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Habitats Contíguos

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Contudo, com as intervenções previstas neste Projeto espera-se ainda favorecer os seguintes habitats contíguos:
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Habitat 2130*

Dunas fixas com vegetação herbácea (dunas cinzentas): que integra as denominadas dunas cinzentas, um habitat é muito rico do ponto de vista florístico e que segundo o trabalho de Martins (2016), as dunas cinzentas têm sofrido um declínio na sua área, nas últimas duas décadas em Portugal e o seu estado de conservação ao longo da costa portuguesa varia entre o razoável e o mau (ALFA, 2004). Do ponto de vista fitossociológico integram-se em Artemisio crithmifoliae-Armerietum pungentes, própria do sul do rio Tejo. Por entre esta comunidade surgem, em locais mais preservados do pisoteio, tapetes abundantes de líquenes, sobretudo pertencentes ao género Cladonia. Na primavera, em mosaico com a vegetação camofítica e liquénica, aparecem comunidades de plantas anuais, também elas importantes do ponto de vista florístico. Algumas plantas (ex. Thymus carnosus, Herniaria maritima e Armeria pungens), que aparecem em dunas cinzentas, são endémicas ou têm distribuição muito restrita. Avaliado como estando em estado Desfavorável-inadequado, com tendência decrescente no Mediterrâneo português.
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Habitat 2150*

Dunas fixas descalcificadas atlânticas (Calluno-Ulicetea). Habitat que inclui os tojais de Ulex australis subsp. welwitschianus, um endemismo português presente em dunas fixas (paleodunas), em substratos ácidos, hidricamente compensados e podzolizados e constitui uma comunidade relíquia que registou o seu ótimo no período Atlântico (Quaternário) (Neto, 2002). Avaliado como estando em estado Desfavorável-mau, com tendência decrescente no Mediterrâneo português.
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Habitat 2260

Dunas com vegetação esclerofila da Cisto-Lavanduletalia. Integra as comunidades de Stauracanthus genistoides e Stauracanthus spectabilis, muitas vezes em mau estado de conservação devido à pressão humana. São formações típicas de regossolos psamíticos de dunas interiores estabilizadas, resultando da degradação por via antrópica (agricultura e exploração florestal) das comunidades de Juniperus navicularis e sobreiral potencial sobre areias (Neto, 2002; Capelo, 2007). São matos caracterizados pela frequente presença de Thymus capitellatus, um endemismo do sul de Portugal, assim como pela presença de outras espécies termófilas, heliófiticas e xerofíticas, como Armeria rouyana, Armeria pinifolia, Halimium halimifolium, Lavandula sampaioana subsp. lusitanica e Halimium calycinum (Neto, 2002). Tanto Stauracanthus spectabilis como Thymus camphoratus, que integram estas comunidades, são espécies endémicas do litoral Sul português, o que torna esta comunidade ainda mais relevante para a conservação. Avaliado como estando em estado Desfavorável-inadequado, com tendência decrescente no Mediterrâneo português.
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Habitat 2230

Dunas com prados de Malcolmietalia. Dunas com vegetação psamófila anual, pioneira, que é refúgio de várias espécies anuais importantes raras ou endémicas (Linaria bipunctata subsp. glutinosa, Herniaria algarvica, Herniaria maritima e Ononis hackelii). Devido aos seus requisitos ecológicos, é um habitat pouco frequente em Portugal, ainda que localmente seja abundante. É um habitat de importância acrescida por ter um conjunto de espécies raras e importantes em termos de conservação, incluindo as espécies de interesse comunitário. Avaliado como estando em estado Desfavorável-inadequado, com tendência decrescente no Mediterrâneo. Avaliado como estando em estado Favorável, com tendência estável no Mediterrâneo português.
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Habitat 2330

Dunas interiores com prados abertos de Corynephorus e Agrostis. Reúne comunidades vegetais anuais, psamófilas e pioneiras. É habitat que tem várias espécies raras como Linaria bipunctata subsp. glutinosa, Herniaria algarvica, Herniaria maritima e Ononis hackelii. Em dunas semifixas, a comunidade caracteriza-se ainda pela frequência de Herniaria maritima (endemismo português), Sedum sediforme, Iberis ciliata subsp. welwitschii (endemismo ibérico), Sesamoides spathulifolia e Anagallis monelli (Pinto Gomes et al., 2006). Em dunas semifixas, constituem uma etapa mais degradada da dinâmica dos zimbrais de Juniperus turbuinata, enquanto em dunas interiores integram a dinâmica dos zimbrais de Juniperus navicularis ou dos sobreirais, também em etapas muito alteradas da dinâmica natural (Pinto Gomes et al., 2006). Avaliado como estando em estado Favorável, com tendência crescente no Mediterrâneo português.
Em termos florísticos serão valorizadas as populações das seguintes espécies presentes nos Anexos II e IV da Diretiva Habitats:
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Armeria royana

Endemismo português, avaliada como Quase Ameaçada
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Herniaria algarvica

Endemismo português em Perigo de Extinção
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Avenula hackelii

Espécie vulnerável
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Jonopsidium acaule

Endemismo português
Para além destas, serão favorecidas outras espécies que não se encontrando referidas na Diretiva, mas que foram classificadas como ameaçadas no Livro Vermelho da Flora Vascular de Portugal (Carapeto et al., 2020):
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Armeria pinifolia

Endemismo português, avaliada como Vulnerável
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Ephera fragilis

Espécie vulnerável
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Heteranthemis viscidehirta

Planta criticamente em perigo que só existe na ZEC Ria Formosa-Castro Marim

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