.

Parmotrema neotropicum e P. subtinctorium (Zahlbr.) Hale também possuem cílios de esparsos a moderados, máculas, isídios cilíndricos e superfície inferior marrom com rizinas dimórficas (Kurokawa 1991). Contudo, possuem outros compostos medulares: ácido salazínico na primeira e norlobaridona e loxodina na segunda espécie (Kurokawa 1991).

Hale (1986), no protólogo de P. fumarprotocetraricum, a descreve com lobos de 8,0 a 15,0 mm de largura, cílios esparsos, 0,5-1,0 mm e isídios de cilíndricos a granulados, até 0,4 mm de comprimento. Os materiais analisados correspondem com a descrição, exceto por possuírem lobos mais estreitos, 3,0-8,0 mm e cílios mais curtos, até 0,5 mm.

Embora P. fumarprotocetraricum seja corticícola e forme talos bem desenvolvidos de 8,0 a 12,0 cm de diâmetro (Hale 1986, Kurokawa 1991) na área de estudo além de rara, é pouco desenvolvida, formando talos pequenos de até 3,0 cm. Pode ser encontrada em locais protegidos do spray marinho e parcialmente ensolarados.

Espécimes examinados: BRASIL. SANTA CATARINA: Palhoça, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Ponta dos Papagaios, 12-VII-2011, A. Gerlach 327 (UPCB); ibid, Praia da Guarda do Embaú, 12-VII-2011, A. Gerlach 368a (UPCB).

5. Parmotrema internexum (Nyl.) Hale ex DePriest DePriest & B. W. Hale, Mycotaxon 67: 204. 1998. Parmelia internexa Nyl., Flora 69 (24): 609. 1885. Tipo: Brasil, São Paulo, Serra próximo a Santos, Weddel s-n°, 1844 (holótipo: H-NYL 35210), fide Fleig (1997).

Figura 5

Talo: lobado, adnato, de 3,5-9,0 cm de diâmetro, de membranáceo a submembranáceo, de cinza-amarronzado a esverdeado. Lobos: de contíguos a subimbricados, (1,5-)2,0-5,0(-8,0) mm de largura, ramificação irregular, margem de lisa a raramente isidiada, de inteira a crenada, sinuosa, de plana a pouco ascendente, ápice rotundo; lacínulas ausentes; cílios simples, curtos, 0,1-0,8 mm de comprimento, quase imperceptíveis e esparsos, localizados principalmente nas axilas dos lobos. Superfície superior: opaca, pouco escrobiculada em alguns lobos jovens, fissurada, principalmente nas regiões mais velhas do talo, de pouco a densamente isidiada; máculas ausentes, quando presentes, visíveis somente em alguns lobos, tênues e irregulares, laminais; pruína ausente. Pústulas e sorais ausentes. Isídios frequentemente localizados sobre a lâmina, mais densos nas dobras dos lobos, frequentemente atingem as margens, cilíndricos, de simples a pouco ramificados, raramente coralóides, até 0,5(-1,0) × 0,08 mm, ápice eciliado, de concolor ao talo a marrom, quebradiços, de retos a pouco procumbentes. Medula: branca. Superfície inferior: negra, de lisa a rugosa; margem 0,5-3,0 mm de largura, marrom, lisa, sem rizinasa; rizinas de moderadas a abundantes, geralmente simples, homogeneamente distribuídas, negras, 0,2-1,0 × 0,08-1,0 mm. Apotécios: ausentes. Picnídios: raros, submarginais; conídios sublageniformes, 5,0-8,0 × 1,5 µm.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K+ amarelo, C-, KC- ou KC+ rosa evanescente, UV-. CCD: atranorina, ácido estíctico e às vezes, norlobaridona.

Distribuição - África (Dodge 1959, como Parmelia meiosperma (Hue) C. W. Dodge), América do Norte (Hale 1979) e América do Sul (Nylander 1885). Na América do Sul: Brasil, nos seguintes estados: MG (Ribeiro 1998), PR, RS (Fleig 1997), SC (Müller 1891a, como Parmelia catharinensis Müll. Arg.) e SP (Nylander 1885).

Comentários: Parmotrema internexum caracteriza-se por possuir isídios cilíndricos laminais, cílios muito raros e curtos e medula com ácido estíctico.

Parmotrema crinitum (Ach.) M. Choisy é a espécie mais próxima de P. internexum diferindo desta principalmente pelos lobos mais largos, 5,0-20,0 mm, cílios maiores, de 0,5 a 3,0 mm e isídios frequentemente ciliados (Swinscow & Krog 1988, Elix 1994b).

Os lobos nos materiais analisados, (1,5-)2,0-5,0(-8,0) mm de largura, assemelham-se mais às medidas feitas por Spielmann & Marcelli (2009), 2,5-7,0 mm e por Benatti & Marcelli (2010), 1,5-4,5(-8,0) mm e são mais estreitos, comparado à descrição feita por Eliasaro & Donha (2003), 5,0-15,0 mm.

Embora a espécie seja descrita sem máculas (Eliasaro & Donha 2003; Benatti & Marcelli 2010), foram observadas em lobos jovens máculas irregulares em concordância com Spielmann & Marcelli (2009). Quanto aos propágulos, a maioria dos talos é moderadamente isidiada, com isídios curtos, de simples a pouco ramificados, e somente no espécime E. Gumboski & F. Beilke 2588 os isídios são abundantes, coralóides e alcançam 1,0 mm de comprimento.

Na área de estudo, a espécie mais similar é P. fumarprotocetraricum, por ambas possuírem talo isidiado, lobos estreitos, até 8,0 mm e cílios escassos; contudo a presença dos ácidos fumarprotocetrárico e protocetrárico e o lado inferior marrom com rizinas dimórficas a distinguem de P. internexum.

Parmotrema ultralucens (Krog) Hale é superficialmente similar a P. internexum; diferencia-se desta, no entanto, pelos isídios ciliados, pelos cílios abundantes em parte ramificados e pela medula UV+ amarelo-dourado (liquexantona) e K+ amarelo→vermelho (ácido salazínico) (Marcelli & Benatti 2010). Apesar de P. ultralucens ter sido citada para costões rochosos do Estado de São Paulo (Marcelli & Benatti 2010), esta espécie não foi encontrada na área de estudo.

Parmotrema internexum de acordo com Benatti & Marcelli (2010) é a espécie isidiada do gênero mais facilmente encontrada em manguezais e restingas do litoral centro-sul do Estado de São Paulo, mas estes autores não mencionam nenhum exemplar para costões rochosos deste Estado. No entanto, pode ser frequentemente encontrada sobre costões rochosos dos estados do Paraná e Santa Catarina, em locais protegidos do spray marinho, sombreados e às vezes úmidos.

Espécimes examinados: BRASIL. PARANÁ: Guaratuba, Praia de Brejatuba, 2-IX-2011, E. Gumboski & F. Beilke 2588 (UPCB). Santa Catarina: São Francisco do Sul, Morro da Enseada, 28-IV-2008, E. Gumboski 138 (UPCB); ibid, 7-V-2008, E. Gumboski 302 (UPCB); ibid, 19-VI-2008, E. Gumboski 561 (UPCB). Governador Celso Ramos, Praia do Sicial, 2-IV-2011, A. Gerlach 658 (UPCB). Bombinhas, Praia do Retiro dos Padres, 7-XII-2010, A. Gerlach 549 (UPCB). Palhoça: Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Ponta dos Papagaios, 12-VII-2011, A. Gerlach 326 (UPCB).

6. Parmotrema laciniellum (L. I. Ferraro & Elix) O. Blanco et al., Mycologia 97(1): 157. 2005. Canomaculina laciniella L. I. Ferraro & Elix, Mycotaxon 74(2): 391. 2000. Tipo: Argentina, Corrientes, Depto Monte Caseros, Timboy Stream 122, corticícola, A. Schinini et al. 19705 (holótipo: CTES; isótipo: US) fide protólogo.

Figura 6

Talo: lobado, frouxo-adnato, 6,0 cm de diâmetro, coriáceo, cinza. Lobos: subimbricados, 6,0-8,0 mm de largura, ramificação irregular, margem lisa, bastante lacinulada; lacínulas distribuídas por todo o talo, 3,0-8,0 × 0,4-1,0 mm, pouco convexas, pouco canaliculadas na superfície inferior, ápice agudo, ramificação de dicotômica a digitada; cílios simples, 0,2-0,5 mm de comprimento, muito raros e esparsos. Superfície superior: opaca, bastante fissurada, lisa; máculas nítidas, efiguradas, às vezes assumindo um aspecto pseudo-reticular, laminais, podem originar fissuras; pruína ausente. Pústulas, sorais e isídios ausentes. Medula: branca. Superfície inferior: negra até a margem, rugosa; margem rugosa, rizinada; rizinas abundantes, dimórficas, as curtas e finas, 0,1-0,3 × 0,03 mm, de simples a pouco ramificadas e localizadas principalmente nas margens e as mais longas e espessas, 0,5-1,1 × 0,03-0,1 mm, de simples a irregularmente ramificadas, agrupadas e entrelaçadas. Apotécios: comuns, pouco desenvolvidos e imaturos; ascósporos ausentes. Picnídios: abundantes, principalmente laminais nas lacínulas; conídios filiformes, 10,0-14,0 × 1,0 µm.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K+ amarelo → vermelho, C+ lentamente amarelo muito claro, KC-, UV-. CCD: atranorina e ácido salazínico.

Distribuição - América do Sul: Argentina (Ferraro & Elix 2000). Este é o primeiro registro para o Brasil.

Comentários: Parmotrema laciniellum foi descrita com lobos lacinulados, com cílios abundantes e curtos, 0,2-0,5 mm, as lacínulas de dicotômicas a digitadas, convexas e com a superfície inferior canaliculada, as máculas efiguradas, a superfície inferior negra com rizinas dimórficas, sem propágulos vegetativos e com ácido salazínico como principal composto medular (Ferraro & Elix 2000).

O material analisado está conforme o protólogo da espécie em todos os caracteres, exceto por possuir hábito saxícola e cílios muito raros. Embora Ferraro & Elix (2000) descrevam lacínulas um pouco mais largas (1,0-3,0 mm) que as observadas no exemplar analisado, elas são morfologicamente muito similares à descrição original.

Parmotrema cristobaliae (L. I. Ferraro & Elix) O. Blanco et al. também possui lobos com margens lacinuladas, ciliadas, máculas efiguradas que de acordo com Spielmann (2009) podem assumir aspecto pseudo-reticular, rizinas dimórficas e ácido salazínico (Ferraro & Elix 1993). Esta espécie, contudo, possui as lacínulas planas e norlobaridona além do ácido salazínico como principais metabólitos secundários.

Parmotrema laciniellum é muito rara nos costões rochosos; o único espécime encontrado foi coletado em locais protegidos do spray marinho. Esta é a única espécie do gênero sem máculas reticulares encontrada na área de estudo que possui as lacínulas conspícuas.

Espécime examinado: BRASIL. SANTA CATARINA: Bombinhas, Praia da Sepultura, 7-XII-2010, A. Gerlach 517 (UPCB).

7. Parmotrema madilynae Fletcher, Mycotaxon 25(1): 88. 1986. Tipo: Brasil, São Paulo, Ilha Comprida, G. Eiten & W.D. Clayton 6132-b (holótipo: US) fide protólogo.

Figuras 7-8


Talo: lobado, de adnato a frouxo-adnato, 8,0-12,0 cm de diâmetro, membranáceo, marrom acinzentado. Lobos: de contíguos a subimbricados, 4,0-7,0 mm de largura, ramificação irregular, margem lisa, inteira, de plana a geralmente ascendente, delineada de marrom, ápice rotundo; lacínulas ausentes; cílios simples, 0,2-2,0(-3,0) mm de comprimento, esparsos, ausentes em grande parte das margens, de poucos a moderados, raramente abundantes. Superfície superior: opaca, muito fissurada, frágil, podendo romper e expor a medula, raramente contínua, de rugosa a dactilóide, de moderada a densamente pustulada; máculas tênues, lineares, laminais; pruína presente. Pústulas localizadas por quase toda a superfície, surgem como rugas na lâmina e se agregam sobre as dobras do talo, presentes também nas margens e submargens, variam de capitadas a dactilóides retorcidas, de intactas a frequentemente erumpentes, sorédios raros, de subgranulares a granulares. Sorais e isídios ausentes. Medula: branca. Superfície inferior: negra, rugosa; margem 1,0-4,0 mm de largura, marrom, de lisa a rugosa, sem rizinas; rizinas moderadas, simples, homogeneamente distribuídas, negras, 0,2-1,0 × 0,05-0,08 mm. Apotécios: submarginais, pedicelados, cupuliformes, margem de rugosa a pustulada, disco até 7,0 mm, imperfurado e marrom; ascósporos elipsóides, 24,0-25,0 × (12,0-)14,0-15,0 µm. Picnídios: submarginais; conídios ausentes.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K+ marrom, C-, KC-, UV-. CCD: atranorina e ácido protocetrárico.

Distribuição - América do Sul (Hale 1986) e Ásia (Louwhoff & Elix 1999). Na América do Sul: Brasil: PR (Donha 2005), RS (Fleig 1997), SC (Marcelli 1992) e SP (Hale 1986).

Comentários: Parmotrema madilynae caracteriza-se pela presença de pústulas, raramente sorediadas, cílios esparsos, grandes e pela medula branca com ácido protocetrárico.

Embora P. madilynae seja descrita, no protólogo, com pústulas sorediadas somente submarginais (Hale 1986), nos materiais analisados estas estruturas recobrem quase que toda a superfície superior e se apresentam de diferentes formas em um mesmo talo, surgindo rugosas e passando de capitadas a dactiloides (figura 8), semelhante à descrição de Benatti & Marcelli (2011).

Os cílios variam de poucos a moderados e são tão irregularmente distribuídos que se não fosse o tamanho dos mesmos, alcançam 3,0 mm de comprimento, seria difícil localizá-los no talo. Por outro lado, Benatti & Marcelli (2011) os descrevem distribuídos por toda a margem dos lobos e pouco menores, com até 2,3 mm.

Parmotrema dactylosum Fleig é a única outra espécie do gênero com pústulas e sem ácido salazínico que ocorre na área de estudo; diferencia-se basicamente por possuir margens eciliadas, ascósporos menores, 15,0-17,0 × 7,0-8,0 µm e medula com norlobaridona.

Conforme Kurokawa & Moon (1998), P. gibberosum Kurok. pode ser confundida com P. madilynae, diferenciando-se desta principalmente por possuir um pigmento alaranjado, esquirina, na metade inferior da medula.

Parmotrema madilynae ocorre em regiões litorâneas (Hale 1986, Marcelli 1991, Fleig 1997, Louwhoff & Elix 1999, Donha 2005, Benatti & Marcelli 2011), sendo bastante citada em manguezais e restingas dos Estados do Paraná (Donha 2005) e São Paulo (Benatti & Marcelli 2011). Em costões rochosos é rara, mas pode ser encontrada formando talos bem desenvolvidos, em locais sombreados e protegidos do spray marinho.

Espécimes examinados: BRASIL. PARANÁ: Paranaguá, Parque Estadual da Ilha do Mel, próximo a Fortaleza, 27-VIII-2009, S. Eliasaro & E. Gumboski 3170 (UPCB). Santa Catarina: Imbituba, Barra de Ibiraquera, 30-IX-2010, A. Gerlach 459, 472 (UPCB).

8. Parmotrema aff.margaritatum (Hue) Hale, Phytologia 28(4): 337. 1974. Parmelia margaritata Hue, Nouv. Arch. Mus. Hist. Nat., ser. 4(1): 193. 1899. Tipo: EUA, Ohio, corticícola, Sullivant (lectótipo: P) fide Spielmann (2009).

Figuras 9a-b

Talo: lobado, frouxo-adnato, com 11,0 cm de diâmetro, subcoriáceo, cinza-esbranquiçado. Lobos: imbricados, 3,0-7,0 mm de largura, ramificação irregular, margem lisa, bastante lacinulada, delineada de marrom a negro; lacínulas frequentes em todo o talo, 0,8-1,5 × 0,1-0,5 mm, planas, involutas, ápice de agudo a truncado, pouco sorediado, irregularmente ramificadas; cílios simples, 0,1-1,5 mm de comprimento, distribuídos por toda a margem. Superfície superior: brilhosa, de contínua a pouco fissurada, lisa; máculas tênues, observadas somente em alguns lobos, de puntiformes a extensivas, laminais; pruína ausente. Pústulas sorediadas, de apicais a subapicais nas lacínulas, às vezes tornando-as involutas, capitados, sorédios farinhosos. Sorais e Isídios ausentes. Medula: branca. Superfície inferior: negra, de lisa a papilada; margem estreita, até 2,0 mm de largura, marrom escuro, lisa, de parcialmente rizinada a sem rizinas; rizinas moderadas, de simples a irregularmente furcadas, 0,03-1,0 × 0,05-0,08 mm, negras. Apotécios: ausentes. Picnídios: frequentes, submarginais; conídios filiformes, 7,0-9,0(-11,0) × 1,0 µm.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K+ amarelo → vermelho, C-, KC-, UV-. CCD: atranorina e ácido salazínico.

Comentários: Parmotrema margaritatum é uma espécie pouco conhecida na América do Sul. Apresenta as margens dos lobos ciliadas, as lacínulas frequentes, os soraiscapitados localizados estritamente no ápice e subápice e ácido salazínico medular.

O exemplar analisado é bastante similar a P. margaritatum, entretanto, possui pequenas pústulas, localizadas no ápice e subápice, que originam sorais farinhosos (figura 8b) e as lacínulas são menores, 0,8-1,5 × 0,1-0,5 mm, do que as descritas por Hale (1965), 3,0-5,0 × 1,5-2,0 mm e por Spielmann (2009), 2,0-10,0 × 0,5-3,0 para o holótipo de P. margaritatum.

Canêz (2005) fez a primeira citação desta espécie para o Brasil e comentou que apesar do exemplar não conferir com as medidas dos lobos, nem apresentar lacínias evidentes, típicas da espécie, possui sorais subapicais ou submarginais, ácido salazínico e margem muito recortada lembrando sublacínias.

Embora Parmotrema aff. margaritatum seja lacinulada, as mesmas não possuem as medidas descritas por Hale (1965) nem por Spielmann (2009), e os propágulos são sorédios originados de pústulas diferentemente do que ocorre tipicamente em P. margaritatum, que não apresenta pústulas e os sorais ocorrem em grupos orbiculares no ápice de lacínulas tornando-as revolutas (Hale 1965). Além disso, os conídios no material analisado são menores, 7,0-9,0(-11,0) µm comparado àqueles descritos por (Spielmann 2009) para o holótipo, 10,0-15,0(-18,0) µm de comprimento.

Tendo em vista estas diferenças, é provável que o exemplar represente uma nova espécie. No entanto, como foi coletado somente um exemplar, mais coletas e análises tornam-se necessárias para uma efetiva conclusão. Parmotrema aff. margaritatum ocorre em local protegido do spray marinho, parcialmente ensolarado e crescendo próximo a Hypotrachyna livida (Taylor) Hale e H. osseoalba (Vain.) Y.S. Park & Hale (fide Gerlach & Eliasaro 2012 para mais detalhes destas espécies).

Espécime examinado: BRASIL. SANTA CATARINA: São Francisco do Sul, Morro da Enseada, 4-IX-2009, E. Gumboski 1666 (UPCB).

9. Parmotrema cf.sancti-angeli (Lynge) Hale, Phytologia 28: 339. 1974. Parmelia sancti-angeli Lynge, Ark. Bot. 13(13): 35. 1914. Tipo: Brasil, Rio Grande do Sul, Colônia Santo Ângelo prope Cachoeira (atualmente Agudo), Malmes- n° para Malme s.n° (holótipo: S; isótipo: US), fide Hale (1965).

Figura 10

Talo: lobado, frouxo-adnato, com 6,0 cm de diâmetro, subcoriáceo, cinza. Lobos: de contíguos a subimbricados, 4,0-9,0 mm de largura, ramificação irregular, margem lisa, de inteira a crenada, de plana a involuta ou revoluta quando sorediada, ápice rotundo; lacínulas ausentes; cílios simples, raramente furcados, 0,3-3,0 × 0,03-0,1 mm, de distribuídos por toda a margem a esparsos, ausentes nas margens sorediadas. Superfície superior: opaca, de inteira a pouco fissurada, lisa; máculas ausentes; pruína ausente. Pústulas e isídios ausentes. Sorais marginais, lineares interrompidos, raramente submarginais capitados, sorédios farinhosos. Medula: branca. Superfície inferior: negra, de lisa a pouco rugosa; margem 2,0-5,0 mm de largura, marrom claro, lisa, sem rizinas; rizinas moderadas, simples, esparsas, negras, até 1,0 × 0,08 mm. Apotécios: ausentes. Picnídios: ausentes.

Química - Testes de coloração: córtex superior K+ amarelo, UV-; medula K+ amarelo, C+ rosa, KC+ rosa, UV-. Microcristalografia: atranorina e ácido girofórico.

Distribuição: África (Hale 1960), América do Norte (Hale 1965), América Central (Tenorio et al. 2002), América do Sul (Lynge 1914), Ásia (Hale 1960) e Oceania (Elix 1994b). Na América do Sul: Argentina (Osorio 1981), Brasil (Lynge 1914), Chile, Colômbia e Venezuela (Hale 1965). No Brasil: MG (Hale 1960), MT, SP (Hale 1965), PR (Osorio 1977), RS (Lynge 1914) e SC (Fleig 1997).

Comentários: Parmotrema sancti-angeli é carac-terizada por possuir sorais marginais lineares, cílios maiores que 2,0 mm de comprimento, conídios sublageniformes e ácido girofórico medular.

Parmotrema sancti-angeli pode apresentar a medula com esquirina, um pigmento K+ púrpura (Hale 1965, Kurokawa & Lai 2001, Chen et al. 2005). No exemplar analisado não foi encontrado este pigmento, e ao que tudo indica, este está ausente nos espécimes brasileiros (Eliasaro & Donha 2003, Benatti & Marcelli 2009, Spielmann & Marcelli 2009) sendo provavelmente um composto acessório.

Parmotrema indicum (Hale) Hale pode ser confundida com P. sancti-angeli principalmente quando na ausência de conídios, os quais são filiformes na primeira e sublageniformes na segunda (Swinscow & Krog 1988). Spielmann & Marcelli (2009) mencionaram algumas diferenças morfológicas que podem ser utilizadas em exemplares sem conídios. Conforme estes autores, P. indicum difere de P. sancti-angeli principalmente por esta possuir cílios simples, raramente furcados, mais finos, 0,05-0,1 mm e pela ausência de sorais laminais orbiculares.

Já para Benatti & Marcelli (2009), na ausência dos conídios, o caractere morfológico mais importante para diferenciá-las é o comprimento dos cílios, pois ambas as espécies possuem cílios simples, (raros furcados em P. sancti-angeli), com espessuras muito próximas, 0,05(-0,15) mm para P. indicum e 0,05-0,1 para P. sancti-angeli e sorais subcapitados submarginais muito raros. Parmotrema sancti-angeli possui cílios mais longos, 1,0-5,5 mm enquanto P. indicum os apresenta raramente alcançando 2,0 mm (Benatti & Marcelli 2009).

Parmotrema sancti-angeli é descrita com cílios grandes também por Swinscow & Krog (1988), 1,0-3,0(-4,0) mm; Elix (1994), 1,0-3,5 mm; Louwhoff & Elix (1999), 1,0-4,0 mm e Kurokawa & Lai (2001), 2,0-4,0 mm. É importante frisar que todos estes autores observaram os conídios sublageniformes para confirmar a espécie.

O material analisado possui cílios relativamente grandes, alcançando 3,0 mm de comprimento, o que nos leva a acreditar que possa ser um exemplar de P. sancti-angeli. No entanto, devido à ausência de picnídios e de mais materiais de ambas as espécies para comparações, não foi possível confirmar a identidade da espécie.

Parmotrema permutatum (Stirt.) Hale é morfologicamente semelhante e também possui ácido girofórico, porém a medula é branca na parte superior e colorida na parte inferior, sendo que os pigmentos presentes não reagem K+ (Swinscow & Krog 1988, Elix 1994b, Eliasaro & Donha 2003, Benatti & Marcelli 2009) o que a distingue facilmente de P. sancti-angeli.

Em costões rochosos foi encontrado somente um exemplar em locais protegidos do spray marinho e bem iluminados.

Espécime examinado: BRASIL. SANTA CATARINA: São Francisco do Sul, Morro da Enseada, 19-VI-2008, E. Gumboski 587 (UPCB).

10.Relicina abstrusa (Vain.) Hale, Phytologia 28: 484.1974. Parmelia abstrusa Vain., Acta Soc. Fauna Flora fenn. 7(1): 64. 1890. Tipo: Brasil, Minas Gerais, Caraça, E.A. Vainio 1347 (lectótipo: TUR; isolectótipo: UPS), fide Hale (1975).

Figura 11

Talo: sublaciniado, adnato, 5,0-7,0 cm de diâmetro, submembranáceo, verde-amarelado. Sublacínias: contíguas, sublineares, 1,0-4,0 mm de largura, ramificação subdicotômica, margem lisa, inteira, de plana a pouco convexa, ápice subtruncado; lacínulas ausentes; cílios com base bulbada, simples, até 0,8 mm de comprimento, bulbo com até 0,2 mm de largura, abundantes e distribuídos por toda a margem. Superfície superior: brilhosa, contínua, de lisa a moderadamente isidiada; máculas ausentes; pruína ausente. Pústulas e sorais ausentes. Isídios laminais, cilíndricos, de geralmente simples a pouco ramificados, até 1,0 × 0,1 mm, ápice eciliado, marrom, intacto, caducos. Medula: branca. Superfície inferior: negra, lisa; margem estreita, até 1,0 mm de largura, de marrom escuro a negra, lisa, rizinada; rizinas abundantes, geralmente simples a furcadas, homogeneamente distribuídas, negras, 0,2-2,0 × 0,02-0,1 mm. Apotécios: ausentes. Picnídios: ausentes.

Química - Testes de coloração: córtex superior K-, UV-; medula K+ amarelo→vermelho, C-, KC-, UV-. CCD: ácidos úsnico, norestíctico e salazínico.

Distribuição - África (Swinscow & Krog 1988), América do Norte (Hale 1975), América Central (Elix 1996), América do Sul (Vainio 1890), Ásia (Kurokawa & Lai 2001) e Oceania (Elix 1994c). Na América do Sul: Argentina, Colômbia, México, Paraguai, Venezuela (Hale 1975), Brasil (Vainio 1890), Guiana, Uruguai (Elix 1996). No Brasil: BA, GO, MS, SP (Marcelli 1993), ES (Elix 1996), MG (Vainio 1890), MT, RJ, RS (Hale 1975), PA (Brako et al. 1985), PR e TO (Eliasaro & Adler 1997). Este é o primeiro registro para SC.

Comentários: Os isídios cilíndricos, a superfície inferior negra com rizinas simples e a presença de ácido norestíctico como principal metabólito secundário são caracteres diagnósticos de Relicina abstrusa.

Relicina subabstrusa (Gyelnik) Hale é a outra espécie que ocorre ao sul do Brasil e difere basicamente pela ausência de propágulos vegetativos (Hale 1975, Marcelli 1993, Elix 1996). Chamamos a atenção, assim como Marcelli (1993), para o cuidado ao verificar a ocorrência de isídios, uma vez que R. abstrusa os possui em quantidade variável sendo às vezes quase imperceptíveis.

Além destas, são citadas para o Brasil três espécies neotropicais com distribuição mais restrita ao norte da América do Sul: Relicina incongrua Hale, Relicina relicinella (Nyl.) Hale e Relicina xanthoparmeliformis (Hale 1975, Elix 1996). Estas não possuem isídios e diferem entre si principalmente pela química, pelos pelos seguintes ácidos: difractáico em R. incongrua, fumarprotocetrárico e malonprotocetrárico em R. relicinella e na última espécie, salazínico (Elix 1996).

Os exemplares analisados assemelham-se muito ao descrito por Spielmann & Marcelli (2008), no entanto esta espécie é descrita com lobos mais estreitos, até 2,0 mm, e somente com rizinas simples por Hale (1975), Elix (1996) e Eliasaro & Adler (1997). Os apotécios estão ausentes nos materiais analisados e, conforme Elix (1996) são raramente encontrados na espécie.

Relicina abstrusa é corticícola ou saxícola (Hale 1975, Eliasaro & Adler 1997). Ocorre desde o nível do mar até 1.600 m de altitude (Elix 1996). Embora rara nos costões rochosos estudados, foi encontrada formando talos bem desenvolvidos, em locais protegidos, parcialmente ensolarados, geralmente próximo à vegetação arbustiva.

Espécimes examinados: BRASIL. SANTA CATARINA: São Francisco do Sul, Morro da Enseada, 19-VI-2008, E. Gumboski 524, 607 (UPCB); ibid, 4-IX-2009, E. Gumboski 1669 (UPCB). Bombinhas, Praia da Sepultura, 7-XII-2010, A. Gerlach 536, 540 (UPCB).

Agradecimentos

Os autores agradecem aos biólogos Emerson Luiz Gumboski e Flávio Beilke, pelo auxilio em coletas. À FATMA (Fundação do Meio Ambiente), pela licença de coleta concedida. A primeira Autora agradece à CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior), pela concessão de bolsa de Mestrado (REUNI).

Literatura citada

Recebido: 29.07.2013

Aceito: 27.01.2014

  • Adler, M.T. & Elix J.A. 1992. New records of Hypotrachyna and Parmelinopsis lichens (Ascomycotina, Parmeliaceae) from North-West and Central Argentina. Mycotaxon 43: 283-288.
  • Benatti, M.N. & Marcelli, M.P. 2009. Espécies de Parmotrema (Parmeliaceae, Ascomycota) do litoral centro-sul do estado de São Paulo, Brasil. I. Grupos químicos girofórico e lecanórico. Acta Botanica Brasilica 23: 1013-1026.
  • Benatti, M.N. & Marcelli, M.P. 2010. Espécies de Parmotrema (Parmeliaceae, Ascomycota) do litoral centro-sul do estado de São Paulo III. Grupos químicos equinocárpico e stíctico. Acta Botanica Brasílica 24: 304-321.
  • Benatti, M.N. & Marcelli, M.P. 2011. Espécies de Parmotrema (Parmeliaceae, Ascomycota) do litoral Centro-Sul do Estado de São Paulo IV. Grupo químico protocetrárico. Revista Brasileira de Botânica 34: 103-123.
  • Benatti, M.N. & Elix, J.A. 2012. The true identity of Bulbothrix goebelii (Zenker) Hale and the re-establishment of some of its synonyms as accepted species. The Lichenologist 44: 813-826.
  • Brako, L., Dibben, M.J. & Amaral, I. 1985. Preliminary notes on the macrolichens of Serra do Cachimbo, northcentral Brazil. Acta Amazonica, supl. ("Contribuições do Projeto Flora Amazónica". Parte 2), 15: 123- 135.
  • Brodo, I.M., Sharnoff, S.D. & Sharnoff, S. 2001. Lichens of North America. New Haven and London, Yale University Press.
  • Calvelo, S. & Liberatore, S. 2002. Catálogo de los líquenes de La Argentina. Kurtziana 29: 7-170.
  • Canêz, L.S. 2005. A família Parmeliaceae na localidade de Fazenda da Estrela, município de Vacaria, Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Botânica, São Paulo.
  • Chen, J.B., Wang, S.L. & Elix, J.A. 2003. Parmeliaceae (Ascomycota) lichens in China's Mainland. I. The genera Canomaculina, Parmelina, Parmelinella and Parmelinopsis Mycotaxon 86: 19-29.
  • Chen, J.B., Wang, S.L. & Elix, J.A. 2005. Parmeliaceae (Ascomycota) lichens in China's mainland III. The genus Parmotrema Mycotaxon 91: 93-113.
  • Crespo, A., Lumbsch, T., Mattsson, J-E., Blanco, O., Divakar, P.K., Articus, K., Wiklund, E., Bawingan, P.A. & Wedin, M. 2007. Testing morphology-based hypotheses of phylogenetic relationships in Parmeliaceae (Ascomycota) using three ribosomal markers and the nuclear RPB1 gene. Molecular Phylogenetics and Evolution 44: 812-824.
  • Crespo, A., Kauff, F., Divakar, P.K., Prado, R.D., Pérez-Ortega, S., Paz, G.A.D., Ferencova, Z., Blanco, O., Roca-Valiente, B., Núñez-Zapata, J., Cubas, P., Argüello, A., Elix, J.A., Esslinger, T.L., Hawksworth, D.L., Millanes, A., Molina, C., Wedin, M., Ahti, T., Aptroot, A., Barreno, E., Bungartz, F., Calvelo, S., Candan, M., Cole, M., Ertz, D., Goffinet, B. Lindblom, L., Lücking, R., Lutzoni, F., Mattsson, J-E., Messuti, M.I., Miadlikowska, J., Piercey-Normore, M., Rico, V.J., Sipman, H.J.M., Schmitt, I., Spribille, T., Thell, A., Thor, G., Upreti, D.K. & Lumbsch, H. T. 2010. Phylogenetic generic classification of parmelioid lichens (Parmeliaceae, Ascomycota) based on molecular, morphological and chemical efidence. Taxon 59: 1735-1753.
  • Culberson, C.F. & Ammann, K. 1979. Standard method zur Dünnschichtchomatographie von Flechtensubstanzen. Herzogia 5: 1-24.
  • Divakar, P.K., Crespo, A., Blanco, O. & Lumbsch, H.T. 2006. Phylogenetic significance of morphological characters in the tropical Hypotrachyna clade of parmelioid lichens (Parmeliaceae, Ascomycota). Molecular Phylogenetics and Evolution 40: 448-458.
  • Dodge, C.W. 1959. Some lichens of Tropical Africa, III. Parmeliaceae Annals of the Missouri Botanical Garden 46: 39-193.
  • Donha, C.G. 2005. Os gêneros Canomaculina, Parmotrema e Rimelia (Ascomycotas liquenizados, Parmeliaceae) na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
  • Eliasaro, S. 2001. Estudio Taxonomico y Floristico sobre las ParmeliaceaeSensu Stricto (Ascomycota Liquenizados) del segundo planalto del estado de Paraná, Brasil. Tesis doctoral, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires.
  • Eliasaro, S. 2006. Checklist of lichens and lichenicolous fungi of Paraná (Brazil). Disponível em: http://www.checklists.de (acesso em IX-2012).
  • Eliasaro, S. & Adler, M.T. 1997. Two new species and new reports in the Parmeliaceaesensu strict (Lichenized Ascomycotina) from Brazil. Mycotaxon 63: 49-55.
  • Eliasaro, S. & Adler, M.T. 2000. The species of Canomaculina, Myelochroa, Parmelinella and Parmelinopsis (Parmeliaceae, Lichenized Ascomycotina) from the "Segundo Planalto" in the State of Paraná, Brazil. Acta Botanica Brasilica 14: 141-149.
  • Eliasaro, S. & Donha, C.G. 2003. The genera Canomaculina and Parmotrema (Parmeliaceae, Lichenized Ascomycota) in Curitiba, Paraná State, Brazil. Revista Brasileira de Botânica 26: 239-247.
  • Elix, J.A. 1993. Progress in the generic delimitation of Parmeliasensu lato lichens (Ascomycotina: Parmeliaceae) and a synoptic key to the Parmeliaceae The Bryologist 96: 359-383.
  • Elix, J.A. 1994a. Parmelinopsis In: Lichens: Lecanorales 2, Parmeliaceae, Australian Biological Resources Study, Canberra. Flora of Australia 55: 131-138
  • Elix, J.A. 1994b. Parmotrema Flora of Australia 55: 140-162.
  • Elix, J.A. 1994c. Relicina Flora of Australia 55: 168-182.
  • Elix, J.A.1996. A revision of the lichen genus Relicina Bibliotheca Lichenologica 62: 1-150.
  • Elix, J.A. & Hale, M.E. 1987. Canomaculina, Myelochroa, Parmelinella, Parmelinopsis and Parmotremopsis, five new genera in the Parmeliaceae (lichenized Ascomycotina). Mycotaxon 29: 233-244.
  • Elix, J.A. & Ernst-Russell, K.D. 1993. A catalogue of standardized thin layer chromatographic data and biosynthetic relationships for lichen substances 2nd ed. (Australian National University Canberra).
  • Ferraro, L.I. & Elix, J.A. 1993. Two new species of Parmeliaceae (lichenized Ascomycotina) from South America. Mycotaxon 49: 405-409.
  • Ferraro, L.I. & Elix, J.A. 2000. A new species of Canomaculina (Lichenized Ascomycotina, Parmeliaceae) from Argentina. Mycotaxon 74: 391-394.
  • Feuerer, T. & Sipman, H.J.M. 2005. Additions to the lichenized and lichenicolous fungi of Bolivia. Herzogia 18: 139-144.
  • Fleig, M. 1995. Lichens from "Casa de Pedra" and surroundings, Bagé, Rio Grande do Sul, Brazil. In: Daniels, F.J.A., Schulz, M. & J. Peine (eds.). Contributions to Lichenology in honour of Gerhard Follman. Published by the Geobotanical and Phytotaxonomical study group, Botanical Institute, University of Cologne, Germany. pp. 415-426.
  • Fleig, M. 1997. Os gêneros Parmotrema, Rimelia e Rimeliella (Lichenes-Ascomycotina, Parmeliaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Fleig, M. & Riquelme, I. 1991. Liquens de Piraputanga, Mato Grosso do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 5: 3-12.
  • Gerlach, A. da C.L. & Eliasaro, S. 2012. Liquens parmelioides eciliados (Parmeliaceae, Ascomycota) em costões rochosos dos estados do Paraná e Santa Catarina, Brasil. Acta Botanica Brasilica 26: 572-586.
  • Gumboski, E.L. & Eliasaro, S. 2011a. Cladonia litoralis (Cladoniaceae), a new species from southern Brazil. The Bryologist 114: 665-667.
  • Gumboski, E.L. & Eliasaro, S. 2011b. Checklist of lichenized fungi of Santa Catarina State (Brazil). Mycotaxon 115: 535-535.
  • Gumboski, E.L. & Eliasaro, S. 2012a. Espécies de Cladonia P. Browne (Cladoniaceae, Ascomycota) dos Supergrupos Cocciferae, Crustaceae e Perviae em restingas e costões rochosos dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, Brasil. Acta Botanica Brasilica 26: 619-631.
  • Gumboski, E.L. & Eliasaro, S. 2012b. Espécies de Cladonia P. Browne (Cladoniaceae, Ascomycota) do Supergrupo Cladonia em restingas e costões rochosos dos Estados do Paraná e de Santa Catarina, Brasil. Hoehnea 39: 315-337.
  • Gumboski, E.L. & Eliasaro, S. 2012c. Peterjamesia circumscripta (Leight.) D. Hawksw. (Roccellaceae, Ascomycota): First record to continental South America. Check List (São Paulo. Online) 8: 267-268.
  • Gumboski, E.L., Beilke, F., Eliasaro, S. 2013. Cladonia dunensis sp. nov. from southern Brazil, with notes on the genus in beach dune environments. Mycotaxon 124: 333-340.
  • Hale, M.E. 1960. A revision of the South American species of Parmelia determined by Lynge. Contributions from the United States National Herbarium 36: 1-41.
  • Hale, M.E. 1965. A Monograph of the Parmelia subgenus Amphigymnia Contributions from the United States National Herbarium 36: 193-358.
  • Hale, M.E. 1971. Morden-Smithisonian Expedition to Dominica: The Lichens (Parmeliaceae). Smithsoniam Contributions to Botany 4: 1-25.
  • Hale, M.E. 1975. A monograph of the lichen genus Relicina (Parmeliaceae). Smithsonian Contributions to Botany 26: 1-32.
  • Hale, M.E. 1976a. A Monograph of the Lichen Genus Bulbothrix Hale (Parmeliaceae). Smithsonian Contributions to Botany 32: 1-29.
  • Hale, M.E. 1976b. A Monograph of the Lichen Genus Parmelina Hale (Parmeliaceae). Smithsonian Contributions to Botany 33: 1-60.
  • Hale, M.E. 1979. How to know the lichens. The pictured-key nature series. Dubuque, Iowa: WM. C. Brown Company Publishers. Dubuque.
  • Hale, M.E. 1986. New species in the lichen family Parmeliaceae (Ascomycotina). Mycotaxon 25: 85-93.
  • Hale, M.E. & Fletcher, A. 1990. Rimelia Hale & Fletcher, a new lichen genus (Ascomycotina: Parmeliaceae). The Bryologist 93: 23-29.
  • Hale, M.E & Kurokawa, S. 1964. Studies on Parmelia subgenus Parmelia Contributions from the United States national Herbarium 36: 121-191.
  • Hue, A. 1899. Lichenes extra-europaei a pluribus collectoribus ad Museum Parisiensi missi. Nouvelles Archives du Muséum d'Histoire Naturelle de Paris 4: 27-220.
  • Jungbluth, P., Marcelli, M.P. & Elix, J.A. 2008. Five new species of Bulbothrix (Parmeliaceae) from cerrado vegetation in São Paulo State, Brazil. Mycotaxon 104: 51-63.
  • Krempelhuber, A. 1869. Parmelia perforate Ach., ihre sichere Erkennung und Unterscheidung von verwandten Arten. Flora 52: 219-223.
  • Kurokawa, S. 1991. Rimeliella, a new genus related to Rimelia of the Parmeliaceae Annals of the Tsukuba Botanical Garden 10: 1-14.
  • Kurokawa, S. & Moon, K-H. 1998. Three new species and a new combination in Parmotrema (Parmeliaceae). Bulletin of the Botanic Gardens of Toyama 3: 17-23.
  • Kurokawa, S. & Lai, M.J. 2001. Parmelioid lichen genera and species in Taiwan. Mycotaxon 77: 225-284.
  • Louwhoff, S.H.J.J. & Elix, J.A. 1999. Parmotrema and allied lichen genera in Papua New Guinea. Bibliotheca Lichenologica 73: 1-152.
  • Lynge, B. 1914. Die Flechten der ersten Regnellschen Expedition. Die Gattungen Pseudoparmelia gen. nov. und Parmelia Ach. Arkiv för Botanik 13: 1-172.
  • Marcelli, M.P. 1991. Aspects of the foliose lichen flora of the southern-central coast of São Paulo State, Brazil. In: D.J. Galloway (ed). Tropical Lichens: Their Systematics, Conservation, and Ecology, Systematics. Association Special 43: 151-170. Clarendon Press, Oxford.
  • Marcelli, M.P. 1992. Ecologia Liquênica nos Manguezais do Sul-Sudeste Brasileiro. Bibliotheca Lichenologica 47: 1-310.
  • Marcelli, M.P. 1993. Pequenas Parmelias s.l. ciliadas dos cerrados brasileiros. Acta Botanica Brasilica 7: 25-70.
  • Marcelli, M.P. 1998. History and current knowledge of Brazilian lichenology. In: Marcelli, M.P. & Seaward, M.R.D. (eds.). Lichenology in Latin America: History, current knowledge and applications. CETESB, São Paulo, pp. 25-45.
  • Marcelli, M.P. & Benatti, M.N. 2010. Espécies de Parmotrema (Parmeliaceae, Ascomycetes liquenizados) do litoral centro-sul do Estado de São Paulo II. Grupos químicos norstíctico e salazínico. Acta Botanica Brasilica 24: 153-168.
  • Ministério do Meio Ambiente. 2010. Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros. Panorama da conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos no Brasil. Brasília: MMA-SBF-GBA.
  • Müller, J. 1880. Lichenes Africae occidentalis a cll. Dr. Pechuel-Loesche et Soyaux e regione fluminis Quillu et ex Angola misse, in Mus. Bot. reg. berolinensi servati. Linnaea 9: 31-48.
  • Müller, J. 1891. Lichenes Catharinensis a cl. E. Ule in Brasilia prov. Santa Catharina lecti. Hedwigia 5: 235-243.
  • Nash III, T.H. & Elix, J.A. 2002. Parmelinopsis In: Nash III, T.H., Ryanyan, B.D., Gries, C. & Bungartz, F. (eds.). Lichen Flora of the greater Sonoran Desert Region. Tempe, Arizona: Arizona State University. v.1 pp. 313-315.
  • Nylander, W. & Crombie, J.M. 1884. On a collection of exotic lichens made in Eastern Asia by the late Dr. A.C. Maingay. Journal of the Linnean Society of London 20: 48-69.
  • Nylander, W. 1885. Parmeliae exoticae novae. Flora (Regensburg) 68: 605-615.
  • Osorio, H.S. 1975. Contribution to the lichen flora of Uruguai VIII. Additions and corrections. Comunicaciones Botánicas del Museo de Historia Natural de Montefideo 59: 1-12.
  • Osorio, H.S. 1977. Contribution to the lichen flora of Brazil III. Lichens from western Paraná. Acta Biologica Paranaense 6: 3-7.
  • Osorio, H.S. 1981. Contribution to the lichen flora of Argentina XIII. Lichens from Missiones Province. Comunicaciones Botanicas del Museo de Historia Natural de Montefideo 63: 1-18.
  • Osorio, H.S., Aguiar, L.W. & Zanette, V.C. 1980. Contribution to the lichen flora of Brazil VII. New or additional records from Rio Grande do Sul State. The Bryologist 84: 79-81.
  • Osorio, H.S. & Fleig, M. 1984a. Contribution to the lichen flora of Brazil. XIII. Maritime lichens from Torres, Rio Grande do Sul State. International Journal of Mycology and Lichenology 1: 273-279.
  • Osorio, H.S. & Fleig, M. 1984b. Contribution to the lichen flora of Brazil. XV. Lichens from Torre Sul and Itapeva, Torres, Rio Grande do Sul State. Comunicaciones Botánicas del Museo de Historia Natural de Montefideo 4: 1-7.
  • Ribeiro, C.H. 1998. A família Parmeliaceae (Ascomycota liquenizados) em regiões montanhosas dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Spielmann, A.A. 2006. Checklist of lichens and lichenicolous fungi of Rio Grande do Sul (Brazil). Caderno de Pesquisa. Série Biologia (UNISC) 18: 7-125.
  • Spielmann, A.A. 2009. Estudos taxonômicos em Parmotremas l (Parmeliaceae, Ascomycota liquenizados) com ácido salazínico. Tese de Doutorado, Instituto de Botânica, São Paulo.
  • Spielmann, A.A. & Marcelli, M.P. 2008. Parmeliaceae (Ascomycota liquenizados) nos barrancos e peraus da encosta da Serra Geral, Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul, Brasil. II. Gêneros Canoparmelia, Hypotrachyna, Myelochroa, Parmelinopsis e Relicina Iheringia, Sér. Bot., Porto Alegre 63: 193-212.
  • Spielmann, A.A. & Marcelli, M.P. 2009. Parmotremas l (Parmeliaceae, lichenized Ascomycota) from Serra Geral slopes in central Rio Grande do Sul State, Brazil. Hoehnea 36: 551-595.
  • Swinscow, T.D.V. & Krog, H. 1988. Macrolichens of East Africa. British Museum (Natural History), London.
  • Taylor, C.J. 1967. The lichens of Ohio. Part I. Foliose lichens. The Ohio Biological Survey. The Ohio State University Press, Columbia.
  • Taylor, C.J. 1968. The lichens of Ohio. Part II. Fruticose and lichens. The Ohio Biological Survey. The Ohio State University Press, Columbia.
  • Tenorio, L.U., Sipman, H.J.M. & Lücking, R. 2002. Preliminary checklist of lichens from Costa Rica. Version 1.2 (Junho 2002). Disponível em: http:--archive.fieldmuseum.org-ticolichen-checklist.html#p (acesso em 10-VII-2011).
  • Thell, A., Crespo, A., Divakar, P.K., Kärnefelt, I., Leavitt, S.D., Lumbsch, H.T. & Seaward, R.D. 2012. A review of the lichen family Parmeliaceae - history, phylogeny and current taxonomy. Nordic Journal of Botany 30: 641 - 664.
  • Vainio, E.A. 1890. Étude sur la classification naturelle et la morphologie des Lichens du Brésil, pars prima. Acta Societatis pro Fauna et Flora Fennica 7: 1-247.
  • Zahlbruckner, A. 1909. Lichenes. In: Schiffner, V. (ed.). Ergebnisse der botanischen Expedition der Kaiserlichen Akademie der Wissenschaften nach Südbrasilien 1901. Band II: Tallophyta und Bryophyta. Denskschriften der Mathematsch-Naturwissenschaftlichen Klasse der Kaiserlichen Academie der Wissenschaften 83: 87-211.
  • *
    Autor para correspondência:
    1
    . Parte de Dissertação de Mestrado da primeira Autora
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      30 Set 2014
    • Data do Fascículo
      Set 2014

    Histórico

    • Aceito
      27 Jan 2014
    • Recebido
      29 Jul 2013
    Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: hoehneaibt@gmail.com